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INTRODUÇÃO
A Política Nacional de Atenção Integral a Saúde do Homem, objetiva-se a qualificar a atenção à saúde da população masculina por linhas de cuidado que resguardam a integralidade da atenção, além de evidenciar os principais fatores de morbi-mortalidade que resultam na vulnerabilidade da população desse gênero. Os serviços básicos de atenção primária ainda são poucos procurados por indivíduos desse gênero. Por essa reduzida procura a esses serviços, agravos posteriores comprometem as medidas de reestabelecimento da saúde que poderiam ter sido evitadas. 
A barreira sociocultural e institucional são as principais determinantes da não procura do homem aos serviços de saúde. A cultura patriarcal, os estereótipos de gênero e a potencialização das crenças e valores masculinos dificultam a aceitação do homem em reconhecer suas necessidades, o adoecimento não é considerado inerente a sua condição biológica. E como agravo maior, os serviços de comunicação privilegiam ações de saúde apenas para crianças, adolescentes, mulheres e idosos, tornando as ações de saúde ao homem menos expressa publicamente, mistificando ainda mais o tema.
Seu papel de provedor, principalmente na maior parte da população que é de baixa renda e a dificuldade de acesso aos serviços assistenciais ainda são questões atribuídas frequentemente quando questionada a não procura aos acessos aos serviços de saúde. 
O maior desafio da política de atenção integral a saúde do homem é promover a mobilização da população masculina e a luta pela garantia dos seus diretos sociais à saúde. A admissão e o reconhecimento de suas condições biológicas é o primeiro passo para a quebra de preconceitos construídos ao longo de séculos, uma jornada difícil de fato. Resguardando as diferenças nas necessidades de saúde da população masculina, as medidas estratégicas promoverão o acesso dos homens aos serviços de atenção primária, sendo a porta de entrada ao sistema de saúde em geral.
DESENVOLVIMETO
	A política promove o planejamento de medidas que visem promover, prevenir, assistir e recuperar a saúde da população masculina, identificando as principais enfermidades e agravos à saúde do homem. Focando homens entre 25 a 59 anos, cerca de 41,3% da população masculina e 20% da população total brasileira, a estratégia busca sinalizar os desafios para a atenção primária e os agravos que requerem atenção especializada. A intersetorialidade e interdisciplinaridade incluem além da promoção da saúde, a prevenção da violência e a edificação de uma cultura de paz social para a população masculina.
Indicadores Demográficos 
	A população de homens no Brasil é delimitada pela tabela abaixo:
Violência 
	A violência são fatores sociais, políticos, culturais e econômicos, e os homens são os mais vulneráveis, seja como autor, seja como vítima. A atenção à saúde do homem frente a violência implica na estratégia de desenssencialização do papel agressor do homem, considerando ações preventivas e reparadoras, visto que a violência é um influente determinante no indicador de morbi-mortalidade. 
População Carcerária 
	Como consequência da violência e outros fatores, a grande população carcerária brasileira é formada por homens. Apesar do grande déficit de informação é evidente que o cumprimento do direito à saúde para pessoas privadas de liberdade é deficiente, além das condições precárias de alojamento que contribuem para a disseminação de doenças negligenciadas.
Alcoolismo e Tabagismo 
	Segundo a UNIFESP em 2007, cerca de 14% da população masculina no Brasil é dependente de bebidas alcóolicas. Informações obtidas no DATASUS 2006, mostram que 20% das internações são de homens por uso de álcool. Cerca de 6 milhões de pessoas no Brasil necessitam de acompanhamento médico nesse gênero e esse número aumenta a cada dia, visto que o uso do álcool está sendo iniciado cada vez mais precocemente.
	O tabagismo também é mais frequente em homens que em mulheres, o que acarreta maior vulnerabilidade a doenças cardiovasculares, câncer, doenças pulmonares e outras relacionadas ao uso regular do cigarro.
Indicadores de Mortalidade
	Em pesquisas realizadas em 2005, observou-se que entre a população masculina de 25 a 59 anos, cerca de 75% dos óbitos concentraram-se em cinco principais entidades mórbidas: 
Causas Externas;
Doenças do Aparelho Circulatório;
Tumores;
Doenças do Aparelho Digestivo e
Doenças do Aparelho Respiratório.
Indicadores de Morbidade
Há um significativo salto das causas de internações em um período de tempo de cerca de 7 anos, segundo o gráfico abaixo:
	Pode-se observar que índices de tumores e causas externas praticamente duplicou de número.
Princípios 
	Enfatizando a necessidade de mudanças de paradigmas quanto a percepção da população masculina em relação ao cuidado com a sua saúde, a política busca qualificar, humanizar e promover reconhecimento e respeito à ética e aos direitos do homem, dentro das peculiaridades socioculturais. Para cumprir esses princípios de qualidade e humanização deve ser considerado os seguintes fatores: 
Acesso da população masculina aos serviços de saúde hierarquizados nos diferentes níveis de atenção e organizados em rede, possibilitando melhoria do grau de resolutividade dos problemas e acompanhamento do usuário pela equipe de saúde;
Associar as diversas áreas do setor sanitário, demais áreas do governo, o setor privado e não-governamental, e a sociedade, compondo redes de compromisso e co-responsabilidade quanto à qualidade de vida da população masculina em que todos sejam participantes da proteção e do cuidado com a vida.
Informações e orientação à população-alvo, aos familiares e a comunidade sobre a promoção, prevenção e tratamento dos agravos e das enfermidades do homem;
Captação precoce da população masculina nas atividades de prevenção primaria relativa às doenças cardiovasculares e cânceres, entre outros agravos recorrentes;
Capacitação técnica dos profissionais de saúde para o atendimento do homem;
Disponibilidade de insumos, equipamentos e materiais educativos; 
Estabelecimento de mecanismos de monitoramento e avaliação continuada dos serviços e do desempenho dos profissionais de saúde, com participação dos usuários;
Elaboração e análise dos indicadores que permitam aos gestores monitor as ações e serviços e avaliar seu impacto, redefinindo as estratégias e/ou atividades que se fizerem necessárias.
Diretrizes 
	Integralidade: formulação de uma linha de cuidado que estabeleça um intercâmbio entre a atenção primária e as de média e alta complexidade. Levando em consideração também o modo de vida e a situação social do indivíduo a fim de promover além de intervenções médico-biológicas, intervenções sociais sobre a saúde e a doença.
Factibilidade: em relação a disponibilidade de recursos, tecnologias, insumos técnicos científicos e estrutura administrativa e gerencial para implantações de ações simultaneamente em todo país. 
Coerência: considerando a compatibilidade das ações promovidas pelo programa com os princípios do SUS.
Viabilidade: quanto ao comprometimento e possibilidade de execução das diretrizes da política aos três níveis de gestão.
Entender a Saúde do Homem como um conjunto de ações de promoção, prevenção, assistência e recuperação da saúde, executado nos diferentes níveis de atenção. Deve-se priorizar a atenção básica, com foco na Estratégia de Saúde da Família, porta de entrada do sistema de saúde integral, hierarquizado e regionalizado;
Reforçar a responsabilidade dos três níveis de gestão e do controle social, de acordo com as competências de cada um, garantindo condições para a execução da presente política;
Nortear a prática de saúde pela humanização e a qualidade da assistência a ser prestada, princípios que devem permear todas as ações;
Integrar a execução da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem às demais políticas, programas, estratégias e ações do Ministério da Saúde;
Promover a articulação interinstitucional, em especialcom o setor Educação, como promotor de novas formas de pensar e agir;
Reorganizar as ações de saúde, através de uma proposta inclusiva, na qual os homens considerem os serviços de saúde também como espaços masculinos e, por sua vez, os serviços de saúde reconheçam os homens como sujeitos que necessitem de cuidados;
Integrar as entidades da sociedade organizada na co-responsabilidade das ações governamentais pela convicção de que a saúde não é só um dever do Estado, mas uma prerrogativa da cidadania;
Incluir na Educação Permanente dos trabalhadores do SUS temas ligados a Atenção Integral à Saúde do Homem;
 Aperfeiçoar os sistemas de informações de maneira a possibilitar um melhor monitoramento que permita tomadas racionais de decisão;
 Realizar estudos e pesquisas que contribuam para a melhoria das ações da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem;
Objetivos
A política promove melhorias nas condições de saúde da população masculina para reduzir a morbidade e mortalidade dessa população, através do enfrentamento dos fatores de risco e facilitação do acesso à ações e serviços da assistência integral à saúde. Como pontos principais podem ser destacados:
Organizar, implantar, qualificar e humanizar, em todo território brasileiro, à atenção integral a saúde do homem, dentro dos princípios que regem o Sistema Único de Saúde;
Estimular a implantação e implementação da assistência em saúde sexual e reprodutiva, no âmbito da atenção integral à saúde;
Ampliar, através da educação, o acesso dos homens às informações sobre as medidas preventivas contra os agravos e enfermidades que atingem a população masculina, destacando seus direitos sexuais e reprodutivos;
CONCLUSÃO
A política tem por finalidade não apenas sinalizar desafios para a qualificação da atenção primária, mas também o esclarecimento de medidas necessárias à resolução do contingenciamento de demandas decorrentes da não procura pela atenção à saúde antes que os agravos requeressem atenção especializada.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COUTO, M. T.; PINHEIRO, T. F. et Al. Homem na Atenção Primária à Saúde: discutindo (in)visibilidade a partir da perspectiva de gênero. Interface. Comunicação Saúde e Educação. 2010.
FONTES, W. D.; BARBOZA, T. M.; LEITE, M. C. et Al. Atenção à Saúde do Homem: Interlocução Entre Ensino e Serviço. ACTA Paul. Enfermagem, 2011.
BRASIL. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem: Princípios e Diretrizes. Ministério da Saúde. Brasília, 2008.

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