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Assunto da Rodada LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP: 1 Ministério Público da União. 1.1 Lei Orgânica do Ministério Público da União (Lei Complementar nº 75/1993). 1.2 Perfil constitucional do Ministério Público e suas funções institucionais. 1.3 Conceito. 1.4 Princípios institucionais. 1.5 A autonomia funcional e 19 administrativa. 1.6 A iniciativa legislativa. 1.7 A elaboração da proposta orçamentária. 1.8 Os vários Ministérios Públicos. 1.9 O Procurador-Geral da República: requisitos para a investidura e procedimento de destituição. 1.10 Os demais Procuradores-Gerais. 1.11 Funções exclusivas e concorrentes. 1.12 Membros: ingresso na carreira, promoção, aposentadoria, garantias, prerrogativas e vedações. 2 Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). 2.1 Composição. 2.2 Atribuições constitucionais. Rodada #1 Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP Professor Ricardo Gomes LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 2 a. Teoria 1. A Constituição Federal de 1988 abre o Capítulo IV de seu texto prelecionando acerca das Funções Essenciais à Justiça (órgãos e entidades correlatas e paralelas ao Poder Judiciário, que contribuem de forma decisiva para o funcionamento da Justiça). 2. Uma das características do Poder Judiciário é a inércia (Princípio Constitucional Processual da INÉRCIA), isto é, a jurisdição não pode ser exercida de ofício pelo próprio Judiciário, dependendo exclusivamente da provocação das partes. Com isso, não existe Ação na Justiça sem que um AUTOR a interponha, não havendo processo sem partes. 3. Mas muitos pode se perguntar por que o Magistrado não pode agir de ofício? Segundo o art. 5º, LIV, da CF, todos têm direito a um processo justo (Princípio do Devido Processo Legal). Se o juiz der início à causa, estará ele comprometendo sua capacidade subjetiva (imparcialidade), maculando o processo justo. Portanto, a inércia existe para salvaguardar a imparcialidade do Juiz, decorrência natural do Devido Processo Legal. 4. Com isso, dada a inércia do Poder Judiciário, a Constituição atribui capacidade postulatória (capacidade de demandar na Justiça) às seguintes instituições: Ministério Público, a Advocacia Pública, a Advocacia Privada e a Defensoria Pública. Todos, nas suas esferas de competência e atribuições, concorrem para o efetivo funcionamento do sistema judiciário brasileiro. 5. Tais instituições são essenciais à Justiça porque não existe demanda sem autor ou processo sem parte. Ocorre, porém, que tais instituições são essenciais não apenas à Justiça, mas para todo o Estado, pois tais instituições têm outras atribuições que não apenas a promoção da demanda. LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 3 6. Nesse sentido, o Ministério Público, em particular, ressalta como uma das principais instituições estatais da sociedade brasileira. Por expressa definição da CF-88, é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbida da defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. Detalharemos posteriormente todos os elementos de sua definição constitucional. CF-88 Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. 7. Na esteira do Direito Comparado (Direito dos outros países), o Ministério Público foi constituído no Brasil desde o período republicano. Por isso que o Ministério Público já foi chamado por muitos de um 4º Poder, ao lado dos Poderes Judiciário, Legislativo e Executivo. 8. No entanto, para a maioria, não se trata de um novo Poder, mas apenas um órgão a mais com funções estatais especiais, com autonomia e independência diferenciadas. O Constituinte sobrelevou o MP como o órgão de defesa da sociedade, que patrocinaria os seus interesses contra os detentores do poder político e econômico, como também contra atos ilegais do Estado e de seus agentes. 9. Para tamanha responsabilidade, o Ministério Público deveria permear todos os espaços estatais, em todos os Entes Federados (União, Estados, DF e Municípios) e todas as Justiças Especializadas (Justiça Federal/Eleitoral, do Trabalho, Militar). Desse modo, seguindo a metodologia de alguns países estrangeiros, o Ministério Público brasileiro foi organizado do seguinte modo: a) O Ministério Público da UNIÃO (MPU), que por sua vez compreende os seguintes ramos: LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 4 1. Ministério Público Federal (MPF); 2. Ministério Público do Trabalho (MPT); 3. Ministério Público Militar (MPM); 4. Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). b) Os Ministérios Públicos dos ESTADOS (MPE). 10. É isso o que dispõe o art. 128 da CF-88: CF-88 Art. 128. O MINISTÉRIO PÚBLICO (GÊNERO) abrange: I - o Ministério Público da UNIÃO (MPU), que compreende: a) o Ministério Público FEDERAL (MPF); b) o Ministério Público do TRABALHO (MPT); c) o Ministério Público MILITAR (MPM); d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT); II - os Ministérios Públicos dos ESTADOS(MP ESTADUAIS) 11. O MP Genérico é dividido em 2 (duas) grandes vertentes, de acordo com o Ente Federado envolvido: Ministério Público da UNIÃO e Ministério Público dos ESTADOS. O MP da União é subdivido em MPF, MPT, MPM e MPDFT. Estes são os MPs com atribuições da União. 12. Cuidado! O MPDFT é da UNIÃO e não dos ESTADOS! Apesar do DF ter status de um Estado/Município, o MP do DF não é Estadual, posto a CF-88 prevê expressamente sua LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 5 composição dentro do MPU. Juntamente com o TJDFT, o MPDFT é mantido com recursos da União. 13. Observem que NÃO EXISTE MP MUNICIPAL! 14. Como assim, Professor? Mas não tem um Promotor em cada cidade? Sim, tem. No entanto, este Promotor é Estadual, com lotação na Comarca Municipal. Da mesma forma que não existe Juiz Municipal, também não existe Promotor Municipal, ok? 15. O Ministério Público ELEITORAL, onde fica? Veremos com detalhes que o MP ELEITORAL faz parte das funções do Ministério Público FEDERAL. Por isso que não se encontra entre as classificações do Ministério Público citadas acima. 16. Com efeito, o termo Ministério Público é bastante genérico, por isso é necessário que visualizemos estas subdivisões constitucionais. Cada um dos Ministérios Públicos têm suas respectivas atribuições legais e constitucionais. Em nosso Curso estudaremos as peculiaridades do Ministério Público da União (MPU). 17. É possível esquematizar a estrutura do MP nos seguintes termos mais didáticos: MINISTÉRIO PÚBLICO LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 6 Chefia do Ministério Público da União. 18. O Ministério Público da União (MPU) é Chefiado pelo Procurador-Geral da República (PGR). 19. Como é eleito/escolhido esse PGR, Professor?O PGR será nomeado pelo Presidente da República dentre os integrantes da carreira do MPU (poderá ser membro do Ministério Público Federal - MPF, Ministério Público do Trabalho – MPT, Ministério Público Militar – MPM ou Ministério Público do DF e Territórios – MPDFT). 20. O que a CF-88 preleciona: que o PGR será nomeado dentre os integrantes da Carreira do MPU, que, em tese abarcaria todos os ramos do MPU. Muitos doutrinadores entendem dessa forma abrangedora (Alexandre de Moraes, por exemplo).Essa posição decorre do MS 21.239 do STF que definiu o MPU como unitário. A maioria dos doutrinadores não entram nesse mérito. 21. Contudo, a despeito de a CF não prever, entende-se apenas na prática que os membros do Ministério Público FEDERALé que podem ser PGR. 22. Isso se justifica pelo fato de os outros ramos do MPU ser muito específicos, e no STF o PGR atuará em assuntos diversos. Há, inclusive, Projeto de Emenda Constitucional nesse sentido (PEC nº 358/05).Nessa PEC, além de alterar diversas outras previsões do Poder Judiciário (Ex: vitaliciedade com 3 anos), visa indicar isso expressamente, de que o PGR será indicado entre apenas os membros do MPF e não dos outros ramos do MPU. Com essa PEC, a celeuma sobre o tema será finalizada. PEC nº 358/05 Art. 128. LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 7 § 1º O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira do Ministério Público Federal, maiores de trinta e cinco anos, após aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida uma recondução. 23. De todo modo, vale gravar para fins de prova do MPU que o PGR é indicado entre os Membros da CARREIRA do MPU, ok? Pois esse é o texto da Constituição, a despeito das interpretações variáveis. 24. O PGR deverá possuir + 35 ANOS de idade e sua nomeação deverá ser aprovada pela maioria absoluta do SENADO FEDERAL (“sabatina” do Senado). 25. O mandato do PGR é de 2 ANOS, permitidas indefinidas reconduções, isto é, poderá ser reconduzido ao cargo quantas vezes desejar o Presidente da República. Ressalte-se que as reconduções devem respeitar as mesmas formalidades da assunção inicial ao cargo (nomeação do Presidente da República e aprovação da maioria absoluta do Senado). 26. É possível a destituição/exoneração do cargo de PGR antes do término do mandato de 2 ANOS, que deverá ser iniciada também pelo Presidente da República e aprovada pelo Senado Federal. 27. Destituição do PGR: Presidente da República + SENADO LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 8 28. O PGR tem autonomia para nomear os respectivos Chefes do MPT e MPM. O Chefe do MPF será o próprio PGR, enquanto que o Chefe do MPDFT será nomeado à parte, pelo Presidente da República. CF-88 Art. 128 § 1º - O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a recondução. § 2º - A destituição do Procurador-Geral da República, por iniciativa do Presidente da República, deverá ser precedida de autorização da maioria absoluta do Senado Federal. Lei Complementar nº 75/93 Art. 25. O Procurador-Geral da República é o chefe do Ministério Público da União, nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, permitida a recondução precedida de nova decisão do Senado Federal. Parágrafo único. A exoneração, de ofício, do Procurador-Geral da República, por iniciativa do Presidente da República, deverá ser precedida de autorização da maioria absoluta do Senado Federal, em votação secreta. Chefia do Ministério Público dos Estados. 29. O Chefe do Ministério Público Estadual e do DF é o Procurador-Geral de Justiça(PGJ). LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 9 30. Cuidado!O Procurador-Geral do Estado é o Chefe da Procuradoria do Estado (que são os Advogados do Estado). Não confundir com o Procurador-Geral de Justiça, que é o Chefe do MP Estadual. 31. A nomeação do Procurador-Geral de Justiça (PGJ) será com base em Lista Tríplice (Lista de 3 Nomes) dentre os integrantes da carreira. A nomeação será realizada tão somente pelo Chefe do Executivo: Governador - nos ESTADOS, ou pelo Presidente da República - para o Distrito Federal (DF). Importante! Como visto, há uma diferença clara na nomeação do PGR e PGJ: enquanto que para a nomeação do PGR é necessária a aprovação do Senado, para a nomeação dos Procuradores-Gerais de Justiça (PGJ), basta a nomeação do Chefe do Executivo (Governador ou Presidente da República), não necessitando da interferência das Assembléias Legislativas Estaduais ou da Câmara Legislativa do DF nas respectivas nomeações. 32. O Mandato do Procurador-Geral de Justiça (PGJ) será de 2 ANOS, sendo permitida apenas 1 (uma) única recondução! 33. Outra diferença importante entre o PRG e PGJ: enquanto o mandato do PGR é de 2 ANOS, sendo permitidas quantas reconduções desejar o Presidente da República, os Procuradores-Gerais de Justiça (PGJs) terá mandato de 2 ANOS, mas só poderão ser reconduzidos por + 1 MANDATO (1 única recondução). Mandatos do PGR e do PGJ: LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 10 o PGR – 2 ANOS e indefinidas reconduções (2 ANOS + 2 +2 +2 +2.....) o PGJ – 2 ANOS + 1 RECONDUÇÃO (2 ANOS + 2 ANOS) 34. O procedimento de destituição do PGJ é também diferente do PGR. Enquanto que a destituição do PGR é um ato complexo, do Presidente da República + o SENADO, a destituição do PGJ é realizada por deliberação da Assembleia Legislativa dos Estados ou do SENADO FEDERAL, no caso do DF! Na destituição do PGJ não há participação do Governador do Estado ou do Presidente da República, ressalvado no caso do PGJ do DF, que o art. 156, §3º, da LC nº 75/93 prevê hipótese de representação do Presidente da República. 35. Cuidado! A destituição do PGJ do DF será realizada por deliberação do SENADO e não da Câmara Legislativa, ok? Isto porque o MPDFT faz parte do MP da União (MPU). 36. Nomeação e Destituição do PGJ: Nomeação do PGJ Governador ou Presidente da República (MPDFT) Destituição do PGJ Assembleia Legislativa ou SENADO (MPDFT) 37. Destituição do PGR – Procurador-Geral da República: Presidente da República + SENADO LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 11 38. Vale acrescentar que o STF já decidiu na ADIN 1.962-RO que é inconstitucional norma contida na Constituição Estadual que disponha de forma diversa acerca da nomeação ou destituição do cargo de Procurador-Geral de Justiça. CF-88 Art. 128 § 3º - Os Ministérios Públicos dos Estados e o do Distrito Federale Territórios formarão lista tríplice dentre integrantes da carreira, na forma da lei respectiva, para escolha de seu Procurador-Geral, que será nomeado pelo Chefe do Poder Executivo, para mandato de dois anos, permitida uma recondução. § 4º - Os Procuradores-Gerais nos Estados e no Distrito Federal e Territórios poderão ser destituídos por deliberação da maioria absoluta do Poder Legislativo, na forma da lei complementar respectiva. Lei nº 8.625/93 Art. 9º Os Ministérios Públicos dos Estados formarão lista tríplice, dentre integrantes da carreira, na forma da lei respectiva, para escolha de seu Procurador-Geral, que será nomeado pelo Chefe do Poder Executivo, para mandato de dois anos, permitida uma recondução, observado o mesmo procedimento. § 1º A eleição da lista tríplice far-se-á mediante voto plurinominal de todos os integrantes da carreira. § 2º A destituição do Procurador-Geral de Justiça, por iniciativa do Colégio de Procuradores, deverá ser precedida de autorização de um terço dos membros da Assembleia Legislativa. § 3º Nosseus afastamentos e impedimentos o Procurador-Geral de Justiça será substituído na forma da Lei Orgânica. LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 12 § 4º Caso o Chefe do Poder Executivo não efetive a nomeação do Procurador- Geral de Justiça, nos quinze dias que se seguirem ao recebimento da lista tríplice, será investido automaticamente no cargo o membro do Ministério Público mais votado, para exercício do mandato. Princípios Institucionais do Ministério Público. 39. A CF-88, no art. 127, §1º, estabelece três princípios institucionais básicos do Ministério Público: Unidade, Indivisibilidade e Independência Funcional. 40. 1º - UNIDADE – segundo este princípio, os Membros do Ministério Público integram um único órgão, abaixo da direção de um respectivo Procurador-Geral (Procurador-Geral da República, para o MPU; Procurador-Geral de Justiça, para os MPs Estaduais e do DF). 41. A Unidade colocada é dentro de cada Ministério Público específico. O Ministério Público Federal é único, considerando-se apenas o MPF. O MPT, o MPDFT e o MPM são únicos, considerando-se unidades estanques e separadas. 42. Da mesma forma, cada Ministério Público Estadual é único, não existindo unidade, por exemplo, entre o MP do Rio de Janeiro e o de São Paulo. 43. 2º - INDIVISIBILIDADE – Os Membros do Ministério Público exercem suas funções em nome de toda a Instituição, o que autoriza a substituição dos Promotores ou Procuradores, por outros pares respectivos, sem desnaturar o exercício funcional. LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 13 44. Em termos simples, para este Princípio os Membros do MP (Promotor ou Procurador) são o próprio Ministério Público corporificado (indivisível), o que autoriza substituições de Membros, dentro de critérios objetivos previamente estabelecidos. 45. Assim, os Membros do MP não se vinculam diretamente às atividades específicas que estão desenvolvendo. Se um Promotor estiver atuando em um processo e, por exemplo, sair de férias, poderá outro substituí-lo normalmente. Este outro também será o “Ministério Público”, incorporando a instituição MP. 46. 3º - INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL – OsMembros do Ministério Públicos não estão vinculados a nenhum dos Poderes da República (Executivo, Legislativo e Judiciário), devendo respeito tão somente à Constituição, às Leis e a sua própria consciência. Assim, no exercício funcional não estão sujeitos às convicções dos órgãos superiores do próprio Ministério Público (não havendo hierarquia entre o Chefe do MP e o Promotor da Comarca do interior). Este Promotor tem Independência Funcional! 47. A hierarquia existente entre os Membros do MP (Chefes e Membros comuns) é de natureza eminentemente administrativa (Não funcional). Assim, por exemplo, o Chefe do MP não pode ditar ao Promotor ou Procurador como deverá atuar em determinado processo, se deve ou não entrar com uma Ação Penal ou Cível, qual posição deve adotar em determinado Parecer, etc. 48. Este Princípio da Independência Funcional consubstancia a chamada Autonomia de Convicção que todo Membro do MP possui, possui não se submetem a qualquer Poder da República e nem a sua Chefia, no exercício de suas atividades funcionais. Inclusive é hipótese constitucional de Crime de Responsabilidade eventual ato do Presidente da República que violar a independência do Ministério Público (art. 85, II, da CF-88). CF-88 Art. 127 LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 14 § 1º - São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional. Princípio do Promotor Natural. 49. O Princípio do Promotor Natural é extraído do Devido Processo Legal e de dois específicos dispositivos do art. 5º da Constituição Federal (incisos XXXVII e LIII), referentes ao Princípio do Juiz Natural. 50. O Promotor Natural é aquele investido regularmente no Cargo (investidura) e com atribuição constitucional o exercício das funções institucionais do Ministério Público. A CF- 88 garante que ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente. O processamento somente poderá ser deflagrado pela autoridade competente, o Promotor Natural. 51. O Princípio do Promotor Natural veda eventuais designações de Promotor específico para determinados casos (acusador de exceção) ou para determinadas pessoas (Promotor ad personam), também chamados de Promotor Ad Hoc. 52. O Promotor deve ser escolhido por critérios objetivos e abstratos, previamente definidos na Legislação específica, não sendo autorizada a escolha deste ou daquele Promotor para exercer suas funções em determinado processo. Assim, referido Princípio limita os Poderes do Chefe do MP, que não poderá designar Promotor diverso do que o previamente definido de acordo com a lei. 53. O Promotor Natural consagra a garantia de imparcialidade dos Membros do MP, impedindo designações casuístas e arbitrárias (retirar um Promotor de um caso para colocar outro que atenda a determinados interesses). LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 15 54. Os Membros do Ministério Público ostentam as mesmas Garantias constitucionais dos integrantes do Poder Judiciário (Magistrados), quais sejam: Vitaliciedade, Inamovibilidade e Irredutibilidade do Subsídio. 55. Estas garantias institucionais visam conferir maior autonomia e independência no exercício de suas funções. Imagine um Promotor que estivesse atuando em determinado Processo Eleitoral contra o Prefeito de determinada cidade. Em virtude disso, tivesse seu salário reduzido ou mesmo fosse removido para outro município. Não dá, não é verdade? É por isso que os Membros do MP necessitam, igualmente aos Juízes, destas garantias mínimas. 56. GARANTIAS dos Membros do MP: 1. VITALICIEDADE – após o cumprimento de 2 ANOS de estágio probatório, os Membros do MP somente poderão perder o cargo por Sentença Judicial transitada em julgada (da qual não caiba mais recursos). A Vitaliciedade, portanto, é adquirida após 2 ANOS de efetivo exercício na função (período/estágio probatório), após a aprovação no respectivo concurso de provas e títulos. 2. INAMOVIBILIDADE – em regra,os Membros do MP NÃO poderão ser transferidos compulsoriamente de seus cargos, de uma lotação para outra (na prática, de um Município ou local de lotação para outro) ou mesmo promovido unilateralmente, ressalvada a hipótese excepcional de interesse público, com decisão da maioria absoluta de votos do Órgão Colegiado do MP. LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 16 Para que ocorra esta remoção excepcional, devem-se respeitar os seguintes requisitos: o ser assegurada a AMPLA DEFESA ao Membro do MP; o comprovado interesse público e o deliberação da maioria absoluta do Órgão Colegiado Assim, em regra, o Membro do MP não pode ser removido ou promovido de ofício, sem seu consentimento. 3. IRREDUTIBILIDADE DO SUBSÍDIO – o subsídio (remuneração total) dos Membros do MP é irredutível, isto é, não pode ser reduzida por lei ou ato do Chefe do MP. Esta irredutibilidade de subsídio é apenas nominal (valor de face), segundo o STF, não garantindo eventuais perdas do poder aquisitivo decorrente da inflação (corrosão inflacionária) e nem possíveis aumentos de tributos que diminuam seu valor final. 57. Além destas garantias, destacam-se a Autonomia Administrativa e Financeira do Ministério Público: Autonomia Administrativa – consiste na capacidade de autogestão ou autoadministração. O MinistérioPúblico poderá propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares (servidores do MP), provendo-os por concurso público; poderá definir a política remuneratória e os planos de carreira; engloba nesta autonomia a possibilidade de adquirir bens, contratar serviços; gerir os seus recursos humanos (contratação, aposentadoria, pensões, etc). Autonomia Financeira – é acapacidade de elaborar sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos pela Lei de Diretrizes LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 17 Orçamentárias (LDO), bem como de gerir os recursos que lhe forem destinados. A iniciativa da Lei Orçamentária não é de competência do próprio Ministério Público, pois sua proposta deve integrar o Orçamento Geral da União, submetido pelo Chefe do Poder Executivo (Presidente ou Governador). 58. VEDAÇÕES aos Membros do MP: 1. Receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas processuais – o Membro do MP somente receberá seu respectivo subsídio mensal, não sendo autorizado o pagamento, a título do exercício de suas funções, de outras espécies remuneratórias, a exemplo, possíveis honorários, percentagens de ganhos judiciais ou os valores referentes ás custas processuais. 2. Exercer a Advocacia – antes da CF-88 os Membros do MP exerciam a Advocacia. No entanto, após a promulgação do novo texto constitucional, passou a ser vedado a qualquer Membro do MP o exercício da Advocacia Privada, salvo para aqueles que já eram Promotores ou Procuradores antes da CF-88. A estes se assegurou o direito à Advocacia. 3. Participar de Sociedade Comercial, na forma da lei. Esta vedação tem que ser interpretada em termos. O Membro do MP não poderá participar de eventual Sociedade Comercial no sentido de exercer ele próprio o comércio ou ser gerente da “empresa”. Lógico que poderá ser Cotista e Acionista da Sociedade, conforme preceitua o art. 237, III, da LC nº 75/93. LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 18 4. Exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de Magistério – o Promotor ou Procurador não podem exercer, ao mesmo tempo, outro cargo público (ex: serem Juízes; Auditores Fiscais; acumularem a anterior função de Técnico ou Analista do MPE com a nova função de Promotor, etc), salvo outra função pública de Magistério (ex: Professor de Universidade Pública Federal). 5. Exercer Atividade Político-partidária – a CF-88 antes da EC. 45/04 previa hipótese de exercício excepcional de atividade político-partidária por parte de Membro do MP. No entanto, hoje qualquer Membro do MP é considerado inelegível absolutamente para qualquer cargo eletivo. Segundo o STF e o CNMP, esta vedação vale apenas para os Membros do MP que ingressaram na carreira depois da EC 45/2004. Os que ingressaram antes remanescem com o direito a participarem de eleições, nos limites da lei. É o caso, por exemplo, de Fernando Capez, que se candidatou a Deputado Estadual de São Paulo e Pedro Tasse, que é Procurador da República e hoje é Senador por MT. 6. Receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei – esta vedação visa garantir a independência e imparcialidade dos Membros do MP, que não podem pautar sua atuação a favor ou contra pessoas físicas, jurídicas e entidades que os tenha, de alguma forma, beneficiado. LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 19 7. Quarentena de 3 ANOS – igualmente aos Juízes, os Membros do MP que se afastarem do cargo em decorrência de Aposentadoria ou Exoneração, não poderão exercer a Advocacia no Juízo ou Tribunal no qual exercia suas funções pelo período mínimo de 3 ANOS. 8. Exercer a representação judicial ou consultoria jurídica de entidades públicas – antes da CF-88, o Ministério Público também exercia o papel de “Advogado do Estado”. Esta atribuição foi conferida posteriormente às Procuradorias Estaduais e à Advocacia-Geral da União. CF-88 Art. 128 § 5º - Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos respectivos Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de cada Ministério Público, observadas, relativamente a seus membros: I - as seguintes GARANTIAS: a) vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por sentença judicial transitada em julgado; b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão colegiado competente do Ministério Público, pelo voto da maioria absoluta de seus membros, assegurada ampla defesa; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) c) irredutibilidade de subsídio, fixado na forma do art. 39, § 4º, e ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 150, II, 153, III, 153, § 2º, I; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 20 II - as seguintes VEDAÇÕES: a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas processuais; b) exercer a advocacia; c) participar de sociedade comercial, na forma da lei; d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de magistério; e) exercer atividade político-partidária; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei. (Incluída pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) Art. 128 § 6º Aplica-se aos membros do Ministério Público o disposto no art. 95, parágrafo único, V Art. 95. Parágrafo único. Aos juízes e MP é vedado: V - exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) Funções Institucionais do Ministério Público. LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 21 59. As Funções Institucionais são as atribuições do Ministério Público elencadas no texto constitucional e pela legislação específica, de acordo com o norte definido pela CF-88. Portanto, o rol de funções institucionais previsto na Constituição não é exaustivo, pois se abriu a possibilidade de lei infraconstitucional também dispor acerca novas hipóteses (art. 129, IX, da CF-88). Funções Institucionais prevista na CF-88: a) promover, privativamente, a Ação Penal Pública, na forma da lei – o Ministério Público é o dominus littis da Ação Penal, ou seja, detém a titularidade e o monopólio da Ação Penal Pública. Nenhum outro órgão possui a atribuição de deflagrar e acompanhar a Ação Penal de natureza Pública. Há apenas a ressalva legal (Código de Processo Penal) da possibilidade de Ação Penal Privada subsidiária da Pública, quando não intentada pelo Ministério Público dentro do prazo legal. A despeito desta possibilidade, o MP sempre fica com a titularidade da Ação Penal Pública. A Ação Penal Privada não é de competência do MP, mas do Particular. O MP poderá interpor a Ação Penal Pública independentemente da instauração de Inquérito Policial, desde que possua os elementos mínimos para o início do Processo Penal. b) zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos asseguradosnesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia – esta é a função ombudsmanou Defensor do Povo e dos Direitos Humanos. O Ministério Público como Fiscal da Lei deve prezar pelo respeito aos direitos fundamentais e sociais garantidos à pessoa humana no texto constitucional. Para tanto, deve utilizar de todos os meios legais e processuais disponíveis. Exemplo: instauração de Ação Civil Pública, Inquérito Administrativo, impetração de Mandado de Segurança, etc. LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 22 c) promover o Inquérito Civil e a Ação Civil Pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos – o Ministério Público como fiscal da lei deve preservar o Patrimônio Histórico, Artístico e Paisagístico, o Meio Ambiente e todos os interesses difusos e coletivos. Por exemplo, poderá interpor Ação Civil Pública (ACP) contra o IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) para que este tome as medidas necessárias à preservação do valor histórico de determinada propriedade particular tombada; poderá interpor Ação Civil Pública de Improbidade Administrativa contra autoridade pública infratora; atuação na defesa dos consumidores, das crianças e do adolescente, dos deficientes físicos, idosos, etc. O Inquérito Civil é um procedimento administrativo de competência do MP para apurar determinados fatos, antes da interposição de uma Ação Civil Pública. Tem natureza investigatória, com a finalidade de recolher elementos probatórios que justifiquem a propositura de uma ACP. Faz às vezes de um Inquérito Policial. A legitimação do Ministério Público para as Ações Civis PúblicasNÃO impede a legitimação de terceiros, nas mesmas hipóteses, segundo o disposto na CF-88 e na Lei nº 7.347/85. Nesta Lei prevê legitimação do MP, da Defensoria Pública, da União, Estados, DF, Municípios, entre outros, para interposição da ACP. d) promover a Ação de Inconstitucionalidade ou Representação para fins de intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos nesta Constituição – o Procurador-Geral da República (PGR) é competente no âmbito da União para interpor Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) e Representação para Intervenção da União nos Estados. No âmbito Estadual, cabe a Procurador-Geral de LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 23 Justiça (PGJ) interpor a ADI e a Representação de Intervenção do Estado no Município. e) defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas – os Povos indígenas, bem como os Quilombolas, remanescentes de Quilombos, são protegidos pelo Ministério Público na esfera judicial, especialmente pelo Ministério Público Federal (MPF). f) expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, requisitando informações e documentos para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva – o Ministério Público foi autorizado constitucionalmente a requisitar informações e documentos necessários à instrução de seus processos administrativos instaurados internamente, ressalvados apenas aqueles dados protegidos pelo sigilo bancário, fiscal e telefônico, que depende de autorização judicial a sua liberação. g) exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar mencionada no artigo 128 – o Ministério Público é o órgão fiscalizador e controlador de toda a atividade policial, seja na União ou dos Estados. LC nº 75/93 - UNIÃO Art. 3º O Ministério Público da União exercerá o controle externo da atividade policial tendo em vista: a) o respeito aos fundamentos do Estado Democrático de Direito, aos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, aos princípios LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 24 informadores das relações internacionais, bem como aos direitos assegurados na Constituição Federal e na lei; b) a preservação da ordem pública, da incolumidade das pessoas e do patrimônio público; c) a prevenção e a correção de ilegalidade ou de abuso de poder; d) a indisponibilidade da persecução penal; e) a competência dos órgãos incumbidos da segurança pública. h) requisitar diligências investigatórias e a instauração de Inquérito Policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais – o Ministério Público poderá requisitar a instauração de Inquérito Policial pela Autoridade Policial competente (Delegado), bem como, de possíveis diligências investigatórias. i) exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas – este dispositivo abre espaço para a criação de outras funções institucionais, além das previstas no texto da Constituição, bem como consagra a vedação da prestação de consultoria ou representação judicial de entidades públicas (o Ministério Público não é mais “Advogado do Estado”). Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). 60. O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) foi instituído pela EC nº 45/04 com objetivo de fundar um órgão de Controle Externo do Ministério Público, com funções LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 25 de natureza Administrativa e Financeira e de controle do cumprimento dos deveres funcionais de seus Membros. 61. O CNMP é composto de 14 MEMBROS, todos nomeados pelo Presidente da Republica, após a “sabatina” (aprovação) do SENADO. Não confundir com o CNJ, que é composto de 15 Membros! 62. Os Membros do CNMP exercem mandato de 2 ANOS, sendo admitida uma única recondução (2 ANOS + 2 ANOS). 63. O Presidente do CNMP é o Procurador-Geral da República (PGR). O órgão é composto com a seguinte distribuição dos cargos: a) Procurador-Geral da República (Presidente); b) 4 Membros do MPU, assegurada a representação de cada uma de suas carreiras (MPF, MPT, MPM e MPDFT); c) 3 Membros do MP dos Estados; d) 2 Juízes, indicados um pelo STF e outro pelo STJ; e) 2 Advogados, indicados pelo Conselho Federal da OAB; f) 2 Cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela Câmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal. 64. Friso que o CNMP NÃO exerce atividade jurisdicional, apenas controle administrativo/financeiro do Ministério Público. Isso pode ser uma pegadinha de prova, ok? Além da fiscalização administrativa de atos dos Ministérios Públicos existentes no país, o CNMP também formula políticas institucionais e elabora Relatórios Anuais da atuação da LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 26 instituição, propondo ao Congresso Nacional a adoção de medidas legais para adequação e modernização do Ministério Público em âmbito nacional. 65. Em especial, cabe ao CNMP: 1) zelar pela Autonomia Funcional e Administrativa do Ministério Público, podendo expedir Atos Regulamentares, no âmbito de sua competência, ou recomendar providências – o CNMP detém competência regulamentadora para expedir Provimentos e Regulamentos aplicáveis a todo o Ministério Público (MPU e MP Estadual), inclusive poderá expedir recomendações para adoção de determinadas providências. Exemplo: o CNMP poderá regulamentar o horário mínimo de funcionamento das repartições dos Ministérios Públicos em âmbito nacional; regulamentar os exercícios de Promotores plantonistas em feriados e em horários alternativos; regulamentar Processos Administrativos Disciplinaresde Promotores, etc. Vale ressaltar que o CNMP não tem competência para elevar o teto remuneratório dos Membros e Servidores do MP, pois tal ato depende de LEI e não de simples regulamentação (este foi o entendimento do STF na ADI 3.831 MC/DF). 2) zelar pela observância do art. 37 da CF-88 (Princípios da Administração Pública) e apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legalidade dos atos administrativos praticados por Membros ou órgãos do Ministério Público da União e dos Estados, podendo desconstituí- los, revê-los ou fixar prazo para que se adotem as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência dos Tribunais de Contas – o CNMP controlará a legalidade dos Atos Administrativos expedidos pelos Membros do MP, inclusive podendo anulá-los, refazê-los ou determinar que sejam alterados. Exemplo: LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 27 determinar que seja revista penalidade aplicada a Promotor em Processo Disciplinar, por entender que foi branda ou severa demais. 3) receber e conhecer das reclamações contra Membros ou órgãos do Ministério Público da União ou dos Estados, inclusive contra seus serviços auxiliares, sem prejuízo da competência disciplinar e correcional da instituição, podendo avocar processos disciplinares em curso, determinar a remoção, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de serviço e aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla defesa – como já colocado, o CNMP detém ampla competência administrativa sobre os atos dos Ministérios Públicos Estaduais, destacando-se a possiblidade de avocar e instaurar diretamente Processos Disciplinares contra Membros do MP, bem como a aplicação de sanções disciplinares (remoção, aposentadoria compulsória e demais penalidades previstas em lei). O CNMP funciona também como uma Ouvidoria-Geral do Ministério Público, recebendo denúncias e representações contra Membros do MP em todo o país, além das Ouvidorias do MP da União e dos Estados. 4) rever, de ofício ou mediante provocação, os Processos Disciplinares de Membros do Ministério Público da União ou dos Estados julgados há menos de 1 ANO – há este limite temporal para a revisão de Processos Disciplinares contra Membros do MP: devem ter sido julgados há apenas 1 ANO. Passado este prazo, o CNMP não mais poderá rever a decisão. É importante considerar que o Conselho poderá adentrar no mérito da decisão, se é ou não cabível a penalidade aplicável ou o arquivamento do processo. LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 28 5) Elaborar Relatório Anual, propondo as providências que julgar necessárias sobre a situação do Ministério Público no País e as atividades do Conselho, o qual deve integrar a mensagem encaminhada pelo Presidente da República ao Congresso Nacional, na forma do art. 84, XI, da CF-88. Corregedor do CNMP. 66. Será eleito um Corregedor Nacional do CNMP entre seus Membros oriundos do Ministério Público (4 Membros do MPU e 3 Membros dos MPs Estaduais). O Corregedor Nacional será eleito, em votação secreta, para mandato de 2 ANOS, sendo VEDADA a recondução, com as seguintes atribuições: receber reclamações e denúncias, de qualquer interessado, relativas aos Membros do Ministério Público e dos seus serviços auxiliares (servidores); exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e correição geral; requisitar e designar membros do Ministério Público, delegando-lhes atribuições, e requisitar servidores de órgãos do Ministério Público. 67. Considerações acerca do CNMP: Os Membros do CNMP que sejam oriundos do Ministério Público (4 Membros do MPU e 3 dos MPs Estaduais) devem ser indicados pelos respectivos Ministérios Públicos. Exemplo: o MPF indicará 1 de seus membros para representá-lo no CNMP. Como o Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasiloficiará junto ao Conselho na qualidade de representante da OAB Nacional, este não poderá figurar como Membro do CNMP dentre a lista de 2 Advogados indicados pelo próprio Conselho Federal da LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 29 OAB. A CF-88 determina à União e aos Estados a criação de ouvidorias do Ministério Público, competentes para receber reclamações e denúncias de qualquer interessado contra membros ou órgãos do Ministério Público, inclusive contra seus serviços auxiliares, representando diretamente ao CNMP. Estes institutos facilitarão o controle exercido pelo próprio CNMP das atividades funcionais dos Membros do MP em todo o país. Ministério Público junto ao Tribunal de Contas. 68. O art. 130 da CF-88 prevê também um Ministério Público junto ao Tribunal de Contas (perante um órgão de natureza não jurisdicional), aplicando-se as mesmas garantias, vedações e forma de investidura até então estudadas. 69. Segundo a CF-88, estes Ministérios Públicos dos Tribunais de Contas (MPC) não fazem parte da estrutura do Ministério Público da União e nem dos Estados, pois é instituído por lei de iniciativa do respectivo Tribunal de Contas, e não por lei orgânica de iniciativa do Procurador-Geral da República ou do Procurador-Geral de Justiça. 70. Portanto, consoante os termos da CF-88, o MP junto aos Tribunais de Contas é um órgão estatal de identidade e fisionomiapróprias, fora do MPU e do MP Estadual. Trata-se de órgão vinculado administrativamente ao Tribunal de Contas que atua. CF-88 Art. 130. Aos membros do Ministério Público junto aos Tribunais de Contasaplicam-se as disposições desta seção pertinentes a direitos, vedações e forma de investidura. LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 30 71. Contudo, em decisão do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), de 08/08/2013, foi firmado o entendimento de que os Ministério Públicos de CONTAS integram o Ministério Público (lato sensu) para fins de controle administrativo perante o CNMP, apesar dos MP de CONTAS NÃO integrarem o rol expresso na Constituição Federal e não exercerem suas atividades institucionais perante órgão jurisdicional. Ministério Público de Contas integra o Ministério Público, decide CNMP Publicado em 08 Agosto 2013 O plenário do CNMP decidiu por unanimidade, durante sua 13ª Sessão Ordinária de 2013, que o Ministério Público de Contas (MPC) está sujeito a controle administrativo, financeiro e disciplinar por parte do CNMP, e que deve ser entendido como parte integrante do Ministério Público Brasileiro, segundo voto da relatora, a conselheira Taís Ferraz. Embora não conste do rol do art. 128 da Constituição Federal e não exerçam suas atividades perante órgão jurisdicional, o CNMP decidiu que Ministério Público de Contas, na essência, é Ministério Público. Entre os motivos levantados, foi destacada a sua missão de guarda da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, e porque a Constituição estende, expressamente, no art. 130, aos membros do Ministério Público "especial" os direitos, vedações e forma de investidura aplicáveis aos membros dos demais ramos. O CNMP agora torna explícita a vinculação do MPC ao Ministério Público e, com isso, ao controle externo já exercido em relação aos demais ramos. 72. Resumo: Assim, o MPC integra o rol constitucional de ramos do Ministério Público? NÃO! Isso porque não está elencado como um dos ramos do MP da União ou dos Estados. LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 31 O Ministério Público de CONTAS submete-se ao ControleExterno exercido pelo CNMP? SIM! Apesar de não constar do rol constitucional dos ramos do MP, o MPC é fiscalizado pelo CNMP. Inclusive, para o CNMP, o MPC é órgão integrante do Ministério Público! 73. Portanto, atenção ao caput da questão elaborada pela Banca Examinadora: 1. se pedir com base na CF-88, o MPC NÃO é um dos órgãos do Ministério Público; 2. se pedir com base no entendimento do CNMP, o MPC faz parte do Ministério público para fins de controle externo. 74. Considerações Finais acerca do Ministério Público: As funções do Ministério Público só podem ser exercidas por integrantes da carreira, que deverão residir na comarca da respectiva lotação, salvo autorização do chefe da instituição. Será que todos os Promotores realmente residem nas comarcas em que trabalham? Rsrs. O ingresso na carreira do Ministério Público far-se-á mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a participação da OAB em sua realização, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, 3 ANOS de atividade jurídica e observando-se, nas nomeações, a ordem de classificação. A distribuição de processos no Ministério Público será IMEDIATA. LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 32 b. Mapas mentais LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 33 LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 34 c. Revisão 1 QUESTÃO 1 – CESPE - MPU – TÉCNICO ADMINISTRATIVO - 2013 Relativamente ao MPU, julgue os itens a seguir. Embora os Ministérios Públicos (MPs) junto aos tribunais de contas sejam órgãos autônomos e independentes do MPU e dos MPs dos estados, aplicam-se aos seus membros os mesmos direitos, vedações e forma de investidura. QUESTÃO 2 – TRE/GO - CESPE - TÉCNICO JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA - 2009 Segundo a CF, o Ministério Público da União (MPU) compreende vários ramos. Assinale a opção que não corresponde a ramo do MPU. a) Ministério Público Federal b) Ministério Público Eleitoral c) Ministério Público do Trabalho d) Ministério Público do Distrito Federal e Territórios QUESTÃO 3 – TRE/TO – FCC – TÉCNICO ADMINISTRATIVO - 2011. O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador- Geral da República, nomeado, dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, pelo a) Congresso Nacional após a aprovação de seu nome pelo Presidente da República, para mandato de dois anos, vedada a recondução. b) Presidente da República após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Congresso Nacional, para mandato de dois anos, vedada a recondução. LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 35 c) Presidente da República após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a recondução. d) Senado Federal após a aprovação de seu nome pelo Presidente da República, para mandato de dois anos, permitida a recondução. e) Congresso Nacional após a aprovação de seu nome pela Câmara dos Deputados, para mandato de dois anos, vedada a recondução. QUESTÃO 4 – FURNAS – FUNRIO – DIREITO – JURÍDICO – 2009 O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. QUESTÃO 5 – CESPE - TRE-MA –TÉCNICO – ADMINISTRATIVA – 2009 O MP da União engloba, entre outros, o MPDFT. QUESTÃO 6 – CESPE – MPE-RN - PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO - 2008 Segundo a CF, o MP brasileiro compreende apenas o MP Federal e o MP dos estados e do DF. QUESTÃO 7 – CESPE - TRT 17-ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA - 2008 No tocante à organização do Estado brasileiro, a CF estabeleceu que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à justiça, à qual compete representar a União, judicial e extrajudicialmente. LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 36 QUESTÃO 8 – FCC - TRT 24ª - TÉCNICO JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVO - 2011 O Conselho Nacional do Ministério Público compõe-se de a) oito membros, nomeados pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal. b) trinta e três membros, nomeados pelo Procurador Geral da República. c) quinze membros, nomeados pelo Procurador Geral da República. d) oito membros, nomeados pelo Presidente do Superior Tribunal de Justiça. e) quatorze membros, nomeados pelo Presidente da República. QUESTÃO 9 – FCC - MPE-RS - SECRETÁRIO DE DILIGÊNCIAS – 2010 Quanto ao Ministério Público, considere: I. O ingresso na carreira far-se-á mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em sua realização, exigindo- se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica. II. A destituição do Procurador-Geral da República, por iniciativa do Presidente da República, deverá ser precedida de autorização da maioria simples do Congresso Nacional. III. Os Procuradores-Gerais nos Estados e no Distrito Federal poderão ser destituídos por deliberação da maioria absoluta do Poder Legislativo, na forma da lei complementar respectiva. IV. A legitimação do Ministério Público para as ações civis relativas à defesa de interesses das populações indígenas impede a de terceiros, nas mesmas hipóteses, segundo o disposto na Constituição Federal e na lei. Estão corretas APENAS as afirmações a) I e II. LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 37 b) I e III. c) II e III. d) II e IV. e) III e IV. QUESTÃO 10 – FCC - MPE-RS - SECRETÁRIO DE DILIGÊNCIAS - 2010 O Conselho Nacional do Ministério Público a) terá seus integrantes eleitos para um mandato de dois anos, vedada a recondução, sendo presidido pelo integrante mais antigo. b) tem como integrantes, dentre outros, dois juízes federais, indicados um pelo Superior Tribunal de Justiça e outro pelos Tribunais Regionais Federais. c) escolherá, em votação aberta e pública, um Corregedor nacional, dentre os membros do Ministério Público Estadual ou Federal, permitida uma recondução. d) compõe-se de quinze membros nomeados pelo Procurador-Geral da República, depois de aprovada a escolha pela maioria simples da Câmara dos Deputados. e) exerce o controle da atuação administrativa e financeira do Ministério Público e do cumprimento dos deveres funcionais de seus membros. LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 38 d. Revisão 2 QUESTÃO 11 – FGV - TJ-PA - JUIZ SUBSTITUTO DE CARREIRA – 2009 As alternativas a seguir apresentam funções institucionais do Ministério Público, à exceção de uma. Assinale-a. a) Exercer o controle externo da atividade policial, podendo avocar a presidência de inquérito policial, quando verificado desvio de poder por parte da autoridade policial competente. b) Promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos na Constituição. c) Expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, requisitando informações e documentos para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva. d) Promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos. e) Defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas. QUESTÃO 12 – CESPE- ANTAQ –ANALISTA ADMINISTRATIVO – 2009 Considere que determinado navio petroleiro, ao fazer a aproximação no porto de Santos, no estado de São Paulo, tenha colidido com outra embarcação, causando significativo dano ambiental nas praias daquele estado. A ação judicial de reparação de danos ambientais não será de competência privativa do Ministério Público. LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 39 QUESTÃO 13: MPE - RN - Promotor de Justiça Substituto [CESPE] - 19/04/2009. O Conselho Nacional do Ministério Público a) pode avocar processos disciplinares em curso nos MPs. b) não tem poderes para determinar a remoção de membro do MP. c) é composto de quatorze membros, entre os quais cinco membros dos MPs dos estados, cada um representando uma região da Federação. d) deve ser presidido por seu conselheiro mais antigo. QUESTÃO 14: MPE - RN - Promotor de Justiça Substituto [CESPE] - 19/04/2009. Assinale a opção correta com relação ao que dispõe a CF acerca do MP. a) O MP, apesar de dotado de autonomia financeira, não é obrigado a elaborar sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias. b) Segundo a CF, o MP brasileiro compreende apenas o MP Federal e o MP dos estados e do DF. c) Entre as garantias concedidas aos membros do MP está a estabilidade após três anos de efetivo exercício. d) É função institucional do MP defender judicialmente os direitos e os interesses das populações carentes. e) Quando um membro do MP se aposenta, é vedado a ele advogar no juízo ou tribunal em que atuava, antes de que hajam transcorrido três anos da aposentadoria. QUESTÃO 15 – FCC - TJ-PA - AUXILIAR JUDICIÁRIO - 2009 Quanto a escolha e nomeação do Procurador-Geral da República é INCORRETO afirmar que LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 40 a) a aprovação do seu nome se dará pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal. b) terá mandato de dois anos, permitida a recondução. c) deverá ter mais de trinta e cinco anos de idade. d) será nomeado pelo Presidente da Câmara dos Deputados. e) será escolhido dentre integrantes da carreira do Ministério Público da União. QUESTÃO 16 – FCC - TJ-PA - ANALISTA JUDICIÁRIO – DIREITO – 2009 O Conselho Nacional do Ministério Público a) é integrado, além de outros membros, por dois cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pelo Congresso Nacional e outro pela Advocacia-Geral da União. b) escolherá, em votação pública e aberta, um Corregedor nacional, dentre os membros que o integram, permitida a recondução. c) compõe-se de onze membros, nomeados pelo Presidente do Congresso Nacional. d) é presidido pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal. e) tem dentre outras competências, a de efetuar o controle da atuação administrativa e financeira do Ministério Público e do cumprimento dos deveres funcionais de seus membros. QUESTÃO 17 – FCC - TJ-PI - ANALISTA JUDICIÁRIO - ESCRIVÃO JUDICIAL - 2009 Com relação ao Ministério Público, NÃO é sua a função institucional a de a) prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei. LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 41 b) defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas. c) expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, requisitando informações e documentos para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva. d) requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais. e) zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados na Constituição Federal, promovendo as medidas necessárias a sua garantia. QUESTÃO 18 – FCC - TRT-3ª Região –ANALISTA JUDICIÁRIO - 2009 No que diz respeito ao Ministério Público, observa-se que, seus membros, sem exceção, a) poderão, em quaisquer hipóteses, filiar-se a partidos políticos e disputar os mandatos eletivos federais, estaduais ou municipais. b) têm a prerrogativa de exercer a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas. c) poderão exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, mas com prejuízo de sua remuneração. d) têm entre as funções institucionais, o exercício de outras funções que lhes forem conferidas, desde que compatíveis com suas finalidades. e) são portadores, desde a posse, das garantias da vitaliciedade, da inamovibilidade e da irredutibilidade de vencimentos. QUESTÃO 19 – FCC - SEFIN - RO - AUDITOR FISCAL DE TRIBUTOS ESTADUAIS - 2010 LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 42 O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador- Geral da República, nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do a) Congresso Nacional, para mandato de dois anos, permitida a recondução. b) Senado Federal, para mandato de dois anos, vedada a recondução. c) Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a recondução. d) Congresso Nacional, para mandato de dois anos, vedada a recondução. e) Congresso Nacional, para mandato de um ano, permitida a recondução QUESTÃO 20 – FCC - TRE-AL - ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA - 2010 É princípio institucional do Ministério Público, dentre outros, a a) autodeterminação dos povos. b) divisibilidade. c) dependência funcional. d) unidade. e) concessão de asilo político. LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 43 e. Revisão 3 QUESTÃO 21 – FEPESE – PGE-SC – ANALISTA JURÍDICO – 2010 É correto afirmar, no que se refere ao Ministério Público segundo a Constituição brasileira, que: a) O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador Geral de Justiça. b) O Ministério Público estadual tem por chefe o Procurador Geral do Estado. c) O Ministério Público da União compreende o Ministério Público estadual. d) O Procurador Geral da República não pode, sob hipótese alguma, ser destituído de seu cargo pelo Presidente da República. e) Dentre as funções constitucionais do Ministério Público encontra-se a defesa dos interesses individuais indisponíveis. QUESTÃO 22 – CESPE – ANALISTA PROCESSUAL – 2010 Considerando as normas constitucionais sobre as funções essenciais à justiça, julgue o item a seguir. Entre as funções institucionais do Ministério Público, está a de promover, em caráter exclusivo, a ação civil pública para a promoção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos. QUESTÃO 23 – FCC - MPE - RS –AGENTE ADMINISTRATIVO - 2010 Nos termos da Constituição Federal, além de outros membros, integrarão o Conselho Nacional do Ministério Público a) três advogados, indicados pelos Conselhos Estaduais da Ordem dos Advogados do Brasil. LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 44 b) três membros do Ministério Público dos Estados. c) três cidadãos com mais de 30 anos de idade, indicados um pela Câmara dos Deputados e dois pelo Senado Federal. d) dois juízes, indicados pelos Tribunais de Justiça Regionais Federais. e) três membros do Ministério Público da União, além de dois do Ministério Público do Trabalho. QUESTÃO 24 – FCC - TJ-PI –ASSESSOR JURÍDICO - 2010 São princípios institucionais do Ministério Público, previstos na Constituição Federal, a) unidade, indivisibilidade e estabilidade.b) independência funcional, unidade e indivisibilidade. c) inamovibilidade, estabilidade e autoridade. d) autoridade, unidade e vitaliciedade. e) indivisibilidade, irredutibilidade de subsídio e estabilidade. QUESTÃO 25 – LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP - PONTO DOS CONCURSOS - RICARDO GOMES - 2017 O Ministério Público brasileiro foi dividido em Ministério Público Federal e Estadual. QUESTÃO 26 – LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP - PONTO DOS CONCURSOS - RICARDO GOMES - 2017 O MPDFT compõe o corpo do Ministério Público Federal. LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 45 QUESTÃO 27 – LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP - PONTO DOS CONCURSOS - RICARDO GOMES - 2017 O Ministério Público da União é chefiado pelo Procurador-Geral da República. QUESTÃO 28 – LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP - PONTO DOS CONCURSOS - RICARDO GOMES - 2017 O Procurador-Geral da República deve possuir mais de 30 anos de idade, sendo aprovado por 2/3 do Senado Federal. QUESTÃO 29–LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP - PONTO DOS CONCURSOS - RICARDO GOMES - 2017 O Procurador-Geral da República tem mandato de 2 anos, sendo permitida uma única recondução. QUESTÃO 30–LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP - PONTO DOS CONCURSOS - RICARDO GOMES - 2017 O Presidente da República pode destituir diretamente o Procurador-Geral da República. LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 46 f. Normas comentadas CONSTITUIÇÃO FEDERAL CAPÍTULO IV DAS FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 80, de 2014) SEÇÃO I DO MINISTÉRIO PÚBLICO Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. § 1º São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional. § 2º Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional e administrativa, podendo, observado o disposto no art. 169, propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares, provendo-os por concurso público de provas ou de provas e títulos, a política remuneratória e os planos de carreira; a lei disporá sobre sua organização e funcionamento. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 3º O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias. § 4º Se o Ministério Público não encaminhar a respectiva proposta orçamentária dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados na forma do § 3º. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 47 § 5º Se a proposta orçamentária de que trata este artigo for encaminhada em desacordo com os limites estipulados na forma do § 3º, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para fins de consolidação da proposta orçamentária anual. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) § 6º Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto se previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) Art. 128. O Ministério Público abrange: I - o Ministério Público da União, que compreende: a) o Ministério Público Federal; b) o Ministério Público do Trabalho; c) o Ministério Público Militar; d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios; II - os Ministérios Públicos dos Estados. § 1º O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a recondução. § 2º A destituição do Procurador-Geral da República, por iniciativa do Presidente da República, deverá ser precedida de autorização da maioria absoluta do Senado Federal. § 3º Os Ministérios Públicos dos Estados e o do Distrito Federal e Territórios formarão lista tríplice dentre integrantes da carreira, na forma da lei respectiva, para escolha de seu Procurador-Geral, que será nomeado pelo Chefe do Poder Executivo, para mandato de dois anos, permitida uma recondução. LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 48 § 4º Os Procuradores-Gerais nos Estados e no Distrito Federal e Territórios poderão ser destituídos por deliberação da maioria absoluta do Poder Legislativo, na forma da lei complementar respectiva. § 5º Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos respectivos Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de cada Ministério Público, observadas, relativamente a seus membros: I - as seguintes garantias: a) vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por sentença judicial transitada em julgado; b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão colegiado competente do Ministério Público, pelo voto da maioria absoluta de seus membros, assegurada ampla defesa; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) c) irredutibilidade de subsídio, fixado na forma do art. 39, § 4º, e ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 150, II, 153, III, 153, § 2º, I; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) II - as seguintes vedações: a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas processuais; b) exercer a advocacia; c) participar de sociedade comercial, na forma da lei; d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de magistério; e) exercer atividade político-partidária; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 49 f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei. (Incluída pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) § 6º Aplica-se aos membros do Ministério Público o disposto no art. 95, parágrafo único, V. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei; II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia; III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos; IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos nesta Constituição; V - defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas; VI - expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, requisitando informaçõese documentos para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva; VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar mencionada no artigo anterior; VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais; IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas. LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 50 § 1º A legitimação do Ministério Público para as ações civis previstas neste artigo não impede a de terceiros, nas mesmas hipóteses, segundo o disposto nesta Constituição e na lei. § 2º As funções do Ministério Público só podem ser exercidas por integrantes da carreira, que deverão residir na comarca da respectiva lotação, salvo autorização do chefe da instituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) § 3º O ingresso na carreira do Ministério Público far-se-á mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em sua realização, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e observando-se, nas nomeações, a ordem de classificação. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) § 4º Aplica-se ao Ministério Público, no que couber, o disposto no art. 93. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) § 5º A distribuição de processos no Ministério Público será imediata. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) Art. 130. Aos membros do Ministério Público junto aos Tribunais de Contas aplicam-se as disposições desta seção pertinentes a direitos, vedações e forma de investidura. Art. 130-A. O Conselho Nacional do Ministério Público compõe-se de quatorze membros nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, para um mandato de dois anos, admitida uma recondução, sendo: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) I o Procurador-Geral da República, que o preside; II quatro membros do Ministério Público da União, assegurada a representação de cada uma de suas carreiras; III três membros do Ministério Público dos Estados; IV dois juízes, indicados um pelo Supremo Tribunal Federal e outro pelo Superior Tribunal de Justiça; LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 51 V dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; VI dois cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela Câmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal. § 1º Os membros do Conselho oriundos do Ministério Público serão indicados pelos respectivos Ministérios Públicos, na forma da lei. § 2º Compete ao Conselho Nacional do Ministério Público o controle da atuação administrativa e financeira do Ministério Público e do cumprimento dos deveres funcionais de seus membros, cabendo lhe: I zelar pela autonomia funcional e administrativa do Ministério Público, podendo expedir atos regulamentares, no âmbito de sua competência, ou recomendar providências; II zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Ministério Público da União e dos Estados, podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se adotem as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência dos Tribunais de Contas; III receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Ministério Público da União ou dos Estados, inclusive contra seus serviços auxiliares, sem prejuízo da competência disciplinar e correicional da instituição, podendo avocar processos disciplinares em curso, determinar a remoção, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de serviço e aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla defesa; IV rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de membros do Ministério Público da União ou dos Estados julgados há menos de um ano; V elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar necessárias sobre a situação do Ministério Público no País e as atividades do Conselho, o qual deve integrar a mensagem prevista no art. 84, XI. LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 52 § 3º O Conselho escolherá, em votação secreta, um Corregedor nacional, dentre os membros do Ministério Público que o integram, vedada a recondução, competindo-lhe, além das atribuições que lhe forem conferidas pela lei, as seguintes: I receber reclamações e denúncias, de qualquer interessado, relativas aos membros do Ministério Público e dos seus serviços auxiliares; II exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e correição geral; III requisitar e designar membros do Ministério Público, delegando-lhes atribuições, e requisitar servidores de órgãos do Ministério Público. § 4º O Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil oficiará junto ao Conselho. § 5º Leis da União e dos Estados criarão ouvidorias do Ministério Público, competentes para receber reclamações e denúncias de qualquer interessado contra membros ou órgãos do Ministério Público, inclusive contra seus serviços auxiliares, representando diretamente ao Conselho Nacional do Ministério Público. LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 53 g. Gabarito 1 2 3 4 5 C B C C C 6 7 8 9 10 E E E B E 11 12 13 14 15 A C A E D 16 17 18 19 20 E A D C D 21 22 23 24 25 E E B B E 26 27 28 29 30 E C E E E LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 54 h. Breves comentários às questões QUESTÃO 1 – CESPE - MPU – TÉCNICO ADMINISTRATIVO - 2013 Relativamente ao MPU, julgue os itens a seguir. Embora os Ministérios Públicos (MPs) junto aos tribunais de contas sejam órgãos autônomos e independentes do MPU e dos MPs dos estados, aplicam-se aos seus membros os mesmos direitos, vedações e forma de investidura. Comentários: OMinistério Público brasileiro foi organizado do seguinte modo: a) O Ministério Público da UNIÃO (MPU), que por sua vez compreende os seguintes ramos: 1. Ministério Público Federal (MPF); 2. Ministério Público do Trabalho (MPT); 3. Ministério Público Militar (MPM); 4. Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). b) Os Ministérios Públicos dos ESTADOS (MPE). Não consta MP dos Tribunais de Contas como membros do MPU ou dos MPs Estaduais! É isso o que dispõe o art. 128 da CF-88: CF-88 Art. 128. O MINISTÉRIO PÚBLICO (GÊNERO) abrange: I - o Ministério Público da UNIÃO (MPU), que compreende: LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 55 a) o Ministério Público FEDERAL (MPF); b) o Ministério Público do TRABALHO (MPT); c) o Ministério Público MILITAR (MPM); d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT); II - os Ministérios Públicos dos ESTADOS(MP ESTADUAIS) O art. 130 da CF-88 prevê também um Ministério Público junto ao Tribunal de Contas (perante um órgão de natureza não jurisdicional), aplicando-se as mesmas garantias, vedações e forma de investidura até então estudadas. Observa-se que estes Ministérios Públicos dos Tribunais de Contas não fazem parte da estrutura do Ministério Público
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