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O presente Trabalho tem como objetivo conceituar Movimentos Sociais e, Tecnologia Verde. Demonstrar como as tecnologias podem favorecer o Meio Ambiente, desenvolver uma Pesquisa de Clima organizacional visando reconhecer o que o colaborador realmente pensa da Organização. Neste trabalho também conseguiremos refletir sobre a ordem econômica no Brasil e como ela consegue assegurar uma existência digna a todos sem deixar de lado a preocupação com o meio ambiente.
 Tivemos a oportunidade de nos aprofundar na temática dos movimentos sociais ou redes de mobilizações, de como as tecnologias s’ao fundamentais para a sociedade e 
, o conceito de movimento social se refere à ação coletiva de um grupo organizado que objetiva alcançar mudanças sociais por meio do embate político, conforme seus valores e ideologias dentro de uma determinada sociedade e de um contexto específicos, E A ferramenta de maior efetividade que os grupos minoritários e desfavorecidos dispõem para buscar a garantia de seus direitos.
. Fazem parte dos movimentos sociais, os movimentos populares, sindicais e a organizações não governamentais (ONGs).
A existência de um movimento social requer uma organização muito bem desenvolvida, o que demanda a mobilização de recursos e pessoas muito engajadas. Os movimentos sociais não se limitam a manifestações públicas esporádicas, mas trata-se de organizações que sistematicamente atuam para alcançar seus objetivos políticos, o que significa haver uma luta constante e em longo prazo dependendo da natureza da causa. Em outras palavras, os movimentos sociais possuem uma ação organizada de caráter permanente por uma determinada bandeira.
 No caso da Hidreletrica Foz do Riacho Doce Energia , a população precisa se organizar e criar um movimento Social para cobrar tanto da empresa como do estado, politica publicas que atendam a população,;especialmente as cerca de 600 familais que sofreram algum tipo de impacto e que ainda não foram reconhecidas; garantia de indenização, saúde , moradia e terra.
Uma oportunidade para que as pessoas consigam reivindicar seus direitos é atarvé de Audiência publica, uma forma de negociação coletiva que contribue para melhorar a equidade social na tomada de decisões sobre as políticas e programas energéticos e ambientais e que ajuda a fortalecer os movimentos sociais.
Outra forma seria organizar manifestações, as quais poderiam ser divulgadas pelas mídias sociais que conseguem atingir a maior parte da população. Assim o movimento se fortalece e tem mais chances de atingir os objetivos propostos.
Como já dizia o filósofo Karl Marx “Mudanças na sociedade ocorrem a partir da ebulição dos movimentos sociais: contra o capital e o Estado.” 
2) Tecnologia Verde 
.
Tecnologia da Informação Verde' ou apenas TI Verde (do inglês: Green IT) é uma tendência mundial voltada para o impacto dos recursos tecnológicos no meio ambiente. Com princípios de uso de recursos tecnológicos que consumam menos energia, uso de matéria prima e substâncias menos tóxicas na fabricação e por fim minimize impactos no seu descarte, permitindo reciclagem e reutilização.
A TI Verde engloba, entre outros, o cumprimento da legislação ambiental, diagnósticos dos aspectos e impactos ambientais de atividades relacionadas à área da Tecnologia da Informação, seguindo e desenvolvendo procedimentos e planos de ação com objetivos de eliminação ou diminuição da agressão ambiental.
Em poucas palavras, o “Verde” da TI é composto de duas coisas:
1.	Minimizar o impacto negativo do uso da tecnologia da informação no ambiente;
2.	Utilização da tecnologia de informação para ajudar a resolver as questões ambientais;
a boa notícia é que o desenvolvimento tecnológico deixou de ser visto apenas como vilão para tornar-se um auxiliar na minimização dos efeitos negativos das atividades produtivas para o meio ambiente. Há várias inovações que favorecem a convivência mais adequada dos seres humanos com o planeta. Outro ponto positivo é que governantes, empresários e população estão assimilando a importância disso
A tecnologia pode ser importante para à preservação do meio ambiente. Para isso, existe muitas formas de se preservar o meio ambiente através da tecnologia, uma dessas formas foi usada pela Usina Hidreletrica Rio Doce quando utiliou r a técnica do núcleo asfáltico, comum em países da Europa e nos Estados Unidos, O qual propicia velocidade às obras mesmo em períodos chuvosos, já que é menos vulnerável à umidade e ainda é um Excelente impermeabilizante, garantindo assim total segurança no bloqueio da água. 
oUtra forma encontrada pela Hidreletrica para ajudar o meio ambiente foi a criação da euma Estação de Pisicultura, , a qual ajuda a aumentar a população de peixes na Bacia do Rio Doce.
O uso de produtos com tecnologias verdes, que variam da redução de gastos de energia elétrica até artigos feitos de matérias reciclaveis como garrafas de refrigerante reutilizável, os pen drives celulares, televisores , computadores, e até mesmo casas ecológicas ,, também ajudam na preservação do meio ambiente
 a tecnologia também   pode ajudar meio o ambiente,é através dos o meios da comunicação , especialmente as redes socias, pois nas redes sociais é possível passar uma visão mais global do meio-ambiente para as pessoas, além da realização de diversas campanha que ajudam na preservação do meio-ambiente.
,.
.
Clima ORGANIZACIONAL
A Pesquisa de Clima Organizacional é uma ferramenta para coleta destes dados, fornecendo informações importantes sobre a percepção dos colaboradores em relação aos diversos fatores que afetam os níveis de motivação e desempenho dos mesmos.
Além da identificação destes problemas, a pesquisa, enquanto meio de comunicação, possibilita ainda a utilização do conhecimento tácito dos colaboradores para a resolução dos problemas com os quais os mesmos lidam diariamente.
A pesquisa, portanto, possibilita que a organização avalie seu momento atual e planeje ações, em um processo de melhoria contínua.
Medir a satisfação é extremamente importante, seja a satisfação dos clientes ou dos próprios funcionários. Veja os dois índices como duas partes de uma equação que busca o sucesso de um negócio.
No ambiente de uma empresa, a satisfação da equipe reflete no clima organizacional. Tanto os gestores quanto a equipe de Recursos Humanos devem sempre trabalhar para manter os profissionais motivados, alinhados com os valores da empresa e satisfeitos com os benefícios e com o ambiente de trabalho como um todo.
O melhor jeito de fazer isso é ouvir os próprios colaboradores com frequência, através de pesquisas de clima organizacional. Nesse tipo de questionário, vale explorar diversos tópicos: pergunte sobre o relacionamento com gestores e colegas, as expectativas em relação ao trabalho, se estão achando o trabalho estressante.
Tudo isso vai ajudar a manter um bom clima organizacional e, claro, proporcionar oportunidades de melhorar ainda mais o clima, o funcionamento da empresa e a satisfação pessoal dos colaboradores. Conheça um dos nossos modelos de questionário para pesquisa de clima organizacional.
 
Referências Bibliográficas
 
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AVRITZER, Leonardo. Modelos de Deliberação Democrática: uma análise do orçamento participativo no Brasil. In: SANTOS, Boaventura de Sousa (org.). Democratizar a Democracia: os caminhos da democracia participativa. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002.
CARDON, Dominique. A democracia internet: promessas e limites. Tradução de Nina Vincent e Tiago Coutinho. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2012.
CARVALHO, José Murilo. Cidadaniano Brasil: o longo caminho. 5. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2004.
EVANGELISTA, Carlos Augusto Valle. Direitos Indígenas: o debate na Constituinte de 1988. Dissertação (Mestrado em História Social). Programa de Pós-Graduação em História Social. Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: UFRJ/IFICS, 2004. Acessado em 02/09/2015.
FERREIRA, Delson. Manual de Sociologia – Dos Clássicos à Sociedade da Informação. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
FRANK, André Gunder; FUENTES, Marta. Dez teses acerca dos movimentos sociais. Lua Nova, São Paulo, nº 17, junho 1989. Acesso em 01/09/2015.
GOHN, Maria da Glória. Conselhos gestores e gestão pública. Revista Ciências Sociais Unisinos, Rio Grande do Sul, v. 42, n. 1, p. 5-11, jan/abr. 2006. Acesso em 01/09/2015.
____. Sociologia dos Movimentos Sociais. 2. ed. São Paulo: Cortez Editora, 2014. (Questões da nossa época, 47).
____. Movimentos Sociais na Contemporaneidade. Revista Brasileira de Educação, Minas Gerais, v.16, n. 47, p. 333-351, maio/ago. 2011. Acesso em 01/09/2015.
LAMBERTUCCI, Antonio Roberto. A participação social no governo Lula. In: AVRITZER, Leonardo (org.). Experiências nacionais de participação social. São Paulo: Cortez, 2009. (Coleção Democracia Participativa)
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria MS no 545 de 20/05/93. Norma Operacional Básica 01/93. Brasília, DF: MS, 1993.
RIBEIRO, Marlene. Educação para a cidadania: questão colocada pelos movimentos sociais. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 28, nº 2, p. 113-128, jul./dez., 2002. Acesso em 15/08/2015.
SCHERER-WARREN, Ilse. A política dos movimentos sociais para o mundo rural. Estudos Sociedade e Agricultura, Rio de Janeiro, vol. 15, nº 1, p. 5-22, 2007. Acesso em 15/08/2015.
Fonte: http://ecycle.com.br/component/content/article/37-tecnologiaafavor/2077-comoatecnologia-pode-tra...
Conclus’ao
Esperamos que essa consciência ambiental cresça cada vez mais e que nossa necessidade de consumir não seja maior que a nossa vontade de cuidar do ambiente em que vivemos
Conclusão
Muitas vezes a tecnologia pode ser grande vilã do meio ambiente, mas existe muitos meios de utilizar a tecnologia de um jeito positivo no meio ambiente, trazendo muitas vantagens e o mais importante ajudando o meio-ambiente.
Através da comunicação é possível interagir sobre o meio-ambiente com milhões de pessoas nas redes sociais, proporcionando melhorias no meio-ambiente.
Por causa do meio-ambiente foi preciso adaptar tecnologias para seguirem as suas ordens e tentar fazer o mundo melhorar, agora resta todos aceitarmos e colocarmos no nosso dia-a-dia que devemos cuidar do meio ambiente ajudando sempre e quando possível comprando produtos ecologicamente corretos 7 CONCLUSÃO
Diante do que foi apresentado nesse artigo pode-se verificar a assimetria de poder que
existe nos embates causados pela construção de hidrelétricas em todo país. De um lado a
população atingida que, não podendo ir contra a determinação de órgãos especializados do
governo, os quais concederam a licença para tais empreendimentos, só tem uma saída: aceitar as
medidas mitigadoras e compensatórias estipuladas pelas empresas empreendedoras e começar a
vida em outro lugar. E de outro as empresas que desenvolvem atividades “eletrointensivas”, que
dobram seus investimentos no campo de geração com o objetivo de satisfazer suas próprias
demandas, através da construção da usina hidrelétrica, acontecimento tido como de interesse
público, pois são geradores de tributos para o Estado e os municípios. Apossam-se de um bem
público, o rio, a cachoeira, e passam a explorá-lo para benefício privado, sem garantir as justas
compensações.
 Os reassentamentos “involuntários” são construídos longe dos rios, o que por si só já é um
grande problema para toda essa gente, que acostumada com o convívio diário com essa natureza
exuberante, tem que morar no alto de morros, sem seu antigo meio de sobrevivência e em terras
impróprias para plantio de subsistência, tanto na qualidade quanto na quantidade. São impróprias
no sentido de serem muito menos férteis, principalmente pela distância da água, como pela
acentuada declividade das mesmas. Isso acarreta uma desestrutura não só econômica como
psicológica e social nessas comunidades acostumadas a ter em seus quintais os meios para seu
próprio sustento, agora têm que comprar praticamente tudo, até a lenha para cozinhar, além de
que perderam seu modo de subsistência e, portanto, se veem atravessando uma fase de grandes
apuros financeiros.
 O plano de reativação econômica exigido pelos órgãos ambientais para que se consumasse
todo o processo de desapropriação e o próprio funcionamento da Usina Hidrelétrica Candonga,
ainda não foi realizado com sucesso. O que se verifica são tentativas frustradas, que não atingem
todas as famílias, o que vem trazendo transtornos financeiros para as mesmas e tem agravado os
problemas psicológicos de desintegração social, ao qual estão submetidas.
 A água que antes era de excelente qualidade, hoje não pode ser consumida, ocasionando
assim, mais um transtorno: precisam se deslocar todos os dias a uma mina para buscar água em 
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condições de consumo. O trajeto é feito a pé e como existem muitos idosos na comunidade, essa
situação é bastante penosa para eles.
 Não podemos deixar de valorizar as audiências públicas como um grande ganho para os
atingidos, pois é um momento muito importante para que eles possam apresentar aos órgãos
ambientais as suas razões e motivos, na tentativa de inviabilizar o projeto de construção da
barragem. Apesar de estudiosos experientes nessa questão afirmarem que essas pessoas são
marginalizadas do processo decisório, dele participando apenas como legitimadoras do
paradigma dominante, e as audiências serem a única instância de participação das comunidades,
reconhecemos serem elas uma oportunidade fundamental para que, de uma maneira direta, os
atingidos e seus aliados possam, saindo da “invisibilidade”, mostrar aos órgãos ambientais as
suas reivindicações.
 Alguns dos motivos pelos quais o poder de pressão dos atingidos é muito menor que o das
empresas, é o fato deles usarem, sobretudo argumentos emocionais. Alegam laços familiares,
tradição, ligação com o passado, vida comunitária. Tudo isso não tem qualquer valor para aqueles
que trazem argumentos racionais de desenvolvimento, lucro, progresso, crescimento etc. Para
quem coloca a produção acima do ser humano, esses argumentos em nada irão pesar. Além disso,
as decisões sempre passam pelas instâncias políticas, que também, de modo geral, têm a mesma
visão capitalista de progresso. E mais ainda: os políticos que decidem essas questões e concedem
as licenças, como os deputados e secretários, por exemplo, pertencem, na sua esmagadora
maioria, à elite econômica, ou são por ela patrocinados. Um político que teve sua candidatura
patrocinada por uma empresa, nunca irá tomar o partido dos “pequenos”, dos atingidos.
 Uma outra questão séria é que a empresa, com o respaldo político necessário, tem a
Justiça e o aparato policial para garantir a desapropriação e posse do espaço requerido. Mas a
população que é vítima do processo, quase sempre mais pobre e desorganizada, dificilmente irá
contar com o mesmo apoio político para ter garantidos os seus direitos. A mesma polícia que
invade as casas dos moradores para exigir sua saída, jamais irá invadir a empresa ou a residência
de seus donos e diretores para exigir o cumprimento de seus compromissos com a população
atingida.
 O Movimento de Atingidos por Barragens – MAB tem mostrado uma atuação efetiva e
primordial através de sua estratégia não institucional de ação direta (por exemplo, ocupações do
canteiro de obras ou manifestações públicas), usada para pressionar politicamente as empresas 
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empreendedoras e os órgãos governamentais, no sentido de conseguirem maiores benefícios à
população de atingidos, quando a construção da UHE é inevitável. E por outro lado, persuadindo
os órgãossupramencionados da inviabilidade da construção da mesma.
 A iniciativa do grupo de pesquisa da UFV, sob a coordenação do professor Rothman,
bem como, a criação da ONG NACAB, têm sido de grande ajuda para os atingidos da Zona da
Mata Mineira. A assessoria jurídica dada por um advogado do NACAB, aos processos relativos
aos casos de pendências ainda existentes, para com moradores da Nova Soberbo, garimpeiros,
meeiros e famílias dos reassentamentos rurais é de suma importância para essa gente, que não
teria nem conhecimento e nem recurso para dar prosseguimento a essas negociações. A
participação desses assessores nas audiências públicas também é essencial; esse suporte tem
possibilitado inúmeros ganhos a essa população tão sofrida e marginalizada.
 Diante das evidências mostradas no decorrer desse trabalho é notória a percepção dos
impactos e conflitos sociais causados pela construção de uma hidrelétrica e de como a
implantação de barragem, com a faculdade da empresa de desapropriar em nome do Estado, é
ditatorial e cruel. É enorme o trauma causado pelas desapropriações de inúmeras famílias dos
locais onde construíram sua história, terras herdadas de seus ancestrais e que agora
desapareceram para sempre, pois ficaram submersas nas águas da represa.
 Antes o povoado era uma comunidade unida pelos laços de amizade e parentesco e,
devido ao jogo estratégico do Consórcio Empreendedor para alcançar seus objetivos, hoje nele
reina a desunião, individualismo e distanciamento entre os moradores, mais se assemelhando a
uma vila urbana periférica do que a uma comunidade rural estruturada, já que houve uma
desintegração de sua vida comunitária, das relações de vizinhança e de parentesco. Conforme a
concepção de Estado democrático de direito na teoria do discurso de Habermas (apud NEVES,
2008), esse é um caso característico das sociedades modernas onde o sistema, através de uma
ação instrumental, coloniza o mundo da vida, invadindo o seu espaço, provocando um choque
entre o mundo sistêmico e o mundo vivido por essas comunidades.
 Pudemos verificar que a população de atingidos não está conseguindo superar o trauma
causado pela retirada de suas terras e que as perdas foram muito maiores do que os ganhos
obtidos, mas, apesar de tudo, eles estão procurando se ajeitar como podem; continuam lutando
para alcançar seus direitos através da ajuda do advogado Leonardo Rezende, voluntário da ONG 
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NACAB, que tem acompanhado todos os processos jurídicos envolvendo pendências do
Consórcio para com eles.
O fato é que as pessoas, mesmo em casa, se sentem num local estranho. O antigo Soberbo
foi, bem ou mal, construído por essas famílias e por seus antepassados, era um território
conhecido, onde a história de suas vidas foi se desenvolvendo ao longo de muitos anos. Já a Nova
Soberbo foi arquitetada por empresas que as arrancaram de seus ambientes, de uma maneira
involuntária e imposta. Acreditamos que, em um processo de organização popular, bem
elaborado, através da ajuda dos militantes e assessores do MAB, dos assessores e membros do
PACAB e da ONG NACAB, seja possível uma apropriação daquele espaço, mas que fique bem
claro, em um procedimento demorado e exigente. 
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Leia mais: http://www.portalconscienciapolitica.com.br/ci%C3%AAncia-politica/movimentos-sociais/

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