Buscar

Exercício de Psicopatologia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Exercício de Psicopatologia AV1
Prof. Jefferson Cabral Azevedo
1 – Conceitue Psicopatologia.
Psicopatologia é um ramo da ciência que trata da natureza essencial da doença mental, suas causas, as mudanças estruturais e suas formas de manifestação. Ela pode ser definida, em uma acepção mais ampla, como: conjunto de conhecimentos referentes ao adoecimento mental do ser humano.
2 – Defina semiologia médica e semiótica.
Semiologia médica – estudo dos sintomas e sinais da doença, que permite identificar alterações físicas e mentais, ordenar os fenômenos observados, formular diagnósticos e empreender terapêuticas.
Semiótica ou semiologia – A semiologia psicopatológica trata particularmente dos signos que indicam a existência de sofrimento mental, transtornos e patologias.
3 – Conceitue síndrome, sinais e sintomas. 
Síndrome: agrupamento/conjunto de sinais e sintomas relativamente constantes e estáveis.
Sinais: objetivos, observáveis e mensuráveis; dados elementares;
Sintomas: vivências subjetivas relatadas pelos pacientes, suas queixas, aquilo que o sujeito experimenta e comunica a alguém; não é mensurável.
4 – A organização dos sintomas psicopatológicos podem ser divididos em dois grupos: forma e conteúdo. Conceitue-os.
Forma do sintoma, isto é, sua estrutura básica, relativamente semelhante nos diversos pacientes (alucinação, delírio, etc.).
Conteúdo, ou seja, aquilo que preenche (o recheio) a alteração estrutural (conteúdo de culpa, religioso, de perseguição, etc.). O conteúdo geralmente é mais pessoal e depende da história de vida do paciente. De um modo geral, os conteúdos dos sintomas estão relacionados aos temas centrais da existência humana, como a sobrevivência, segurança, sexualidade, dinheiro, poder e prestígio, buscando prazer e/ou segurança e controle sobre o outro.
5 – Quais são Principais Critérios de “Normalidade” em Psicopatologia? Descreva-as.
Há vários critérios de normalidade e anormalidade em psicopatologia, e a adoção de um ou de outro depende, entre muitas coisas, das opções filosóficas, ideológicas e pragmáticas do profissional, além de variarem consideravelmente em função dos fenômenos específicos com os quais trabalhamos.
Normalidade como ausência de doença:
– A saúde é o silêncio dos órgãos;
– Ausência de sinais e sintomas de doenças.
Normalidade ideal - utopia:
– Estabelece-se arbitrariamente o que é sadio e evoluído.
Normalidade estatística:
– Identifica norma e frequência. Aplica-se a fenômenos quantitativos, com determinada distribuição estatística na população.
Normalidade como bem-estar:
– OMS: saúde é o estado completo de bem-estar físico, mental, social e espiritual
– Conceito vasto e impreciso
Normalidade funcional:
– Baseia-se em aspectos funcionais. O fenômeno é considerado patológico a partir do momento que se torna disfuncional.
Normalidade como processo:
– Considera aspectos dinâmicos do desenvolvimento psicossocial, das estruturações, desestruturações e reestruturações, crises e mudanças próprias a idade (muita utilidade para pediatria e geriatria)
Normalidade subjetiva:
– É dado ênfase na percepção do indivíduo em relação a seu estado de saúde.
Normalidade como liberdade:
– A doença mental seria a perda da liberdade existencial
6 – Quais são as principais Escolas em Psicopatologia? Descreva-as.
Psicopatologia Descritiva: interessa-se pela forma das alterações psíquicas, a estrutura dos sintomas, aquilo que caracteriza a vivência patológica como sintoma mais ou menos típico. De uma maneira geral, podemos dizer que a função da psicopatologia descritiva seria a de descrever e rotular os sintomas.
Psicopatologia Dinâmica: interessa-se pelo conteúdo das vivências, os movimentos internos dos afetos, desejos e temores do indivíduo, sua experiência particular e pessoal, não necessariamente classificável em fenômenos previamente descritos como na descritiva.
Psicopatologia Médica: noção de homem centrada no corpo, no ser biológico; a doença mental seria apenas um mau funcionamento do cérebro.
Psicopatologia Existencial: O doente é visto como “existência singular”; o ser é construído pela experiência particular de cada sujeito, na sua relação com outros sujeitos; A doença é vista como um modo particular de existir, uma forma trágica de ser no mundo, um modo particularmente doloroso de ser com os outros.
Psicopatologia Comportamental-Cognitiva: As representações conscientes são vistas como essenciais ao funcionamento mental, normal e patológico. Os sintomas resultam de comportamentos e representações cognitivas disfuncionais, aprendidas e reforçadas pela experiência sócio familiar.
Psicopatologia Psicanalítica: Os sintomas são considerados formas de expressão de conflitos, predominantemente inconscientes, de desejos que não podem ser realizados, de temores a que o indivíduo não tem acesso. O sintoma é uma formação de compromisso, um arranjo entre o desejo inconsciente, as normas e as permissões culturais e as possibilidades reais de satisfação desse desejo.
Psicopatologia Operacional Pragmática: Os transtornos mentais e dos sintomas são formuladas e tomadas de modo arbitrário, em função de sua utilidade pragmática, clínica ou para pesquisa; Modelo adotado pelas classificações atuais: DSM-V TR e CID-10.
Psicopatologia Biológico: Baseada em princípios neuroquímicos ou neurofisiológicos das doenças e dos sintomas mentais.
7 - Para a Psicopatologia existem três tipos de fenômenos. Descreva-os.
Para a Psicopatologia existem três tipos de fenômenos: 
Fenômenos semelhantes em todas as pessoas: Todo homem sente medo de um animal perigoso, a ansiedade perante uma prova difícil, o desejo por alguém amado, etc. 
Fenômenos em parte semelhantes e em parte diferentes: são os fenômenos que o homem comum experimenta, mas que apenas em parte é semelhante ao que o doente mental experimenta. Ex.: todo homem sente tristeza, mas a alteração profunda que um paciente deprimido sente é qualitativamente diferente e novo para o sujeito. 
Fenômenos qualitativamente novos: Fenômenos novos, próprios apenas de certas doenças e estados mentais patológicos: alucinações, delírios, turvação da consciência, etc
8 – Descreva as definições de consciência na visão neuropsicológica, psicológica, ético-filosófica.
Definição neuropsicológica: estado vigil, estado de estar desperto, acordado, vigilante, lúcido. 
Definição psicológica: soma total das experiências conscientes de um indivíduo em um determinado momento; dimensão da atividade psíquica que se volta para a realidade.
Definição ético-filosófica: capacidade de conhecer e compreender os direitos e deveres éticos e morais de uma determinada cultura; atributo do homem desenvolvido e responsável, engajado na dinâmica sociocultural na qual está inserido. 
9 – Conceitue o SARA.
Sistema Ativador Reticular Ascendente - O conceito de sistema reticular ativador (SRAA) ou SARA, desenvolvido por Moruzzi e Magoun (1949), afirma que a capacidade de estar desperto e agir conscientemente depende da atividade do tronco cerebral e do diencéfalo, os quais exercem poderosa influência sobre os hemisférios cerebrais, ativando e mantendo o tônus necessário para seu funcionamento. 
10 - O conceito de consciência divide-se em dois grandes grupos. Descreva-os.
Campo: foco ou parte central mais iluminada; 
Margem: franja ou umbral – periferia 
Menos iluminada = inconsciente . Onde ocorrem os automatismos mentais e os estados subliminares
11 – Como se caracteriza o aparelho psíquico para a psicanálise?
O aparelho psíquico, ou somente psique, é o nome dado ao método estrutural proposto por Freud. Primeiramente foi dividido em inconsciente, pré-consciente e consciente, o que posteriormente foi modificado e dividido em três elementos que unidos trabalham nas ações e reações, o Id, Ego e Superego. 
O Id, instinto primitivo, bastante destacado em crianças é a forma irracional da mente que faz as pessoas agirem de forma impulsiva e irracional, ou seja, é a forma de ação e reação onde a pessoa se expressa sem ao menos pensar.O Ego, denominado equilibrador das forças irracionais e racionais, age sempre pressionado pelo Id e pelo Superego cabendo a ele a dosagem entre as vontades liberadas pelo Id e entre as limitações liberadas pelo Superego. É a parte consciente do aparelho psíquico que faz com que um indivíduo consiga regular suas ações e reações. 
O Superego, denominado repressor do Id, atua influenciado por regras, crenças, leis morais, ética e outros métodos que nos são ensinadas no decorrer da vida e limitam as ações e reações, fazendo com que pensemos nas consequências. A partir de suas influências, busca através do Ego reprimir o Id para que nenhuma ação e reação sejam realizadas irracionalmente.
12 - QUAIS SÂO AS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS DO INCONSCIENTE PARA A PSICANÁLISE?
Atemporalidade;
Isenção de contradição; 
Princípio do prazer;
Processo primário.
Não é deste conceito de inconsciente que trata a Psicopatologia: inconsciente para a psicopatologia é a ausência de consciência relacional. 
13 – Quais são as principais fases do sono?
– Estágio I: leve e superficial; 
– Estágio II: menos superficial; 
– Estágio III: sono profundo com EEG mais lentificado; 
– Estágio IV: sono mais profundo. 
– Sono REM: “...não se encaixa em nenhuma dessas quatro fases. Sua duração total em uma noite perfaz de 20 a 25% do tempo total de sono. É um estágio peculiar, cujo padrão do EEG é semelhante ao estágio I. O sono REM não é, entretanto, nem um sono leve nem profundo, mas um tipo de sono qualitativamente diferente. Caracteriza-se por uma instabilidade do sistema nervoso autônomo simpático, com variações das frequências cardíaca e respiratória, pressão arterial, débito cardíaco e fluxo sanguíneo cerebral”
14 - Em relação a alteração quantitativa da consciência descreva: Obnubilação ou turvação, sopor, coma.
1. Obnubilação ou turvação: rebaixamento de leve a moderado. Diminuição da clareza dos sentidos, lentidão da compreensão e dificuldade de concentração.
 2. Sopor: turvação da consciência na qual o paciente só desperta por fortes estímulos. O paciente presenta-se sonolento, baixo poder de reação e incapacidade de espontaneidade. 
3. Coma: não há possibilidade de atividade voluntária consciente. Reflexos oculares errantes, aleatórios, cabeça de boneca, etc. 
15 - Em relação a alteração qualitativa da consciência descreva: Estados crepusculares, Estado segundo, Dissociação da consciência.
Estados crepusculares: estreitamento transitório do campo, afunilamento da consciência com atividade psicomotora mais ou menos coordenada, permitindo atos automáticos (frequência de atos explosivos) 
Estado segundo: Estado patológico transitório semelhante ao estado crepuscular, caracterizado por uma atividade psicomotora coordenada, a qual, entretanto permanece estranha a personalidade do sujeito acometido e não se integra a ela. Atos extravagantes, incongruentes e contradição com a educação recebida pelo sujeito. – Quadros histéricos agudos, pacientes epilépticos e intoxicações:
Dissociação da consciência: fragmentação ou divisão do campo da consciência, o paciente “desliga “ da realidade para parar de sofrer. 
16 – Em relação aos transtornos focais ou do conteúdo da consciência descreva: transe, transe histérico, estado hipnótico.
Transe: dissociação com atividade motora automática, estereotipada acompanhada de suspensão parcial dos movimentos voluntários, com presença de sugestionabilidade: 
Transe religioso: culturalmente contextualizado e sancionado; 
Transe histérico: estado dissociativo da consciência relacionados a conflitos interpessoais e transtornos psicopatológicos. 
Estado hipnótico: estado reduzido e estreitado, com atenção concentrada: Presença de sugestionabilidade. Atenção concentrada no hipnotizador. 
17 – Defina atenção de acordo com Dalgalarrondo?
É a direção da consciência; “estado de concentração da atividade mental sobre determinado objeto”(p.102). A atenção se refere ao conjunto de processos psicológicos que torna o ser humano capaz de selecionar, filtrar e organizar as informações em unidades controláveis e significativas. 
18 – Quais são os tipos básicos de atenção?
Atenção voluntária: É a concentração ativa e intencional da consciência sobre um objeto. 
Atenção espontânea: Interesse momentâneo, incidental, que desperta este ou aquele objeto. Aumentado nos estados mentais nos quais há um descontrole voluntário da atividade mental. 
19 – Como a direção da atenção é subdividida?
Atenção externa: projetada para fora do mundo subjetivo, voltada para o mundo exterior ou para o corpo (natureza mais sensorial); 
Atenção interna: direcionada para os processos mentais do próprio indivíduo; mais reflexiva, introspectiva e meditativa. 
20 – Em relação a amplitude da atenção descreva: atenção focal, seletiva, sustentada, tenacidade, vigilância e atenção dispersa. 
Atenção focal: se mantém concentrada sobre um campo determinado e relativamente delimitado e restrito da consciência 
Atenção seletiva: capacidade de selecionar estímulos e objetos Específicos: Estabelecimento de prioridades da atividade consciente do indivíduo diante de um conjunto amplo de estímulos ambientais. 
Atenção sustentada: manutenção da atenção seletiva sobre determinado estímulo ou objeto, permitindo a execução de tarefas específicas e a consecução de objetivos pré-fixados.
Tenacidade: capacidade de fixação sobre determinada área ou objeto (estímulo); 
Vigilância: qualidade que permite a mudança de foco de um objeto para outro; 
Atenção dispersa: não há concentração em um campo determinado, espalha-se por vários campos sem reter/concentrar em um específico. 
21 – Conceitue atenção flutuante.
Objeto de trabalho de psicólogos e psicanalistas: 
Estado onde não há privilégio prévio de nenhum elemento da fala ou do comportamento do paciente; 
Funcionamento livre da atividade mental do profissional, suspendendo ao máximo as motivações, os desejos e planos de si; 
Estado artificial, cultivado por necessidade técnica do processo. 
Envolve também a ética profissional. 
Estado que permite que a atenção esteja livre para a experiência do aqui e agora e tudo o que surge deste momento de experiência mútua. 
22 – Em relação a anormalidade e alterações da atenção descreva: APROSEXIA, HIPOPROSEXIA, HIPERPROSEXIA, DISTRAÇÃO e DISTRAIBILIDADE.
APROSEXIA: Abolição da capacidade de atenção. 
HIPOPROSEXIA: Perda básica da capacidade de concentração, com fadigabilidade aumentada; dificulta a percepção dos estímulos ambientais e a compreensão. Lembrança difícil e imprecisa, com dificuldade crescente em todas as atividades psíquicas complexas. 
HIPERPROSEXIA: Estado exacerbado, com tendência incoercível e obstinação a se manter fixada sobre determinado objeto com infatigabilidade.
DISTRAÇÃO: Não há déficit, mas superconcentração ativa sobre determinados conteúdos ou objetos, com a inibição do resto: Hipertenacidade e hipovigilância.
DISTRAIBILIDADE: Estado patológico de instabilidade marcante e mobilidade acentuada da atenção voluntária; Dificuldade ou incapacidade para se fixar em qualquer atividade que implique esforço produtivo. 
23 – Como se dá as alterações de atenção nos Transtornos do humor, Transtorno obsessivo compulsivo, esquizofrenia, transtorno de déficit de atenção/hiperatividade?
No Transtorno obsessivo compulsivo (TOC): apresenta atenção ou vigilância excessiva e desregulada. O paciente demonstra alterações no controle executivo, na memória de trabalho e na seleção de respostas. 
Na esquizofrenia: o déficit de atenção é central. A filtragem da informação irrelevante geralmente consiste em uma dificuldade importante. Pacientes esquizofrênicos costumam ter dificuldade em anular adequadamente estímulos sensoriais irrelevantes enquanto realizam determinada tarefa. 
No transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH): há dificuldade marcante de prestar atenção a estímulos internos e externos, pois o paciente tem a capacidade prejudicada em organizar e completar tarefas, dificuldade de controlar comportamentose impulsos. 
24 – Conceitue orientação de acordo com Dalgalarrondo.
“A capacidade de situar-se quanto a si mesmo e a ambiente é um elemento básico da atividade mental. A avaliação da orientação é um instrumento valioso para a verificação das perturbações do nível de consciência. Muitas vezes verifica-se que a consciência está turva, levemente rebaixada, ao se investigar a orientação do indivíduo” (Dalgalarrondo, p.109) 
25 – Quais são os tipos de orientação.
Autopsíquica: em relação a simesmo; 
Alopsíquica: em relação ao mundo. Dividi-se em 2.Temporal e Espacial.
Temporal: indica se o paciente sabe em que momento cronológico estamos vivendo, a hora do dia, se é manhã ou tarde, o dia da semana, o dia do mês, o mês do ano, o ano em que estamos, o ano em que nasceu;
Espacial: compreensão do local onde está, a instituição onde ocorre a entrevista, o andar, o bairro, a cidade, o estado o país. 
26 – Conceitue desorientação.
Desorientação ocorre primeiramente quanto ao tempo, e só após o agravamento do transtorno é que o indivíduo desorienta-se quanto a espaço e quanto a si mesmo” ( p. 110) .
27 – Quais são os Tipos de desorientação?
– Torporosa ou Confusa: redução do nível de consciência; 
– Amnéstica: déficit de memória de fixação; 
– Apática ou Abúlica: apatia ou desinteresse profundos; 
– Delirante;
– Oligofrênica: por déficit intelectual; 
– Por desagregação: estados psicóticos graves e crônicos. 
28 – Conceitue sensação, percepção e apercepção.
SENSAÇÃO: Fenômeno elementar gerado por estímulos físicos, químicos ou biológicos variados, originados fora ou dentro do organismo, que produzem alterações nos órgãos receptores, estimulando-os. 
PERCEPÇÃO: Tomada de consciência do estímulo sensorial; Engloba as dimensões neuropsicológica e psicológica. 
APERCEPÇÃO: Processo através do qual um novo conteúdo se articula a conteúdos semelhantes já dados - reconhecimento pleno. 
29 - Qual a diferença entre imagem eidética (memória) e pareidolia (fantasia)?
Imagem Eidética: É considerado a evocação de uma imagem guardada na memória, ou seja, de uma representação, de forma muita precisa, com características semelhantes à percepção. 
Imagem Pareidolia: São imagens visualizadas voluntariamente a partir de estímulos imprecisos do ambiente. Ao olhar uma nuvem e poder ver nela uma gato ou um elefante. Olhar uma folha com manchas imprecisas e visualizar um determinado objeto. 
30 – Qual a diferença entre imaginação e fantasia?
IMAGINAÇÃO: atividade psíquica voluntária que evoca imagens; não há estímulos sensoriais. 
FANTASIA: uma produção imaginativa; é um produto da imaginação organizado (começo- meio-fim) 
– Frequente em crianças; 
– Dominantes em personalidade histriônica; 
– Quando funcional ajuda a lidar com frustrações, situações difíceis e situações que exijam criatividade. 
31 - Em relação as alterações da sensopercepção descreva: Hiperestesia, Hipoestesia, Analgesia e disestesias.
Hiperestesia: percepção anormalmente aumentada. 
Quando surge? Intoxicações por drogas alucinógenas, epilepsia, enxaqueca, hipertireoidismo, esquizofrenia (principalmente na fase aguda) e mania; 
Hipoestesia: percepção anormalmente reduzida 
Quando surge? Quadros depressivos e intoxicações por drogas imunodepressoras: 
Analgesia, Parestesias (alterações táteis sem dor) disestesias (alterações táteis) 
Quando surgem? Alterações neurológicas e em pacientes histéricos, hipocondríacos, somatizadores e pacientes sob estado de estresse intenso (agudo ou crônico) 
32 – Conceitue ilusão de acordo com Dalgalarrondo.
Percepção deformada, alterada, de um objeto real e presente por fatores patológicos diversos ou situações adversas. Também pode ser causada por fadigas.
Quando surgem?
Estados de rebaixamento	de consciência;
Fadiga grave ou intenção;
Estados afetivos intensos;
Tipos mais comuns:
Visuais
Auditivas
33 – Conceitue alucinações.
Percepção clara e definida de um objeto (voz, ruído, imagem) sem a presença de um estímulo sensorial real.
34 – Descreva os principais tipos de alucinações.
Auditiva: 
» Sonorização do pensamento
» Eco do pensamento
» Publicação do pensamento
Musicais:	
Audição de tons musicais, ritmos e harmonias. São encontradas geralmente em mulheres idosas, mas são raras.
Visuais: podem ser:
Visuais complexas – incluem imagens de pessoas vivas ou mortas ou de entidades.
Visuais cenográfica: Quarto pegando fogo;
Visuais liliputiana: vê cenas com personagens diminutos.
Táteis - O paciente sente espetadas, choques ou insetos andando pelo corpo. Encontra-se principalmente na esquizofrenia. Podem ser também:
Cenestésicas e cinestésicas - alteração da percepção de órgãos e vísceras. Ex. sente o cérebro diminuir.
Olfativas e gustativas – São raras. Ex. sentir odor de coisas podres ou sentir gosto de sangue na boca.
Funcionais - Diferem	da ilusão por serem apenas desencadeadas por estímulos reais, não são distorções
Combinadas – Combinas várias modalidades de alucinação.
Hipnagógicas (adormecendo) e hipnopômpicas (acordando) – na transição do estanho sono-vigília.
35 – Conceitue alucinoses.
O paciente não crê nas suas alucinações; O paciente permanece consciente de que aquilo é um fenômeno estranho, patológico; comum em quadros psico-orgânicos; O nível de consciência se mantém preservado e o paciente tem boa crítica em relação a sua vivência alucinatória;
36 – Conceitue memória.
O conceito de memória prende-se com a capacidade de armazenar, processar e recuperar informações que vêm do exterior. Por outras palavras, ela é um sistema de armazenamento e recuperação de informação. 
37 – Quais são os tipos de memória?
– Memória cognitiva: É a atividade altamente diferenciada do sistema nervoso, que permiti ao indivíduo registrar, conservar e evocar, a qualquer momento, os dados aprendidos da experiência. 
– Memória genética: Conteúdos de informações biológicas adquiridos ao longo da história filogenética. 
– Memória imunológica: Informações registradas e potencialmente recuperáveis pelo sistema imunológico. 
– Memória coletiva: Conhecimentos e práticas culturais 
38 – Conceitue codificação, armazenamento e evocação.
CODIFICAÇÃO: consiste em transformar a informação que nos chega através dos sentidos em representações mentais armazenadas; 
ARMAZENAMENTO: consiste na conservação da informação durante um certo tempo, variável em função da necessidade que se tem dessa informação; 
EVOCAÇÃO: consiste na recuperação da informação previamente armazenada. 
39 – Quais são os três tipos de armazenamento da memória?
Armazenamento Sensorial – retenção extremamente breve das informações e limitação a uma modalidade sensorial. 
Armazenamento de curto prazo ou de trabalho – de capacidade muito limitada. 
Armazenamento de longo prazo – capacidade essencialmente ilimitada (retenção de informações por períodos de tempo extremamente longos). 
40 – Conceitue memória explícita e implícita.
As memórias explícitas se referem a fatos e eventos, ao lado de sua percepção consciente de sabê-los. São aquelas sobre as quais podemos falar como foi o jantar de ontem à noite ou a data de um acontecimento histórico. Tais memórias envolvem o pensamento consciente. 
As memórias implícitas processuais têm a ver com habilidades e hábitos, com fazer coisas mesmo sem ter de pensar conscientemente nelas: mudar as marchas do carro, andar de bicicleta. 
41 – Conceitue memória semântica e episódica.
Memória Semântica: Representa o nosso conhecimento de fatos triviais ou importantes independentes da experiência pessoal. Quando aprendemos os significados das palavras, cavalo, casa etc, ou quando aprendemos os nomes das pessoas. A memória semântica trabalha com CONCEITOS – idéias as quais uma pessoa pode associar várias características e com as quais ela pode conectar várias outras idéias. 
Memória Episódica: Se refere às nossas experiências passadas. Usamos a memória episódica quando precisamos lembrar algo que nos ocorreu em um determinado tempo ou num determinado contexto. Por exemplo,se eu precisasse lembrar meu primeiro dia na faculdade. 
42 – Quais são os principais tipos de amnésia?
A amnésia se refere a déficits na memória de longo prazo, resultantes de doenças, lesão cerebral ou trauma psicológico. 
Existem, essencialmente, dois tipos de amnésia: retrógrada, anterógrada e a global que enquadra as 2 simultâneamente. 
Amnésia retrógrada – as pessoas perdem memórias passadas de eventos, fatos, pessoas ou mesmo informações pessoais.
Ex: Pessoa que acorda de um coma sem saber quem ela é. 
Amnésia anterógrada – as pessoas perdem a capacidade de formar novas memórias. Exemplo clássico de HM, pacientes com lesão nos lobos temporais mediais.
43 – Descreva: Síndrome de Korsakoff, Criptomnésia, Síndrome de Capgras, Confabulação e Amnésia da Infância.
Síndrome de Korsakoff – uma forma grave de perturbação da memória associada ao alcoolismo crônico. O abuso de álcool prolongado pode levar ao déficit de vitaminas que resulta em dano talâmico e, subseqüentemente, amnésia. 
Criptomnésia – Um exemplo fascinante de atribuição errada da fonte, ocorre quando as pessoas pensam que tiveram uma idéia nova, quando na verdade recuperaram da memória uma antiga idéia, deixando de atribuir a idéia à sua fonte correta. Ex: Plágio em trabalhos acadêmicos. 
Confabulação – Alguns tipos de lesão cerebral estão associados à falsa recordação de uma memória episódica, o que é chamado de confabulação. 
Amnésia da Infância - parecem associadas à falta de capacidade linguística, lobos frontais e hipocampo imaturos. Criando falsos reconhecimentos – O evento realmente aconteceu ou a pessoa imaginou? Problema de monitoramento da fonte.
44 – Quais são os principais aspetos da afetividade.
Afetividade é um termo genérico, que compreende várias modalidades de vivências afetivas, como o humor, as emoções e os sentimentos. 
Afeta a totalidade individual e por isso reações somáticas estão envolvidas.
Reações somáticas: 	neurovegetativas, motoras, hormonais, viscerais e vasomotoras.
CATATIMIA: influência que a vida afetiva, o estado de humor, as emoções, sentimentos e paixões exercem sobre as demais funções psíquicas.
“O humor e as emoções são experiências psíquicas e somáticas ao mesmo tempo, revelam sempre a unidade psicossomática básica do ser humano”.
44 – Quais são as diferenças entre humor, emoção, sentimento, afetos e paixão.
Humor ou estado de ânimo: estado emocional basal e difuso no qual se encontra a pessoa em determinado momento; disposição afetiva de fundo que penetra toda a experiência psíquica lente afetiva; 
Emoções: reações afetivas agudas, momentâneas, desencadeadas por estímulos significativos; estado afetivo intenso de curta duração, reativo a excitações internas ou externas, conscientes ou inconscientes. 
Sentimentos: estados e configurações afetivas estáveis; mais tênues em intensidade e menos reativos a estímulos passageiros; “não há” relação com o soma; relação cultural e conteúdos culturais. 
Afetos: componente emocional de uma ideia; qualidade e tônus emocional que acompanham uma ideia. Paixão: estado afetivo extremamente intenso, que domina a atividade psíquica como um todo; direciona a atenção e o interesse a uma só direção. 
45 – Em relação a alteração patológica da afetividade descreva: distimia, puerilidade, êxtase, irritabilidade patológica, ansiedade, medo, angustia.
DISTIMIA: alteração básica do humor, tanto no sentido da inibição quanto no da exaltação. De acordo com o CID10 e o DSM-V é um transtorno depressivo leve. 
Puerilidade e Moria: vida afetiva superficial, ausente de afetos profundos, consistentes e duradouros. O indivíduo ri ou chora por motivos banais 
Êxtase: experiência de beatitude, de compartilhamento íntimo do estado afetivo interior com o mundo exterior, muitas vezes com colorido hipertímico e expansivo 
Circunscrito a contexto religioso ou místico – cultural; Condições psicopatológicas: transe histérico, esquizofrenia ou mania. 
Irritabilidade patológica: hiper-reatividade desagradável, hostil, agressiva 
Primária: transtornos de humor 
Secundária: consequências de transtornos outros. 
ANSIEDADE: estado de humor desagradável, apreensão negativa em relação ao futuro. 
– Manifestações somáticas e fisiológicas: dispneia, taquicardia, vasoconstrição ou dilatação, tensão muscular, parestesias, remores, sudorese, tontura, etc. 
ANGÚSTIA: sensação de aperto no peito e na garganta, de compressão, de sufocamento. 
MEDO: refere-se a um objeto mais ou menos preciso 
– Medo é sempre direcionado (objetos, coisas, situações, pessoas, ao próprio medo, etc.) 
46 – Descreva a angustia de acordo com a escola psicanalítica.
Angústia de castração: relativo a perda de algo do ponto de vista narcísico (Freud); 
Angústia de morte ou de aniquilamento: é a sensação intensa de angustia perante perigo real ou fantasia (Klein); 
Angústia de separação: Seriam reações emocionais vividas pela criança quando separadas da mãe (Spitz, Bowlby). 
47 - Descreva a angustia de acordo com a escola existencial.
Angústia existencial: a filosofia existencialista, a angustia não seria apenas um sintoma patológico, mas antes de tudo um estado anímico básico, constituinte do ser humano.
48 - Descreva a ansiedade de acordo com a escola comportamentalistas cognitivas.
Ansiedade de desempenho: é a reação associada a temores em relação a execução de uma tarefa, à possibilidade de ser avaliado criticamente por pessoas que considera importante. 
Ansiedade antecipatória: é a ansiedade vivida antes da ocorrência de uma situação estressante. 
49 – Descreva: apatia, hipomodulação do afeto, paratimia ou inadequação do afeto, pobreza de sentimentos e distanciamento afetivo.
Apatia: É a diminuição da excitabilidade emotiva e afetiva. Trata-se de um estado afetivo dos quadros depressivos, apesar de ocorrer de forma inespecífica em alguns casos. 
Hipomodulação do afeto: incapacidade do paciente de modular a resposta de acordo com a situação existencial. Rigidez na sua relação com o mundo. 
Paratimia ou inadequação do afeto: reação completamente incongruente a situações existenciais. 
Pobreza de sentimentos e distanciamento afetivo: perda progressiva e patológica das vivências afetivas. Ocorre principalmente nas demências e algumas formas de esquizofrenia. 
50 – A vontade envolvem aspectos relacionados as esferas instintivas, afetivas e intelectuais. De acordo com Dalgalarrondo. Conceitue: instinto, desejo, necessidade, inclinação, motivação.
Instinto: definido como o modo relativamente organizado, fixo e complexo de respostas comportamentais de determinada espécie; 
Desejo: é um querer, um anseio de natureza consciente ou inconsciente; 
Necessidade: relativas a sobrevivência do indivíduo ou da espécie; 
Inclinação: é a tendência a desejar, buscar, gostar; 
Motivação: comportamento iniciado, dirigido e sustentado. 
51 - O ato volitivo ou de vontade: é uma dimensão complexa da vida mental. É um processo composto de quatro etapas: Quais são?
Intenção ou propósito: tendências básicas do indivíduo, inclinações e interesses;
Deliberação: ponderação consciente, tomando-se em conta os motivos e os móveis implicados – análise básica;
Decisão propriamente dita: instante que demarca o início da ação;
Execução: fase final onde os atos são postos em funcionamento;
52 – Em relação as alterações da vontade descreva: hipobulia, ataraxia, ato impulsivo, ato compulsivo.
HIPOBULIA/ABULIA: diminuição ou abolição da atividade volitiva. Associada a apatia (indiferença afetiva) 
ATARAXIA: estado de indiferença volitiva e afetiva desejada e buscada ativamente pelo indivíduo. Trata-se do estado de imperturbabilidade almejada por místicos
ATO IMPULSIVO: Em oposição à ação voluntária, há os atos impulsivos, que são uma espécie de curto circuito do ato voluntário. O ato impulsivo abole abruptamente as fases de intenção, deliberação e decisão tanto da intensidade dos desejos ou temores inconscientes. 
ATO COMPULSIVO: difere do ato impulsivo por ser reconhecido pelo indivíduo como indesejávele inadequado, assim como pela tentativa de refreá-lo ou adiá- lo.
53 – Em relação as principais alterações dos impulsos e compulsões patologias ligadas a aspectos agressivos e auto heteroagressivas. Descreva-as.
Automutilação: É um impulso (ou compulsão) seguido de comportamento de autolesão voluntária. 
Frangofilia: Impulso patológico de destruir objetos que circundam o indivíduo. 
Piromania: É o impulso de atear fogo a objetos, prédios e lugares. Ocorre principalmente em indivíduos com transtornos de personalidade. 
Impulso ou ato suicida: Tal impulso ocorre quase sempre associada a outros sintomas mentais e condições ferais como humor depressivo. 
54 - Em relação as principais alterações dos impulsos e compulsões patologias ligadas a aspectos de ingestão de alimentos. Descreva-as.
INGESTÃO DE DROGAS OU ALIMENTOS: Tais impulsos estão presentes em algumas formas de abuso de substâncias. 
Dipsomania: impulso ou compulsão para a ingestão de grande quantidade de álcool. 
Bulimia: impulso ou compulsão de ingerir rapidamente alimentos em grande quantidade. 
Potomania: É a compulsão de beber água ou outros líquidos sem que haja sede. 
Polidipsia: sede exagerada. É observada principalmente em esquizofrênicos. 
55 - Em relação as principais alterações dos impulsos e compulsões patologias ligadas aos aspectos sexuais. Descreva-as:
DESEJO E COMPORTAMENTO SEXUAL: são diversos os atos impulsivos e compulsivos de natureza sexual. 
Fetichismo: é o impulso e o desejo sexual concentrada a parte da vestimenta ou corpo da pessoa desejada. 
Exibicionismo: é o impulso de mostrar os órgãos genitais, geralmente contra a vontade da pessoa que observa. 
Voyeurismo: é o impulso de obter prazer pela observação visual de uma pessoa que está tendo relação sexual, ou que está nua ou despindo. 
Pedofilia: é o desejo sexual por crianças ou púberes do sexo oposto.
56 - Em relação as demais alterações dos impulsos e compulsões patologias descritas no material. Descreva-as.
Pederastia: é o desejo por crianças ou adolescentes do mesmo sexo. 
Gerontofilia: é o desejo por pessoas idosas. 
Zoofilia: é o desejo sexual dirigido a animais. 
Necrofilia: é o desejo sexual por cadáveres. 
Cropofilia: é a busca de prazer com o uso de excrementos no ato sexual. 
Ninfomania: é o desejo sexual muito aumentado na mulher. 
Satiríase: é o desejo sexual muito aumento no homem. 
Poriomania: é o impulso por anda a esmo. (Forrest Gump) 
Cleptomania: Também chamado de roubo patológico. É o impulso ou compulsão de roubar, precedido geralmente de intensa ansiedade e apreensão. 
Compulsão por compras: é o ato de comprar exageradamente. 
Compulsão por trabalho: é o ato de trabalhar de forma compulsiva e exagerada. 
Compulsão por internet: apresenta uso inadequado e exagerado da internet. Dependência Digital. 
Jogo patológico: é a compulsão por jogos de azar.
Negativismo: a oposição do indivíduo às solicitações do meio ambiente. 
Ativo: o paciente faz o oposto do solicitado. 
Passivo: o paciente não faz nada do que foi solicitado. 
Mutismo seletivo ou generalizado: é uma forma de negativismo verbal. 
Sitiofobia: é a recusa sistemática de alimentos. Pode estar presentes em quadros delirantes. 
Obediência automática: é o oposto do negativismo. 
Fenômenos em eco: repete as últimas palavras do entrevistador. 
– Ecolalia 
– Ecopraxia 
– Ecomimia 
– Ecografia 
Automatismos: refere-se aos sintomas psicomotores como movimentos de lábios, língua, deglutição abotoar e desabotoar roupas. 
57 – Descrava as principais alterações psicomotoras.	
Agitação psicomotora: aceleração e exaltação de toda atividade motora do indivíduo 
Lentificação psicomotora: reflete a lentidão psíquica. 
Estupor: é a perda total da atividade espontânea. 
Catalepsia: é um acentuado exagero dos tônus posturais com grande redução da mobilidade. 
Flexibilidade cerácea: quando parte do corpo é colocada em determinada posição, mesmo que desconfortável, e assim permanece como se fosse de cera. 
Cataplexia: é a perda abrupta do tônus muscular geralmente acompanhada de queda. 
Estereotipias motoras: são repetições automáticas de determinado ato motor. 
Maneirismo: é um tipo de estereotipia motora caracterizado por movimentos bizarros e repetitivos. 
Tiques: são atos coordenados, repetitivos, resultantes de contradições súbitas. 
Conversão: surgimento abrupto de sintomas físicos como paralisias, anestesias e cegueira.
ALTERAÇÕES DA MARCHA: O padrão de marcha do paciente psiquiátrico deve ser comparado, a título de diagnóstico diferencial, com os principais padrões de marcha alteradas das doenças neurológicas. 
 58 - O processo de pensar possui três aspectos. Cite e conceitue cada um deles.
CURSO: É o modo como o pensamento flui, sua velocidade e ritmo ao longo do tempo. 
FORMA: Estrutura básica, esqueleto. Preenchidas pelos mais variados conteúdos. 
CONTEÚDO: Os temas predominantes, os assuntos prevalentes. 
59 - Em relação ao pensamento e suas alterações conceitue: conceito, juízo e raciocínio.
CONCEITOS: 
– Não tem elementos de sensorialidade – Elemento puramente cognitivo, intelectivo 
– Para formar um conceito é preciso: eliminação dos caracteres de sensorialidade generalização 
JUÍZOS: É o estabelecimento de relações significativas entre os conceitos básicos 
RACIOCÍNIO: ligação entre conceitos. 
– Relaciona os juízos entre si 
– Liga os conceitos e sequencia os juízos 
– Capacidade de concluir a partir da articulação entre os juízos 
60 – Quais são as principais alterações do conceito?
– Desintegração: os conceitos perdem seu significado original. Normalmente o sujeito passa a utilizar palavras que só tem significado palra ele ou muda o significado. 
Esquizofrenia e Síndromes demenciais. 
– Condensação dos conceitos: dois ou mais conceitos são fundidos e formam- se neologismos 
61 - Quais são as principais alterações do raciocínio?
– Pensamento mágico: segue os desígnios dos desejos e fantasias; adéqua a realidade ao pensamento e não o contrário. 
– Pensamento derreísta: semelhante ao mágico, volta-se muito mais ao mundo interno, suas fantasias e sonhos. 
– Pensamento concreto ou concretismo: o indivíduo não consegue utilizar metáforas: as dimensões abstratas e simbólicas estão completamente prejudicadas. 
– Pensamento inibido: inibição do raciocínio, com diminuição da velocidade e do número de conceitos, juízos e representações. 
– Pensamento vago: raciocínio impreciso. 
– Pensamento prolixo: o indivíduo não consegue chegar a conclusões, não há objetividade. 
– Tangencialidade: respostas irrelevantes e que apenas de longe correspondem ao tema da pergunta. 
– Circunstancialidade: dá várias voltas até chegar ao ponto principal. 
– Pensamento deficitário: pensamento de estrutura pobre e rudimentar. Preso aos aspectos literais. 
– Pensamento demencial: pensamentos pobres mais não homogêneo. Em alguns aspectos podem ser sofisticados mais irregulares. 
– Pensamento confusional: turvação da consciência. 
– Pensamento desagregado: radicalmente incoerente. 
– Pensamento obsessivo: pensamento persistente e incontrolável. 
62 - Quais são as principais alterações do curso?
— Aceleração: o pensamento flui de forma muito rápida. 
— Lentificação: o pensamento progride lentamente. Há certa latência entre as perguntas e as respostas. 
— Bloqueio: há uma interrupção no processo de pensamento. Uma parada repentina. 
— Roubo do pensamento: é um tipo de bloqueio. Entretanto, o sujeito tem a impressão que o pensamento foi roubado. 
63 - Quais são as principais alterações da forma?
– Fuga de ideias: acentuada aceleração do pensamento. As associações deixam de ter uma lógica. 
– Dissociação: os pensamentos passam a não seguir uma sequência lógica e bem organizadas. 
– Afrouxamento das associações: embora haja concatenação lógica entre as ideias nota-se o afrouxamento das associações. 
– Descarrilhamento: o pensamento passa a extraviar-se de seu curso normal, toma atalhos colaterais, pensamentos supérfluos. 
– Desagregação:profunda e radical perda dos enlaces associativos e perda da coerência. 
64 - Quais são as principais alterações do conteúdo?
A importância de tais conteúdos tem a ver com a constituição social e histórica do indivíduo, com o universo cultural no qual ele se insere, assim como a estrutura psicológica e neuropsicológica. (p203). O conteúdo tem haver com a temática do pensamento. 
— Principais: 
Depreciativos 
Religiosos 
Persecutórios (perseguição) 
Sexuais 
De poder, riqueza ou grandeza 
De ruína 
Hipocondríacos 
65 – Em relação ao juízo e suas alterações conceitue delírio.
Delírio: os delírios são juízos patologicamente falsos. Desta forma o delírio é um erro do ajuizar que tem origem nos transtornos mentais. Sua base é mórbida, pois é motivado por fatores patológicos. 
66 - O que são juízos patologicamente falseados?
São juízos patologicamente falseados 
Tipos: 
– Primário: não tem raízes anteriores na experiência psíquica, uma transformação qualitativa 
– Secundário: se origina de alterações profundas em outras áreas da atividade mental 
67 – Quais são as estruturas dos delírios?
Simples: ideias em torno de apenas um conteúdo, de um único tema. 
Complexos: englobam vários temas. Ex. envolvem conteúdos de perseguição, místico- religioso. 
Não sistematizados: sem concatenação consistente. Os conteúdos variam de momento para momento. 
Sistematizados: bem organizados, histórias ricas e consistentes 
68 – QUAIS SÃO OS MECANISMOS FORMADORES E MANTENEDORES?
Mecanismos constitutivos: para a formação do delírio, podem contribuir diversos fatores e tipos de vivências. 
— Interpretação: distorção radical na interpretação de fatos e vivências. 
— Imaginação: O indivíduo imagina determinado episódio ou acontecimento. 
— Intuição Afetividade: o indivíduo intui o delírio de repente, pois capta de forma imediata novo sentido nas coisas. 
— Memória: o delírio é construído por recordações e elementos da memória. 
— Alteração de Consciência: são delírios associados a quadros de turvação da consciência. 
— Alteração Sensoperceptiva: são constituídas a partir de experiências alucinatórias. 
— Percepção do Delirante: parte de uma percepção normal. É vivenciada como uma revelação. Ex. o sujeito entra em uma sala vê um lenço amarelo sobre a mesa e associa que o lenço esta ali é para matá-lo. 
MECANISMOS DE MANUTENÇÃO: Inércia – em mudar as próprias ideias; Pobreza de comunicação interpessoal; Comportamento agressivo; Inaceitação e/ou inabilidade do grupo em lidar com o paciente 
69 – QUAIS SÃO OS TIPOS DE DELIRIOS?
Perseguição: o indivíduo acredita que é vítima de um complô e esta sendo perseguido. 
Referência ou auto referência: diz ser vítima de depreciações, calúnias, fofocas, olhares e etc. 
Relação: constrói conexões significativas(delirantes) entre fatos normalmente percebidos. 
Influência ou controle: está sendo controlado por forças, pessoas, ou entidades externas. 
Grandeza: o indivíduo acredita ser extremamente especial. 
Reforma ou salvacionismo: o sujeito sente-se destinado a salvar,reformar, redimir o mundo. 
Ciúmes ou infidelidade: o sujeito se sente traído pelo parceiro de forma vil e cruel. Afirma que o outro tem centenas de amantes. 
Erótico (erotomania): o sujeito afirma que uma pessoa com destaque social está totalmente apaixonada por ele.
Reivindicação: está sempre desproporcionalmente sendo injustiçado. Normalmente envolve- se em disputas jurídicas intermináveis. 
Invenção ou descoberta: mesmo o sujeito sendo leigo na ciência ou na área tecnológica acredita ter descoberto uma grande teoria que irá mudar o mundo. 
Delírio Místico Religioso: o sujeito afirma ser ou estar em comunhão permanente com Deus. O paciente sente que tem poderes místicos. 
De conteúdos depressivos e associados a estados depressivos 
Ruína: o sujeito vive em um mundo repleto de desgraças e está condenado a miséria. 
Culpa ou auto-acusação: o sujeito afirma ser culpado por tudo de ruim que acontece no mundo e na vida das pessoas. 
Negação de órgãos: o sujeito experimenta profundas alterações corporais. Ex. Seu corpo está apodrecendo e não possui sangue. 
Hipocondríaco: crença intensa de que tem uma doença grave, incurável e que ninguém descobre. 
Cenestopático: animais ou objetos estão dentro de seu corpo. 
Infetação: o sujeito acredita que seu corpo, principalmente a pele, está infestado por pequenos organismos.

Continue navegando