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LUÍSA PAULA NOGUEIRA
 ADVOGADOS ASSOCIADOS
_________________________________________________________________________________________________________________________________________
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ RELATOR DA TURMA RECURSAL UNIFICADA DE PORTO VELHO-RO. 
FULANO DE TAL, brasileira, casada, servidora estadual, portadora da CI/RG nº XXXXXXXXXXXXXXXXXXX, inscrita no CPF sob o nº. XXXXXXXXXX, residente e domiciliada na Alameda XXXXXXXXX, nº X, Setor X, em Ariquemes/RO, através de suas procuradoras judiciais que a esta subscrevem, com fundamento no artigo 5º, LXIX, da Constituição da República Federativa do Brasil e da Lei 12.016/09 impetrar o presente MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO LIMINAR, visando proteger direito líquido e certo seu, indicando como apontando como autoridade coatora, a ilustre Magistrada do Juizado Especial Cível da Comarca de Ariquemes-RO, Dr. XXXXXXXXXX, pertence aos quadros do TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE RONDÔNIA, pelos motivos e fundamentos que a seguir passa a expor:
1. DOS FATOS
A autora, ora Impetrante é Professora servidora do Estado de Rondônia e ajuizou ação pleiteando seus direitos ao recebimento do Auxílio Alimentação no processo nº XXXXXXXXXXXXXX, cuja cópia dos autos é anexada neste ato. 
Ao receber a inicial a autoridade coatora proferiu decisão no sentido de ser julgado improcedente a pretensão da impetrante, julgando definitivamente do mérito. Em razão dessa decisão foi interposto Recurso Inominado com pedido de beneficio da lei 1060/50 – Justiça Gratuita, já que a impetrante não possui recursos para arcar com seu sustento e custear as despesas com tratamento de saúde que vem sofrendo.
Ao receber o recurso inominado interposto pela impetrante, à autoridade coatora acima mencionada indeferiu o pedido de beneficio de justiça gratuita, entendo que a impetrante possui recursos suficientes para arcar com as despesas processuais, determinado o recolhimento do preparo recursal no prazo de 48 horas.
Em sua fundamentação para indeferir a justiça gratuita, defendeu a magistrada que o valor descrito no contracheque da recorrente a título de remuneração, possibilita o pagamento das despesas recursais, sem prejuízos do próprio sustento, ademais, mencionou que o fato da recorrente ter contratado um advogado particular, também colabora para tal entendimento.
Em que pese a decisão indeferindo a gratuidade judicial, insta ressaltar que a impetrante embora tenha emprego fixo, no momento não pode arcar com às custas processuais, o que restará corroborado pela juntada do seu contra cheque, contrato de honorários onde consta o patrocínio da causa condicionado ao sucesso da demanda, bem como atestado médico comprovando que a impetrante se encontra em tratamento de saúde.
		Destaca-se Excelências, que em ações idênticas também envolvendo professores a Ilustre Magistrada deferiu o pedido de justiça gratuita (como exemplo, seguem em anexo as decisões dos processos nº XXXXXXXXXXXXXXXXX e agora nega o pedido da Impetrante sob esta alegação.
Outro aspecto que merece ser realçado é o fato de estarmos confeccionando tal pedido num campo onde se exige menos regularidades processuais, o campo do juizado Especial da Fazenda Pública, razão porque, não se pode retirar da impetrante o direito ao Recurso.
2. DO ATO COATOR – ILEGALIDADE DO ATO (DECISÃO)
A Impetrante encontra-se amparado pela Constituição Federal, ou seja, do princípio da AMPLA DEFESA, art. 5º, inciso LV, art. 54, parágrafo único da Lei Federal 9.099/95, bem como a Lei 1.060/50, leis que garantem transparentemente o direito ao Recurso para reexame da causa por Turma Recursal, mesmo quando a parte não tenha meio financeiro para tanto.
Ao receber o Recurso Inominado a magistrada proferiu sua decisão nos seguintes termos: 
“A parte autora interpôs recurso aos autos e informou que não recolheu preparo recursal porque litiga em juízo sob o benefício da assistência judiciária gratuita. Ocorre que a hipótese dos autos não autoriza a concessão do benefício, de modo que compete à parte autora o respectivo recolhimento do preparo, caso intente o recebimento do recurso interposto. A parte autora é servidora pública e o valor descrito em seu contracheque a título de remuneração possibilita o pagamento das despesas processuais sem prejuízo do próprio sustento ou de seus familiares. Logo, na qualidade de servidora pública, a parte possui rendimentos compatíveis com o pagamento das despesas do processo, notadamente para pagamento do preparo recursal. Além disso, ao ingressar com a presente demanda a autora optou pela contratação de advogado particular, celebrando contrato de honorários com o profissional, o qual certamente não patrocinou a causa a título gracioso. Referida situação mais uma vez corrobora a capacidade financeira da parte autora. Logo, não há nos autos razão que justifique a concessão do benefício, conforme pretendido em sede recursal. Pelo exposto, INDEFIRO o pedido de Justiça Gratuita e determino a intimação da parte autora para comprovar o recolhimento do preparo recursal no prazo de 48 horas, sob pena de deserção do recurso interposto”
Ademais a magistrada ao conceder o benefício da justiça gratuita para outros servidores da mesma categoria, que recebem os mesmos valores e pleiteiam pedidos idênticos é uma violação ao princípio da igualdade consagrado na Constituição Federal Art. 5º caput, restando claro que há um tratamento diferenciado.
Assim, ao proferir decisão indeferindo os benefícios da gratuidade judicial a autoridade coatora, acabou por praticar ato ilegal consistente na ofensa ao disposto nos artigos Art. 4º. Lei 1.060/50 e Artigo 5º, caput e incisos LV e LXXIV da Constituição Federal/88.
3. DA LESÃO
A Impetrante diante do ato ilegal praticado pela autoridade coatora, teve negado a ampla defesa e o acesso a Justiça, eis que houve recusa no recebimento do Recurso Inominado, exigindo o recolhimento do reparo, sob pena de deserção, impedindo o acesso ao duplo gral de jurisdição.
O duplo grau de jurisdição, caracteriza-se, pelo simples reexame do processo, ainda que essa nova análise seja feita. Sua adoção no sistema jurídico pátrio tem como finalidade precípua garantir a consecução da justiça a todos os cidadãos, possibilitando a correção de eventuais injustiças cometidos em um primeiro julgamento ou simplesmente assegurando ao sucumbente o direito de manifestar sua indignação ante um resultado desfavorável e solicitar uma reapreciação do processo.
Assim a lesão encontra-se configurada, uma vez que, como comprovado a requerente é pobre, esta doente e consequentemente tem muitas despesas com o tratamento, não tendo condições de suportar às custas processuais, não podendo ter negado o acesso a justiça.
4. DO DIREITO LÍQUIDO E CERTO
A Lei nº 1.060/50 e a Constituição Federal de 1988 garantem a gratuidade de Justiça a todos os jurisdicionados hipossuficientes que alegarem que não têm condições de acesso à Justiça, sem prejuízo de seu próprio sustento, assim vejamos:
  Art. 4º. lei 1.060/50 A parte gozará dos benefícios da assistência judiciária, mediante simples afirmação, na própria petição inicial, de que não está em condições de pagar as custas do processo e os honorários de advogado, sem prejuízo próprio ou de sua família.
Artigo 5º, inciso LXXIV CF: “O Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos”.
Conforme pode observar, as normas não exigem que os beneficiários da justiça gratuita ganhem extremamente pouco, para recebê-la sob a forma de isenção de custas, bastando que haja a insuficiência de recursos para custear o processo, ou, como reza a norma constitucional, que não estejam em condições de pagar custas do processo sem prejuízo próprio ou de sua família, bem como, as normas de concessão do benefício não vedam tal benesse a quem o requeira, através de advogados particulares.
Neste sentido é o entendimento jurisprudencial:
TJ-RJ - AGRAVO DE INSTRUMENTO AI 329816320128190000 RJ 0032981-63.2012.8.19.0000(TJ-RJ) Data de publicação: 29/06/2012. Ementa: DIREITO CONSTITUCIONAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. NÃO CONCESSÃO DE PLEITO DE GRATUIDADE DE JUSTIÇA. AFIRMAÇÃO DE POBREZA. RENDA MENSAL. HIPOSSUFICIÊNCIA CARACTERIZADA. LIVRE ACESSO À JUSTIÇA. 1. Afirmação de pobreza somada aos documentos adunados é o quanto basta a revelar a condição de hipossuficiente. 2. Jurisprudência dos Tribunais Superiores. Requisito suficiente para a concessão, a mera afirmação de pobreza, até que se produza prova em sentido contrário. 3. Irrelevante o fundamento da decisão vergastada. Imóvel situado em área valorizado. Aluguel no valor de R$ 1.200,00. Quantia destinada à filha da agravante, a quem, inclusive o imóvel foi doado. 4. Renda mensal a não alcançar o equivalente a dez salários mínimos. Jurisprudência do TJRJ orienta-se no sentido de reconhecer a carência econômica de quem não atinja este patamar. 5. Conjunto probatório que denota a hipossuficiência. 6. Interpretação divergente implicaria em restringir o livre acesso ao Judiciário, que é preceito constitucional. 7. Provimento do recurso. (sem grifos no original).
TJ-RS - Agravo de Instrumento AI 70056678642 RS (TJ-RS) Data de publicação: 03/10/2013 Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO PRIVADO NÃO ESPECIFICADO. AÇÃO MONITÓRIA. ASSITENCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. DEFERIMENTO. No ato de interposição do recurso, o recorrente comprovará, quando exigido pela legislação pertinente, o respectivo preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, sob pena de deserção (art. 511 , do CPC ), acarretando o não conhecimento do recurso. Entretanto, sendo objeto do recurso, justamente o indeferimento de AJG, dispensa-se o requisito em tela para a admissão do recurso. Nos termos do art. 4º , da Lei n. 1.060 /50, a parte gozará dos benefícios da assistência judiciária, mediante simples afirmação, na própria petição inicial, de que não está em condições de pagar as custas do processo e os honorários de advogado, sem prejuízo próprio ou de sua família. Não obstante, o art. 5º , da CF , dispõe que o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos. Assim, a jurisprudência entende que o juiz pode, diante de elementos em sentido contrário nos autos, entender que a simples declaração não basta para firmar a presunção relativa de necessidade. E pode determinar que o requerente, além da juntada de declaração de probreza, produza prova da necessidade, para fins de deferimento do benefício. O benefício da gratuidade judiciária pode ser concedido, sem maiores perquirições, aos que tiverem renda mensal até dez salários mínimos, nos termos do enunciado 2, da Coordenadoria Cível de Porto Alegre. Evidenciada tal situação, impõe-se a concessão do benefício. AGRAVO DE INSTRUMENTO PROVIDO, EM DECISÃO MONOCRÁTICA. (Agravo de Instrumento Nº 70056678642, Décima Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Elaine Maria Canto da Fonseca, Julgado em 30/09/2013). (sem grifos no original).
TJ-SP - Agravo de Instrumento AI 21122660820148260000 SP 2112266-08.2014.8.26.0000 (TJ-SP), Data de publicação: 05/08/2014, Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO. ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA ? BENEFÍCIOS ? CONCESSÃO ? MERA AFIRMAÇÃO DA PARTE ? RECURSO PROVIDO. Por força do artigo 4º, da Lei 1.060/50, basta para a concessão dos benefícios da assistência judiciária a mera afirmação da parte de que não tem condições de arcar com as despesas do processo sem prejuízo do seu sustento e do sustento de sua família. 
TRT-6 - AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO ORDINARIO AIRO 1535222011506 PE 0001535-22.2011.5.06.0022 (TRT-6), Data de publicação: 28/11/2011. Ementa: ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. CONTRATAÇÃO DE ADVOGADO PARTICULAR. DEFERIMENTO. O fato de a reclamante ter contratado advogado particular para defendê-la em juízo não pode servir de óbice ao deferimento dos benefícios postulados. Agravo de Instrumento provido. (sem grifos no original).
Data de publicação: 19/07/2012. Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO. ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. CONTRATAÇÃO DE ADVOGADO PARTICULAR NÃO INFIRMA A MISERABILIDADE. 1. A Lei 1.060 /50 não cria óbice para a contratação de advogado particular para atuar em defesa de beneficiário da justiça gratuita. O deferimento de tal benefício não se relaciona aos honorários advocatícios contratuais, tampouco condiciona a que apenas os defensores públicos ou dativos possam atuar no feito sob a proteção do referido diploma legal. 2. O fato de a parte autora ter optado por contratar advogado particular não infirma sua condição de miserabilidade, porquanto se cuida de direitos distintos. Assim, não seria razoável a imposição de vínculo entre situações diversas. 3. Agravo de instrumento a que se dá provimento para assegurar à parte agravante que seja representada pelo advogado por ela própria constituído. 
Como se pode observar, os argumentos utilizados pela Ilustre Magistrada – autoridade coatora como motivos para o indeferimento da justiça gratuita não encontram amparo nas jurisprudências dos nossos tribunais pátrios, sendo que o juiz só pode indeferir a justiça gratuita quando houver fundadas razões para tanto.
Por outro lado o fato da autoridade coatora conceder o benefício da justiça gratuita para outros servidores da mesma categoria, que recebem os mesmos valores e pleiteiam pedidos idênticos é uma violação ao princípio da igualdade consagrado na Constituição Federal, restando claro que há um tratamento diferenciado.
 Assim, a Constituição Federal de 1988 dispõe em seu artigo 5º, caput, sobre o princípio constitucional da igualdade, nos seguintes termos: 
Artigo 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes. 
O princípio da igualdade prevê a equidade de aptidões e de possibilidades dos cidadãos de gozar de tratamento isonômico pela lei. Por meio desse princípio são vedadas as diferenciações arbitrárias e absurdas, não justificáveis pelos valores da Constituição Federal, e tem por finalidade limitar a atuação do legislador, do intérprete ou autoridade pública e do particular.
Como mencionado, o princípio da igualdade consagrado pela constituição impede que hajam tratamentos abusivamente diferenciados a pessoas que se encontram em situação idêntica. Em outro plano, na obrigatoriedade ao intérprete, basicamente, a autoridade pública, de aplicar a lei e atos normativos de maneira igualitária, sem estabelecimento de diferenciações.
Desta forma, resta comprovado que a recorrente é pobre na forma da lei e não pode arcar com as custas processuais, devendo a segurança ser concedida.
3. DO PEDIDO LIMINAR
Não obstante a existência do direito líquido e certo mencionado, o fato é que o impetrante teve negado o amplo acesso à Justiça, eis que houve recusa no recebimento do Recurso Inominado, exigindo o recolhimento do preparo, sob pena de deserção.
Como é do conhecimento de todos no Mandado de Segurança o pedido de liminar é de suma importância, sendo assim, dado o seu caráter de urgência, a autora pleiteia a concessão da liminar.
Conforme o art. 7º, III da Lei 12.016/09, ao despachar a inicial, o juiz ordenará que se suspenda o ato que deu motivo ao pedido, quando houver fundamento relevante e do ato impugnado puder resultar a ineficácia da medida, caso seja finalmente deferida. Diante do exposto, vê-se que o fundamento da presente impetração é relevante e que encontra amparo no texto da Constituição, sinal de bom direito.
O fumus boni iures, patente e facilmente detectável pela prova pré constituída, consistente nos documentos acostados a presente incicial onde se percebe o direito da impetrante, direito ao devido processo legal e à assistência judiciária gratuita pleiteada.
De igual modo, há risco na demora da prestação jurisdicional. Observa-se que o ato impugnado esta causando prejuízos e riscospor impossibilitar a impetrante o acesso à justiça, uma vez que esta precisa de um reexame do julgamento através da Turma Recursal, sendo que o ato da autoridade coatora está prejudicando esta apreciação, presentes assim o periculum in mora,
Desta forma, demonstrado que a impetrante não pode arcar com as despesas processuais, o fato da demora, diante da sua situação, em muito lhe prejudicará, por acaso não lhe seja concedida a justiça gratuita o recurso não será apreciado pela Turma Recursal, sendo graves os prejuízos que possam ser causados, por tudo isto, A LIMINAR É DE CARÁTER ESSENCIAL.
Assim, provado de forma clara o direito da impetrante, com toda a documentação acostada, roga pela LIMINAR, PARA QUE SEJA GARANTIDO A IMPETRANTE O DIREITO À ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA E O CONSEQUENTE PROCESSAMENTO DO RECURSO, COM A ABERTURA PARA O RECORRIDO CONTRARRAZOAR E SUA SUBIDA PARA FINS DE NOVO JULGAMENTO E REFORMA.
4. DOS PEDIDOS
Ante o exposto, requer:
a) Seja concedido o pedido LIMINAR, para o fim de conceder a Gratuidade de Justiça a Impetrante, dando-se ciência à autoridade coatora para que cumpra a ordem, maxima venia, a fim de se garantir ao impetrante o processamento do Recurso, vez que não possui recursos para custear as despesas do processo, juntou documentos neste sentido, existe Lei que o ampara, enfim, seu direito é líquido e certo.
b) Que se notifique a Autoridade Coatora do conteúdo da petição inicial, enviando-lhe a segunda via apresentada com as cópias dos documentos, afim de que, no prazo de 10 (dez) dias, preste as informações;
c) Que se dê ciência do feito ao órgão da pessoa jurídica interessada, enviando-lhe cópia da inicial, para que, querendo, ingresse no feito;
d) Seja ouvido o representante do ministério público;
e) NO MÉRITO, seja confirmada a liminar deferida e definitivamente concedida à segurança, por ser medida de justiça;
f) Por ser pobre no sentido legal, requer neste ato a assistência judiciária gratuita nos termos da lei 1060/50.
g) A publicação dos atos processuais em nome de ambas as patronas constituídas, sob pena de nulidade;
5. DA PROVA PRÉ CONSTITUIDA
As provas pré-constituídas seguem em anexo.
6. DO VALOR DA CAUSA
Atribui à causa o valor de R$ 724,00 (setecentos e vinte e quatro reais), meramente para efeitos fiscais.
Termos em que, pede e espera deferimento.
Ariquemes, 26 de Agosto de 2014.
LUÍSA PAULA NOGUEIRA R. MELO
ADVOGADA OAB/RO 1575
 
CLAUDIA SALLA FETTER
ADVOGADA-OAB 5897 
6
___________________________________________________________________
Rua: Orquídeas, 2392, setor 04 – Ariquemes/RO.
Fone/Fax: (69) 3536-7037/8402-1469
e-mail: iluisapaula@hotmail.com

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