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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DO TRIBUNAL DO JURI DO ESDADO_______
Processo nº xxx
JERUSA, já qualificada nos autos do processo em epigrafe, que lhe move a Justiça Pública, por seu advogado signatário, inconformado com a r. decisão, que o pronunciou, vem, respeitosamente, dentro do prazo legal, perante Vossa Excelência, interpor RECURSO EM SENTIDO ESTRITO, com fulcro no art. 581, inciso IV, do CPP.
Requer seja recebido e processado o presente recurso e, caso Vossa Excelência entenda que deva ser mantida a respeitável decisão, que seja encaminhado ao Egrégio Tribunal de Justiça com as inclusas razões.
Nesses Termos,
Pede Deferimento.
Local/Data
Advogado
OAB/UF nº
RAZÕES DE RECURSO EM SENTIDO ESTRITO
RECORRENTE: Jerusa
RECORRIDA: Justiça Pública
Autos do processo nº xxx
Egrégio Tribunal,
Colenda Câmara,
Douto Procurador de Justiça, 
Em que pese o indiscutível saber jurídico do MM. juiz "a quo", impõe-se a reforma de respeitável sentença que pronunciou a Recorrente, pelas seguintes razões de fato e fundamentos a seguir expostas:
DOS FATOS
A Recorrente atropelou a vítima Diogo a caminho de um importante compromisso. Dirigia de forma respeitando os limites de velocidade, o contrário da vítima que estava em alta velocidade em sentido oposto da via. 
Ao tentar uma ultrapassagem veio a colidir com a vítima, acidente fatal. Instalado o processo ficou constatado que a mesma não liga a seta luminosa sinalizadora do veículo, vale ressaltar que a Recorrente não se evadiu do local prestando o devido socorro e ainda ligou para as autoridades competentes para noticiar o fato.
Fora lhe imputado pelo Ilustríssimo representante do Ministério Público a prática do delito de homicídio doloso simples, na modalidade dolo eventual (Art. 121 c/c 18, I parte final, ambos do Código Penal).
O Juiz singular competente, em decisão devidamente fundamentada, decidiu pronunciar Jerusa pelo crime apontado na inicial acusatória.
DO DIREITO
A qualificação da Recorrente nos Artigos 121 c/c com 18, I é um exagero processual da conduta típica do agente. Pois de acordo com o Artigo 291 do Código de Trânsito Brasileiro só se aplica o CP e o CPP quando não dispuser o referido Código, o que no fato concreto não ocorre.
A qualificação correta da conduta seria a do Artigo 302 c/c 291 do Código de Transito Brasileiro, que pelo princípio da especialidade, princípio este que determina que haverá a prevalência da norma especial sobre a geral, evitando o bis in idem, e pode ser estabelecido in abstracto, enquanto os outros princípios exigem o confronto in concreto das leis que definem o mesmo fato.
Art. 302. Praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor:
Penas - detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
Vale ressaltar que a qualificação de homicídio culposo com dolo eventual causa uma certa estranheza na ação, pois de acordo com a sua definição “dolo eventual” é quando o agente não quer mais assume o risco, ele prevê o resultado, o que no caso concreto não é válido. Pois o fato de não ter ligado a sinalização luminosa de seu veículo ao ultrapassar não significa que preveja o resultado, pois o agente confia em suas habilidades para manobrar o veículo. Deve ser demostrados mais elementos que justifiquem em dolo eventual, o que não se vê.
Por conseguinte, é demonstrado no laudo pericial que a vítima concorreu diretamente para o resultado, pois trafegava em alta velocidade em sua motocicleta.
DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer seja conhecido e provido o presente recurso, impronunciando-se a Recorrente, como medida de Justiça. 
Que a qualificação correta da conduta seja tipificada pelo CTB e não pelo CP e CPP de acordo com o princípio da espacialidade. 
Local/Data
Advogado
OAB/UF nº

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