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Baú Azul da Felicidade 21 08 2017 LÁPIDADO.docx

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BAÚ AZUL DA FELICIDADE
Pesquisa Jurisprudencial
21 de agosto de 2017
	Esta grande merda tem o fito de aperfeiçoar a oratória dos acadêmicos estacionanos, a partir de queixas babacas de alunos filhos das putas que encheram o saco dos professores até ao ponto do Colegiado do Curso de Direito estipular essa atividade, a princípio experimental, extracurricular, para orgasmos múltiplos da Excelentíssima Prof.ª Eny e espalhafatosas do Egrégio Prof.º e Coordenador Carlos Corno.
	Passamos ao que interessa: NADA!
	
Para o orgasmo de Drª Eny (vale a pena comê-la?), segue;
	1º FRAUDES (CONTRA CREDORES E CONTRA A EXECUÇÃO):
Contra Credores;
Resolve-se com a Ação Pau da Ana
Ocorre quando o devedor insolvente ou próximo da insolvência aliena (gratuita ou onerosamente) seus bens, com o objetivo de impedir que seu patrimônio seja utilizado pelos credores para saldar as dívidas. É classificado como sendo um “vício social”.
Segue Jurisprudência, aprecie com moderação:
AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 0037995-20.2016.8.08.0024 - VITÓRIA - 6ª VARA CÍVEL, AGRAVANTE: BANCO SAFRA S/A, AGRAVADO: MAIKO AMORIM SOUZA SILVA e outro, RELATOR DES. CARLOS SIMÕES FONSECA.
“A título de complementação, devo frisar que a fraude contra credores, um vício social dos negócios jurídicos, é caracterizado pelos seguintes elementos: (1) a diminuição ou o esvaziamento do patrimônio do devedor até a sua insolvência (o eventus damni, elemento de índole objetiva) e (2) o intuito malicioso do devedor de causar o dano (o consilium fraudis, elemento de cunho subjetivo).
 Tais elementos devem ser comprovados por meio da ação pauliana para que sejam desconstituídos os atos praticados com a mácula de tal vício, mas é preciso ter em mente a lição de Cristiano Chaves de Farias e Nelson Rosenvald (in Direito Civil: teoria geral. 9. Ed. Rio de Janeiro: Lumen Iuris, 2011, p. 645/646) de que “a simples diminuição do patrimônio do devedor não autoriza por si a revogação do ato, pois o eventus damni só se verifica quando esta diminuição compromete o direito do credor, de maneira tal que o mesmo não possa receber o que lhe é devido” e de que há que se demonstrar, ainda, que o terceiro adquirente tinha ciência (ou deveria ter) da má-fé do devedor, sendo, por certo, a hipótese do art. 159 do CC/02 uma daquelas em que se presume o ânimo fraudulento”
Destarte, a obter sucesso em seu pleito liminar, o agravante deveria ter demonstrado a probabilidade de seu direito de ver anuladas as transações citadas na petição inicial, indicando a existência dos elementos caracterizadores da fraude contra credores, quais sejam, o eventus damni e o consilium fraudis. Certamente tal questão é afeta ao mérito de sua ação pauliana, mas é ela que indica a probabilidade de seu direito e, ausente a sua demonstração, ausente, consequentemente, um dos requisitos para o deferimento da liminar”.
Contra a Execução;
Agravo de Instrumento Nº 0001739-54.2016.8.08.0032 MIMOSO DO SUL - 1ª VARA AGVTE LUZIA DE OLIVEIRA MENDES Advogado(a) KLISTHIAN NILSON SOUZA PAVAO AGVDO JOAO VICTOR SANTOS GONCALVES Advogado(a) RICARDO BENEVENUTI SANTOLINI Advogado(a) Romulo Santolini de Castro AGVDO MARIA SALETE PAIVA SANTOS GONCALVES Advogado(a) RICARDO BENEVENUTI SANTOLINI Advogado(a) Romulo Santolini de Castro RELATOR DES. ELISABETH LORDES
“Desse modo, ressalto que, para o reconhecimento da fraude à execução não basta, como pretende a agravante, que a oneração do bem tenha ocorrido quando já requerido o “cumprimento de sentença” ou na pendência de demanda capaz de reduzir o devedor à insolvência. É essencial para o reconhecimento de que o negócio jurídico foi realizado de forma fraudulenta que tenha ocorrido o registro da penhora do bem alienado, o que não ocorreu in casu, ou haja prova da má-fé do terceiro adquirente, fatos não verificados na presente hipótese, eis que demandaria instrução probatória para tanto. ”
“Ad argumentandum tantum, observo que a questão referente ao reconhecimento da fraude à execução não chegou a ser arguida e apreciada pelo juízo a quo, de modo que seu reconhecimento no bojo recursal configuraria supressão de instâncias. ” Demonstra necessidade de arguição anterior para rediscutir em grau de recurso.
Jurisprudência da Jurisprudência:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. ALEGAÇÃO DE FRAUDE À EXECUÇÃO. AUSÊNCIA DE CONSTRIÇÃO DO BEM ALIENADO. AUSÊNCIA DE REGISTRO NA MATRÍCULA DO IMÓVEL. AUSÊNCIA DE PROVA DE MÁ-FÉ DO TERCEIRO ADQUIRENTE. NÃO COMPROVAÇÃO DE ATO FRAUDULENTO. DECISÃO MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. 1. O reconhecimento da fraude de execução depende do registro da penhora do bem alienado ou da prova de má-fé do terceiro adquirente (Súmula n. 375/STJ). 2. Para o reconhecimento da fraude à execução não basta que a alienação tenha ocorrido na pendência de demanda capaz de reduzir o devedor à insolvência, tal qual afirmado pela Agravante. O reconhecimento do negócio jurídico tido por ¿fraudulento¿ depende, também, do registro da penhora do bem alienado ou prova da má-fé do terceiro adquirente, fatos não demonstrados na presente hipótese. 3. Decisão mantida. Recurso desprovido. (TJES, Classe: Agravo de Instrumento, 26169000044, Relator : ARTHUR JOSÉ NEIVA DE ALMEIDA, Órgão julgador: QUARTA CÂMARA CÍVEL , Data de Julgamento: 25/04/2016, Data da Publicação no Diário: 06/05/2016)
Jurisprudência da Jurisprudência, agora em recurso repetitivo:
PROCESSO CIVIL. RECURSO REPETITIVO. ART. 543-C DO CPC. FRAUDE DE EXECUÇÃO. EMBARGOS DE TERCEIRO. SÚMULA N. 375/STJ. CITAÇÃO VÁLIDA. NECESSIDADE. CIÊNCIA DE DEMANDA CAPAZ DE LEVAR O ALIENANTE À INSOLVÊNCIA. PROVA. ÔNUS DO CREDOR. REGISTRO DA PENHORA. ART. 659, § 4º, DO CPC. PRESUNÇÃO DE FRAUDE. ART. 615-A, § 3º, DO CPC. 1. Para fins do art. 543-C do CPC, firma-se a seguinte orientação: 1.1. É indispensável citação válida para configuração da fraude de execução, ressalvada a hipótese prevista no § 3º do art. 615-A do CPC. 1.2. O reconhecimento da fraude de execução depende do registro da penhora do bem alienado ou da prova de má-fé do terceiro adquirente (Súmula n. 375/STJ). 1.3. A presunção de boa-fé é princípio geral de direito universalmente aceito, sendo milenar a parêmia: a boa-fé se presume, a má-fé se prova. 1.4. Inexistindo registro da penhora na matrícula do imóvel, é do credor o ônus da prova de que o terceiro adquirente tinha conhecimento de demanda capaz de levar o alienante à insolvência, sob pena de tornar-se letra morta o disposto no art. 659, § 4º, do CPC. 1.5. Conforme previsto no § 3º do art. 615-A do CPC, presume-se em fraude de execução a alienação ou oneração de bens realizada após a averbação referida no dispositivo. 2. Para a solução do caso concreto: 2.1. Aplicação da tese firmada. 2.2. Recurso especial provido para se anular o acórdão recorrido e a sentença e, consequentemente, determinar o prosseguimento do processo para a realização da instrução processual na forma requerida pelos recorrentes. (REsp 956.943/PR, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, Rel. p/ acórdão Ministro
	2º RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL DO CÔNJUGE:
	Breve exposição patética do tema:
		“Do cônjuge, nos casos em que os seus bens próprios ou de sua meação respondem pela dívida (art. 592, IV). Existem casos em que os bens de um cônjuge respondem pelo cumprimento da obrigação contraída pelo outro cônjuge, muito embora aquele esteja formalmente incluso no título executivo apresentado pelo credor. Conforme disciplina o art. 3º da Lei n. 4.121/62, (tendo consonância os arts. 1.644, 1.663, § 1º, 1.664 e 1.666, todos do C.Civil):
“Pelos títulos de dívida de qualquer natureza, firmados por um só dos cônjuges, ainda que casados pelo regime de comunhão universal, somente responderão os bens particulares do signatário e os comuns até o limite de sua meação”
Por outro lado, de acordo com o arts. 1.643 e 1.644 do C. Civil, um cônjuge responderá pelas dívidas do outro caso elas houverem revertido em proveito do casal ou da família, independente do regime de bens, se só o marido con­traiu a dívida e se sóele está sendo executado, será possível atingir os bens ou a meação da mulher desde que a dívida tenha beneficiado a ambos. Há, nesse sentido, uma presunção relativa de que a dívida contraída por um dos cônjuges ao outro se beneficia; por conseguinte, o cônjuge responde pela dívida do outro até provar que não foi beneficiado. Se tal cônjuge quiser se livrar da penhora os seus bens ou a sua meação, deverá ele opor embargos de terceiro, no qual terá o ônus de demonstrar que a dívida não o favoreceu, mesmo tendo ele sido intimado da penhora, dado que não figuraria como parte na execução.
O próprio art. 1.046 do CPC, em seu § 2º, dispõe que para fins de embargos de terceiro, equipara-se “a terceiro a parte que, posto figure no processo, defende bens que, pelo título de sua aquisição ou pela qualidade em que os possuir, não podem ser atingidos pela apreensão judicial” A meação do cônjuge, por isso, deve ser defendida, certamente, com específico pedido de exclusão da execução pelo manejo dos embargos de terceiro. Por outro lado, se pretende discutir a validade ou a eficácia do título executivo, estará agindo como parte e, então, suas argumentações só poderão ser realizadas por meio dos embargos do devedor (art. 736) ou impugnação (art. 475-L), dependendo da via executiva.
Em síntese, poderá o cônjuge do executado opor, alternativa ou cumu­lativamente, embargos de terceiro e do devedor ou impugnação, dependendo do que ele queira alegar. Em sendo intimado da pe­nhora e querendo discutir validade ou a eficácia do título executivo e mesmo o débito, deverá opor embargos de devedor. Se pretender apenas livrar da constrição os seus bens, ou a sua meação, a via adequada se­rá os embargos de terceiro, valendo anotar que, caso o cônjuge intimado da penhora venha alegar questão pertinente à meação em sede de embargos de devedor, em lugar de embargos de terceiro, tratar-se-á de mera irregularidade formal, não acarretando prejuízo algum à parte contrária.
Do contrário, o que se não tolera é a situação bem colocada por Theodoro Jr. quando o cônjuge usa os embargos de terceiro fora do prazo dos embargos do devedor – dependendo da via satisfativa, impugnação – para discutir o mérito da dívida do executado. Aí, sim, a preclusão da faculdade de embargar a execução inviabiliza o deslocamento da lide principal para o procedimento acessório”
	Enfim, jurisprudência:
APELAÇÃO CÍVEL N.º 1.301.376-0, DE TOLEDO – 1ª VARA CÍVEL E DA FAZENDA PÚBLICA Apelante: MARLI KINAS MATHIAS Apelado: MARTIN NEUNFELD E YVANIR NEUNFELD Relator: Des. LUIZ CARLOS GABARDO Revisor: Des. SHIROSHI YENDO
Com efeito, na hipótese em tela, não é possível verificar de forma inequívoca que a entidade familiar, que era composta pela embargada/apelante, Marli Kinas Mathias, e Ivo Mathias, não se beneficiou dos valores oriundos da confissão de dívida firmada entre Ragner Volnei Volkweis e Ivo Mathias (f. 19).
De acordo com o depoimento da própria embargada em audiência de instrução e julgamento (mídia anexa), à época da negociação da mencionada confissão de dívida, era vigente o convívio marital. Não é crível, portanto, que as importâncias recebidas por Ivo Mathias não contribuíram para o equilíbrio financeiro do casal, mesmo que de forma indireta, inclusive por ser a mútua assistência um dos deveres entre cônjuges (art. 1.566, III, do Código Civil). O fato de a embargada não ter sido qualificada como parte devedora na relação jurídica estabelecida pelo seu ex-esposo com Ragner não desnatura a solidariedade passiva pelas dívidas contraídas durante o casamento.
Embora a embargada ressalte que não possuía conhecimento jurídico acerca do termo “avalista”, quando assim se referiu no seu depoimento, essa circunstância não afasta a figura de devedora solidária da dívida do ex-cônjuge, eis que a aposição de sua assinatura no termo de confissão é suficiente para demonstrar que estava informada sobre os termos daquele negócio. 
Presume-se, ademais, que ambos estavam cientes de que haveria comunicação de dívidas e lucros entre eles após o início da constância do casamento, na forma do art. 1.658, do Código Civil (vide qualificação dos executados, não impugnada, à f. 09).
Saliente-se, ainda, que a embargada afirma em seu depoimento na audiência de instrução e julgamento que as sacas de soja devidas a Ragner compõem o arrolamento de bens no seu processo de divórcio, o que indica que também considerou aqueles bens como de sua propriedade. Assim, inexistem provas a corroborar a alegação de que os bens advindos da confissão de dívida de f. 19 não integraram o patrimônio comum do casal.
Desse modo, não há como acolher a pretensão da apelante para reconhecer que não tirou proveito do valor oriundo da confissão de dívida firmada entre Ivo Mathias e Ragner Volnei Volkweis, uma vez que não se desincumbiu do ônus de demonstrar que a dívida assumida por seu então marido não a beneficiara. PARA SE EXIMIR DA SOLIDARIEDADE ADVINDA DO CASAMENTO É IMPERSCÍNDIVEL QUE SEJA CONSUBSTANCIAMENTE PROVADO.
A propósito, o entendimento do Superior Tribunal de Justiça e desta Corte:
“DIREITO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. MEAÇÃO. DÍVIDA CONTRAÍDA PELO CÔNJUGE VARÃO. BENEFÍCIO DA FAMÍLIA. ÔNUS DA PROVA. 1. Tratando-se de dívida contraída por um dos cônjuges, a regra geral é a de que cabe ao meeiro o ônus da prova de que a dívida não beneficiou a família, haja vista a solidariedade entre o casal. Precedentes. 2. Agravo regimental não provido”. (AgRg no AREsp 427.980/PR, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 18/02/2014, DJe 25/02/2014).
“EMBARGOS À EXECUÇÃO SENTENÇA QUE JULGOU PROCEDENTES OS EMBARGOS À EXECUÇÃO QUE EXCLUIU A EX-MULHER DO PÓLO PASSIVO DA EXECUÇÃO TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL CUJO SIGNATÁRIO É APENAS O CÔNJUGE VARÃO ÔNUS DA PROVA DO CÔNJUGE NÃO SIGNATÁRIO AUSÊNCIA DE PROVA DE QUE A DÍVIDA CONTRAÍDA PELO CÔNJUGE NÃO REVERTEU EM BENEFÍCIO DA FAMÍLIA RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. A incomunicabilidade das dívidas assumidas por um só dos cônjuges ocorre somente quando comprovada que as obrigações contraídas não converteram em benefício da família.” (TJPR - 13ª C.Cível - AC - 822416-8 - Foro Central da Comarca da Região Metropolitana de Curitiba - Rel.: Luís Carlos Xavier - Unânime - - J. 04.04.2012).
Nesse contexto, ante o proveito econômico da embargada em relação à confissão de dívida de f. 19, correta a subsunção dos fatos à norma realizada pelo magistrado de primeiro grau. Isso porque, apesar de o embargante Martin Neunfeld não ter sido autorizado pela embargada, Marli Kinas Mathias, a entregar para Ragner as 1.000 (mil) sacas de soja, a título de remição parcial da confissão de dívida de f. 19, é possível inferir que houve reversão em seu proveito a partir dessa transação, motivo pelo qual o caso insere-se na exceção prevista no art. 308, do Código Civil: “O pagamento deve ser feito ao credor ou a quem de direito o represente, sob pena de só valer depois de por ele ratificado, ou tanto quanto reverter em seu proveito”

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