Resenha livro "O que é Trabalho"

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RESENHA CRITICA
ALBORNOZ, Suzana. O que é trabalho. 3ª edição. São Paulo: Brasilense, 2012.
Suzana Albornoz, nascida em 1939 possui graduação em Ciências Sociais na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUCRS (Porto Alegre, 1960-1963), mestrado em Filosofia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS (Porto Alegre, 1981-1984); Diploma de Estudos Aprofundados em História e Civilizações (Paris, 1987); estudos doutorais em Filosofia Política, na Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais - EHESS (Paris, 1986-1990); e doutorado em Filosofia na Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG (Belo Horizonte, 1994-1997). Lecionou na Universidade Federal de Rio Grande - FURG e na Universidade de Santa Cruz do Sul - UNISC. Tem experiência em Ciências Sociais e Filosofia, especialmente em questões de Ética e de Política. Publicou sobre o pensamento de Ernst Bloch e sobre temas como utopia, trabalho, educação, feminismo, felicidade, amizade e violência. Também tem publicado literatura de ficção. Informações coletadas do Lattes em 08/05/2017
No livro O que é trabalho, a autora busca com uma linguagem de fácil compreensão compor um texto leve e dinâmico. Isso faz com que o leitor consiga com base em vários contextos histórico realizar uma analise com eventos que ocorreram no passado vinculando aos dias de hoje. Ela busca com sua densidade filosófica, o sentido do trabalho para a sociedade capitalista. O livro apresenta em seus capítulos a criação da palavra trabalho e como o homem foi percebendo a própria relevância da ação do trabalho no espaço social em que vive e ficando em evidencia que o efeito da ação advinda do trabalho abre portas para transformação na sociedade, como também cria elementos para sua própria definição e representação enquanto individuo participe das atividades que envolva o labor.
A autora aborda quais são os quais são os efeitos do trabalho nas sociedades industriais, e mostra qual é a diferença entre trabalho ou ter um emprego, pois essas palavras tornaram-se sinônimos. Nem todos que trabalham têm um emprego, mas todos que tem um emprego trabalham. 
A autora também a concepção de dos tipos de trabalho que existem e quais são os efeitos por eles produzidos na sociedade. Esses tipos são o trabalho intelectual e físico.
Ela explica que o trabalho também faz parte da história humana, como esse conceito evoluiu com as novas formas de trabalho que surgiram ao longo dos anos, pois antigamente o ser humano buscava através do trabalho sua identidade, pois o trabalho era subsistência, hoje em dia, é visto como uma forma exclusiva de ganhar dinheiro, quanto mais se produz, mais capital. 
Com o surgimento de novas tecnologias auxiliou em muito o trabalho do ser humano, mas por outro lado deixa alienado o trabalhador. O trabalhador não precisa saber o que esta produzindo, ele precisa apenas saber desempenhar sua função. Com isso ele perde a noção do valor da sua força de trabalho.
Na visão da autora outro fator que surgiu com essa evolução foi a separação familiar. Hoje em dia o trabalhador perde o contato com a sua devido a correria do seu dia a dia, principalmente as mulheres, pois as mesmas acabam tendo que deixar seus filhos sozinhos.
A necessidade do trabalho acaba tornado um fardo. Suzana diz que o trabalho tem que ser visto como uma fonte de prazer, não uma obrigação, fazendo com que o trabalhador fique feliz em trabalhar, fazendo que a atividade que ele desenvolve tenha algum sentido para ele. A autora diz que todas as pessoas seriam iguais na condição de trabalho. Por outro lado, o Socialismo deve ser dirigido por um Estado Forte, liderado pelos operários. Seria Operários sob Burguesia.
Este livro apresenta uma linguagem de fácil compreensão, tem como elo informações de fatos históricos com os dias atuais. Ele ajuda a entender o que é e para que serve o trabalho, ajudando a esclarecer e melhorar tudo que envolva organizações e, principalmente, trabalhadores.
O trabalho está na base de toda sociedade, ele estabelecendo como cada individuo de diferentes classes sociais devem se relacionar, determinando como será o seu cotidiano, pois pode e deve-se organizar os diversos modos de trabalho ao longo da sua vida, verificando a possibilidade de construir uma sociedade em que o trabalhar torne-se prazeroso, e não simplesmente aquilo que se faz por obrigação.
¹ Acadêmico do