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AULA DE REVISÃO FHTMSSI 2017.2 Professora: Daliana Maria da C. Duarte Dantas O serviço social nasce vinculados a iniciativa da igreja católica; Articulado aos movimentos de ação social e ação católica.Tem como ideologia a doutrina social da igreja e como alvo de atuação as classes operárias e sua famílias. Os problemas sociais eram vistos como problemas de responsabilidade individual não tendo portanto relação com o contexto social da época; Enfoque: CONSERVADOR,INDIVIDUALISTA,PSICOLOGIZANTE E MORALIZADOR dos problemas sociais. Historicamente... É necessário que situemos o serviço social historicamente configurado como um tipo de especialização do trabalho coletivo dentro da divisão social do trabalho na sociedade industrial. Contexto... Desenvolvimento Capitalista Industrial; Expansão urbana Questão Social Desenvolvimento capitalista industrial Produção em série; Grande numero de pessoas nos grandes centros urbanos(Êxodo Rural); Agravamento dos problemas sociais(saúde,habitação,educação,meio ambiente..) Manifestações operárias; Questão social Expressões do processo de formação e desenvolvimento da classe operária. Manifestação do cotidiano da vida social e as contradições entre a classe operária e a burguesia. Estado passa a intervir diretamente nas relações entre empresários e classe trabalhadora através de regulamentação jurídica do mercado de trabalho(legislação social e trabalhista específica) sempre gerindo e regulando através dos serviços sociais A partir da década de 30, o Estado, enquanto representante dos interesses da classe burguesa, interferiu na questão social através de seus aparelhos coercitivos, a questão social como caso de polícia. A burguesia e o Estado ao perceberem que tais mecanismos eram insuficientes, passaram a enfrentá-la pela ideologia, através da criação e fundamentação de leis, serviços e políticas sociais. Cotidiano das classes populares adquirem expressão política; Estado como regulador das tensões entre classes sociais; Surgimento da CLT; Medidas de cunho controlador, assistencialista e paternalista. Desta forma vemos um sistema de acumulação capitalista que tem sua base sustentada pela mais –valia(trabalho excedente); O sistema apresenta-se renovado a partir da reprodução não só do valor, mas também em sua IDEOLOGIA; Os serviços sociais se apresentam nesse momento como instrumentos “abafadores” dos focos de tensões entre os trabalhadores. Apresentamos assim o processo da “institucionalização da pobreza” transformando o que é problema social em questão que deve ser controlada.(Iamamoto e Carvalho,2014) O controle social e a ampliação da ideologia dominante são essenciais nesse momento para o consenso social(por vezes de forma violenta); O serviço social se apresenta nesse primeiro momento como um fiscalizador da pobreza, a partir de uma ação de linha de frente nas relações entre a população e as instituições; Esse profissional usa a linguagem como principal instrumento para uma ação persuasiva e de controle; Suas atividades estavam direcionadas a ações pontuais no que se referia ao cotidiano da população atendida; Visão individualista e pulverizadas dos problemas relacionados a questão social; Medidas preventivas de enquadramento; O assistente social busca harmonizar as contradições existentes, descartando o contexto histórico vivenciado na época(naturalização dos problemas sociais); Situações de conflitos e desigualdades passam a serem vistos como “desvios” que precisavam de solução a partir da ação técnica do profissional dentro das instituições. Para contextualizarmos o Serviço social e a construção histórica da profissão faz-se necessário refletir sobre os aspectos históricos,teóricos e metodológicos do serviço social; As principais correntes que influenciaram a construção da profissão foram: Neotomismo Positivismo Funcionalismo Fenomenologia TOMISMO CORRENTE FILOSÓFICA QUE TINHA POR FINALIDADE UNIR O HOMEM A DEUS.HAVIA UM INTERESSE POR PARTE DA IGREJA EM FORMAR NÃO SOMENTE PADRES MAS TAMBÉM HOMENS INFLUENTES NA SOCIEDADE E DESTA FORMA OCUPAR LUGARES DE DESTAQUE ARREBANHANDO ASSIM MAIS ALMAS PARA A IGREJA CATÓLICA NA ÉPOCA. NEOTOMISMO SÃO TOMAZ DE AQUINO 1225 a 1274 Santo Tomás, assim como Aristóteles já o fizera,afirma que “o homem é naturalmente um animal social” e para desenvolver-se necessita viver em sociedade. CONTEXTO POLITICO E SOCIAL A condição de exploração e miséria em que vivem os operários na Europa do final do século XIX, decorrentes da industrialização e do desenvolvimento do capitalismo, leva a Igreja a se posicionar, Aquele momento era visto pela igreja como de crise e decadência da moral e dos costumes cristãos. A igreja busca no ressurgimento das idéias de Tomás de Aquino o caminho para o enfrentamento desta realidade. A filosofia tomista marca a história da filosofia e do homem até o século XVIII e começa a ser retomada no final do século XIX e início do século XX. No campo social, a presença da filosofia de Santo Tomás de Aquino se fará fortemente presente e marcará profundamente o Serviço Social. Nesse contexto o Serviço social recebe forte influência dessa corrente, já que a profissão surge nessa ocasião como uma “preocupação” por parte do Estado com os problemas sociais surgidos a partir da industrialização; Sendo assim é a partir da prática da ação social no Brasil a profissão cresceu sob a liderança da Igreja e, até o início dos anos 1960, recebeu a influência direta e decisiva da sua “Doutrina Social”. O objetivo do Serviço Social era moldar este homem, integrá-lo à sociedade, aos valores, a moral e aos costumes de uma sociedade cristã, a fim de que ele alcançasse a perfectibilidade. Entre as instâncias de atuação profissional, nas quais se preservam elementos constitutivos essenciais da pessoa humana, estão a família e o trabalho; Entre as instâncias de atuação profissional, nas quais se preservam elementos constitutivos essenciais da pessoa humana, estão a família e o trabalho; Enquanto meio para formação moral, o trabalho deve completar a educação dos operários. Segundo Ferreira, “não bastam os segredos da fiação, da cerâmica ou da siderurgia, mas é necessária a aragem vivificadora de outras zonas: a zona da moral e da religião” (FERREIRA, F.P, 1940, p.26). O objetivo do Serviço Social era moldar este homem, integrá-lo à sociedade, aos valores, a moral e aos costumes de uma sociedade cristã, a fim de que ele alcançasse a perfectibilidade. O cumprimento de tarefas do assistente social junto aos trabalhadores: “orientar vocações, prevenir acidentes de trabalho, melhorar as condições de vida do empregado e, ao mesmo tempo, garantir o rendimento da empresa; estabilizar as condições de trabalho, implementar medidas de proteção à saúde, etc.” (RIBERA, 1940, p.6) no desempenho de suas tarefas, o assistente social intervém na esfera da preservação da dignidade humana e do desenvolvimento da personalidade. uma das diretrizes da atuação dos primeiros assistentes sociais, dirigiu-se, sobretudo, à classe trabalhadora e tem como perspectiva a conciliação das classes sociais. 2. a assistência social não é uma verdadeira conscientização, mas cumpre apenas uma função de analgesia, pois as “consciências continuam adormecidas para um tratamento de justiça, conforme a dignidade da pessoa humana“ 3. A unidade, à qual se referiam os assistentes sociais, objetivava a extinção das “desagregações espirituais e rebeldia” (FERREIRA, P. L., 1939, p. 6) preconizadas pelo comunismo. AUGUSTO COMTE O positivismo é uma corrente filosófica surgida na primeira metade do século XIX. Foi fundado por Augusto Comte, em contraposição às idéias que nortearam a Revolução Francesa no século XVIII. A matriz positivista ofereceu uma compreensão imediatista das relações sociais e do ser social, restringindo-se ao verificável, à experimentação e à fragmentação do homem e da sociedade. Não eram oferecidas possibilidades de mudança, senão dentro da ordem estabelecida, pelo ajuste a ela. Tinha uma orientação funcionalista, prática, um perfil manipulador e de ajustamento, sob a ótica de padrões de eficiência, com uma ação mais burocrática, sem apropriação ou aprofundamento teórico. A presença do Positivismo no Serviço Social pode ser percebida quando a profissão passa a dar ênfase à instrumentalização técnica, Surge a preocupação com não só o que fazer ,mas como fazer; Relação muito proximal com a corrente Funcionalista vinda dos Estados Unidos; Surgida na metade do século XIX; Contraposição a Revolução Francesa e sua ideias; Lembrando que esse movimento buscou o fim da monarquia e da desigualdade social. Significou o fim do sistema absolutista e dos privilégios da nobreza. O povo ganhou mais autonomia e seus direitos sociais passaram a ser respeitados. Tinha uma orientação funcionalista, prática, um perfil manipulador e de ajustamento, sob a ótica de padrões de eficiência, com uma ação mais burocrática, sem apropriação ou aprofundamento teórico. A perspectiva positivista, por trabalhar com o aparente e com o verificável, tem uma visão restrita dos fatos, pois analisa-os apenas no âmbito do verificável, da experimentação e da fragmentação,demonstrando uma relação estática deles, sem mudanças, senão dentro da ordem estabelecida, voltando-se antes para ajustes e conservação. Essa moral positivista serve para atenuar os conflitos e reforçar o sistema de filantropia estabelecido; As possibilidades de transformação da sociedade a partir dos movimentos sociais são ignoradas; A sociedade é pensada como uma grande engrenagem e os indivíduos como parte dessa engrenagem; quando surge um fato social que ameaça seu funcionamento, este deve ser trabalhado como disfuncional e ajustado para garantir a volta ao funcionamento perfeito dessa engrenagem. O positivismo defende a idéia de que o conhecimento científico é a única forma de conhecimento verdadeiro; adentra esta profissão através da influência do Serviço Social norte-americano, trazida, na década de 1940, pelos assistentes sociais brasileiros que foram estudar nos Estados Unidos. Aguiar (1984) afirma que a fundamentação do método e das técnicas não era analisada e traduzida para a nossa realidade, era tão somente transplantadas. Os positivistas não consideram os conhecimentos ligados as crenças, superstição ou qualquer outro que não possa ser comprovado cientificamente. Para eles, o progresso da humanidade depende exclusivamente dos avanços científicos Para essa corrente não há contradições, na realidade social,há apenas diferenças, disfunções, desvios, problemas, sendo que a tendência normal da sociedade é a ordem harmônica. Sendo assim o positivismo descreve o homem não como um resultado produzido pelo sistema capitalista, mas simplesmente como o homem. É o fundamento da neutralidade social No positivismo procura-se utilizar o “método científico” das ciências naturais para analisar também a sociedade. Esta é uma das principais características do positivismo. Para isto, é necessário tratar a vida social da mesma forma que é tratada a natureza, ou seja, faz-se a naturalização,ou coisificação, da sociedade.(Figueira,2015,p;16) Foi um período de aprimoramento em relação aos instrumento e técnicas de intervenção,busca por padrões de eficiência na analise e diagnóstico social; A imparcialidade leva a objetividade dos fatos que por sua vez leva ao dado preciso que a ciência tanto valoriza. apesar de ter permitido a profissão a aproximação de um instrumental técnico o positivismo conserva e preserva a ordem vigente; Funcionalismo Professora: Daliana Dantas O funcionalismo surgiu na metade da década de 1850, por meio do positivismo de Comte, e como indica o próprio nome, é uma tendência investigativa, metodológica e teórica que, distinguindo entre causas, funções e estruturas, Durkheim enriquece o pensamento de seus antecessores e forneceu uma sólida base para o desenvolvimento deste paradigma funcionalista. o funcionalismo coloca em evidência os sistemas, cuja existência e operação no Serviço Social são mais bem compreendidas se observadas as partes que os compõem e a função que cada parte cumpre na realização do todo. De acordo com Yasbeck (1984, p. 71), essa orientação funcionalista foi absorvida pelo Serviço Social, configurando para a profissão uma proposta de trabalho ajustadora e um perfil manipulatório, voltado para o aperfeiçoamento dos instrumentos e técnicas para a intervenção, com a busca de padrões de eficiência, sofisticação de modelos de análise, diagnóstico e planejamento. Enfim, uma tecnificação da ação profissional acompanhada de uma crescente burocratização das atividades institucionais. Com o surgimento das ciências sociais e sua conseqüente fragmentação, a qual consolidou a criação da sociologia na escola norte-americana de serviço social, que influenciou o serviço social brasileiro, com as elaborações de Mary Elly Richmond qualificado o exercício do assistente social como uma ciência social sintética aplicada, que intervém de maneira prático-empírica. Ela nasceu em 1861 em Belleville, Illinois e viveu até 1928. Seus pais morreram quando Mary era muito jovem, o que a obrigou a viver com sua avó e tias em Baltimore, Maryland Ela acreditava que era necessário uma formação adequada para ajudar as famílias pobres a gerenciar e mudar suas circunstâncias Inscreve uma metodologia pautada numa análise médica das expressões da questão social, na qual essas expressões eram passiveis de diagnóstico e tratamento como uma “doença”; Metodo criado por Richmond: diagnóstico social ESTUDO DA SITUAÇÃO LEVANTAMENTOS DE DADOS DIAGNÓSTICO TRATAMENTO acreditava que só através do ensino especializado poder-se-ia obter a necessária qualificação para realizá-lo; Metodologia do Caso Social Individual: conjunto de métodos que desenvolvem a personalidade, através de um diagnóstico social, que, ao ser sistematizado, proporciona o reajustando conscientemente e individualmente o homem ao seu meio. Ela teve a primeira iniciativa em institucionalizar a prática do serviço social:percebeu que as ações caritativas não eram mais suficientes para atender às reivindicações da classe operária e de outros setores da população; A partir de 1945, o serviço social assumiu o modelo funcional implantado pelos Estados Unidos e se afastou do doutrinarismo da Igreja Católica que predominava nos fins da década de 30 e no início da década de 40; As teorias de caso, grupo e comunidade compuseram, portanto, a tríade metodológica que orientava o serviço social na busca da integração do homem ao meio social em que vivia; Nesse período, a ênfase na formação profissional ainda estava sustentada na visão terapêutica e na concepção de que a questão social era um desajustamento social. O método de caso pode ser definido como a arte de ajudar as pessoas a ajudarem-se a si mesmas, cooperando com elas a fim de beneficiá-la e, ao mesmo tempo, à sociedade em geral. Nesse princípio, a ação profissional, sob a ótica do ideário de Richmond, inscreve uma metodologia pautada numa análise médica das expressões da questão social, na qual essas expressões eram passíveis de diagnóstico e tratamento como uma “doença”. ESTUDO LEVANTAMENTO DE DADOS DIAGNÓSTICO TRATAMENTO DA DOENÇA SOCIAL É um conjunto de métodos que desenvolvem a personalidade, reajustando conscientemente e individualmente o homem a seu meio social. Sua linguagem é permeada por termos médicos visto que sua influência teórica bebia nas teorias da enfermagem. O SS de Casos procura ajudar o indivíduo a resolver seus próprios problemas, seja através de mudanças de atitudes, seja pela utilização dos recursos da comunidade ou por ambos os meios. O papel do assistente social é ajudar o indivíduo a examinar estas dificuldades e auxiliar o cliente a encontrar a solução para elas,assim como meios para executá-las. Devemos levar em consideração três elementos no que se refere ao serviço social de Caso: A “aceitação do cliente” - O assistente social deve aceitar o cliente, reconhecer que ele tem o direito de ser o que é: econômica, social, moral ou psicologicamente; uso da “autoridade” - A autoridade do A.S é proveniente da sua formação profissional, que agora se coloca à disposição do cliente, e que está baseada na aceitação do cliente e estabelecimento de uma confiança mútua necessária ao tratamento social; 3. Autoconhecimento do Assistente Social - O assistente social tem que ter consciência de sua individualidade, de suas crenças e de seus preconceitos, e de que maneira reage diante de determinadas situações, somente assim poderá controlar suas reações e suas atitudes diante do cliente. O assistente social deve ser neutro nos julgamentos de valor sobre o cliente e saber controlar suas emoções para não se identificar com o cliente ou seu problema. SERVIÇO SOCIAL DE GRUPO As bases do Serviço Social de Grupo estão intimamente ligadas aos movimentos de auto-ajuda e, somente em 1936, é fundada a Associação Americana para seu estudo. Processo de integração-adaptação: O enfoque “terapêutico” e disciplinador era característico do trabalho desenvolvido junto a grupos; Ainda sob influencias da psicologia e psicanálise, surge na década de 60 no Brasil o serviço social de grupo, que atua de forma geral na solução de problemas pessoais de relacionamento e socialização. Esse método adquire maior divulgação através do trabalho de Gisela Konopka, assistente social e psicanalista. É na década de 60 que o SSO de grupo se consolida junto com o “desenvolvimento de comunidade”, uma intervenção profissional voltada para a promoção da harmonia social na relação Estado/sociedade, por meio de uma abordagem “coletiva.” Um método do SS que ajuda os indivíduos a aumentarem o seu funcionamento social, através de objetivas experiências de grupo e a enfrentarem, de modo mais eficaz os seus problemas pessoais, de grupo ou de comunidade (KONOPKA, 1979, p. 33) o papel do Serviço Social de Grupo estava associado ao assistente social a função de trazer ao usuário a reflexão sobre a sua realidade socioeconômica e fazê-los, então, desejarem mudar sua situação e buscarem alcançar essa nova condição SERVIÇO SOCIAL DE COMUNIDADE Década de 50: a década de 1950 seria marcada a fase de renovação crítica para a profissão. Esse período correspondia ao período do desenvolvimentismo brasileiro e de aposta no capitalismo industrial. Nessa mesma década, surge o método do “desenvolvimento de comunidade” – DC: Proposta: Propunha a melhoria nas condições imediatas do meio, contando com a participação dos grupos como co-participantes na execução dos projetos e atividades, unidos pelo bem comum, porém deslocados de suas elaborações e proposições. A ação do serviço social estava limitada ao DC no meio rural, influenciado pelo funcionalismo, pelo qual se queria, através de suas ações junto à comunidade, corrigir as “disfuncionalidades” causadas pelo sistema capitalista; Ação baseada na “persuasão” a integração da população empobrecida aos projetos de desenvolvimento; SERVIÇO SOCIAL AGENTE DO DESENVOLVIMENTO Conseqüências gerada pelo DC: Aumento do número de escolas Interiorização do serviço social Abertura de um novo campo de trabalho; Incorporação de novas atribuições profissionais relacionadas à coordenação, planejamento e administração de programas sociais.
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