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PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO LUÍS 
SECRETARIA MUNICIPAL EXTRAORDINÁRIA DE PROJETOS ESPECIAIS 
 
 
 
PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO AMBIENTAL E MELHORIA DA 
QUALIDADE DE VIDA DA BACIA DO BACANGA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO 
PMISB DE SÃO LUÍS – MA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROGNÓSTICO COM CENÁRIO DE METAS E 
DEMANDAS E ESTUDO DE ALTERNATIVAS TÉCNICAS 
 
 
JULHO / 2011 
 
 
 
 
PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO LUÍS – PROGNÓSTICO i 
APRESENTAÇÃO 
O esforço do município de São Luís em elaborar seu Plano Municipal Integrado de 
Saneamento Básico – PMISB objetiva, não só cumprir um marco legal no saneamento como 
obter um momento ímpar no exercício de titular efetivo dos serviços que lhe concede a Lei 
Federal 11.445/2007. 
O município de São Luís teve iniciativa precursora, pois antes da Lei Federal demonstrou 
sua preocupação com a qualidade dos serviços instituindo, em julho de 2005, a Lei 
Municipal nº 4.516 que dispõe sobre a Política Municipal de Saneamento. 
O presente relatório intitulado Prognóstico com Cenário de Metas e Demandas e Estudo de 
Alternativas Técnicas, de autoria do Consórcio ESSE Engenharia e Consultoria / Hidraele 
Projetos e Serviços, conforme Contrato celebrado com a Secretaria Municipal Extraordinária 
de Projetos Especiais – SEMPE, da Prefeitura Municipal de São Luís, constitui-se o terceiro 
produto técnico, dentro de uma série exigida. 
O escopo do Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – PMISB de São Luís inclui 
o desenvolvimento de atividades em seis etapas, resultando, cada uma, em um produto 
específico, a saber: 
� Produto I: Plano de Trabalho do PMISB; 
� Produto II: Diagnóstico da situação física dos sistemas e da prestação dos serviços de 
saneamento básico e de seus impactos nas condições de vida da população; 
� Produto III: Prognóstico com estudo de cenário de metas e demandas e ainda o 
estudo de alternativas técnicas de intervenção e concepção das unidades; 
� Produto IV: Plano de metas definitivo, programa de obras e ações necessárias para o 
atendimento das metas, ações para emergências e contingências e estudo da 
sustentabilidade dos serviços; 
� Produto V: Definição de mecanismos e procedimentos para avaliação sistemática das 
ações programadas, das diretrizes para institucionalização dos serviços e para o banco 
de dados do SMISB; 
� Produto VI: Relatório Síntese do PMISB. 
 
 
 
 
 
PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO LUÍS – PROGNÓSTICO ii 
PROGNÓSTICO COM CENÁRIO DE METAS E DEMANDAS E ESTUDO DE 
ALTERNATIVAS TÉCNICAS 
 
Sumário 
 
 
APRESENTAÇÃO...............................................................................................................................................i 
SUMÁRIO...........................................................................................................................................................ii 
LISTA DE FIGURAS .........................................................................................................................................iv 
LISTA DE TABELAS ........................................................................................................................................vi 
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................01 
2 METODOLOGIA DE TRABALHO ......................................................................................................03 
3 PROJEÇÃO POPULACIONAL...........................................................................................................07 
3.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS ..............................................................................................................08 
3.2 MÉTODOS DE ESTIMATIVA POPULACIONAL .................................................................................08 
3.3 POPULAÇÃO NO MUNICÍPIO DE SÃO LUÍS .....................................................................................12 
3.4 POPULAÇÃO NOS MUNICÍPIOS DE SÃO JOSÉ DE RIBAMAR, PAÇO DO LUMIAR, RAPOSA E 
ROSÁRIO ............................................................................................................................................14 
3.5 ESTUDOS E PROJEÇÕES POPULACIONAIS EXISTENTES ...........................................................18 
3.6 PROJEÇÃO POPULACIONAL PARA O MUNICÍPIO DE SÃO LUÍS...................................................20 
3.7 PROJEÇÃO POPULACIONAL DOS MUNICÍPIOS VIZINHOS E PARA A ÁREA DE 
CONURBAÇAO .................................................................................................................................22 
4 CENÁRIOS ALTERNATIVOS DE METAS E DEMANDAS................................................................25 
4.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS...............................................................................................................26 
4.2 CENÁRIOS PARA O SERVIÇO DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA ....................................................30 
4.2.1 Considerações Iniciais.........................................................................................................................30 
4.2.2 Cenário 1 do Serviço de Abastecimento de Água...............................................................................31 
4.2.3 Cenário 2 do Serviço de Abastecimento de Água...............................................................................35 
4.2.4 Cenário 3 do Serviço de Abastecimento de Água...............................................................................39 
4.2.5 Cenário 4 do Serviço de Abastecimento de Água...............................................................................41 
4.2.6 Análise Comparativa dos Cenários do Serviço de Abastecimento de Água.......................................44 
4.2.7 Avaliação Conclusiva dos Cenários do Serviço de Abastecimento de Água......................................46 
4.3 CENÁRIOS PARA O SERVIÇO DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO ...................................................49 
4.3.1 Considerações Iniciais.........................................................................................................................49 
4.3.2 Cenário 1 do Serviço de Esgotamento Sanitário ................................................................................50 
4.3.3 Cenário 2 do Serviço de Esgotamento Sanitário ................................................................................53 
4.3.4 Cenário 3 do Serviço de Esgotamento Sanitário ................................................................................55 
4.3.5 Cenário 4 do Serviço de Esgotamento Sanitário ................................................................................58 
 
 
PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO LUÍS – PROGNÓSTICO iii 
4.3.6 Análise Comparativa dos Cenários do Serviço de Abastecimento de Água.......................................60 
4.3.7 Avaliação Conclusiva dos Cenários do Serviço de Abastecimento de Água......................................62 
4.4 CENÁRIOS PARA O SERVIÇO DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS ....65 
4.4.1 Considerações Iniciais.........................................................................................................................65 
4.4.2 Cenário 1 do Serviço de Limpeza Urbana e Manejo dos Resíduos Sólidos.......................................67 
4.4.3 Cenário 2 do Serviço de Limpeza Urbana e Manejo dos Resíduos Sólidos.......................................70 
4.4.4 Cenário 3 do Serviço de Limpeza Urbana e Manejo dos Resíduos Sólidos.......................................73 
4.4.5 Cenário 4 do Serviço de LimpezaUrbana e Manejo dos Resíduos Sólidos.......................................75 
4.4.6 Análise Comparativa dos Cenários do Serviço de Limpeza Urbana e Manejo dos Resíduos 
Sólidos ................................................................................................................................................78 
4.4.7 Avaliação Conclusiva dos Cenários do Serviço de Limpeza Urbana e Manejo dos Resíduos 
Sólidos ................................................................................................................................................80 
4.5 CENÁRIOS PARA O SERVIÇO DE DRENAGEM URBANA E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS .....82 
4.5.1 Considerações Iniciais.........................................................................................................................82 
4.5.2 Cenários para a Drenagem Urbana e o Manejo de Águas Pluviais....................................................84 
5 ALTERNATIVAS DAS UNIDADES DOS SISTEMAS ........................................................................86 
5.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS ..............................................................................................................87 
5.2 ALTERNATIVAS PARA O ABASTECIMENTO DE ÁGUA...................................................................87 
5.3 ALTERNATIVAS PARA O ESGOTAMENTO SANITÁRIO ..................................................................95 
5.3.1 Análise Crítica dos Estudos e Projetos Existentes..............................................................................95 
5.3.2 Constatação das Necessidades Futuras.............................................................................................98 
5.4 ALTERNATIVAS PARA A LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS .................100 
5.4.1 Considerações Iniciais.......................................................................................................................100 
5.4.2 Coleta dos Resíduos Sólidos Urbanos..............................................................................................101 
5.4.3 Coleta Seletiva e Recuperação de Recicláveis.................................................................................104 
5.4.4 Desativação de Áreas Inadequadas de Disposição de Resíduos Sólidos........................................108 
5.4.5 Disposição Final de Resíduos Sólidos ..............................................................................................110 
5.5 ALTERNATIVAS PARA A DRENAGEM URBANA E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS ..................112 
 
 
 
PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO LUÍS – PROGNÓSTICO iv 
Lista de Figuras 
 
Figura 2.1 – Seqüência metodológica do prognóstico......................................................................................04 
Figura 3.1 – Evolução populacional de São Luís ............................................................................................12 
Figura 3.2 – Evolução urbana de São Luís até o ano 2000.............................................................................13 
Figura 3.3 – Evolução populacional de São José de Ribamar ........................................................................14 
Figura 3.4 – Evolução populacional de Paço do Lumiar .................................................................................15 
Figura 3.5 – Evolução populacional de Raposa ..............................................................................................16 
Figura 3.6 – Evolução populacional de Rosário ..............................................................................................17 
Figura 3.7 – Crescimento populacional de São Luís........................................................................................22 
Figura 4.1 – Variáveis utilizadas para a construção dos cenários ...................................................................26 
Figura 4.2 – Hipóteses de variação..................................................................................................................28 
Figura 4.3 – Exemplo da construção de cenários para os serviços de saneamento básico ...........................29 
Figura 4.4 – Horizontes parciais do PMISB......................................................................................................29 
Figura 4.5 – Cenários plausíveis para o serviço de abastecimento de água de São Luís ..............................31 
Figura 4.6 – Variação da demanda e produção de água em função das metas do Cenário 1........................35 
Figura 4.7 – Variação da demanda e produção de água em função das metas do Cenário 2........................39 
Figura 4.8 – Variação da demanda e produção de água em função das metas do Cenário 3........................41 
Figura 4.9 – Variação da demanda e produção de água em função das metas do Cenário 4........................42 
Figura 4.10 – Projeção do índice de atendimento de água nos diferentes cenários .......................................44 
Figura 4.11 – Projeção da população atendida nos diferentes cenários .........................................................45 
Figura 4.12 – Índice de perdas no sistema nos diferentes cenários................................................................45 
Figura 4.13 – Cenários plausíveis para o serviço de esgotamento sanitário de São Luís ..............................50 
Figura 4.14 – Variação da vazão de esgotos gerados, coletados e tratados em função das metas estabelecidas 
no Cenário 1 .....................................................................................................................................................51 
Figura 4.15 – Variação da vazão de esgotos gerados, coletados e tratados em função das metas estabelecidas 
no Cenário 2 .....................................................................................................................................................55 
Figura 4.16 – Variação da vazão de esgotos gerados, coletados e tratados em função das metas estabelecidas 
no Cenário 3 .....................................................................................................................................................56 
Figura 4.17 – Variação da vazão de esgotos gerados, coletados e tratados em função das metas estabelecidas 
no Cenário 4 .....................................................................................................................................................60 
Figura 4.18 – Projeção do índice de atendimento de esgotos nos diferentes cenários ..................................60 
Figura 4.19 – Projeção da população atendida nos diferentes cenários .........................................................61 
Figura 4.20 – Projeção do índice de tratamento de esgotos nos diferentes cenários .....................................61 
Figura 4.21 – Cenários plausíveis para o serviço de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos ............66 
Figura 4.22 – Quantidade de resíduos coletado, recuperado e a ser enviado para destinação final..............68 
Figura 4.23 – Quantidade de resíduos coletado, recuperado e a ser enviado para destinação final..............71 
Figura 4.24 – Quantidade de resíduos coletado, recuperado e a ser enviado para destinação final..............73 
Figura 4.25 – Quantidade de resíduos coletado, recuperado e a ser enviado para destinação final..............76 
Figura 4.26 – Projeção do índice de atendimento de água nos diferentes cenários .......................................78 
 
 
PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO LUÍS – PROGNÓSTICO v 
Figura 4.27– Projeção do índice de abrangência por coleta seletiva nos diferentes cenários ........................79 
Figura 4.28 – Projeção do índice de recuperação de recicláveis ....................................................................79 
Figura 4.29 – Projeção do índice de recuperaçãode recicláveis ....................................................................80 
Figura 5.1 – Déficit de produção de água em São Luís ...................................................................................89 
Figura 5.2 – Déficit de reservação de água em São Luís ................................................................................90 
Figura 5.3 – Sistemas de esgotamento sanitário propostos pelo Estudo de Concepção................................95 
Figura 5.4 – Contêineres típicos a serem implantados para acondicionamento dos resíduos sólidos urbanos em 
São Luís..........................................................................................................................................................102 
Figura 5.5 – Esquema típico de uma central de triagem de resíduos............................................................107 
Figura 5.6 – Ponto de entrega voluntária típico a ser implantado em São Luís ............................................109 
Figura 5.7 – Raio de segurança aeroportuária...............................................................................................110 
 
 
 
 
 
PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO LUÍS – PROGNÓSTICO vi 
Lista de Tabelas 
 
Tabela 3.1- Projeções populacionais com base em métodos de quantificação indireta ................................09 
Tabela 3.2 - Projeção populacional - métodos com base em fórmulas matemáticas......................................11 
Tabela 3.3 – Taxa de crescimento anual do município de São Luís ...............................................................12 
Tabela 3.4 – Taxa de crescimento anual do município de São José de Ribamar...........................................15 
Tabela 3.5 – Taxa de crescimento anual do município de Paço do Lumiar ....................................................16 
Tabela 3.6 – Taxa de crescimento anual do município de Rosário .................................................................16 
Tabela 3.7 – Projeções populacionais para os municípios da Ilha de São Luís – Estudo de Concepção do 
Sistema de Esgotamento Sanitário (1997).......................................................................................................19 
Tabela 3.8 – Projeções populacionais para os municípios da Ilha de São Luís 
Plano Diretor de Água (2003)...........................................................................................................................19 
Tabela 3.9 – Projeções populacionais para os municípios da Ilha de São Luís – Projeto Executivo de 
Esgotamento Sanitário (2008)..........................................................................................................................20 
Tabela 3.10 – Estimativa da população para o município de São Luís ...........................................................21 
Tabela 3.11 – Estimativa da população para os municípios de Paço do Lumiar, São José de Ribamar, Raposa 
e Rosário ..........................................................................................................................................................23 
Tabela 3.12 – Estimativa da população para a área de conurbação...............................................................24 
Tabela 4.1 – Principais características do Cenário 1 .......................................................................................32 
Tabela 4.2 – Produção de água para atendimento a população futura considerando as metas estabelecidas no 
Cenário 1 ..........................................................................................................................................................33 
Tabela 4.3 – Produção de água atual com proposta redução da utilização dos poços isolados 
conforme Cenário 1 ..........................................................................................................................................34 
Tabela 4.4 – Principais características do Cenário 2 .......................................................................................36 
Tabela 4.5 – Produção de água para atendimento a população futura considerando as metas 
estabelecidas no Cenário 2 ..............................................................................................................................37 
Tabela 4.6 – Produção de água atual com proposta redução da utilização dos poços isolados 
conforme Cenário 2 ..........................................................................................................................................38 
Tabela 4.7 – Principais características do Cenário 3 .......................................................................................39 
Tabela 4.8 – Produção de água para atendimento a população futura considerando as metas estabelecidas no 
Cenário 3 ..........................................................................................................................................................40 
Tabela 4.9 – Principais características do Cenário 4 .......................................................................................41 
Tabela 4.10 – Produção de água para atendimento a população futura considerando as metas estabelecidas no 
Cenário 4 ..........................................................................................................................................................43 
Tabela 4.11 – Metas para o serviço de abastecimento de água nos diversos cenários .................................46 
Tabela 4.12 – Comparação de demanda e produção de água para os diferentes cenários ...........................48 
Tabela 4.13 – Principais características do Cenário 1 .....................................................................................50 
Tabela 4.14 – Geração de esgotos da população futura de São Luís considerando as metas estabelecidas no 
Cenário 1 ..........................................................................................................................................................51 
Tabela 4.15 – Principais características do Cenário 2 .....................................................................................53 
Tabela 4.16 – Geração de esgotos da população futura de São Luís considerando as metas estabelecidas no 
Cenário 2 ..........................................................................................................................................................54 
Tabela 4.17 – Principais características do Cenário 3 .....................................................................................55 
 
 
PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO LUÍS – PROGNÓSTICO vii 
Tabela 4.18 – Geração de esgotos da população futura de São Luís considerando as metas estabelecidas no 
Cenário 3 ..........................................................................................................................................................56 
Tabela 4.19 – Principais características do Cenário 4 .....................................................................................58 
Tabela 4.20 – Geração de esgotos da população futura de São Luís considerando as metas estabelecidas no 
Cenário 4 ..........................................................................................................................................................59 
Tabela 4.21 – Resumo comparativo dos quatro cenários do serviço de esgotamento sanitário.....................63 
Tabela 4.22 – Metas para o serviço de esgotamento sanitário nos diversos cenários ...................................64 
Tabela 4.23 – Principais características do Cenário 1 .....................................................................................67 
Tabela 4.24 – Geração de resíduos e recuperação através reciclagem, considerando as metas estabelecidas 
no Cenário 1 .....................................................................................................................................................69Tabela 4.25 – Principais características do Cenário 2 .....................................................................................70 
Tabela 4.26 – Geração de resíduos e recuperação através reciclagem, considerando as metas estabelecidas 
no Cenário 2 .....................................................................................................................................................72 
Tabela 4.27 – Principais características do Cenário 3 .....................................................................................73 
Tabela 4.28 – Geração de resíduos e recuperação através reciclagem, considerando as metas estabelecidas 
no Cenário 3 .....................................................................................................................................................74 
Tabela 4.29 – Principais características do Cenário 4 .....................................................................................75 
Tabela 4.30 – Geração de resíduos e recuperação através reciclagem, considerando as metas estabelecidas 
no Cenário 4 .....................................................................................................................................................77 
Tabela 4.31 – Metas para o serviço de limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos nos 
diversos cenários..............................................................................................................................................81 
Tabela 5.1 – Produção atual de água em São Luís .........................................................................................87 
Tabela 5.2 – Produção atual e futura de água e o déficit referente à produção necessária ...........................88 
Tabela 5.3 – Volume de reservação atual e necessário ..................................................................................90 
Tabela 5.4– Incremento de novas ligações e hidrômetros de água ................................................................92 
Tabela 5.5 – Rede de distribuição existente e a implantar ..............................................................................93 
Tabela 5.6 – Implantação de ligações, hidrômetros e rede de distribuição .....................................................94 
Tabela 5.7 – Quantidades do Projeto Executivo da Etapa I.............................................................................96 
Tabela 5.8 – Quantidades dos Projetos Executivos da Bacia do Bacanga – Anjo da Guarda........................96 
Tabela 5.9 – Quantidade de economias e ligações de esgoto atuais e futuras...............................................98 
Tabela 5.10 – Rede coletora de esgotos existentes e a implantar ..................................................................99 
Tabela 5.11 – Quantidades de interceptores, estações elevatórias e estações de tratamento a serem 
implantados para universalização do serviço de esgotamento sanitário .......................................................100 
Tabela 5.12 – Estimativa do número de contêineres a serem implantados ao longo dos anos....................103 
Tabela 5.13 – Projeção das demandas por unidades responsáveis pela coleta seletiva..............................106 
Tabela 5.14 – Estimativa de massa de recicláveis de interesse comercial recuperados ..............................108 
Tabela 5.15 – Quantidade de lixo a ser enviado ao possível novo aterro sanitário (considerando São Luís, Paço 
do Lumiar, Raposa, São José de Ribamar e Rosário)...................................................................................111 
 
 
 
 
 
 
PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO LUÍS – PROGNÓSTICO 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
IITTEEMM 11 
IINNTTRROODDUUÇÇÃÃOO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO LUÍS – PROGNÓSTICO 2 
O objetivo geral do Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico de São Luís é 
estabelecer o planejamento das ações com participação popular e atendendo aos princípios 
da Política Nacional de Saneamento Básico, da Política Estadual de Saneamento Básico e 
da Política Municipal de Saneamento, com vistas à melhoria da salubridade ambiental, 
proteção dos recursos hídricos e promoção da saúde pública. 
Como alicerce do planejamento das ações, foi elaborado e apresentado no Produto II do 
PMISB o Diagnóstico da Situação dos Sistemas e da Prestação dos Serviços. Esse 
diagnóstico teve como objetivo fundamental apresentar o estado presente dos serviços de 
saneamento básico em São Luís. 
O ato de planejar consiste, portanto, em partir desse estado presente do objeto para definir o 
estado futuro desejado. É neste contexto que se insere o presente relatório de Prognóstico 
com Cenário de Metas e Demandas e Estudo de Alternativas Técnicas, que tem como 
objetivo definir o estado futuro desejado a partir da construção de cenários alternativos para 
os serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de 
resíduos sólidos e drenagem urbana e manejo das águas pluviais. 
Dessa forma, o Prognóstico com Cenário de Metas e Demandas e Estudo de Alternativas 
Técnicas parte do estado presente apresentado anteriormente para definir o estado futuro 
dos serviços de saneamento. 
O presente relatório está estruturado com os seguintes tópicos principais: 
� Metodologia de trabalho; 
� Projeção populacional; 
� Cenários de metas e demandas; 
� Alternativas e concepção dos sistemas que atendam as metas e demandas. 
 
 
 
 
PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO LUÍS – PROGNÓSTICO 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IITTEEMM 22 
MMEETTOODDOOLLOOGGIIAA DDEE TTRRAABBAALLHHOO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO LUÍS – PROGNÓSTICO 4 
A metodologia de trabalho utilizada no presente relatório de Prognóstico com Cenário de 
Metas e Demandas e Estudo de Alternativas Técnicas foi traçada em três itens principais, 
conforme ilustrada pela Figura 2.1. 
Projeção 
Populacional
Cenários para o 
abastecimento de 
água
Cenários para o 
esgotamento 
sanitário
Cenários para a 
limpeza urbana e 
manejo dos 
resíduos sólidos
Cenários para a 
drenagem urbana e 
manejo das águas 
pluviais
Cenários de 
referência dos 
serviços
Alternativas para o 
abastecimento de 
água
Alternativas para o 
esgotamento 
sanitário
Alternativas para a 
limpeza urbana e 
manejo dos 
resíduos sólidos
Alternativas para a 
drenagem urbana e 
manejo das águas 
pluviais
Item 4 
Cenário de Metas e Demandas
Item 5 
Alternativas e 
Concepção dos Sistemas
Item 3 
Projeção 
Populacional
 
Figura 2.1 – Seqüência metodológica do prognóstico 
� Projeção Populacional 
Em geral, as projeções populacionais têm como principal propósito subsidiar os 
planejadores, tanto das esferas públicas quanto dos setores privados, na delimitação de 
cenários futuros de atuação e na formulação de políticas de curto, médio e longo prazo. 
Portanto, a projeção populacional é o ponto de partida para a construção dos cenários 
alternativos de metas e demandas do PMISB. 
O Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico de São Luís não tem como objetivo 
principal desenvolver um estudo populacional de grande vulto, considerando todas as 
interfaces da dinâmica urbana. Conforme propugnado pelo Termo de Referência do PMISB, 
‘a projeção populacional a ser adotada poderá ser baseada em projeções existentes de 
órgãos oficiais ou de estudos correlatos dos prestadores de serviço’. 
Dessa forma, o item 3 – Projeção Populacional– apresenta as principais projeções 
populacionais existentes para o município de São Luís e realiza uma análise crítica sobre 
eles, apresenta os principais dados secundários disponíveis nos órgãos oficiais, e, 
finalmente, a partir das informações apresentadas, desenvolve uma projeção para o 
horizonte de 30 anos. 
Deve-se atentar para a unidade territorial de planejamento das ações do presente PMISB. 
Por se tratar de um município com um crescimento urbano além de seu território municipal, 
configurando-se então em uma metrópole, existe uma interação dos serviços de 
saneamento entre os municípios vizinhos. Portanto, a projeção populacional apresentada 
 
 
PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO LUÍS – PROGNÓSTICO 5 
neste relatório aborda o crescimento populacional do município de São Luís e dos 
municípios vizinhos, com destaque para a área de conurbação entre eles. 
� Cenário de Metas e Demandas 
Após o desenvolvimento da projeção populacional para a área de planejamento das ações 
do PMISB, partiu-se para a construção de cenários alternativos de metas quantitativas com 
suas respectivas demandas por serviços de saneamento. Em resumo, esses cenários 
tiveram como objetivo principal identificar e comparar as alternativas de intervenção, 
observado o sistema territorial, os aspectos demográficos e os aspectos operacionais 
específicos de cada serviço de saneamento. 
O planejamento através de cenários vem sendo largamente utilizado, tanto pela 
administração pública direta, quanto por empresas estatais ou por empresas privadas. 
Destacam-se como experiências recentes: o Plano Estratégico de Desenvolvimento 
Industrial do Maranhão elaborado pela FIEMA (Federação das Indústrias do Estado do 
Maranhão), onde constrói cenários vislumbrando o ano de 2020; e o Plano Nacional de 
Saneamento Básico (Plansab), com cenários para até o ano de 2030. 
A abordagem de cenários em ambos os estudos adota a incerteza como elemento central e 
pressuposto para o trabalho de formulação de alternativas, uma vez que considera que o 
futuro não é determinado e nem inteiramente previsível. Desta forma, o estudo de cenários 
não se propõe a eliminar as incertezas, mas sim delimitar as alternativas prováveis, visando 
orientar o processo decisório e iluminar as escolhas estratégicas de desenvolvimento. 
Assim, os cenários procuram descrever os futuros plausíveis para apoiar a decisão e a 
escolha de alternativas, destacando-se, portanto, como ferramenta eficaz de planejamento. 
Assim, a atividade de construção de cenários constitui um processo de reflexão estratégica 
sobre as possibilidades de desdobramentos futuros da realidade presente e de suas 
implicações para a sociedade e atores envolvidos com o saneamento básico. 
Ambos os estudos citados utilizaram diversas variáveis ou condicionantes para a construção 
dos cenários que procuraram abordar o contexto em âmbito nacional, com destaque para: a 
política macroeconômica, o papel do Estado, os investimentos nos setores específicos, as 
políticas públicas, entre outros. Para cada variável/condicionante específica foram 
elaboradas hipóteses, otimistas a pessimistas, do futuro. Os cenários produzidos resultam 
então da combinação das variáveis e hipóteses. 
No presente relatório do PMISB de São Luís, é utilizada essa mesma metodologia de 
construção de cenários. Contudo, as variáveis aqui traçadas não contemplam as questões 
macro da política e economia nacional, mas sim aspectos operacionais e específicos de 
cada de serviço de saneamento: abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza 
urbana e manejo de resíduos sólidos e drenagem urbana e manejo das águas pluviais. 
� Alternativas e Concepção dos Sistemas que Atendam as Metas e Demandas 
O presente relatório se encerra com a proposição de alternativas de concepção dos 
sistemas de saneamento que atendam as metas e demandas traçadas no item anterior. 
É importante destacar que não cabe a este PMISB apresentar alternativas de concepção 
detalhadas para cada serviço, mas sim compatibilizar as disponibilidades e necessidades 
 
 
PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO LUÍS – PROGNÓSTICO 6 
desses serviços para a população, associando alternativas de intervenção e estabelecendo 
a concepção macro e geral dos sistemas. 
A existência de estudos e projetos para cada serviço é o ponto de partida para a 
determinação das alternativas de concepção. Contudo, observa-se, em geral, a carência por 
estes estudos e projetos em todos os serviços de saneamento de São Luís. Desta forma, as 
alternativas de concepção aqui apresentadas são focadas em parâmetros usuais e 
metodologias simplificadas que possam estimar e quantificar as necessidades futuras de 
intervenções. 
 
 
 
 
 
PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO LUÍS – PROGNÓSTICO 7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO LUÍS – PROGNÓSTICO 8 
3.1 Considerações Iniciais 
Em geral, as projeções populacionais têm como principal propósito subsidiar os 
planejadores, tanto das esferas públicas quanto dos setores privados, na delimitação de 
cenários futuros de atuação e na formulação de políticas de curto, médio e longo prazo. 
Definida a população para os diferentes horizontes de planejamento e de posse das 
informações levantadas no diagnóstico da situação dos serviços de saneamento, são 
avaliados os balanços entre oferta e demanda destes e são estabelecidas as ações que 
visam à minimização dos déficits dos serviços nos diferentes cenários de metas e 
demandas. Portanto, a projeção da população é parâmetro essencial na definição das 
demandas futuras que visam à universalização dos serviços relacionados ao saneamento no 
município de São Luís. 
Na projeção da população concorrem inicialmente três fatores fundamentais: os dados do 
IBGE, principalmente os dos censos mais recentes; a tendência histórica de crescimento; e 
a distribuição espacial da população ao longo dos anos até o horizonte de projeto. 
Este último fator tem especial relevância para o município de São Luís, uma vez que quase 
toda a sua área territorial passível de ocupação urbana, excluindo-se a zona rural, encontra-
se ocupada ou em processo de ocupação. É verdade, no entanto, que existem muitos 
espaços ocupados que podem receber um adensamento mais intenso. Porém, este 
adensamento, a despeito da vontade política do poder público, apresenta obstáculos à sua 
efetivação, representados pelo preço e escassez de terreno e pela especulação imobiliária. 
Quem busca novos terrenos para assentamento é, justamente, a população das classes de 
menor poder aquisitivo, que se desloca para áreas mais periféricas da sede municipal e para 
os demais municípios, principalmente São José de Ribamar, ao longo das principais vias de 
acesso. 
Em síntese, observa-se que a sede municipal de São Luís tem limitação à expansão 
territorial, pelo menos, em sua área urbana, enquanto que os demais municípios são 
pródigos na oferta de espaços com acessos mais fáceis e próximos que aqueles da área 
rural de São Luís. 
Portanto, a área de planejamento do Plano Municipal Integrado de Saneamento abrange o 
território do município de São Luís, e, devido à interação de alguns serviços com os 
municípios vizinhos, este deverá extrapolar os limites políticos locais devendo, para tanto, 
considerar a conurbação em seu entorno e, no caso especial da disposição final de resíduos 
sólidos, abranger municípios fora da ilha. 
3.2 Métodos de Estimativa Populacional 
Os estudos de projeção populacional são normalmente bastante complexos. Devem ser 
analisadas todas as variáveis (infelizmente nem sempre quantificáveis) quepossam interagir 
na localidade específica em análise. Ainda assim, podem ocorrer eventos inesperados que 
mudem totalmente a trajetória prevista para o crescimento populacional. 
Tendo em vista a dificuldade de se obter todas as variáveis que podem interagir com o 
crescimento da população, normalmente são utilizados métodos matemáticos de estimativa 
populacional, utilizando para tais, valores históricos da população. Os principais métodos 
 
 
PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO LUÍS – PROGNÓSTICO 9 
utilizados são divididos em (Fair et al, 1968; CETESB, 1978; Barnes et al, 1981; Qasim, 
1985; Metcalf & Eddy, 1991): 
� Métodos de quantificação indireta 
• Comparação gráfica entre cidades similares; 
• Método da razão e correlação e; 
• Previsão com base nos empregos. 
� Métodos com base em fórmulas matemáticas. 
• Crescimento aritmético; 
• Crescimento geométrico; 
• Regressão multiplicativa; 
• Taxa decrescente de crescimento e; 
• Curva logística. 
A Tabela 3.1 apresenta as principais características dos métodos de quantificação indireta. 
Tabela 3.1- Projeções populacionais com base em métodos de quantificação indireta 
Método Descrição 
Comparação gráfica 
O método envolve a projeção gráfica dos dados passados da população em 
estudo. Os dados populacionais de outras cidades similares, porém maiores são 
plotados de tal maneira que as curvas sejam coincidentes no valor atual da 
população da cidade em estudo. Estas curvas são utilizadas como referências na 
projeção futura da cidade em estudo. 
Razão e correlação 
Assume-se que a população da cidade em estudo possui a mesma tendência da 
região (região física ou política) na qual se encontra. Com base nos registros 
censitários a razão "população da cidade/população da região" é calculada, e 
projetada para os anos futuros. A população da cidade é obtida a partir da 
projeção populacional da região (efetuada em nível de planejamento por algum 
outro órgão) e da razão projetada. 
Previsão de empregos 
e serviços de 
utilidades 
A população é estimada utilizando-se a previsão de empregos (efetuada por 
algum outro órgão). Com base nos dados passados da população e pessoas 
empregadas, calcula-se a relação "emprego/população", a qual é projetada para 
os anos futuros. A população da cidade é obtida a partir da projeção do número 
de empregos da cidade. O procedimento é similar ao método da razão. Pode-se 
adotar a mesma metodologia a partir da previsão de serviços de utilidade, como 
eletricidade, água, telefone etc. As companhias de serviços de utilidade 
normalmente efetuam estudos e projeções da expansão de seus serviços com 
relativa confiabilidade. 
Fonte: Qasim (1985) 
Os métodos com base em fórmulas matemáticas podem ser resolvidos através de análise 
estatística da regressão (linear ou não linear). Quando se opta pela utilização de regressões 
existe uma série histórica com grande número de dados e as análises são normalmente 
realizadas através de programas computacionais comercialmente disponíveis. 
 
 
PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO LUÍS – PROGNÓSTICO 10 
Quando os dados históricos não permitem uma avaliação por regressão, abre-se mão de 
modelos algébricos, onde através de 2 ou 3 dados históricos populacionais permite-se a 
projeção da população. A Tabela 3.2 apresenta as principais características dos modelos 
algébricos normalmente empregados em projeções populacionais. 
A despeito do método utilizado algumas considerações devem ser estar em mente, tais 
como: 
� As sofisticações matemáticas associadas às determinações dos parâmetros de 
algumas equações de projeção populacional perdem o sentido se não forem 
embasadas por informações paralelas, na maioria das vezes não quantificáveis, 
como: aspectos sociais, econômicos, geográficos, históricos etc. 
� O bom senso do analista é de grande importância na escolha do método de projeção 
a ser adotado e na interpretação dos resultados. Ainda que a escolha possa se dar 
tendo por base o melhor ajuste aos dados censitários disponíveis, a extrapolação da 
curva exige percepção e cautela. 
� Os últimos dados censitários no Brasil têm indicado uma tendência geral 
(naturalmente que com exceções localizadas) de redução nas taxas anuais de 
crescimento populacional. 
� É interessante considerar-se a inclusão de uma certa margem de segurança na 
estimativa, no sentido de que as populações reais futuras não venham, a menos de 
alguma forte causa imprevisível, facilmente ultrapassar a população de projeto 
estimada. 
 
 
PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO LUÍS – PROGNÓSTICO 11 
Tabela 3.2 - Projeção populacional - métodos com base em fórmulas matemáticas 
Método Descrição Forma da curva Taxa de 
crescimento 
Fórmula da 
projeção Coeficientes 
Projeção 
aritmética 
Crescimento populacional segundo uma taxa 
constante. Método utilizado para estimativas de 
menor prazo. O ajuste da curva pode ser também 
feito por análise da regressão. 
 
aKdt
dP
= 
)t.(tKPP 0a0t −+=
 02
02
a tt
PPK
−
−
= 
Projeção 
geométrica 
Crescimento populacional função da população 
existente a cada instante. Utilizado para 
estimativas de menor prazo. O ajuste da curva 
pode ser também feito por análise da regressão. 
 
.PK
dt
dP
g= 
)t.(tK
0t
0g
.ePP −= 
02
02
g tt
lnPlnPK
−
−
= ; 1ei gK −= 
Regressão 
multiplicativa 
Ajuste da progressão populacional por regressão 
linear (transformação logarítmica da equação) ou 
regressão não linear. 
- 
s
00t )tr.(tPP −+= 
r, s - análise da regressão ou 
transformação logarítmica 
Taxa 
decrescente 
de 
crescimento 
Premissa de que, à medida em que a cidade 
cresce, a taxa de crescimento torna-se menor. A 
população tende assintoticamente a um valor de 
saturação. Os parâmetros podem ser também 
estimados por regressão não linear. 
 
P).(PK
dt
dP
sd −= ]e-[1 .
. )P-(P+P=P
)t-.(tK-
0s0t
0d
 
2
120
20
2
1210
s
P.PP
)P.(PP.P.P2.PP
−
+−
=
0tt
)]P)/(PPln[(PK
2
0s2s
d
−
−−−
=
 
Crescimento 
logístico 
O crescimento populacional segue uma relação 
matemática, que estabelece uma curva em forma 
de S. A população tende assintoticamente a um 
valor de saturação. Os parâmetros podem ser 
também estimados por regressão não linear. 
Condições necessárias: P0<P1<P2 e P0.P2<P12. O 
ponto de inflexão na curva ocorre no tempo [to-
ln(c)/K1] e com Pt=Ps/2. 
P
P)(P
.P.K
dt
dP s
l
−
= )t.(tK
s
t
0lc.e1
PP
−+
= 
2
120
20
2
1210
s
P.PP
)P.(PP.P.P2.P
P
−
+−
=
00s )/PP(Pc −=
])P-.(PP
)P-.(PP
.ln[
t-t
1
=K
0s1
1s0
12
l 
Fonte: adaptado parcialmente de Qasim (1985) 
• dP/dt = taxa de crescimento da população em função do tempo 
• Po, P1, P2 = populações nos anos t0, t1 , t2 (as fórmulas para taxa decrescente e crescimento logístico exigem valores equidistantes) (hab) 
• Pt = população estimada no ano t (hab) ; Ps = população de saturação (hab) 
• Ka, Kg, Kd, Kl, i, c, r, s = coeficientes (a obtenção dos coeficientes pela análise da regressão é preferível, já que se pode utilizar toda a série de dados existentes, e não apenas P0, P1 e P2). 
 
 
 
PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO LUÍS – PROGNÓSTICO 12 
3.3 População no município de São Luís 
Os últimos dados censitários no Brasil têm indicado uma tendência geral de redução nas 
taxas anuais de crescimento populacional. O município de São Luís não foge a esta 
tendência, sendo observado uma taxa declinante no crescimento populacional, conforme 
apresenta a Tabela 3.3. 
Tabela 3.3 – Taxa de crescimento anual do município de São Luís 
Crescimento Anual Situação do 
domicílio 1970 a 1980 1980 a 1991 1991a 2000 2000 a 2010 
Total 5,26 3,98 2,47 1,54 
Urbana 1,85 -0,04 13,60 1,35 
Rural 12,15 7,28 -29,22 5,51 
Segundo dados do censo 2010 (IBGE, 2010), o município de São Luís possui atualmente 
1.014.837 habitantes sendo destes 958.522 residentes na área urbana e 56.315 na zona 
rural. A Figura 3.1 ilustra a evolução populacional do município nas últimas décadas. 
Observa-se que o município apresentou variações nas taxas de crescimento da população 
urbana e rural, com grande crescimento da população urbana na década de 1990. 
958.522
837.584
246.244
247.392
205.512
59.974
56.31532.444202.041
450.127
870.028
696.371
449.433
265.486
1.014.837
0
200.000
400.000
600.000
800.000
1.000.000
1.200.000
1965 1975 1985 1995 2005 2015
Urbana Rural Total
 1970 1980 1991 2000 2010
 
Fonte: IBGE (2010) 
Figura 3.1 – Evolução populacional de São Luís 
Após a década de 1980, mais especificamente na década de 1990 até os dias de hoje, um 
fenômeno interessante de registro é a expansão urbana induzida pelos programas 
habitacionais do governo, que resultaram em inúmeras implantações de conjuntos 
habitacionais, como: Cohama, Cohajap, Cohajoli, Cohaserma, Cohab’s I, II, III, e IV, 
Cohatrac I, II, III e IV, Maiobão, Tambaú, Jeniparana, Cidade Operária. A Figura 3.2 ilustra a 
 
 
PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO LUÍS – PROGNÓSTICO 13 
ocupação de São Luís ao longo dos anos. 
Fonte: SEMURH (2001), INCID (2010) 
Figura 3.2 – Evolução urbana de São Luís até o ano 2000 
Depreende-se que a expansão do município foi se consolidando sendo que o vetor de 
crescimento nas últimas décadas se deu no sentido dos municípios de São José de Ribamar 
e Paço do Lumiar. Apesar das sedes desses municípios distarem das áreas conurbadas 
com São Luís, grande parte da população dos municípios encontram-se instaladas nessa 
região, e são dependentes das condições econômicas e sociais oferecidas por São Luís. 
Desta forma, a ocupação da área limítrofe com o município de São Luís caracterizou o 
surgimento da região metropolitana, e uma área de conurbação com os municípios de São 
José de Ribamar e Paço do Lumiar. 
Desta forma, a avaliação do incremento populacional da área de conurbação faz-se 
necessária tendo em vista que alguns serviços inerentes ao saneamento são 
interdependentes. Em razão ao exposto, a seguir serão apresentadas as evoluções 
populacionais observadas nestes municípios. 
 
 
PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO LUÍS – PROGNÓSTICO 14 
Além da influência registrada na região conurbada, a disposição final de resíduos sólidos na 
Ilha de São Luís apresenta diversos entraves, tanto do ponto de vista ambiental quanto em 
termos de segurança ao tráfego aéreo local. A implantação de um consórcio intermunicipal 
objetivando a destinação final dos resíduos sólidos urbanos é uma solução conjunta e uma 
alternativa à implantação de um aterro sanitário para cada município e vem sendo 
incentivada em todo país. Desta forma, será dedicado neste item um sucinto estudo 
populacional para aqueles municípios com maior probabilidade de se unirem na disposição 
final dos resíduos sólidos. 
3.4 População nos municípios de São José de Ribamar, Paço do Lumiar, Raposa e 
Rosário 
� São José de Ribamar 
Segundo dados do último censo (IBGE, 2010), o município de São José de Ribamar possui 
atualmente 163.045 habitantes sendo destes 37.709 residentes na área urbana e 125.336 
na zona rural. A Figura 3.3 ilustra a evolução populacional do município nas últimas 
décadas. 
37.709
13.575
125.336
163.045
18.734
26.044
27.245
80.139
44.527
107.384
70.571
32.309
0
20.000
40.000
60.000
80.000
100.000
120.000
140.000
160.000
180.000
1980 1991 2000 2010
H
a
bi
ta
n
te
s
Urbana
Rural
Total
 
Figura 3.3 – Evolução populacional de São José de Ribamar 
Depreende-se que a população residente na área rural de São José de Ribamar vêm 
apresentado crescimento elevado, tal fato, sustenta a expansão do município de São Luís 
em direção a zona rural de São José de Ribamar, visto que não foram observados 
incremento significativo na sede do município. 
A taxa de crescimento observada ao longo dos anos é apresentada na Tabela 3.4. 
 
 
 
 
PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO LUÍS – PROGNÓSTICO 15 
Tabela 3.4 – Taxa de crescimento anual do município de São José de Ribamar 
Crescimento Anual Situação do 
domicílio 1980 a 1991 1991 a 2000 2000 a 2010 
Total 7,10 4,66 4,18 
Urbana 2,99 0,50 3,25 
Rural 10,80 6,53 4,47 
 
� Paço do Lumiar 
O município de Paço do Lumiar possui atualmente 105.121 habitantes sendo destes 78.811 
residentes na área urbana e 26.310 na zona rural. A Figura 3.4 ilustra a evolução 
populacional do município nas últimas décadas. 
78.811
16.636
26.310
105.121
1.1881.147580
52.048
75.000
17.216
53.195
76.188
0
20.000
40.000
60.000
80.000
100.000
1980 1991 2000 2010
H
a
bi
ta
n
te
s
Urbana
Rural
Total
 
Figura 3.4 – Evolução populacional de Paço do Lumiar 
Depreende-se uma urbanização do município, seja pela alteração dos limites da zona rural 
ou mesmo de um adensamento na sede do município. De qualquer forma, é evidente que a 
expansão populacional está diretamente relacionada às demandas criadas no município de 
São Luís nas últimas décadas. 
As taxas de crescimento observadas ao longo dos anos para Paço do Lumiar são 
apresentadas na Tabela 3.5. 
 
 
 
 
PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO LUÍS – PROGNÓSTICO 16 
Tabela 3.5 – Taxa de crescimento anual do município de Paço do Lumiar 
Crescimento Anual Situação do 
domicílio 1980 a 1991 1991 a 2000 2000 a 2010 
Total 10,26 3,99 3,22 
Urbana 6,20 0,39 41,95 
Rural 10,37 4,06 -10,48 
 
� Raposa 
O município de Raposa foi desmembrado de Paço do Lumiar no ano de 1994, sendo que os 
dados de contagem populacional forma realizados para os anos de 2000 e 2010. Segundo 
último censo do IBGE, em 2010, Raposa possuía 26.327 habitantes, dos quais 16.675 estão 
inseridos na área urbana do município. A Figura 3.5 ilustra a evolução populacional do 
município nas últimas décadas. 
5.718
11.370
16.675
9.652
26.327
17.088
0
5.000
10.000
15.000
20.000
25.000
30.000
2000 2010
H
a
bi
ta
n
te
s
Urbana
Rural
Total
 
Figura 3.5 – Evolução populacional de Raposa 
Na última década observou-se um incremento de 7.113 habitantes em sua população total, 
correspondendo a taxa de crescimento da ordem de 4,5% ao ano. 
� Rosário 
A importância de se estudar a projeção da população do município de Rosário esta 
diretamente ligada à possibilidade de disposição final dos resíduos sólidos dos demais 
municípios da Ilha em consórcio com Rosário. 
 
 
PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO LUÍS – PROGNÓSTICO 17 
O município de Rosário possui atualmente 39.576 habitantes sendo destes 23.252 
residentes na área urbana e 16.324 na zona rural. A Figura 3.6 ilustra a evolução 
populacional do município nas últimas décadas. 
23.252
16.324
39.576
21.765
19.695
11.653
16.675
21.221
11.900
28.328
40.916
33.665
0
10.000
20.000
30.000
40.000
50.000
60.000
1980 1991 2000 2010
H
a
bi
ta
n
te
s
Urbana
Rural
Total
 
Figura 3.6 – Evolução populacional de Rosário 
Depreende-se da Figura 6 uma redução da população rural no município na década de 90 
inferindo diretamente na redução da população total e um incremento da população na 
década de 2000. 
As taxas de crescimento observadas aolongo dos anos para Rosário são apresentadas na 
Tabela 3.6. 
Tabela 3.6 – Taxa de crescimento anual do município de Rosário 
Crescimento Anual Situação do 
domicílio 1980 a 1991 1991 a 2000 2000 a 2010 
Total 3,34 -2,17 1,62 
Urbana 4,77 1,11 0,66 
Rural 2,19 -6,43 3,16 
Diante do exposto é importante salientar que a definição exata da área de conurbação, onde 
efetivamente existe a interação dos serviços inerentes ao saneamento é uma tarefa 
complicada, principalmente pelo fato dos serviços serem realizados por prestadores 
diferentes e de forma independente. 
Para exemplificar tal fato, o serviço de manejo de resíduos sólidos realizado pela Prefeitura 
Municipal de São Luís, contempla apenas o limite geográfico deste município, entretanto 
futuramente poderá apresentar interface com todos municípios da Ilha e o município de 
 
 
PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO LUÍS – PROGNÓSTICO 18 
Rosário. Já o sistema de esgotamento sanitário é diretamente influenciado pelas 
características topográficas e fatalmente ocorrerá a integração deste serviço entre os 
municípios da Ilha. Com relação ao abastecimento público de água, há uma forte interação 
com a área de conurbação, visto que a concessionária apresenta seu sistema distribuidor, 
integrado a boa parte das residências instaladas nessa área. 
Nesta região, segundo dados obtidos no setor comercial da CAEMA, estima-se uma 
população da ordem de 145.000 habitantes, que são abastecidos ou são potencialmente 
interligáveis a rede de distribuição de água da CAEMA. Ou seja, uma população significativa 
é/ou será consumidora de água e, portanto, deve-se levar em consideração no planejamento 
dos cenários e metas relacionados ao sistema de abastecimento de água. 
3.5 Estudos e Projeções Populacionais Existentes 
Nos últimos anos foram elaborados alguns estudos relativos à estimativa populacional para 
o município de São Luís e sua região metropolitana. Dentre estes estudos, destacam-se 
aqueles de iniciativa da CAEMA, contemplados na elaboração de projetos de esgotamento 
sanitário, e também em estudos referentes ao planejamento do sistema de abastecimento 
de água. Tais estudos vislumbram respaldar os consumos e demandas de água e 
consequentemente a geração de esgotos, sendo balizadores no dimensionamento das 
unidades do sistema. 
Em relação ao poder público municipal, foi contactado o Instituto da Cidade, Pesquisa e 
Planejamento Urbano e Rural – INCID, que informou a inexistência de projeções 
populacionais realizadas pelo órgão. 
A seguir serão apresentados os principais estudos populacionais realizados, e que este 
PMISB obteve acesso. 
� Estudo de Concepção do Sistema de Esgotamento Sanitário da Ilha de São Luís – 
Programa de Saneamento Ambiental da Ilha de São Luís / SANLUÍS, Volume I, Relatório 
Técnico, Junho / 1997 
Este estudo leva em consideração as projeções populacionais realizadas para a Ilha de São 
Luís. O estudo optou pela utilização do método algébrico “curva logística” e, balizou-se nos 
dados censitários dos anos de 1970, 1980 e 1991. A Tabela 3.7 apresenta as projeções 
populacionais estabelecidas no estudo em questão. 
À época, a projeção mostrou-se adequada, porém com desvio de 0,6% se comparada com o 
censo de 1996. O resultado da projeção para o ano de 2000, comparado com dados do 
censo, mostrou também um desvio de 4,2%, enquanto que para o ano de 2010 este desvio 
foi de 8,4 %. 
Ou seja, o modelo subestimou o crescimento populacional observado em São Luís nas 
últimas décadas. 
 
 
 
 
 
PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO LUÍS – PROGNÓSTICO 19 
Tabela 3.7 – Projeções populacionais para os municípios da Ilha de São Luís – Estudo de 
Concepção do Sistema de Esgotamento Sanitário (1997) 
Município 
Ano 
São Luís 
São José 
de 
Ribamar 
Paço do 
Lumiar 1 Total 
1996 781.068 44.835 32.927 858.830 
2000 833.359 53.895 42.039 929.293 
2010 929.522 63.346 54.070 1.046.938 
2020 977.170 81.263 69.399 1.127.832 
2030 1.000.394 89.671 76.681 1.166.746 
2040 1.010.212 98.950 84.728 1.193.890 
1Inclui o município de Raposa 
� Plano Diretor de Água de São Luís / Volume I, Estudo da Ocupação na Região a ser 
Atendida / 2002- 2003 
Este estudo também faz consideração às projeções populacionais realizadas para a Ilha de 
São Luís. Da mesma forma que no Estudo de Concepção de Esgoto de 1997, este plano 
optou-se pela utilização do método da “curva logística” para estimativa populacional, 
entretanto, como o estudo foi realizado após o censo de 2000, os dados foram atualizados 
utilizando para as projeções os dados censitários dos anos de 1980, 1991 e 2000. A Tabela 
3.8 apresenta os valores das projeções estabelecidas no estudo em questão. 
Tabela 3.8 – Projeções populacionais para os municípios da Ilha de São Luís – Plano Diretor 
de Água (2003) 
Ano São Luís Demais Municípios 
Ilha de São 
Luís 
2000 870.000 200.688 1.070.688 
2010 1.006.899 322.492 1.329.391 
2020 1.088.173 499.921 1.588.094 
2030 1.131.525 715.273 1.846.798 
De acordo com esta projeção, a população do município de São Luís para o ano de 2010 
seria de 1.006.899 habitantes, valor este condizente com o observado no censo do IBGE 
(1.014.237 habitantes). Depreende-se desta estimativa que a população projetada para o 
ano de 2010 observou-se um desvio de apenas 0,8 %, o que remete a um bom ajustamento 
deste aos dados observados. 
� Projeto Executivo do Sistema de Esgotamento Sanitário do Município de São Luís – 
Etapa I / Diagnóstico da Situação Atual, Setembro / 2008. 
 
 
PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO LUÍS – PROGNÓSTICO 20 
O estudo populacional realizado em 2008, com a finalidade de elaboração do projeto de 
esgotamento sanitário do município, levou em consideração apenas a população urbana dos 
municípios da Ilha e optou pela utilização do método da “taxa de crescimento decrescente”. 
A Tabela 3.9 apresenta os valores das projeções para área em questão. 
Tabela 3.9 – Projeções populacionais para os municípios da Ilha de São Luís – Projeto 
Executivo de Esgotamento Sanitário (2008) 
Município 
Ano 
São Luís 
São José 
de 
Ribamar1 
Paço do 
Lumiar 1 Total 
2008 921.379 40.613 28.911 990.903 
2010 941.286 41.490 29.536 1.012.312 
2020 1.015.311 44.753 31.858 1.091.922 
2030 1.039.503 45.820 32.617 1.117.940 
1Apenas a conurbação com São Luís e não a população total dos municípios. 
Comparando-se a população urbana estimada pelo modelo e os dados do censo 2010, 
observou-se um desvio de 1,8 %, para o município de São Luís. 
Percebe-se, portanto, que existem diferenças substanciais entre as populações das três 
projeções anteriormente apresentadas. Justifica-se, primeiramente, pela abrangência de 
cada estudo, na qual a projeção de 2008, por exemplo, considerou apenas a conurbação 
dos municípios de São José de Ribamar e Paço do Luminar, enquanto as demais 
consideraram toda a Ilha de São Luís. 
Justifica-se também, pelas diferentes bases de dados utilizadas, na qual os estudos mais 
recentes utilizaram os dados censitários das últimas pesquisas, sendo, portanto, mais 
fiáveis. 
Dentre os estudos identificados, aquele que apresentou menores desvios em relação aos 
dados censitários foi a projeção idealizada no Plano Diretor de Água (2003), que trata de 
uma atualização dos valores utilizados no Estudo de Concepção do Sistema de 
Esgotamento Sanitário (1997). Ou seja, a menos de um fato isolado que interfira na 
dinâmica populacional do município, o método da “curva logística” vem apresentando 
confiabilidade para projeção populacional do município. 
3.6 Projeção Populacional para o Município de São Luís 
Dentre as projeções populacionais analisadas, aquela que melhor estimou a população foi a 
adotada no Plano Diretor de Água. Entretanto,esta apenas estipulou a população até o ano 
de 2030, e como o PMISB deve ter como horizonte de planejamento o ano de 2041, faz-se 
necessário expandir as projeções. 
 
 
PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO LUÍS – PROGNÓSTICO 21 
Para a estimativa da população para os horizontes de planejamento foram inseridos os 
dados do censo 2010 do IBGE e manteve-se a metodologia adotada, método logístico, 
considerando os seguintes aspectos: 
� Os estudos anteriores apresentaram satisfatória predição da população para o ano de 
2010, sendo utilizado para tal, o método logístico. 
� Baseou-se em dados atualizados do IBGE, ou seja, atualizou os modelos 
anteriormente utilizados; 
� Dentre as curvas utilizadas, esta é a que mais se aproxima da população de 
saturação, portanto, considerou-se uma ligeira ‘folga’. 
A atualização das projeções populacionais para o município de São Luís é apresentada na 
Tabela 3.10, e a Figura 3.7 ilustra o crescimento em função de cenários de curto, médio e 
longo prazo. 
Tabela 3.10 – Estimativa da população para o município de São Luís 
Ano População total Ano 
População 
total 
2012 1.027.254 2027 1.168.488 
2013 1.039.280 2028 1.175.183 
2014 1.050.915 2029 1.181.586 
2015 1.062.160 2030 1.187.705 
2016 1.073.018 2031 1.193.551 
2017 1.083.493 2032 1.199.133 
2018 1.093.590 2033 1.204.459 
2019 1.103.312 2034 1.209.540 
2020 1.112.667 2035 1.214.385 
2021 1.121.662 2036 1.219.003 
2022 1.130.303 2037 1.223.402 
2023 1.138.598 2038 1.227.592 
2024 1.146.555 2039 1.231.581 
2025 1.154.183 2040 1.235.377 
2026 1.161.491 2041 1.238.989 
 
 
 
PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO LUÍS – PROGNÓSTICO 22 
800.000
900.000
1.000.000
1.100.000
1.200.000
1.300.000
1.400.000
201
2
201
3
201
4
201
5
201
6
201
7
201
8
201
9
202
0
202
1
202
2
202
3
202
4
202
5
202
6
202
7
202
8
202
9
203
0
203
1
203
2
203
3
203
4
203
5
203
6
203
7
203
8
203
9
204
0
204
1
 
Figura 3.7 – Crescimento populacional de São Luís 
 
3.7 Projeção Populacional dos Municípios Vizinhos e para a Área de Conurbação 
� Projeção para os Municípios Vizinhos 
Na estimativa da população futura optou-se pela projeção populacional para os municípios 
de Paço do Lumiar, São José de Ribamar, Raposa e Rosário. As metodologias adotadas 
também utilizaram modelos matemáticos e têm como objetivo subsidiar as possíveis 
demandas dos serviços inerentes ao saneamento a possível interatividade entre os 
municípios. 
Para a projeção da população de São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Rosário foi 
utilizado o método da curva logística enquanto para Raposa optou-se pelo método da 
projeção aritmética. A Tabela 3.11 apresenta a estimativa da população para todos os 
municípios ora mencionados. 
 
 
Curto prazo 
Médio prazo 
Longo prazo 
 
 
PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO LUÍS – PROGNÓSTICO 23 
Tabela 3.11 – Estimativa da população para os municípios de Paço do Lumiar, São José de 
Ribamar, Raposa e Rosário 
População Total 
Ano Paço do Lumiar São José de Ribamar Raposa Rosário Total 
2012 108.303 161.933 27.977 45.958 344.170 
2013 111.530 167.560 28.801 46.508 354.399 
2014 114.799 173.282 29.626 47.055 364.762 
2015 118.109 179.094 30.451 47.599 375.253 
2016 121.456 184.991 31.276 48.141 385.863 
2017 124.838 190.966 32.100 48.679 396.583 
2018 128.251 197.014 32.925 49.214 407.404 
2019 131.692 203.127 33.750 49.746 418.315 
2020 135.159 209.299 34.575 50.274 429.307 
2021 138.649 215.523 35.399 50.798 440.368 
2022 142.156 221.790 36.224 51.318 451.488 
2023 145.679 228.093 37.049 51.834 462.655 
2024 149.214 234.425 37.874 52.346 473.858 
2025 152.757 240.776 38.699 52.853 485.085 
2026 156.304 247.140 39.523 53.356 496.323 
2027 159.852 253.507 40.348 53.854 507.562 
2028 163.398 259.870 41.173 54.347 518.788 
2029 166.937 266.220 41.998 54.836 529.991 
2030 170.467 272.549 42.822 55.319 541.157 
2031 173.983 278.849 43.647 55.797 552.276 
2032 177.482 285.113 44.472 56.270 563.336 
2033 180.961 291.331 45.297 56.737 574.326 
2034 184.417 297.497 46.121 57.199 585.234 
2035 187.845 303.604 46.946 57.655 596.051 
2036 191.244 309.645 47.771 58.106 606.766 
2037 194.609 315.613 48.596 58.551 617.369 
2038 197.939 321.501 49.421 58.990 627.851 
2039 201.230 327.305 50.245 59.423 638.203 
2040 204.480 333.017 51.070 59.851 648.418 
2041 207.686 338.634 51.895 60.272 658.487 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO LUÍS – PROGNÓSTICO 24 
� Projeção para área de conurbação entre São Luís, Paço do Lumiar e São José de 
Ribamar 
Conforme mencionado anteriormente, a área de conurbação entre os municípios da Ilha é 
importante em alguns serviços específicos (principalmente os serviços de água e esgotos), 
visto que esta população está inserida na área de abrangência da CAEMA. 
Como não há uma definição do limite geográfico da área de conurbação e tão pouco um 
registro fidedigno e atualizado do número de residências que podem apresentar interação 
entre os serviços de água e esgoto na área, optou-se pela utilização de informações do setor 
comercial da CAEMA, e assim, estimou-se a população que atualmente está inserida nesta 
área, a considerar 145.000 habitantes. No item 6.8 – Avaliação da Interação do Serviço d 
Água com o dos Municípios Vizinhos, inserido no relatório Diagnóstico da Situação dos 
Sistemas, apresenta a população conurbada considerada no cadastro comercial da CAEMA. 
Devido às peculiaridades observadas nesta área, optou-se em não utilizar os modelos 
clássicos de projeção populacional, visto que estes poderiam superestimar o crescimento da 
população, principalmente no caso de São José do Ribamar, onde o crescimento 
populacional observado nas últimas décadas foi acentuado. 
Optou-se, portanto pela utilização da taxa média de crescimento modelada para os três 
municípios, adotando um modelo da curva logística, abstraído da projeção realizada em 
cada um dos três municípios em questão. A Tabela 3.12 apresenta a projeção populacional 
da área de conurbação em função das taxas médias calculadas nas projeções 
populacionais. 
Tabela 3.12 – Estimativa da população para a área de conurbação 
Ano População total Ano 
População 
total 
2012 156.825 2027 216.565 
2013 160.811 2028 220.392 
2014 164.813 2029 224.178 
2015 168.828 2030 227.922 
2016 172.851 2031 231.619 
2017 176.878 2032 235.267 
2018 180.907 2033 238.863 
2019 184.932 2034 242.404 
2020 188.951 2035 245.889 
2021 192.959 2036 249.314 
2022 196.952 2037 252.678 
2023 200.927 2038 255.979 
2024 204.879 2039 259.216 
2025 208.805 2040 262.385 
2026 212.702 2041 265.487 
 
 
 
PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO LUÍS – PROGNÓSTICO 25 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IITTEEMM 44 
CCEENNÁÁRRIIOOSS DDEE MMEETTAASS EE DDEEMMAANNDDAASS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO LUÍS – PROGNÓSTICO 26 
4.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS 
Para a definição dos cenários de planejamento a serem adotados no PMISB, é importante 
reiterar que os cenários produzidos em um processo de planejamento visam uma descrição 
de um futuro – possível, imaginável ou desejável –, a partir de hipóteses ou possíveis 
perspectivas de eventos, embasadas no conhecimento da situação atual do município. 
Os cenários de planejamento devem ser divergentes entre si, desenhando futuros distintos. 
O processo de construção de cenários promove assim uma reflexão sobre as alternativas de 
futuro e, ao reduziras diferenças de percepção entre os diversos atores interessados, 
melhoram a tomada de decisões estratégicas por parte dos gestores. 
O percurso metodológico adotado para o desenvolvimento dos diferentes cenários de 
atendimento orientou-se pela elaboração de uma matriz de interação das principais variáveis 
de interesse para os serviços de saneamento, relacionadas às hipóteses que vislumbram 
diferentes horizontes de planejamento e, consequentemente, ao atendimento às metas 
futuras. 
� Definição das variáveis 
As variáveis utilizadas para os serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário e 
limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos são ilustradas na figura a seguir. 
Serviços de Saneamento Básico
Variáveis 
utilizadas
Abastecimento 
de Água
Esgotamento 
Sanitário
Limpeza 
Urbana
Unidade 
territorial
Atendimento de 
água
Controle de 
perdas
Poços 
isolados
Unidade 
territorial
Atendimento de 
esgotos
Tratamento de 
esgotos
Unidade 
territorial
Cobertura de 
coleta
Cobertura de 
coleta seletiva
Drenagem 
Urbana
Material 
recuperado
Disposição em 
locais 
inadequados
Unidade 
territorial
Cobertura de 
microdrenagem
Domicílios 
acometidos por 
inundações
 
Figura 4.1 – Variáveis utilizadas para a construção dos cenários 
 
 
PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO LUÍS – PROGNÓSTICO 27 
Atenta-se para a utilização da variável ‘unidade territorial’ nos três serviços em questão. A 
discussão da unidade territorial nos serviços de saneamento foi explorada pelo Plano 
Nacional de Saneamento Básico (Plansab) e deve ser abordada no presente PMISB de 
forma a se definir a unidade de planejamento de cada serviço. 
Conforme discutido no Plansab, emerge a importância do conceito de território para as 
ações de saneamento básico, na medida em que este incorpora, a uma porção da superfície 
terrestre, o elemento humano e as relações sociais, políticas, econômicas e culturais que 
estabelecem. Ainda segundo o Plansab, o elemento humano tem sido ignorado quando da 
proposição de intervenções nas áreas, comprometendo a efetividade, eficiência e eficácia 
das ações. 
A discussão sobre território, no Plansab, busca ressaltar o caráter da não neutralidade do 
conceito e a importância de sua consideração no planejamento em saneamento básico. O 
adequado posicionamento do conceito no planejamento das ações potencializa lançar luz 
sobre as desigualdades no acesso e seus determinantes, contribuindo para a formulação de 
políticas inclusivas, que enfatizem a universalidade, a equidade, a integralidade e a 
intersetorialidade. 
A bacia hidrográfica tem sido considerada e proposta como referência territorial para o 
planejamento das ações no saneamento básico, assim como estabelecido pelo art. 19, § 3º 
da Lei nº. 11.445/2007: 
“Os planos de saneamento básico deverão ser compatíveis com 
os planos das bacias hidrográficas em que estiverem inseridos.” 
Embora pareça consensual a adoção da bacia hidrográfica como referência para o 
planejamento, esse é um processo que avança lentamente, tendo como principal obstáculo 
as disputas que envolvem o exercício de poder nos espaços geográficos, cujos limites foram 
demarcados, em sua maioria, a partir de alianças firmadas entre elites políticas e 
econômicas. 
Considerando a natureza do acesso aos serviços e soluções de saneamento básico, sob a 
perspectiva das pessoas e dos lugares, é necessário valorizar a visão de que os 
beneficiados pelas políticas vivem, não nas bacias, mas nos territórios, o que pressupõe a 
ideia de identidade e pertencimento. 
Esse quadro remete novamente à necessidade de ações intersetoriais, que possibilitem a 
articulação de perspectivas locais. Dessa forma, no PMISB de São Luís a unidade territorial 
foi considerada como uma variável para a construção dos diversos cenários. Em um primeiro 
momento foi considerado como unidade territorial apenas o município de São Luís. Outra 
visão considerada foi o território municipal somado à área de conurbação com os demais 
municípios da Ilha. Essa área conurbada reflete o conceito de São Luís como uma 
metrópole, e deve ser caracterizada especificamente para cada serviço de saneamento. 
Outra relevante variável abordada na construção dos cenários foi o ‘índice de 
atendimento’, para os serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário. Esse 
índice traduz a porcentagem da população efetivamente ligada à rede, e, portanto, atendida 
pelo serviço em questão (seja água ou esgoto). 
É importante diferenciar o conceito de índice de atendimento do serviço com o índice de 
 
 
PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO LUÍS – PROGNÓSTICO 28 
cobertura de rede. No caso específico do serviço de abastecimento de água, será 
apresentado mais adiante que o índice de cobertura por rede de distribuição está acima de 
90% e o índice de atendimento em torno de 60%. Isso significa que, apesar da rede de 
distribuição atender mais de 90% da população, apenas 60% dela está efetivamente ligada e 
sendo atendida pelo serviço. 
Dessa forma, no presente relatório de Prognóstico dos Serviços, a variável ‘índice de 
atendimento’ será utilizada para o cálculo da demanda pelo serviço ao longo dos anos, seja 
de abastecimento de água ou esgotamento sanitário. Já nas metas dos serviços (relatório 
seguinte), apenas o índice de cobertura será utilizado, o que, na verdade, reflete a 
necessidade de implantação de infraestrutura de cada serviço em questão. 
Já no caso do serviço de limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos, está sendo 
utilizada a variável ‘índice de cobertura’. 
 
 
As demais variáveis utilizadas na definição dos cenários são específicas aos serviços de 
abastecimento de água, esgotamento sanitário e limpeza urbana e manejo de resíduos 
sólidos, influenciando na construção dos cenários alternativos de metas e demandas. 
� Proposição das hipóteses 
Após a definição das variáveis para os serviços de saneamento, foram propostas hipóteses 
de variação das mesmas para o futuro esperado. Foram formuladas três hipóteses para 
cada serviço, sendo a primeira a mais otimista e a terceira tendendo para um futuro mais 
pessimista, conforme ilustrado pela figura a seguir. 
Hipótese 1 Hipótese 2 Hipótese 3
futuro esperadoOTIMISTA PESSIMISTA
 
Figura 4.2 – Hipóteses de variação 
� Construção dos cenários 
A partir da associação das hipóteses com as variáveis, são definidos os diversos cenários 
passíveis de ocorrência para os serviços de saneamento básico. Para cada serviço em 
estudo foram elaborados quatro cenários, conforme exemplo ilustrado na figura a seguir. 
 
 
PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO LUÍS – PROGNÓSTICO 29 
cenários cenários cenários
Hipótese 1 Hipótese 2 Hipótese 3
Variável 1
Variável 2
Variável 3
 
Figura 4.3 – Exemplo da construção de cenários para os serviços de saneamento básico 
A partir dos quatro cenários plausíveis de ocorrerem, foi eleito apenas um como referência 
para a definição das alternativas e dos programas de obras e ações necessários para o 
atendimento das metas. O cenário escolhido indica um futuro possível, e, até certo ponto 
desejável, constituindo o ambiente para o qual se desenvolve o planejamento e suas 
diretrizes e estratégias, metas e investimentos necessários para alcançar o planejado. 
Os demais cenários apresentados são mantidos como referências para o planejamento, de 
tal forma que, caso o monitoramento do cenário indique desvios do cenário inicialmente 
escolhido no presente PMISB, correções sejam implementadas nas futuras revisões do 
Plano. 
� Horizonte do PMISB 
Conforme propugnado pelo TR do Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico, o 
planejamento das ações será

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