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AV1 R E S U M O C O N S T I T U C I O N A L (1)

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R E S U M O C O N S T I T U C I O N A L
Do que trata o Direito Constitucional:
O direito constitucional trata do regramento basilar do Estado e tem como premissa a organização dos Estados e a defesa dos direitos fundamentais. A constituição de um Estado tem superioridade diante das outras normas jurídicas, é a partir das normas constitucionais que se estabelecem todos os outros ramos jurídicos, sejam eles públicos ou privados.
A Constituição:
É a manifestação jurídica basilar que organiza e efetiva a existência jurídica do Estado, uma vez que representa a norma básica que organiza as relações entre governantes e governados nos diferentes Estados. No constitucionalismo defende-se que todos os Estados devem ter uma constituição que proteja os direitos fundamentais dos homens, diante do arbítrio do Estado, e as Constituições Estaduais tem que ser norteadas pela Constituição Federal.
Todos os atos políticos têm que ter por base a constituição (aspecto político)
O Direito Constitucional faz parte de que ramo do direito?
O Direito Constitucional está inserido no direito público e pode ser chamado de Direito Público fundamental, pois se ocupa da lei fundamental e principal do Estado, trabalha na articulação dos elementos primários do mesmo e ao estabelecimento das bases da estrutura política. Tem por objetivo a constituição política do Estado, no sentido amplo de estabelecer sua estrutura, organizar suas instituições e órgãos, o modo de aquisição e limitação do poder, através da previsão de diversos direitos e garantias fundamentais.
Defina Direito Público e Direito Privado:
Público – caracterizam-se pela existência de normas impositivas ou de ordem pública, sendo que essas normas não admitem disposição em contrário, ainda que haja acordo entre as partes; ou seja “só se pode se fazer aquilo que está autorizado no texto da lei”.
Privado – a regra é a presença de normas dispositivas, ou seja, que admitem disposição em contrário. No âmbito privado prevalece o acordo de vontades, ou seja, as leis são uma opção e as partes podem estabelecer-se de formas diversas, desde que haja um consenso; ou seja “os entes privados podem fazer tudo aquilo que a lei não proíbe”
Principais temas tratados pelo direito constitucional:
Direitos e garantias fundamentais;
Estrutura organização dos Estados e de sus órgãos;
O modo de aquisição e a forma de exercício do poder;
A defesa da Constituição, do Estado e das instituições democráticas e os
Objetivos socioeconômicos do Estado.
Quando ganhou força o movimento constitucionalismo?
No século XVIII, dois documentos mudaram a história do constitucionalismo, a constituição Norte Americana de 1787 e a Constituição Francesa de 1791. No meio dessas duas constituições, a Revolução francesa em 1789 reforçou o movimento constitucionalista. Por influência dessas duas constituições e dos ideais da Revolução Francesa, o Constitucionalismo se espalhou por toda a Europa e cada monarquia foi caindo por terra.
Qual foi a primeira constituição do Brasil?
No Brasil, em 1824, foi elaborada a primeira Constituição brasileira, outorgada por Dom Pedro I. O Imperador sabia que a única forma de se legitimar no poder era por meio de uma constituição.
Oque é Constitucionalismo?
Corrente filosófica que tenta explicar o poder político.
O que é Constitucionalismo Social?
 É o movimento que passou a prever na constituição os direitos sociais, como por exemplo: o direito à saúde, à educação, à moradia, à alimentação, dentre outros.
Antes do Constitucionalismo Social (constituição de 1934), tinha-se a previsão somente de direitos individuais, em uma perspectiva liberal de defesa de direitos, desta forma o Estado não interferia nas relações privadas, ou seja, as pessoas se viravam na luta pela sobrevivência.
 O modelo compromissório adotado pela constituição de 88, favorece um grau maior de estabilidade?
Para a doutrina, o pluralismo principiológico presente na CRFB/1988 (mescla/mistura de princípios de um Estado liberal e de um Estado Social), favorece a estabilidade social porque atende a todos os segmentos da sociedade brasileira. A CRFB/1988 caracteriza-se justamente por ter adotado o modelo compromissário que busca conciliar, a um só termo, os objetivos do Estado Liberal e promover os Direitos Fundamentais de segunda e terceira gerações, na medida em que tenta albergar valores contrapostos, como por exemplo a propriedade privada e a sua função social. Tem-se, portanto, um texto constitucional compromissório axiologicamente (valores) dividido em que de um lado encontram-se os Direitos Sociais que necessitam de ações estatais positivas e de outro lado as liberdades privadas individuais que demandam cada vez mais uma atuação absenteísta.
Neoconstitucionalismo:
Surgiu após a segunda Guerra Mundial, como fruto do movimento do pós-positivismo, tendo como marco teórico a teoria da Força Normativa da Constituição. O Principal objetivo é busca uma maior eficácia da constituição, em especial dos direitos fundamentais. Haja vista que em alguns países as leis eram utilizadas como argumento para a violação dos direitos humanos e fundamentais.
Espécies de Poder Constituinte:
É o poder de elaborar ou atualizar uma constituição, mediante supressão, modificação ou acréscimo de normas constitucionais.
12.1 - Poder Constituinte Originário (inicial, incondicionado, ilimitado, onipotente e permanente) – É aquele responsável pela criação de uma nova constituição, ainda que o projeto constitucional seja de longo prazo, existe a possibilidade de que durante a sua implantação ocorra total descompasso entre o texto constitucional e as políticas públicas e o interesse social, forjando assim a necessidade de uma troca da ordem constitucional. Nesse caso será convocada uma assembleia nacional constituinte que irá exercer o poder constituinte originário, em nome do soberano, o povo. 
CARACTERÍSTICAS DO PODER ORIGINÁRIO:
Inicial – A constituição é o marco zero;
Incondicionado – não se submete a nenhum procedimento pré-estabelecido enquanto todos as outras leis se submetem a algum procedimento pré-estabelecido;
Ilimitado – Cria a lei maior, por tanto tem o poder ilimitado. O povo delega a soberania; para os JUSNATURALISTAS, o poder originário não é soberano, pois o soberano é o povo.
Onipotente – Tem poder válido e eficaz em todo território nacional;
Permanente – A constituição é permanente e o poder originário se manifesta durante toda a vigência da constituição;
 12.2 - Poder Constituinte / Constituído Derivado
É exercido sempre por um Poder de Estado (Executivo, Legislativo ou Judiciário)
Qualquer que seja sua manifestação o exercício do poder derivado será realizado por algum dos 3 poderes constituídos pelo Poder Originário e previstos na Constituição.
						- Reformador
PODER CONSTITUINTE DERIVADO   - Decorrente
						- Revisor
Manifestações do Poder Constituinte Derivado(como o poder constituinte derivado pode se manifestar/aparecer?):
Poder Constituinte Derivado Reformador - é o responsável pelo processo de atualização do texto constitucional. Devido ao fato da Constituição ser um projeto de longo prazo que deve retratar o interesse social, obrigatoriamente, haverá um órgão responsável por sua atualização. 
 
O Poder Reformador é exercido pelo Poder Legislativo e devido à rigidez constitucional será exercido através de 2 mecanismos (Emenda ou Revisão).
1º MECANISMO DE MANIFESTAÇÃO) - Emenda Constitucional (art. 60)
  								I
					 1. Iniciativa	II	Limitação Formal 
								III
EC ⇒ art. 60 - Proc. Leg. Emenda   2. Deliberativa	§ 2º	Limitação Formal
					 3. Complementar § 3°	Limitação Formal
       § 1º - Limitação Circunstancial
       § 4º - Limitação Material
O art. 60 traz o Processo Legislativo de emenda.
O Processo Legislativo de Emenda possui 3 fases:
1ª fase) Iniciativa - quem possui legitimação para apresentar Proposta de Emenda Constitucional (PEC).  Está nos incisos I, II e III.Limitação Formal - porque determina quem pode apresentar PEC e as condições para a apresentação.
2ª fase) Deliberativa - discussão e votação da emenda constitucional. Está no § 2º.
A proposta de emenda será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional (Câmara dos Deputados e Senado Federal) em 2 turnos, ou seja, 2 votações em cada Casa e será aprovada por 3/5 dos votos (quórum qualificado) dos respectivos membros.
Limitação Formal.
3ª fase) Complementar - § 3º
Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:
I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal;
II - do Presidente da República;
III - de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.
§ 1º - A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio. - (Limitação Circunstancial - porque nas circunstâncias de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio, a proposta de emenda não pode ser aprovada, mesmo que tenha sido apresentada. Se apresentada, o processo fica parado.)
§ 2º - A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros.
§ 3º - A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem. (Limitação Formal)
§ 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: (Cláusulas Pétreas - Limitação Material)
I - a forma federativa de Estado;
II - o voto direto, secreto, universal e periódico;
III - a separação dos Poderes;
IV - os direitos e garantias individuais.
Qualquer Emenda tendente a subtrair qualquer uma das cláusulas pétreas não pode chegar à fase deliberativa, ou seja, não pode ser discutida e votada.
OBS: não existe sanção de Emenda Constitucional e nem veto presidencial. A promulgação é feita pelas Mesas da Câmara e do Senado.
          O Presidente da República só participa do Processo Legislativo de Emenda se apresentar a PEC.
2º MECANISNO DE MANIFESTAÇÃO) REVISÃO CONSTITUCIONAL) 
Art. 3º, ADCT. - A revisão constitucional será realizada após cinco anos, contados da promulgação da Constituição, pelo voto da maioria absoluta dos membros do Congresso Nacional, em sessão unicameral. 
Limitações ao poder de revisão:
- Temporal - a revisão só poderia ocorrer após 5 anos da promulgação;
- Formal - voto da maioria absoluta dos membros do CN e em sessão unicameral.
OBS 1: segundo o STF, todas as normas contidas nas ADCT possuem eficácia exaurida, ou seja, uma vez aplicadas perdem a eficácia. Assim, para o STF a revisão já ocorreu, não podendo, portanto, ocorrer outra vez nessa ordem constitucional. Assim, o Poder Reformador ficou restrito às emendas Constitucionais.
OBS 2: a previsão da Reforma Constitucional pode ocorrer através de Emenda e de Revisão. A realidade, porém, é que atualmente, o STF entende que a Revisão já aconteceu e não poderá acontecer de novo.
CARACTERÍSTICAS DO PODER REFORMADOR:
. Não Inicial ou Secundário ou de Segundo Grau, uma vez que não cria nova Constituição, mas sim uma alteração no texto vigente;
. Condicionado às formalidades previstas no art. 60, I, II e III e §§ 2º e 3º no caso de emenda e do art. 3º das ADCT no caso de revisão. 
. Limitado com relação às ECs por força do art. 60 § 4° e ilimitado no caso de revisão nos moldes do art. 3º das ADCT;
. Onipotente, uma vez que as alterações produzidas na Constituição produzem efeitos sobre toda a sociedade;
Uma vez realizada uma reforma ela é válida para toda a sociedade.
. Permanente, uma vez que a Constituição é um projeto de longo prazo.
Poder Constituinte Derivado Decorrente
Cria as Constituições Estaduais.
Onde é adotada a forma federativa de Estado há uma ordem constitucional da Federação (CF) e as constituições estaduais que organizam os Estados-Membros. Porém, soberana somente a CF.
Peculiaridade da forma federativa de Estado, uma vez que a CF determina que os Estados membros da Federação serão organizados por Constituições Estaduais.
O Poder Derivado Decorrente, exercido pelo Poder Legislativo Estadual, é o responsável pela criação das Constituições Estaduais. No Brasil encontra previsão no art. 25 da CF.
CARACTERÍSTICAS DO PODER DERIVADO DECORRENTE
. Não Inicial ou Secundário - uma vez que é responsável pelas Constituições Estaduais que não são reconhecidas como soberanas. Isto é, trata da criação do documento responsável pela auto organização dos Estados-membros da Federação para o exercício da sua autonomia;
. Condicionado e Limitado - em razão da supremacia da CF que estabelece a forma para a elaboração das Constituições Estaduais e os limites em relação ao seu conteúdo;
. Regional - uma vez que responde pelo interesse social de determinada parcela do território federal (área abrangida pelo Estado)
. Permanente, uma vez que a Constituição é um projeto de longo prazo.
Poder Constituinte Derivado Difuso**ATENÇÃO!!! CAI
Exercido pelo Poder Judiciário através do STF com a finalidade de concretizar o fenômeno da mutação constitucional (alteração do contexto sem alteração do texto).
O que o STF busca é alterar a hermenêutica constitucional em razão do interesse social reaproximando com isso a Constituição com o interesse popular. Para alguns autores a manifestação do Poder Constituinte Difuso equivale a um ativismo judicial preocupante na medida em que ameaça o funcionamento harmônico entre os 3 poderes.
Crítica feita ao Poder Difuso - ameaça a harmonia entre os 3 poderes (STF - Poder Judiciário com os Poderes Legislativo e Executivo)
Ativismo Judicial no Direito Constitucional é chamado de Poder Constituinte Difuso, exercido pelo Poder Judiciário através do STF que busca alterar uma norma constitucional através de hermenêutica, tentando adequá-la à necessidade social.
Não altera o texto, mas sim a aplicação. 
É exercido pelo STF porque só ele possui Poder Vinculante nas suas decisões. E o instrumento que concretiza o Poder Difuso é a súmula Vinculante.
Exemplos de manifestação de Poder Difuso: união homoafetiva, prisão civil do depositário infiel
CARACTERÍSTICAS DO PODER CONSTITUINTE DERIVADO DIFUSO
Assim como as demais manifestações de poder derivado, o Poder Constituinte Difuso é não inicial (altera o texto constitucional vigente), condicionado (103-A), limitado em virtude da supremacia da Constituição, onipotente (porque quando há uma alteração hermenêutica é para todo o Brasil) e permanente.
4. Poder Constituinte Derivado Supranacional (não cai)
Reforma Constitucional:
Processo de atualização do texto constitucional em virtude de novas demandas sociais. Por força da rigidez o poder derivado reformador só poderá se concretizado através de mecanismos previstos no próprio texto constitucional, no caso do Brasil através de emenda constitucional.
1ª fase – Inciativa; 
2ª fase – deliberação;
3ª fase – complemento.
Limitações existentes na CF expressas no art. 60, Poder Constituinte Derivado Reformador:
Referendo – Consulta Prévia;
Plebiscito – Consulta Posterior.
Defina bem comum:
É o estabelecimento mínimo de condições necessárias para que todos possam alcançar o máximo de desenvolvimento como ser humano.
Normas Programáticas: Tratam de programas institucionais a serem cumpridos pelo governo em prol do interesse social. Exemplo é o Art. 6º da CF(direito à alimentação) e o Art. 196(direito à saúde)
Sociológica –
Concretista – Neo constitucionalismo.
Classificação das constituições:
Quanto a Forma
Escrita - um único texto – ex.: brasileira
Não Escrita – Composta por diversos textos
Quanto ao conteúdo:
Material - Conteúdo Essencial a Constituição;
Formal - O conteúdo não é essencial a constituição;
Quanto a Origem:
Democrática– Promulgada (feita pelo povo)
Anti-democrática – Outorgada (Imposta)
Quanto ao modo de elaboração:
Dogmática – Criada em um único momento sendo incontestável, sofrendo alterações através de emendas constitucionais;
Histórica – Voltada para o direito costumeiro;
 Quanto a Extensão da Finalidade:
Jurídico – Garantir direitos e orientar;
Sintética/Garantista – Orienta o governo politicamente;
Quanto à ideologia:
Liberal – Estado Mínimo, a intervenção mínima do Estado nas relações sociais;
Social - Garantir direitos sociais, tais como: o direito à saúde, à educação, à moradia, à alimentação, dentre outros.
Compromissória – Uma mescla da Liberal e da Social
O que é rigidez constitucional:
Instrumento que serve para proteger a essência do texto constitucional, ainda que não impeça que o poder reformador ajuste a constituição às transformações ocorridas na sociedade.
Obs.: Dependendo do grau de rigidez da constituição, encontramos classificações como:
Imutáveis;
Intangíveis;
Petrificadas ou graníticas
Obs.: Mesmo porque a impossibilidade de alteração do texto constitucional, ´e uma total incongruência com a proposta constitucional de representar o interesse social, interesse este que vive em constante mutação.
Constituição Super-Rígida:
Toda aquela em que o texto constitucional encontra-se protegido com a rigidez, e que possui a peculiaridade de reconhecer algumas normas como imodificáveis.
Constituição Rígida:
Toda aquela que admite alterações em seu texto, dede que, através de mecanismos específicos previstos na própria constituição, admitindo alterações através de emendas e revisão. 
Semi-Rígida:
Toda aquela em que a rigidez protege tão somente uma parte considerada essencial para o texto constitucional.
Via de regra existe algum dispositivo que indica quais são as matérias protegidas pela rigidez.
Flexível:
Toda aquela que não possui um texto protegido com a rigidez constitucional.
Normas Constitucionais:
De Eficácia Plena – toda aquela que possui aplicabilidade direta e imediata e integral. Na verdade trata-se de um dispositivo que não depende de qualquer regulamentação para produzir todos os seus efeitos;
De Eficácia Contida – Toda aquela que possuiu aplicabilidade direta, imediata e restringível. Isso é, são normas constitucionais que possuem o bem jurídico definido, mas que devem sofrer um balizamento através de uma regulamentação infraconstitucional (uma norma de eficácia contida não regulamentada se equivale a norma de eficácia plena);
De Eficácia Limitada – Toda aquela com aplicabilidade mediata, indireta e complementavel, isto é, são norma constitucionais incompletas indefinidas que dependem de regulamentação por lei complementar para que possam se efetivadas.
Normas constitucionais no tempo:
Recepção – Instrumento que autoriza o aproveitamento de toda legislação infraconstitucional que seja compatível com uma nova constituição em virtude dos princípios da economia legislativa e segurança jurídica; É O MODELO ADOTADO NO BRASIL.
Repristinação – Instrumento segundo o qual uma nova constituição pode revalidar uma norma que não foi recepcionada pela constituição anterior;
Desconstitucionalização – Instrumento segundo o qual é possível deslocar uma norma constitucional para legislação infra constitucional durante a vigência da constituição por outra.
HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL
É o estudo das técnicas que o direito possui para a interpretação jurídica.
Trata do estudo dos instrumentos de concretização do texto constitucional. 
Quando da promulgação da Constituição foi aplicada uma interpretação clássica com base positivista em que prevaleciam método de regras de hermenêutica muito pouco maleáveis. Com o passar do tempo e com a crise do Estado de Direito, a doutrina criou novos métodos de hermenêutica mais próximos de princípios com o objetivo de superar os limites do positivismo para reaproximar direito e justiça, ou seja, há uma maior preocupação com aspectos morais e éticos. 
25.1. Princípios de Hermenêutica 
25.1.1. Supremacia
Provém da teoria formulada por Kelsen de que o a constituição é a justificativa para a existência de todo o ordenamento jurídico.
Adotado pelo STF que defende uma supremacia absoluta da Constituição, ou seja, a constituição prevalece sobre qualquer outra norma jurídica. Atualmente o STF tem relativizado essa supremacia absoluta da Constituição em razão da nova hermenêutica;
25.1.2. Unidade
Outro princípio diretamente relacionado ao positivismo que propõe que a Constituição deve funcionar como um sistema fechado de normas jurídicas suficiente para solucionar qualquer caso concreto e impõe ao intérprete o cuidado de ao aplicar uma norma constitucional não dar origem a um conflito com outra norma constitucional;
25.1.3. Princípio da Máxima Efetividade
Orienta o intérprete para que na busca de uma melhor interpretação do texto constitucional ele possa ampliar os efeitos da norma. Visa ampliar a efetividade das normas constitucionais.
Para o neoconstitucionalismo o mecanismo ideal para a efetivação de determinados direitos sociais;
25.1.4. Princípio da Presunção de Constitucionalidade das Normas Infraconstitucionais 
Significa que todas as espécies normativas criadas pelo Poder Legislativo (órgão representativo da sociedade) estão de acordo com a Constituição até que se prove o contrário;
25.1.5. Princípio da Correção Funcional 
Serve para impedir que seja criado um novo órgão da administração que tenha as mesmas atribuições de outro já existente;
25.1.6. Princípio da Solidariedade 
Serve para que seja permitido restringir os direitos de um grupo social em favor do resto da coletividade;
25.1.7. Princípio da Harmonização ************************
Havendo conflito entre normas constitucionais deve ser utilizada a técnica de ponderação de interesses, uma vez que, segundo o STF não há hierarquia entre as normas constitucionais.
A ponderação deve ser utilizada da seguinte forma:
1ª. Identificar as normas constitucionais em conflito;
2ª. Verificar o Princípio da Reserva Legal*;
3ª. Ponderação de Interesses levando-se em conta a Supremacia do Interesse Coletivo e a Dignidade da Pessoa Humana.
*havendo uma lei que já estabeleça a solução, ela será utilizada!!!
25.1.8. Princípio da Razoabilidade 
Segundo o constitucionalismo brasileiro, a Razoabilidade serve como padrão para utilização de qualquer outro princípio de hermenêutica, uma vez que significa que a Constituição deve ser interpretada com bom senso, de forma equilibrada.
Para a doutrina e jurisprudência o Princípio da Razoabilidade é composto por 3 subprincípios:
- P da Real Necessidade - a Razoabilidade tem que ser utilizada de acordo com a necessidade do caso;
- P da Escolha Mais Leve - ao ponderar valores o intérprete deve optar pela norma que cause o menor prejuízo possível;
- P da Proporcionalidade em Sentido Estrito - a Razoabilidade tem que ser utilizada na exata medida do caso concreto.
25.1.9. Princípio da Simetria
Só existe no Estado Federado, porque além da Constituição Federal existem as Constituições Estaduais, que devem estar padronizadas de acordo com a CF. Algumas normas essenciais previstas na CF devem estar obrigatoriamente presentes nas CE, são as normas de repetição obrigatória. 
25.2 - MÉTODOS CLÁSSICOS – CLASSIFICADOS QUANTO A ORIGEM, MEIO E FIM
						- Origem
			2.1. Clássicos	- Meio
2. Métodos					- Fim
			2.2. Modernos
2. Métodos da Hermenêutica 
2.1. Clássicos (têm base no positivismo)
2.1.1. Quanto à Origem (quem deve interpretar a Constituição)
Diz respeito a quem deve interpretar a Constituição.
A partir do ponto de vista positivista, os responsáveis pela interpretação constitucional são os 3 poderes (uma vez que detêm o monopólio do poder político) e a doutrina (principal responsável pela evolução do conhecimento jurídico).
Para o neoconstitucionalismo, a sociedade (cidadãos) também deve ser reconhecida como interprete da Constituição,uma vez que é o titular da soberania popular;
2.1.2. Quanto ao Meio (quais os mecanismos de interpretação)
- Gramatical- leva em consideração pura e simplesmente o sentido literal da norma jurídica. De todos os mecanismos da hermenêutica clássica é o que mais se adequa à escola positivista;
- Lógico / Lógico-Jurídico - procura orientar o intérprete para que o comando normativo seja utilizado de acordo como restante da legislação; utiliza de raciocínios lógicos para entender a lei
- Sistêmico / Sistemático - procura orientar o intérprete para que a concretização da Constituição seja feita para evitar um conflito entre normas constitucionais, ou seja, busca limitar o alcance da norma constitucional para que mais à frente não seja criado um conflito com outra norma constitucional;
- Histórico - visa orientar o intérprete para aplicar a Constituição de acordo com a realidade social; ou seja, verifica a genealogia da lei, dando foco ao momento histórico de criação da lei
- Teleológico / Finalista - significa que o intérprete deve ampliar ou restringir o alcance da norma para que atinja o seu objetivo. É o menos positivista dos métodos clássicos. Analisa os objetivos pelos quais a lei foi criada
2.1.3. Quanto ao Fim (quais os resultados perseguidos)
- Literal - o intérprete usa a norma exatamente de acordo com o que ela determina;
- Extensiva - o intérprete amplia o alcance a fim de que o resultado fique aquém do que está determinado na norma;
- Restritiva - o intérprete diminui o alcance a fim de que o resultado fique aquém do que está determinado na norma.

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