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CASOS CONCRETOS DIREITO JURISDICAO

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CASOS CONCRETOS 
8º semestre – JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
2017.2 
 
 
 
Centro Universitário Estácio Radial de São Paulo - Conceição 
Av. Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 673 
Jabaquara (Metrô Conceição) - CEP: 04309-010 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2017.2 
 
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PARA MELHOR REDAÇÃO, REESCREVA OS 
CASOS PARA ASSIMILAÇÃO E INTERPRETAÇÃO 
PARA ADEQUAR A PERGUNTA QUESTIONADA 
 
 
 
 
CASOS CONCRETOS 
8º semestre – JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
2017.2 
 
 
 
Centro Universitário Estácio Radial de São Paulo - Conceição 
Av. Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 673 
Jabaquara (Metrô Conceição) - CEP: 04309-010 
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DIREITO 2017.2 
 
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PLANO DE AULA - 1 PODER JUDICIÁRIO: ESTRUTURA E FUNÇÕES 
 
QUESTÃO OBJETIVA 
(OAB – XIX Exame unificado) O instituto da súmula vinculante aos poucos vai tendo suas 
características cristalizadas a partir da interpretação dos seus contornos constitucionais pela 
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Considerando a importância assumida pelo 
instituto, determinada associação de classe procura seu advogado e solicita esclarecimentos a 
respeito dos legitimados a requerer a edição da súmula vinculante, dos seus efeitos e do 
órgão que pode editá-la. Com base no fragmento acima, assinale a opção que se apresenta 
em consonância com os delineamentos desse instituto. 
a) Pode ser editada pelos tribunais superiores quando houver reiteradas decisões, 
proferidas na sua esfera de competência, que recomendem a uniformização de 
entendimento junto aos órgãos jurisdicionais inferiores. 
b) Estão legitimados a propor a sua edição, exclusivamente, os legitimados para o 
ajuizamento da ação direta de inconstitucionalidade e da ação declaratória de 
constitucionalidade, estabelecidos no Art. 103 da Constituição Federal. 
c) Pode dizer respeito a qualquer situação jurídica constituída sob a égide das normas 
brasileiras, de natureza constitucional ou infraconstitucional, e ser especificamente 
direcionada à resolução de um caso concreto, nele exaurindo a sua eficácia. 
d) A vinculação sumular incide sobre a administração pública direta e indireta e os 
demais órgãos do Poder Judiciário, não podendo, porém, atingir o Poder 
Legislativo. 
 
CASO CONCRETO 
QUESTÃO 
João das Neves, revoltado com a situação política do Brasil, adentrou em 
uma audiência pública que estava sendo realizada pela Câmara dos 
Deputados e atirou 5 vezes na direção da mesa diretora da casa. Sendo 
certo que João não tinha treinamento com armas de fogo, os 5 tiros 
atingiram apenas as paredes do plenário. 
Com base nesse cenário, responda aos itens a seguir, empregando os 
argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao 
caso. 
RESPOSTA A 
Considerando que João foi denunciado por tentativa de homicídio, a quem 
compete o processo e julgamento? 
O processo e julgamento são de competência do Tribunal do Júri. 
RESPOSTA B 
Caso João seja condenado, poderia ele recorrer? Para qual órgão do 
poder judiciário. 
Ele poderá recorrer ao TRF de sua região. 
 
PLANO DE AULA - 2 PODER JUDICIÁRIO (Cont): COMPETÊNCIA JURISDICIONAL DO 
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL 
 
QUESTÃO OBJETIVA 
Prova: 32º Exame de Ordem - 1ª fase - Caderno X 1 - Assinale a opção correta no que se 
refere ao regime da repartição constitucional de competências entre os órgãos da 
função jurisdicional. 
a) Ao STF compete processar e julgar, originariamente, mandados de segurança contra 
ato do presidente da República, das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado 
Federal, do Tribunal de Contas da União, do procurador-geral da República, dos 
ministros de Estado e do próprio STF. 
b) Ao STF compete julgar, em grau de recurso ordinário, habeas corpus e mandados de 
segurança decididos em única ou última instância pelos tribunais superiores, se 
 
 
CASOS CONCRETOS 
8º semestre – JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
2017.2 
 
 
 
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DIREITO 2017.2 
 
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denegatória a decisão. 
c) Ao Superior Tribunal de Justiça compete julgar, em grau de recurso ordinário, habeas 
corpus e mandados de segurança decididos em única ou última instância pelos tribunais 
regionais federais (TRFs) ou pelos tribunais dos estados, se denegatória a decisão. 
d) Aos TRFs compete processar e julgar, originariamente, os mandados de 
segurança impetrados contra ato de juiz federal ou contra ato do próprio tribunal. 
 
PLANO DE AULA - 3 O FENÔMENO DA INCONSTITUCIONALIDADE 
 
QUESTÃO OBJETIVA 
Quando se tem uma norma ao mesmo tempo material e formalmente inconstitucional? 
a) Quando a norma infraconstitucional conflita com o texto da Constituição da República. 
b) Quando na elaboração da norma infraconstitucional, não se observa rigorosamente o 
processo de sua elaboração. 
c) Quando o conteúdo da norma infraconstitucional conflita com o texto da 
Constituição da República e também contém vício com relação a sua formação. 
d) Quando a norma infraconstitucional se conforma perfeitamente com o texto da 
Constituição da República, mas não com os tratados internacionais sobre direitos 
humanos. 
 
CASO CONCRETO 
QUESTÃO 
(OAB – XX Exame Unificado) O Presidente da República edita medida 
provisória estabelecendo novo projeto de ensino para a educação federal 
no País, que, dentre outros pontos, transfere o centenário Colégio Pedro II 
do Rio de Janeiro para Brasília, pois só fazia sentido que estivesse 
situado na cidade do Rio de Janeiro enquanto ela era a capital federal. 
Muitas críticas foram veiculadas na imprensa, sendo alegado que a 
medida provisória contraria o comando contido no Art. 242, § 2º, da 
CRFB/88. Em resposta, a Advocacia-Geral da União sustentou que não 
era correta a afirmação, já que o mencionado dispositivo da Constituição 
só é constitucional do ponto de vista formal, podendo, por isso, ser 
alterado por medida provisória. Considerando a situação hipotética 
apresentada, responda, de forma fundamentada, aos itens a seguir. 
RESPOSTA A 
Segundo a Teoria Constitucional, qual é a diferença entre as 
denominadas normas materialmente constitucionais e as normas 
formalmente constitucionais? 
As normas materiais possuem status constitucional em razão do seu 
CONTEÚDO, pois estabelecem normas referentes à estrutura 
organizacional do Estado, à separação dos Poderes e aos direitos e 
as garantias fundamentais, enquanto as normas em sentido formal 
só possuem CARÁTER DE CONSTITUCIONALIDADE porque foram 
elaboradas com o uso do processo legislativo próprio das normas 
constitucionais. 
RESPOSTA B 
O entendimento externado pela Advocacia-Geral da União à imprensa 
está correto, sendo possível a alteração de norma constitucional formal 
por medida provisória? 
O entendimento externado pela Advocacia Geral da União à 
imprensa está INCORRETO, pois independentemente da essência da 
norma, todo dispositivo que estiver presente no texto constitucional, 
em razão da rigidez constitucional, só poderá ser alterado pelo 
processo legislativo solene das emendas constitucionais, tal 
previsto no art. 60 da CF/88. 
 
 
 
CASOS CONCRETOS 
8º semestre – JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
2017.2 
 
 
 
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DIREITO 2017.2 
 
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PLANO DE AULA - 4 O CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE 
 
QUESTÃO OBJETIVA 
(OAB - XX Exame Unificado) Um Senadorda República apresentou projeto de lei visando 
determinar à União que sejam adotadas as providências necessárias para que toda a 
população brasileira seja vacinada contra determinada doença causadora de pandemia 
transmitida por mosquito. O Senado Federal, no entanto, preocupado com o fato de que os 
servidores da saúde poderiam descumprir o que determinaria a futura lei, isso em razão de 
seus baixos salários, acabou por emendar o projeto de lei, determinando, igualmente, a 
majoração da remuneração dos servidores públicos federais da área de saúde pública. 
Aprovado em ambas as Casas do Congresso Nacional, o projeto foi encaminhado ao 
Presidente da República. Com base na hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta. 
a) O Presidente da República não terá motivos para vetar o projeto de lei por vício de 
inconstitucionalidade formal, ainda que possa vetá-lo por entendê-lo contrário ao 
interesse público, devendo fazer isso no prazo de quinze dias úteis. 
b) O Presidente da República, ainda que tenha motivos para vetar o projeto de lei por vício 
de inconstitucionalidade formal, poderá, no curso do prazo para a sanção ou o veto 
presidencial, editar medida provisória com igual conteúdo ao do projeto de lei aprovado 
pelo Congresso Nacional, tendo em vista o princípio da separação dos poderes. 
c) O Presidente da República poderá vetá-lo, por motivo de inconstitucionalidade material 
e não por inconstitucionalidade formal, uma vez que os projetos de lei que acarretem 
despesas para o Poder Executivo são de iniciativa privativa do Presidente da República. 
d) O Presidente da República poderá vetá-lo, por motivo de inconstitucionalidade 
formal, na parte que majorou a remuneração dos servidores públicos, uma vez 
que a iniciativa legislativa nessa matéria é privativa do Chefe do Poder Executivo, 
devendo o veto ser exercido no prazo de quinze dias úteis. 
 
CASO CONCRETO 
QUESTÃO 
O deputado federal Alfredo Rodrigues apresentou projeto de lei prevendo 
o estabelecimento de penas de prisão perpétua e de trabalhos forçados 
para os condenados pela prática de crimes considerados hediondos pela 
legislação brasileira. Outro deputado, Silmar Correa, decide consultá-lo(a) 
acerca da possibilidade de questionar perante o Poder Judiciário uma 
suposta inconstitucionalidade do referido projeto de lei antes mesmo que 
ele venha a ser submetido a votação pelo Congresso Nacional. 
RESPOSTA 
Como deverá ser respondida a consulta? 
A NORMA É MATERIALMENTE INCONSTITUCIONAL, pois fere os 
Direitos e Garantias Fundamentais dispostos na CF/88. 
Seu controle será PREVENTIVO, ocorrerá ainda no processo 
legislativo, anterior a publicação da lei. 
 
PLANO DE AULA - 5 O CONTROLE INCIDENTAL DE CONSTITUCIONALIDADE 
 
QUESTÃO OBJETIVA 
(OAB - XXI Exame Unificado) A parte autora em um processo judicial, inconformada com a 
sentença de primeiro grau de jurisdição que se embasou no ato normativo X, apela da decisão 
porque, no seu entender, esse ato normativo seria inconstitucional. A 3ª Câmara Cível do 
Tribunal de Justiça do Estado Alfa, ao analisar a apelação interposta, reconhece que assiste 
razão à recorrente, mais especificamente no que se refere à inconstitucionalidade do referido 
ato normativo X. Ciente da existência de cláusula de reserva de plenário, a referida Turma dá 
provimento ao recurso sem declarar expressamente a inconstitucionalidade do ato normativo 
X, embora tenha afastado a sua incidência no caso concreto. De acordo com o sistema 
 
 
CASOS CONCRETOS 
8º semestre – JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
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jurídico-constitucional brasileiro, o acórdão proferido pela 3ª Turma Cível. 
a) Está juridicamente perfeito, posto que, nestas circunstâncias, a solução 
constitucionalmente expressa é o afastamento da incidência, no caso concreto, do ato 
normativo inconstitucional. 
b) Não segue os parâmetros constitucionais, pois deveria ter declarado, expressamente, a 
inconstitucionalidade do ato normativo que fundamentou a sentença proferida pelo juízo 
a quo. 
c) Está correto, posto que a 3ª Turma Cível, como órgão especial que é, pode arrogar para 
si a competência do Órgão Pleno do Tribunal de Justiça do Estado Alfa. 
d) Está incorreto, posto que violou a cláusula de reserva de plenário, ainda que não 
tenha declarado expressamente a inconstitucionalidade do ato normativo. 
 
CASO CONCRETO 2 
QUESTÃO 
O Ministério Público Federal ajuizou Ação Civil Pública em face do INSS, 
visando obrigar a autarquia a emitir aos segurados certidão parcial de 
tempo de serviço, com base nos direitos constitucionalmente assegurados 
de petição e de obtenção de certidão em repartições públicas (CF, art. 5º, 
XXXIV, b). O INSS alega, por sua vez, que o Decreto 3048/99, em seu art. 
130, justifica a recusa. Sustenta, ainda, que a Ação Civil Pública não seria 
a via adequada para a defesa de um direito individual homogêneo, além 
de sua utilização consubstanciar usurpação da competência do STF para 
conhecer, em abstrato, da constitucionalidade dos atos normativos 
brasileiros. 
RESPOSTA 
Como deverá ser decidida a ação? 
O Ministério Público Federal MPF tem legitimidade para ajuizar 
AÇÃO CIVIL PÚBLICA em defesa de direitos individuais 
homogêneos, desde que seja configurado interesse social relevante. 
 
A Constituição Federal, em seu art. 5º, X XXIV, b, garante ao 
segurado a obtenção de certidões perante as repartições públicas, 
com a finalidade precípua de defesa de seus direitos e 
esclarecimento de situações de interesse pessoal. 
 
É ilícita ao INSS a restrição ao cidadão de obtenção de certidão 
parcial de tempo de serviço, baseada em norma regulamenta que 
importa óbice ao exercício de um direito constitucionalmente 
assegurado e, não existe no ordenamento pátrio lei em sentido 
estrito que impeça o segurado de obter mencionada certidão. 
 
PLANO DE AULA - 6 CONTROLE DIFUSO (CONT.) 
 
QUESTÃO OBJETIVA 
Ocorre o controle judicial difuso da constitucionalidade de uma lei quando 
a) O plenário de um Tribunal, pelo quorum mínimo de dois terços de seus membros, 
acolhe arguição de inconstitucionalidade. 
b) Uma turma julgadora, por maioria absoluta, acolhe argüição de inconstitucionalidade. 
c) Qualquer juiz, em primeira instância, acolhe argüição incidental de 
inconstitucionalidade. 
d) Qualquer dos ministros do Supremo Tribunal Federal, nas funções de Corte 
Constitucional, declarar a inconstitucionalidade. 
e) Uma seção julgadora, pelo quorum mínimo de dois terços de seus membros, acolhe 
argüição de inconstitucionalidade. 
 
 
 
CASOS CONCRETOS 
8º semestre – JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
2017.2 
 
 
 
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DIREITO 2017.2 
 
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CASO CONCRETO 
QUESTÃO 
O servidor público aposentado A ingressou com uma ação requerendo a 
extensão de um benefício sob a alegação que o seu preterimento (a não 
extensão) implica em inconstitucionalidade. O juízo julgou procedente o 
pedido de A. O servidor B ingressa com a mesma ação se utilizando dos 
mesmos fundamentos da ação de A, no entanto o juízo competente julgou 
o seu pedido improcedente. Insatisfeito B apela da decisão requerendo 
que a sentença de A seja utilizada de forma vinculante para ele. Poderia o 
tribunal competente acolher o pedido de B. Justifique sua resposta. 
RESPOSTA 
A decisão de juízo de primeiro grau não tem força vinculante, isto é, 
NÃO tem efeito erga omnes.Logo, o TRIBUNAL NÃO PODERÁ ACOLHER O PEDIDO de B, 
unicamente sob o dito fundamento de vinculação de julgamento. 
Poderá, no entanto, o pedido de B, utilizar-se da decisão prolatada 
em favor de A, remetendo-se ao princípio da isonomia, que tem 
natureza constitucional e, com esse argumento jurídico, provocar o 
tribunal a conceder-lhe o benefício que postula, para não destoar da 
decisão que deferiu o benefício ao jurisdicionado A. 
 
PLANO DE AULA - 7 CONTROLE CONCENTRADO: AÇÃO DIRETA DE 
INCONSTITUCIONALIDADE 
 
QUESTÃO OBJETIVA 
Sobre o processo da ADI é incorreto afirmar que: 
a) A atuação do AGU somente será possível se o mesmo não representar o autor da 
ação. 
b) O PGR é chamado ao processo para apresentar o seu parecer. 
c) O amigo da corte participará do processo à convite do relator, figurando como um 
técnico na questão. 
d) O pedido liminar deferido suspenderá todas as ações do controle concreto que versem 
sobre a referida inconstitucionalidade. 
 
CASO CONCRETO 
QUESTÃO 
O Procurador Geral da República ajuizou uma Ação Direta de 
Inconstitucionalidade em face da Lei distrital n. 3.669/2005, que cria a 
carreira de atividades penitenciárias e respectivos cargos no quadro de 
pessoal do Distrito Federal. Alega, em síntese, que o DF teria usurpado 
competência da União (arts. 21, XIV c/c 32, § 4°, CRFB/88), que atribui a 
responsabilidade pelas funções exercidas por tal carreira aos agentes 
penitenciários integrantes da carreira da polícia civil. Citado na forma do 
art. 103, § 3°, CRFB/88, o Advogado Geral da União manifestou-se pela 
procedência da ação, pedindo, consequentemente, a declaração de 
inconstitucionalidade da referida lei distrital. Diante de tal situação, 
responda, justificadamente: 
RESPOSTA 
Poderia o AGU ter deixado de proceder à defesa do ato normativo 
impugnado? 
SIM. Eventualmente poderia, existem DOIS ENTENDIMENTOS quanto 
a essa questão, no entendimento mais restrito a AGU funciona como 
curador de defesa e segundo o entendimento mais recente a AGU 
poderia deixar de proceder defesa opinando pela procedência da 
ADIN desde que seja mais favorável a União, ou seja, a AGU está ali 
para defender a União e não o ato normativo. 
 
 
CASOS CONCRETOS 
8º semestre – JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
2017.2 
 
 
 
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PLANO DE AULA - 8 CONTROLE CONCENTRADO: AÇÃO DIRETA DE 
INCONSTITUCIONALIDADE 
 
QUESTÃO OBJETIVA 
Sustentando que os Estados do Sul e do Sudeste têm 57,7% da população do País, mas 
somente 45% de representantes no Poder Legislativo federal, circunstância que fere o 
princípio da isonomia e a cláusula "voto com valor igual para todos", partidos políticos do bloco 
de oposição, todos com representação no Congresso Nacional, ajuizaram, perante o Supremo 
Tribunal Federal, ação direta de inconstitucionalidade a fim de obter provimento judicial 
declaratório da inconstitucionalidade da expressão "para que nenhuma daquelas unidades da 
Federação tenha menos de oito ou mais de setenta Deputados" e da palavra "quatro", 
constantes dos §§ 1o e 2º do art. 45 da Constituição Federal. Referida ação 
a) Está fadada ao insucesso, porque somente partido político majoritário tem legitimidade 
para propor ação direta de inconstitucionalidade. 
b) Deve ser julgada procedente, pois há manifesto conflito entre princípios 
supraconstitucionais e normas constitucionais, o qual se resolve em favor dos primeiros. 
c) Deve ser acolhida, porque, se a escolha de Governador de Território tem de ser 
aprovada previamente pelo Senado Federal, segundo o art. 52, III, c, da Constituição 
Federal, e não por eleição direta, nada justifica a norma pela qual "cada Território 
elegerá quatro Deputados". 
d) Deve ser julgada improcedente, na medida em que, se não existe diferença entre 
princípios e normas para efeito de interpretação constitucional, não se pode falar de 
contradição entre dispositivos de uma mesma constituição. 
e) Não pode ser admitida, pois a rigidez constitucional não se coaduna com o 
estabelecimento de hierarquia entre normas postas pelo Poder Constituinte 
originário. 
 
CASO CONCRETO 
QUESTÃO 
(OAB – XX Exame Unificado) Sob o argumento de subrepresentação das 
regiões mais populosas do país, bem como de desigualdade entre os 
Estados-membros da Federação e, até mesmo, discriminação ente eles, o 
governador de um determinado Estado propõe Ação Direta de 
Inconstitucionalidade (ADI) contra a expressão "para que nenhuma 
daquelas unidades da Federação tenha menos de oito ou mais de setenta 
Deputados", constante do Art. 45, § 1º, da CRFB/88, dispositivo nela 
inserido desde a sua promulgação. Além desse problema, o mesmo 
governador fez uma outra consulta ao seu corpo jurídico para saber sobre 
a possibilidade de não aplicar determinada emenda constitucional que, no 
seu entender, não era benéfica ao seu Estado, isso apesar de o Supremo 
Tribunal Federal já ter reconhecido a sua compatibilidade com a 
CRFB/88. Nesse particular, um de seus assessores sugeriu a adoção da 
tese de que a norma constitucional originária é hierarquicamente superior, 
ao menos no plano axiológico, à norma constitucional derivada. Diante de 
tais fatos, responda, justificadamente, aos itens a seguir. 
RESPOSTA A 
Cabe ADI contra o Art. 45, § 1º, da CRFB/88, norma constitucional que 
existe desde a promulgação da Constituição da República, em 1988? 
NÃO. Porque a jurisprudência do STF NÃO admite o cabimento da 
Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) contra norma 
constitucional originária, por IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DO 
PEDIDO, tendo em vista que se trata de norma formulada pelo poder 
constituinte originário, que não tem nenhum tipo de limitação, 
sendo, portanto, INCONDICIONADO, ILIMITADO, INAUGURAL E 
 
 
CASOS CONCRETOS 
8º semestre – JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
2017.2 
 
 
 
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DIREITO 2017.2 
 
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SOBERANO. 
 
A Suprema Corte NÃO pode exercer o papel de fiscal do poder 
constituinte originário, a fim de verificar se este teria ou não violado 
os princípios do direito suprapositivo. 
RESPOSTA B 
A emenda constitucional pode deixar de ser aplicada com base na tese 
sugerida pelo assessor do Governador? 
NÃO. O sistema constitucional brasileiro NÃO ADMITE HIERARQUIA 
DE NORMAS CONSTITUCIONAIS. 
 
Portanto, há que se reconhecer que as emendas constitucionais têm 
a mesma força normativa das normas constitucionais originárias. 
Então as emendas constitucionais que modifiquem as normas 
constitucionais originárias, desde que observem os requisitos 
previstos na Constituição, não ocupam um plano inferior na 
hierarquia constitucional. 
 
PLANO DE AULA - 9 CONTROLE CONCENTRADO: AÇÃO DIRETA DE 
INCONSTITUCIONALIDADE 
 
QUESTÃO OBJETIVA 
Com respeito ao modelo constitucional brasileiro, é correto afirmar: 
a) A declaração de inconstitucionalidade in abstracto torna inaplicável a legislação anterior 
revogada pela norma impugnada. 
b) A declaração de inconstitucionalidade in abstracto não possui efeito vinculante para os 
órgãos do Poder Judiciário. 
c) O controle em tese da constitucionalidade de leis opera pela via difusa. 
d) A declaração de inconstitucionalidade in abstracto de lei, no modelo brasileiro, 
possui caráter retroativo. 
e) O Supremo Tribunal Federal não pode apreciar pedido de medida cautelar nas ações 
diretas de inconstitucionalidade. 
 
CASO CONCRETO 2 
QUESTÃO(OAB – XXI Exame Unificado) O prefeito do Município Sigma envia projeto 
de lei ao Poder Legislativo municipal, que fixa o valor do subsídio do chefe 
do Poder Executivo em idêntico valor ao subsídio mensal dos ministros do 
Supremo Tribunal Federal. Tal projeto é aprovado pela Câmara de 
Vereadores e sancionado pelo Chefe do Poder Executivo. No dia seguinte 
ao da publicação da referida norma municipal, o vereador José, do 
município Sigma, ajuizou Ação Direta de Inconstitucionalidade, perante o 
Supremo Tribunal Federal, a fim de que fosse tal lei declarada 
inconstitucional. Diante do exposto, responda aos itens a seguir. 
RESPOSTA A 
Há vício de inconstitucionalidade na norma municipal? Justifique. 
SIM. Vício formal e material. 
 
Formal em relação ao procedimento de criação da norma deveria ter 
sido criada pelo legislativo municipal; e, 
 
Material em relação ao conteúdo. 
RESPOSTA B 
A medida judicial adotada pelo Vereador está correta? Justifique. 
NÃO. A ação correta é a REPRESENTAÇÃO AO MINISTÉRIO 
PÚBLICO FEDERAL ou AÇÃO ORDINÁRIA EM PRIMEIRA INSTÂNCIA 
por ocupar o cargo de vereador. 
 
 
 
 
CASOS CONCRETOS 
8º semestre – JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
2017.2 
 
 
 
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Av. Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 673 
Jabaquara (Metrô Conceição) - CEP: 04309-010 
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DIREITO 2017.2 
 
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PLANO DE AULA - 10 CONTROLE CONCENTRADO: ADI POR OMISSÃO E MANDADO DE 
INJUNÇÃO 
 
QUESTÃO OBJETIVA 
Assinale a opção correta no que diz respeito ao controle das omissões inconstitucionais. 
a) A ação direta de inconstitucionalidade por omissão que objetive a 
regulamentação de norma da CF somente pode ser ajuizada pelos sujeitos 
enumerados no artigo 103 da CF, sendo a competência para o seu julgamento 
privativa do STF. 
b) Na omissão inconstitucional total ou absoluta, o legislador deixa de proceder à completa 
integração constitucional, regulamentando deficientemente a norma da CF. 
c) A omissão inconstitucional pode ser sanada mediante dois instrumentos: o mandado de 
injunção, ação própria do controle de constitucionalidade concentrado; e a ação direta 
de inconstitucionalidade por omissão, instrumento do controle difuso de 
constitucionalidade. 
d) O mandado de injunção destina-se à proteção de qualquer direito previsto 
constitucionalmente, mas inviabilizado pela ausência de norma integradora. 
 
CASO CONCRETO 2 
QUESTÃO 
(OAB – XX Exame de Ordem Unificado) Emenda à Constituição insere 
novo direito na Constituição da República. Trata-se de uma norma de 
eficácia limitada, que necessita da devida integração por via de lei. 
Produzido o diploma legal regulador (Lei Y), ainda assim, alguns dos 
destinatários não se encontram em condições de usufruir do direito a que 
fazem jus, por ausência de regulamentação da norma legal pelo órgão 
competente (o Ministério da Previdência Social), conforme exigido pela 
citada Lei Y. Passados dois anos após a edição da Lei Y, Mário, 
indignado com a demora e impossibilitado de usufruir do direito 
constitucionalmente garantido, é aconselhado a impetrar um Mandado de 
Injunção. Não sabendo exatamente os efeitos que tal medida poderia 
acarretar, Mário consulta um(a) advogado(a). A orientação recebida foi a 
de que, no seu caso específico, a adoção, pelo órgão judicante, de uma 
solução concretista individual iria satisfazer plenamente suas 
necessidades. Diante dessa situação, responda fundamentadamente aos 
itens a seguir. 
RESPOSTA A 
Assiste razão ao(a) advogado(a) de Mário quanto à utilidade do 
acolhimento do Mandado de Injunção com fundamento na posição 
concretista individual? 
SIM. A TEORIA CONCRETISTA INDIVIDUAL é uma das posições 
reconhecidas pelo STF como passível de ser adotada nas situações 
em que é dado provimento ao Mandado de Injunção. 
 
Segundo esse entendimento, diante da lacuna, o Poder Judiciário 
deve criar a regulamentação para o caso específico, ou seja, a 
decisão viabiliza o exercício do direito, ainda não regulamentado 
pelo órgão competente, somente pelo impetrado, vez que a decisão 
teria efeitos inter partes. Como se vê, o órgão judicante, ao dar 
provimento ao Mandado de Injunção, estabeleceria a regulamentação 
da lei para que Mário (e somente ele) pudesse usufruir do direito 
constitucional garantido. 
 
Cabe mandado de injunção pela omissão legislativa, contudo aplica-
se a Lei nº 13.300/2016. 
 
 
CASOS CONCRETOS 
8º semestre – JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
2017.2 
 
 
 
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DIREITO 2017.2 
 
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RESPOSTA B 
A que órgão do Poder Judiciário competiria decidir a matéria? 
O órgão competente é o STJ. 
 
Segundo o Art. 125, inciso I, alínea h, da CRFB/88, compete ao 
Superior Tribunal de Justiça processar e julgar o Mandado de 
Injunção quando a elaboração da norma regulamentadora for 
atribuição de órgão federal, da administração direta ou indireta. No 
caso, o Ministério da Previdência é um órgão da administração 
pública federal, sendo, portanto, o Superior Tribunal de Justiça o 
órgão judicial competente para processar e julgar a ação de Mário. 
 
PLANO DE AULA - 11 CONTROLE CONCENTRADO: AÇÃO DECLARATÓRIA DE 
CONSTITUCIONALIDADE 
 
QUESTÃO OBJETIVA 1 - 
(TRT 20 região 2016 Analista Judiciário Administrativa) Considere: 
I. Governador do Estado de Sergipe. 
II. Confederação Sindical XXX. 
III. Procurador-Geral da República. 
IV. Mesa da Câmara dos Deputados. 
V. Prefeito da cidade de Lagarto. 
De acordo com a Constituição Federal de 1988, possuem legitimidade ativa para propor ação 
declaratória de constitucionalidade, dentre outros, os indicados APENAS em: 
a) I, II e III. 
b) I, II, III e IV. 
c) I, III, IV e V. 
d) III, IV e V. 
e) I, III e IV 
 
CASO CONCRETO 2 
QUESTÃO 
(OAB XIX Exame Unificado) Durante a tramitação de determinado projeto 
de lei de iniciativa do Poder Executivo, importantes juristas questionaram 
a constitucionalidade de diversos dispositivos nele inseridos. Apesar 
dessa controvérsia doutrinária, o projeto encaminhado ao Congresso 
Nacional foi aprovado, seguindo-se a sanção, a promulgação e a 
publicação. Sabendo que a lei seria alvo de ataques perante o Poder 
Judiciário em sede de controle difuso de constitucionalidade, o Presidente 
da República resolveu ajuizar, logo no primeiro dia de vigência, uma Ação 
Declaratória de Constitucionalidade. Diante da narrativa acima, responda 
aos itens a seguir. 
RESPOSTA A 
É cabível a propositura da Ação Declaratória de Constitucionalidade 
(ADC) nesse caso? 
NÃO. Por falta de comprovação de relevante controvérsia perante 
juízes e tribunais a respeito da constitucionalidade da lei. 
 
A controvérsia existente no âmbito da doutrina não torna possível o 
ajuizamento da ADC. Com efeito, é de se presumir que, no primeiro 
dia de vigência da lei, não houve ainda tempo hábil para a formação 
de relevante controvérsia judicial, isto é, não haveria decisões 
conflitantes de tribunais e juízos monocráticos espalhados pelo País. 
 
É a própria dicção do Art. 14, III, da Lei nº 9.868/99 que estabelece a 
necessidade de comprovação da relevante controvérsia judicial, não 
sendo, por conseguinte, o momento exato de se manejar a ADC. 
 
 
CASOS CONCRETOS 
8º semestre – JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
2017.2 
 
 
 
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RESPOSTA B 
Emsede de Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC), é cabível a 
propositura de medida cautelar perante o Supremo Tribunal Federal? 
Quais seriam os efeitos da decisão do STF no âmbito dessa medida 
cautelar? 
SIM. Nos termos do Art. 21, caput, da Lei nº 9868/99, os efeitos da 
medida cautelar, em sede de ADC, serão decididos pelo Supremo 
Tribunal Federal, por decisão da maioria absoluta de seus membros. 
 
Os efeitos são de natureza vinculante, serão ERGA OMNES e EX 
NUNC, consistindo na determinação de que juízes e Tribunais 
suspendam o julgamento dos processos pendentes que envolvam a 
aplicação da lei ou do ato normativo objeto da ação até seu 
julgamento definitivo que, de qualquer maneira, há de se verificar no 
prazo de cento e oitenta dias, nos termos do Art. 21, PU da Lei nº 
9868/99. 
 
PLANO DE AULA - 12 CONTROLE CONCENTRADO: ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE 
PRECEITO FUNDAMENTAL 
 
QUESTÃO OBJETIVA 1 - 
Sobre o processo previsto em lei para a Arguição por Descumprimento de Preceito 
Fundamental (ADPF), é incorreto afirmar: 
a) Trata-se de ação com tramitação exclusiva perante o Supremo Tribunal Federal (STF); 
b) É possível arguir-se o descumprimento de preceito fundamental contido na 
Constituição, em decorrência de ato normativo federal, estadual ou municipal, 
salvo se anteriores à Constituição; 
c) São legitimados a propor a ADPF apenas aqueles legitimados a ajuizar ações diretas de 
inconstitucionalidade; 
d) Somente por decisão da maioria absoluta dos membros do STF é possível deferir-se 
medida liminar em ADPF; 
e) Somente por decisão de dois terços dos membros do STF é possível a modulação dos 
efeitos da decisão em ADPF. 
 
CASO CONCRETO 2 
QUESTÃO 
O Governador de um Estado-membro da Federação vem externando sua 
indignação à mídia, em relação ao conteúdo da Lei Estadual nº 1234/15. 
Este diploma normativo, que está em vigor e resultou de projeto de lei de 
iniciativa de determinado deputado estadual, criou uma Secretaria de 
Estado especializada no combate à desigualdade racial. Diante de tal 
quadro, o Governador resolveu ajuizar, perante o Supremo Tribunal 
Federal, uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 
(ADPF) impugnando a Lei Estadual nº 1234/15. Com base no fragmento 
acima, responda, justificadamente, aos itens a seguir. 
RESPOSTA A 
A Lei Estadual nº 1234/15 apresenta algum vício de 
inconstitucionalidade? 
SIM. Vício FORMAL, já que somente lei de iniciativa privativa do 
Chefe do Poder Executivo pode criar órgão de apoio a essa estrutura 
de poder. É o que dispõe o Art. 61, § 1º, inciso II, da CF/88, aplicável 
por simetria aos Estados, tal qual determina o Art. 25, caput. 
RESPOSTA B 
É cabível a medida judicial proposta pelo Governador? 
NÃO. A resposta deve ser no sentido de negar o cabimento da ADPF 
diante da AUSÊNCIA DAS CONDIÇÕES ESPECIAIS PARA A 
PROPOSITURA DAQUELA AÇÃO CONSTITUCIONAL, ou seja, a 
observância do princípio da subsidiariedade, previsto no Art. 4º, § 1º, 
 
 
CASOS CONCRETOS 
8º semestre – JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
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da Lei nº 9882/99. 
 
A jurisprudência do STF é firme no sentido de que o princípio da 
subsidiariedade rege a instauração do processo objetivo de ADPF, 
condicionando o ajuizamento dessa ação de índole constitucional à 
ausência de qualquer outro meio processual apto a sanar, de modo 
eficaz, a situação de lesividade indicada pelo autor. 
 
 
PLANO DE AULA - 13 CONTROLE CONCENTRADO: REPRESENTAÇÃO DE 
INCONSTITUCIONALIDADE 
 
QUESTÃO OBJETIVA 
A Representação Interventiva, processada junto ao Supremo Tribunal Federal, tem por 
objetivos tutelar: Assinale a opção correta. 
a) Os princípios sensíveis, previstos no art. 34, VII, da Constituição da República, e 
dispor sobre a intervenção da União nos Estados ou Distrito Federal. 
b) Toda a Constituição Federal e declarar a inconstitucionalidade do ato impugnando. 
c) Os princípios fundamentais, previstos no Título I, da Constituição da República, e 
declarar a inconstitucionalidade do ato impugnando. 
d) Os princípios da Ordem Econômica, previstos no art. 170, da Constituição da República, 
e declarar a inconstitucionalidade do ato estatal que intervenha indevidamente na 
economia. 
 
CASO CONCRETO 
QUESTÃO 
A Constituição de determinado estado da federação, promulgada em 
1989, ao dispor sobre a administração pública estadual, estabelece que a 
investi dura em cargo ou emprego público é assegurada aos cidadãos 
naturais daquele estado e depende de aprovação prévia em concurso 
público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a 
complexidade do cargo ou emprego, ressalvadas as nomeações para 
cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração. 
Em 2009 foi promulgada pela Assembléia Legislativa daquele estado 
(após a derrubada de veto do Governador), uma lei que permite o 
ingresso em determinada carreira por meio de livre nomeação, 
assegurada a estabilidade do servidor nomeado após 3 (três) anos de 
efetivo exercício. Considerando-se que a Constituição estadual arrola o 
Governador como um dos legitimados para a propositura da ação direta 
de inconstitucionalidade em âmbito estadual (art. 125, §2° da CRFB), e 
considerando-se que o Governador pretende obter a declaração de 
inconstitucionalidade da referida lei estadual, responda: 
RESPOSTA I 
O que ocorreria se logo após o ajuizamento da ação direta de 
inconstitucionalidade de âmbito estadual, ajuizada pelo Governador do 
Estado junto ao Tribunal de Justiça (nos termos do art. 125, §2° da CRFB) 
e antes do julgamento, fosse ajuizada pelo Conselho Federal da OAB 
uma ação direta de inconstitucionalidade junto ao STF, tendo por objeto 
esta mesma lei? Explique. 
Ocorre a SUSPENSÃO DO PROCESSO no âmbito da justiça estadual, 
até a deliberação definitiva desta corte. 
 
Observância de precedentes. Declaração de inconstitucionalidade, 
por esta Corte, de artigos da lei estadual. Arguição pertinente à 
mesma norma referida perante a Corte estadual. Perda de objeto. 
RESPOSTA II Poderia o Presidente da República ajuizar ação direta de 
inconstitucionalidade junto ao STF contra o dispositivo da Constituição 
 
 
CASOS CONCRETOS 
8º semestre – JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
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DIREITO 2017.2 
 
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estadual? Explique. 
SIM. O Presidente é legitimado universal para o ajuizamento de ADI e 
os dispositivos de constituições estaduais são objetos passíveis de 
impugnação por ADI em caso de conflito com a Constituição Federal. 
 
No caso há clara violação do art. 19, III, CRFB/88, pois criou-se 
diferenciação entre brasileiros por razão de naturalidade. 
 
PLANO DE AULA - 14 REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS: HABEAS CORPUS E MANDADO DE 
SEGURANÇA 
 
QUESTÃO OBJETIVA 1 - (FUNCAB - PC-PA 2016 – DELEGADO DE POLICIA CIVIL - 
Adaptado) 
Maria, gestante de feto anencéfalo, pretende a obtenção de autorização judicial para 
realização de aborto. O Juízo de primeiro grau julgou improcedente o pedido. Pretende, agora, 
manejar um remédio constitucional para evitar o cometimento de crime. Para tanto, deverá 
demandar por meio do seguinte instrumento: 
a) Recurso Ordinário 
b) Habeas Corpus 
c) Revisão Criminal 
d) Mandado de Segurança 
e) Mandado de injunção 
 
CASO CONCRETO 
QUESTÃO 
Paulo, delegado de polícia, preside o inquérito X, no qual é apurada a 
práticade crime de estupro, por João, que se encontra preso, contra a 
menor M, de 13 anos de idade. No curso do inquérito, a menor se retratou 
da acusação de estupro, mas Paulo não comunicou tal fato ao juiz de 
direito competente para proceder ao arquivamento do inquérito, razão 
pela qual foi aberta, a pedido do Ministério Público, ação penal para 
apurar eventual crime de prevaricação. Tendo o juiz de direito do juizado 
especial criminal da comarca Y do estado Z determinado a intimação de 
Paulo para audiência de transação penal, este impetrou habeas corpus 
com vistas a impedir seu comparecimento à audiência bem como a se 
livrar do referido inquérito, mas a turma recursal estadual denegou o 
pedido. Em face dessa situação hipotética, indique, com a devida 
fundamentação legal, a medida judicial mais adequada para que Paulo 
atinja o objetivo pretendido, bem como o órgão do poder judiciário 
competente para julgá-la. 
RESPOSTA 
João deverá impetrar HABEAS CORPUS contra a decisão da Turma 
Recursal, cuja competência para julgamento, nos termos da 
jurisprudência mais recente do STF, será do TRIBUNAL DE JUSTIÇA. 
 
PLANO DE AULA - 15 REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS: HABEAS DATA E AÇÃO POPULAR 
 
QUESTÃO OBJETIVA 1 - (FCC – TRT 20ª Região 2016 – ANALISTA JUDICIÁRIO – OJA) 
Bruna, desconfia que seu filho Murilo, 24 anos de idade, começou a praticar crimes de furtos, 
bem como crimes cibernéticos. Preocupada com a situação, inclusive porque Murilo recebe 
diversas cartas de cobranças de dívidas lícitas, Bruna resolve investigar a situação financeira 
do filho, mas nenhuma entidade Governamental, bem como nenhuma entidade de caráter 
público lhe fornecem qualquer informação. Conversando com sua amiga Soraia, estudante de 
direito, a mesma sugeriu que Bruna impetrasse um habeas data. Neste caso, Soraia fez a 
sugestão: 
a) Incorreta porque não cabe habeas data para o conhecimento de informação 
 
 
CASOS CONCRETOS 
8º semestre – JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
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DIREITO 2017.2 
 
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relativa a terceiro, mas somente relativa ao impetrante. 
b) Correta porque segundo a carta magna conceder-se-á habeas data para assegurar o 
conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, bem como de terceiros 
a ela relacionados constantes de registros ou bancos de dados de entidades 
governamentais ou de caráter público. 
c) Incorreta porque o habeas data cabe apenas para a retificação de dados, quando não 
se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo. 
d) Correta porque o habeas data cabe exatamente para a retificação de quaisquer dados 
referentes a qualquer pessoa, em razão da observância do princípio da publicidade. 
e) Correta porque segundo a carta magna conceder-se-á habeas data exatamente para 
assegurar o conhecimento de informações relativas a terceiros constantes de registros 
ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público. 
 
PLANO DE AULA - 16 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
QUESTÃO OBJETIVA 1 - OAB 2010.2 FGV 
A respeito do Conselho Nacional de Justiça é correto afirmar que: 
a) É órgão integrante do Poder Judiciário com competência administrativa e jurisdicional. 
b) Pode rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de 
juízes e membros de Tribunais julgados há menos de um ano. 
c) Seus atos sujeitam-se ao controle do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal 
de Justiça. 
d) A presidência é exercida pelo Ministro do Supremo Tribunal Federal que o integra e que 
exerce o direito de voto em todas as deliberações submetidas àquele órgão. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 2 
A obrigatoriedade ou necessidade de deliberação plenária dos tribunais, no sistema de 
controle de constitucionalidade brasileiro, significa que: 
a) Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do 
respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade 
de lei ou ato normativo do Poder Público. 
b) A parte legitimamente interessada pode recorrer ao respectivo Tribunal Pleno das 
decisões dos órgãos fracionários dos Tribunais Federais ou Estaduais que, em decisão 
definitiva, tenha declarado a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo. 
c) Somente nas sessões plenárias de julgamento dos Tribunais Superiores é que a 
matéria relativa a eventual inconstitucionalidade da lei ou ato normativo pode ser 
decidida. 
d) A competência do Supremo Tribunal Federal para processar e julgar toda e qualquer 
ação que pretenda invalidar lei ou ato normativo do Poder Público pode ser delegada a 
qualquer tribunal, condicionada a delegação a que a decisão seja proferida por este 
órgão jurisdicional delegado em sessão plenária. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 3 
Em relação à inovação da ordem constitucional que instituiu a nominada Súmula Vinculante, é 
correto afirmar que: 
a) Somente os Tribunais Superiores podem editá-la. 
b) Podem ser canceladas, mas vedada a mera revisão. 
c) A proposta para edição da Súmula pode ser provocada pelos legitimados para a 
propositura da ação direta de inconstitucionalidade. 
d) Desde que haja reiteradas decisões sobre matéria constitucional, o Supremo Tribunal 
Federal poderá, de ofício ou por provocação, aprovar a Súmula mediante decisão da 
maioria absoluta de seus membros. 
 
 
 
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QUESTÃO OBJETIVA 4 
Declarando o Supremo Tribunal Federal, incidentalmente, a inconstitucionalidade de lei ou ato 
normativo federal em face da Constituição do Brasil, caberá: 
a) Ao Procurador-Geral da República, como chefe do Ministério Público da União, expedir 
atos para o cumprimento da decisão pelos membros do Ministério Público Federal e dos 
Estados. 
b) Ao Presidente da República editar decreto para tornar inválida a lei no âmbito da 
administração pública. 
c) Ao Senado Federal suspender a execução da lei, total ou parcialmente, conforme 
o caso, desde que a decisão do Supremo Tribunal Federal seja definitiva. 
d) Ao Advogado-Geral da União interpor o recurso cabível para impedir que a União seja 
compelida a cumprir a referida decisão. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 5 - OAB 2010.1 
Assinale a opção correta a respeito da medida cautelar em sede de ação direta de 
inconstitucionalidade, de acordo com o que dispõe a Lei n.º 9.868/1999. 
a) Tal medida não poderá ser apreciada em período de recesso ou férias, visto que é 
imperioso que seja concedida por decisão da maioria absoluta dos membros do STF, 
após a audiência dos órgãos ou autoridades dos quais emanou a lei ou ato normativo 
impugnado. 
b) Essa medida cautelar só poderá ser concedida se ouvidos, previamente, o advogado 
geral da União e o procurador-geral da República. 
c) A decisão proferida em sede de cautelar, seja ela concessiva ou não, será dotada de 
eficácia contra todos, com efeito ex nunc, salvo se o STF entender que deva conceder-
lhe eficácia retroativa. 
d) O relator, em face da relevância da matéria e de seu especial significado para a 
ordem social e a segurança jurídica, poderá, após a prestação das informações e 
a manifestação do advogado-geral da União e do procurador-geral da República, 
sucessivamente, submeter o processo diretamente ao STF, que terá a faculdade 
de julgar definitivamente a ação. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 6 
Acerca da edição de súmulas vinculantes pelo STF, assinale a opçãocorreta. 
a) Ainda que inexistam reiteradas decisões sobre determinada matéria constitucional, o 
STF poderá criar súmula vinculante acerca do tema caso o julgue relevante. 
b) O enunciado da súmula deve versar sobre normas determinadas, quando exista, 
com relação a elas, controvérsia atual, entre órgãos judiciários ou entre esses e a 
administração pública, que acarrete grave insegurança jurídica e relevante 
multiplicação de processos. 
c) O procurador-geral da República manifestar-se-á acerca da edição de enunciado de 
súmula vinculante apenas nos casos em que o propuser. 
d) O Conselho Federal da OAB e os conselhos seccionais são legitimados a propor a 
edição de enunciado de súmula vinculante. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 7 - OAB 2009.3 
No que concerne ao controle de constitucionalidade, assinale a opção correta. 
a) Controle de constitucionalidade consiste na verificação da compatibilidade de qualquer 
norma infraconstitucional com a CF. 
b) Entre os pressupostos do controle de constitucionalidade, destacam-se a 
supremacia da CF e a rigidez constitucional. 
 
 
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c) O controle concentrado de constitucionalidade origina-se do direito norte-americano, 
tendo sido empregado pela primeira vez no famoso caso Marbury versus Madison, em 
1803. 
d) O controle concentrado de constitucionalidade permite que qualquer juiz ou tribunal 
declare a inconstitucionalidade de norma incompatível com a CF. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 8 
Assinale a opção correta no que diz respeito ao controle das omissões inconstitucionais. 
a) A omissão inconstitucional pode ser sanada mediante dois instrumentos: o mandado de 
injunção, ação própria do controle de constitucionalidade concentrado; e a ação direta 
de inconstitucionalidade por omissão, instrumento do controle difuso de 
constitucionalidade. 
b) O mandado de injunção destina-se à proteção de qualquer direito previsto 
constitucionalmente, mas inviabilizado pela ausência de norma integradora. 
c) A ação direta de inconstitucionalidade por omissão que objetive a 
regulamentação de norma da CF somente pode ser ajuizada pelos sujeitos 
enumerados no artigo 103 da CF, sendo a competência para o seu julgamento 
privativa do STF. 
d) Na omissão inconstitucional total ou absoluta, o legislador deixa de proceder à completa 
integração constitucional, regulamentando deficientemente a norma da CF. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 9 
Relativamente à organização e às competências do Poder Judiciário, assinale a opção 
correta. 
a) O Conselho Nacional de Justiça, órgão interno de controle administrativo, 
financeiro e disciplinar da magistratura, é composto por membros do Poder 
Judiciário, do MP, da advocacia e da sociedade civil. 
b) As causas em que entidade autárquica, empresa pública federal ou sociedade de 
economia mista seja interessada na condição de autora, ré, assistente ou oponente são 
de competência da justiça federal. 
c) A edição de súmula vinculante pelo STF poderá ocorrer de ofício ou por provocação de 
pessoas ou entes autorizados em lei, entre estes, os legitimados para a ação direta de 
inconstitucionalidade. O cancelamento ou revisão de súmula somente poderá ocorrer 
por iniciativa do próprio STF. 
d) Cabe reclamação constitucional dirigida ao STF contra decisão judicial que contrarie 
súmula vinculante ou que indevidamente a aplique. O modelo adotado na CF não 
admite reclamação contra ato que, provindo da administração, esteja em 
desconformidade com a referida súmula. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 10 - 2009.1 
A respeito da arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF), assinale a opção 
correta. 
a) O conceito de preceito fundamental foi introduzido no ordenamento jurídico brasileiro 
pela Lei n.º 9.882/1999, segundo a qual apenas as normas constitucionais que protejam 
direitos e garantias fundamentais podem ser consideradas preceito fundamental. 
b) Na ADPF, não se admite a figura do amicus curiae. 
c) A ADPF, criada com o objetivo de complementar o sistema de proteção da CF, 
constitui instrumento de controle concentrado de constitucionalidade a ser 
ajuizado unicamente no STF. 
d) A ADPF pode ser ajuizada mesmo quando houver outra ação judicial ou recurso 
 
 
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administrativo eficaz para sanar a lesividade que se pretende atacar, em observância ao 
princípio da indeclinabilidade da prestação judicial. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 11 
No que diz respeito ao instituto da repercussão geral, inovação criada pela EC 45/2004 e 
regulamentada pela Lei n.º 11.418/2006, assinale a opção correta. 
a) Tal inovação tem por finalidade aumentar o número de processos que devem ser 
apreciados no STF, a fim de que as questões relevantes sejam todas julgadas o mais 
breve possível. 
b) Para a rejeição da repercussão geral, é necessária a manifestação da maioria absoluta 
dos membros do STF. 
c) A competência para a verificação da existência de repercussão geral, por decisão 
irrecorrível, é dos tribunais superiores e do STF. 
d) A decisão que nega a existência de repercussão geral vale para todos os recursos 
que versem sobre matéria idêntica, os quais serão indeferidos liminarmente. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 12 
Acerca do controle concentrado de constitucionalidade exercido pelo STF, assinale a opção 
correta. 
a) É possível a declaração de inconstitucionalidade de normas constitucionais originárias. 
b) É cabível o ajuizamento de ação direta de inconstitucionalidade cujo objeto seja lei ou 
ato normativo distrital decorrente do exercício de competência estadual e municipal. 
c) A ação direta de inconstitucionalidade por omissão admite pedido de medida liminar. 
d) Declarada a constitucionalidade de lei ou de ato normativo federal, em sede de 
ação declaratória de constitucionalidade, não se revela possível a realização de 
nova análise contestatória da matéria sob a alegação de que novos argumentos 
conduziriam a uma decisão pela inconstitucionalidade. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 13 - 2008.3 
Acerca da edição de súmulas vinculantes pelo STF, assinale a opção correta. 
a) Ainda que inexistam decisões sobre determinada matéria constitucional, o STF poderá 
criar súmula vinculante acerca de tal matéria, caso a julgue relevante. 
b) O enunciado da súmula deve versar sobre normas determinadas apenas quando 
exista controvérsia atual quanto a elas, entre órgãos judiciários ou entre esses e a 
administração pública, que acarrete grave insegurança jurídica e relevante 
multiplicação de processos. 
c) O procurador-geral da República deverá se manifestar acerca da edição de enunciado 
de súmula vinculante apenas nos casos em que o propuser. 
d) O Conselho Federal da OAB e seus órgãos seccionais são legitimados a propor a 
edição de enunciado de súmula vinculante. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 14 
Acerca do controle de constitucionalidade, assinale a opção correta. 
a) Tanto na ação direta de inconstitucionalidade como na ação declaratória de 
constitucionalidade, as decisões do STF possuem força vinculante em relação 
aos demais tribunais e à administração pública federal, independentemente de a 
decisão ter sido sumulada. 
b) Os tribunais de justiça nos estados podem desempenhar o controle abstrato e 
concentrado de leis estaduais e municipaisdiretamente em face da CF. 
c) O STF é o único órgão competente para desempenhar o controle incidental de 
 
 
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constitucionalidade no Brasil. 
d) Na ação direta de inconstitucionalidade, quando o relator indefere, sob qualquer 
fundamento, pedido de liminar, é admissível a utilização da reclamação contra essa 
decisão. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 15 
Acerca do Poder Judiciário, assinale a opção correta. 
a) Compete ao STJ julgar os conflitos de competência entre o TST e o TRF. 
b) Supondo-se que Fernando fosse condenado por crime político por meio de sentença 
proferida por juiz federal da Seção Judiciária de São Paulo, o recurso interposto contra 
essa sentença seria julgado pelo respectivo TRF. 
c) Supondo-se que João, servidor público federal regido pela Lei n.º 8.112/1990, 
pretendesse ingressar com ação contra a União buscando o pagamento de verbas 
salariais a que tivesse direito, a ação deveria ser proposta perante a justiça 
federal e não perante a justiça do trabalho. 
d) Supondo-se que Marcos, após ter sofrido dano por ação de empregado de empresa 
pública federal, pretendesse ingressar com ação de reparação de danos materiais e 
morais contra a empresa pública, deveria fazê-lo na justiça comum estadual. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 16 - 2008.2 
Assinale a opção correta acerca do CNJ. 
a) Nenhum de seus membros pode ser indicado pelo Conselho Federal da OAB, cujos 
representantes podem, porém, falar e ser ouvidos em quaisquer sessões do CNJ. 
b) São suas funções receber e conhecer reclamações contra membro ou órgão do 
Poder Judiciário, inclusive contra seus serviços auxiliares. 
c) O mandato de seus membros dura quatro anos, admitida uma recondução. 
d) Seus membros são nomeados pelo presidente da República, depois de aprovada a 
escolha pela maioria absoluta da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 17 
Com relação às regras pertinentes ao Poder Judiciário constantes da CF, assinale a opção 
correta. 
a) Compete à justiça do trabalho processar e julgar as ações oriundas da relação de 
trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração 
pública direta e indireta da União, dos estados, do DF e dos municípios. 
b) Cabem ao STF o processo e o julgamento dos mandados de segurança e dos habeas 
datacontra ato de ministro de Estado, dos comandantes da Marinha, do Exército e da 
Aeronáutica. 
c) O ingresso na carreira da magistratura deve ser feito por concurso público de provas ou 
de provas e títulos, e o cargo inicial será o de juiz substituto. 
d) Os TRTs não se submetem à regra do quinto constitucional, diferentemente dos 
tribunais regionais federais e dos tribunais dos estados e do DF. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 18 
Acerca do controle de constitucionalidade concentrado, julgue os itens a seguir. 
I A administração pública indireta, assim como a direta, nas esferas federal, estadual e 
municipal, fica vinculada às decisões definitivas de mérito proferidas pelo STF nas ações 
diretas de inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de constitucionalidade. 
II Em razão do princípio da subsidiariedade, a ação direta de inconstitucionalidade por 
omissão somente será cabível se ficar provada a inexistência de qualquer meio eficaz para 
 
 
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afastar a lesão no âmbito judicial. 
III É possível controle de constitucionalidade do direito estadual e do direito municipal no 
processo de argüição de descumprimento de preceito fundamental. 
IV São legitimados para propor ação direta de inconstitucionalidade interventiva os mesmos 
que têm legitimação para propor ação direta de inconstitucionalidade genérica. 
Estão certos apenas os itens 
a) I e II. 
b) I e III. 
c) II e IV. 
d) III e IV. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 19 - 2008.1 
Assinale a opção incorreta com relação à argüição de descumprimento de preceito 
fundamental. 
a) As decisões de mérito, em argüição de descumprimento de preceito fundamental, 
possuem efeito vinculante. 
b) A argüição de descumprimento de preceito fundamental não será admitida quando 
houver outro meio eficaz para sanar a lesividade. 
c) Cabe reclamação ao STF quando for descumprida uma decisão tomada em argüição de 
descumprimento de preceito fundamental. 
d) Qualquer cidadão pode propor argüição de descumprimento de preceito 
fundamental. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 20 
Com relação ao controle de constitucionalidade no direito brasileiro, assinale a opção 
incorreta. 
a) A jurisprudência do STF entende que, nas ações diretas de inconstitucionalidade, o 
advogado-geral da União não está obrigado a fazer defesa do ato questionado, 
especialmente se o STF já tiver se manifestado pela inconstitucionalidade. 
b) A ação declaratória de constitucionalidade só é cabível quando ficar demonstrada a 
existência de controvérsia judicial relevante sobre a aplicação da disposição objeto da 
ação. 
c) Pode ser objeto da ação direta de inconstitucionalidade o decreto legislativo aprovado 
pelo Congresso Nacional com o escopo de sustar os atos normativos do Poder 
Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa. 
d) O governador de um estado ou a assembléia legislativa que impugna ato 
normativo de outro estado não tem necessidade de demonstrar a relação de 
pertinência da pretendida declaração de inconstitucionalidade da lei. 
 
 
 
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RESUMÃO DE JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
 
1. Conceito: Implica nos parâmetros processuais necessários para o controle de 
constitucionalidade da lei ou ato normativo consoante seus requisitos formais e 
materiais. O estado é o primeiro com o objetivo de fazer com que a lei seja cumprida e 
ele próprio tem que cumprir a lei, reexaminando o sentido da lei, verificando se a lei 
segue preceitos constitucionais onde os estados tenham controles de 
constitucionalidade. (Estado de direito= estado respeitador das leis). 
 
1.1. Pressupostos Constitucionais a serem analisados: 
 
A) Supremacia da Constituição: 1º Constituição Federal, 2º Estados, 3° Leis. 
B) Rigidez 
C) Direitos Fundamentais 
 
2. Controle de constitucionalidade: 
 
2.1. Introdução: 
2.2. Ato Jurídico X Fato Jurídico 
2.3. Ato Jurídico ("lato Sensu") - Ato Jurídico ("Stricto Sensu") e Negócio Jurídico 
 
3. Existência, validade e eficácia do ato Jurídico: 
3.1. Ato Jurídico existente 
3.2. Ato Jurídico válido 
3.3. Ato Jurídico eficaz 
 
4. Princípio da nulidade da norma constitucional 
4.1 Origem: 
Influência dos EUA (1803) "Marbury x Madison". 
No Brasil, teve origem na Constituição de 1981(não se pode criar lei que fere a 
constituição) 
 
4.2 Premissas de controle de constitucionalidade: A lei deve manter "respeito à 
CF" qual dará embasamento e validade à lei. 
A. A lei tem fundamento na Constituição Federal 
B. Supremacia da Constituição (O ato jurídico, ouseja, a lei é hierarquicamente 
inferior a CF). 
 
 
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C. Lei inconstitucional - Nula (Se a lei é inconstitucional, esta será absolutamente 
nula). 
 
OBS: "Ex tunc" (retroage) e "Ab initio" (desde o inicio) = Por natureza (Essa norma 
sempre foi nula). 
D. "Kelsin": Declaratória (?) e Constitutiva. 
E. STF: Desde 1970 - Mitigação do princípio da nulidade (reconhece os efeitos de 
uma norma inconstitucional, os efeitos "dali para traz surte seus efeitos, dali para 
frente não", ou seja, mesmo sendo inconstitucional, os efeitos já causados, não 
se alteram. 
 
5. Conceito de controle de constitucionalidade: É a verificação dos requisitos 
formais "subjetivos e objetivos" e materiais ou substanciado, ato jurídico em face da 
constituição. 
 
5.1.1. Aspectos formais subjetivos: Autoridade que elaborou a norma 
5.1.2. Aspectos formais objetivos: Análise nos prazos (tudo que não e sujeito) 
 
5.2. Sujeitos: 1º Poder Legislativo/Executivo, 2º Poder Judiciário. 
 
6. Ato Jurídico: 
 
6.1. Ato Jurídico ("Lato sensu"): são aqueles atos que produzem efeitos no mundo 
jurídico, decorrendo da contunda humana voluntária. 
6.2. Ato Jurídico ("Stricto sensu"): são aqueles, cujo, efeitos são determinados pelo 
legislador, independentemente da vontade humana. (não tem domínio do resultado) 
 
7. Negócio Jurídico: são aqueles atos ,cujo, efeitos são produzidos voluntariamente 
pelo homem. (tem domínio do resultado) 
 
8. Fato jurídico: são aqueles eventos que têm consequência para o mundo jurídico, 
mas neles não há participação da vontade humana. 
É aquele que já completou o seu ciclo formal e já conta com todos os seus 
elementos ( possui os elementos de validade. (Exemplo: contrato "tem agentes" se 
aquele contrato foi reduzido a termo, ou seja, aquele ato existe, já foi publicada. 
É aquele editado em conformidade com a lei consoante os requisitos de 
validade adequando-se ao que estabelece a ordem jurídica conforme o padrão de 
regularidade. (Elementos de existência, verificar se os elementos são validos. 
 
 
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Exemplo: Contrato: "Somos sujeitos capazes") O contrato de compra e venda foi de 
algo licito? 
É aquele que já possui todos os fatores de eficácia, independentemente de 
qualquer evento futuro, certo ou incerto, (termo, condição ou ato de controle), não 
mais discute se ele produz efeito. 
 
9. Espécies de inconstitucionalidade: 
 
1) Por ação: Ocorre quando há edição de norma incompatível com a CF, seja em 
relação ao conteúdo ou quanto ao processo de elaboração da norma. 
 
2) Por Omissão: é quando o poder legislativo deixa de observar comando 
constitucional que configure o dever de legislar. 
A - Total: Deixou de fazer a Lei. 
B - Parcial: Uma Lei incompleta. 
 
3) Formal: (Vício na formação) 
 Orgânicas: É quando há na formalidade do ato o específico, vício de 
incompetência do órgão de onde provem o ato normativo. 
 Formal propriamente dita: É aquele vício de inconstitucionalidade que recaí 
diretamente sobre o procedimento legislativo fixado na CF. 
 
4) Material (Conteúdo): Ocorre quando o conteúdo daquele atoo normativo fere 
dispositivo constitucional. 
 
5) Direta (1º Grau – LEI / MP / DEC / RES): É aquela que se verifica quando as 
espécies normativas de 1º grau (LEIS, MEDIDAS. PROVISÓRIAS, DECRETO 
LEGISLATIVO, RESOLUÇÕES), contrariam disposição constitucional. 
 
6) Indireta (2º Grau - Decreto >Lei): Ocorre quando espécies normativas de 2º grau 
desobedecem a constituição, compreendidas essas normas de 2° grau como aquelas 
que encontram seu fundamento de validade nas normas de 1 grau. 
 
 Consequente: Ocorre quando a espécie normativa de 2º grau é alvejada de 
inconstitucionalidade porque a norma da qual ela depende foi antes declarada 
inconstitucional. 
- Derivada (sinônimo de consequente) 
- Por Arrastamento (sinônimo de consequente) 
 
 
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- Por atração (sinônimo de consequente) 
 
 Reflexão ou oblíqua: É aquela onde a espécie normativa de 2º grau 
inconstitucional por violar norma infraconstitucional. ILEGALIDADE e quando 
se viola uma Lei. 
 
7) Originária (Nascimento): É aquele ato normativo que já nasceu inconstitucional. 
 
8) Superveniente (EX: Emenda Constitucional): É aquela que se manifesta em face 
de uma alteração constitucional ou de uma nova interpretação constitucional. 
 
9) Antecedente ou imediata: É aquela que decorre do descumprimento imediato da 
constituição. 
 
10) Progressiva: É quando um ato normativo ainda constitucional transita 
progressivamente para a inconstitucionalidade em razão de mudanças fática ou 
jurídicas. 
 
10. Controle de constitucionalidade 
 
10.1. Classificação 
 
10.1.1. Quanto ao momento: 
 
 Preventivo (a priori): É aquele que ocorre antes da vigência, existência ou 
perfeição do ato, incidindo sob o processo de elaboração da norma, que por 
sua vez comprovada sua inconstitucionalidade, tem como objetivo impedir que 
esta norma venha a ingressar no ordenamento jurídico. Esse controle acontece 
através das Comissões de Constituição e Justiça (CCJ's) que são compostas 
por parlamentares qual irão avaliar o projeto de lei ou até mesmo pelo chefe do 
poder Executivo qual poderá vetar (Veto Jurídico) o projeto por se tratar de 
inconstitucionalidade ou por se tratar de questões contrárias ao interesse 
público. 
 Sucessivo ou repressivo (a posteriori): É aquele que busca eliminar a norma 
considerada contraria à constituição quando ela já passou pela etapa da 
validade e vigência. Quem normalmente faz esse controle repressivo é o Poder 
Judiciário e é feito de duas maneiras: 1º Difuso e 2º Concentrado ( Item 10.1.3) 
 
 
 
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10.1.2. Quanto ao órgão competente 
 Político (não judicial) 
 Judicial (jurisdicional) 
 
10.1.3. Quanto ao número de órgãos 
 Difusão (ou Concreto): Tal controle teve surgimento nos EUA na suprema 
corte americana e foi trazido para o Brasil na Constituição de 1891 sendo os 
efeitos dessas decisões geradas APENAS entre as partes. Este controle é 
conferido por uma pluralidade de órgãos, como por exemplo os juízes 
singulares ( desde que haja um caso concreto), e os tribunais de justiça qual 
deverá respeitar a cláusula de reserva de plenário consonante ao Art. 97 da 
Constituição Federal ( tribunais só podem declarar uma lei inconstitucional por 
maioria absoluta ). Quando feito pelo STF este poderá ser para todos. 
 Concentrado(ou abstrato) em tese: É aquele reservado a um único órgão, 
apenas o STF, feito por via de ações (Ação Constitucional - ADIN genérica, 
ADIN interventiva, ADIN por omissão, ADC e ADPF) 
 
OBS: No Brasil há 05 (cinco) espécies, ADC (Ação Direta de Constitucionalidade), 
ADIN (Ação Direta de Inconstitucionalidade), ADIN por omissão (Ação Direta de 
Inconstitucionalidade por omissão), ADIN interventiva (Ação Direta de 
Inconstitucionalidade interventiva), ADPF (Arguição de descumprimento de preceito 
fundamental). 
 
10.1.4. Quanto ao modo de manifestação 
 
 Por via incidental: É aquele suscitado por meio de exceção ou defesa no 
curso de uma demanda. É feito pelo juiz de primeiro grau, que decide se a 
norma se aplica ou não, de acordo com o seu entendimento. 
 Por via principal: É aquele provocado por meio de ação direta, quando a 
inconstitucionalidade figura como o próprio pedido ou objeto da ação. A ação 
deve ser movida apenas por órgãos legitimados perante o próprio STF. 
 
10.1.5. Quanto a finalidade do controle: 
 
 Subjetivo: É aquele controle de constitucionalidade que visa a defesa de um 
direito ou interesse subjetivo da parte e não propriamente a defesa da 
constituição. 
 Objetivo: É aquele que visa exclusivamente a defesa objetiva da CF. 
 
 
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11. Controle difuso de constitucionalidade: 
 
1) Origem: 
EUA (1803) - Marbury x Madson 
Supremacia da Constituição 
 
2) Conceito: É um sistema de controle constitucional que permite ao magistrado ou 
órgão colegiado analisar, no curso de uma demanda judicial concreta, e, como 
incidente a compatibilidade dos atos ( lei ou ato normativo) ou omissões do poder 
público perante a constituição. 
 
3) Sede constitucional: Art. 102 da CF. 
 
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da 
Constituição, cabendo-lhe: 
I - processar e julgar, originariamente: 
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou 
estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo 
federal; 
b) nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-Presidente, 
os membros do Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-
Geral da República; 
c) nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os Ministros 
de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, 
ressalvado o disposto no art. 52, I, os membros dos Tribunais Superiores, os do 
Tribunal de Contas da União e os chefes de missão diplomática de caráter 
permanente; 
d) o "habeas-corpus", sendo paciente qualquer das pessoas referidas nas 
alíneas anteriores; o mandado de segurança e o "habeas-data" contra atos do 
Presidente da República, das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado 
Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da República e do 
próprio Supremo Tribunal Federal; 
e) o litígio entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e a União, o 
Estado, o Distrito Federal ou o Território; 
f) as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o Distrito 
Federal, ou entre uns e outros, inclusive as respectivas entidades da 
administração indireta; 
g) a extradição solicitada por Estado estrangeiro; 
h) (Revogado) 
i) o habeas corpus, quando o coator for Tribunal Superior ou quando o coator 
ou o paciente for autoridade ou funcionário cujos atos estejam sujeitos 
diretamente à jurisdição do Supremo Tribunal Federal, ou se trate de crime 
sujeito à mesma jurisdição em uma única instância; 
j) a revisão criminal e a ação rescisória de seus julgados; 
l) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da 
autoridade de suas decisões; 
m) a execução de sentença nas causas de sua competência originária, facultada 
a delegação de atribuições para a prática de atos processuais; 
 
 
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n) a ação em que todos os membros da magistratura sejam direta ou 
indiretamente interessados, e aquela em que mais da metade dos membros do 
tribunal de origem estejam impedidos ou sejam direta ou indiretamente 
interessados; 
o) os conflitos de competência entre o Superior Tribunal de Justiça e quaisquer 
tribunais, entre Tribunais Superiores, ou entre estes e qualquer outro tribunal; 
p) o pedido de medida cautelar das ações diretas de inconstitucionalidade; 
q) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for 
atribuição do Presidente da República, do Congresso Nacional, da Câmara dos 
Deputados, do Senado Federal, das Mesas de uma dessas Casas Legislativas, 
do Tribunal de Contas da União, de um dos Tribunais Superiores, ou do próprio 
Supremo Tribunal Federal; 
r) as ações contra o Conselho Nacional de Justiça e contra o Conselho Nacional 
do Ministério Público; 
II - julgar, em recurso ordinário: 
a) o "habeas-corpus", o mandado de segurança, o "habeas-data" e o mandado 
de injunção decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se 
denegatória a decisão; 
b) o crime político; 
III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou 
última instância, quando a decisão recorrida: 
a) contrariar dispositivo desta Constituição; 
b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; 
c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta 
Constituição. 
d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal. 
§ 1.º A arguição de descumprimento de preceito fundamental, decorrente desta 
Constituição, será apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, na forma da lei. 
§ 2º As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, 
nas ações diretas de inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de 
constitucionalidade produzirão eficácia contra todos e efeito vinculante, 
relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública 
direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal. 
§ 3º No recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a repercussão 
geral das questões constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de 
que o Tribunal examine a admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela 
manifestação de dois terços de seus membros. 
 
4) Legitimidade ativa: 
a) As partes (Autor e Réu) 
b) Terceiro interessado 
c) Ministério Público 
d) Juiz do tribunal (Exceto STF, no Recurso Extraordinário - Concentrado) 
 
5) Legitimidade passiva: qualquer juiz ou tribunal. 
 
6) Pressupostos: 
a) Propositura da ação 
b) Julgamento "incidenter tantum" incidental. 
 
 
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c) No STF, presença mínima de 8 ministros e quórum de 6 a 11 ( art. 102) 
 
7) Cláusula de reserva do plenário: 
 
a) Art. 97 CF - Maioria absoluta 
Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do 
respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei 
ou ato normativo do Poder Público.

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