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Aula_06.pptx CÁLCULO III AULA 6 – FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS Conteúdo Programático Introdução Funções de Várias Variáveis 3. Limite 4. Continuidade FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS – AULA 6 CÁLCULO III FUNÇÃO LOGARÍTMICA - AULA 6 INTRODUÇÃO função de uma variável real a valores reais Exemplo: f(x) = x2 - 2 O valor de uma grandeza pode depender de valores de duas outras, ou mais. Exemplo: a quantidade de água em um reservatório pode depender, dentre outras coisas, da quantidade de chuva e da água consumida pelos moradores. FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS – AULA 6 CÁLCULO III INTRODUÇÃO Podemos representar relações deste tipo como funções de duas variáveis a valores reais. Agora vamos trabalhar com funções de varias variáveis. Vejamos alguns exemplos. FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS – AULA 6 CÁLCULO III EXEMPLO 1 A demanda semanal de manteiga num supermercado depende de certos fatores, como preço unitário, preço unitário de bens substitutos(ex: margarina), renda familiar, gastos pessoais e outros. Agora vamos supor que a demanda por manteiga dependa de seu preço unitário p1 e do preço unitário da margarina p2. Dizemos, então que a quantidade demandada q é função de p1 e p2 e escrevemos q = f(p1,p2). FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS – AULA 6 CÁLCULO III Seja: q: a quantidade semanal demandada de manteiga num supermercado (em Kg) x: o preço por Kg de manteiga y: o preço por Kg de margarina Suponha que q = 100 – 2x + 1 y. Temos assim uma função de duas variáveis em que f(x,y) = q e o domínio da função pode ser definido como: D={(x,y) R2| x ≥ 0, y ≥ 0 e 100 – 2x + 1 y ≥ 0 FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS – AULA 6 CÁLCULO III Suponha que q = 100 – 2x + 1 y represente a quantidade semanal de manteiga demandada. Se o preço por Kg de manteiga é 10 e o preço por Kg de margarina é 8. Qual a quantidade semanal demandada de manteiga. Seja q = 100 – 2x + 1 y. Portanto q = 100 – 2 (10) + 1 (8) =88 kg Para trabalhar com funções de várias variáveis necessitamos de algumas definições. EXEMPLO 2 FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS – AULA 6 CÁLCULO III Funções de duas variáveis reais a valores reais 1. Uma função de duas variáveis reais a valores reais é uma função f:A R, onde A é um subconjunto de R2. Tal função associa a cada par (x,y) A, um único numero f(x,y) R. O conjunto A é o domínio de f e será indicado por Df, ou seja, o domínio de uma função f(x,y) é o conjunto de todos os pares ordenados (x,y) de números reais para os quais f(x,y) pode ser calculada. Imf={ f(x,y) R / (x,y) Df } é a imagem de f. DEFINIÇÕES FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS – AULA 6 CÁLCULO III Exemplo 1: z = f(x,y) = x2 - 4xy Esta função tem como domínio D todos os pares ordenados (x,y) R2. Exemplo 2: Esta função tem como domínio D todos os pares ordenados (x,y) R2 , tais que Df={ (x,y) R2/ x y } FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS – AULA 6 CÁLCULO III 2. Uma função real f de n variáveis associa a cada n-upla (x1,x2,..., xn) D Rn um único número real w = f(x1,x2,..., xn) Definimos o subconjunto D de Rn como domínio da função f. FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS – AULA 6 CÁLCULO III REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO DOMÍNIO Exemplo 1 Domínio D → todos os pares ordenados (x,y) R2 , tendo 1 –x2 – y2 ≥ 0, ou ainda, x2 + y2 ≤ 1 (circunferência de raio 1). Representação gráfica do domínio. FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS – AULA 6 CÁLCULO III Note que um ponto (x,y,z) pertence ao gráfico de f, se e somente se, (x,y) pertence ao domínio D e z = f(x,y). z ≥ 0 O gráfico da função f será representado pela porção da esfera acima do eixo xy. FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS – AULA 6 CÁLCULO III FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS – AULA 6 CÁLCULO III GRÁFICO DA FUNÇÃO DE VÁRIAS VARIÁVEIS Definição Seja f: D Rn R uma função de n variáveis. Definimos o gráfico de f, denotado por Gf, como o subconjunto de Rn+1 formado por todos os pontos de forma (x1,x2,..., xn,f(x1,x2,..., xn)) Rn+1, onde (x1,x2,..., xn) D. FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS – AULA 6 CÁLCULO III Observação Quando a função é definida f(x,y), o gráfico é uma superfície em R3. Exemplo: f(x,y) = x2 + y2 Quando a função é definida f(x,y,z), o gráfico não será possível ser visualizado. Exemplo: w = f(x,y,z)= x2 + y2 + z FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS – AULA 6 CÁLCULO III CURVAS DE NÍVEL Definição Sejam z=f(x,y) uma função e c Imf. O conjunto de todos os pontos (x,y) de Df tais que f(x,y)=c, denomina-se curva de nível ou curva de contorno de f. Correspondente ao nível z=c. Assim, f é constante sobre cada curva de nível FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS – AULA 6 CÁLCULO III Observações O gráfico de f é um subconjunto de R3. Uma curva de nível é um subconjunto do domínio de f, portanto, de R2. Exemplo 1 O gráfico da função constante k, neste exemplo k =3, f(x,y)=3 é um plano paralelo ao plano xy. FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS – AULA 6 CÁLCULO III Figura: Feita no Winplot Figura: Feita no Winplot FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS – AULA 6 CÁLCULO III Exemplo 2: Desenhe as curvas de nível e o gráfico de f(x,y) = x2+y2 Lembre-se f(x,y) = z. Quando z = 1 temos uma circunferência de raio 1, 1 = x2+y2 Quando z = 4 temos uma circunferência de raio 2, 4 = x2+y2 FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS – AULA 6 CÁLCULO III Parabolóide de revolução Curva de Nível Observe que a curva de nível f(x,y)=c é a projeção no plano xy da interseção do gráfico de f com o plano z = c. FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS – AULA 6 CÁLCULO III Observações Em economia, essas curvas de nível são denominadas curvas de isoprodução ou isoquantas de produção. Se f representa potencial elétrico, as curvas de nível de f são chamadas curvas equipotenciais. FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS – AULA 6 CÁLCULO III Exemplo 1 Considere a função de produção P = L 0,5 K0,5 , em que L representa o trabalho envolvido e K o capital. As curvas de nível c = 1 e c = 2 são: C = 1 então L0,5 K0,5=1 L = 1/K C = 2 então L0,5 K0,5=2 L = 4/K Para fazer o gráfico da curva de nível, basta considerar L = y e K = x. A curva em vermelho é correspondente a c = 1 e a em azul a c = 2. FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS – AULA 6 CÁLCULO III Cada curva de nível fornece os pares (K,L) para os quais a produção é constante, sendo a primeira com produção igual a 1 e a segunda igual a 2. FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS – AULA 6 CÁLCULO III LIMITE E CONTINUIDADE Limite Vamos estender o conceito e as regras de limite para funções de uma variável real para funções de várias variáveis. Lembre-se: Um ponto variável x no eixo coordenado, para funções de uma variável, e este era aproximado de um ponto x0 de dois modos, à direita e a esquerda. FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS – AULA 6 CÁLCULO III Como agora estaremos trabalhando com funções de duas variáveis estendemos esta ideia da seguinte forma, um ponto variável (x,y) no plano coordenado pode se aproximar de um ponto fixo (x0, y0) por um número infinito de caminhos, pois agora estamos no espaço. Definiremos que (x,y) se aproxima de um ponto fixo (x0, y0) se a distância entre eles tende a zero, independente do percurso feito por (x,y). Esta distância é dada por: FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS – AULA 6 CÁLCULO III OBSERVAÇÃO Em funções de uma variável podemos falar do limite da f(x) quando x tende a x0, mesmo quando f não está definida em x0. De forma análoga podemos definir f(x,y) de duas variáveis reais, quando (x,y) tende a um ponto fixo (x0,y0), não sendo necessário que f(x,y) esteja definida em (x0,y0). FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS – AULA 6 CÁLCULO III Agora basta que (x0,y0) seja um ponto de acumulação do domínio de f, isto é, que cada bola aberta de centro em (x0,y0) e raio r > 0, denotada por Bt(x0,y0), contenha pelo menos um ponto de D distinto de (x0,y0), onde: De modo formal definimos: Sejam f: A 2 uma função, (x0,y0) um ponto de acumulação de A e L um número real. FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS – AULA 6 CÁLCULO III FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS – AULA 6 CÁLCULO III TEOREMA DO CONFRONTO FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS – AULA 6 CÁLCULO III EXEMPLO Suponhamos FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS – AULA 6 CÁLCULO III PROPRIDADES As propriedades estudas para funções de uma variável são as mesmas para funções de várias variáveis. FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS – AULA 6 CÁLCULO III TEOREMA Seja uma curva em R2 continua e continua em t0. Se ocorrer Da mesma forma, tal limite não existirá se um dos limites não existir. FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS – AULA 6 CÁLCULO III EXEMPLO Calcule caso exista Observe que no ponto (0,0) a função não esta definida, portanto deveremos calcular o limite quando (x,y) tende a (0,0) ao longo de cada caminho estipulado. FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS – AULA 6 CÁLCULO III Primeiro caminho: Sobre o eixo x, portanto y = 0 Portanto, FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS – AULA 6 CÁLCULO III Segundo caminho: Sobre o eixo y, portanto x =0 Portanto, Podemos então concluir que o Não existe. FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS – AULA 6 CÁLCULO III Perguntas... Sempre calcularemos por caminhos o limite ? Quantos caminhos devo tentar? FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS – AULA 6 CÁLCULO III Veja: Nem sempre é necessário calcular por caminhos o limite de uma função. Só utilizaremos este artifício se a função f(x,y) não está definida no caminho. Exemplo Calcule caso exista FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS – AULA 6 CÁLCULO III OBSERVAÇÕES No material de estudo é sinalizado que só podemos afirmar que o limite existe se analisarmos as seguintes situações: Primeiro caminho Segundo caminho Terceiro caminho Mesmo com as três tentativas dando o mesmo resultado não podemos concluir que o limite existe. Nesse caso devemos analisar o Teorema do Confronto e a definição de limite. FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS – AULA 6 CÁLCULO III CONTINUIDADE Definição Seja f uma função de duas variáveis reais a valores reais e seja (x0,y0) Df, com (x0,y0) ponto de acumulação de Df. Se f for contínua em todos os pontos de um subconjunto A do Df, diremos que f é contínua em A. Também podemos dizer que a f é contínua se o for em todos os pontos de seu domínio. FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS – AULA 6 CÁLCULO III EXEMPLOS 1. A função constante f(x,y) = k é contínua , pois 2. A função f(x,y) = x é contínua , pois FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS – AULA 6 CÁLCULO III 3. A função é contínua em (0,0) ? Calculamos anteriormente o limite dessa função e concluímos que o limite quando (x,y) se aproxima de (0,0) não existia. Portanto, a função não é contínua no ponto (0,0). FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS – AULA 6 CÁLCULO III 4. A função é contínua em (0,0) ? No material de estudo temos o desenvolvimento dessa questão onde fica provado que o limite da função existe e é igual a zero. Portanto, a função f(x,y) é contínua no (0,0). FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS – AULA 6 CÁLCULO III RESUMINDO Uma função de duas variáveis reais a valores reais é uma função f:A R, onde A é um subconjunto de R2. Tal função associa a cada par (x,y) A, um único numero f(x,y) R. Funções de Várias Variáveis Limite Continuidade FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS – AULA 6 CÁLCULO III Aula_07.pptx CÁLCULO III AULA 7 – DERIVADAS PARCIAIS E DIFERENCIABILIDADE Conteúdo Programático Derivadas Parciais 2. Diferenciabilidade DERIVADAS PARCIAIS E DIFERENCIABILIDADE – AULA 7 CÁLCULO III FUNÇÃO LOGARÍTMICA - AULA 6 INTRODUÇÃO Vamos considerar o enunciado abaixo: Suponhamos que temos curvas de nível da temperatura T = T(t,h), medida em graus. Seja t o tempo em horas, e h a altitude, medida em metros, de uma região. Agora podemos perguntar: Como vai variar a temperatura em relação ao tempo no instante to , num ponto de altitude h = ho ? DERIVADAS PARCIAIS E DIFERENCIABILIDADE – AULA 7 CÁLCULO III Veja que temos funções de duas variáveis nesse enunciado. Agora vamos fazer uma análise onde apenas uma variável se modifica, enquanto as outras são mantidas fixas. Esse procedimento nos leva a definição de uma derivada para cada umas das variáveis independentes. Essas derivadas parciais, nos possibilita obter respostas para o enunciado dado anteriormente. DERIVADAS PARCIAIS E DIFERENCIABILIDADE – AULA 7 CÁLCULO III DEFINIÇÃO DE DERIVADAS PARCIAIS Se y = f(x) (função de uma variável real) sua derivada é definida por: Taxa de variação de y em relação a x Agora estender essa definição para funções de duas variáveis real, z = f(x,y). DERIVADAS PARCIAIS E DIFERENCIABILIDADE – AULA 7 CÁLCULO III DEFINIÇÃO DE DERIVADAS PARCIAIS Seja z = f(x,y) uma função de duas variáveis reais e (x0,y0) um ponto do domínio de f. A derivada parcial de f em relação a x no ponto (x0,y0) é definida por: Se o limite existir. Notações: DERIVADAS PARCIAIS E DIFERENCIABILIDADE – AULA 7 CÁLCULO III Para calcular a derivada, fixa-se y = y0(mantendo-se y constante) em z = f(x,y) e calcula-se a derivada de g(x) onde definimos g(x) = f(x,y0) em x = x0 , ou seja, Essa função denomina-se função derivada parcial de primeira ordem de f, em relação à x, ou simplesmente, derivada parcial de f em relação à x. DERIVADAS PARCIAIS E DIFERENCIABILIDADE – AULA 7 CÁLCULO III Analogamente, a derivada parcial de f em relação a y no ponto (x0,y0) é definida por: Se o limite existir. Notações: DERIVADAS PARCIAIS E DIFERENCIABILIDADE – AULA 7 CÁLCULO III Para calcular a derivada fixa-se x = x0 em z = f(x,y) (mantendo-se x constante) e calcula-se a derivada de h(y) onde definimos h(y) = f(x0, y) em y = y0, ou seja, Essa função denomina-se função derivada parcial de primeira ordem de f, em relação a y, ou simplesmente, derivada parcial de f em relação a y. DERIVADAS PARCIAIS E DIFERENCIABILIDADE – AULA 7 CÁLCULO III Analogamente podemos estender esta definição para as derivadas parciais de ordem superiores. Por exemplo, a derivarmos fxx(x,y) que significa derivar a derivada parcial em relação a x, novamente em relação a variável x. Pela definição de derivada parcial de primeira ordem podemos definir formalmente que, DERIVADAS PARCIAIS E DIFERENCIABILIDADE – AULA 7 CÁLCULO III EXEMPLOS 1. Seja f(x,y) = 2xy – 4y. Calcule 2. Seja f(x,y) = 2xy – 4y. Calcule 3. Seja f(x,y) = 2xy – 4y. Calcule DERIVADAS PARCIAIS E DIFERENCIABILIDADE – AULA 7 CÁLCULO III 4. Seja g(x,y) = 2x2y +3xy2 – 4x. Vamos calcular as derivadas parciais de primeira ordem. Primeiro se deriva o x isolando o y, depois se deriva o y isolando o x DERIVADAS PARCIAIS E DIFERENCIABILIDADE – AULA 7 CÁLCULO III 5. Seja função Vamos calcular as derivadas parciais de primeira ordem. DERIVADAS PARCIAIS E DIFERENCIABILIDADE – AULA 7 CÁLCULO III 6. Seja z = sen(2x +y). Vamos calcular as derivadas parciais de primeira ordem. DERIVADAS PARCIAIS E DIFERENCIABILIDADE – AULA 7 CÁLCULO III INTERPRETAÇÃO GEOMÉTRICA A interpretação geométrica das derivadas parciais de uma função de duas variáveis é análoga à feita para funções de uma variável real. Suponhamos que z = f(x,y), definida de R2 em R admite derivadas parciais em (x0,y0). Para y = y0 temos que f(x,y0) é uma função de uma variável cujo gráfico é uma curva C1, resultante da interseção da superfície z = f(x,y) com o plano y = y0. DERIVADAS PARCIAIS E DIFERENCIABILIDADE – AULA 7 CÁLCULO III DERIVADAS PARCIAIS E DIFERENCIABILIDADE – AULA 7 CÁLCULO III Encontre a declividade da reta tangente a curva Z=x²+y², resultante da intersecção da função f(x,y) com o plano y=2, no ponto P(2,2,8). DERIVADAS PARCIAIS E DIFERENCIABILIDADE – AULA 7 CÁLCULO III A inclinação da reta tangente à curva C1 no ponto (x0,y0) é dada por De maneira análoga, temos que a inclinação da reta tangente à curva C2, resultante da interseção de z = f(x,y) com o plano x = x0, é DERIVADAS PARCIAIS E DIFERENCIABILIDADE – AULA 7 CÁLCULO III DERIVADAS PARCIAIS E DIFERENCIABILIDADE – AULA 7 CÁLCULO III DERIVADAS PARCIAIS DE ORDEM SUPERIOR Seja a função z = f(x,y). Podemos construir as derivadas parciais de segunda, terceira, ate a n-ésima ordem. Qualquer uma delas, será de ordem superior. Notação: Derivada parcial de segunda Ordem em relação a x, vou ter 4 derivadas DERIVADAS PARCIAIS E DIFERENCIABILIDADE – AULA 7 CÁLCULO III Derivada parcial de segunda Ordem em relação a y Derivada parcial de segunda Ordem em relação a y e x. DERIVADAS PARCIAIS E DIFERENCIABILIDADE – AULA 7 CÁLCULO III Derivada parcial de segunda Ordem em relação a x e y. Derivada parcial de terceira Ordem em relação a x, ou seja, a derivada segunda em relação a x é novamente derivada em relação a x. Portanto podemos derivar até a ordem n usando todas as combinações possíveis entre as variáveis. DERIVADAS PARCIAIS E DIFERENCIABILIDADE – AULA 7 CÁLCULO III EXEMPLO Seja f(x,y) = 4 x5 y4 – 6 x2y + 2. Calcule todas as derivadas parciais de segunda ordem. DERIVADAS PARCIAIS E DIFERENCIABILIDADE – AULA 7 CÁLCULO III APLICAÇÕES Na economia onde o termo análise marginal se refere à prática de usar uma derivada para estimar a variação no valor de uma função resultante de um aumento de uma unidade em uma de suas variáveis. As derivadas parciais são conhecidas como a produtividade marginal (ou produtos marginais) do capital e do trabalho, respectivamente. DERIVADAS PARCIAIS E DIFERENCIABILIDADE – AULA 7 CÁLCULO III DIFERENCIABILIDADE Função de uma variável O gráfico constitui uma curva que não possui pontos angulosos, em outras palavras a curva é suave. Em cada ponto do gráfico temos uma reta tangente única. Função diferenciável de duas variáveis Em cada ponto do gráfico da função f deverá existir um único plano tangente que represente uma boa aproximação da função perto do ponto indicado. DERIVADAS PARCIAIS E DIFERENCIABILIDADE – AULA 7 CÁLCULO III “Boa aproximação” y = f(x0) + f’(x0)(x – x0) Quando x se aproxima de x0, a diferença entre f(x) e y se aproxima de zero muito rápido. As derivadas parciais estão relacionadas com o plano tangente ao gráfico de uma função de duas variáveis. DERIVADAS PARCIAIS E DIFERENCIABILIDADE – AULA 7 CÁLCULO III DEFINIÇÃO Plano tangente Seja f(x,y) uma função diferenciável no ponto (x0,y0). O plano tangente ao gráfico de f(x,y) no ponto (x0,y0,f(x0,y0)) tem com equação: DERIVADAS PARCIAIS E DIFERENCIABILIDADE – AULA 7 CÁLCULO III Agora podemos definir uma função diferenciável. Informalmente, dizemos que f(x,y) é diferenciável em (x0,y0) se o plano dado pela equação anterior fornece uma boa aproximação para f(x,y) perto de (x0,y0). Veja que quando (x,y) se aproxima de (x0,y0) , a diferença entre f(x,y) e z = T(x,y) se aproxima mais rápido de zero. Se f não é diferenciável no ponto (x0,y0), então o plano existe mas não é necessariamente tangente ao gráfico. DERIVADAS PARCIAIS E DIFERENCIABILIDADE – AULA 7 CÁLCULO III DEFINIÇÃO Sejam z = f(x,y) uma função definida num conjunto aberto U 2 e (x0,y0) U. Dizemos que f é diferenciável em (x0,y0) se, e só se, f for diferenciável em todos os pontos de U. Teorema 1 Se z = f(x,y) é diferenciável em (x0,y0) , então z = f(x,y) é contínua em (x0,y0). Se f(x,y) não é contínua em (x0,y0) então não é diferenciável em (x0,y0). Teorema 2 Se z = f(x,y) é diferenciável em (x0,y0) , então z = f(x,y) possui derivadas parciais em (x0,y0). DERIVADAS PARCIAIS E DIFERENCIABILIDADE – AULA 7 CÁLCULO III OBSERVAÇÕES Se alguma derivada parcial não existe em (x0,y0) então a função não é diferenciável em (x0,y0). O material de estudo apresenta outros teoremas. Vale destacar o teorema que garante que a continuidade das derivadas parciais em um ponto implica na diferenciabilidade no ponto. A recíproca não é verdadeira, isto é, diferenciabilidade em um ponto não implica em que a derivada parcial seja contínua naquele ponto. DERIVADAS PARCIAIS E DIFERENCIABILIDADE – AULA 7 CÁLCULO III O plano tangente ao gráfico de f(x,y) em (x0,y0,f(x0,y0)) é perpendicular a direção do vetor normal. Portanto: A reta que passa por (x0,y0,f(x0,y0)) e é paralela ao vetor normal em (x0,y0) é chamada reta normal ao gráfico da função f(x,y) no ponto (x0,y0,f(x0,y0)) e esta é dada por: (x,y,z) = (x0,y0,f(x0,y0))+ t N(x0,y0), t DERIVADAS PARCIAIS E DIFERENCIABILIDADE – AULA 7 CÁLCULO III EXEMPLO Determine a equação do plano tangente da reta normal ao gráfico de z2 = x2 +y2 no ponto 1º ) Calcular as derivadas parciais DERIVADAS PARCIAIS E DIFERENCIABILIDADE – AULA 7 CÁLCULO III 2º ) Determinar T(x,y) DERIVADAS PARCIAIS E DIFERENCIABILIDADE – AULA 7 CÁLCULO III Reta Normal (x,y,z) = (1,2,))+ t N(x0,y0) DERIVADAS PARCIAIS E DIFERENCIABILIDADE – AULA 7 CÁLCULO III RESUMINDO Derivadas Parciais 2. Diferenciabilidade y = f(x0) + f’(x0)(x – x0) DERIVADAS PARCIAIS E DIFERENCIABILIDADE – AULA 7 CÁLCULO III Aula_08.pptx CÁLCULO III AULA 8 – REGRA DA CADEIA, VETOR GRADIENTE E DERIVADA DIRECIONAL Conteúdo Programático Vetor Gradiente Regra da Cadeia Derivada Direcional VETOR GRADIENTE, REGRA DA CADEIA E DERIVADA DIRECIONAL – AULA 8 CÁLCULO III FUNÇÃO LOGARÍTMICA - AULA 6 VETOR GRADIENTE Definição Seja z=f(x,y) uma função que admite derivadas parciais em (x0,y0). O vetor gradiente de f em relação (x0,y0) é o vetor: Notação: VETOR GRADIENTE, REGRA DA CADEIA E DERIVADA DIRECIONAL – AULA 8 CÁLCULO III Também podemos usar: VETOR GRADIENTE, REGRA DA CADEIA E DERIVADA DIRECIONAL – AULA 8 CÁLCULO III EXEMPLOS 1. Vamos determinar o vetor gradiente da função abaixo: VETOR GRADIENTE, REGRA DA CADEIA E DERIVADA DIRECIONAL – AULA 8 CÁLCULO III W = xyz2 2. Vamos determinar o vetor gradiente da função abaixo: VETOR GRADIENTE, REGRA DA CADEIA E DERIVADA DIRECIONAL – AULA 8 CÁLCULO III 2. Vamos determinar o vetor gradiente da função abaixo no ponto (1,3). VETOR GRADIENTE, REGRA DA CADEIA E DERIVADA DIRECIONAL – AULA 8 CÁLCULO III 3. Vamos determinar o vetor gradiente da função abaixo no ponto (0,0). VETOR GRADIENTE, REGRA DA CADEIA E DERIVADA DIRECIONAL – AULA 8 CÁLCULO III 4. Determine o vetor gradiente da função abaixo: VETOR GRADIENTE, REGRA DA CADEIA E DERIVADA DIRECIONAL – AULA 8 CÁLCULO III INTERPRETAÇÃO GEOMÉTRICA DO GRADIENTE Teorema Sejam w = f(x,y,z) uma função de classe C1 num conjunto aberto U 3 e e P = (x,y,z) U tal que . Se S é a superfície de nível de equação f(x,y,z) = k, onde k é uma constante e a superfície de nível contém P, então o gradiente em P é normal a S em P, ou seja, o gradiente em P é perpendicular a qualquer vetor tangente a S em P. VETOR GRADIENTE, REGRA DA CADEIA E DERIVADA DIRECIONAL – AULA 8 CÁLCULO III Veja: Seja f(x,y) uma função tal que, através do ponto P(xo,yo), passa uma curva se nível Ck de f. Se grad f(xo,yo) não for nulo, então ele é perpendicular à curva Ck em (xo,yo), isto é, ele é perpendicular à reta tangente à curva Ck em (xo,yo). VETOR GRADIENTE, REGRA DA CADEIA E DERIVADA DIRECIONAL – AULA 8 CÁLCULO III Observação: Este teorema é válido para z = f(x,y). VETOR GRADIENTE, REGRA DA CADEIA E DERIVADA DIRECIONAL – AULA 8 CÁLCULO III Lema Sejam z = f(x,y) uma função diferenciável em (x0,y0) e S o gráfico da função f(x,y). Se T é o vetor não nulo tangente a S em P0 =(x0,y0,f(x0,y0)), então existe uma curva (t), contida em S e diferenciável em t0, tal que (t0) = P0 e ´(t0) = T. VETOR GRADIENTE, REGRA DA CADEIA E DERIVADA DIRECIONAL – AULA 8 CÁLCULO III Estudamos na aula anterior os seguintes tópicos: Definimos Plano tangente como: E a reta normal foi definida da forma: VETOR GRADIENTE, REGRA DA CADEIA E DERIVADA DIRECIONAL – AULA 8 CÁLCULO III DEFINIÇÃO Sejam S uma superfície de nível de equação f(x,y,z) = k, onde k é uma constante e P0 = (x0,y0,z0) um ponto de S. Se f(x,y,z) é de classe C1 num conjunto aberto U 3 tal que P0 U e é não nulo, definimos o plano tangente a S em P0 pela equação: VETOR GRADIENTE, REGRA DA CADEIA E DERIVADA DIRECIONAL – AULA 8 CÁLCULO III A reta normal a S em P0 poderá ser definida da forma: Observação: Estes conceitos são validos para z = f(x,y). VETOR GRADIENTE, REGRA DA CADEIA E DERIVADA DIRECIONAL – AULA 8 CÁLCULO III EXEMPLOS 1. Seja f(x,y) = x2 + y2 . Determine VETOR GRADIENTE, REGRA DA CADEIA E DERIVADA DIRECIONAL – AULA 8 CÁLCULO III 2. Determine a equações do plano tangente e da reta normal a superfície S de equação x2 + y2+ z2 = 8, no ponto (1,1,1). 1º Passo: Calcular o gradiente 2º Passo: Calcular o gradiente na direção (1,1,1) 3º Passo: Montar a equação do Plano tangente 4º Passo: Montar a reta normal VETOR GRADIENTE, REGRA DA CADEIA E DERIVADA DIRECIONAL – AULA 8 CÁLCULO III Equação: x2 + y2+ z2 = 8, no ponto (1,1,1). 1º Passo: Calcular o gradiente 2º Passo: Calcular o gradiente na direção (1,1,1) VETOR GRADIENTE, REGRA DA CADEIA E DERIVADA DIRECIONAL – AULA 8 CÁLCULO III Equação: x2 + y2+ z2 = 8, no ponto (1,1,1). 3º Passo:Montar a equação do Plano tangente VETOR GRADIENTE, REGRA DA CADEIA E DERIVADA DIRECIONAL – AULA 8 CÁLCULO III Equação: x2 + y2+ z2 = 8, no ponto (1,1,1). 4º Passo: Montar a reta normal VETOR GRADIENTE, REGRA DA CADEIA E DERIVADA DIRECIONAL – AULA 8 CÁLCULO III REGRA DA CADEIA Teorema Regra da Cadeia para Funções Vetoriais Se é uma função vetorial diferenciável em I. Seja u uma função real diferenciavel de uma variável real t cuja imagem esta contida em I, então: VETOR GRADIENTE, REGRA DA CADEIA E DERIVADA DIRECIONAL – AULA 8 CÁLCULO III Agora vamos estender esse conceito para funções de várias variáveis. Teorema Sejam F(x,y) uma função definida num conjunto aberto U 2 e (t) = (x(t),y(t)), t I, tal que (I) U. Se (t) é diferenciável em t0 I, e f(x,y) é diferenciável em (t0) = (x0,y0), então a função composta z (t) = f((t)), t I, é diferenciável em t0 e podemos escrever: VETOR GRADIENTE, REGRA DA CADEIA E DERIVADA DIRECIONAL – AULA 8 CÁLCULO III EXEMPLO 1 Dada as funções diferenciáveis z = f(x,y) = xy x = x(t) → x(t) = t2 y = y(t) → y(t) = t Vamos calcular: VETOR GRADIENTE, REGRA DA CADEIA E DERIVADA DIRECIONAL – AULA 8 CÁLCULO III EXEMPLO 2 Dada as funções diferenciáveis z = f(x,y) = yex + xey x = x(t) → x(t) = sen t y = y(t) → y(t) = cos t Vamos calcular: VETOR GRADIENTE, REGRA DA CADEIA E DERIVADA DIRECIONAL – AULA 8 CÁLCULO III z = f(x,y) = yex + xey x = x(t) → x(t) = sen t y = y(t) → y(t) = cos t VETOR GRADIENTE, REGRA DA CADEIA E DERIVADA DIRECIONAL – AULA 8 CÁLCULO III VETOR GRADIENTE, REGRA DA CADEIA E DERIVADA DIRECIONAL – AULA 8 CÁLCULO III Observação Podemos estender a regra da cadeia para mais de duas variáveis. Suponha que F(x,y,z) = f( x(u,v,w), y(u,v,w), z(u,v,w)). VETOR GRADIENTE, REGRA DA CADEIA E DERIVADA DIRECIONAL – AULA 8 CÁLCULO III EXEMPLO A Temperatura de T(x,y) graus centígrados em cada ponto (x,y) de uma chapa de metal não varia com o tempo. Um inseto atravessando a chapa está em (x,y) = (t2 + 1, 3t) no instante t. A temperatura tem as seguintes propriedades: Tx(5,6) = 4 e Ty(5,6) = -2. Qual a taxa de variação desta temperatura em relação ao tempo no instante t = 2? VETOR GRADIENTE, REGRA DA CADEIA E DERIVADA DIRECIONAL – AULA 8 CÁLCULO III A temperatura em cada instante é z(t) = T(x(t),y(t)), onde x(t) = t2 + 1 e y(t) = 3t Tx(5,6) = 4 e Ty(5,6) = -2. Qual a taxa de variação desta temperatura em relação ao tempo no instante t = 2? VETOR GRADIENTE, REGRA DA CADEIA E DERIVADA DIRECIONAL – AULA 8 CÁLCULO III DERIVADA DIRECIONAL Objetivo Generalizar o conceito de derivadas parciais para obter a taxa de variação de uma função em uma direção específica. VETOR GRADIENTE, REGRA DA CADEIA E DERIVADA DIRECIONAL – AULA 8 CÁLCULO III DERIVADA DIRECIONAL Definição Sejam f(x,y) , P0 = (x0,y0) um ponto do domínio de f e vum vetor não nulo no plano xy. O conjunto de pontos P0 + t v,t, é a reta que contém P0 e é paralela ao vetor v A derivada direcional de f(x,y) em P0 na direção de v, denotada por fv (P0), é a taxa variação de f(x,y) na direção da reta. Geometricamente fv (P0) representa a inclinação da reta tangente a curva z= (P0 + t v). No ponto (x0,y0,f(x0,y0)). VETOR GRADIENTE, REGRA DA CADEIA E DERIVADA DIRECIONAL – AULA 8 CÁLCULO III EXEMPLO Se estamos descendo uma montanha, como determinar a inclinação desta montanha em qualquer direção? Se a montanha é representada pelo gráfico da função z=f(x,y), poderemos definir a inclinação na direção: do eixo dos x utilizamos do eixo dos y utilizamos VETOR GRADIENTE, REGRA DA CADEIA E DERIVADA DIRECIONAL – AULA 8 CÁLCULO III Definimos assim um novo tipo de derivada denominada direcional. Podemos então definir formalmente que: Definição Sejam aberto, uma função, e um vetor unitário. A derivada direcional de f no ponto P e na direção , é definida por: VETOR GRADIENTE, REGRA DA CADEIA E DERIVADA DIRECIONAL – AULA 8 CÁLCULO III Observação Na definição de derivada direcional o vetor deve ser unitário. A razão disso é que se o vetor não fosse unitário a derivada direcional não dependeria somente do ponto e da direção, mas também do comprimento do vetor. Teorema Se f é uma função diferencial então: produto escalar VETOR GRADIENTE, REGRA DA CADEIA E DERIVADA DIRECIONAL – AULA 8 CÁLCULO III Teorema Se f é uma função diferenciável em P tal que então o valor máximo de ocorre quando tem a direção e o sentido do vetor , sendo o valor máximo . VETOR GRADIENTE, REGRA DA CADEIA E DERIVADA DIRECIONAL – AULA 8 CÁLCULO III EXEMPLO 1 Calcule as derivadas direcionais de na direção do vetor Devemos então calcular: VETOR GRADIENTE, REGRA DA CADEIA E DERIVADA DIRECIONAL – AULA 8 CÁLCULO III EXEMPLO 2 Seja f(x,y,z) = Determine a direção de maior variação de f e a taxa de maior variação da função no ponto P= (1,1,-1). Direção de maior variação de f em P VETOR GRADIENTE, REGRA DA CADEIA E DERIVADA DIRECIONAL – AULA 8 CÁLCULO III Taxa de maior variação de f em P VETOR GRADIENTE, REGRA DA CADEIA E DERIVADA DIRECIONAL – AULA 8 CÁLCULO III EXEMPLO 3 Determine a taxa de variação de f(x,y,z) = xyz + e2x + y no ponto P = (-1, 2, 1) na direção do vetor u = (1, 1, √2). Inicialmente calculamos as derivadas parciais da função f. VETOR GRADIENTE, REGRA DA CADEIA E DERIVADA DIRECIONAL – AULA 8 CÁLCULO III RESUMINDO Vetor Gradiente Regra da Cadeia Derivada Direcional Generalizar o conceito de derivadas parciais para obter a taxa de variação de uma função em uma direção específica. VETOR GRADIENTE, REGRA DA CADEIA E DERIVADA DIRECIONAL – AULA 8 CÁLCULO III Aula_09.pptx CÁLCULO III AULA 9 – MÁXIMOS E MÍNIMOS Conteúdo Programático Máximos e mínimos Máximos e Mínimos – AULA 9 CÁLCULO III FUNÇÃO LOGARÍTMICA - AULA 6 Introdução: Aplicação das funções de várias variáveis → máximos e mínimos com valores extremos de funções de duas variáveis. Problema: Quais são as dimensões de uma caixa retangular sem tampa com volume a e com a menor área de superfície possível? Agora vamos definir este conceito funções de duas variáveis e depois para funções de várias variáveis. MÁXIMOS E MÍNIMOS Máximos e Mínimos – AULA 9 CÁLCULO III Definição Máximo e Mínimo Relativo Considere uma função real z = f(x,y) definida em D 2 e (x0,y0) D. Ponto de Máximo Relativo ou local Dizemos que é um valor de máximo relativo de , se existir uma bola aberta B de centro , tal que para todo (x,y) pertencente a B. Máximos e Mínimos – AULA 9 CÁLCULO III Ponto de Mínimo Relativo ou local Dizemos que é um valor de máximo relativo de , se existir uma bola aberta B de centro , tal que Chamamos o valor de máximo ou mínimo relativo de valor extremo relativo. O ponto onde f assume um valor extremo relativo é definido como ponto extremo relativo. Máximos e Mínimos – AULA 9 CÁLCULO III Máximos e Mínimos – AULA 9 CÁLCULO III OBSERVAÇÃO Máximos e Mínimos – AULA 9 CÁLCULO III Interpretação Geométrica Em termos geométricos, um máximo relativo de uma função é um cume, um ponto da superfície z= f(x,y) que é mais alto do que todos os seus pontos vizinhos sobre a superfície. Um mínimo relativo é o fundo de um vale, um ponto que está mais baixo do que qualquer ponto vizinho da superfície. Máximos e Mínimos – AULA 9 CÁLCULO III Máximos e Mínimos – AULA 9 CÁLCULO III Definição Ponto Crítico ou Ponto Estacionário Dizemos que (a,b) é um ponto crítico ou estacionário de f se (a,b) no domínio da f for ou não exista. (Isto é, se ). Se o ponto crítico (a,b) é um ponto interior do domínio da f, então dizemos que este é um ponto crítico interior do domínio . Máximos e Mínimos – AULA 9 CÁLCULO III EXEMPLO Encontre os pontos críticos da função O domínio da função é (x,y) . Vamos então calcular fx e fy para podermos aplicar a definição de ponto crítico. fx = 3x2 -3 e fy = 3 y2 – 3. Máximos e Mínimos – AULA 9 CÁLCULO III Aplicando a definição: 3x2 -3 = 0 3x2 = 3 x = 1 3 y2 – 3 = 0 3y2 = 3 y = 1 Portanto, os pontos críticos serão todos os pares ordenados possíveis com x = 1 e y = 1: (1,1), (1,-1), (-1,1) e (-1,-1). Máximos e Mínimos – AULA 9 CÁLCULO III OBSERVAÇÃO Condição necessária para a existência de pontos extremantes Z = f(x,y) ser diferenciável Logo (x0 , y0) é um ponto crítico de f. Máximos e Mínimos – AULA 9 CÁLCULO III Condição suficiente para um ponto crítico ser extremante local Proposição Seja z = f(x,y) uma função cujas derivadas parciais de primeira e segunda ordem são contínuas num conjunto aberto que contém (x0 ,y0 ) e suponhamos que (x0 ,y0 ) seja um ponto crítico de f. Definimos então a HESSIANA – H(x,y) como um determinante. Máximos e Mínimos – AULA 9 CÁLCULO III Para calcularmos o(s) máximos e/ou mínimos relativos apresentaremos o teorema da segunda derivada, mas primeiro aprenderemos a calcular a Hessiana. Definição: Seja f(x,y) de classe C2. A função H dada por denomina-se hessiana de f. Máximos e Mínimos – AULA 9 CÁLCULO III OBSERVAÇÃO determinante da matriz De forma mais simplificada definimos: Máximos e Mínimos – AULA 9 CÁLCULO III TEOREMA DA SEGUNDA DERIVADA Teorema Sejam f(x,y) de classe C2 e um ponto interior do D(f). Suponhamos que (a,b) seja ponto crítico de f. Então: Se ( ou fxx (a,b) > 0) e H(a,b) > 0 então (a,b) será ponto de mínimo local de f Máximos e Mínimos – AULA 9 CÁLCULO III Se e H(a,b) > 0 então (a,b) será ponto de máximo local de f. Se H(a,b) < 0 então (a,b) não será extremante local. Nesse caso, (a,b) será ponto de sela. Se H(a,b) = 0 nada se pode afirmar. Máximos e Mínimos – AULA 9 CÁLCULO III EXEMPLO 1 Seja Os pontos críticos de f são (1,1), (1,-1), (-1,1) e (-1,-1) - calculados no exemplo anterior. Vamos primeiro calcular a Hessiana: e Máximos e Mínimos – AULA 9 CÁLCULO III 1º Passo: Podemos verificar que H(1,1) = 36 >0 e Logo pelo teorema da segunda derivada, (1,1) é ponto de mínimo local. Note que (1,1) não é o único ponto de mínimo, existem outros menores que ele, por exemplo. Pois f(-3,0) < f(1,1), veremos mais adiante que este será o ponto de mínimo global. Máximos e Mínimos – AULA 9 CÁLCULO III Logo pelo teorema da segunda derivada, (1,-1) não será extremante local. Nesse caso, será ponto de sela. 2ºPasso: Podemos verificar que H(1,-1) = -36 < 0 e 3ºPasso: Podemos verificar que H(-1,1) = -36 < 0 e Logo pelo teorema da segunda derivada, (-1,1) não será extremante local. Nesse caso, será ponto de sela. Máximos e Mínimos – AULA 9 CÁLCULO III 4ºPasso: Podemos verificar que H(-1,-1) = 36 > 0 e Logo pelo teorema da segunda derivada, (-1,1) é ponto de máximo local. Pergunta: O que é ponto de sela ? Máximos e Mínimos – AULA 9 CÁLCULO III Definição Chamamos ponto sela a todo o ponto crítico que não é extremo, ou seja, a todo o ponto a tal que toda a bola (a,r), contém pontos x tais que f(x) < f(a) e outros pontos x para os quais f(x) < f(a). Máximos e Mínimos – AULA 9 CÁLCULO III Veja a figura de uma sela de cavalo. No ponto indicado podemos descer na curva amarela ou subir na curva verde. Portanto, em uma bola (a,r) vamos ter uma curva amarela que contém pontos x tais que f(x) < f(a) e para a curva verde, outros pontos x para os quais f(x) > f(a). Máximos e Mínimos – AULA 9 CÁLCULO III Agora vamos partir para a situação onde queremos saber quem é o maior ou o menor de todos os pontos, para isto, vamos conhecer mais algumas definições. Definição: Ponto de fronteira Um ponto (x0,y0) em A que não é um ponto interior. Denomina-se ponto de fronteira de A. Um ponto de fronteira de D(f) pode ser um extremante local sem que as derivadas parciais se anulem nele. Os pontos de fronteira devem ser analisados separadamente. Máximos e Mínimos – AULA 9 CÁLCULO III EXTREMOS ABSOLUTOS Considere uma função real z = f(x,y) definida em D 2 e (x0,y0) D. Máximo Absoluto: Dizemos que f(x0,y0) é um valor de máximo absoluto de f , se f(x0,y0), tal que , para todo (x,y) pertencente a D. Mínimo Absoluto: Dizemos que f(x0,y0) é um valor de máximo absoluto de f , se f(x0,y0), tal que , para todo (x,y) pertencente a D. Observação: O valor de máximo ou mínimo absoluto de f é denominado de extremo absoluto de f. Máximos e Mínimos – AULA 9 CÁLCULO III Teorema: Existência do extremo absoluto Seja f uma função de duas variáveis cujo domínio D não apenas seja limitado, mas também contenha todos os pontos de fronteira. Então f tem um valor máximo absoluto e um valor mínimo absoluto. Observação Um extremo absoluto que seja ponto interior do domínio da função f é automaticamente um extremo relativo de f . Também pode ser observado que um extremo absoluto de f que não é extremo relativo precisa necessariamente estar em um ponto de fronteira do domínio. Máximos e Mínimos – AULA 9 CÁLCULO III A temperatura em uma placa de metálica é dada por T = 3x2 – 2xy + 3y2 + 2y + 5 graus Celsius, onde x e y estão em metros. A placa é circular de raio 1 e centro na origem. Supondo que a mesma é aquecida determine a maior e a menor temperatura da placa. 1ª Parte)Primeiro devemos encontrar as derivadas parciais Tx , Ty e os pontos críticos. Tx = 6x – 2y Ty = -2x + 6y + 2 EXEMPLO Máximos e Mínimos – AULA 9 CÁLCULO III Portanto, os pontos críticos serão encontrados com a resolução do sistema: Resolvendo tal sistema encontraremos x = -1/8 e y = -3/8 Agora vamos estudar esse ponto. Vamos calcular a Hessiana: Máximos e Mínimos – AULA 9 CÁLCULO III Máximos e Mínimos – AULA 9 CÁLCULO III Podemos verificar que Logo pelo teorema da segunda derivada o ponto x = -1/8 e y = -3/8 é ponto de mínimo local. Portanto a temperatura mínima no ponto x = -1/8 e y = -3/8 será aproximadamente T = 3x2 – 2xy + 3y2 + 2y + 5 = 4.625 graus. Máximos e Mínimos – AULA 9 CÁLCULO III 2ª Parte) Anteriormente procuramos o ponto interior. Agora vamos procurar os pontos de fronteira da placa. A placa é uma circunferência centrada na origem ((a,b) = (0,0)) de raio um, portanto a equação que representa a placa será x2 + y2 = 1. Utilizando as coordenadas polares temos: Máximos e Mínimos – AULA 9 CÁLCULO III A temperatura será portanto: T = 3x2 – 2xy + 3y2 + 2y + 5 T = 3 cos2 - 2 cos sen + 3 sen2 + 2 sen + 5 Simplificando teremos: T = 3 - 2 cos sen + 2 sen + 5= 8 - 2 cos sen + 2 sen = 4 - cos sen + sen Os candidatos a máximo e mínimo da função T na fronteira da placa são os pontos correspondentes a dt/dӨ = 0 e Ө = 0. Máximos e Mínimos – AULA 9 CÁLCULO III Podemos ainda escrever que ( 2 cos + 1) (cos - 1 ) = 0 Portanto 2cos = -1 cos = -1/2 = 2/3 ou = 4/3 Logo cos = 1 = 0. sen 120º = sen (180º – 120º) sen 120º = sen 60º = 0,8660 cos 120º = – cos (180º – 120º) cos 120º = – cos 60º = – 0,5000 sen 240° = -√3/2 cos 240° = -1/2 Máximos e Mínimos – AULA 9 CÁLCULO III Quando = 2/3 temos T = 4 - cos sen + sen = (16 + 3√3)/4. Quando = 4/3 temos T = 4 - cos sen + sen = (16 - 3√3)/4. Quando = 0 temos T = 4 - cos sen + sen = 4 Podemos então concluir que a temperatura mínima absolutas erá em = 4/3 e a temperatura máxima absoluta será em = 2/3. Máximos e Mínimos – AULA 9 CÁLCULO III Aula_10.pptx CÁLCULO III AULA 10 – MÉTODO DOS MULTIPLICADORES DE LAGRANGE Conteúdo Programático Método dos Multiplicadores de Lagrange Método dos Multiplicadores de Lagrange – AULA 10 CÁLCULO III FUNÇÃO LOGARÍTMICA - AULA 6 Inicialmente vamos considerar os seguintes problemas: Maximizar f(x,y) = 4 – x2 – y2 Maximizar f(x,y) = 4 – x2 – y2 Sujeito a: x + y = 2 Observem que o problema (1) pode ser resolvido através dos teoremas estudados na aula 9. Esse é um problema de otimização irrestrita. Agora o problema (2) apresenta uma restrição que deve ser considerada na resolução. Temos então um problema de otimização restrita. INTRODUÇÃO Método dos Multiplicadores de Lagrange – AULA 10 CÁLCULO III No problema (2) queremos encontrar o maior valor da função num subconjunto de seu domínio. O subconjunto do plano xy dado pela reta x + y = 2. Em outras palavras: Queremos encontrar os pontos extremos de uma função f(x,y) na fronteira da região D do plano xy. Isso consiste em procurar os extremos da função f(x,y) para (x,y) sobre uma curva no plano xy de equação g(x,y) = 0. g(x,y) é chamada de restrição. Método dos Multiplicadores de Lagrange – AULA 10 CÁLCULO III A solução do problema (1) é chamada um ponto de máximo livre ou não-condicionado de f. A solução do problema (2) é dita um ponto de máximo condicionado de f. Máximo livre Máximo condicionado Método dos Multiplicadores de Lagrange – AULA 10 CÁLCULO III MÉTODO DOS MULTIPLICADORES DE LAGRANGE Teorema Sejam f(x,y) e g(x,y) sejam funções definidas e de classe C1 num subconjunto aberto U do plano xy que contém a curva C de equação g(x,y)=0. Se f(x,y) tem um valor máximo ou mínimo em (x0,y0) c e g(x0,y0) não é o vetor nulo, então existe um número real λ tal que f(x0,y0) = λ g(x0,y0). Chamamos o número λ de multiplicador de Lagrange. Método dos Multiplicadores de Lagrange – AULA 10 CÁLCULO III Em outras palavras: Se f(x,y) possui máximo ou mínimo com a restrição g(x,y) = 0 , esse máximo ou mínimo ocorre em um dos pontos críticos da função F dada por F(x,y, λ) = f(x,y) – λg(x,y) Como foi dito anteriormente λ (lambda) é chamada de multiplicador de Lagrange. No caso de uma função de três variáveis, a função F é dada por F(x,y, z,λ) = f(x,y,z) – λg(x,y,z) Método dos Multiplicadores de Lagrange – AULA 10 CÁLCULO III OBSERVAÇÃO O método dos multiplicadores de Lagrange permite determinar os pontos críticos de uma função, mas não revela se esses pontos correspondem a máximos, mínimos ou a ponto de sela. Para identificar o ponto crítico é preciso recorrer a outros métodos. Método dos Multiplicadores de Lagrange – AULA 10 CÁLCULO III PROBLEMAS ENVOLVENDO FUNÇÕES DE DUAS VARIÁVEIS E UMA RESTRIÇÃO Consideremos o seguinte problema Max f(x,y) Sujeito a: g(x,y) = 0 Agora vamos usar as propriedades do vetor gradiente para obtermos uma visualização geométrica do método de Lagrange, que nos permite determinar os candidatos a ponto de máximo e/ou mínimo condicionados de f. Método dos Multiplicadores de Lagrange – AULA 10 CÁLCULO III Vamos esboçar o gráfico da g(x,y) = 0 e diversas curvas de nível f(x,y) = k da função objetivo. Método dos Multiplicadores de Lagrange – AULA 10 CÁLCULO III O valor máximo de f(x,y) sobre a curva g(x,y) = 0 coincide com o maior valor de k tal que a curva f(x,y) = k intercepta a curva g(x,y) = 0. Note que isso ocorre num ponto P0. Nesse ponto, as duas curvas têm a mesma reta tangente t. P0 t Método dos Multiplicadores de Lagrange – AULA 10 CÁLCULO III Como grad f e grad g são perpendiculares à reta t, eles têm a mesma direção no ponto P0 ,isto é, grad f = λ grad g Para algum número real λ. Método dos Multiplicadores de Lagrange – AULA 10 CÁLCULO III EXEMPLO 1 Um prédio retangular deve ser construído num terreno com a forma de um triângulo, conforme a figura abaixo. Vamos terminar a área máxima possível para o prédio. prédio Método dos Multiplicadores de Lagrange – AULA 10 CÁLCULO III Vamos analisar o problema num sistema de coordenadas cartesianas. Método dos Multiplicadores de Lagrange – AULA 10 CÁLCULO III Podemos observar que a área do prédio é dada por A(x,y) = x.y e que o ponto P(x,y) deve estar sobre a reta x + 2y = 20. Então podemos escrever o seguinte problema: Max xy Sujeito a: x + 2y = 20 Método dos Multiplicadores de Lagrange – AULA 10 CÁLCULO III Agora vamos usar o métodos dos multiplicadores de Lagrange para resolvermos esse problema. Vamos começar escrevendo a restrição x + 2y = 20 da seguinte forma: X + 2y – 20 = 0 A função lagrangeana é dada por L(x,y,λ) = xy – λ (x + 2y – 20) Derivando L em relação às três variáveis x, y e λ, encontraremos: Método dos Multiplicadores de Lagrange – AULA 10 CÁLCULO III L(x,y,λ) = xy – λ (x + 2y – 20) Método dos Multiplicadores de Lagrange – AULA 10 CÁLCULO III Resolvendo o sistema, encontraremos x = 10, y = 5 e λ = 5 Observe que as dimensões do prédio que fornece um valor máximo para a sua área são x = 10 e y = 5. Portanto, a área do prédio A(x,y) = x.y será A = 10.5 = 50 m2. Método dos Multiplicadores de Lagrange – AULA 10 CÁLCULO III Observe que este raciocínio é o mesmo se fizéssemos da seguinte forma: f(x0,y0) – λ g(x0,y0) = 0 f(x0,y0) = (y,x) g(x0,y0)= (1,2) y – λ = 0 x - 2λ = 0 -x – 2y + 20 = 0 Resolvendo este sistema encontramos x = 10, y = 5 e =5. Método dos Multiplicadores de Lagrange – AULA 10 CÁLCULO III EXEMPLO 2 Determine o ponto do plano 2x + y + 3z = 6 mais próximo a origem. A função que determina a distância é definida por Portanto, podemos minimizar x2 + y2 + z2 do plano a origem. Método dos Multiplicadores de Lagrange – AULA 10 CÁLCULO III Podemos escrever esse problema da seguinte forma: Min x2 + y2 + z2 Sujeito a: 2x + y + 3z = 6 Vamos começar escrevendo a restrição 2x + y + 3z = 6 da seguinte forma: 2x + y + 3z – 6 = 0 A função lagrangeana é dada por L(x,y,z,λ) = x2 + y2 + z2 – λ (2x + y + 3z – 6) Derivando L em relação às variáveis x, y, z e λ, encontraremos: Método dos Multiplicadores de Lagrange – AULA 10 CÁLCULO III L(x,y,z,λ) = x2 + y2 + z2 – λ (2x + y + 3z – 6) L(x,y,z,λ) = x2 + y2 + z2 – λ2x - λ y - 3λz + 6 Método dos Multiplicadores de Lagrange – AULA 10 CÁLCULO III Resolvendo o sistema, encontraremos x = 6/7, y = 3/7, z = 9/7 e λ = 6/7 Este ponto é o ponto de mínimo. Método dos Multiplicadores de Lagrange – AULA 10 CÁLCULO III OBSERVAÇÃO Considerando mais de uma restrição: f(x0,y0) + λ1g1(x0,y0) + λ2g2(x0,y0) = 0 Método dos Multiplicadores de Lagrange – AULA 10 CÁLCULO III EXEMPLO 3 Determine o ponto da reta de interseção dos planos x+y + z = 2 e x + 3y + 2z = 12 que esteja mais próximo a origem. A função que determina a distância é definida por Portanto, podemos minimizar x2 + y2 + z2 do plano a origem. Método dos Multiplicadores de Lagrange – AULA 10 CÁLCULO III Podemos escrever esse problema da seguinte forma: Min x2 + y2 + z2 Sujeito a: x + y + z = 2 x + 3y + 2z = 12 Vamos começar escrevendo as restrições x + y + z = 2 e x + 3y + 2z = 12 da seguinte forma: x + y + z - 2 = 0 x + 3y + 2z – 12 = 0 Método dos Multiplicadores de Lagrange – AULA 10 CÁLCULO III A função lagrangeana é dada por L(x,y,z,λ,μ) = x2 + y2 + z2 - (x + y + z - 2) - ( x + 3y + 2z - 12 ) Derivando L em relação às variáveis x, y, z, λ e μ encontraremos: Método dos Multiplicadores de Lagrange – AULA 10 CÁLCULO III Resolvendo o sistema, encontraremos x = -10/3, y = 14/3, z = 2/3, =-44/3 e =8 Este ponto é o ponto de mínimo. Método dos Multiplicadores de Lagrange – AULA 10 CÁLCULO III EXEMPLO 4 O departamento de estradas está planejando construir uma área de laser para motoristas ao longo de um grande auto estrada. Ela deve ser retangular, com uma área de 5.000 m2 e cercada nos três lados não adjacentes à auto estrada. Qual é a quantidade mínima de cerca que será necessária para realizar o trabalho? Método dos Multiplicadores de Lagrange – AULA 10 CÁLCULO III Seja y o lado em vermelho e x o lado em azul. Quantidade total de cerca: f(x,y) = x + 2y Objetivo: Minimizar f sujeita à restrição de que a área deve ser de 5.000m2 , ou seja, xy = 5000. Seja g(x,y)=xy. Método dos Multiplicadores de Lagrange – AULA 10 CÁLCULO III As derivadas parciais: fx = 1, fy = 2, gx = y e gy = x Equações de Lagrange: 1 = λy , 2 = λx, e xy = 5000 Resolvendo encontramos Método dos Multiplicadores de Lagrange – AULA 10 CÁLCULO III Substituindo x = 2y em xy = 5000 teremos 2y2 = 5000, ou seja, y1 = 50 e y2 = -50. Portanto y = 50 e x = 100 e a quantidade mínima de cerca que será necessária para realizar o trabalho será f(100,50) = 200 m Método dos Multiplicadores de Lagrange – AULA 10 CÁLCULO III EXEMPLO 5 Determine a menor distância da origem a superfície x2 + 8xy + 7y2 – 225 = 0. A função que determina a distância é definida por Portanto, podemos minimizar x2 + y2 com a restrição x2 + 8xy + 7y2 – 225 = 0. Método dos Multiplicadores de Lagrange – AULA 10 CÁLCULO III Aplicaremos de forma mais direta o método dos multiplicadores de Lagrange. f(x0,y0) - λg(x0,y0) = 0 f(x,y) = (2x + 8y,8x + 14y) g(x,y) = (2x,2y) L(x,y) = x2 + y2 - ( x2 + 8xy + 7y2 – 225)=0 Método dos Multiplicadores de Lagrange – AULA 10 CÁLCULO III Aplicando Lagrange encontramos: 2x – λ(2x + 8y) = 0 2y - λ(8x + 14y) = 0 -x2 – 8xy – 7y2 + 225 = 0 2x – λ2x - λ8y = 0 2y - λ8x - λ14y = 0 -x2 – 8xy – 7y2 + 225 = 0 Simplificando as duas primeiras equações encontraremos o seguinte sistema: Método dos Multiplicadores de Lagrange – AULA 10 CÁLCULO III (1 – λ)x – 4yλ = 0 – 4yλ + (1 – 7λ)y = 0 Resolvendo este sistema: Determinamos x = 0 e y = 0 como solução trivial, pois é um sistema homogêneo. Porém, esta solução não satisfaz a terceira equação (-x2 – 8xy – 7y2 + 225 = 0) Portanto, o determinante dos coeficientes deve ser nulo. Método dos Multiplicadores de Lagrange – AULA 10 CÁLCULO III Resolvendo este determinante encontramos (1 - )(1 - 7) - 162 = 1 - 8 - 92 = -1 ou = 1/9 Agora é necessário analisar o sistema considerando λ = -1 e λ = 1/9. Após essa análise chegaremos a conclusão que o sistema apresentará as seguintes soluções: Aplicando os pontos em f(x,y) = 25 veremos que a menor distância será Método dos Multiplicadores de Lagrange – AULA 10 CÁLCULO III RESUMINDO Método dos multiplicadores de lagrange f(x0,y0) = λg(x0,y0). Se f(x,y) possui máximo ou mínimo com a restrição g(x,y) = 0 , esse máximo ou mínimo ocorre em um dos pontos críticos da função F dada por F(x,y, λ) = f(x,y) – λg(x,y) Problemas envolvendo funções de duas variáveis e uma restrição e problemas envolvendo mais de uma restrição. Método dos Multiplicadores de Lagrange – AULA 10 CÁLCULO III Aula_01.pptx CÁLCULO III AULA 1 – FUNÇÕES COM VALORES VETORIAIS Conteúdo Programático 1. Introdução 2. Aplicações 3. Definição 4. Operações com as funções vetoriais 5. Limite e Continuidade 6. Derivada 7. Curvas Parametrizadas 8. Reta Tangente FUNÇÕES COM VALORES VETORIAIS – AULA 1 CÁLCULO III FUNÇÃO LOGARÍTMICA - AULA 6 INTRODUÇÃO Função vetorial → domínio é um conjunto de números reais e cuja imagem é um conjunto de vetores FUNÇÕES COM VALORES VETORIAIS funções vetoriais de uma variável Função f(t), onde t é uma variável real FUNÇÕES COM VALORES VETORIAIS – AULA 1 CÁLCULO III APLICAÇÃO Movimento de uma partícula no Espaço Podemos associar uma partícula no espaço como sendo um ponto no espaço. Observe que o deslocamento deste ponto em cada instante de tempo t descreverá uma curva. x = x(t), y = y(t) e z = z(t) σ(t) = (x(t), y(t), z(t)), definidos no intervalo I, I , com valores em 3, t I. Exemplo:(t) = (t2 , cos t, t3) então x(t) = t2 , y(t) = cos t e z(t) = t3 FUNÇÕES COM VALORES VETORIAIS – AULA 1 CÁLCULO III APLICAÇÃO FUNÇÕES COM VALORES VETORIAIS – AULA 1 CÁLCULO III DEFINIÇÃO Função vetorial de uma variável real t é definida num intervalo I, onde para cada t I associamos um vetor do espaço. Notação: Uma função cujo domínio é um conjunto de números reais e cuja imagem é um conjunto de vetores é chamada função vetorial. FUNÇÕES COM VALORES VETORIAIS – AULA 1 CÁLCULO III Se considerarmos um ponto P(x,y,z) qualquer no espaço, o vetor É chamado vetor posição do ponto P. FUNÇÕES COM VALORES VETORIAIS – AULA 1 CÁLCULO III 1. Movimento de uma partícula sobre uma circunferência EXEMPLOS FUNÇÕES COM VALORES VETORIAIS – AULA 1 CÁLCULO III 2. Função vetorial preço Podemos considerar 3 produtos onde o primeiro tem preço t2 , o segundo tem preço t + 5 e o terceiro tem preço dado pela soma dos preços das duas primeiras. EXEMPLOS FUNÇÕES COM VALORES VETORIAIS – AULA 1 CÁLCULO III OPERAÇÕES COM FUNÇÕES VETORIAIS FUNÇÕES COM VALORES VETORIAIS – AULA 1 CÁLCULO III LIMITE E CONTINUIDADE Definição: Ou seja, o limite de um vetor f(t) quando t se aproxima de t1 é definido por: Se os limites individuais existirem FUNÇÕES COM VALORES VETORIAIS – AULA 1 CÁLCULO III 1. Considere a função vetorial EXEMPLOS Veja que o limite da função será determinado do seguinte modo: FUNÇÕES COM VALORES VETORIAIS – AULA 1 CÁLCULO III EXEMPLOS 2. Considere a função vetorial Vamos analisar o valor do limite da função quando t → 2. Podemos usar a regra de L’Hospital para resolver esse limite FUNÇÕES COM VALORES VETORIAIS – AULA 1 CÁLCULO III Usando a regra de L’Hospital Outro modo de resolver esse limite FUNÇÕES COM VALORES VETORIAIS – AULA 1 CÁLCULO III CONCLUSÃO FUNÇÕES COM VALORES VETORIAIS – AULA 1 CÁLCULO III EXEMPLOS 3. Vamos calcular o FUNÇÕES COM VALORES VETORIAIS – AULA 1 CÁLCULO III CONTINUIDADE Definição: A função vetorial é contínua em t I se, e somente se x(t), y(t) e z(t) são contínuas em t. Segundo o critério de continuidade de uma função, a função será contínua, caso o limite e a função no ponto em estudo existam e sejam iguais, isto é, FUNÇÕES COM VALORES VETORIAIS – AULA 1 CÁLCULO III EXEMPLOS 1. Vamos analisar a continuidade da vetorial dada, no ponto indicado. Veja: Portanto a função é contínua no ponto t = 0. FUNÇÕES COM VALORES VETORIAIS – AULA 1 CÁLCULO III EXEMPLOS 2. Vamos analisar a continuidade da vetorial dada, no ponto t1 = 0. Veja que o e Portanto a função dada não é contínua no ponto indicado. FUNÇÕES COM VALORES VETORIAIS – AULA 1 CÁLCULO III DERIVADA Definição: A derivada da função vetorial , t I, é a função vetorial denotada por e definida por: Para todo t, tal que o limite existe. Se a derivada da função existe em todos os pontos do intervalo I, então podemos dizer que a função é derivável em I. FUNÇÕES COM VALORES VETORIAIS – AULA 1 CÁLCULO III Considere a função vetorial Ela é derivável em um ponto t se, e somente se, as três funções escalares São deriváveis em t. Logo podemos escrever FUNÇÕES COM VALORES VETORIAIS – AULA 1 CÁLCULO III EXEMPLOS Vamos determinar a derivada das seguintes funções vetoriais: FUNÇÕES COM VALORES VETORIAIS – AULA 1 CÁLCULO III EXEMPLOS FUNÇÕES COM VALORES VETORIAIS – AULA 1 CÁLCULO III Observação: A interpretação geométrica de derivada continua valendo para função vetorial, portanto será o vetor tangente à curva no ponto P. FUNÇÕES COM VALORES VETORIAIS – AULA 1 CÁLCULO III Determinar o vetor tangente da seguinte função, no ponto indicado. EXEMPLO Inicialmente devemos identificar o valor do parâmetro t que satisfaz a curva. FUNÇÕES COM VALORES VETORIAIS – AULA 1 CÁLCULO III Agora calculamos a derivada. FUNÇÕES COM VALORES VETORIAIS – AULA 1 CÁLCULO III INTERPRETAÇÃO FÍSICA DA DERIVADA Considere uma partícula em movimento no espaço. Vamos supor que no tempo t, representa o vetor posição da partícula. A medida que t varia, a extremidade livre do vetor descreve a trajetória C da partícula. Quando é derivável, a velocidade instantânea da partícula é dada por Quando é derivável, a aceleração da partícula é partícula é dada por FUNÇÕES COM VALORES VETORIAIS – AULA 1 CÁLCULO III CURVAS PARAMETRIZADAS Foi visto anteriormente que um ponto P do vetor descreverá uma curva C em 3 quando for contínua para todo t no intervalo I. Portanto definimos a equação = (x(t),y(t),z(t)) como a parametrização da curva C e as componentes x = x(t) y = y(t) z = z(t) são chamadas de equações paramétricas da curva C e t é chamado parâmetro. FUNÇÕES COM VALORES VETORIAIS – AULA 1 CÁLCULO III Observação: Chamamos CURVA o conjunto de todos os pontos (x, y, z) determinados por estas equações. Exemplos 1. A equação vetorial Representa uma reta, cujas equações paramétricas são x(t) = t y(t) = t z(t) = t FUNÇÕES COM VALORES VETORIAIS – AULA 1 CÁLCULO III 2. As equações paramétricas x = 2cost y = 2sent z = 3t Representam uma curva no espaço chamada hélice circular. A equação vetorial é representada por FUNÇÕES COM VALORES VETORIAIS – AULA 1 CÁLCULO III Parametrização para a hélice circular - curva descrita por um ponto P = (x,y,z) que se move em torno do eixo z mantendo uma distância constante a > 0 desse eixo. Simultaneamente o ponto P se move paralelamente ao eixo z de modo que sua terceira componente é proporcional ao ângulo de rotação com constante de proporcionalidade b≠ 0. Consideramos o início do movimento em P = (0,0,0). f(t) = (r cos , r sen , b) , onde . FUNÇÕES COM VALORES VETORIAIS – AULA 1 CÁLCULO III REPRESENTAÇÃO PARAMÉTRICA DE ALGUMAS CURVAS Parametrização Natural Será a parametrização do tipo f(t) = (t , f( t)). Exemplo A equação da reta y = 6x + 9 pode ser parametrizada considerando a parametrização natural → f(t) = (t ,6t+9). FUNÇÕES COM VALORES VETORIAIS – AULA 1 CÁLCULO III Podemos também determinar a equação cartesiana correspondente a equação paramétrica de uma curva. Exemplo Seja x = 3t – 4 e y = 6 – 2t . Vamos determinar a equação da reta. Procedimento → isolar em uma das equações o parâmetro t e depois substituir na outra, ou isolar o parâmetro t em ambas e igualar as equações. FUNÇÕES COM VALORES VETORIAIS – AULA 1 CÁLCULO III Veja: Agora vamos substituir (1) em y = 6 – 2t FUNÇÕES COM VALORES VETORIAIS – AULA 1 CÁLCULO III Parametrização de uma reta Equação vetorial da reta → , onde v é o vetor direção, t o parâmetro real e P é um ponto que pertence a reta. = (vx, vy,vz)t + (x0, y0,z0), t =(vxt + x0, vyt + y0, vzt + z0) FUNÇÕES COM VALORES VETORIAIS – AULA 1 CÁLCULO III EXEMPLOS Determinar uma representação paramétrica da reta que passa pelo ponto A(2,1,-1) na direção do vetor Temos FUNÇÕES COM VALORES VETORIAIS – AULA 1 CÁLCULO III EXEMPLOS 2. Determinar uma representação paramétrica da reta que passa pelo ponto A(2,0,1) e B(-1, 3,0). O vetor v será dado por: v = (-1, 3,0) - (2,0,1) = (-3, 3, -1) Portanto, o vetor r(t) = (2,0,1) + t(-3, 3,-1) FUNÇÕES COM VALORES VETORIAIS – AULA 1 CÁLCULO III EXEMPLOS 3. Determinar o vetor direção da reta para a curva Nesse caso verificamos que o ponto P = (0,0,0) e a direção v = (1,1,1). A reta r será representada por r(t) = (1,1,1) t + (0, 0,0) FUNÇÕES COM VALORES VETORIAIS – AULA 1 CÁLCULO III Parametrização da circunferência Seja C a circunferência no plano xy de centro (a, b) e raio r, definimos a parametrização de C como: Circunferência com centro na origem (0,0): FUNÇÕES COM VALORES VETORIAIS – AULA 1 CÁLCULO III EXEMPLO Vamos obter as equações paramétricas da circunferência x2 + y2 – 6x – 4y + 4 = 0 no plano z = 3. Completando os quadrados da equação x2 + y2 – 6x + 9 – 4y + 4 = 9 x2 – 6x + 9 + y2 – 4y + 4 = 9 (x – 3)2 + (y – 2)2 = 9 x(t) = 3 + 3cost y(t) = 2 + 3sent z(t) = 3 0 ≤ t ≤ 2π FUNÇÕES COM VALORES VETORIAIS – AULA 1 CÁLCULO III Parametrização da ciclóide curva plana descrita por um ponto P sobre uma circunferência quando esta gira ao longo de uma reta. r (t) = (r ( – sen ), r (1 – cos )) , FUNÇÕES COM VALORES VETORIAIS – AULA 1 CÁLCULO III Reta Tangente a trajetória de f(t) no ponto f(t0 ) Exemplo Calcular a reta tangente para a curva Identificando o valor do parâmetro t que satisfaz a curva observamos que o único valor é t = 1. Derivamos a função vetorial dada. FUNÇÕES COM VALORES VETORIAIS – AULA 1 CÁLCULO III Esta função nos leva ao vetor diretor (vetor tangente a curva), ou seja, o vetor v = (3,2,1). A reta tangente será: FUNÇÕES COM VALORES VETORIAIS – AULA 1 CÁLCULO III RESUMINDO FUNÇÕES COM VALORES VETORIAIS – AULA 1 CÁLCULO III FUNÇÕES COM VALORES VETORIAIS – AULA 1 CÁLCULO III Aula_02.pptx CÁLCULO III Aula 2 – Aplicações ao Movimento e Comprimento De Arco FUNÇÃO LOGARÍTMICA - AULA 6 Conteúdo Programático Introdução Aplicações ao Movimento Exemplos Comprimento de Arco 5. Exemplos Aplicações ao Movimento e Comprimento de Arco – Aula 2 CÁLCULO III FUNÇÃO LOGARÍTMICA - AULA 6 INTRODUÇÃO Interpretação física da derivada Aplicações ao Movimento e Comprimento de Arco – Aula 2 CÁLCULO III FUNÇÃO LOGARÍTMICA - AULA 6 Vamos considerar uma partícula em movimento no espaço (R2 ou em R3). Observe que quando t varia, a extremidade livre do vetor σ(t) descreve a trajetória C da partícula. A função σ(t) é dita função posição do movimento. Suponhamos que a partícula esteja em P no tempo t e em Q no tempo t+Δt. Veja que Δσ = σ(t+Δt) - σ(t) representa o deslocamento da partícula de P para Q, no intervalo Δt. Aplicações ao Movimento e Comprimento de Arco – Aula 2 CÁLCULO III FUNÇÃO LOGARÍTMICA - AULA 6 Aplicações ao Movimento e Comprimento de Arco – Aula 2 CÁLCULO III FUNÇÃO LOGARÍTMICA - AULA 6 A partir da função posição podemos falar dos conceitos físicos → vetor velocidade, velocidade escalar e vetor aceleração. DEFINIÇÃO 1 Considere a função posição σ(t). A sua derivada σ’(t) é chamada vetor velocidade. Notação: V(t) → vetor velocidade da partícula APLICAÇÕES AO MOVIMENTO Aplicações ao Movimento e Comprimento de Arco – Aula 2 CÁLCULO III FUNÇÃO LOGARÍTMICA - AULA 6 Observação: O vetor velocidade é sempre tangente à trajetória no ponto em que a partícula se encontra. Aplicações ao Movimento e Comprimento de Arco – Aula 2 CÁLCULO III FUNÇÃO LOGARÍTMICA - AULA 6 DEFINIÇÃO 2 O comprimento do vetor velocidade,||σ’(t)||, é chamado de velocidade escala. Notação: v(t) → velocidade escalar Aplicações ao Movimento e Comprimento de Arco – Aula 2 CÁLCULO III FUNÇÃO LOGARÍTMICA - AULA 6 DEFINIÇÃO 3 O vetor aceleração da partícula é dado pela derivada do vetor velocidade → V’(t) ou σ’’(t) Notação: a(t) → vetor aceleração da partícula Observação: O vetor aceleração é perpendicular ao vetor velocidade. Aplicações ao Movimento e Comprimento de Arco – Aula 2 CÁLCULO III FUNÇÃO LOGARÍTMICA - AULA 6 CONCLUSÃO Quando é derivável, o vetor velocidade da partícula é dado por Quando é derivável, a aceleração da partícula é dada por A velocidade escalar v(t) é dada por ||σ’(t)|| v(t) = ||σ’(t)|| Aplicações ao Movimento e Comprimento de Arco – Aula 2 CÁLCULO III FUNÇÃO LOGARÍTMICA - AULA 6 EXEMPLO 1 Determinar o vetor velocidade, vetor aceleração e a velocidade escalar de uma partícula que se move segundo a função abaixo: Mostre que o vetor velocidade é perpendicular ao vetor posição e que o vetor aceleração é perpendicular ao vetor velocidade. Aplicações ao Movimento e Comprimento de Arco – Aula 2 CÁLCULO III FUNÇÃO LOGARÍTMICA - AULA 6 Cálculo do vetor velocidade da partícula Aplicações ao Movimento e Comprimento de Arco – Aula 2 CÁLCULO III FUNÇÃO LOGARÍTMICA - AULA 6 Cálculo do vetor aceleração da partícula Aplicações ao Movimento e Comprimento de Arco – Aula 2 CÁLCULO III FUNÇÃO LOGARÍTMICA - AULA 6 Cálculo do vetor velocidade escalar da partícula Aplicações ao Movimento e Comprimento de Arco – Aula 2 CÁLCULO III FUNÇÃO LOGARÍTMICA - AULA 6 Veja que dois vetores são perpendiculares se o seu produto escalar é nulo. Mostre que o vetor velocidade é perpendicular ao vetor posição e que o vetor aceleração é perpendicular ao vetor velocidade. Aplicações ao Movimento e Comprimento de Arco – Aula 2 CÁLCULO III FUNÇÃO LOGARÍTMICA - AULA 6 Portanto, o vetor velocidade é perpendicular ao vetor posição e o vetor aceleração é perpendicular ao vetor velocidade. Aplicações ao Movimento e Comprimento de Arco – Aula 2 CÁLCULO III FUNÇÃO LOGARÍTMICA - AULA 6 Aplicações ao Movimento e Comprimento de Arco – Aula 2 CÁLCULO III FUNÇÃO LOGARÍTMICA - AULA 6 EXEMPLO 2 Dois carros A e B percorrem, respectivamente, as estradas E1 e E2, e têm seus movimentos descritos pelas funções e Determine o ponto P onde as estradas se cruzam. (b) Os carros colidem no ponto P? (c) Qual a velocidade que os carros chegam ao ponto de encontro? Aplicações ao Movimento e Comprimento de Arco – Aula 2 CÁLCULO III FUNÇÃO LOGARÍTMICA - AULA 6 Dois carros A e B percorrem, respectivamente, as estradas E1 e E2, e têm seus movimentos descritos pelas funções Determine o ponto P onde as estradas se cruzam. Primeiro devemos observar que σ1 = (t,t2) tem x(t) = t e y(t) = t2, portanto a equação cartesiana será y = x2. Com o raciocínio análogo σ2 = (t,7t - 10), x(t) = t e y(t) = 7x – 10, portanto a equação cartesiana será y = 7x – 10. Aplicações ao Movimento e Comprimento de Arco – Aula 2 CÁLCULO III FUNÇÃO LOGARÍTMICA - AULA 6 Encontramos o ponto onde as estradas se cruzam resolvendo o sistema formado por y= x2 e y= 7x -10. Igualando as duas equações x2 = 7x -10, e resolvendo a equação do segundo grau encontramos como raízes os números reais 5 e 2. Concluímos, então que temos dois pontos de encontro entre y(t) = t2 e y = 7x – 10 que são as coordenadas (5,25) e (5,4). Aplicações ao Movimento e Comprimento de Arco – Aula 2 CÁLCULO III FUNÇÃO LOGARÍTMICA - AULA 6 Dois carros A e B percorrem, respectivamente, as estradas E1 e E2, e têm seus movimentos descritos pelas funções e (b) Os carros colidem no ponto P? Para saber se os carros colidem, basta verificar em que tempo cada um deles passa no ponto de interseção (item a). Para σ1 = (t,t2) temos x(t) = t = 5 e para σ2 = (t,7t - 10), temos x(t) = t=5. Logo os carros colidem. Aplicações ao Movimento e Comprimento de Arco – Aula 2 CÁLCULO III FUNÇÃO LOGARÍTMICA - AULA 6 Dois carros A e B percorrem, respectivamente, as estradas E1 e E2, e têm seus movimentos descritos pelas funções e (c) Qual a velocidade que os carros chegam ao ponto de encontro? Precisamos calcular a velocidade escalar v(t) = || σ`(t)|| e v(t) = ’(t). Aplicações ao Movimento e Comprimento de Arco – Aula 2 CÁLCULO III FUNÇÃO LOGARÍTMICA - AULA 6 Para o carro A temos: Com t = 5 → Para o carro B temos: Aplicações ao Movimento e Comprimento de Arco – Aula 2 CÁLCULO III FUNÇÃO LOGARÍTMICA - AULA 6 COMPRIMENTO DE ARCO Considere a curva definida por e , como a trajetória descrita por uma partícula que se move com velocidade escalar . v(t) = =|| σ`(t)|| Aplicações ao Movimento e Comprimento de Arco – Aula 2 CÁLCULO III FUNÇÃO LOGARÍTMICA - AULA 6 Queremos encontrar o comprimento dessa curva quanto t varia de a até b. DEFINIÇÃO Seja C uma curva definida pela função vetorial σ(t), t variando no intervalos [a,b] de classe C1. O comprimento da curva C é definido por Aplicações ao Movimento e Comprimento de Arco – Aula 2 CÁLCULO III FUNÇÃO LOGARÍTMICA - AULA 6 OBSERVAÇÃO Se C é uma curva em R2 então podemos escrever L(C) da seguinte forma: Se C é uma curva em R3 então podemos escrever L(C) da seguinte forma: Aplicações ao Movimento e Comprimento de Arco – Aula 2 CÁLCULO III FUNÇÃO LOGARÍTMICA - AULA 6 EXEMPLO 1 , . Cálculo da derivada da função dada. Vamos calcular o comprimento da curva (hélice circular). Aplicações ao Movimento e Comprimento de Arco – Aula 2 CÁLCULO III FUNÇÃO LOGARÍTMICA - AULA 6 Aplicações ao Movimento e Comprimento de Arco – Aula 2 CÁLCULO III FUNÇÃO LOGARÍTMICA - AULA 6 EXEMPLO 2 Vamos calcular o comprimento da curva Cálculo da derivada da função dada. Aplicações ao Movimento e Comprimento de Arco – Aula 2 CÁLCULO III FUNÇÃO LOGARÍTMICA - AULA 6 Aplicações ao Movimento e Comprimento de Arco – Aula 2 CÁLCULO III FUNÇÃO LOGARÍTMICA - AULA 6 EXEMPLO 3 Vamos calcular o comprimento da curva Cálculo da derivada da função dada. Aplicações ao Movimento e Comprimento de Arco – Aula 2 CÁLCULO III FUNÇÃO LOGARÍTMICA - AULA 6 Vamos chamar de u e derivar Aplicações ao Movimento e Comprimento de Arco – Aula 2 CÁLCULO III FUNÇÃO LOGARÍTMICA - AULA 6 Aplicações ao Movimento e Comprimento de Arco – Aula 2 CÁLCULO III FUNÇÃO LOGARÍTMICA - AULA 6 RESUMINDO Aplicações ao Movimento e Comprimento de Arco – Aula 2 CÁLCULO III FUNÇÃO LOGARÍTMICA - AULA 6 Aplicações ao Movimento e Comprimento de Arco – Aula 2 CÁLCULO III FUNÇÃO LOGARÍTMICA - AULA 6 Aula_03.pptx CÁLCULO III AULA 3 – Os Vetores Tangente Unitário, Normal Principal e Curvatura Conteúdo Programático 1. Vetor tangente 2. Reta tangente 3. Vetor tangente unitário 4. Vetor Normal principal 5. Curvatura Os Vetores Tangente Unitário, Normal Principal e Curvatura – Aula 3 CÁLCULO III FUNÇÃO LOGARÍTMICA - AULA 6 VETOR TANGENTE é a derivada da função vetorial Os Vetores Tangente Unitário, Normal Principal e Curvatura – Aula 3 CÁLCULO III EXEMPLOS 1. Determinar o vetor tangente da seguinte função, no ponto indicado. Inicialmente devemos identificar o valor do parâmetro t que satisfaz a curva. Os Vetores Tangente Unitário, Normal Principal e Curvatura – Aula 3 CÁLCULO III Agora podemos calcular a derivada da f(t) no ponto t0 = -1. 2. Determinar o vetor tangente da seguinte função, no ponto indicado. Os Vetores Tangente Unitário, Normal Principal e Curvatura – Aula 3 CÁLCULO III Inicialmente devemos identificar o valor do parâmetro t que satisfaz a curva. Agora podemos calcular a derivada da g(t) no ponto t0 = 1. Os Vetores Tangente Unitário, Normal Principal e Curvatura – Aula 3 CÁLCULO III 3. Determinar o vetor tangente da seguinte função, no ponto indicado. Os Vetores Tangente Unitário, Normal Principal e Curvatura – Aula 3 CÁLCULO III Agora podemos calcular a derivada da f(t) no ponto t0 = π. Os Vetores Tangente Unitário, Normal Principal e Curvatura – Aula 3 CÁLCULO III RETA TANGENTE Vamos considerar P(x,y,z) um ponto de C e to um parâmetro. Conforme estudamos na aula 1 o vetor é tangente à curva no ponto P. Seja C uma curva representada por Os Vetores Tangente Unitário, Normal Principal e Curvatura – Aula 3 CÁLCULO III O vetor σ’(to ) determina a reta tangente em cada ponto da curva. Considerando σ(to ) = P e σ’(to ) = o vetor tangente a curva em P. A reta passa por um ponto P com direção Tem como equação r(t) = σ(to ) + t. σ’(to ) , t é um parâmetro real. Podemos escrever: Os Vetores Tangente Unitário, Normal Principal e Curvatura – Aula 3 CÁLCULO III EXEMPLO 1 Determinar a reta tangente da seguinte função, no ponto indicado. Inicialmente devemos identificar o valor do parâmetro t que satisfaz a curva. Vamos considerar t0 = 1. Derivamos a função vetorial dada. Os Vetores Tangente Unitário, Normal Principal e Curvatura – Aula 3 CÁLCULO III Esta função nos leva ao vetor diretor ou seja, o vetor v = (3,2,1). A reta tangente será: Os Vetores Tangente Unitário, Normal Principal e Curvatura – Aula 3 CÁLCULO III OBSERVAÇÃO P Os Vetores Tangente Unitário, Normal Principal e Curvatura – Aula 3 CÁLCULO III EXEMPLO 2 Determinar a reta tangente da seguinte função, no ponto indicado. Para obter o valor de t0, correspondente ao ponto P, usamos as equações paramétricas da curva. Os Vetores Tangente Unitário, Normal Principal e Curvatura – Aula 3 CÁLCULO III Os Vetores Tangente Unitário, Normal Principal e Curvatura – Aula 3 CÁLCULO III A equação da reta tangente será dada por Podemos também escrever Os Vetores Tangente Unitário, Normal Principal e Curvatura – Aula 3 CÁLCULO III VETOR TANGENTE UNITÁRIO Dada a curva C, desejamos encontrar, em cada ponto dessa curva, um vetor tangente à curva, que seja unitário. Os Vetores Tangente Unitário, Normal Principal e Curvatura – Aula 3 CÁLCULO III C é uma curva representada por r (t) = (x(t),y(t), z(t)) e vimos que o vetor r’(t) é tangente à curva C. Os Vetores Tangente Unitário, Normal Principal e Curvatura – Aula 3 CÁLCULO III DEFINIÇÃO O vetor é chamado de vetor tangente unitário à curva C. Os Vetores Tangente Unitário, Normal Principal e Curvatura – Aula 3 CÁLCULO III Observação: Quando uma partícula se move ao longo de uma curva C, o vetor T(t), sendo de comprimento constante, muda somente de direção, conforme pode ser visto na figura abaixo. Os Vetores Tangente Unitário, Normal Principal e Curvatura – Aula 3 CÁLCULO III EXEMPLO 1 Encontre o vetor T(t) a curva (t) = ( cos t, sen t), t ≥0 Os Vetores Tangente Unitário, Normal Principal e Curvatura – Aula 3 CÁLCULO
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