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APELAÇÃO CRIMINAL. ESTUPRO DE VULNERÁVEL. MATERIALIDADE E AUTORIA DEMONSTRADAS. PALAVRA DA VÍTIMA. ESPECIAL RELEVO. CAUSA DE ISENÇÃO DE PENA.EMBRIAGUEZ COMPLETA FORTUITA. INEXISTÊNCIA. DOSIMETRIA. CULPABILIDADE E CIRCUNSTÂNCIAS DESFAVORÁVEIS. MANUTENÇÃO. REGIME INICIAL FECHADO. PENA SUPERIOR A OITO ANOS. IMPERATIVO LEGAL. Mantém-se a condenação quando o acervo probatório produzido sob o crivo do contraditório, constituído dos depoimentos da vítima, de testemunhas e de laudos periciais, demonstra com segurança a prática de ato libidinoso. Nos crimes contra a dignidade sexual, normalmente praticados ás escondidas, a palavra da vítima assume especial relevo, mormente quando aliada a outros elementos de prova. O art. 28, §1º ,do CP estabelece ser isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Não configurados os elementos transcritos, não há como aplicar a causa de isenção de pena. A avaliação desfavorável da culpabilidade deve ser mantida quando o réu possuía relação de confiança com a vítima e seus familiares e dela abusa ao praticar o delito. Ratifica-se o exame desabonador das circunstâncias do delito quando as peculiaridades de tempo e de local em que foi cometido revelam maior censurabilidade da conduta. Fixada pena superior a oito anos, o regime inicial para o seu cumprimento é fechado, por força do que dispõe o art.33, § 2º, a, do CP. Recurso conhecido e não provido. (TJ-DF – APR: 20150110391566, Relator: SOUZA E AVILA, Data de Julgamento: 21/05/2015, 2ª Turma Criminal, Data de Publicação: Publicado do DJE: 25/07/2015. Pág.:183)
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