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CADERNO DE ESTUDOS - D PENAL III - AGOSTO 2020

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Prévia do material em texto

1 
 
UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA 
 
CURSO DE DIREITO 
 
 
 
 
 
 
 
CADERNO DE ESTUDOS 
 
DIREITO PENAL III 
 
 
(ROTEIRO DE AULAS) 
 
 
Profª Eliane Rodrigues Nunes 
 
GOIÂNIA, AGOSTO/ 2020 
 2 
INTRODUÇÃO 
 
 Este material consiste numa coletânea resultante da leitura de vários autores da área penal e tem 
o propósito de ser uma “diretriz” a ser seguida nas aulas da disciplina Direito Penal III, no sentido de contribuir 
para o aprendizado cotidiano, juntamente com a interpretação da lei, da doutrina e jurisprudências pertinentes. 
 Foi elaborado com o objetivo de possibilitar ao acadêmico/a do Curso de Direito apreender o 
conteúdo específico da disciplina, tais como teorias, conceitos, regras ou métodos em instrumentos de análise 
e solução de problemas, em especial, quanto à questão criminal. Tem ainda o propósito de viabilizar uma análise 
crítica em sala de aula, a partir da discussão de temas e realização de exercícios, para que o/a acadêmico/a possa 
atribuir ao conhecimento e habilidades internalizados, um caráter ético e valorativo. 
 Em que pese ter este material o propósito de facilitar a dinamização das aulas, evitando-se o 
dispêndio de tempo com anotações ou ditados, não é suficiente para o aprendizado efetivo da disciplina. 
Considerando que o profissional da área jurídica lida com a “palavra”, escrita e verbal, é indispensável, para 
tanto, muita leitura, tanto da doutrina e jurisprudência quanto da legislação. 
 O aprendizado, como via de mão dupla, deve primar pelo interesse tanto do professor quanto do 
aluno, para sua efetividade. Algumas sugestões: seja assíduo e participativo, compromissado com o que faz, 
cotidianamente. A aula deve ser uma oportunidade de estudar atentamente algum assunto, tendo como suporte 
o professor. Aproveite o máximo das aulas, participando dos questionamentos, dirimindo dúvidas, elaborando 
as atividades propostas. Não acumule dúvidas, acumule aprendizado. Procure manter uma rotina de estudos, 
diariamente, ainda que por alguns minutos. É importante lembrar que a avaliação deve ser diária, com 
questionamentos constantes em sala de aula; se houver a apreensão do conteúdo, o momento da avaliação não 
será ameaçador e sim de satisfação pelo aprendizado; assim, evita-se que o aluno transforme-se em um mero 
copiador, um depósito de conteúdos e transforme-se num ser pensante, crítico e reflexivo. 
 Que você, acadêmico/a, possa buscar, neste semestre e em todo o seu Curso, uma educação 
reflexiva, que estimule a capacidade de raciocínio, de análise e de julgamento. 
 Bons estudos! Conte comigo para essa jornada. 
 Professora Eliane* 
 Goiânia, agosto / 2020. 
 
• Especialização em Direito Penal e Processual Penal; Especialização em Didática do Ensino Superior (PUC-Paraná); 
• Mestrado em Educação – Ensino Jurídico pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás 
• Professora da PUC-Goiás; Coordenadora dos Projetos de Pesquisa "O Direito como instrumento do exercício de 
cidadania e cultura de paz"; "Execução Penal - Crimes, Penas e Sistema Penitenciário"; 
• Professora titular da Universidade Salgado de Oliveira; 
• Conselheira do Conselho Penitenciário Estadual. 
• Aulas de pós-graduação na Universidade Federal de Goiás, Curso de Especialização em Criminologia e Segurança 
Pública; Curso de Especialização em Direito Tributário (PUC-Goiás). 
• Coordenadora do Curso de Pós Graduação em Direito Penal e Direito Processual Penal da Universidade 
Salgado de Oliveira. 
 
 
 “A educação ativa a evolução, trabalha a matéria, fecunda a natureza física, levanta as energias 
psíquicas, cria novos instrumentos, altera as estruturas sociais, modifica o curso dos acontecimentos, 
quebra a rotina, introduz novos valores, desenvolve o homem, organiza uma nova sociedade”. 
(J. Arduini) 
 
 3 
UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA 
UNIVERSO - CAMPUS GOIÂNIA 
Curso: DIREITO 
 
 PLANO DE ENSINO 
2.º Semestre de 2020 
 
CURSO: DIREITO 
DISCIPLINA: DIREITO PENAL III CÓDIGO: 1928 PERÍODO: 6º 
PRÉ-REQUISITO: DIREITO PENAL II CARGA HORÁRIA: 75 CRÉDITOS: 05 
PROFESSOR (A): ELIANE RODRIGUES NUNES 
OBJETIVOS: 
- Analisar e compreender os crimes em espécie, com a efetiva aplicação da Parte Geral. 
- Capacitar o aluno a interpretar o sistema penal e suas relações com outros segmentos do 
conhecimento, oferecendo uma visão sistêmica do Direito, abordando dados históricos e o 
contexto da realidade atual em relação aos crimes em espécie. 
- Examinar as características específicas dos crimes, compreendendo a aplicabilidade dos 
conceitos básicos da teoria do crime e da pena (Parte Geral) nos crimes em espécie (Parte 
Especial). 
- Desenvolver a análise crítica no estudo dos tipos penais. 
 
EMENTA: Dos crimes contra a Pessoa, crimes contra o Patrimônio, Crimes contra a Propriedade 
imaterial, contra a organização do trabalho, contra o sentimento religioso, contra a Dignidade 
Sexual, contra a família, contra a incolumidade pública, contra a fé pública, contra a administração 
pública e contra a administração da justiça. 
COMPETÊNCIA(S): 
▪ Ter uma visão pluralista do Direito, compreendendo-o como um fenômeno social e não como 
um conjunto de normas que não podem ser postas em discussão; 
 
▪ Ter a capacidade de assumir uma postura crítica frente ao Direito, para adequá-lo à realidade 
socioeconômica emergente; 
 
▪ Desenvolver estratégias teóricas e metodológicas que permitam a superação dos limites da 
versão dogmática da ciência e do Direito, questionando e tendo uma visão crítica da realidade, 
pensando os códigos e compreendendo juridicamente os fatos sociais em constante mutação; 
 
▪ Adaptar, com sensibilidade e competência, o conhecimento jurídico à solução de problemas 
novos, para os quais nem sempre a legislação oferece respostas em suas normas. 
 
▪ Utilizar estratégias transformadoras, com a participação ativa de novos sujeitos da judicialidade, 
para compreender as principais demandas da contemporaneidade, como por exemplo, a 
questão jurídica da distribuição da renda, o estabelecimento de uma ordem econômica mais 
justa, o tratamento jurídico da integração regional e continental e da democracia, sem adjetivos; 
 
▪ Repensar as relações entre o Direito e a Democracia, discutindo e articulando um novo Direito, 
como a positivação em luta dos princípios libertadores, na totalidade social em movimento, 
numa práxis vanguardista, em oposição às resistências imobilistas e retrógradas. 
 4 
 
▪ Ter uma visão atualizada do mundo e, em particular, consciência dos problemas nacionais. 
 
▪ Desenvolver, na prática, o exercício da pesquisa e da extensão, fundamentais na construção 
do espírito investigativo e da relação com a comunidade e suas práticas sociais e culturais. 
 
▪ Advogado, a ser formado pelo Curso Jurídico da UNIVERSO e UNIT deverá estar consciente 
de que, além da defesa dos direitos e interesse que lhe são confiados, zelará pelo prestígio de 
sua classe, a dignidade da magistratura, o aperfeiçoamento das Instituições de Direito e do que 
interessa, em geral, à Ordem Jurídica, estando em condições de cumprir o Código de Ética 
Profissional de sua classe. 
 
▪ A linha-mestra do Curso Jurídico da UNIVERSO e UNIT está concentrada em maior reflexão, 
no que ensinar e o como ensinar. 
 
▪ Que ensinar está além da textura curricular, com as matérias e disciplinas obrigatórias, 
objetivas, tendo a interdisciplinaridade como fundamental ao ensino jurídico. O como ensinar 
ao aluno a pensar os códigos e os fatos jurídicos significativos, nunca a pensar apenas com os 
códigos: é um direito construído, não repassado, daí a importância da medição dos envolvidos 
que atuam na Instituição no sentido de fomentar o interesse pela pesquisa e pelas discussões 
científicas que levam ao aprofundamentodas grandes questões jurídica. 
 
BIBLIOGRAFIA BÁSICA: 
1. BITENCOURT, César Roberto. Manual de direito penal. Saraiva . 2011. 
2. MIRABETE, Júlio Fabbrini. Manual de Direito Penal, vol. 1 a 3. 27 ed. São Paulo: Atlas, 2011. 
3. NUCCI, Guilherme de Souza. Código Penal Comentado. São Paulo: Ed. RT, 2012. 
 
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR: 
1. CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal. São Paulo. Saraiva. 2011. 
2. GOMES, Luiz Flávio. Direito Penal. São Paulo: RT, 2012. 
3. GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal. Rio de Janeiro: Impetus, 2011. 
4. JESUS, Damásio Evangelista. Direito Penal. São Paulo: Saraiva, 2011. 
5. ZAFFARONI, Eugenio Raúl (e PIERANGELI). Manual de D. Penal Brasileiro.RT. SP.2008. 
AVALIAÇÃO: 
V1 – Verificação Subjetiva/Objetiva (Verificação do conhecimento de toda matéria até a data da 
prova (valor de 0 a 10) – peso 2x 
V2 – Verificação Subjetiva/Objetiva (Verificação do conhecimento de toda matéria ministrada no 
semestre (valor de 0 a 10) – peso 1x 
VT – Verificação de trabalhos individuais ou em grupo, seminários, debates etc (valor de 0 a 10) 
VS – Verificação Suplementar Subjetiva/Objetiva (Verificação do conhecimento de toda matéria 
ministrada no semestre (valor de 0 a 10) – peso 2x 
TRABALHO DISCENTE EFETIVO: 
Trabalho de pesquisa doutrinária, legal e jurisprudencial a respeito do conteúdo programático do 
trabalho de VT (12,5 horas aulas) 
 
 5 
PLANO DE ENSINO 
 
EMENTA: Revisão a respeito da Teoria do Crime e Teoria da Pena e os conceitos básicos de Direito Penal. Dos 
crimes em espécie: crimes contra a Pessoa, contra o patrimônio, contra a propriedade imaterial, a organização do 
trabalho, o sentimento religioso, a dignidade sexual, a família, a incolumidade pública, a fé pública, a paz pública 
e a administração pública. 
 
OBJETIVOS: 
- Examinar os tipos penais, sua tipificação, excludentes, agravantes, qualificadoras e, principalmente, as 
alterações da nova lei, verificar a eficácia suas implicações, punibilidade e maiores incidências na sociedade. 
- Desenvolver a análise crítica no estudo dos tipos penais. 
 
METODOLOGIA: A disciplina será ministrada a partir de aulas expositivas e dialogadas, com a apresentação de 
temas jurídicos, realização de debates, envolvendo casos concretos, exercícios práticos em sala de aula, com 
utilização de material didático, doutrina e, em especial, o Código Penal (legislação seca). 
 
ATIVIDADES DOCENTES: 
a) Frequentar as aulas e ser pontual. 
b) Apresentar aulas expositivas e dialogadas, contextualizando os temas, apresentando exemplos práticos; 
c) Indicar fontes de informação; 
d) Elaborar exercícios, questionários e material didático; 
e) Acompanhar e controlar as atividades estabelecidas; 
f) Definir critérios para o desenvolvimento das atividades individuais e coletivas, bem como da avaliação de cada 
atividade (organização e acompanhamento na produção de trabalhos); 
 
ATIVIDADES DISCENTES: 
a) Frequentar as aulas e ser pontual; NÃO HÁ ABONO DE FALTAS; (75% de frequência em cada disciplina) 
b) Estudar a matéria ministrada em sala de aula, não deixando dúvidas sem serem dirimidas; (acumule 
aprendizado e não dúvidas; uma pequena dúvida pode se transformar em grande problema); 
c) Providenciar a bibliografia sugerida; 
d) Realizar os exercícios e trabalhos propostos; Produzir textos, individual e coletivamente; 
e) Participar dos trabalhos e atividades seguindo as regras indicadas, realizando pesquisa; 
f) Participar de todas as avaliações relativas aos temas de que estiver diretamente envolvido. 
 
 
 
 
“Alcançar um ideal é superá-lo.” (Nietzsche) 
 
 
 
 6 
AVALIAÇÃO - CRITÉRIOS e CALENDÁRIO: 
- Média Semestral (MS) = 2x (V1) + VT + 2x (V2) : 5 
(se a média for superior a 7,0 = aprovação sem VS) 
- VS = MS igual ou superior a 4,0 
- Nota mínima em VS = 5,0 
 
VT Integrada: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para descontrair: 
“Um aluno de Direito é chamado pelo Professor para um exame oral: 
- O que é estelionato ? (pergunta o professor) 
- É o que o Sr. Professor está fazendo. (responde o aluno) 
O professor, muito indignado: - Ora essa, explique-se! 
Diz o aluno: - Segundo o Código Penal, comete estelionato todo aquele que se aproveita 
da ignorância do outro para prejudicá-lo.” 
 (obs.: Não é o caso. Estudem sempre!. Boas Provas!) 
 
 
 
AVALIAÇÕES ATIVIDADES VALOR PESO 
 
V1 
 
Prova escrita (28/09 a 03/10) 0 a 10 2 x 
2ª Chamada V1 = 10/10 0 a 10 2 x 
 
 
VT 
 
 
1. Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) 
 
1 x 
 
2. VT integrada 
(Ações conjuntas dos Professores das disciplinas do Período) 
 
3. VT específica (conteúdo programático da Disciplina) 
 
V2 
Prova escrita (30/11 a 05/12) 0 a 10 2x 
2ª. Chamada V2 = 12/12 0 a 10 2 x 
 
VS 
 
Prova escrita, toda a matéria 
(De 14 a 19/12) 
0 a 10 - 
“Não se pode ensinar alguma coisa a alguém, pode-se apenas auxiliar a descobrir por si mesmo.” (Galileu)
 
 7 
BIBLIOGRAFIA 
- Bibliografia Básica: Código Penal Brasileiro (Legislação seca - preferência edição 2020.) 
 
Códigos Comentados: 
DELMANTO JUNIOR, Roberto; Delmanto, Roberto; CD-ROM 
GOMES, Luiz Flávio. SP, Ed. Revista dos Tribunais. 
LANZARINI NETO, Pedro. São Paulo: Ed. Primeira Impressão. 
NUCCI, Guilherme de Souza. Ed. RT. São Paulo. 
SILVA, César Dario Mariano da. ,RJ, Forense 
 
Doutrinas mais utilizadas: 
BITENDOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal. (vol. I a IV). São Paulo: Saraiva. 
CAPEZ, Fernando- Curso de Direito Penal. (Vol. I a III)S. Paulo. Saraiva. 
GRECO, Rogério. Direito Penal. Impetus. SP. 
LENZA, Pedro. Direito Penal. Coleção Esquematizado. São Paulo: Saraiva, (e-book) 
MASSON, Cleber Rogério. Direito Penal Esquematizado. RJ, Forense (SP Método). 
MIRABETE, Júlio Fabrini. Manual de Direito Penal. São Paulo: Atlas. 
NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Direito Penal (Parte Geral e Especial). Ed. RT. 
 
Outras: 
ANDREUCCI, Ricardo Antônio. Manual de Direito Penal. Ed. Saraiva. 
BARBOSA, Edno Luciano. Iniciação ao Direito Penal. (Vol. I e II) S. P.: Sugestões Literárias. 
COSTA JR, Paulo José da. Comentários ao Código Penal. Saraiva. 
DOTTI, René Ariel, Curso de Direito Penal. RJ, Forense. 
ESTEFAN, André. Ed. Saraiva, RJ. 
FRAGOSO, Heleno Cláudio. Lições de Direito Penal. Rio de Janeiro. Forense. 
GOMES, Luiz Flávio. Curso de Direito Penal. São Paulo: Rev. dos Tribunais. 
JESUS, Damásio Evangelista de. Direito Penal. (Vol. 1 a 4) Saraiva. S. Paulo. 
MAGGIO, Vicente de Paula Rodrigues. 6. Ed., Campinas, SP, Millennium Editora. 
NORONHA, Edgard Magalhães. Direito Penal. S. Paulo. Saraiva. 
PRADO, Luiz Regis. Curso de Direito Penal Brasileiro. RT. 
SHINTATI, Tomaz M. Curso de Direito Penal, Forense, RJ. 
TELES, Ney Moura. D. Penal (3 volumes), SP, Atlas. 
ZAFFARONI, Eugenio Raúl (e PIERANGELI). Manual de D. Penal Brasileiro.RT. SP. 
 
- Bibliografia Complementar 
BECCARIA, Cesare.Dos Delitos e Das Penas, Coimbra. 
CAVALCANTE NETO, João Uchôa. O Direito, um mito. 
DALLARI, Dalmo de Abreu. O renascer do Direito. Ed. Saraiva. 
GRISHAM, John. O Júri. Ed. Rocco 
HERKENHOFF, João Batista. Direito e Utopia. Ed. Acadêmica; Crime, tratamento sem prisão; 
KELSEN, Hans. Trad. De João Baptista Machado. A justiça e o Direito Natural. 
LYRA, Roberto. Novo Direito Penal, Editor Borsoi, RJ; 
QUEIROZ, Paulo de Souza. Funções do Direito Penal. Belo Horizonte: Del Rey. 
RAMOS, Saulo. Código da Vida. São Paulo: Planeta. 
 
 
 
“Os verdadeiros analfabetos são os que aprenderam a ler e não leem.” (Mário Quintana) 
e-mail: elianenunes.prof@gmail.com 
 
 
 
 
javascript:PesquisaAutor();
mailto:elianenunes.prof@gmail.com
 8 
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO – DIREITO PENAL III 
 
REVISÃO GERAL SOBRE A TEORIA DO CRIME E DA PENA 
 
1. DOS CRIMES CONTRA A PESSOA (arts. 121 a 154) 
 - Vida 
 - Lesões Corporais 
- Periclitação da vida e da saúde 
- Rixa 
- Honra 
- Liberdade Individual (Liberdade Pessoal e Inviolabilidades) 
 
2. DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO (ARTS. 155 A 183)3. DOS CRIMES CONTRA A PROPRIEDADE IMATERIAL (arts. 184 a 195) 
 
4. DOS CRIMES CONTRA A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO (arts. 197 a 207) 
 
5. DOS CRIMES CONTRA O SENTIMENTO RELIGIOSO (208) E O RESPEITO AOS MORTOS (209 a 212) 
 
6. DOS CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL (arts. 213 A 234) 
- Dos Crimes contra a liberdade sexual 
- Dos crimes contra vulnerável 
- Disposições gerais 
- Do lenocínio e do tráfico de pessoas 
- Do ultraje público ao pudor 
 
7. DOS CRIMES CONTRA A FAMÍLIA - Contra o casamento (235 a 240) 
- Contra o estado de filiação (241 a 243) 
- Contra a assistência familiar (244 a 247) 
- Contra o pátrio poder, ... (248 a 249) 
 
7. DOS CRIMES CONTRA A INCOLUMIDADE PÚBLICA 
 - Crimes de perigo comum (250 a 259) 
 - Contra a segurança dos meios de comunicação, ....(260 a 266) 
 - Contra a saúde pública (2677 a 285) 
 
8. DOS CRIMES CONTRA A PAZ PÚBLICA (arts. 286 a 288) 
 
10. DOS CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA (289 a 311) 
 
11. CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
- Praticados por funcionário público contra a administração (312 a 327) 
- Praticados por particular contra a administração (328 a 337) 
- Contra a administração da Justiça ( 338 a 359) e as finanças públicas (359) 
 
“Não tenhamos pressa, mas não percamos tempo.” (José Saramago) 
 
 9 
Revisão de Conteúdo: Noções sobre a Teoria Geral do Crime e da Pena 
 
Para o estudo de Direito Penal III, faz-se necessário recordar alguns temas básicos, que serão 
frequentemente aplicados aos crimes em espécie do conteúdo programático da disciplina, assim como a 
utilização de um vocabulário jurídico, que faz parte do cotidiano do direito criminal. 
 
Recordando: 
Fatos:_________________________________________________________________________________________ 
Atos: _________________________________________________________________________________________ 
 
DIREITO / LEI / DOUTRINA / JURISPRUDÊNCIA 
 
Direito: natural, positivo, objetivo, subjetivo, substantivo (material), adjetivo (formal), público, privado. 
LEI: Espécies de Legislação Penal: 
- Comum (ordinária): Código Penal Brasileiro 
- Especiais: legislação extravagante (Meio Ambiente, Sistema Financeiro, Tóxicos, Trânsito, Violência 
Doméstica, Hediondos, Contravenções Penais, Consumidor, etc.) 
 
Estrutura da Legislação Penal: 
Estrutura da Lei (CPB) Conteúdo 
- Lei de Introdução É legislação “base” para outras do ordenamento jurídico 
- Exposição de Motivos (duas) Justificativa de reforma da lei 
- Parte Geral (art. 1º ao 120) Contém os Princípios, Teorias, Conceitos para a aplicação da Lei Penal 
- Parte Especial (art. 121 ao 361) Contém a definição da conduta (crime) e da sanção (pena) 
 
Quais são os Princípios da Lei Penal? (Referem-se à aplicação da Lei Penal) 
1.______________________________________________________________________________________________ 
2.______________________________________________________________________________________________ 
3.______________________________________________________________________________________________ 
4.______________________________________________________________________________________________ 
5._____________________________________________________________________________________________ 
 
Quais são as Teorias adotadas pela Lei Penal? (Referem-se ao CRIME) 
_______________________________________________________________________________________________ 
_______________________________________________________________________________________________ 
_______________________________________________________________________________________________ 
_______________________________________________________________________________________________ 
_______________________________________________________________________________________________ 
_______________________________________________________________________________________________ 
 10 
A Lei Penal define normas 
Espécies de Norma Penal: 
A) Incriminadoras: 
b) Não incriminadoras: 
- explicativas (que esclarecem o conteúdo de outras normas) 
- permissivas (que excluem a ilicitude ou extinguem a punibilidade de algumas condutas típicas) 
 
As normas penais em branco são incriminadoras? 
 
Estrutura da Norma Penal: (incriminadoras) 
- Preceito primário (define a conduta = crime) 
- Preceito secundário (define a sanção = pena) 
 
CRIME: Conceito 
Noções: infração, crime, delito, contravenção; 
Infração: qualquer espécie de violação à Lei 
(o sistema dicotômico dividiu as infrações em duas: crime ou delito e contravenção). 
Crime/delito: infração de maior gravidade (bem jurídico mais relevante) 
Contravenção: infração de menor gravidade. 
 
ESTRUTURA DO CRIME: 
▪ Fato Típico: _____________________________________________________________________________ 
▪ Ilicitude ou Antijuridicidade: _______________________________________________________________ 
▪ Culpabilidade: __________________________________________________________________________ 
▪ Punibilidade: ___________________________________________________________________________ 
 
❖ FATO TÍPICO: 
 
❖ ILICITUDE ou ANTIJURIDICIDADE: 
Excludentes (causas DESCRIMINANTES, JUSTIFICATIVAS OU DE JUSTIFICAÇÃO, EXIMENTES) 
1) _____________________________________________________________________ 
2) _____________________________________________________________________ 
3) _____________________________________________________________________ 
4) _____________________________________________________________________ 
 
 11 
❖ CULPABILIDADE: 
Excludentes (causas DIRIMENTES): 
1) Inimputabilidade 
a) ______________________________________________________________________________________ 
b) ______________________________________________________________________________________ 
c) ______________________________________________________________________________________ 
 
2) Ausência de Potencial consciência (conhecimento) da ilicitude 
a) ______________________________________________________________________________________ 
b) ______________________________________________________________________________________ 
 
3) Inexigibilidade de Conduta Diversa 
a) ______________________________________________________________________________________ 
b) _______________________________________________________________________________________ 
 
❖ PUNIBILIDADE: possibilidade de o Estado aplicar a pena em razão do fato típico, ilícito e culpável. 
Crime de Menor Potencial Ofensivo: pena cominada _____________________ 
 
Crimes em que poderá haver incidência de PENA ALTERNATIVA 
- quantidade da pena:____________________________________(pena aplicada) 
- Outros requisitos: __________________________________________________________________________________ 
 __________________________________________________________________________________ 
 __________________________________________________________________________________ 
 
Causas de EXTINÇÃO: 
Genéricas (art. 107) 
Específicas (_____________________________________________) 
 
 
RESUMINDO: ESTRUTURA DO CRIME 
 CONCEITO (palavra-chave) EXCLUDENTES 
1. FATO TÍPICO 
2. ILICITUDE 
3. CULPABILIDADE 
4. PUNIBILIDADE 
 
 12 
ESTRUTURA DO FATO TÍPICO 
1. CONDUTA: 
Por ação: crime comissivo 
Por omissão: Crimes omissivos próprios 
 Crimes Omissivos Impróprios 
Dolosa: vontade livre e consciente de produzir o resultado 
 Dolo: Direto / Eventual 
 De dano /De perigo 
 Genérico / Específico 
Culposa: imprudência 
 Negligência 
 Imperícia 
Preterdolosa: dolo no antecedente e culpa no consequente 
 
2. RESULTADO (pode ser consumado ou tentado) 
Iter criminis: cogitação: fase psicológica (pensamento, planejamento) 
 Atos preparatórios: conduta corpórea externa tendente a consumação 
 Atos executórios: início da realização do tipo 
 _____________________________________________________________________ 
 __________________________________________________________________________________________________________________________________________ 
 Consumação: realização integral do tipo 
 Exaurimento: alguns crimes podem ser exauridos (ultrapassam a consumação. 
 
3. NEXO DE CAUSALIDADE: Causas e concausas 
Causa: conduta (ação ou omissão que provoca o resultado); há nexo causal 
Concausas: situações que podem ocorrer antes, durante ou após a conduta; elas é que provocam o resultado. 
a) ______________________________________________ 
b) ______________________________________________ 
c) _______________________________________________ 
 
• Podem ser absolutamente ou relativamente independentes. 
• O agente só responde pelo resultado nas concausas preexistes e concomitantes relativamente 
independentes. 
 
4. TIPICIDADE = ESTUDA-SE O “TIPO PENAL” 
ESTRUTURA DO TIPO: 
A) _________________________________________ 
 
B) __________________________________________ 
 
Estruturas: 
 
 
LEIlei LEI NORMA CRIME FATO 
TÍPICO 
TIPO 
 13 
AS ELEMENTARES DO TIPO: 
- Elemento objetivo do tipo: __________________________________________________________________ 
- Elemento Subjetivo do Tipo: _________________________________________________________________ 
- Objetividade Jurídica: Objeto Jurídico: _______________________________________________________ 
 Objeto material: _______________________________________________________ 
- Sujeitos: Ativo:_______________________________________________________________________ 
 Passivo:_____________________________________________________________________ 
Classificação Doutrinária: _____________________________________________________________________ 
 ____________________________________________________________________ 
As CIRCUNSTÂNCIAS DO TIPO: Podem ser Judiciais e Legais 
a) CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS: (art. 59 CP) 
Quantas são? ___________________________________________________ 
Quais são elas? _________________________________________________ 
__________________________________________________ 
__________________________________________________ 
__________________________________________________ 
__________________________________________________ 
__________________________________________________ 
__________________________________________________ 
__________________________________________________ 
Como vão incidir na pena? __________________________________________________________________ 
b) CIRCUNSTÂNCIAS LEGAIS: 
* ESPECÍFICAS: 
a)________________________________________________________________________________________ 
b)________________________________________________________________________________________ 
c)________________________________________________________________________________________ 
 
* GENÉRICAS: 
a)___________________________________________________________________________________________ 
b) __________________________________________________________________________________________ 
c) __________________________________________________________________________________________ 
d) ___________________________________________________________________________________________ 
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Características: todas as circunstâncias têm características OBJETIVAS ou SUBJETIVAS: 
 objetivas (reais) relacionam-se com o crime (modos e meios de realização, tempo, lugar, ocasião, ...) 
 (em regra, são comunicáveis aos demais agentes) 
 subjetivas (pessoais): relacionam-se com o criminoso (obs.: circunstâncias preponderantes: subjetivas) 
 (são circunstâncias incomunicáveis) 
 
Analisando as normas penais abaixo, verifica-se algumas espécies de Circunstâncias: 
Art. 27. Os menores de 18 anos (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabelecidas na 
legislação especial. 
Parágrafo único. A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por 
desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de 
determinar-se de acordo com esse entendimento. 
 
Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. 
§ 1º - Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um terço. 
§ 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será 
aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave. 
 
Circunstâncias agravantes 
Art. 61 - São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o crime: 
I - a reincidência; 
II - ter o agente cometido o crime: 
a) por motivo fútil ou torpe; 
b) para facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime; 
c) à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação, ou outro recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa (...); 
d) com emprego de veneno, fogo, explosivo, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que podia resultar perigo (...); 
e) contra ascendente, descendente, irmão ou cônjuge; 
f) com abuso de autoridade ou prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade, ou com 
violência contra a mulher na forma da lei específica; 
g) com abuso de poder ou violação de dever inerente a cargo, ofício, ministério ou profissão; 
h) contra criança, maior de 60 (sessenta) anos, enfermo ou mulher grávida; 
 i) quando o ofendido estava sob a imediata proteção da autoridade; 
j) em ocasião de incêndio, naufrágio, inundação ou qualquer calamidade pública, ou de desgraça particular do ofendido; 
l) em estado de embriaguez preordenada. 
 
Agravantes no caso de concurso de pessoas 
Art. 62 - A pena será ainda agravada em relação ao agente que: 
I - promove, ou organiza a cooperação no crime ou dirige a atividade dos demais agentes; 
II - coage ou induz outrem à execução material do crime; 
III - instiga ou determina a cometer o crime alguém sujeito à sua autoridade ou não-punível em virtude de condição ou qualidade 
pessoal; 
IV - executa o crime, ou nele participa, mediante paga ou promessa de recompensa. 
 
Circunstâncias atenuantes 
Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena: 
I - ser o agente menor de 21 (vinte e um), na data do fato, ou maior de 70 (setenta) anos, na data da sentença; 
II - o desconhecimento da lei; 
III - ter o agente: 
a) cometido o crime por motivo de relevante valor social ou moral; 
b) procurado, por sua espontânea vontade e com eficiência, logo após o crime, evitar-lhe ou minorar-lhe as conseqüências, ou 
ter, antes do julgamento, reparado o dano; 
c) cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em cumprimento de ordem de autoridade superior, ou sob a influência 
de violenta emoção, provocada por ato injusto da vítima; 
d) confessado espontaneamente, perante a autoridade, a autoria do crime; 
e) cometido o crime sob a influência de multidão em tumulto, se não o provocou. 
 15 
CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA DOS CRIMES 
Quanto ao agente: 
Comuns: podem ser praticados por qualquer pessoa, não se exigindo nenhuma qualidade á pessoa do agente 
Próprios ou especiais: indicam uma condição especial do sujeito ativo (ordem jurídica, natural ou de parentesco) 
 
Unissubjetivos (unilaterais, monossubjetivo): praticados por uma só pessoa (*co-autoria/participação); 
Plurissubjetivos: (crimes de concurso necessário) sua conceituação típica exige dois ou mais agentes; 
Crimes de dupla subjetividade passiva: determinam mais de um sujeito passivo. 
Delitos vagos: o sujeito passivo é indeterminado (sociedade, coletividade, ...) 
Crime Multitudinário: crime praticado por uma multidão, eventual ou espontaneamente organizada; 
 
Quanto à conduta 
- Comissivos: consistem na prática de um ato, ação corpórea do agente capaz de modificar uma situação; 
- Omissivos: crimes praticados por omissão, uma inércia do sujeito ativo. 
 - próprios: se caracterizampela inércia do sujeito ativo ao omitir um fato que a Lei Penal ordena ou obriga; 
 - impróprios(comissivos por omissão): consistem em produzir, por meio de uma omissão um resultado típico; 
 
- De ação única: apenas um núcleo do tipo; 
- De ação múltipla ou de Conteúdo variado: várias modalidades de ação; (tipo misto alternativo e cumulativo) 
Tipo misto alternativo: uma ou outra conduta já caracteriza o crime (não altera a pena) 
Tipo misto cumulativo: uma ou outra conduta configuram o crime mas se o agente realiza todas as condutas, a pena 
deverá ser cumulativa) 
 
Quanto ao fracionamento da conduta (Tentativa) 
- Unissubsistentes: a conduta é una, indivisível; conduta e resultado são, ao mesmo tempo, a consumação do crime 
- Plurisssubsistentes: admitem o fracionamento da conduta, separada do resultado. 
 
Quanto ao momento consumativo: 
-Instantâneos: são aqueles em que a consumação é constatada em um só instante; 
- Permanentes: aqueles em que o momento consumativo se protrai no tempo; 
 
Quanto ao Resultado 
- Materiais: crimes de resultado; o tipo descreve a conduta e o resultado, exigindo sua produção para a consumação; 
- Formais: o tipo menciona o comportamento e o resultado, mas não exige a sua produção para a consumação; 
 
Quanto ao bem jurídico: 
- Crimes Uniofensivos e Pluriofensivos: ofendem a um ou mais de um bem jurídico tutelado pela lei; 
- De dano: crimes que se consumam com a efetiva lesão do bem jurídico previsto no tipo penal; 
- De perigo: se consumam com a possibilidade do dano ao bem jurídico; 
 
Outras Categorias: 
- Crimes Acessórios: para se configurarem implicam na constatação de outro crime que anteceder 
 
- Crimes Subsidiários: só se configuram se o fato não constituir crime mais grave ou elemento de outro crime; 
(explícita; tácita) 
 
- Crime vinculado: o tipo penal define a conduta e a forma de execução desta; o contrário é o crime de forma livre 
 
- Crimes conexos: guardam entre si um nexo, estabelecendo-se uma sequência ou consequência entre eles; 
- Conexão ideológica (teleológica): o agente pratica um crime para assegurar a execução de outro; 
- Conexão consequencial ou causal: para assegurar a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro. 
- Conexão ocasional: quando um crime é cometido por ocasião da prática de outro; 
 16 
 
O ERRO em matéria penal 
 
ESPÉCIES: __________________________ E __________________________ 
 
1) Erro de Tipo: recai na tipicidade (Art. 20. O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o 
dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei.) 
Pode ser: 
a) Essencial (recai no próprio tipo, na conduta; é a falsa percepção da realidade) 
Inevitável (escusável, invencível) = exclui o dolo e a culpa; 
Evitável (inescusável, vencível) = exclui o dolo mas não exclui a culpa 
 
b) Acidental (recai na execução da conduta); - não exclui o dolo nem a culpa 
Pode ser: 
Erro sobre o objeto (error in objeto) 
Erro sobre a pessoa (error in persona) (art. 20, §3°) 
Erro na execução (aberratio ictus) (art. 73) 
Resultado diverso do pretendido (aberratio criminis) (art. 74) 
Para melhor compreensão, os exemplos serão dados no crime de homicídio mas, sendo “o erro” um instituto 
da parte geral, é aplicável a qualquer crime. 
Erro de Tipo Acidental: 
Ex.: Quer matar Pedro, seu inimigo; mata o próprio pai. ___________________________________ 
_____________________________________________________________________________ 
 Quer matar o irmão e fere outra pessoa. __________________________________________ 
_____________________________________________________________________________ 
2) Erro de Proibição: recai na ilicitude do fato; o agente não sabe que está praticando uma conduta proibida; 
o agente supõe, por erro, que inexiste a regra de proibição (art. 20, §2° e 21). 
Se inevitável: exclui a culpabilidade 
Se evitável: reduz a pena 
 
 
 
“Para falar ao mundo, fale de sua aldeia” (Dostoievski). 
 
ESPÉCIES DE ERRO CONSEQUÊNCIA 
 
 
 
DE TIPO 
 
Essencial 
 
Inevitável (escusável, invencível) Exclui o dolo e a culpa 
Evitável (inescusável, vencível) Exclui o dolo 
Não exclui a culpa 
 
Acidental 
 
 
Objeto 
Pessoa 
Execução 
Resultado diverso 
 
Não exclui o dolo 
 
DE PROIBIÇÃO 
Inevitável (escusável, invencível Exclui a culpabilidade 
Evitável (inescusável, vencível) Reduz a pena 
 17 
CONCURSO DE PESSOAS 
Ocorre quando várias pessoas praticam o mesmo crime ou concorrem para que ocorra o crime. 
Integrantes do concurso de pessoas: __________________________________________________________ 
Teoria:__________________________________________________________________________________ 
Consequências: 
Art. 29: _________________________________________________________________________________ 
Art. 29: _________________________________________________________________________________ 
Art. 62:_________________________________________________________________________________ 
 
CONCURSO DE CRIMES: Ocorre quando há vários crimes, mediante uma ou várias condutas (ação/omissão) 
 
ESPÉCIES: CONDUTA RESULTADO PENA 
 
 
(Art.: 69) 
 
 
 
 
Crimes iguais: 
Crimes Diferentes: 
 
 
 
(Art.: 70) 
 
 
 
 
 
Crimes iguais: 
Crimes Diferentes: 
 
 
__________________ 
(Art.: 71) 
 
 
 
Vários crimes da mesma espécie. 
 
Concurso material - Art. 69 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica 
dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplicam-se cumulativamente as penas privativas de liberdade 
em que haja incorrido. No caso de aplicação cumulativa de penas de reclusão e de detenção, executa-
se primeiro aquela. 
Concurso formal - Art. 70 - Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois 
ou mais crimes, idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente 
uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até metade. As penas aplicam-se, 
entretanto, cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e os crimes concorrentes resultam de 
desígnios autônomos, consoante o disposto no artigo anterior. 
Crime continuado - Art. 71 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica 
dois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e 
outras semelhantes, devem os subsequentes ser havidos como continuação do primeiro, aplica-se-
lhe a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer 
caso, de um sexto a dois terços. 
 18 
 
 
RESUMO Em cada tipo penal, serão analisados: 
1. FATO TÍPICO Conduta 
Resultado 
Nexo de causalidade 
Tipicidade 
TIPICIDADE: 
TIPO PENAL 
Elementares 
Elemento objetivo: 
Elemento subjetivo: 
Objeto jurídico: 
Objeto material: 
Sujeitos: 
Classificação doutrinária: 
Circunstâncias 
Específicas: 
- Objetivas 
- Subjetivas 
- 
Circunstâncias 
Genéricas: 
 
- Objetivas 
- Subjetivas 
- 
- 
2. ILICITUDE OU 
ANTIJURIDICIDADE: 
CAUSAS 
DESCRIMINANTES 
- 
- 
- 
- 
3. CULPABILIDADE: 
CAUSAS DIRIMENTES 
- 
- 
- 
4. PUNIBILIDADE 
 
- É considerado pela legislação penal crime de menor potencial ofensivo? 
- É cabível a aplicação de pena alternativa? 
Causas de extinção: 
- 
- 
ERRO - 
- 
- 
 
CONCURSO DE CRIMES 
- 
- 
- 
CONCURSO DE PESSOAS - 
- 
- 
AÇÃO PENAL Pública Incondicionada: 
Pública Condicionada: 
Privada: 
 19 
DOS CRIMES CONTRA A PESSOA 
CAPÍTULO I - DOS CRIMES CONTRA A VIDA 
Homicídio simples 
Art. 121. Matar alguém: 
Pena - reclusão, de seis a vinte anos. 
Caso de diminuição de pena 
§ 1º ) Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevantevalor social ou moral, ou sob o domínio de violenta 
emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço. 
Homicídio qualificado 
§ 2°) Se o homicídio é cometido: 
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe; 
II - por motivo fútil; 
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar 
perigo comum; 
IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do 
ofendido; 
V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime: 
Pena - reclusão, de doze a trinta anos. 
Feminicídio (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015) 
VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino: 
VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional 
e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, 
companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição: 
PENA - RECLUSÃO, DE DOZE A TRINTA ANOS. 
§ 2o-A) - Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve: 
I - violência doméstica e familiar; 
II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher. 
Homicídio culposo 
§ 3º Se o homicídio é culposo: 
PENA - DETENÇÃO, DE UM A TRÊS ANOS. 
Aumento de pena 
§ 4o No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime resulta de inobservância de regra técnica 
de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as 
consequências do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de 
1/3 (um terço) se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos. 
§ 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as consequências da infração 
atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária. 
§ 6o A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado por milícia privada, sob o pretexto 
de prestação de serviço de segurança, ou por grupo de extermínio. (Incluído pela Lei nº 12.720, de 2012) 
§ 7o A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado: (Lei nº 13.104/2015) 
I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao parto; (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015) 
II - contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de 60 (sessenta) anos, com deficiência ou portadora de doenças 
degenerativas que acarretem condição limitante ou de vulnerabilidade física ou mental; (Lei nº 13.771, de 2018) 
III - na presença física ou virtual de descendente ou de ascendente da vítima; Lei nº 13.771, de 2018) 
IV - em descumprimento das medidas protetivas de urgência previstas nos incisos I, II e III do caput do art. 22 da Lei 
nº 11.340, de 7 de agosto de 2006. (Incluído pela Lei nº 13.771, de 2018) 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13104.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art142
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art144
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12720.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13104.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13104.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13771.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13771.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11340.htm#art22i
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11340.htm#art22ii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11340.htm#art22iii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11340.htm#art22iii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13771.htm#art1
 20 
 
 
Homicídio ANÁLISE JURÍDICA 
Art. 121. Matar alguém: 
Pena - reclusão, de seis a vinte anos. 
 
Caso de diminuição de pena 
§ 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, 
ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, 
ou juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço. 
 
Homicídio qualificado 
§ 2° Se o homicídio é cometido: 
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe; 
 
II - por motivo fútil; 
 
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou 
cruel, ou de que possa resultar perigo comum; 
 
 
IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte 
ou torne impossível a defesa do ofendido; 
 
 
V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime. 
Feminicídio (*) Incluído pela Lei n. 13.104 de 2015 
VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino: (*) 
 
VII - contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição 
Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no 
exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou 
parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição. 
 
Pena - reclusão, de doze a trinta anos. 
§ 2o-A Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o crime 
envolve: (*) 
I - violência doméstica e familiar; (*) 
II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher. (*) 
 
Homicídio culposo 
§ 3º Se o homicídio é culposo: - Pena - detenção, de um a três anos. 
 
Aumento de pena 
§ 4o No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime resulta 
de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de 
prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as consequências do seu ato, 
ou foge para evitar prisão em flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada 
de 1/3 se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 ou maior de 60 anos. 
 
§ 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as 
consequências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção 
penal se torne desnecessária. 
 
§ 6o A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado por 
milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por grupo de 
extermínio. (Incluído pela Lei nº 12.720, de 2012) 
 
§ 7o A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for 
praticado: (Lei nº 13.104/2015) 
I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao parto; 
II - contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de 60 (sessenta) anos, com 
deficiência ou portadora de doenças degenerativas que acarretem condição limitante 
ou de vulnerabilidade física ou mental; (Lei nº 13.771, de 2018) 
III - na presença física ou virtual de descendente ou de ascendente da vítima; 
IV - em descumprimento das medidas protetivas de urgência previstas nos incisos 
I, II e III do caput do art. 22 da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 
 
TÍTULO I - DOS CRIMES CONTRA A PESSOA - DOS CRIMES CONTRA A VIDA 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art142
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art144
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art144
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12720.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13104.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13771.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11340.htm#art22ihttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11340.htm#art22i
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11340.htm#art22ii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11340.htm#art22iii
 21 
Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio ou a automutilação (Lei nº 13.968, de 2019) 
Art. 122. Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou a praticar automutilação ou prestar-lhe auxílio material para que 
o faça: 
Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos. 
§ 1º Se da automutilação ou da tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, nos 
termos dos §§ 1º e 2º do art. 129 deste Código: 
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos. 
§ 2º Se o suicídio se consuma ou se da automutilação resulta morte: 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos. 
§ 3º A pena é duplicada: 
I - se o crime é praticado por motivo egoístico, torpe ou fútil; 
II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de resistência. 
§ 4º A pena é aumentada até o dobro se a conduta é realizada por meio da rede de computadores, de rede social 
ou transmitida em tempo real. 
§ 5º Aumenta-se a pena em metade se o agente é líder ou coordenador de grupo ou de rede virtual. 
§ 6º Se o crime de que trata o § 1º deste artigo resulta em lesão corporal de natureza gravíssima e é cometido contra 
menor de 14 (quatorze) anos ou contra quem, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário 
discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência, responde o 
agente pelo crime descrito no § 2º do art. 129 deste Código. 
§ 7º Se o crime de que trata o § 2º deste artigo é cometido contra menor de 14 (quatorze) anos ou contra quem 
não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer 
resistência, responde o agente pelo crime de homicídio, nos termos do art. 121 deste Código 
 
Questionamentos: 
1) Elemento objetivo do tipo: 
 
2) Elemento subjetivo do tipo: 
 
3) Crime formal ou material? Unissubsistente ou Plurissubsistente? 
 
4) Circunstâncias: 
 
 
 
 
 
 
Infanticídio 
Art. 123 - Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo após: 
Pena - detenção, de dois a seis anos. 
Questionamentos: co-autoria 
 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13968.htm#art2
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10625040/art-123-do-codigo-penal-decreto-lei-2848-40
 22 
ABORTO 
Espécies: auto aborto 
 Provocado por terceiro com o consentimento da gestante 
 Provocado por terceiro sem o consentimento da gestante 
 
Aborto provocado pela gestante ou com seu consentimento 
Art. 124 - Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lhe provoque: 
Pena - detenção, de um a três anos. 
 
Aborto provocado por terceiro 
Art. 125 - Provocar aborto, sem o consentimento da gestante: 
Pena - reclusão, de três a dez anos. 
 
Art. 126 - Provocar aborto com o consentimento da gestante: 
Pena - reclusão, de um a quatro anos. 
Parágrafo único. Aplica-se a pena do artigo anterior, se a gestante não é maior de quatorze anos, ou é 
alienada ou débil mental, ou se o consentimento é obtido mediante fraude, grave ameaça ou violência. 
 
Questionamento: 
1. Analise o elemento subjetivo da conduta de aborto. 
 
 
2. Analise a circunstâncias específicas. 
 
 
 
 
Forma qualificada 
Art. 127 - As penas cominadas nos dois artigos anteriores são aumentadas de um terço, se, em 
consequência do aborto ou dos meios empregados para provocá-lo, a gestante sofre lesão corporal de 
natureza grave; e são duplicadas, se, por qualquer dessas causas, lhe sobrevém a morte. 
Análise jurídica do artigo 127: 
 
 
Art. 128 - Não se pune o aborto praticado por médico: 
Aborto necessário 
I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante; 
 
Aborto no caso de gravidez resultante de estupro 
II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou, quando 
incapaz, de seu representante legal. 
 
Análise jurídica: 
I – Excludente: 
 
II – Causa de extinção: 
 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10625007/art-124-do-codigo-penal-decreto-lei-2848-40
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10624971/art-125-do-codigo-penal-decreto-lei-2848-40
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10624935/art-126-do-codigo-penal-decreto-lei-2848-40
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10624904/art-126-1-do-codigo-penal-decreto-lei-2848-40
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10624857/art-127-do-codigo-penal-decreto-lei-2848-40
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10624811/art-128-do-codigo-penal-decreto-lei-2848-40
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10624762/art-128-inc-i-do-codigo-penal-decreto-lei-2848-40
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10624724/art-128-inc-ii-do-codigo-penal-decreto-lei-2848-40
 23 
CAPÍTULO II 
DAS LESÕES CORPORAIS 
Lesão corporal 
Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem: 
Pena - detenção, de três meses a um ano. 
 
Lesão corporal de natureza grave 
§ 1º Se resulta: 
I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias; 
II - perigo de vida; 
III - debilidade permanente de membro, sentido ou função; 
IV - aceleração de parto: 
Pena - reclusão, de um a cinco anos. 
§ 2° Se resulta: 
I - Incapacidade permanente para o trabalho; 
II - enfermidade incurável; 
III perda ou inutilização do membro, sentido ou função; 
IV - deformidade permanente; 
V - aborto: 
Pena - reclusão, de dois a oito anos. 
 
Lesão corporal seguida de morte 
§ 3° Se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente não quis o resultado, nem assumiu o 
risco de produzí-lo: Pena - reclusão, de quatro a doze anos. 
 
Diminuição de pena 
§ 4° Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral ou sob o domínio 
de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um 
sexto a um terço. 
 
Substituição da pena 
§ 5° O juiz, não sendo graves as lesões, pode ainda substituir a pena de detenção pela de multa: 
I - se ocorre qualquer das hipóteses do parágrafo anterior; 
II - se as lesões são recíprocas. 
 
Lesão corporal culposa 
§ 6° Se a lesão é culposa: (Vide Lei nº 4.611, de 1965) 
Pena - detenção, de dois meses a um ano. 
 
§ 7o Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se ocorrer qualquer das hipóteses dos §§ 4o e 6o do art. 121 
deste Código. (Redação dada pela Lei nº 12.720, de 2012) 
 
§ 8º - Aplica-se à lesão culposa o disposto no § 5º do art. 121. (Redação dada pela Lei nº 8.069, de 1990) 
 
 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10624670/art-129-do-codigo-penal-decreto-lei-2848-40
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10624641/art-129-1-do-codigo-penal-decreto-lei-2848-40
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10624603/art-129-1-inc-i-do-codigo-penal-decreto-lei-2848-40
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10624555/art-129-1-inc-ii-do-codigo-penal-decreto-lei-2848-40
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10624526/art-129-1-inc-iii-do-codigo-penal-decreto-lei-2848-40
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10624469/art-129-1-inc-iv-do-codigo-penal-decreto-lei-2848-40
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10624438/art-129-2-do-codigo-penal-decreto-lei-2848-40
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10624407/art-129-2-inc-i-do-codigo-penal-decreto-lei-2848-40
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10624376/art-129-2-inc-ii-do-codigo-penal-decreto-lei-2848-40
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10624344/art-129-2-inc-iii-do-codigo-penal-decreto-lei-2848-40
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10624313/art-129-2-inc-iv-do-codigo-penal-decreto-lei-2848-40
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10624272/art-129-2-inc-v-do-codigo-penal-decreto-lei-2848-40
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10624240/art-129-3-do-codigo-penal-decreto-lei-2848-40https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10624200/art-129-4-do-codigo-penal-decreto-lei-2848-40
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10624164/art-129-5-do-codigo-penal-decreto-lei-2848-40
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10624118/art-129-5-inc-i-do-codigo-penal-decreto-lei-2848-40
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10624083/art-129-5-inc-ii-do-codigo-penal-decreto-lei-2848-40
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10624049/art-129-6-do-codigo-penal-decreto-lei-2848-40
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10624001/art-129-7-do-codigo-penal-decreto-lei-2848-40
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10623972/art-129-8-do-codigo-penal-decreto-lei-2848-40
 24 
Violência Doméstica (Incluído pela Lei nº 10.886, de 2004) 
 
§ 9o Se a lesão for praticada contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou companheiro, ou com 
quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o agente das relações domésticas, de 
coabitação ou de hospitalidade: (Redação dada pela Lei nº 11.340, de 2006) 
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 3 (três) anos. (Redação dada pela Lei nº 11.340, de 2006) 
 
§ 10. Nos casos previstos nos §§ 1o a 3o deste artigo, se as circunstâncias são as indicadas no § 9o deste 
artigo, aumenta-se a pena em 1/3 (um terço). (Incluído pela Lei nº 10.886, de 2004) 
§ 11. Na hipótese do § 9o deste artigo, a pena será aumentada de um terço se o crime for cometido 
contra pessoa portadora de deficiência. (Incluído pela Lei nº 11.340, de 2006) 
 
§ 12. Se a lesão for praticada contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição 
Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função 
ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, 
em razão dessa condição, a pena é aumentada de um a dois terços. (Incluído pela Lei nº 13.142, de 2015) 
 
COMENTÁRIOS: Lesão corporal qualificada contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou 
companheiro, ou com quem convivia ou tenha convivido, ou, ainda, na prevalência das relações 
domésticas, de habitação ou de hospitalidade - § 9.º - A hipótese de lesão corporal aqui qualificada foi 
incorporada ao diploma penal por força da Lei n.º 11.340/06, destacando-se das lesões corporais leves 
do caput porque considera as condições pessoais da vítima, notadamente a proximidade do vínculo familiar 
entre ela e o autor do fato (qualquer parente dele em linha reta – ascendentes ou descendentes, colaterais 
até o segundo grau – irmãos e cônjuge ou companheiro), bem como nos casos em que se prevalece o 
delinquente das relações domésticas, de habitação ou de hospitalidade mantidas com a vítima. 
 
Questionamentos: 
 
1. Analise o elemento subjetivo do crime de lesões corporais. 
 
 
 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10623933/art-129-9-do-codigo-penal-decreto-lei-2848-40
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10623895/art-129-10-do-codigo-penal-decreto-lei-2848-40
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10623849/art-129-11-do-codigo-penal-decreto-lei-2848-40
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/49573720/art-129-12-do-codigo-penal-decreto-lei-2848-40
 25 CLASSIFICAÇÃO 
DOUTRINÁRIA 
CRIMES 
CONTRA 
A 
VIDA 
 
H
O
M
IC
ÍD
IO
 
 
A
U
X
ÍL
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N
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M
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TO
) 
 121 122 123 124 125 126 
QUANTO AO 
ELEMENTO 
OBJETIVO 
COMISSIVO 
OMISSIVO PRÓPRIO 
OMISSIVO IMPRÓPRIO 
QUANTO AO 
ELEMENTO 
SUBJETIVO 
DOLOSO 
CULPOSO 
PRETERDOLOSO 
 
QUANTO 
 
AOS 
 
SUJEITOS 
COMUM 
PRÓPRIO 
UNISSUBJETIVO 
PLURISSUBJETIVO 
DELITO VAGO 
DUPLA SUBJET. PASSIVA 
MOMENTO 
CONSUMATI
VO 
INSTANTÂNEO 
PERMANENTE 
QUANTO AO 
RESULTADO 
MATERIAL 
FORMAL 
FRACIONA 
MENTO DA 
CONDUTA 
UNISSUBSISTENTE 
PLURISSUBSISTENTE 
 
QUANTO 
AO 
BEM 
JURÍDICO 
DE DANO 
DE PERIGO 
UNIOFENSIVO 
PLURIOFENSIVO 
QUANTO AO 
MODO DE 
EXECUÇÃO 
VINCULADO 
DE FORMA LIVRE 
VÍNCULO 
COM 
OUTROS 
CRIMES 
ACESSÓRIO 
SUBSIDIÁRIO 
 
QUANTO 
ÀS 
CIRCUNS 
TÂNCIAS 
SIMPLES 
PRIVILEGIADO 
QUALIFICADO 
COM MAJORANTES 
 26 
EXERCÍCIOS (modelo de prova) 
 
VARIAÇÕES DO CRIME DE HOMICÍDIO: 
Femicídio: morte de uma mulher 
Feminicídio: morte de uma mulher por razões de gênero (violência doméstica, familiar, discriminação) 
Uxoricídio: assassinato em que o marido mata a própria esposa 
Parricídio: assassinato pelo filho do próprio pai 
Matricídio: matar a própria mãe 
Fratricídio: matar o próprio irmão 
Ambicídio: quando as mortes decorrem de um pacto 
 
01) Suponha que o agente, por vingança, quer matar sua esposa adúltera. Acometido de forte emoção, o agente 
dispara sua arma de fogo. No entanto, para sua surpresa, a arma está descarregada. O agente: 
a) responderá pelo crime de homicídio, pois realmente queria matar sua esposa. 
b) não responderá por crime algum, por se tratar de crime impossível. 
c) responderá pelo crime de homicídio em sua forma tentada. 
d) responderá por homicídio, mas pelo crime na sua modalidade privilegiada, por estar acometido de forte emoção. 
 
02) Ao verificar que um veículo estava aberto e com a chave na ignição, “A” resolve furtá-lo, adentrando em seu 
interior e acionando a partida do motor. Antes da consumação, por vontade própria, deixa de prosseguir com o 
ato delituoso. A hipótese caracteriza: 
a) Furto tentado 
b) Crime impossível 
c) Desistência Voluntária 
d) Arrependimento eficaz 
 
03) Analise as assertivas abaixo quanto ao crime de Homicídio: 
I – Cometido o crime contra idoso, haverá a qualificadora objetiva do recurso que impossibilitou a defesa do ofendido. 
II – Se o crime é contra menor de 14 anos, haverá uma circunstância genérica agravante. 
III – Admite dolo genérico, dolo específico e preterdolo. 
IV – Se a mãe quer matar o filho e, para tanto, deixa de alimentá-lo, haverá a conduta omissiva própria. 
 
 
 
 
 
 
04) Com base no tipo penal do art. 121 (Matar alguém), pode-se afirmar corretamente: 
 
05) Analise o fato descrito de acordo com o nexo de causalidade: 
 “A” desfecha um tiro de revólver em “B” que morre pouco depois, não em consequência dos ferimentos recebidos, 
mas porque antes ingerira veneno. 
 
 
 
 
 
A Todas estão corretas 
B Estão corretas as assertivas I e III 
C Estão corretas as assertivas II e IV 
D Todas são falsas 
A No caso de o fato ser crime culposo, haverá uma atenuante 
B O fato de ter sido praticado por motivo fútil é uma circunstância agravante 
C O fato de ser o agente reincidente é uma circunstância específica que aumenta a pena 
D O fato de ser a vítima maior de 60 anos não é uma agravante da pena 
 27 
06) Considerando a conduta de ABORTO , citar: 
a) Uma causa descriminante 
 
 
b) uma causa dirimente 
 
 
c) uma circunstância específica (identificar qual circunstância) 
 
 
d) analise o elemento objetivo do tipo 
 
 
e) Uma circunstância genérica (identificar qual circunstância) 
 
 
f) analise o elemento subjetivo do tipo 
 
 
07) Dê um exemplo (um caso) em que ocorra o crime de Homicídio: 
a) Em concurso de crimes formal e duas circunstâncias. 
 
 
 
b) Em concurso de crimes material com uma circunstância genérica. 
 
 
 
08) TIPIFICAR O FATO: “Joel” (20 anos) matou o irmão, por motivo de dívida entre eles; o crime contou com a 
ajuda de “Bené” (17 anos), que auxiliou de maneira eficaz na conduta por asfixia; Tomé (25 anos) apenas ficou 
vigiando para que o crime fosse realizado. O pai de Joel de tudo sabia e nada fez para impedir o resultado. 
 
 
 
 
09) Citar um exemplo em que fique configurado no crime de ABORTO, a hipótese de crime impossível por ineficácia 
absoluta do meio e por impropriedadeabsoluta do objeto. 
 
 
 
 
 
 
10) Dê um exemplo de crime contra a vida que contenha, no mesmo fato, uma circunstância específica e outra 
genérica, explicando se as circunstâncias são objetivas ou subjetivas. 
 
 28 
CAPÍTULO III 
DA PERICLITAÇÃO DA VIDA E DA SAÚDE 
 
Questionamentos: 
1. Características comuns a todos os crimes de Periclitação da vida e da saúde 
Crimes de Perigo individual: 
Crimes formais: 
Crimes subsidiários: 
Crimes que admitem exaurimento: 
 
2. Analise o elemento subjetivo do tipo do art. 130: 
3. Verifique quais crimes podem ser preterdolosos 
4. Analise as circunstâncias específicas dos crimes 
 
Perigo de contágio venéreo 
Art. 130 - Expor alguém, por meio de relações sexuais ou qualquer ato libidinoso, a contágio de moléstia 
venérea, de que sabe ou deve saber que está contaminado: 
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa. 
§ 1º - Se é intenção do agente transmitir a moléstia: 
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
§ 2º - Somente se procede mediante representação. 
 
 
Perigo de contágio de moléstia grave 
Art. 131 - Praticar, com o fim de transmitir a outrem moléstia grave de que está contaminado, ato capaz 
de produzir o contágio: 
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
 
Perigo para a vida ou saúde de outrem 
Art. 132 - Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente: 
Pena - detenção, de três meses a um ano, se o fato não constitui crime mais grave. 
Parágrafo único. A pena é aumentada de um sexto a um terço se a exposição da vida ou da saúde de 
outrem a perigo decorre do transporte de pessoas para a prestação de serviços em estabelecimentos de 
qualquer natureza, em desacordo com as normas legais. (Incluído pela Lei nº 9.777, de 1998) 
 
Abandono de incapaz 
Art. 133 - Abandonar pessoa que está sob seu cuidado, guarda, vigilância ou autoridade, e, por qualquer 
motivo, incapaz de defender-se dos riscos resultantes do abandono: 
Pena - detenção, de seis meses a três anos. 
§ 1º - Se do abandono resulta lesão corporal de natureza grave: 
Pena - reclusão, de um a cinco anos. 
§ 2º - Se resulta a morte: 
Pena - reclusão, de quatro a doze anos. 
Aumento de pena 
§ 3º - As penas cominadas neste artigo aumentam-se de um terço: 
I - se o abandono ocorre em lugar ermo; 
II - se o agente é ascendente ou descendente, cônjuge, irmão, tutor ou curador da vítima. 
III - se a vítima é maior de 60 (sessenta) anos (Incluído pela Lei nº 10.741, de 2003) 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10623822/art-130-do-codigo-penal-decreto-lei-2848-40
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10623783/art-130-1-do-codigo-penal-decreto-lei-2848-40
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10623737/art-130-2-do-codigo-penal-decreto-lei-2848-40
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10623702/art-131-do-codigo-penal-decreto-lei-2848-40
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10623672/art-132-do-codigo-penal-decreto-lei-2848-40
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10623632/art-132-1-do-codigo-penal-decreto-lei-2848-40
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10623587/art-133-do-codigo-penal-decreto-lei-2848-40
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10623526/art-133-1-do-codigo-penal-decreto-lei-2848-40
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10623490/art-133-2-do-codigo-penal-decreto-lei-2848-40
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10623457/art-133-3-do-codigo-penal-decreto-lei-2848-40
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10623429/art-133-3-inc-i-do-codigo-penal-decreto-lei-2848-40
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10623384/art-133-3-inc-ii-do-codigo-penal-decreto-lei-2848-40
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10623351/art-133-3-inc-iii-do-codigo-penal-decreto-lei-2848-40
 29 
 
Exposição ou abandono de recém-nascido 
Art. 134 - Expor ou abandonar recém-nascido, para ocultar desonra própria: 
Pena - detenção, de seis meses a dois anos. 
§ 1º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave: 
Pena - detenção, de um a três anos. 
§ 2º - Se resulta a morte: 
Pena - detenção, de dois a seis anos. 
 
Omissão de socorro 
Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada 
ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, 
nesses casos, o socorro da autoridade pública: 
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. 
Parágrafo único - A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de natureza grave, 
e triplicada, se resulta a morte. 
 
Condicionamento de atendimento médico-hospitalar emergencial (Incluído pela Lei nº 12.653, de 2012). 
Art. 135-A. Exigir cheque-caução, nota promissória ou qualquer garantia, bem como o preenchimento 
prévio de formulários administrativos, como condição para o atendimento médico-hospitalar 
emergencial: 
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. 
Parágrafo único. A pena é aumentada até o dobro se da negativa de atendimento resulta lesão corporal 
de natureza grave, e até o triplo se resulta a morte. 
 
Maus-tratos 
Art. 136 - Expor a perigo a vida ou a saúde de pessoa sob sua autoridade, guarda ou vigilância, para fim 
de educação, ensino, tratamento ou custódia, quer privando-a de alimentação ou cuidados 
indispensáveis, quer sujeitando-a a trabalho excessivo ou inadequado, quer abusando de meios de 
correção ou disciplina: 
Pena - detenção, de dois meses a um ano, ou multa. 
§ 1º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave: 
Pena - reclusão, de um a quatro anos. 
§ 2º - Se resulta a morte: 
Pena - reclusão, de quatro a doze anos. 
§ 3º - Aumenta-se a pena de um terço, se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (catorze) anos. 
(Incluído pela Lei nº 8.069, de 1990) 
 
CAPÍTULO IV 
DA RIXA 
Rixa Art. 137 - Participar de rixa, salvo para separar os contendores: 
Pena - detenção, de quinze dias a dois meses, ou multa. 
Parágrafo único - Se ocorre morte ou lesão corporal de natureza grave, aplica-se, pelo fato da 
participação na rixa, a pena de detenção, de seis meses a dois anos. 
 
 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10623311/art-134-do-codigo-penal-decreto-lei-2848-40
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10623281/art-134-1-do-codigo-penal-decreto-lei-2848-40
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10623248/art-134-2-do-codigo-penal-decreto-lei-2848-40
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10623219/art-135-do-codigo-penal-decreto-lei-2848-40
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10623184/art-135-1-do-codigo-penal-decreto-lei-2848-40
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28004035/art-135a-do-codigo-penal-decreto-lei-2848-40
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28004033/art-135a-1-do-codigo-penal-decreto-lei-2848-40
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10623140/art-136-do-codigo-penal-decreto-lei-2848-40
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10623011/art-136-1-do-codigo-penal-decreto-lei-2848-40
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CAPÍTULO V 
DOS CRIMES CONTRA A HONRA 
CALÚNIA 
Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime: 
Pena - detenção, de seis (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. 
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a imputação, a propala ou divulga. 
§ 2º - É punível a calúnia contra os mortos. 
Exceção da verdade 
§ 3º - Admite-se a prova da verdade, salvo: 
I - se, constituindo o fato imputado crime de ação privada, o ofendido não foi condenado por sentença irrecorrível; 
II - se o fato é imputado a qualquer das pessoas indicadas no nº I do art. 141; 
III - se do crime imputado, embora de ação pública, o ofendido foi absolvido por sentença irrecorrível. 
Questões relevantes 
Pessoa jurídica: em regra, somente a pessoa humana viva poderá ser sujeito passivo de calúnia. Porém, em face da 
possibilidade da responsabilizaçãopenal da pessoa jurídica pela prática de crimes (art. 225, § 3º, da CF, caput, da Lei 
nº 9.605, de 12.2.1998), faz-se perfeitamente plausível que uma empresa seja caluniada, desde que a imputação seja 
de crime que ela possa cometer, como os previstos na Lei do Meio Ambiente acima referida. Poderão ser sujeitos 
passivos do delito a pessoa física e a jurídica. 
Mortos: o “morto” não é sujeito passivo de calúnia, mas objeto material desse crime; serão, pois, vítimas de calúnia 
contra os mortos os familiares do defunto. Embora o morto não seja sujeito de direitos, a lei pune a calúnia contra 
os mortos (§ 2º). Nesse caso, vítima serão os sucessores processuais (cônjuge, ascendente, descendente ou irmão). 
Inimputáveis: podem ser caluniados. Isso porque a culpabilidade não integra o conceito de crime. 
Imputação verdadeira: inadequação típica. 
Consumação e Tentativa: consumado quando ocorrer o conhecimento por terceira pessoa (que não o agente e o 
ofendido) sobre a falsa imputação de um fato definido como crime. Como se trata de crime formal, não se exige a 
produção de resultado almejado pelo agente (ofensa à honra objetiva da vítima). A calúnia feita verbal e 
pessoalmente, por ser crime unissubsistente, não admite a tentativa; já a escrita, a possibilita. 
Exceção da Verdade (§ 3º): exceção da verdade é a possibilidade que a lei dá para que o agente demonstre que o 
fato criminoso imputado realmente ocorreu, o que afastaria a tipicidade penal, já que a imputação seria verdadeira. 
 
DIFAMAÇÃO 
Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação: 
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. 
Exceção da verdade 
Parágrafo único - A exceção da verdade somente se admite se o ofendido é funcionário público e a ofensa é relativa 
ao exercício de suas funções. 
Consumação e tentativa: como se trata de crime formal, não se exige a produção do resultado almejado pelo agente 
(ofensa à honra objetiva do ofendido). A difamação feita verbal e pessoalmente, por ser crime unissubsistente, não 
admite a tentativa; já a escrita, a possibilita. 
Exceção da Verdade (parágrafo único): em regra, a difamação não admite a exceção da verdade, pois, mesmo que 
o fato seja verdadeiro, não é lícito a alguém proclamá-la. Todavia, quando se trata de ofensa relativa ao exercício 
funcional do funcionário público, a lei admite a exceção da verdade (interessa ao Estado que eventual falta funcional 
seja apurada para o bom desempenho da administração pública). 
 
INJÚRIA 
Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa. 
§ 1º - O juiz pode deixar de aplicar a pena: 
I - quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria; 
II - no caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria. 
§ 2º - Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, por sua natureza ou pelo meio empregado, se considerem 
aviltantes: 
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Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa, além da pena correspondente à violência. 
§ 3o Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de 
pessoa idosa ou portadora de deficiência: (Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003) 
Pena - reclusão de um a três anos e multa. (Incluído pela Lei nº 9.459, de 1997) 
Questões relevantes. 
Honra subjetiva: diferentemente do que ocorre na calúnia e difamação, na injúria é atingida a honra subjetiva do 
ofendido, ou seja, a imagem que cada um tem de si mesmo acerca de seus atributos pessoais. A imputação é de algo 
vago e impreciso, como quando alguém é chamado de “imbecil”, “desonesto”, “ladrão”, etc. 
Sujeito passivo: poderá ser qualquer pessoa física, que possua compreensão do caráter injurioso da imputação. 
Assim, estão excluídos os menores de tenra idade, os loucos que não possuam qualquer entendimento de eventuais 
palavras que lhe são endereçadas, etc. 
- Dignidade: sentimento próprio a respeito dos atributos morais do cidadão; 
- Decoro: sentimento próprio a respeito dos atributos físicos e intelectuais da pessoa humana. 
- O simples conhecimento por parte da vítima já é suficiente para ofendê-la. 
 
Exceção da verdade: não é cabível a exceção da verdade, pois a ninguém é dado ferir a dignidade ou decoro alheio, 
mesmo que a imputação seja verdadeira. 
Consumação e tentativa: como esse delito atinge a honra subjetiva, estará consumado quando o ofendido, de 
qualquer forma, tomar ciência da imputação da qualidade negativa, não se exigindo a produção do resultado 
almejado pelo agente (crime formal). Pouco importa, assim, se terceiro venha, ou não, a tomar conhecimento da 
imputação. 
- A injúria feita verbal e pessoalmente, por ser crime unissubsistente, não admite a tentativa; já a escrita, a possibilita. 
Injúria Qualificada (§ 3º): (art. 2º da Lei nº 9.459, de 13.5.1997) Esse tipo foi criado em face da alegação feita pelos 
acusados de crimes resultantes de preconceitos de raça ou de cor previstos na supracitada lei, de que teriam apenas 
praticado um crime de injúria, cuja pena é bem menor. A pena acabou sendo desproporcional: a pena é mais grave 
do que a cominada para o homicídio culposo; 
- Raça é um conceito pertinente ao campo da antropologia física ou da biologia. Para o IBGE as raças são: branca, 
negra, índia, amarela e parda. 
- Cor diz respeito à tonalidade da pele e acaba se confundindo indevidamente com o termo raça. Normalmente, os 
indivíduos são classificados em três grandes grupos: brancos, pretos e amarelos. Assim, essas classificações, embora 
semelhantes, não se confundem. Por exemplo, um negro que nasceu albino (branco) não deixa de pertencer à sua 
raça (negra) devido à cor de sua pele. 
- Etnia está ligada a um grupo biológico e culturalmente homogêneo, como os asiáticos, palestinos, etc. 
- Religião: modo como se acredita e venera uma força maior (divindade) (católica, judaica, budista, etc.) 
- Origem: local de onde alguém provém (no próprio país ou exterior, Estado, município ou bairro). 
 
Injúria e Racismo: Comete o crime de injúria qualificada o agente que utiliza palavras depreciativas referentes a raça, 
cor, religião ou origem, com o intuito de ofender a honra subjetiva da vítima. 
A Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989 define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor. 
Foi alterada pelas Leis nº 8.081/90 e 9.459 / 97: 
Art. 1º Serão punidos, na forma desta lei os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, 
cor, etnia, religião ou procedência nacional.” (nova redação dada pela Lei nº 9.459/1997) 
Art. 3º Impedir ou obstar o acesso de alguém, devidamente habilitado, a qualquer cargo da 
Administração Direta ou Indireta, bem como das concessionárias de serviços públicos. 
Pena: reclusão de dois a cinco anos. 
Art. 4º Negar ou obstar emprego em empresa privada. 
Pena: reclusão de dois a cinco anos. 
Art. 5º Recusar ou impedir acesso a estabelecimento comercial, negando-se a servir, atender ou receber 
cliente ou comprador. 
Pena: reclusão de um a três anos. 
Art. 6º Recusar, negar ou impedir a inscrição ou ingresso de aluno em estabelecimento de ensino público 
ou privado de qualquer grau. Pena: reclusão de três a cinco anos.(...) 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2003/L10.741.htm#art140§3
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9459.htm#art140§3
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Disposições comuns 
Art. 141 - As penas cominadas neste Capítulo aumentam-se de um terço, se qualquer dos crimes é cometido: 
I - contra o Presidente da República, ou contra chefe de governo estrangeiro; 
II - contra funcionário público, em razão de suas funções; 
III - na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, da difamação ou da injúria. 
IV – contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou portadora de deficiência, exceto no caso de injúria. (Lei 10.741/2003) 
§ 1º - Se o crime é cometido mediante paga ou promessa de recompensa, aplica-se a pena em dobro. (Lei 13.964/2019) 
 
Exclusão

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