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Alessandra Costa Rodrigues Beatris Mendes da Silva Maria do Socorro Félix Pinheiro Maria Talita Maia Rocha Risandra Roberta Aguiar de Souza INTRODUÇÃO As deficiências nutricionais acometem indivíduos de países desenvolvidos, mas em maior magnitude os indivíduos de países em desenvolvimento (WHO, 2011). Estima-se que mais de dois bilhões de pessoas no mundo tenham alguma deficiência de vitaminas e minerais essenciais, principalmente de ferro, vitamina A, iodo e zinco, sendo que a maioria delas vive em países de baixa renda (WHO, 2011). Fatores e risco para deficiências de micronutrientes enumerados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) pode-se destacar: Dieta monótona resultando em baixa ingestão e baixa biodisponibilidade, Especialmente de minerais; Baixa ingestão de alimentos de origem animal; baixa prevalência de aleitamento materno; Baixa densidade de micronutrientes na alimentação complementar; Estado nutricional geral prejudicado, especialmente, desnutrição energético-protéica; Pobreza; Nos últimos anos, houve importante redução da desnutrição infantil no Brasil, indicada pelo déficit estatura (< -2 DP da tabela de normalidade) que representa o efeito cumulativo do estresse nutricional sobre o crescimento esquelético. A redução foi de aproximadamente 50%, passando de 13,5% (IC 95% 12,1 - 14,8%) em 1996 para 6,8% (IC: 5,4 - 8,3%) em 2006/7. Atribui-se essa queda a quatro fatores principais: aumento da escolaridade materna (25,7%); crescimento do poder aquisitivo das famílias (21,7%); expansão da assistência à saúde (11,6%) à melhoria nas condições de saneamento (4,3%) Em alguns grupos populacionais específicos, porém, esse indicador continua demonstrando a presença do déficit, especialmente entre indígenas (26%), quilombolas (11,6%) e beneficiários do Programa Bolsa Família (9,2% na Região Norte). OBJETIVOS Potencializar o pleno desenvolvimento infantil. Contribuir com o alcance das metas de desenvolvimento do milênio (1- Acabar com a fome e a miséria; 4- Reduzir a mortalidade infantil). Reduzir a prevalência de anemia por deficiências nutricionais. Melhorar a ingestão de micronutrientes. Contribuir para a redução da deficiência de outros micronutrientes. UTILIZAÇÃO A fortificação caseira de alimentos com formulações em pó de múltiplos micronutrientes é recomendada para melhorar o nível de ferro e reduzir a anemia entre bebês e crianças de 6-23 meses de vida, começando ao mesmo tempo da introdução dos alimentos de desmame na dieta. Essa intervenção consiste na adição de uma mistura de micronutrientes em pó para formar qualquer alimento semissólido. A mistura é fornecida em sachês de porção individual, cujo conteúdo deve ser simplesmente salpicado sobre o alimento antes do consumo. Com esta intervenção, os alimentos podem ser fortificados em casa ou em qualquer outro lugar onde as refeições são consumidas (por exemplo, nas escolas, campos de refugiados); por isso o local também é chamado de “ponto de uso da fortificação” COMPOSIÇÃO DO SACHÊ BOLETIM ENFAC Estudo Nacional de Fortificação da Alimentação Complementar. Qualificações dos profissionais da UBS. Boletim ENFAC Crianças selecionadas a partir de um questionário feito nas Unidades Básicas de Saúde. As crianças foram divididas em dois grupo: controle e de intervenção. Os dois grupo passaram por orientações sobre práticas alimentares. Grupo de intervenção recebeu orientações sobre o sachê e a correta utilização. A pesquisa foi realizada entre junho de 2012 e julho de 2013. Grupo focais foram realizados nas 4 cidades em que o estudo foi aplicado. Foi aplicado um questionário, feita a avaliação do estado nutricional e consumo alimentar. Anemia foi 38% menor nas crianças que receberam a fortificação. Prevalência de deficiência de vitamina A foi 55% menor. A deficiência de ferro no grupo de intervenção foi 20% menor quando comparado ao grupo controle. Resultados ‹#› NUTRISUS IMPLEMENTADO NO PSE Boletim Enfac; - Ministério da Saúde; - Estratégia de fortificação da alimentação infantil com micronutrientes em pó - Nutrisus. ADESÃO adesão anual do PSE; - Componente II (Promoção da Saúde e Prevenção de Agravos e Doenças); - optativa. ENGLOBAMENTO E ÁREA TÉCNICA RESPONSÁVEL municípios PSE; - priorização; - creches > 95% crianças entre 6-48 meses; - GTI (Grupo de Trabalho Intersetorial) DISTRIBUIÇÃO Ministério da Saúde; - Armazenamento na Unidade Básica de Saúde do município; - Creches. ADMINISTRAÇÃO Adptar ao calendário do ano letivo da creche. MONITORAMENTO Simec ( Sistema integrado de Monitoramento, Execução e Controle); - indicador = mínimo 36 sachês; - Caderneta de Saúde da Criança. REFERÊNCIAS MS. Boletim ENFAC: Estudo Nacional de Fortificação da Alimentação Complementar. Rede de Alimentação e Nutrição do Sistema Único de Saúde - Entrevista – ENFAC. Disponível em: http://ecos-redenutri.bvs.br/tiki-index.php?page=enfac OMS. Diretriz: Uso de formulações em pó de múltiplos micronutrientes para fortificação caseira de alimentos consumidos por bebês e crianças de 6-23 meses de vida. Genebra: Organização Mundial da Saúde; 2013.
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