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Aulas Direito Penal parte especial I

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DIREITO PENAL – PARTE ESPECIAL I
Conceito analítico de crime:
Elementos
	FATO TÍPICO
	ANTIJURÍDICO
	CULPÁVEL
	Conduta (ação/omissão) dolo ou culpa.
	Ilicitude (pressupõe-se sempre presente – PSP).
	Imputabilidade
	Resultado (crimes materiais ex. lesão corporal).
	Presente uma excludente, a antijuridicidade desaparece.
	Potencial conhecimento da ilicitude (PCI).
	Nexo Causal (relação/conexão entre a conduta e o resultado).
	
	Exigibilidade de conduta diversa (ECD) ex. lei seca.
	Tipicidade (previsto em lei + subsunção que é a perfeita adequação entre a norma jurídica abstrata e o caso concreto).
	
	
Crime Material: exige a conduta e o resultado e também exige a presença para a sua consumação delitiva. 
Crime Formal: a norma jurídica descreve a conduta, prevê o resultado, mas não exige a sua presença para a consumação delitiva.
Crime de Mera Conduta: a norma jurídica descreve a conduta, não prevê resultado e não exige presença para sua consumação.
Tentativa: ocorre quando o crime não se consome por circunstancias alheias á vontade do agente.
Homicídio – art. 121
Conceito: eliminação da vida humana extrauterina por outrem.
Objetividade jurídica: vida humana extrauterina.
Sujeito ativo: qualquer pessoa. Não se exige qualquer qualidade.
Elemento objetivo: crime de forma livre.
Elemento subjetivo: é o dolo genérico (vontade livre e consciente da prática da conduta prevista no tipo penal).
Consumação: crime material (se consuma com a morte da vítima).
Lei 9.434/97
Dec 2.268/97
OBS: Exame de corpo de delito pode ser direto (necropsia) ou indireto (elementos que comprovem).
Ação Penal Pública Incondicionada: o inquérito policial é apenas um acessório para o Ministério Público.
Tentativa Cruenta: a vitima foi efetivamente atingida pela conduta do agente.
Tentativa Incruenta ou Branca: a integridade da vitima não foi alcançada.
Homicídio Privilegiado – art. 121, parágrafo 1°
Conceito: possui relevante valor social, ou seja, é aquele que tem conexão com os interesses da Pátria. Possui, também, relevante valor moral, ou seja, não afasta o crime, mas pode configurar como minorante. 
Art. 121, parágrafo 1° - domínio de violenta emoção.
Art. 65, III, “c” – influência de violenta emoção. Não exige imediatividade.
Homicídio Qualificado – art. 121, parágrafo 2°
Pena de 12 a 30 anos.
As qualificadoras se subdividem em:
- Motivos (I, II) subjetivas.
- Meios empregados (III) objetiva.
- Modo de execução (IV) objetiva.
- Conexão (V) subjetivas.
1ª Posição: não é possível, pois a privilegiadora se encontra logo após o “caput” e só a ele se aplica. Ademais, o homicídio qualificado não é delito autônomo (como por ex. o infanticídio – art. 123) e não admite qualificadora.
2ª Posição: é possível, desde que as circunstâncias do delito sejam de caráter objetivo (modo de execução e meios empregados). Corrente Majoritária, bem como por decisão do STF.
Qualificadoras:
I – Paga ou promessa de recompensa: Paga – antecede a prática delitiva. Promessa – compromisso a ser cumprido após a prática delitiva. Outro motivo torpe (repugnante): extensão, interpretação analógica).
II – Motivo fútil (insignificante): exposição de motivos art. 38. Falta de motivo não pode ser considerado fútil. No fútil existe uma desproporção entre a causa e o crime. Na ausência de motivo não há fundamento para a prática delitiva. Se não for apresentada pelo Ministério Público, a qualificadora será julgada pelo “caput”, ou seja, homicídio simples.
III – Veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura, etc.
O homicídio qualificado pode ser:
Por Dissimulação: prática do delito com recurso empregado para enganar a vítima (ex. conquista a confiança para matar). É um disfarce.
Por Conexão: pode ser: 
- Teleológica: para assegurar a execução de outro crime. O homicídio será crime meio para que o agente possa alcançar seu objetivo. Aqui, não se aplica o Princípio da Consunção (o crime mais grave absorve o crime menos grave). Art. 121, parágrafo 3° e art. 163, parágrafo único.
- Consequencial: aquele praticado para assegurar a ocultação, impunidade ou vantagem de outro crime. 
1. Para ocultação de outro crime: o agente pratica o homicídio para impedir a descoberta da prática delitiva anterior.
2. Para assegurar a impunidade: mata para evitar a punição do delito antecedente.
3. Para assegurar a vantagem de outro crime: o que interessa ao agente é a percepção consequencial do delito anterior.
OBS: As qualificadoras devem ser de forma objetiva.
Lei 8.072/90 (Crimes Hediondos) parágrafo 1°, I, parte final.
Há supremacia da privilegiadora sobre a qualificadora. Na existência de mais de uma qualificadora deverá ver a qualificadora preponderante e as demais qualificadoras serão aplicadas como agravantes genéricas. Art. 61, IV há dosimetria da pena (mínima 12 e máximas 30 anos), são duas figuras dentro de um só inciso.
Homicídio Culposo – art. 121, parágrafo 3°
A culpa no direito penal é normativa, ou seja, o delito só será culposo se houver expressa determinação legal. Deve haver negligência, imprudência ou imperícia. 
Art. 302 CTB da Lei 9.503/97 (homicídio culposos sob veículo automotor).
Art. 121, parágrafo 4° - parte inicial é culposo e parte final é doloso no que se refere á idade. Doloso = idade.
Modalidades de Causa de Aumento de Pena:
Inobservância de Regra Técnica: o agente conhece o procedimento, tem habilidade, mas deixa de observar as regras (é negligente), diferente da imperícia onde não há conhecimento do procedimento. Art. 121 parágrafo 4°, CP.
Omissão de Socorro:
Art. 135, CP.
Art. 121, parágrafo 4° (o agente é o causador do fato jurídico lesivo e não presta socorro sem prejuízo pessoal).
Art. 302, parágrafo único, III, CTB (veículo automotor: o agente foi causador do dano e não prestou socorro sem prejuízo pessoal).
Art. 304, CTB (o agente não foi o causador do acidente automobilístico, mas está envolvido nele e não prestou socorro).
Art. 135, CP (não há envolvimento do indivíduo com o homicídio culposo. Não causou o acidente e nem fez parte dele. Exceto: passageiro de veículo automotor).
Perdão Judicial: art. 121, parágrafo 5°. Aplica-se também nos casos de homicídio culposo sob veículo automotor. No CTB não há previsão, foi vetada porque já havia previsão pelo Código Penal.
Participação em Suicídio (induzimento, instigação ou auxílio a suicídio).
Conceito: art. 122, CP. Sujeito ativo – qualquer pessoa. Sujeito passivo – qualquer pessoa com capacidade de entendimento (pessoa certa e determinada).
Elemento Objetivo: 
Induzir: criar o ideal suicida na mente da vítima (ex. você deveria se matar).
Instigar: desenvolver o ideal suicida que foi pré-concebido pela vítima (ex. A pensa em se matar e B diz que é a melhor coisa a se fazer).
Auxiliar: prestação material para suicídio, cuja conduta suicida parte da vítima (ex. A empresta uma arma de fogo para B se matar).
Prestação material + Conduta da vítima = SUICÍDIO.
Prestação material + Ato consumativo do agente (conduta do agente) = HOMICÍDIO.
Elemento Subjetivo: 
Dolo genérico: aceita a modalidade do dolo eventual (sempre). Ex: participação em suicídio.
Dolo específico: exige uma finalidade do agente. Ex: art. 159 – sequestro.
OBS: Só ocorre a consumação com a morte da vítima ou lesões corporais de natureza grave (art. 129, parágrafo 1° E/OU 2°).
OBS: Na tentativa é IMPOSSÍVEL o induzimento, instigação e auxílio.
Ação Penal Pública Incondicionada: aquele que participa do suicídio e sobrevive, responde apenas por participação.
Causas de Aumento de pena:
Motivo Egoístico: torpe.
A vítima é menor de 18 anos.
Diminuída por qualquer capacidade de resistência (ex. embriaguez, uso de tóxicos).
Infanticídio
Conceito: art. 123, CP. Puerpério: é o estado materno em que há deslocamento e expulsão da placenta até o retorno ás condições pré-gravídicas. Influência: perturbação psíquica da mulher em razão do estado puerperal. 
Como se procede a prova daperturbação psíquica? É necessária? O estado puerperal é necessário. OBS: Exposição de motivos item 40, código penal (justificativa). Nem sempre vai haver perturbação psíquica só porque está em puerpério, tem que provar.
Objetividade Jurídica:
A vida do feto nascente
Infanti nascido
Recém-nascido
Sujeito Ativo: é a mãe. É crime próprio, pois se exige uma qualidade especial do agente, mas que excepcionalmente pode ser praticado por interposta pessoa.
Sujeito Passivo: é o filho da parturiente na condição de feto nascente, infanti nascido e recém-nascido.
Feto Nascente: já foi expulso do útero e não recebeu os cuidados ainda.
Infanti Nascido: já recebeu os cuidados essenciais.
Recém Nascido: já nasceu e teve os cuidados essenciais – é considerado recém-nascido até 7 dias de vida.
Posição Majoritária: considera tudo até a amamentação. É crime próprio e não crime de mão própria.
Posição Minoritária: considera também os 7 dias após o parto.
Elemento Objetivo: matar sob influência do estado puerperal. Art. 30, CP – se comunida quando for elementar do crime.
Ser mãe -> elementar do infanticídio.
Se outra pessoa ajuda nesse crime, responde por coautoria de infanticídio. Cada um responde na medida de sua culpabilidade. Ex: art. 312 – peculato (crime próprio) não se comunicam as circunstâncias.
Elemento Subjetivo: é o dolo genérico (admite o dolo eventual).
Consumação: se consuma com a morte.
Tentativa: é admissível.
Ação Penal Incondicionada
Aborto
Conceito: é crime de abortamento (“ab ortus” – privado do nascimento). Aborto é a eliminação da vida humana intra-uterinba.
Tipos:
Autoaborto art. 124, 1ª parte.
Aborto Consensual art. 124, 2ª parte e art. 126.
Abordo Dissensual art. 125 e apenas o parágrafo único do art. 126.
Causas especiais de aumento de pena: art. 127
Exclusão de ilicitude (exclusão de criminalidade) – o art. 128 se divide em aborto necessário (estado de necessidade) e aborto sentimental (exercício regular do direito/estrito cumprimento do dever legal).
Objetividade Jurídica (bem jurídico protegido):
- No autoaborto: a proteção da vida humana do feto.
- No aborto consensual e dissensual: igualmente a vida humana do feto e a integridade da mãe.
Sujeito Ativo: 
- No autoaborto: é a mãe.
- No aborto consensual: é qualquer pessoa, tendo a mãe como partícipe.
- No aborto dissensual: pode ser qualquer pessoa.
Sujeito Passivo: 
- No autoaborto: é o feto.
- No aborto consensual e dissensual: é o feto e a mãe.
Elemento Objetivo: abortamento, eliminação da vida humana intra-uterina pela interrupção da gravidez com a morte do produto da concepção.
Gravidez Molar: não é abortamento.
Gravidez que se desenvolve nas trompas: não é abortamento porque não há vida intra-uterina.
Aborto Consensual: único fato jurídico que incidem duas normas: Concurso de pessoas – art. 29, CP. Aplicação da teoria unitária (ou monista), ou seja, respondem na medida de sua culpabilidade e Teoria Pluralista: um fato jurídico (mãe consentindo – sujeito ativo) e incidência de dois dispositivos diferentes para incriminar os autores. Mãe – autora e sujeito ativo, art. 124, 2ª parte. Indivíduo que pratica manobras abortivas (aquele que ajuda) – também é autor e sujeito ativo, art. 126 (1 a 4 anos de reclusão).
Art. 126 – qualquer pessoa / sujeito ativo.
Art. 126, parágrafo único – dissensual.
As causas de aumento de pena serão aplicadas em relação ao terceiro.
Exemplo dado em aula (instigar aborto):
Art. 124 – partícipe
Art. 13, “caput” em face do art. 24, 1ª parte.
Art. 29, “caput” (contribuiu para o delito)
Elemento Subjetivo: dolo
OBS: no caso de um aumento de pena admite-se o praeter dolo (produz mais do que pretende, ou seja, há dolo na conduta inicial e culpa no resultado).
Consumação: com a morte do produto da concepção.
Tentativa: é possível
Ação Penal: pública incondicionada
Aborto Eugenésico: deficiência física ou mental. Não é possível.
Aborto do Anencéfalo: de acordo com a lei não pode, tem que recorrer ao Poder Judiciário.
Causas de Aumento de Pena
Art. 27 Não é qualificadora e sim causa de aumento de pena.
Majoração penal – é aplicada ao terceiro que realiza as manobras abortivas e não para a gestante e partícipe.
+ 1/3 = lesão corporal de natureza grave e gravíssima (art. 129, parágrafos 1° e 2°).
X 2 = ocorre a morte da mãe (praeter dolo).
Excludente da Ilicitude
Médico: não é extinção da punibilidade (art. 107) e sim excludente da ilicitude (art. 128).
Aborto Necessário (art. 128, I): se não há outro meio de salvar a vida da gestante. Estado de necessidade de terceiro. Art. 23, I em relação ao art. 128, I.
Aborto Sentimental (resultante de estupro): art. 128, II e 215. É exercício regular de direito (para a gestante) e estrito cumprimento do dever legal (para o médico). Se o médico achar que a gestante foi estuprada e realizar o aborto, exclui o dolo e a culpa, mas a gestante responde por que houve consentimento dela.
OBS: Estupro é crime de ação pública incondicionada. É necessário o consentimento válido da gestante.
Lesões corporais – Art. 129
Conceito: configuram-se como lesões corporais qualquer dano ocasionado a normalidade funcional do corpo humano seja ela autônima, fisiológica ou mental.
• A perícia é sempre obrigatória
• Vontade de lesão = “animus laedendi” ou “animus nocendi”
Objetividade jurídica: Integridade física e psíquica da pessoa humana.
Sujeito ativo: Qualquer pessoa exceto o próprio agente.
- Ninguém pode ser sujeito ativo e passivo do mesmo crime;
- O direito penal sempre protege o bem jurídico alheio significante; e
- O direito penal se rege pelo princípio da alteridade.
Sujeito passivo: Qualquer pessoa que não o próprio agente.
Elemento objetivo: Crime de forma livre.
- Verbo típico: ofender/atingir/macular a saúde ou integridade de outrem.
Lesões corporais graves:
Qualificadoras:
- Quando a lei menciona lesão corporal de natureza grave, insere se os §'s 1º e 2º, excluindo as gravíssimas.
- A lei não diferencia as lesões graves das gravíssimas. É uma diferenciação doutrinária. É apontada quanto à aplicação da pena.
Lesões corporais de natureza grave §1º
- exame complementar obrigatório após 30 dias, sem ele não se comprova a qualificadora
- delito material
- perigo de vida deve ser comprovado mediante perícia por médico legal e não presumido (II)
- debilidade é um enfraquecimento (III) redução, diminuição da capacidade que deve ser duradoura não necessariamente perpétua
- membros = partes do corpo que se ligam ao tronco
- superiores = braço, antebraço e mão
- inferiores = coxa, perna e pé
- sentido = faculdade de percepção
- vista, audição, olfato, paladar e tato
- função= atuação própria de um órgão
- respiratória, circulatória, digestiva, secretora, locomotora, reprodutiva, sensitiva e cognitiva
- aceleração do parto (IV) – expressão equivocada, o certo seria "antecipação do parto" (modalidade de lesão preterdolosa, obrigatoriamente)
Lesões corporais gravíssimas (art. 129 § 2º):
- incapacidade permanente para o trabalho
- traz incapacidade para qualquer trabalho e não somente para aquele em que a pessoa exercia anteriormente ao crime
- enfermidade incurável (II) – é aquela em que não há probabilidade de prazo específico para cura
- perda ou inutilização:
Perda – pode se dar por mutilação ou amputação
		- mutilação é concorrente à lesão corporal 
		- amputação é a remoção médica do membro
		- inutilização – membro ou órgão se encontra junto ao corpo, mas se torna incapaz de realizar a atividade para a qual se destina.
	 - deformidade permanente:
		- deformidade: prejuízo estético visível
		- permanente: irreparável não se descaracterizando pelo disfarce ou exigência de cirurgia plástica.
 - aborto – também exige conduta preterdolosa porem o aborto em si não era a intenção do agente.
Lesão corporal seguida de morte:
- é a principal ferramenta para os advogados tentarem descaracterizaro homicídio
- há dolo na lesão corporal e culpa no resultado, o aborto
Causas de diminuição de pena §4º:
- o crime existe
- os efeitos penais devem ser considerados
- substituição da pena de reclusão para pena de multa em casos de lesão corporais leves
- só se aplica ao caput
- lesão leve + lesão privilegiada = substituição
- lesão leve + lesão recíproca = substituição
- não deve haver desproporcionalidade com relação a reciprocidade da lesão
Lesão corporal culposa:
- praticada mediante conduta negligente, imprudente ou imperita
Causa de aumento de pena:
- lesão dolosa exige se apenas a idade da vítima
- culpa = inobservância de regra técnica ou omissão
- ver regras do homicídio, são idênticas
Perdão judicial § 8º:
- consequências para o agente foram tão graves para o mesmo que se tona desnecessária a aplicação da pena
Violência doméstica § 9º:
- a vítima sempre deverá ser mulher (lei Maria da Penha)
- mulher sempre deve ser sujeito passivo para aplicação desse dispositivo
- "com quem conviva ou tenha convivido" e "hospitalidade" – não só CADE
- §10 aumento de pena específica – incide na lesão corporal grave, gravíssima ou seguida de morta em relação de violência doméstica.
- §11, pessoa com deficiência e violência doméstica (decreto lei 6.949/2009)
Crimes de perigo concreto: onde a conduta do agente traz um risco potencial e real. Corrente Majoritária.
Direção perigosa pré intencional, mesmo sem ter provocado acidente. Corrente Minoritária – Fernando Capez.
No caso de direção com zig zag pode eventualmente aparecer um pedestre: perigo abstrato
	Perigo de contágio venéreo
	Perigo de contágio de moléstia grave
	Abandono de incapaz
	Exposição ou abandono de recém-nascido
	Art. 130. objetividade jurídica: saúde da pessoa humana
	Art.131. Objetividade jurídica: saúde humana.
	Art. 133. Objetividade jurídica: saúde da pessoa humana
	Art. 134. Objetividade jurídica: vida do recém-nascido/segurança.
	Sujeito ativo: qualquer pessoa
	Sujeito ativo: qualquer pessoa
	Sujeito ativo:
- crime próprio
- tutor, curador e qualquer pessoa que tenha outra sob seus cuidados.
	Sujeito ativo: a desonra tem que ser própria (crime próprio) É a mãe. Ex: cometido pela mãe para ocultar gravidez extraconjugal, ou pai, e também, incesto. Não pode ser desonra alheia por ex. Avó não pode abandonar recém-nascido, ou seja, não configura abandono.
Crime passível de concurso de pessoas -desonra própria -é elementar do tipo e se comunica aos demais envolvidos na empreitada.
	Sujeito passivo: qualquer pessoa, a manifestação do consentimento da vítima não afasta o crime porque o bem jurídico protegido é indisponível.
	Sujeito passivo: qualquer pessoa
	Sujeito passivo: pessoa que está incapaz de se defender.
	Sujeito passivo: recém-nascido, em média até o sétimo dia.
	Elemento objetivo: - verbo típico – expor – colocar alguém em risco de contágio venério mediante a prática de conjunção carnal ou ato libidinoso diverso dela.
	Elemento objetivo: verbo típico praticar - realizar qualquer conduta capaz de produzir o contágio.
	Elemento objetivo: verbo – abandonar; deixar de prestar assistência (conduta omissiva)
	Elemento objetivo:
Expor/remover a vítima de local seguro para outro em que não lhe será prestada assistência.
Abandonar/ omitir assistência ao recém-nascido.
	Elemento subjetivo: 
- dolo
- admite dolo eventual (dolo genérico)
- conduta culposa também é admitida
	Elemento subjetivo: dolo específico, não tem modalidade culposa.
	Elemento subjetivo: dolo genérico (não se exige qualquer finalidade do agente, se houver é mero exaurimento).
	Elemento subjetivo: dolo específico, porque exige uma finalidade (ocultar desonra própria).
	Consumação: expondo ao risco de perigo concreto.
	Consumação: com a prática da conduta
	Consumação: se dá com o abandono e efetiva exposição a risco concreto.
	Consumação: em razão da exposição ao abandono a vítima sofre risco concreto. Perigo concreto mesmo que por apenas um segundo.
	Tentativa: é possível, pois o perigo é concreto. Ex. No instante em que o agente irá cometer a conjunção carnal e é impedido
	Tentativa: é admissível
	Tentativa: é admissível.
	Tentativa: é admissível 
	Ação penal: pública condicionada à representação
	Ação Penal: Pública Incondicionada
	Ação Penal: Pública Incondicionada
	Ação Penal: Pública Incondicionada
	Conduta: contágio venéreo qualificada. É Dolo específico
	
	Qualificadoras: Preter Dolo §§1° e 2°. Causas de aumento de pena / parágrafo 3°: o rol é taxativo, se for ascendente, descendente, irmão, tutor, curador ou a vitima for maior de 60 anos desde que seja incapaz de se defender.
	Qualificadoras: §§ 1º 2º, crimes preterdoloso.
	
	
	
	
Omissão de Socorro
Tanto a ação quanto a omissão no direito penal brasileiro são normativas. Só é omissão quando a lei disser.
Objetividade jurídica: o dever de solidariedade e assistência para proteção da vida e integridade humana.
Sujeito ativo: pode ser qualquer pessoa.
Sujeito passivo:
Criança abandonada, deixada em determinado lugar pelos responsáveis]
Criança extraviada: perdida
Pessoa inválida, pessoa ferida: ao desamparo
 Pessoa em grave e eminente perigo.
Elemento objetivo: deixar/falta de assistência imediata: O agente pode prestar socorro e não o faz. Deixar/falta de assistência mediata: não pode prestar assistência em face de risco pessoal e não solicita auxilio. 
Elemento subjetivo: dolo 
Consumação: com a omissão
Tentativa: inadmissível
Ação penal: pública incondicionada
Causas de aumento de pena: ½ lesão grave e triplicada se houve morte.
OBS:
- Remissão: perdão
- Remição: resgate de uma norma
Remissão Concedida:
CTB – art. 303, parágrafo único – com remissa ao inciso III. Causou culposamente o acidente no trânsito e não prestou socorro.
CTB - Art. 303. Praticar lesão corporal culposa na direção de veículo automotor: Penas - detenção, de seis meses a dois anos e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor. Parágrafo único. Aumenta-se a pena de um terço à metade, se ocorrer qualquer das hipóteses do parágrafo único do artigo anterior. 
CTB - Art. 304. Deixar o condutor do veículo, na ocasião do acidente, de prestar imediato socorro à vítima, ou, não podendo fazê-lo diretamente, por justa causa, deixar de solicitar auxílio da autoridade pública: Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa, se o fato não constituir elemento de crime mais grave. Parágrafo único. Incide nas penas previstas neste artigo o condutor do veículo, ainda que a sua omissão seja suprida por terceiros ou que se trate de vítima com morte instantânea ou com ferimentos leves. 
CTB - Art. 305. Afastar-se o condutor do veículo do local do acidente, para fugir à responsabilidade penal ou civil que lhe possa ser atribuída: Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
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