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Considerando as particularidades das partes, o regime de bens que mais se adequa a necessidade dele é o Regime Parcial de bens. A casa herdade por Cláudia continuará pertencendo a ela, uma vez que nesse regime, a meação só ocorrerá a partir do casamento, não abrangendo aqueles obtidos por uma só das partes, ou recebidos de herança. Estando Cláudia divorciada, tendo sido decidida a partilha dos bens do casal, não há que se falar em causa suspensiva. Art. 1523 III CC/02 Na comunhão parcial de bens os bens de uso pessoal, os livros e instrumentos de profissão ficam excluídos da meação. Art. 1659, V CC/02 Apesar de o pacto antenupcial não possuir validade (a menos que o mesmo disponha sobre isso), o mesmo é ato jurídico sob condição suspensiva, desta forma, sua eficácia depende da realização do casamento, nos moldes do Art. 1653 CC/02. No caso em questão, não há vedação para que se mude o tipo de regime, porém, a mudança ficará condicionada a autorização judicial, apurada a procedência das razoes invocadas e ressalvados os direitos de terceiros. Não será possível inserir cláusula de exclusão da solidariedade pelas dívidas contraídas para as coisas necessárias a economia doméstica, uma vez que é dever de ambos os cônjuges devem ser exercidos igualmente pelos dois. Também não será possível afastar o dever de fidelidade, certo de que este é um dos deveres que se desenrolam do casamento Melhor regime seria o da separação parcial de bens. É possível, mas a mudança ficará condicionada a autorização judicial, apurada a procedência das razoes invocadas e ressalvados os direitos de terceiros, segundo o que dispõe o Art. § 2º do Art. 1639 CC/02. Não será possível a dispensa dos deveres do casamento, uma vez que tais deveres são essenciais para a forma do casamento, são dispostas em lei, e o pacto antenupcial não deve ir de encontro com aquilo que está na lei, sob pena de nulidade, de acordo com o Art. 1655 CC/02.
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