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trabalho de prática2

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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA______ VARA CÍVEL DA COMARCA DE FORTALEZA-CE
TERCILO MENDES, brasileiro, casado, empresário, portador do RG 3458SSP/RR, inscrito no CPF 235.667.890-00, não possuidor de endereço eletrônico e sua esposa ROSINEIRA MENDES, brasileira, casada, do lar, não possuidora de endereço eletrônico, ambos residente e domiciliados na rua das Amoras,1233, Parque 10, município de Manaus/AM, por seus procuradores signatários, vem, respeitosamente, perante a vossa excelência, propor a presente: 
AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANO MATERIAL COM PEDIDO DE TUTELA URGENTE DE NATUREZA CAUTELAR em desfavor de:
CONSTRUTORA MICHIGAN LTDA, sociedade empresária, inscrita no CNPJ 12.309.800/0001-99 com sede na Avenida das Acácias, 1235, Bairro dos Novais, na cidade de João Pessoa/PA, pelos fundamentos de fato e direito:
1. Da relação de vizinhança
Os requerentes são proprietários do imóvel situado na Avenida das Palmeiras, 354, centro da cidade de fortaleza-CE, com área de 150 metros quadrados, conforme certidão de matrícula nº 1235 do cartório de imóvel de Fortaleza-CE, adquirida em 20.04.2010, pelo valor total de R$ 280.000,00 pago avista no ato de lavratura da respectiva escritura pública.
O referido imóvel faz divisa nos fundos com terreno de propriedade da requerida, situado na rua Mendianeira, 102, centro da cidade de Fortaleza-CE onde começou a edificação de um prédio com 35 andares, chamado RESIDENCIAL DOS SOLARES. 
Assim sendo, por serem proprietários de prédios contíguos, devem se submeterem as regras que limitam o direito a propriedade e se responsabilizarem pelos prejuízos que causarem, (art. 1.277 a 1281 e 1311 do CC).
2. Do dano ao imóvel
Ocorre que em face da escavação profunda para construção de garagens no prédio em construção, começou a surgirem rachaduras no imóvel de propriedade do casal, que vai desde o chão por toda a parede de um dos quarto e da sala da referida moradia, conforme pode ser analisado em documentos anexo.
Isto é, na moradia habitual os requerentes constataram que, desde o começo das escavações praticadas pela requerida para construção da garagem do prédio vizinho, o imóvel vem sofrendo avarias contínuas o que consequentemente gera dano patrimonial.
Portanto, embora não ter sido produzida prova pericial até o momento, há comprovação do dano no imóvel dos requerentes, bem como nexo de causalidade entre as rachaduras no imóvel e o início das obras do prédio residencial.
3. Da reparação do dano causado. 
O dano material é aquele que afeta diretamente o patrimônio do ofendido foi erigido à categoria de direitos fundamentais, conforme infere do art. 5º, inciso V da Magna Carta que institui que é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem.
Preceitua o art. 1.299 do CC que o proprietário pode levantar em seu terreno as construções que lhe aprouver, salvo os direitos de vizinhança, logo a diante estatui o art. 1.311, parágrafo único, do mesmo diploma que o proprietário do prédio vizinho tem direito a ressarcimento pelos prejuízos que sofre, não obstante haverem sido realizada as obras acautelatórias.
Deste modo que, em orçamento feito por especialistas da área de construção, ficou apurado até o momento sendo necessário para recuperação e reforma do imóvel o montante de R$ 73.000,00 conforme menor orçamento e detalhamento financeiro anexo. 
Portanto, segundo se depreende das provas anexadas aos autos, é possível verificar o dano causado aos requerentes pela conduta da requerida, por isso, cabe condenar a empresa ré a reparar tais prejuízos materiais, que também poderão ser confirmada em laudo técnico a ser determinado na fase processual oportuna.
4. Da tutela de urgência de natureza cautelar .
O art. 301, caput do NCPC, prever a possibilidade de tutela de urgência de natureza cautela como medida idônea para assegurar direitos pretendidos. 
Necessário se faz o seu deferimento liminarmente nesta oportunidade para que possa o juízo determinar com urgência o embargo temporário da obra a fim de que seja feito estudos técnicos para apurar a possibilidade de maiores danos, e se for o caso, obras de contenção para impedir que o mesmo sofra maiores consequências.
Há evidências plausíveis dos dois requisitos básicos para sua concessão, quais sejam o “fumus boni iuris” e o “periculum in mora” haja vista a necessidade do estudo técnico e se necessário as obras de contenção urgentes para evitar um mal maior.
ANTE O EXPOSTO, requer-se a Vossa Excelência se digne a:
1. O RECEBIMENTO e autuação da presente ação;
2. CONCEDER em caráter LIMINAR a medida cautelar pelos próprios motivos já elencados, com o fim de que seja procedido o EMBARGO da obra em andamento no imóvel do Requerido, até que seja feito estudos técnicos para apurar a possibilidade de maiores danos, e dependendo do resultado, OBRAS DE CONTENÇÃO para impedir que o mesmo sofra maiores consequências, tudo sob cominação de multa diária no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais).
3. Seja o Requerido citado para comparecer em AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO a ser designada por este juízo e posterior vim responder aos termos da presente, para ao seu final ser condenado a (I) PAGAR o montante de R$ 73.000,00 (Setenta e três mil reais) a TÍTULO DE DANO MATERIAL arcando com todos os valores necessários não só de materiais, como mão de obra, encargos gerais entre outros; (II) a realizar todas as obras que forem necessárias para evitar a ocorrência de fatos semelhantes no futuro, caso contrário, arcar com todos os prejuízos eventuais que possa vir ocorrer; (III) pagar com todas as custas judiciais e extrajudiciais, inclusive honorários advocatícios a serem arbitrados por este juízo.
Requer, por fim, o benefício da JUSTIÇA GRATUITA, por não ter os requerentes no momento condições de custear as despesas do processo sem privar-se do sustento próprio e de sua família, nos termo da Lei 1.050/60. 
Protesta provar o alegado por todo os meios de provas em direito admitidos, em especial pelos documentos ora juntados, bem como pelo depoimento pessoal das partes e oitiva de testemunhas cujo rol será oportunamente apresentado dentro do prazo legal.
Dá-se à causa o valor de R$ 73.000,00 (Setenta e três mil reais).
Neste termo requer Deferimento.
Boa Vista, 28 de abril de 2017.
Rafael da Cunha Sousa Kaio Hermes N. Barros 
OAB/RR OAB/RR
Assinado Digitalmente Assinado Digitalmente

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