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aula 6 processo penal

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Descrição CASO 06 
João, diretor de uma empresa de marketing, agride sua mulher, Maria, modelo 
fotográfica, causando-lhe lesão de natureza leve. Insta u rado inquérito policial, 
este é concluído após 3 0 dias, co ntendo a prova da materia lidade e da autoria, 
e remetido ao Ministé rio Público. Maria, então, procura o Promot or de Justiça e 
pede a este que não denuncie João, pois o casal já se reconci liou, a lesão já 
desapareceu e, principalmente, a condenação de João (que é reincidente) faria 
com que este perdesse o emprego, o que deixaria a própria vítim a e seus três 
filhos menores e m situação dificílima. Diante de tais razões, pode o MP deixar 
de oferecer denúncia? 
 O ministério público não poderá atender ao pedido , por força dos 
princípios da obrigatoriedade e da indisponibilidade no oferecimento da 
denúncia a o juízo competente, sendo que uma vez o MP, que é o órgão 
oficial para denunciar aç ão pública (princípio da oficialidade), dis pondo 
de elementos materiais que sustentem a autoria do cr ime, deve propor a 
ação penal, s em qualquer interferência, quer seja política, quer s eja de 
utilidade social. No que diz respeito ao princípio da indisponibilidade da 
ação penal, consiste na impossibilidade de desistência do parquet da 
ação penal depois de iniciada, tendo em vista de que o direito defendido é 
de ordem do Estado, não se res tringindo, deste modo ao indivíduo. 
Ademais, a ação em tela trata -se de ação pública inc ondicionada, lesão 
corporal contra cônjuge, disposto no artigo 129, parágrafo 9º do CP 
(Decreto- Lei nº 2848/1940). Nesse sentido: 
 
Art . 1 29. São fun ções ins tit ucio nai s do Mi nist ério Pú blic o: 
I - pr omo ver, priv ativ amen te, a aç ão p enal p úblic a, na fo rma 
da lei (.. .) CPP 
 
Art . 5 76. O Min isté ri o Púb lico nã o po der á des ist ir de rec urso 
que haja int er post o. ( CPP) 
 
Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de 
outrem: Pena - detenção, de três meses a um ano. (...) 
§ 9o Se a lesão for praticada contra ascendente, descendente, 
irmão, cônjuge ou companheiro, ou com quem conviva ou 
tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o agente das 
relações domésticas, de coabitação ou de 
hospitalidade: (Redação dada pela Lei nº 11.340, de 2006) 
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 3 (três) anos. (CP) 
 
 
2-Paulo Ricardo, funcionário público federal, foi ofendido , em razão do 
exercício de suas funções, por Ana Maria. Em face dessa situação hipotética, 
assinale a opção correta no que concerne à legitimidade para a propositura da 
respectiva ação penal. 
Xa) Será concorrente a legitimidade de Paulo Ricardo, med iant e queixa, e do 
MP, condicionada à representação do ofendido. Correto, nos termos da 
súmula nº 714 do STF: 
Súmula 714 
É concorrente a legitimidade do ofendido, mediante 
queixa, e do Ministério Público, condicionada à 
representação do ofendido, para a ação penal por 
crime contra a honra de servidor público em ra zão do 
exercício de suas funções. 
 
 
b) Somente o MP terá legitimidade para a p ropositura da ação penal, mas, p ara 
tanto, será necessária a representação d o ofe ndido ou a requisição do chefe 
imediato de Paulo Ricardo. 
 
c) A ação penal será pública incondicionada, considerand o-se que a ofensa foi 
praticada propter officium e que há m anifesto inte r esse público na p ersecução 
criminal. 
 
d) A ação penal será privada, do tipo personalíssima. 
3- Maria, que tem 18 anos de idade, é universitária e resi de com os pais, que a 
sustentam f inanceiramente, foi vítima de crime que é process ado mediante 
ação penal pública condicionada à representação. Con siderando essa situação 
hipotética, assinale a opção correta. 
 
A- Caso Maria venha a falecer, p rescreverá o direito de representação se seus 
pais não requererem a nomeação de curador especial pelo juiz, no prazo legal. 
 
B- O representante legal de Maria também p oderá mover a açã o penal, visto 
que o direito de ação é concorrente em fa ce da dependência f inanceira e inic ia-
se a partir da data em que o crime tenha sido consumado. 
 
C- Caso Maria deixe de exercer o d ireito d e representação, a condição de 
procedibilidade da ação pena l poderá ser satisfeita por m eio de requisição do 
ministro da justiça. 
 
XD- Caso Maria exerça seu direito à representação e o membro do MP não 
promova a a ção penal no prazo legal, Maria po derá mover ação penal privada 
subsidiária da pública. Correto: 
Art. 29. Será admitida ação privada nos crimes de ação 
pública, se esta não for i ntentada no prazo legal, cabendo 
ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer 
denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do 
processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, 
a todo tempo, no caso de negligência do querelante, 
retomar a ação como parte principal. (CPP) 
 
Art. 46. O prazo para oferecimento da denúncia, estando o 
réu preso, será de 5 dias, contado da data em que o órgão 
do Ministério Público receber os autos do inquérito 
policial, e de 15 dias, se o réu esti ver solto ou afiançado. 
No último caso, se houver devolução do inquérito à 
autoridade policial ( art. 16), contar -se-á o prazo da data em 
que o órgão do Mi nistério Público receber novamente os 
autos. (CPP)

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