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Pressupostos Donald Super (1)

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Pressuspostos - Teoria do Desenvolvimento Vocacional de Donald Super
Donald Super desenvolveu sua teoria com uma visão diferente do que se tinha, naquela época, em relação aos temas de Orientação Vocacional. Super enxergava a escolha de uma profissão através de uma perspectiva do desenvolvimento humano, ou seja, escolher uma profissão não se resume a um momento único da vida de um indivíduo, mas é uma escolha baseada em um processo construído ao longo de sua vida, um processo contínuo. O seu desenrolar é geralmente ordenado, previsível e dinâmico, por resultar da interação entre os conhecimentos do indivíduo e as solicitações da cultura, valorizando os aspetos intelectuais, emocionais e sociais da escolha e da adaptação profissional.
Para justificar sua teoria, Super apresenta alguns princípios. São eles:
1. As características das pessoas qualificam-nas para determinadas ocupações profissionais.
2. Cada profissão requer um conjunto de capacidades e características de personalidade, ainda que não de uma forma rígida.
3. As preferências vocacionais das pessoas não são estáticas, modificam-se ao longo da vida por influência da sua experiencia e das situações.
4. O desenvolvimento vocacional decorre em vários estádios ou fases da vida marcados por características próprias.
 AUTOCONCEITO
Autoconceito refere-se a forma como nos definimos. Fatores que intervem no autoconceito: valores, experiências passadas, papeis desempenhados, imagem corporal, cultura/sociedade
Autoconceito Vocacional = capacidade do individuo de desempenhar papeis em uma determinada situação. Cada profissão requer um conjunto de capacidades e características. Preferências vocacionais expressam a pessoa que pensamos e queremos ser.
 
ESTÁDIOS DE VIDA E SUBESTÁDIOS
 
Super, no seu estudo sobre os estádios de carreiras, cataloga cinco estádios da vida: infância, adolescência, idade adulta, maturidade e velhice. Esse procedimento, segundo Super, consiste em registrar os relatos ocupacionais de uma amostra de pessoas cujas carreiras estão sendo estudadas. Esse registro pode relacionar todas as posições ocupadas, incluindo as do tempo de criança e de todo o período escolar, pré-profissional e profissional.
 
 
1. ESTÁDIO DO CRESCIMENTO (Do nascimento aos 13-14 anos)
 
Ao nascer, a criança desenvolve-se num contexto social pelo processo de socialização. Atraves da relação com os outros (pais, professores, outros adultos significativos e colegas) que, ao identificar-se com eles, ela vai construir o autoconceito vocacional: preocupa-se com o futuro, compreende a importância de ter sucesso na escola, adquire hábitos e rotinas de trabalho, procura ser competente. O percurso que a criança efetua é no sentido de as capacidades e interesses serem progressivamente dominantes.
 
 
2. ESTÁDIO DE EXPLORAÇÃO (Dos 15 aos 24 anos)
 
 
Esta fase vai desde a adolescência ao início do estado adulto e corresponde a um período de exploração de si próprio, do mundo do trabalho e dos papéis das outras pessoas nas suas ocupações. O autoconceito vocacional constrói-se na interação com os outros, com as experiências pessoais, com o desempenho dos papéis em casa, na escola e noutros contextos de vida.
Num primeiro momento, as opções vocacionais são ensaiadas nas conversas com os outros e nas fantasias. Mas, progressivamente, o jovem vai construindo o seu autoconceito vocacional em contato com a realidade. Escolhida uma profissão, desenvolve as tarefas desta fase, implementando a sua opção. Contudo, a escolha não está finalizada.
 
 
3. ESTÁDIO DE ESTABELECIMENTO
 
Na fase do desenvolvimento, que decorre entre os 25 e os 44 anos, podem surgir questões relacionadas com experimentações e ensaios na procura de um autoconceito vocacional seguro. Esta situação pode refletir-se, por exemplo, na mudança de emprego e na procura de novos percursos de vida profissional através de novas experiências laborais. À medida que o tempo avança, o adulto procura dar solidez no mundo do trabalho, estabilizando, consolidando e progredindo na sua ocupação.
 
 
4. ESTÁDIO DE MANUTENÇÃO
 
A designação deste estádio reflete a principal preocupação das pessoas: preservar e manter com sucesso o autoconceito vocacional estabelecido. Desenvolver, conservar e cuidar são as tarefas que caraterizam esta etapa. Contudo, tal não significa estagnação. Se a pessoa não se sente autorrealizada na sua ocupação pode abraçar novos desafios. É comum, nesta fase da vida, muitos colocarem a si próprios a pergunta: “É isto que quero fazer nos próximos anos?”. Neste contexto podem surgir mudanças e, por isso, inovar é também uma tarefa deste estádio de desenvolvimento. A frustração pode surgir se a pessoa não conseguir estabilizar-se numa ocupação que a autorrealize, que seja adequada ao seu perfil.
 
 
5. ESTÁDIO DE DECLÍNIO OU DESCOMPROMISSO
 
Donald Super, numa primeira interpretação, designou o período que se inicia a partir dos 65 anos como o “estádio do declínio”. Substitui, depois, a designação por estádio de descompromisso ou desengajamento. É a fase da vida em que se assiste a uma desaceleração no desenvolvimento da carreira através da pré-reforma ou mesmo da aposentação. Assiste-se a uma diminuição da energia, ao abrandamento dos ritmos de atividade, ao declínio dos processos físicos e mentais. O trabalho a tempo inteiro pode ser substituído por um trabalho a tempo parcial e por hobbies. O elemento comum neste estádio é a necessidade de se reformular o estilo e a estrutura de vida. Algumas pessoas encaram este período de uma forma positiva, outras sofrem com sentimentos de desilusão e desapontamento. É cada vez mais importante o planeamento atempado da reforma para se poder responder ao desafio de uma nova vida.

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