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CORRUPÇÃO ATIVA EM TRANSAÇÃO COMERCIAL INTERNACIONAL – ART. 337 B Corrupção ativa em transação comercial internacional Art. 337-B - Prometer, oferecer ou dar, direta ou indiretamente, vantagem indevida a funcionário público estrangeiro, ou a terceira pessoa, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício relacionado à transação comercial internacional: Pena – reclusão, de 1 (um) a 8 (oito) anos, e multa. Parágrafo único – A pena é aumentada de 1/3 (um terço), se, em razão da vantagem ou promessa, o funcionário público estrangeiro retarda ou omite o ato de ofício, ou o pratica infringindo dever funcional. Conceito e Objetividade Jurídica A lealdade do comércio exterior. Trata-se de um crime de corrupção ativa transnacional, onde o funcionário público estrangeiro aparece como objeto pessoal da corrupção. Sujeitos do Delito Crime comum pode ser praticado por qualquer pessoa. Sujeito passivo – a administração pública estrangeira. Elementos Objetivos do Tipo Conduta típica – oferecer, prometer, dar de forma direta ou indireta, vantagem indevida a funcionário público estrangeiro, ou a terceiro, com o fim de retardar, praticar ou omitir ato de ofício relacionado à transação comercial internacional. Não deve haver pedido por fato do funcionário, a conduta do agente ativo deve ser espontânea. Consumação e Tentativa Em relação aos verbos prometer, oferecer – cuida-se de crime formal, de consumação antecipada, no instante em que o funcionário público estrangeiro toma conhecimento da promessa ou oferecimento. No verbo dar a consumação ocorre quando o funcionário estrangeiro recebe a vantagem. Tentativa admissível. Elemento Objetivo do Crime É o dolo, a vontade livre de praticar o ato. Exige-se um segundo contido na expressão: “para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício”. Aumento de Pena – Parágrafo Único Com a concretização da conduta do funcionário público estrangeiro, visada pelo autor. TRÁFICO DE INFLUÊNCIA EM TRANSAÇÃO COMERCIAL INTERNACIONAL – ART. 337C Tráfico de influência em transação comercial internacional Art. 337-C - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, vantagem ou promessa de vantagem a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público estrangeiro no exercício de suas funções, relacionado a transação comercial internacional: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. Parágrafo único – A pena é aumentada da metade, se o agente alega ou insinua que a vantagem é também destinada a funcionário estrangeiro. Conceito Tutela na lealdade do comércio exterior. Trata-se de Tráfico de influência transnacional. Sujeitos do Delito Crime comum pode ser cometido por qualquer pessoa. Sujeito passivo o Estado. Elementos Objetivos do Tipo Conduta – Solicitar, Exigir, Cobrar, obter vantagem a pretexto de influir em ato de funcionário público estrangeiro em transação comercial internacional. Subsiste o delito ainda que tal funcionário não exista. Consumação e Tentativa Formal – nos verbos solicitar, exigir e cobrar. Material – no obter. Consuma-se no momento em que o sujeito obtém a vantagem ou sua promessa. Admite-se tentativa. Elemento Subjetivo do Tipo Primeiro o dolo e o segundo contido na expressão “para si ou para outrem”. Se o agente corrompe o funcionário público estrangeiro a corrupção ativa – art. 337B – absorve o tráfico de influência especial – art. 337C. Aumento de Pena – Parágrafo Único Não se exige declaração expressa, pode ser de maneira indireta. FUNCIONÁRIO PÚBLICO ESTRANGEIRO - ART. 337-D Funcionário público estrangeiro Art. 337-D - Considera-se funcionário público estrangeiro, para os efeitos penais, quem, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública em entidades estatais ou em representações diplomáticas de país estrangeiro. Parágrafo único – Equipara-se a funcionário público estrangeiro quem exerce cargo, emprego ou função em empresas controladas, diretamente ou indiretamente, pelo Poder Público de país estrangeiro ou em organizações públicas internacionais. Cargo público – corresponde ao criado por lei, com denominação própria e pago pelos cofres públicos estrangeiros. Empregos públicos – servidores estrangeiros que não titularizam cargos criados por lei e mantém vínculo empregatício com a administração pública estrangeira. Função pública – conjunto de atribuições que o poder público estrangeiro impõe aos seus servidores para a realização de serviços no plano do Poder Executivo, Legislativo e Judiciário. Parágrafo Único Pessoa física que a qualquer título exerce cargo emprego ou função em empresas controladas pelo poder público estrangeiro ou em organizações públicas internacionais.
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