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Unidade III Introdução à Macroeconomia Política Monetária Política Externa Introdução à Teoria do Comércio Internacional 1 1 1 1 Introdução Macroeconomia: estuda a economia como um todo, analisando a determinação e o comportamento de grandes agregados, como renda e produtos nacionais, nível geral de preços, desemprego e emprego, etc. Ela trata o mercado de bens e serviços como um todo, assim como o mercado de trabalho, e preocupa-se com aspectos de curto prazo ou conjunturais. Efetua-se uma agregação de todos os bens produzidos pela economia durante um certo período de tempo e define-se o chamado produto nacional. 2 2 Obs.: a partir da agregação, a Teoria Macroeconômica esquece as características individuais de cada produto, bem como de cada tipo de trabalho. Objetivos de política macroeconômica: Alto nível de emprego: preocupação com o fator surge após a Grande Depressão, com o teórico Keynes, pois antes predominava o pensamento liberal. Estabilidade de preços: inflação é o aumento contínuo e generalizado do nível geral dos preços. Distribuição equitativa de renda: disparidade acentuada no nível de renda brasileiro, tanto entre diferentes grupos socioeconômicos como entre regiões do país. Crescimento econômico: aumento do produto nacional por meio de políticas econômicas que estimulem a atividade produtiva. Aumentar o produto além do limite de quantidade exigirá: Instrumentos de política macroeconômica: Política fiscal: instrumentos que o governo usa para arrecadar tributos e controlar suas despesas, por meio da manipulação da estrutura e alíquotas de impostos, para estimular os gastos de consumo do setor privado. 4 4 Política monetária: atuação do governo sobre a quantidade de moeda e títulos públicos na economia. emissões; reservas compulsórias; open market: leilões de títulos públicos federais; regulamentação sobre crédito e taxas de juros. Políticas cambial e comercial: Cambial: atuação do governo sobre a taxa de câmbio; Comercial: instrumentos de incentivos às exportações e/ou estímulo/desestímulo às importações. Política de rendas: intervenção direta do governo na formação de renda com o controle e congelamento de preços. 5 5 Estrutura de análise macroeconômica: Mercado de bens e serviços: demanda agregada depende da evolução da demanda dos quatro grandes setores: consumidores; empresas; governo; setor externo. Condição de equilíbrio de mercado: Variáveis: Oferta Agregada de bens/serviços Demanda Agregada de bens/serviços = investimentos agregados; poupança agregada; exportações totais; importações totais. nível de renda e produto nacional; nível de preços; consumo agregado; 6 6 Mercado de trabalho: determina as taxas de salário e nível geral de emprego. A demanda e a procura por mão-de-obra depende da taxa de salário real e do nível de produção desejado pelas empresas. Oferta de Mão-de-obra Demanda De Mão-de-obra = Mercado monetário: existência de uma demanda de moeda e de uma oferta de moeda, determinada pelo BC e pela atuação dos bancos comerciais. Variáveis desse mercado: taxa de juros; estoque de moeda. Oferta de Moeda = Demanda De Moeda 7 7 ORIGENS: Sociedades Primitivas: escambo – troca direta Com a evolução da sociedade e desenvolvimento do comércio o volume de trocas aumentou significativamente e a troca direta passou a representar um série de inconvenientes, por exemplo: A possui feijão excedente e deseja arroz: B possui arroz excedente e deseja farinha: C possui farinha excedente e deseja arroz: COMO É REALIZADA A TROCA? Utilizou-se como intermediário nas trocas uma mercadoria que tivesse aceitação geral na sociedade, ou seja, bens que tivessem um valor de uso para o futuro possuidor. Ex: sal, gado. 8 8 Define-se moeda: como um bem que possui uma aceitação geral na sociedade e que seja utilizada como forma de pagamento nas transações de compra e venda. Inicialmente eram chamadas de moedas-mercadorias como o ouro (a sua escassez dava o seu valor). Com o passar do tempo o uso, o manuseio e o transporte do ouro e da prata se tornou cada vez mais difícil quando os negócios ocorriam em grandes distâncias. Passou-se a depositar o ouro em casas de custódia e em troca recebiam os certificados de depósito e estes passaram a ser usados como moeda até surgir o atual papel-moeda. 9 9 Padrão-ouro: era o sistema que vinculava a emissão de papel-moeda à existência de um estoque de ouro que servisse de lastro para o país. 2. Tipos de Moeda Papel-moeda: criada pelo sistema bancário, ao emprestar ou aplicar uma quantidade de moeda de outro expressa no documento. Atualmente, é a moeda emitida pelos bancos centrais de cada país. Moeda escritural: cheques. Moeda fiduciária: emitida exclusivamente pelo governo, tendo curso obrigatório por lei. Brasil: a moeda fiduciária brasileira é o real. 3. As Funções da Moeda meio de instrumento de troca; reserva de valor; unidade de conta; 10 10 3. DEMANDA POR MOEDA Demanda de moeda para transações: pelo fato de que os pagamentos e recebimentos não são perfeitamente sincronizados; demanda de moeda por precaução: uma vez que as pessoas procuram manter dinheiro em seu poder; demanda de moeda para especulação: devido ao fato de a moeda funcionar como reserva de valor. Taxa de juros: é o preço da moeda no mercado financeiro. 11 11 4. OFERTA DE MOEDA Emissão ou oferta de moeda: atribuição exclusiva do governo, por intermédio das autoridades monetárias. Ela é condicionada pelo crescimento do produto na economia. Liquidez: capacidade da moeda de ser um ativo prontamente disponível e aceito para diversas transações. Excesso de liquidez: ocorre quando a emissão de moeda é superior ao crescimento do produto. Crise de liquidez: ocorre quando o aumento na oferta da moeda é menor que o produto, gerando uma crise na economia. 12 12 5. DETERMINAÇÃO DA TAXA DE JUROS DE EQUILÍBRIO Taxa de juros de equilíbrio: é determinada no mercado monetário, no qual se encontram a oferta e a demanda da moeda. Se a procura pela moeda é muito grande, ela se tornará escassa e as pessoas se disporão a pagar um preço maior por ela. Se a procura da moeda diminui, ela se torna abundante, fazendo com que seu preço diminua. Meios de pagamento: quando as autoridades monetárias decidem expandir esses meios, ou seja, a oferta da moeda, ocorre a queda da taxa de juros. Se ocorrer o inverso, o resultado será um aumento na taxa de juros. Os meios de pagamento são dados, tradicionalmente, pela soma da moeda em poder público mais os depósitos à vista nos bancos comerciais: = moeda em poder público meios de pagamento depósitos à vista nos bancos comerciais + 13 13 Desmonetizarão da Economia: diminuição da quantidade de moeda sobre o total de ativos financeiros decorrente de as pessoas procurar e se defender da inflação com aplicações financeiras que rendem juros. Monetização da Economia: com inflação baixa, as pessoas mantêm mais moeda que não rende juros em relação aos demais ativos financeiros. 6. Política Monetária Definição: É um conjunto de medidas adotadas pelo governo com o objetivo de controlar a oferta e as taxas de juros, de forma a assegurar a liquidez ideal da economia. Objetivo: controlar a oferta de moeda , elevação do nível de emprego, estabilidade dos preços e taxa de crescimento econômico. 14 14 Instrumentos de política monetária: meio para influenciar a oferta de moeda e regular a taxa de juros, é uma forma por onde as Autoridades Monetárias interferem no perfil de gastos do público. controle das emissões; depósitos compulsórios ou reservas obrigatórias; operações com mercado aberto; operações de redesconto: concessão de empréstimo do Banco Central a um banco comercial, para resolver situações de dificuldades de tesouraria. Esse empréstimo é remunerado à designada taxa de desconto. Efeitos da Politica Monetária: Taxas de juros; Custo de disponibilidade de crédito; Expectativa acerca de futuras taxas de juros; Riqueza privada. 15 15 Política Monetária Expansionista Instrumentos para promover a política monetária expansionista: reduzir taxa de juros básica; aumentar as emissões de moeda, na medida das necessidades dos agentes econômicos; diminuir a taxa do compulsório; recomprar títulos políticos no mercado; diminuir a regulamentação no mercado de crédito. Elasticidade dos investimentos em relação às taxas de juros: resposta dos investimentos em relação à taxa de juros de mercado. 16 16 A relação entre a oferta monetária e o processo inflacionário: política antiinflacionária deve centrar-se mais no controle da demanda agregada. Política Monetária Retracionista Dirigida no sentido de “enxugar” os meios de pagamento (moeda em poder do público): aumento da taxa de juros básica (Selic); controle das emissões pelo Banco Central; venda de títulos públicos, retirando moeda de circulação; elevação da taxa sobre as reservas compulsórias; alteração das normas e regulamentação da concessão de créditos. 17 17 POLÍTICA EXTERNA 18 18 18 18 Contabilidade Social Introdução Contabilidade social: trata da medição dos agregados econômicos nacionais, trata-se do registro contábil da atividade produtiva de um país ao longo de um dado período de tempo. Sistemas de contabilidade social: sistema de contas nacionais e a matriz de relações intersetoriais. Sistema de contas nacionais: usa o método tradicional das partidas dobradas, discriminando transações dos grandes agentes macroeconômicos, cada um representado por uma conta específica. Mede-se nele as transações com bens e serviços finais. Matriz de relações intersetoriais: inclui transações intermediárias, permitindo analisar também as relações econômicas entre os vários setores de atividade, fornecendo informações completas ao exigir dados mais detalhados. 19 19 Princípios básicos das contas nacionais consideram-se apenas as transações com bens e serviços finais; mede-se apenas a produção corrente do próprio período; Economia a dois setores: famílias e empresas Análise do fluxo circular de renda: quantificação do fluxo para avaliar o desempenho da economia no período: ótica do produto: é a soma dos valores monetários de todos os bens e serviços finais produzidos por um país em um determinado período; ótica da despesa: nessa ótica, analisa-se o uso que o agente faz de sua renda. ótica da renda: é a soma das remunerações feitas aos fatores da produção empregados no processo produtivo durante um certo período. 20 20 PRODUÇÃO RENDA DESPESA Valor total da produção de soja 600 Total dos pagamentos de salários 800 Consumo das Famílias com Soja 300 Valor total da produção de trigo 400 Aluguel da terra 80 Consumo das Famílias com Trigo 200 Total 1000 Juros pagos 20 Investimento da Empresa de Soja 200 Lucros (residual) 100 Investimento da Empresa de Trigo 300 Total 1000 Total 1000 FLUXO CIRCULAR DE RENDA Produto Nacional (PN): valor de todos os bens e serviços finais, medidos a preços de mercado, produzidos num dado período de tempo. Despesa Nacional (DN): gasto dos agentes econômicos com o produto nacional. Revela quais são os setores compradores do produto nacional. Renda Nacional (RN): soma dos rendimentos pagos aos fatores de produção no período. Valor adicionado: aquele adicionado ao produto em cada estágio de produção, somando o valor adicionado em cada estágio de produção, chegaremos ao produto final da economia. VALOR ADICIONADO = VALOR BRUTO DA PRODUÇÃO (Receita de Venda) COMPRA DE BENS E SERVIÇOS INTERMEDIÁRIOS - 23 23 ESTÁGIO DE PRODUÇÃO VENDAS (1) CUSTOS DOS BENS INTERMEDIÁRIOS (2) VALOR ADICIONADO (1) – (2) EMPRESA A TRIGO 140 0 140 EMPRESA B FARINHA DE TRIGO 245 140 105 EMPRESA C PÃO 390 245 145 VALOR ADICIONADO = PRODUTO FINAL 390 FABRICAÇÃO DE PÃES O VALOR ADICIONADO É DADO PELO SOMATÓRIO DA REMUNERAÇÃO DOS FATORES DE PRODUÇÃO ALOCADOS NOS TRÊS ESTÁGIOS DA PRODUÇÃO DO PÃO. ESTÁGIO DE PRODUÇÃO SALÁRIO JUROS ALUGUÉIS LUCRO TOTAL TRIGO 80 30 20 10 140 FARINHA DE TRIGO 50 10 15 30 105 PÃO 60 20 30 35 145 TOTAL 190 60 65 75 390 AGREGADO MACROECONÔMICOS Agregados que Compõem o Lado da Demanda Agregada de um País C = Consumo agregado: é influenciado por fatores como renda nacional e estoque de riqueza. C = f (RND) Poupança Agregada: parte residual da renda nacional disponível (renda não consumida). S = RND – C I = Investimento Agregado: recurso voltado para o aumento da capacidade produtiva (demanda por parte das empresas e sofre influencia da taxa de juros). I = f (r) DA = C + I + G + X 26 26 G = Gastos do governo: Devem refletir o custo da provisão de bens e serviços pelo governo. Os gastos públicos são divididos em duas categorias: despesas correntes e despesas de capital. 27 27 Despesas Correntes: Constituem o volume de gastos que se destinam a manutenção das operações do governo. Esses gastos podem ser: Custeio: Compreende pagamento de pessoal, material de consumo, manutenção e operação de ativos públicos, etc. Transferências: corresponde aos gastos que não possuem uma contrapartida produtiva, por exemplo, pagamento de juros da dívida, pagamento de pensões e aposentadorias, programas de transferência de renda, etc. Despesas de Capital: As despesas de capital compreendem os gastos destinados a formação de ativos ou agregação de valores aos ativos já existentes. Investimentos em infraestrutura física, estatais, transportes, educação, etc. Reservas de Contingências: Recursos reservados à eventos não previstos. SETOR EXTERNO Exportações (X): compra pelos estrangeiros, de mercadorias produzidas por empresas que pertencem ao nosso país. Importações (M): despesas do nosso país com produtos estrangeiros. Obs: as M e o a Renda Nacional ou Produto Nacional compõem o lado da Oferta Agregada. PRODUTO INTERNO BRUTO - PIB PRODUTO NACIONAL BRUTO - PNB RENDA LÍQUIDA DO EXTERIOR - RLE PIB: somatório de todos os bens e serviços produzidos dentro do território nacional num dado período. PNB = PIB + (renda recebida no exterior – renda enviada ao exterior) PNB = PIB + Renda Líquida do Exterior (RLE). 29 29 Alguns Agregados Macroeconômicosem milhões de R$ ANO X M X-M PIB a preço demercado PNB RLE 2005 324,84 247,36 77,48 2147,24 2085,65 -61,59 2006 340,46 271,68 68,78 2369,48 2310,90 -58,59 2007 355,67 315,22 40,46 2661,34 2606,53 -54,81 2008 414,30 408,53 5,76 3032,20 2960,43 -71,77 2009 355,65 360,85 -5,19 3239,40 3175,33 -64,08 2010 409,87 448,75 -38,88 3770,08 3702,06 -68,03 2011 492,57 522,95 -30,38 4143,01 4064,89 -78,13 2012 552,84 616,37 -63,53 4392,09 4323,28 -68,82 Fonte: IPEADATA Produto nacional a custo de fatores custos de fatores: o que a empresa paga aos fatores de produção, salários, juros, aluguéis e lucros. Produto nacional a preço de mercado: preço de mercado: preço final pago pela venda, adiciona ao custo de fatores de produção os impostos indiretos e subtrai os subsídios. + - = PNL A CUSTO DE FATORES IMPOSTOS DIRETOS SUBSÍDIOS PNL A PREÇOS DE MERCADO 31 31 Meio de troca (moeda) no comércio internacional. Mercado interno – moeda nacional Mercado externo – moeda nacional deva ser convertida para outras moedas diferentes de diferentes países. Necessita-se de um meio de conversão: TAXA DE CÂMBIO TAXA DE CÂMBIO: o preço da moeda estrangeira (divisa) em termos da moeda nacional. Taxa de Câmbio é o número de unidades de moeda nacional necessário para comprar uma unidade de moeda estrangeira. Exemplo: Se um dólar custar R$ 1,116, a taxa de câmbio do dólar no Brasil seria: R$ 1,116 = US$ 1 A taxa de câmbio é determinada pela oferta e procura de divisas. Mercado de divisas: é o mercado no qual se defrontam os compradores e vendedores de divisas. cotação (preço) do dólar: R$ 2,335 cotação (preço) do euro: R$ 3,242 cotação (preço) do peso argentino: 0,297 Taxa de Câmbio Como é determinada a Taxa de Câmbio? Como todo preço obedece a lei da demanda e oferta, a taxa de câmbio irá ser determinada pela demanda e oferta de divisas. OFERTA DE DIVISAS: entrada de divisas no país: exportações, turistas e capitais externos. Os agentes trocam dólares por reais DEMANDA DE DIVISAS: saída de divisas do país: importações, saída de turistas e capitais externos. Os agentes trocam reais por dólar Taxa de Câmbio Demanda por moeda estrangeira: importadores interessados em comprar dólar para importar mercadorias dos EUA. Mercado de divisas Taxa de câmbio Quantidade de divisas D O R$ 1,116 Q1 Taxa de Câmbio 35 35 Quanto maior oferta de divisas (mantendo demanda constante) menor será a taxa de câmbio, o dólar torna-se mais barato em termos de reais, ou seja, há uma valorização do real frente ao dólar. Quanto maior demanda de divisas (mantendo oferta constante) maior será a taxa de câmbio, o dólar torna-se mais caro em termos de reais, ou seja, há uma desvalorização do real frente ao dólar. Taxa de Câmbio VALORIZAÇÃO CAMBIAL OU APRECIAÇÃO CAMBIAL Taxa de Câmbio uma valorização (apreciação) cambial = queda da taxa de câmbio aumento do poder de compra da moeda nacional perante outras moeda DESVALORIZAÇÃO CAMBIAL OU DEPRECIAÇÃO CAMBIAL Taxa de Câmbio uma desvalorização (depreciação) cambial = aumento da taxa de câmbio diminuição do poder de compra da moeda nacional perante outras moeda ANO TAXA DE CÂMBIO*(R$/US$) SITUAÇÃO 2000 1,95 Aumentoda taxa de câmbio; Depreciação cambial; O real se desvalorizou frente ao dólar; Necessita-se de mais real para se obter 1 dólar. 2002 3,53 2002 3,53 Quedada taxa de câmbio; Apreciação cambial; O real se valorizou frente ao dólar; Necessita-se de menos real para se obter 1 dólar. 2005 2,34 *TAXADE CÂMBIO COMERCIAL PARA COMPRA, REAL POR DOLAR UNIDADE: R$ FONTE: IPEADATA– BANCO CENTRAL DO BRASIL Taxa de Câmbio REGIMES CAMBIAIS: método utilizado por um país para determinar a taxa de câmbio. Taxas de Cambio Fixas: o BC fixa antecipadamente a taxa de câmbio e a oferta e demanda de divisas se ajusta ao valor fixado. Taxas de Cambio Flutuantes ou Flexíveis: A taxa de câmbio varia de acordo com a demanda e a oferta de divisa, o que se ajusta é a taxa de câmbio. Taxa de Câmbio CÂMBIO FIXO CÂMBIO FLUTUANTE ( FLEXÍVEL) CARACTERÍSTICAS BCFIXA A TAXA DE CÂMBIO BC é obrigado a disponibilizar as reservas cambiais O mercado determina a taxade câmbio BC não é obrigado a disponibilizar as suas reservas cambiais VANTAGENS Maior controle da inflação Reservas cambiais mais protegidas de ataques especulativos. DESVANTAGENS Reservas cambiais vulneráveis a ataques especulativos A politica monetária(taxa de juros) fica dependente do volume de reservas internacionais. A taxa de cambio fica dependente da volatilidade do mercado financeironacional e internacional Maior dificuldade de controle da inflação quando houver desvalorização cambial. Taxa de Câmbio Efeitos das Variações das Taxadas de Câmbio sobre as Exportações e Importações θ X e M θ X e M Onde: θ = a taxa de câmbio X = exportações M = importações Taxa de Câmbio Efeitos das Variações das Taxadas de Câmbio sobre a Taxa de Inflação Uma valorização cambial – controla inflação: Estimula M Aumenta a concorrência = queda nos preços Desvantagens: Setor exportador perde mercado, maior preço relativo de seu produto no mercado internacional Setores que eram protegidos ganham concorrentes Vantagens: Controle de inflação Melhoria da eficiência produtiva devido a concorrência Modernização dos parques produtivos Taxa de Câmbio Relações entre Taxa de Câmbio e Taxa de Juros Alterações na taxa de juros interna provoca movimentos de capitais financeiros provocando alterações na taxa de câmbio. r > r* => θ r < r* => θ Taxa de Câmbio Onde: r = taxa de juros interna r*= taxa de juros internacional Variáveis que afetam Exportações e Importações (+) (+) (+) (-) (+) (-) Taxa de Câmbio BALANÇO DE PAGAMENTOS O Balanço de Pagamentos (BP) de um país representa o registro contábil todas as transações econômicas com o resto do mundo. Transações de bens e serviços, capitais físicos e financeiros entre residentes e não residentes do país. Residentes: todas as pessoas que vivem no país em caráter permanente. Registro do Balanço de Pagamentos obedecem ao método das partidas dobradas: o débito em uma conta corresponde a um crédito em outra As contas do balanço de pagamentos são divididas em dois grandes grupos: contas operacionais e contas caixa. Contas Operacionais: correspondem aos fatos geradores de pagamentos e recebimentos de recursos. São as exportações, importações, fretes, seguros, transferências unilaterais, amortizações, investimentos, etc. A sua lógica de contabilização segue: Quando a transação resultar em entrada de divisas para o país lança-se a crédito (+). Quando representar uma saída de divisas lança-se a débito (-). BALANÇO DE PAGAMENTOS Contas Caixa: registram as Variações das Reservas Internacionais (VR) que correspondem à contrapartida das contas operacionais. Logo, o lançamento é inverso: um aumento significa um débito (-). e uma redução, um crédito (+). EXEMPLO: EXPORTAÇÕES PAGAS A VISTA: FRETES PAGOS: EMPRÉSTIMOS RECEBIDOS: BALANÇO DE PAGAMENTOS C: EXPORTAÇÕES D: VR C: VR D: FRETES (SERVIÇOS) C: EMPRESTIMOS E FINANCIAMENTOS D: VR As Contas Operacionais são agrupadas no saldo do BP e esta, por sua vez, está subdividida em dois grupos mais uma conta de Erros e Omissões. 1. Transações Correntes (TC) 2. Conta de Capital e Financeira (CK) 3. Erros e Omissões (EO) O resultado é o saldo do Balanço de Pagamentos (BP). BP = TC + CK Pela exigência do método das partidas dobradas, tem-se que: BP + VR = 0 BALANÇO DE PAGAMENTOS 1. Transações correntes (TC) As transações correntes do balanço de pagamentos são aquelas que produzem fluxos reais: movimentação de bens e serviços e rendas entre residentes e não residentes, de um país. São subdivididas em: Balanço Comercial (BC) Balanço de Serviços (BS) Balanço de Rendas (BR) Transferências Unilaterais Correntes (TU): Dessa forma tem-se: T C = B C + B S + B R + T U BALANÇO DE PAGAMENTOS Balança Comercial (BC): registra o saldo das exportações e importações de mercadorias pelo valor FOB*. Balanço de serviços (BS): registra o saldo do valor dos serviços prestado e recebido pelos residentes de um país: fretes, viagens internacionais, serviços de seguros, royalties e licenças, aluguel de equipamentos * Free on board: isento de frete e seguros, sem custos de transação. BALANÇO DE PAGAMENTOS Balanço de rendas (BR): registra as remunerações pelos fatores de produção resultados das transações entre residentes e não residentes de um país. É composta por: salários e ordenados e rendas de investimentos: juros e lucros. Transferências Unilaterais Correntes (TU): Registram transações que não envolvem obrigações em contrapartida, como por exemplo, donativos em dinheiro para financiar gastos correntes, donativos de alimentos, roupas, medicamentos, etc e contribuições para organismos internacionais e organizações não-governamentais. BALANÇO DE PAGAMENTOS Conta Capital e Financeira (CK): registra os direitos adquiridos e as obrigações assumidas nas transações entre residentes e não-residentes do país de capitais, fluxos de moeda, crédito e títulos representativos de investimentos. É composta pela conta capital (CC) e pela conta financeira (CF). Dessa forma tem-se: CK = CC + CF BALANÇO DE PAGAMENTOS Conta capital (CC): registra as transações relativas às transferências unilaterais de patrimônio de imigrantes e aquisição /alienação de bens não financeiros não produzidos como cessão de marcas e patentes. Conta financeira (CF): registra as transações relativas à formação de ativos e passivos externos. Seus principais componentes são: investimento direto: participação no capital social de empresas residentes e não-residentes e empréstimos intercompanhias; investimento em carteira: registra fluxos de ativos e passivos constituídos pela emissão de títulos de crédito negociados em mercados secundários de papéis. BALANÇO DE PAGAMENTOS Erros e Omissões (EO): Dada as diversas fontes de informação, não há garantia que o resultado do BP mais as VR seja zero. Se o balanço totaliza saldo líquido diferente de zero, esta conta tem o papel de realizar o balanceamento do conjunto de contas, isto é, compensar a sobre-estimação ou subestimação dos demais componentes. Variação das Reservas (VR): corresponde à contrapartida do resultado global do balanço de pagamentos (-BP). Por reservas internacionais entende-se o estoque de ativos em poder das autoridades monetárias disponíveis para pagamento de dívidas ou aquisição de direitos de não-residentes de um país. BALANÇO DE PAGAMENTOS ESTRUTURA DO BP TC – TRANSAÇÕES CORRENTES (BC+BS+BR+TU) BC – BALANÇA COMERCIAL Exportações (FOB) Importações (FOB) BS – BALANÇO DE SERVIÇOS Transportes Viagens Internacionais Serviços de Seguros Royalties e Licenças BR – BALANÇO DE RENDAS Salários e Ordenados Renda de Investimentos: juros e lucros TU – TRANSFERÊNCIAS UNILATERAIS CORRENTES Transferências Correntes Governamentais: donativos CK – CONTA CAPITAL E FINANCEIRA (CC + CF) CC – CONTA CAPITAL Transferências de Patrimônio CF – CONTA FINANCEIRA Investimento Direto Participação no Capital Empréstimos Intercompanhias Investimento em Carteira Ações Títulos de Renda Fixa Empréstimos EO – ERROS E OMISSÕES BP – SALDO TOTAL DO BALANÇO DE PAGAMENTOS (TC+CK+EO) VR – VARIAÇÃO DAS RESERVAS (-BP) EXEMPLO - ESTRUTURA DO BALANÇO DE PAGAMENTO: Imaginemos que as transações realizadas entre residentes e os não-residentes de um determinado país, no ano X, tenham sido as seguintes: a) o país importa, pagando à vista, mercadorias no valor de 350 milhões de dólares; b) o país importa equipamentos no valor de 50 milhões de dólares financiados a prazo longo; c) ingressam no país, sob forma de investimento direto sem cobertura cambial, 20 milhões de dólares em equipamentos; BALANÇO DE PAGAMENTOS d) o país exporta, recebendo à vista, 400 milhões de dólares de mercadorias; e) o país paga ao exterior à vista 50 milhões de dólares em fretes. f) remetem-se para o exterior, em dinheiro, 10 milhões de dólares de lucros de companhias estrangeiras, 20 milhões de dólares de juros e 30 milhões de dólares de amortizações; g) o país recebe 10 milhões de dólares de donativo sob a forma de mercadorias h) o país recebe, em moeda, um empréstimo compensatório do Fundo Monetário Internacional, para a regularização do déficit no balanço de pagamentos, no valor de 30 milhões de dólares. BALANÇO DE PAGAMENTOS CONTA a b C d E f g h TOTAL X 400 400 M -350 -50 -20 -10 -430 FRETES -50 -50 LUCROS -10 -10 JUROS -20 -20 DONATIVOS 10 10 INVESTIMENTOS 20 20 FINANCIAMENTOS 50 50 AMORTIZAÇÕES -30 -30 EMPRESTIMOS DO FMI 30 30 VARIAÇÕESINTERNACIONAIS 350 -400 50 60 -30 30 BALANÇO DE PAGAMENTOS EXEMPLO - BP 1. TRANSAÇÕES CORRENTES -130 Balança comercial (FOB) -30 Exportação de bens 400 Importação de bens -430 Serviços e Rendas -110 Fretes -50 Lucros -10 Juros -20 Amortizações -30 Transferências unilaterais correntes 10 Donativos 10 2. CONTA CAPITAL E FINANCEIRA 100 Conta capital 0 Transferências unilaterais de capital 0 Bens não financeiros não produzidos 0 Conta financeira 100 Investimento Direto 20 Financiamentos 50 Empréstimos do FMI 30 3. ERROS E OMISSOES 0 4. RESULTADO DO BALANÇO (1+2+3) -30 5. VARIAÇÕES INTERNACIONAIS 30 (M) 350 (X) -400 (FRETES) 50 (LUCROS+JUROS+AMORTIZAÇÕES) 60 (EMPRESTIMOA FMI) -30 Balanço dePagamentodoBrasilUS$ milhões DISCRIMINAÇÃO 2004 2005 2006 1. TRANSAÇÕESCORRENTES 11.679 13.985 13.621 Balança comercial (FOB) 33.641 44.703 46.458 Exportação de bens 96.475 118.308 137.507 Importação de bens -62.835 -73.606 -91.350 Serviços e Rendas -25.198 -34.276 -37.143 Transferências unilaterais correntes 3.236 3.558 4.306 Receita 3.542 4.051 4.847 Despesa -306 -493 -541 2. CONTA CAPITAL E FINANCEIRA -7.523 -9.464 15.982 Conta capital 372 663 869 Transferências unilaterais de capital 370 663 869 Bens não financeiros não produzidos 2 0 0 Conta financeira -7.895 -10.127 15.113 InvestimentoDireto 8.339 12.550 -9.420 Investimento em Carteira -4.750 4.885 9.573 Outros Investimentos -10.806 -27.521 14.577 3. ERROS E OMISSOES -1.912 -201 965 4. RESULTADO DO BALANÇO (1+2+3) 2.244 4.319 30.569 5.VARIAÇÕES DE RESERVAS -2.244 -4.319 -30.569
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