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Contas Nacionais
Aula 11 – Câmbio
Prof. Fernando Pozzobon
fernando.esag@gmail.com
1
Câmbio
No Brasil, a taxa de câmbio representa o preço, em moeda nacional, de uma unidade de moeda estrangeira (dólar). Uma elevação da taxa de câmbio representa uma desvalorização. O oposto, uma valorização.
Vejamos uma situação:
Um exportador que vende a vista mercadorias no valor de US$ 1.000,00. Ele vai até o Banco Central para trocar seus dólares por R$. Se a taxa é R$ 1,00 ele receberá R$ 1.000,00. Se a taxa se eleva para R$ 1,10 – desvalorização do real - e se ele exportar novamente, receberá então R$ 1.100,00. Assim, tudo o mais constante, ele aumentou seu poder de compra no mercado interno.
Observação: a desvalorização cambial estimula as exportações e desestimula as importações.
Taxa Real de Câmbio
E = e . P*/ P
Onde:
E = taxa de câmbio real
e = taxa de câmbio nominal
P* = índice de preços do país estrangeiro, como estamos considerando o dólar como moeda referência, a variação de P* pode ser entendida como a inflação dos Estados Unidos
P = índice de preços nacional
A inflação interna tende a encarecer os produtos de exportação e tornar mais baratos os produtos importados. A inflação externa tende a encarecer os produtos importados e estimular nossas exportações.
Taxa de câmbio nominal: 
janeiro 2000-Agosto 2012
Taxa de câmbio nominal (continuação)
Índice, média 2005=100
Comparando...
Histórico:
 No início da década de 1990 a economia é transformada. As políticas macroeconômicas dos países desenvolvidos foram no sentido de afrouxamento da política monetária. 
Medidas liberalizantes, abertura comercial e liberalização dos fluxos de capitais tinham a idéia de estimular os ganhos de eficiência e produtividade por meio da concorrência com produtos importados.
Conseqüência:
1995: contas externas começaram a mostrar resultados preocupantes. Balança Comercial registra primeiro déficit em 10 anos (-US$ 3,4 bilhões)
Diagnóstico: o Brasil precisava se integrar de forma mais profunda à economia mundial, privilegiando os mecanismos de mercado.
1997-1998: déficit comercial passa para US$ - 6,5 bilhões. 
Em 1999 ocorre a mudança de política cambial (e em janeiro de 1999 adota-se o regime de livre flutuação do câmbio e desvalorização da moeda) na economia brasileira, reflexo das mudanças no cenário internacional, como por exemplo, das crises russas e asiáticas de 1997 e 1998 que permitiu aumentar a competitividade dos produtos brasileiros no exterior mas ocorre também uma expressiva fuga de capitais do Brasil na forma de IBDs para apoio das exportações brasileiras.
O início da década de 2000 foi uma época marcada, dentre outros fatores, pela queda nas bolsas dos Estados Unidos e o desaquecimento da economia global por causa dos atentados terroristas e guerras. 
Internamente, esgota-se o processo de privatizações dos ativos públicos federais e estaduais que se iniciou na primeira metade da década de 1990. Junta-se a isso o baixo dinamismo da economia brasileira, os baixos níveis de investimentos internos do governo e a proximidade das eleições de 2002 (causando aumento da incerteza quanto à performance macroeconômica) e têm-se o cenário econômico brasileiro com uma das mais altas taxas de câmbio da década (com o US$ = R$ 4).
2007: entrada de capitais provoca uma valorização da taxa de câmbio e um aumento nas importações com déficit em 2008.
Depois da mudança de câmbio...
Primeira fase (1999 a 2002): país elimina o déficit comercial e passa a gerar superávit de US$ 13 bilhões.
Segunda fase (2002 a 2007): valor exportado cresce a taxa de 21,6% ao ano. Em 2007 o saldo da Balança Comercial é de US$ 40 bilhões, após o recorde em 2006 de US$ 46 bilhões.
Terceira fase (2008-...): período de crise e pós-crise econômica, redução da liquidez internacional, o saldo comercial varia bastante, hora negativo, hora com recorde da década.
Conjuntura mundial favorável
Em 2007 o câmbio passa a se valorizar e para 2008 já se constata redução do superávit comercial.
Conclusão: o câmbio, aliado à demanda mundial, foi fator fundamental para explicar a trajetória da Balança Comercial de 1999 a 2007.
(milhões US$)
Juros!
E como os juros entram nessa história?
Taxa de
Câmbio
i*=15%a.a
i=30%a.a
US$ 1000
1/1
R$ 1000
1,5/1
R$ 1300
US$ 866,67
US$ 1000
US$ 1150
Regime cambial: processo de formação de preço da divisa estrangeira
Política cambial: objetivo quanto ao uso da taxa de câmbio como instrumento de política macroeconômica
Ajustes no Balanço de Pagamentos
Existem inúmeros instrumentos para o ajuste do balanço de pagamentos de um país, dentre os quais os mais importantes são:
Desvalorização cambial
Elevação das tarifas de importação
Estabelecimento de cotas de importação
Concessão de subsídios às exportações
Imposição de restrições à saída de capitais e à remessa de recursos ao exterior
Redução no nível de atividade da economia
Elevação da taxa interna de juros
Referências
FEIJÓ, Carmem, RAMOS, Roberto L. Olinto (Org.). Contabilidade social: a nova referência das contas nacionais do Brasil. Rio de Janeiro: Campus/Elsevier, 2003. 
IBGE. Sistemas de contas nacionais – Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, Coordenação de Contas Nacionais, 2003. (Relatórios metodológicos, ISSN 0101 – 2843; n. 24).
PAULANI, Leda M., BRAGA, Márcio B.. A nova contabilidade social: uma introdução à macroeconomia. São Paulo: Saraiva, 2007. 
Para pensar...e responder
18
Mantendo todo o resto constante, qual o efeito dessas políticas de redução da taxa de juros sobre a taxa de câmbio, exportações, importações, poupança externa, investimento, produto, renda...

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