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SLIDES DO TRABALHO DE CIVIL

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ANDERSON
CARLA PRISCILA TEIXEIRA
LUANA
MARIA DE FÁTIMA
VANIARA NUNES
 
Defeitos do Negócio Jurídico 
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NEGÓCIO JURÍDICO
 Como falar de defeitos de negócio jurídico, sem antes relatar em si o que é negocio jurídico? 
 Conceitua-se, como sendo NEGÓCIO JURÍDICO,
 toda e qualquer declaração de vontade, ou toda e qualquer vontade volitiva, tendo repercussão jurídica e finalidade negocial. Diante desse inicial, o negócio jurídico trata vários elementos que seriam a existência, a ineficácia, entre outros. Nesse caso, todos estão voltados para a vontade do agente. 
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FUNDAMENTOS DO NEGÓCIO JURÍDICO
 Segundo alguns autores o negócio jurídico funda-se na autonomia privada, ou seja, no poder de auto-regulação dos interesses, que contém a enunciação de um preceito, independentemente do querer interno. Apresenta-se o negócio jurídico como uma norma estabelecida pelas partes. Para esse tipo de concepção, não basta a mera manifestação da vontade para a aquisição de um direito, é necessário que tal efeito, visado pelo interessado, esteja conforme a norma jurídica, até por que, a própria ordem jurídico-positiva permite a cada pessoa a prática de negócio jurídico, provocando seus efeitos. 
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ELEMENTOS DO NEGÓCIO JURÍDICO
Para que o negócio jurídico seja válido é necessário os seguintes elementos: 
Elementos essenciais: 
a) agente capaz; 
b) objeto lícito, possível, determinado ou determinável; 
c) forma prescrita e não proibida pela lei. 
O objeto típico do negócio jurídico é o contrato. O negócio jurídico é o principal instrumento para que as pessoas possam realizar seus negócios privados. Sem os elementos essenciais o negócio jurídico não existe, por consequência, não é válido. 
 
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ELEMENTOS ACIDENTAIS
Elementos acidentais: 
a) condição;
b) termo; 
c) encargo. 
Reserva mental – O que o agente deseja é diferente do que ele declarou. Sua declaração é para enganar a pessoa com quem celebrou o negócio jurídico ou a terceiros. 
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CLASSIFICAÇÃO
Quanto à manifestação da vontade: 
a) unilaterais – a declaração de vontade, feita por uma ou mais pessoas, na mesma direção; 
b) bilaterais – duas manifestações de vontade, em sentido oposto, porém há coincidência em relação ao objeto. 
2. Quanto às vantagens: 
a) gratuitos – só uma das partes aufere vantagem; 
b) onerosos – ambos os celebrantes possuem ônus e vantagens recíprocas. 
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QUANTO AO TEMPO/ SUBORDINAÇÃO
3. Quanto ao tempo em que devam produzir efeitos: 
a) inter vivos – destinados a produzir efeitos durante a vida dos interessados; 
b) causa mortis – emitidos para gerar efeitos após a morte do declarante. 
4. Quanto à subordinação:
a) principais – são os negócios jurídicos que têm existência própria e não dependem de nenhum outro; 
b) acessórios – aquele cuja existência subordina a um outro. 
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QUANTO ÀS FORMALIDADES/ À PESSOA
5. Quanto às formalidades: 
a) solenes – são celebrados de acordo com a forma prevista na lei;
b) não solenes – não dependem de forma rígida para sua celebração.
 6. Quanto à pessoa: 
a) impessoais – não importa quem sejam as partes; 
b) intuitu personae – aquele realizado de acordo com as qualidades especiais de quem o celebra. Elementos acidentais – aqueles dispensáveis para a celebração do negócio jurídico. Têm como objetivo modificar uma ou algumas consequências naturais dos negócios jurídicos. São declarações acessórias de vontade.
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DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO
 Consistem em negócios onde não se foi observada a real vontade do agente, havendo a presença de fatos que tornem tal negócio nulo ou anulável. 
 Se classificam em: 
 Vícios de consentimento – quando a vontade do autor for totalmente tolhida;
Vícios sociais – quando a vontade manifestada não tem, na realidade, a intenção pura e de boa fé que enuncia. 
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I – VÍCIOS DE CONSENTIMENTO:
Erro;
Dolo;
Coação;
Lesão;
Estado de perigo. 
 
 I – VÍCIOS SOCIAIS:
Simulação;
Fraude contra credores.
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ERRO
 Segundo Prof°CAIO MÁRIO DA SILVA PEREIRA,
 “quando o agente, por desconhecimento, ou falso conhecimento das circunstâncias, age de um modo que não seria da sua vontade, se conhecesse a verdadeira situação, diz-se que procede com erro”.
Erro – É uma percepção falsa do que é real, que só é 
considerado como causa de anulabilidade do negócio
jurídico se for:
Essencial – substancial;
Escusável – perdoável.
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 ERRO SUBSTANCIAL
1. Substancial – é o erro que incide sobre a essência (substância) do ato que se pratica, sem o qual este não se teria realizado. 
Hipóteses de erro substancial (art. 139 CC):
a) Quando interessa à natureza do negócio, ao objeto principal da declaração, ou alguma das qualidades a ele essenciais;
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 HIPÓTESES DE ERRO SUBSTANCIAL
b) Quando concerne à identidade ou à qualidade essencial da pessoa a quem se refira a declaração de vontade, desde que tenha influído nesta de modo relevante;
c) Sendo de direito e não implicando recusa à aplicação da lei, for o motivo único ou principal do negócio jurídico.
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 ERRO ESCUSÁVEL
2. Escusável – isto é perdoável, espécie de erro invalidante, perdoável, dentro do que se espera do homem médio que atue com grau normal de diligência. Não se admite, outrossim, a alegação de erro por parte daquele que atuou com acentuado grau de displicência, pois o direito não deve amparar o negligente.
O ‘error juris’ não consiste apenas na ignorância da norma, mas também no seu falso conhecimento e na sua interpretação errônea. De qualquer modo, para induzir anulação do ato, é necessário que o erro tenha sido a razão única ou principal, ao determinar a vontade. 
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 ESPÉCIES DE ERRO PARA RUGGIERO
 Com base na obra do Prof° italiano ROBERTO DE RUGGIERO, Pablo Stolze relacionou a espécie de erro ao correspondente inciso do art. 139 do Novo Código Civil da seguinte forma:
Error in negotio – é o erro que incide sobre a natureza do negócio que se a efeito, como ocorre quando se troca uma causa jurídica por outra (art.139, I CC);
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 ERRO IN CORPORE / IN SUBSTANTIA
Error in corpore – aquele que versa sobre a identidade do objeto, é o que ocorre, por exemplo, quando se declara querer comprar o animal que está diante de sí, mas acaba levando outro, trocado (art. 139, I);
Error in substantia – é o que versa sobre a essência da coisa ou as propriedades essenciais de determinado objeto. É o erro sobre a qualidade do objeto. É o caso do sujeito que compra um anel, imaginando ser de ouro, não sabendo que trata-se de cobre. (art.139, I CC);
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 ERRO IN PERSONA
Error in persona – é o que versa sobre a identidade ou as qualidades de determinada pessoa. É o caso de o sujeito doar uma quantia a João, imaginando-o ser o salvador do seu filho, quando, em verdade, o herói foi Pedro. A importância desta modalidade de erro avulta no campo do Direito de Família, uma vez que o erro essencial sobre a pessoa do outro cônjuge é causa de anulação do casamento (art. 139, II CC);
O Novo Código Civil, admite o erro de direito substancial, desde que não implique recusa à aplicação da lei (art.139,III). Embora a regra legal não seja expressa a respeito, o requisito da boa fé é obviamente indispensável para que se reconheça esta espécie de erro.
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 PRINCÍPIO DA CONSERVAÇÃO
 “Art. 144 CC. O erro não prejudica a validade do negócio jurídico quando a pessoa, a quem a manifestação da vontade se dirige, se oferecer para executá-la na conformidade da vontade real do manifestante”.
 Neste artigo, bem como na regra do art. 142 (que prevê a possibilidade de convalescimento do ato se o erro na indicação da pessoa ou da coisa for suprido pelas circunstâncias), constata-se a aplicação do princípio da conservação,
regra de ouro do moderno Direito Civil, segundo a qual, deve o intérprete, desde que não haja prejuízo e respeitadas as prescrições legais, empreender todos os esforços para resguardar a eficácia jurídica do ato acoimado de invalidade.
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DOLO
 Nossa lei não define o dolo. Limitando-se o art.92 do código civil a estatuir que: ”Os atos jurídicos são anuláveis por dolo, quando este for a sua causa” ( novo , art. 145). Dolo é artifício, artimanha, engodo, encenação, astúcia, desejo maligno tendente a viciar a vontade do destinatário, a desviá-lá de sua correta direta.
 Entende-se por dolo, qualquer sugestão ou artifício, que alguém empregue com a intenção ou consciência de induzir ou manter em erro o autor da declaração, bem como a dissimulação, pelo declaratório ou terceiro, do erro do declarante.
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DOLO
 O dolo induz o declaratório a erro, provocado pela conduta do declarante. 
 
 O erro participa do conceito de dolo, mas é por ele absorvido. Entre nós é clássica a definição de Clóvis (1980:219):
 “Dolo é artifício ou expediente astucioso, empregado para induzir alguém à prática de um de um ato jurídico, que o prejudica, aproveitando ao autor do dolo ou a terceiro.”
A pratica do dolo é ato ilícito, nos termos do art.159 (art. 186) do código civil.
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 DOLO NOS ATOS JURÍDICOS
 Embora a noção ontologicamente seja igual, não confundimos o dolo nos atos jurídicos com o dolo no Direito Penal. Neste, é doloso o crime, “quando o agente quis resultado ou assumiu o risco de produzi-lo” (art.18,I,do Código Penal). Nesse dispositivo, estão presentes as duas espécies de dolo de direito criminal, o dolo direto e o indireto. Compete à outra ciência estudá-los. Para nós, por ora, importa saber que, sendo o dolo um ato civil, seja também dolo criminal, acarretando procedimentos paralelos, com pontos de contato entre ambos os juízos.
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 INDUZIMENTO AO DOLO
 O dolo pode ocorrer por único ato ou por série de atos para atingir-se a finalidade ilícita do declarante, perfazendo uma conduta dolosa.
 Como temos repetido, o elemento básico de negócio jurídico é a vontade. Para que tal vontade, seja apta a preencher o conceito de um negócio jurídico, necessita brotar, isenta de qualquer induzimento malicioso. Deve ser espontânea.
 Quando há perda dessa espontaneidade, o negócio está viciado.O induzimento malicioso, o dolo, é uma das causas viciadoras do negócio.
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 ERRO E DOLO
 Objetivamente, o erro mostra-se à vista de todos, da mesma forma que o dolo, ou seja, como representação errônea da realidade. A diferença é que, no erro o vício da vontade decorre de íntima convicção do agente, enquanto no dolo o induzimento ao erro por parte do declaratório ou de terceiro. Como costumeiramente diz a doutrina: o dolo surge provocado, o erro é espontâneo (RT 557/161).
 O dolo, na verdade, é tomado em consideração pela lei, em virtude do erro que provoca na mente do agente.
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 ERRO E DOLO
 Na prática, verificamos que a mera alegação de erro, é suficiente para anular o negócio. Sucede, no entanto, que a prova do erro é custosa, por ter de adentrar-se no espírito do declarante. Daí por que preferem as partes, alegar o dolo e demonstrar o artifício ardiloso da outra parte, menos difícil de se evidenciar.
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DOLO E FRAUDE
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 DOLO ESSENCIAL E ACIDENTAL
 A essencialidade é um dos requisitos para a tipificação do dolo (dolus causam danos - dolo como causa de dano). O dolo principal ou essencial torna o ato anulável. O dolo acidental, este definido no código ( art.93),”só obriga à satisfação das perdas e danos”(novo, art.146).
 No dolo essencial há vício do consentimento, enquanto no dolo acidental há ato ilícito que gera responsabilidade para o culpado, de acordo com o art. 159 (art. 186) do código civil.
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 DOLO ESSENCIAL E ACIDENTAL
 Tanto no dolo essencial como no dolo acidental, há propósito de enganar. Neste último caso, o dolo não é a razão precípua da realidade do negócio; o negócio apenas surge de forma mais onerosa para a vítima. Não influi para finalização do ato, tanto que a lei o define: ”É acidental o dolo, quando a seu despeito o ato se teria praticado, embora por outro modo. Essa definição é mantida no novo código (art.146).”
 De qualquer forma, por outro lado, a identificação entre essas duas modalidades é árdua.
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 COAÇÃO
	É toda ameaça ou pressão injusta exercida sobre o indivíduo para forçá-lo, contra a sua vontade, a praticar um ato ou realizar um negocio ou seja, o que impetra não é a coação em si, mais sim o temor que ela inspira, tornando defeituosa a manifestação de querer do agente pois, a violência psicológica é que emprega, gerando assim o vicio da vontade. Aquele que exerce a coação é denominado coator e o que a sofre, coato, coagido ou paciente. 
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	Pelo art. 151 do CC, a coação, para viciar o negócio jurídico, há de ser relevante, em fundado temor de dano iminente e considerável à pessoa envolvida, à sua família ou aos seus bens.
A coação é o que mais repugna à consciência humana, pois dotado de violência. Nesse vício da vontade, mais vivamente mostram-se o egoísmo, a rudeza, a primitividade. Pretender alguém lograr um benefício pela força, pela ameaça, é aspecto reprovado por nossa consciência. Daí ser importante fixar o exato alcance do problema na teoria dos negócios jurídicos.
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 REQUISITOS DE COAÇÃO
Dispunha o art. 98 do Código Civil de 1916:
"A coação, para viciar a manifestação da vontade, há de ser tal que incuta ao paciente fundado temor de dano a sua pessoa, a sua família, ou a seus bens, iminente e igual, pelo menos, ao receável do ato extorquido."
2 Requisitos da Coação
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Nesse contexto, enumeram-se os seguintes requisitos da coação:
1. essencialidade da coação;
2. intenção de coagir;
3. gravidade do mal cominado;
4. injustiça ou ilicitude da cominação;
5. dano atual ou iminente;
6. justo receio de prejuízo, igual, pelo menos, ao decorrente do dano extorquido;
7. tal prejuízo deve recair sobre pessoa ou bens do paciente, ou pessoas de sua família.
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O atual Código, atendendo a críticas que descrevemos a seguir, modifica em parte esse conceito, estatuindo, no art. 151: "A coação, para viciar a declaração de vontade, há de ser tal que incuta ao paciente fundado temor de dano iminente e considerável à sua pessoa, à sua família, ou a seus bens." Esse diploma estabeleceu o prazo decadencial de quatro anos para pleitear-se a anulação do negócio jurídico no caso de coação, contado do dia em que ela cessar (art. 178, I). 
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Essencialidade da Coação
É preciso que a coação seja determinante ou essencial, ou melhor ainda, que seja a causa do negócio. Pode ocorrer, a exemplo do que sucede com o dolo, que a coação seja incidente. Quando o ato jurídico for realizado de qualquer forma, a ocorrência de coação só gera o direito do coacto pedir perdas e danos, com fundamento no art. 186 (antigo, art. 159) do Código Civil.
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Intenção de Coagir
É elemento da própria noção do vício. Consiste no ânimo de extrair o consentimento para o negócio. Esse exame da intenção depende muito da prova. Normalmente, são as circunstâncias externas do negócio que denotam a coação.
Elementos da Coação:
Absoluta - Ex.: pressão física; 
 Compulsiva - Ex.: pressão moral
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LESÃO
Tendo como base o artigo 57 do Código Civil: “Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta.”, o autor Carlos Roberto Gonçalves, define lesão como sendo o prejuízo resultante da enorme desproporção existente entre as prestações de um contrato, no momento de sua celebração, determinada pela premente necessidade ou inexperiência de uma das partes. Esse
instituto conhecido como lesão já era conhecido no direito romano, que previa uma ação de rescisão para venda de imóveis em que o vendedor recebesse menos da metade do justo preço (lesão enorme). Isso encontra-se no Código de Justiniano, pertencente as Constituições de Diocleciano e Maximiliano.
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 CARACTERÍSTICAS DA LESÃO
De acordo com o novo Código Civil, a lesão, da forma disciplinada, pode ser alegada por qualquer das partes contratantes e não apenas pelo vendedor, como acontece em diversas legislações. Porém, raramente se configura esse defeito em detrimento do adquirente, que não é pressionado a comprar da mesma forma ou pelos motivos que o proprietário se vê constrangido a vender, podendo ocorrer em casos de pessoas inexperientes, desfalque em seu patrimônio.
Com relação às características da lesão, pode citar que diferente do erro em que o agente manifesta a sua vontade, ignorando a realidade, na lesão a parte tem noção da desapropriação de valores. Realiza o negócio, mesmo assim, presumido pela necessidade patrimonial.
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ELEMENTOS E ESPÉCIES DE LESÃO
No que tange aos elementos que constituem a lesão pode-se citar o objetivo- em que se manifesta desproporção entre as prestações recíprocas e o elementos subjetivo, o qual vai tratar da inexperiência ou premente necessidade. 
Com relação as espécies da lesão existem duas: a primeira chama-se usurária ou real. Ela acontece quando a lei exige, além da necessidade ou inexperiência do lesionado, o dolo de aproveitamento da outra parte. A segunda, conhecida como lesão especial ou lesão enorme, ocorre quando a lei limita - se à exigência de obtenção de vantagem desproporcional, sem indagação da má -fé da parte beneficiada. É a espécie adotada pelo Código Civil de 2002. 
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 EFEITOS DA LESÃO
Em relação aos efeitos da lesão, o Código considera a lesão um vício do consentimento, que torna anulável o negócio (artigo 178 inciso II do Código Civil). Faz, porém, uma ressalva: não se decretará a anulação “se for oferecido suplemento suficiente ou se a parte favorecida concordar com a redução do proveito” (artigo 157 §2º do Código Civil).
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 ESTADO DE PERIGO
X Previsto no art. 156 do CC, representa a situação de extrema necessidade que conduz uma pessoa a celebrar negócio jurídico em que assume obrigação desproporcional e excessiva.
Exemplo: náufrago que promete extraordinária recompensa pelo seu salvamento; pessoa que se vê compelida a efetuar depósito ou emitir título de crédito, exigidos pelo hospital, para conseguir internação ou atendimento de urgência de cônjuge ou de parente em perigo de vida etc.
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Estado de perigo
A anulabilidade do negócio jurídico celebrado em estado de perigo encontra justificativa principalmente nos dispositivos (arts. 421 e 422,CC) que consagram os princípios da boa-fé e probidade e condicionam o exercício da liberdade de contratar à função social do contrato.
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ELEMENTOS DO ESTADO DE PERIGO
Previstos no art. 156 do CC:
a) Uma situação de necessidade - o agente deve estar premido da “necessidade” de salvar-se, ou a pessoa de sua família.
A necessidade aparece como título justificativo ou constitutivo da pretensão anulatória, uma vez que acaba sendo desfrutada pelo outro contratante.
b) Iminência de dano atual e grave - o perigo de dano deve ser atual, iminente, capaz de transmitir o receio de que, se não for afastado, as consequências temidas fatalmente ocorrerão.
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ELEMENTOS DO ESTADO DE PERIGO
A gravidade do dano é também elemento integrante do conceito de estado de perigo, devendo ser avaliada pelo juiz, em cada caso.
Exemplo: um nadador profissional, perdido em uma prova em mar aberto, talvez não desperte tanto temor de modo a levar uma mãe a assumir obrigação excessiva, mas uma criança perdida no mar pode levar a mesma mão a entregar tudo o que possui para tê-la de volta.
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ELEMENTOS DO ESTADO DE PERIGO
c) Nexo de causalidade entre a declaração e o perigo de grave dano – a vontade deve se apresentar distorcida em consequência do perigo de dano.
O perigo não precisa ser concreto, desde que o agente suponha a sua existência, de modo que, para caracterizar o estado de perigo basta que o declarante pense que está em perigo, que é o que determina a sua participação em negócio desvantajoso, devendo tal suposição ser de conhecimento da outra parte.
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ELEMENTOS DO ESTADO DE PERIGO
O fato danoso pode originar-se de um acontecimento natural, de ação humana, voluntária ou involuntária, podendo, inclusive ter sido provocada pela própria pessoa exposta ao perigo.
d) Incidência da ameaça do dano sobre a pessoa do próprio declarante ou de sua família – o dano possível pode ser físico ou moral, ou seja, dizer respeito à integridade física do agente, à sua honra e à sua liberdade.
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ELEMENTOS DO ESTADO DE PERIGO
A “família” deve ser interpretada no sentido mais amplo, o que deve importar é o grau de afeição existente capaz de desvirtuar a vontade e forçar o declarante a praticar o negócio em condições extremamente excessivas. Pode se tratar, inclusive, de pessoa não pertencente à família, como amigo íntimo, namorado, noivo, colega de trabalho etc.
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e) Conhecimento do perigo pela outra parte – em regra, há um aproveitamento da situação para obtenção de vantagem. 
O estado psicológico da vítima, decorrente do temor grave de dano, pode ser a causa do aproveitamento da outra parte.
Cabe anulação do negócio para evitar o enriquecimento sem causa.
No entanto, se quem realizou o negócio não sabia do perigo, deve-se presumir que agiu de boa-fé, não se anulando o negócio e fazendo-se a redução do excesso contido na proposta onerosa.
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f) Assunção de obrigação excessivamente onerosa – é necessário que as condições sejam significativamente desproporcionais, capazes de provocar profundo desequilíbrio contratual.
Portanto, somente se configura defeito do negócio jurídico se a obrigação assumida é excessivamente onerosa, pois se for razoável, o negócio é considerado normal e válido.
O objetivo da regra do art. 156 é afastar a proteção a um contrato abusivo realizado em condições de dificuldade ou necessidade do declarante
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ESTADO DE PERIGO
O Código Civil de 2002 apresenta dois institutos, no capítulo concernente aos defeitos do negócio jurídico, que não constavam do Código de 1916: o estado de perigo e a lesão.
Constitui o estado de perigo, portanto a situação de extrema necessidade que conduz uma pessoa a celebrar negócio jurídico em que assume obrigação proporcional e excessiva. Ou segundo MOACY DE OLIVEIRA, constitui “o fato que compele à conclusão de negócio jurídico, mediante prestação exorbitante”.
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ESTADO DE PERIGO
Do Estado de Perigo
Art. 156. Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa.
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 SIMULAÇÃO
XXX...
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 FRAUDE CONTRA CREDORES
 
XXX...
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 CONCLUSÃO
 
	Esse trabalho foi válido, pois nos deu a oportunidade de construir coletivamente um aprendizado que não só servirá para período acadêmico, mas para vida toda. São fatos que estão interligados ao nosso cotidiano, mas sem a oportunidade de estudarmos, não teríamos como entendê-los, bem como contextualizá-los ao mundo o qual circundamos. Aprendemos que o Negócio Jurídico só ocorrerá se houver manifestação de uma parte em praticar o ato e os defeitos desse negócio somente poderão ocorrer, caso haja do próprio agente manifestação também de sua vontade. Em suma, foi de grande relevância a pesquisa, bem como o resultado da mesma, garantido satisfação a todos os membros que tiveram inseridos na busca pelo saber.

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