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legislacao apli ao mpu e cnmp

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Assunto da Rodada 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP: 1 Ministério Público da União. 1.1 Lei 
Orgânica do Ministério Público da União (Lei Complementar nº 75/1993). 1.2 Perfil 
constitucional do Ministério Público e suas funções institucionais. 1.3 Conceito. 1.4 
Princípios institucionais. 1.5 A autonomia funcional e 19 administrativa. 1.6 A iniciativa 
legislativa. 1.7 A elaboração da proposta orçamentária. 1.8 Os vários Ministérios Públicos. 
1.9 O Procurador-Geral da República: requisitos para a investidura e procedimento de 
destituição. 1.10 Os demais Procuradores-Gerais. 1.11 Funções exclusivas e concorrentes. 
1.12 Membros: ingresso na carreira, promoção, aposentadoria, garantias, prerrogativas e 
vedações. 2 Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). 2.1 Composição. 2.2 
Atribuições constitucionais. 
 
 
 
 
 
 
Rodada #1 
Legislação Aplicada ao MPU e ao 
CNMP 
 
Professor Ricardo Gomes 
 
 
 
 
 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 
 
 
 
 
2 
a. Teoria 
 
1. A Constituição Federal de 1988 abre o Capítulo IV de seu texto prelecionando acerca 
das Funções Essenciais à Justiça (órgãos e entidades correlatas e paralelas ao Poder 
Judiciário, que contribuem de forma decisiva para o funcionamento da Justiça). 
 
2. Uma das características do Poder Judiciário é a inércia (Princípio Constitucional 
Processual da INÉRCIA), isto é, a jurisdição não pode ser exercida de ofício pelo próprio 
Judiciário, dependendo exclusivamente da provocação das partes. Com isso, não existe 
Ação na Justiça sem que um AUTOR a interponha, não havendo processo sem partes. 
 
3. Mas muitos pode se perguntar por que o Magistrado não pode agir de ofício? 
Segundo o art. 5º, LIV, da CF, todos têm direito a um processo justo (Princípio do Devido 
Processo Legal). Se o juiz der início à causa, estará ele comprometendo sua capacidade 
subjetiva (imparcialidade), maculando o processo justo. Portanto, a inércia existe para 
salvaguardar a imparcialidade do Juiz, decorrência natural do Devido Processo Legal. 
 
4. Com isso, dada a inércia do Poder Judiciário, a Constituição atribui capacidade 
postulatória (capacidade de demandar na Justiça) às seguintes instituições: Ministério 
Público, a Advocacia Pública, a Advocacia Privada e a Defensoria Pública. Todos, 
nas suas esferas de competência e atribuições, concorrem para o efetivo funcionamento do 
sistema judiciário brasileiro. 
 
5. Tais instituições são essenciais à Justiça porque não existe demanda sem autor ou 
processo sem parte. Ocorre, porém, que tais instituições são essenciais não apenas à 
Justiça, mas para todo o Estado, pois tais instituições têm outras atribuições que não 
apenas a promoção da demanda. 
 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 
 
 
 
 
3 
6. Nesse sentido, o Ministério Público, em particular, ressalta como uma das 
principais instituições estatais da sociedade brasileira. Por expressa definição da CF-88, é 
instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbida da defesa da 
ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. 
Detalharemos posteriormente todos os elementos de sua definição constitucional. 
CF-88 
Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função 
jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime 
democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. 
 
7. Na esteira do Direito Comparado (Direito dos outros países), o Ministério Público foi 
constituído no Brasil desde o período republicano. Por isso que o Ministério Público já foi 
chamado por muitos de um 4º Poder, ao lado dos Poderes Judiciário, Legislativo e 
Executivo. 
 
8. No entanto, para a maioria, não se trata de um novo Poder, mas apenas um órgão a 
mais com funções estatais especiais, com autonomia e independência diferenciadas. O 
Constituinte sobrelevou o MP como o órgão de defesa da sociedade, que patrocinaria os 
seus interesses contra os detentores do poder político e econômico, como também contra 
atos ilegais do Estado e de seus agentes. 
 
9. Para tamanha responsabilidade, o Ministério Público deveria permear todos os 
espaços estatais, em todos os Entes Federados (União, Estados, DF e Municípios) e todas 
as Justiças Especializadas (Justiça Federal/Eleitoral, do Trabalho, Militar). Desse modo, 
seguindo a metodologia de alguns países estrangeiros, o Ministério Público brasileiro foi 
organizado do seguinte modo: 
a) O Ministério Público da UNIÃO (MPU), que por sua vez compreende os 
seguintes ramos: 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 
 
 
 
 
4 
1. Ministério Público Federal (MPF); 
2. Ministério Público do Trabalho (MPT); 
3. Ministério Público Militar (MPM); 
4. Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). 
b) Os Ministérios Públicos dos ESTADOS (MPE). 
 
10. É isso o que dispõe o art. 128 da CF-88: 
CF-88 
Art. 128. O MINISTÉRIO PÚBLICO (GÊNERO) abrange: 
I - o Ministério Público da UNIÃO (MPU), que compreende: 
a) o Ministério Público FEDERAL (MPF); 
b) o Ministério Público do TRABALHO (MPT); 
c) o Ministério Público MILITAR (MPM); 
d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT); 
II - os Ministérios Públicos dos ESTADOS(MP ESTADUAIS) 
 
11. O MP Genérico é dividido em 2 (duas) grandes vertentes, de acordo com o Ente 
Federado envolvido: Ministério Público da UNIÃO e Ministério Público dos ESTADOS. O 
MP da União é subdivido em MPF, MPT, MPM e MPDFT. Estes são os MPs com 
atribuições da União. 
 
12. Cuidado! O MPDFT é da UNIÃO e não dos ESTADOS! Apesar do DF ter status de 
um Estado/Município, o MP do DF não é Estadual, posto a CF-88 prevê expressamente sua 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 
 
 
 
 
5 
composição dentro do MPU. Juntamente com o TJDFT, o MPDFT é mantido com recursos 
da União. 
 
13. Observem que NÃO EXISTE MP MUNICIPAL! 
 
14. Como assim, Professor? Mas não tem um Promotor em cada cidade? Sim, tem. No 
entanto, este Promotor é Estadual, com lotação na Comarca Municipal. Da mesma forma 
que não existe Juiz Municipal, também não existe Promotor Municipal, ok? 
 
15. O Ministério Público ELEITORAL, onde fica? Veremos com detalhes que o MP 
ELEITORAL faz parte das funções do Ministério Público FEDERAL. Por isso que não se 
encontra entre as classificações do Ministério Público citadas acima. 
 
16. Com efeito, o termo Ministério Público é bastante genérico, por isso é necessário 
que visualizemos estas subdivisões constitucionais. Cada um dos Ministérios Públicos têm 
suas respectivas atribuições legais e constitucionais. Em nosso Curso estudaremos as 
peculiaridades do Ministério Público da União (MPU). 
 
17. É possível esquematizar a estrutura do MP nos seguintes termos mais didáticos: 
MINISTÉRIO PÚBLICO 
 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 
 
 
 
 
6 
Chefia do Ministério Público da União. 
 
18. O Ministério Público da União (MPU) é Chefiado pelo Procurador-Geral da 
República (PGR). 
 
19. Como é eleito/escolhido esse PGR, Professor?O PGR será nomeado pelo 
Presidente da República dentre os integrantes da carreira do MPU (poderá ser 
membro do Ministério Público Federal - MPF, Ministério Público do Trabalho – MPT, 
Ministério Público Militar – MPM ou Ministério Público do DF e Territórios – MPDFT). 
 
20. O que a CF-88 preleciona: que o PGR será nomeado dentre os integrantes da 
Carreira do MPU, que, em tese abarcaria todos os ramos do MPU. Muitos doutrinadores 
entendem dessa forma abrangedora (Alexandre de Moraes, por exemplo).Essa posição 
decorre do MS 21.239 do STF que definiu o MPU como unitário. A maioria dos 
doutrinadores não entram nesse mérito. 
 
21. Contudo, a despeito de a CF não prever, entende-se apenas na prática que os 
membros do Ministério Público FEDERALé que podem ser PGR. 
 
22. Isso se justifica pelo fato de os outros ramos do MPU ser muito específicos, e no STF 
o PGR atuará em assuntos diversos. Há, inclusive, Projeto de Emenda Constitucional nesse 
sentido (PEC nº 358/05).Nessa PEC, além de alterar diversas outras previsões do Poder 
Judiciário (Ex: vitaliciedade com 3 anos), visa indicar isso expressamente, de que o PGR 
será indicado entre apenas os membros do MPF e não dos outros ramos do MPU. Com essa 
PEC, a celeuma sobre o tema será finalizada. 
PEC nº 358/05 
Art. 128. 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 
 
 
 
 
7 
§ 1º O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da 
República, nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes da 
carreira do Ministério Público Federal, maiores de trinta e cinco anos, após 
aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado 
Federal, para mandato de dois anos, permitida uma recondução. 
 
23. De todo modo, vale gravar para fins de prova do MPU que o PGR é indicado entre os 
Membros da CARREIRA do MPU, ok? Pois esse é o texto da Constituição, a despeito das 
interpretações variáveis. 
 
24. O PGR deverá possuir + 35 ANOS de idade e sua nomeação deverá ser aprovada 
pela maioria absoluta do SENADO FEDERAL (“sabatina” do Senado). 
 
25. O mandato do PGR é de 2 ANOS, permitidas indefinidas reconduções, isto é, 
poderá ser reconduzido ao cargo quantas vezes desejar o Presidente da República. 
Ressalte-se que as reconduções devem respeitar as mesmas formalidades da assunção 
inicial ao cargo (nomeação do Presidente da República e aprovação da maioria absoluta do 
Senado). 
 
26. É possível a destituição/exoneração do cargo de PGR antes do término do 
mandato de 2 ANOS, que deverá ser iniciada também pelo Presidente da República e 
aprovada pelo Senado Federal. 
 
27. Destituição do PGR: 
Presidente da República + SENADO 
 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 
 
 
 
 
8 
28. O PGR tem autonomia para nomear os respectivos Chefes do MPT e MPM. O Chefe 
do MPF será o próprio PGR, enquanto que o Chefe do MPDFT será nomeado à parte, 
pelo Presidente da República. 
CF-88 
Art. 128 
§ 1º - O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral 
da República, nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes 
da carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a aprovação de seu 
nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para 
mandato de dois anos, permitida a recondução. 
§ 2º - A destituição do Procurador-Geral da República, por iniciativa do 
Presidente da República, deverá ser precedida de autorização da 
maioria absoluta do Senado Federal. 
Lei Complementar nº 75/93 
Art. 25. O Procurador-Geral da República é o chefe do Ministério 
Público da União, nomeado pelo Presidente da República dentre 
integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, permitida a 
recondução precedida de nova decisão do Senado Federal. 
Parágrafo único. A exoneração, de ofício, do Procurador-Geral da 
República, por iniciativa do Presidente da República, deverá ser precedida de 
autorização da maioria absoluta do Senado Federal, em votação secreta. 
 
Chefia do Ministério Público dos Estados. 
29. O Chefe do Ministério Público Estadual e do DF é o Procurador-Geral de 
Justiça(PGJ). 
 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 
 
 
 
 
9 
30. Cuidado!O Procurador-Geral do Estado é o Chefe da Procuradoria do Estado 
(que são os Advogados do Estado). Não confundir com o Procurador-Geral de Justiça, que 
é o Chefe do MP Estadual. 
 
31. A nomeação do Procurador-Geral de Justiça (PGJ) será com base em Lista Tríplice 
(Lista de 3 Nomes) dentre os integrantes da carreira. A nomeação será realizada tão 
somente pelo Chefe do Executivo: 
 Governador - nos ESTADOS, ou pelo 
 Presidente da República - para o Distrito Federal (DF). 
 
Importante! 
Como visto, há uma diferença clara na nomeação do PGR e PGJ: enquanto 
que para a nomeação do PGR é necessária a aprovação do Senado, para a nomeação dos 
Procuradores-Gerais de Justiça (PGJ), basta a nomeação do Chefe do Executivo 
(Governador ou Presidente da República), não necessitando da interferência das 
Assembléias Legislativas Estaduais ou da Câmara Legislativa do DF nas respectivas 
nomeações. 
 
32. O Mandato do Procurador-Geral de Justiça (PGJ) será de 2 ANOS, sendo 
permitida apenas 1 (uma) única recondução! 
 
33. Outra diferença importante entre o PRG e PGJ: enquanto o mandato do PGR é de 2 
ANOS, sendo permitidas quantas reconduções desejar o Presidente da República, os 
Procuradores-Gerais de Justiça (PGJs) terá mandato de 2 ANOS, mas só poderão ser 
reconduzidos por + 1 MANDATO (1 única recondução). 
Mandatos do PGR e do PGJ: 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 
 
 
 
 
10 
o PGR – 2 ANOS e indefinidas reconduções (2 ANOS + 2 +2 +2 
+2.....) 
o PGJ – 2 ANOS + 1 RECONDUÇÃO (2 ANOS + 2 ANOS) 
 
34. O procedimento de destituição do PGJ é também diferente do PGR. Enquanto que a 
destituição do PGR é um ato complexo, do Presidente da República + o SENADO, a 
destituição do PGJ é realizada por deliberação da Assembleia Legislativa dos 
Estados ou do SENADO FEDERAL, no caso do DF! Na destituição do PGJ não há 
participação do Governador do Estado ou do Presidente da República, ressalvado no caso 
do PGJ do DF, que o art. 156, §3º, da LC nº 75/93 prevê hipótese de representação do 
Presidente da República. 
 
35. Cuidado! A destituição do PGJ do DF será realizada por deliberação do SENADO 
e não da Câmara Legislativa, ok? Isto porque o MPDFT faz parte do MP da União 
(MPU). 
 
36. Nomeação e Destituição do PGJ: 
Nomeação do PGJ Governador ou 
Presidente da República (MPDFT) 
Destituição do PGJ Assembleia Legislativa ou SENADO 
(MPDFT) 
 
37. Destituição do PGR – Procurador-Geral da República: 
Presidente da República + SENADO 
 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 
 
 
 
 
11 
38. Vale acrescentar que o STF já decidiu na ADIN 1.962-RO que é inconstitucional 
norma contida na Constituição Estadual que disponha de forma diversa acerca da 
nomeação ou destituição do cargo de Procurador-Geral de Justiça. 
CF-88 
Art. 128 
§ 3º - Os Ministérios Públicos dos Estados e o do Distrito Federale 
Territórios formarão lista tríplice dentre integrantes da carreira, na forma 
da lei respectiva, para escolha de seu Procurador-Geral, que será nomeado 
pelo Chefe do Poder Executivo, para mandato de dois anos, permitida 
uma recondução. 
§ 4º - Os Procuradores-Gerais nos Estados e no Distrito Federal e 
Territórios poderão ser destituídos por deliberação da maioria 
absoluta do Poder Legislativo, na forma da lei complementar respectiva. 
Lei nº 8.625/93 
Art. 9º Os Ministérios Públicos dos Estados formarão lista tríplice, 
dentre integrantes da carreira, na forma da lei respectiva, para escolha de seu 
Procurador-Geral, que será nomeado pelo Chefe do Poder Executivo, 
para mandato de dois anos, permitida uma recondução, observado o 
mesmo procedimento. 
§ 1º A eleição da lista tríplice far-se-á mediante voto plurinominal de 
todos os integrantes da carreira. 
§ 2º A destituição do Procurador-Geral de Justiça, por iniciativa do 
Colégio de Procuradores, deverá ser precedida de autorização de um terço 
dos membros da Assembleia Legislativa. 
§ 3º Nosseus afastamentos e impedimentos o Procurador-Geral de Justiça 
será substituído na forma da Lei Orgânica. 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 
 
 
 
 
12 
§ 4º Caso o Chefe do Poder Executivo não efetive a nomeação do Procurador-
Geral de Justiça, nos quinze dias que se seguirem ao recebimento da lista 
tríplice, será investido automaticamente no cargo o membro do Ministério 
Público mais votado, para exercício do mandato. 
Princípios Institucionais do Ministério Público. 
 
39. A CF-88, no art. 127, §1º, estabelece três princípios institucionais básicos do 
Ministério Público: Unidade, Indivisibilidade e Independência Funcional. 
 
40. 1º - UNIDADE – segundo este princípio, os Membros do Ministério Público 
integram um único órgão, abaixo da direção de um respectivo Procurador-Geral 
(Procurador-Geral da República, para o MPU; Procurador-Geral de Justiça, para os 
MPs Estaduais e do DF). 
 
41. A Unidade colocada é dentro de cada Ministério Público específico. O Ministério 
Público Federal é único, considerando-se apenas o MPF. O MPT, o MPDFT e o MPM são 
únicos, considerando-se unidades estanques e separadas. 
 
42. Da mesma forma, cada Ministério Público Estadual é único, não existindo unidade, 
por exemplo, entre o MP do Rio de Janeiro e o de São Paulo. 
 
43. 2º - INDIVISIBILIDADE – Os Membros do Ministério Público exercem suas 
funções em nome de toda a Instituição, o que autoriza a substituição dos Promotores ou 
Procuradores, por outros pares respectivos, sem desnaturar o exercício funcional. 
 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 
 
 
 
 
13 
44. Em termos simples, para este Princípio os Membros do MP (Promotor ou Procurador) 
são o próprio Ministério Público corporificado (indivisível), o que autoriza substituições de 
Membros, dentro de critérios objetivos previamente estabelecidos. 
 
45. Assim, os Membros do MP não se vinculam diretamente às atividades específicas que 
estão desenvolvendo. Se um Promotor estiver atuando em um processo e, por exemplo, 
sair de férias, poderá outro substituí-lo normalmente. Este outro também será o “Ministério 
Público”, incorporando a instituição MP. 
 
46. 3º - INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL – OsMembros do Ministério Públicos não 
estão vinculados a nenhum dos Poderes da República (Executivo, Legislativo e Judiciário), 
devendo respeito tão somente à Constituição, às Leis e a sua própria consciência. Assim, 
no exercício funcional não estão sujeitos às convicções dos órgãos superiores do próprio 
Ministério Público (não havendo hierarquia entre o Chefe do MP e o Promotor da Comarca 
do interior). Este Promotor tem Independência Funcional! 
 
47. A hierarquia existente entre os Membros do MP (Chefes e Membros comuns) é de 
natureza eminentemente administrativa (Não funcional). Assim, por exemplo, o Chefe 
do MP não pode ditar ao Promotor ou Procurador como deverá atuar em determinado 
processo, se deve ou não entrar com uma Ação Penal ou Cível, qual posição deve adotar 
em determinado Parecer, etc. 
 
48. Este Princípio da Independência Funcional consubstancia a chamada Autonomia de 
Convicção que todo Membro do MP possui, possui não se submetem a qualquer Poder da 
República e nem a sua Chefia, no exercício de suas atividades funcionais. Inclusive é 
hipótese constitucional de Crime de Responsabilidade eventual ato do Presidente da 
República que violar a independência do Ministério Público (art. 85, II, da CF-88). 
CF-88 
Art. 127 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 
 
 
 
 
14 
§ 1º - São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a 
indivisibilidade e a independência funcional. 
 
Princípio do Promotor Natural. 
49. O Princípio do Promotor Natural é extraído do Devido Processo Legal e de dois 
específicos dispositivos do art. 5º da Constituição Federal (incisos XXXVII e LIII), referentes 
ao Princípio do Juiz Natural. 
 
50. O Promotor Natural é aquele investido regularmente no Cargo (investidura) e com 
atribuição constitucional o exercício das funções institucionais do Ministério Público. A CF-
88 garante que ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade 
competente. O processamento somente poderá ser deflagrado pela autoridade competente, 
o Promotor Natural. 
 
51. O Princípio do Promotor Natural veda eventuais designações de Promotor específico 
para determinados casos (acusador de exceção) ou para determinadas pessoas (Promotor 
ad personam), também chamados de Promotor Ad Hoc. 
 
52. O Promotor deve ser escolhido por critérios objetivos e abstratos, previamente 
definidos na Legislação específica, não sendo autorizada a escolha deste ou daquele 
Promotor para exercer suas funções em determinado processo. Assim, referido Princípio 
limita os Poderes do Chefe do MP, que não poderá designar Promotor diverso do que o 
previamente definido de acordo com a lei. 
 
53. O Promotor Natural consagra a garantia de imparcialidade dos Membros do MP, 
impedindo designações casuístas e arbitrárias (retirar um Promotor de um caso para 
colocar outro que atenda a determinados interesses). 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 
 
 
 
 
15 
 
54. Os Membros do Ministério Público ostentam as mesmas Garantias constitucionais 
dos integrantes do Poder Judiciário (Magistrados), quais sejam: Vitaliciedade, 
Inamovibilidade e Irredutibilidade do Subsídio. 
 
55. Estas garantias institucionais visam conferir maior autonomia e independência no 
exercício de suas funções. Imagine um Promotor que estivesse atuando em determinado 
Processo Eleitoral contra o Prefeito de determinada cidade. Em virtude disso, tivesse seu 
salário reduzido ou mesmo fosse removido para outro município. Não dá, não é verdade? É 
por isso que os Membros do MP necessitam, igualmente aos Juízes, destas garantias 
mínimas. 
 
56. GARANTIAS dos Membros do MP: 
1. VITALICIEDADE – após o cumprimento de 2 ANOS de estágio 
probatório, os Membros do MP somente poderão perder o cargo por 
Sentença Judicial transitada em julgada (da qual não caiba mais 
recursos). 
A Vitaliciedade, portanto, é adquirida após 2 ANOS de efetivo exercício 
na função (período/estágio probatório), após a aprovação no 
respectivo concurso de provas e títulos. 
 
2. INAMOVIBILIDADE – em regra,os Membros do MP NÃO poderão 
ser transferidos compulsoriamente de seus cargos, de uma lotação 
para outra (na prática, de um Município ou local de lotação para outro) 
ou mesmo promovido unilateralmente, ressalvada a hipótese 
excepcional de interesse público, com decisão da maioria absoluta 
de votos do Órgão Colegiado do MP. 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 
 
 
 
 
16 
Para que ocorra esta remoção excepcional, devem-se respeitar os 
seguintes requisitos: 
o ser assegurada a AMPLA DEFESA ao Membro do MP; 
o comprovado interesse público e 
o deliberação da maioria absoluta do Órgão Colegiado 
 Assim, em regra, o Membro do MP não pode ser removido ou 
promovido de ofício, sem seu consentimento. 
 
3. IRREDUTIBILIDADE DO SUBSÍDIO – o subsídio (remuneração 
total) dos Membros do MP é irredutível, isto é, não pode ser reduzida 
por lei ou ato do Chefe do MP. Esta irredutibilidade de subsídio é 
apenas nominal (valor de face), segundo o STF, não garantindo 
eventuais perdas do poder aquisitivo decorrente da inflação (corrosão 
inflacionária) e nem possíveis aumentos de tributos que diminuam seu 
valor final. 
 
57. Além destas garantias, destacam-se a Autonomia Administrativa e Financeira 
do Ministério Público: 
 Autonomia Administrativa – consiste na capacidade de autogestão 
ou autoadministração. O MinistérioPúblico poderá propor ao Poder 
Legislativo a criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares 
(servidores do MP), provendo-os por concurso público; poderá definir a 
política remuneratória e os planos de carreira; engloba nesta 
autonomia a possibilidade de adquirir bens, contratar serviços; gerir os 
seus recursos humanos (contratação, aposentadoria, pensões, etc). 
 Autonomia Financeira – é acapacidade de elaborar sua proposta 
orçamentária dentro dos limites estabelecidos pela Lei de Diretrizes 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 
 
 
 
 
17 
Orçamentárias (LDO), bem como de gerir os recursos que lhe forem 
destinados. A iniciativa da Lei Orçamentária não é de competência do 
próprio Ministério Público, pois sua proposta deve integrar o 
Orçamento Geral da União, submetido pelo Chefe do Poder Executivo 
(Presidente ou Governador). 
 
 
58. VEDAÇÕES aos Membros do MP: 
1. Receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, 
percentagens ou custas processuais – o Membro do MP somente 
receberá seu respectivo subsídio mensal, não sendo autorizado o 
pagamento, a título do exercício de suas funções, de outras espécies 
remuneratórias, a exemplo, possíveis honorários, percentagens de 
ganhos judiciais ou os valores referentes ás custas processuais. 
 
2. Exercer a Advocacia – antes da CF-88 os Membros do MP exerciam a 
Advocacia. No entanto, após a promulgação do novo texto 
constitucional, passou a ser vedado a qualquer Membro do MP o 
exercício da Advocacia Privada, salvo para aqueles que já eram 
Promotores ou Procuradores antes da CF-88. A estes se assegurou o 
direito à Advocacia. 
 
3. Participar de Sociedade Comercial, na forma da lei. Esta vedação 
tem que ser interpretada em termos. O Membro do MP não poderá 
participar de eventual Sociedade Comercial no sentido de exercer ele 
próprio o comércio ou ser gerente da “empresa”. Lógico que poderá 
ser Cotista e Acionista da Sociedade, conforme preceitua o art. 237, 
III, da LC nº 75/93. 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 
 
 
 
 
18 
 
4. Exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função 
pública, salvo uma de Magistério – o Promotor ou Procurador não 
podem exercer, ao mesmo tempo, outro cargo público (ex: serem 
Juízes; Auditores Fiscais; acumularem a anterior função de Técnico ou 
Analista do MPE com a nova função de Promotor, etc), salvo outra 
função pública de Magistério (ex: Professor de Universidade Pública 
Federal). 
 
5. Exercer Atividade Político-partidária – a CF-88 antes da EC. 45/04 
previa hipótese de exercício excepcional de atividade político-partidária 
por parte de Membro do MP. No entanto, hoje qualquer Membro do MP 
é considerado inelegível absolutamente para qualquer cargo eletivo. 
Segundo o STF e o CNMP, esta vedação vale apenas para os 
Membros do MP que ingressaram na carreira depois da EC 
45/2004. Os que ingressaram antes remanescem com o direito a 
participarem de eleições, nos limites da lei. É o caso, por exemplo, de 
Fernando Capez, que se candidatou a Deputado Estadual de São Paulo 
e Pedro Tasse, que é Procurador da República e hoje é Senador por 
MT. 
 
6. Receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de 
pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as 
exceções previstas em lei – esta vedação visa garantir a independência 
e imparcialidade dos Membros do MP, que não podem pautar sua 
atuação a favor ou contra pessoas físicas, jurídicas e entidades que os 
tenha, de alguma forma, beneficiado. 
 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 
 
 
 
 
19 
7. Quarentena de 3 ANOS – igualmente aos Juízes, os Membros do MP 
que se afastarem do cargo em decorrência de Aposentadoria ou 
Exoneração, não poderão exercer a Advocacia no Juízo ou Tribunal no 
qual exercia suas funções pelo período mínimo de 3 ANOS. 
 
8. Exercer a representação judicial ou consultoria jurídica de 
entidades públicas – antes da CF-88, o Ministério Público também 
exercia o papel de “Advogado do Estado”. Esta atribuição foi conferida 
posteriormente às Procuradorias Estaduais e à Advocacia-Geral da 
União. 
 
CF-88 
Art. 128 
§ 5º - Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada 
aos respectivos Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização, as 
atribuições e o estatuto de cada Ministério Público, observadas, relativamente 
a seus membros: 
I - as seguintes GARANTIAS: 
a) vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo 
senão por sentença judicial transitada em julgado; 
b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão 
do órgão colegiado competente do Ministério Público, pelo voto da maioria 
absoluta de seus membros, assegurada ampla defesa; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
c) irredutibilidade de subsídio, fixado na forma do art. 39, § 4º, e 
ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 150, II, 153, III, 153, § 2º, I; 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 
 
 
 
 
20 
II - as seguintes VEDAÇÕES: 
a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, 
percentagens ou custas processuais; 
b) exercer a advocacia; 
c) participar de sociedade comercial, na forma da lei; 
d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo 
uma de magistério; 
e) exercer atividade político-partidária; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 45, de 2004) 
f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas 
físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em 
lei. (Incluída pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
Art. 128 
§ 6º Aplica-se aos membros do Ministério Público o disposto no art. 95, 
parágrafo único, V 
Art. 95. 
Parágrafo único. Aos juízes e MP é vedado: 
V - exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes 
de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria 
ou exoneração. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
 
 
Funções Institucionais do Ministério Público. 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 
 
 
 
 
21 
59. As Funções Institucionais são as atribuições do Ministério Público elencadas no texto 
constitucional e pela legislação específica, de acordo com o norte definido pela CF-88. 
Portanto, o rol de funções institucionais previsto na Constituição não é exaustivo, pois se 
abriu a possibilidade de lei infraconstitucional também dispor acerca novas hipóteses (art. 
129, IX, da CF-88). 
Funções Institucionais prevista na CF-88: 
a) promover, privativamente, a Ação Penal Pública, na forma da lei – o 
Ministério Público é o dominus littis da Ação Penal, ou seja, detém a 
titularidade e o monopólio da Ação Penal Pública. Nenhum outro órgão 
possui a atribuição de deflagrar e acompanhar a Ação Penal de 
natureza Pública. Há apenas a ressalva legal (Código de Processo 
Penal) da possibilidade de Ação Penal Privada subsidiária da Pública, 
quando não intentada pelo Ministério Público dentro do prazo legal. A 
despeito desta possibilidade, o MP sempre fica com a titularidade da 
Ação Penal Pública. A Ação Penal Privada não é de competência do MP, 
mas do Particular. 
O MP poderá interpor a Ação Penal Pública independentemente da 
instauração de Inquérito Policial, desde que possua os elementos 
mínimos para o início do Processo Penal. 
 
b) zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de 
relevância pública aos direitos asseguradosnesta Constituição, 
promovendo as medidas necessárias a sua garantia – esta é a função 
ombudsmanou Defensor do Povo e dos Direitos Humanos. O Ministério 
Público como Fiscal da Lei deve prezar pelo respeito aos direitos 
fundamentais e sociais garantidos à pessoa humana no texto 
constitucional. Para tanto, deve utilizar de todos os meios legais e 
processuais disponíveis. Exemplo: instauração de Ação Civil Pública, 
Inquérito Administrativo, impetração de Mandado de Segurança, etc. 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 
 
 
 
 
22 
 
c) promover o Inquérito Civil e a Ação Civil Pública, para a proteção 
do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros 
interesses difusos e coletivos – o Ministério Público como fiscal da lei 
deve preservar o Patrimônio Histórico, Artístico e Paisagístico, o Meio 
Ambiente e todos os interesses difusos e coletivos. Por exemplo, 
poderá interpor Ação Civil Pública (ACP) contra o IPHAN (Instituto do 
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) para que este tome as 
medidas necessárias à preservação do valor histórico de determinada 
propriedade particular tombada; poderá interpor Ação Civil Pública de 
Improbidade Administrativa contra autoridade pública infratora; 
atuação na defesa dos consumidores, das crianças e do adolescente, 
dos deficientes físicos, idosos, etc. O Inquérito Civil é um procedimento 
administrativo de competência do MP para apurar determinados fatos, 
antes da interposição de uma Ação Civil Pública. Tem natureza 
investigatória, com a finalidade de recolher elementos probatórios que 
justifiquem a propositura de uma ACP. Faz às vezes de um Inquérito 
Policial. 
A legitimação do Ministério Público para as Ações Civis PúblicasNÃO 
impede a legitimação de terceiros, nas mesmas hipóteses, 
segundo o disposto na CF-88 e na Lei nº 7.347/85. Nesta Lei prevê 
legitimação do MP, da Defensoria Pública, da União, Estados, DF, 
Municípios, entre outros, para interposição da ACP. 
 
d) promover a Ação de Inconstitucionalidade ou Representação 
para fins de intervenção da União e dos Estados, nos casos 
previstos nesta Constituição – o Procurador-Geral da República 
(PGR) é competente no âmbito da União para interpor Ação Direta de 
Inconstitucionalidade (ADI) e Representação para Intervenção da 
União nos Estados. No âmbito Estadual, cabe a Procurador-Geral de 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 
 
 
 
 
23 
Justiça (PGJ) interpor a ADI e a Representação de Intervenção 
do Estado no Município. 
 
e) defender judicialmente os direitos e interesses das populações 
indígenas – os Povos indígenas, bem como os Quilombolas, 
remanescentes de Quilombos, são protegidos pelo Ministério Público na 
esfera judicial, especialmente pelo Ministério Público Federal 
(MPF). 
 
f) expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua 
competência, requisitando informações e documentos para instruí-los, 
na forma da lei complementar respectiva – o Ministério Público foi 
autorizado constitucionalmente a requisitar informações e documentos 
necessários à instrução de seus processos administrativos instaurados 
internamente, ressalvados apenas aqueles dados protegidos pelo 
sigilo bancário, fiscal e telefônico, que depende de autorização 
judicial a sua liberação. 
 
g) exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei 
complementar mencionada no artigo 128 – o Ministério Público é o 
órgão fiscalizador e controlador de toda a atividade policial, seja na 
União ou dos Estados. 
LC nº 75/93 - UNIÃO 
 Art. 3º O Ministério Público da União exercerá o controle externo da 
atividade policial tendo em vista: 
 a) o respeito aos fundamentos do Estado Democrático de Direito, aos 
objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, aos princípios 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 
 
 
 
 
24 
informadores das relações internacionais, bem como aos direitos assegurados 
na Constituição Federal e na lei; 
 b) a preservação da ordem pública, da incolumidade das pessoas e do 
patrimônio público; 
 c) a prevenção e a correção de ilegalidade ou de abuso de poder; 
 d) a indisponibilidade da persecução penal; 
 e) a competência dos órgãos incumbidos da segurança pública. 
 
h) requisitar diligências investigatórias e a instauração de Inquérito 
Policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações 
processuais – o Ministério Público poderá requisitar a instauração de 
Inquérito Policial pela Autoridade Policial competente (Delegado), bem 
como, de possíveis diligências investigatórias. 
 
i) exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que 
compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação 
judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas – este dispositivo 
abre espaço para a criação de outras funções institucionais, além das 
previstas no texto da Constituição, bem como consagra a vedação da 
prestação de consultoria ou representação judicial de entidades 
públicas (o Ministério Público não é mais “Advogado do Estado”). 
 
Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). 
60. O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) foi instituído pela EC nº 45/04 
com objetivo de fundar um órgão de Controle Externo do Ministério Público, com funções 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 
 
 
 
 
25 
de natureza Administrativa e Financeira e de controle do cumprimento dos deveres 
funcionais de seus Membros. 
 
61. O CNMP é composto de 14 MEMBROS, todos nomeados pelo Presidente da 
Republica, após a “sabatina” (aprovação) do SENADO. Não confundir com o CNJ, que é 
composto de 15 Membros! 
 
62. Os Membros do CNMP exercem mandato de 2 ANOS, sendo admitida uma única 
recondução (2 ANOS + 2 ANOS). 
 
63. O Presidente do CNMP é o Procurador-Geral da República (PGR). O órgão é 
composto com a seguinte distribuição dos cargos: 
a) Procurador-Geral da República (Presidente); 
b) 4 Membros do MPU, assegurada a representação de cada uma de 
suas carreiras (MPF, MPT, MPM e MPDFT); 
c) 3 Membros do MP dos Estados; 
d) 2 Juízes, indicados um pelo STF e outro pelo STJ; 
e) 2 Advogados, indicados pelo Conselho Federal da OAB; 
f) 2 Cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados 
um pela Câmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal. 
 
64. Friso que o CNMP NÃO exerce atividade jurisdicional, apenas controle 
administrativo/financeiro do Ministério Público. Isso pode ser uma pegadinha de prova, ok? 
Além da fiscalização administrativa de atos dos Ministérios Públicos existentes no país, o 
CNMP também formula políticas institucionais e elabora Relatórios Anuais da atuação da 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 
 
 
 
 
26 
instituição, propondo ao Congresso Nacional a adoção de medidas legais para adequação e 
modernização do Ministério Público em âmbito nacional. 
 
65. Em especial, cabe ao CNMP: 
1) zelar pela Autonomia Funcional e Administrativa do Ministério Público, 
podendo expedir Atos Regulamentares, no âmbito de sua 
competência, ou recomendar providências – o CNMP detém 
competência regulamentadora para expedir Provimentos e 
Regulamentos aplicáveis a todo o Ministério Público (MPU e MP 
Estadual), inclusive poderá expedir recomendações para adoção de 
determinadas providências. Exemplo: o CNMP poderá regulamentar o 
horário mínimo de funcionamento das repartições dos Ministérios 
Públicos em âmbito nacional; regulamentar os exercícios de 
Promotores plantonistas em feriados e em horários alternativos; 
regulamentar Processos Administrativos Disciplinaresde Promotores, 
etc. Vale ressaltar que o CNMP não tem competência para elevar o teto 
remuneratório dos Membros e Servidores do MP, pois tal ato depende 
de LEI e não de simples regulamentação (este foi o entendimento do 
STF na ADI 3.831 MC/DF). 
 
2) zelar pela observância do art. 37 da CF-88 (Princípios da Administração 
Pública) e apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legalidade 
dos atos administrativos praticados por Membros ou órgãos do 
Ministério Público da União e dos Estados, podendo desconstituí-
los, revê-los ou fixar prazo para que se adotem as providências 
necessárias ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência 
dos Tribunais de Contas – o CNMP controlará a legalidade dos Atos 
Administrativos expedidos pelos Membros do MP, inclusive podendo 
anulá-los, refazê-los ou determinar que sejam alterados. Exemplo: 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 
 
 
 
 
27 
determinar que seja revista penalidade aplicada a Promotor em 
Processo Disciplinar, por entender que foi branda ou severa demais. 
 
3) receber e conhecer das reclamações contra Membros ou órgãos do 
Ministério Público da União ou dos Estados, inclusive contra seus 
serviços auxiliares, sem prejuízo da competência disciplinar e 
correcional da instituição, podendo avocar processos disciplinares em 
curso, determinar a remoção, a disponibilidade ou a aposentadoria com 
subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de serviço e aplicar 
outras sanções administrativas, assegurada ampla defesa – como já 
colocado, o CNMP detém ampla competência administrativa sobre os 
atos dos Ministérios Públicos Estaduais, destacando-se a possiblidade 
de avocar e instaurar diretamente Processos Disciplinares contra 
Membros do MP, bem como a aplicação de sanções disciplinares 
(remoção, aposentadoria compulsória e demais penalidades previstas 
em lei). O CNMP funciona também como uma Ouvidoria-Geral do 
Ministério Público, recebendo denúncias e representações contra 
Membros do MP em todo o país, além das Ouvidorias do MP da União e 
dos Estados. 
 
4) rever, de ofício ou mediante provocação, os Processos Disciplinares de 
Membros do Ministério Público da União ou dos Estados julgados há 
menos de 1 ANO – há este limite temporal para a revisão de 
Processos Disciplinares contra Membros do MP: devem ter sido 
julgados há apenas 1 ANO. Passado este prazo, o CNMP não mais 
poderá rever a decisão. É importante considerar que o Conselho 
poderá adentrar no mérito da decisão, se é ou não cabível a penalidade 
aplicável ou o arquivamento do processo. 
 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 
 
 
 
 
28 
5) Elaborar Relatório Anual, propondo as providências que julgar 
necessárias sobre a situação do Ministério Público no País e as 
atividades do Conselho, o qual deve integrar a mensagem 
encaminhada pelo Presidente da República ao Congresso Nacional, na 
forma do art. 84, XI, da CF-88. 
 
Corregedor do CNMP. 
66. Será eleito um Corregedor Nacional do CNMP entre seus Membros oriundos do 
Ministério Público (4 Membros do MPU e 3 Membros dos MPs Estaduais). O Corregedor 
Nacional será eleito, em votação secreta, para mandato de 2 ANOS, sendo VEDADA a 
recondução, com as seguintes atribuições: 
 receber reclamações e denúncias, de qualquer interessado, relativas 
aos Membros do Ministério Público e dos seus serviços auxiliares 
(servidores); 
 exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e correição geral; 
 requisitar e designar membros do Ministério Público, delegando-lhes 
atribuições, e requisitar servidores de órgãos do Ministério Público. 
 
67. Considerações acerca do CNMP: 
 Os Membros do CNMP que sejam oriundos do Ministério Público (4 
Membros do MPU e 3 dos MPs Estaduais) devem ser indicados pelos 
respectivos Ministérios Públicos. Exemplo: o MPF indicará 1 de seus 
membros para representá-lo no CNMP. 
 Como o Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados 
do Brasiloficiará junto ao Conselho na qualidade de representante da 
OAB Nacional, este não poderá figurar como Membro do CNMP dentre 
a lista de 2 Advogados indicados pelo próprio Conselho Federal da 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 
 
 
 
 
29 
OAB. 
 A CF-88 determina à União e aos Estados a criação de ouvidorias do 
Ministério Público, competentes para receber reclamações e 
denúncias de qualquer interessado contra membros ou órgãos do 
Ministério Público, inclusive contra seus serviços auxiliares, 
representando diretamente ao CNMP. Estes institutos facilitarão o 
controle exercido pelo próprio CNMP das atividades funcionais dos 
Membros do MP em todo o país. 
 
Ministério Público junto ao Tribunal de Contas. 
68. O art. 130 da CF-88 prevê também um Ministério Público junto ao Tribunal de 
Contas (perante um órgão de natureza não jurisdicional), aplicando-se as mesmas 
garantias, vedações e forma de investidura até então estudadas. 
 
69. Segundo a CF-88, estes Ministérios Públicos dos Tribunais de Contas (MPC) não 
fazem parte da estrutura do Ministério Público da União e nem dos Estados, pois é 
instituído por lei de iniciativa do respectivo Tribunal de Contas, e não por lei orgânica de 
iniciativa do Procurador-Geral da República ou do Procurador-Geral de Justiça. 
 
70. Portanto, consoante os termos da CF-88, o MP junto aos Tribunais de Contas é um 
órgão estatal de identidade e fisionomiapróprias, fora do MPU e do MP Estadual. Trata-se 
de órgão vinculado administrativamente ao Tribunal de Contas que atua. 
CF-88 
Art. 130. Aos membros do Ministério Público junto aos Tribunais de 
Contasaplicam-se as disposições desta seção pertinentes a direitos, vedações 
e forma de investidura. 
 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 
 
 
 
 
30 
71. Contudo, em decisão do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), de 
08/08/2013, foi firmado o entendimento de que os Ministério Públicos de CONTAS 
integram o Ministério Público (lato sensu) para fins de controle administrativo perante 
o CNMP, apesar dos MP de CONTAS NÃO integrarem o rol expresso na Constituição 
Federal e não exercerem suas atividades institucionais perante órgão jurisdicional. 
Ministério Público de Contas integra o Ministério Público, decide CNMP 
Publicado em 08 Agosto 2013 
O plenário do CNMP decidiu por unanimidade, durante sua 13ª Sessão 
Ordinária de 2013, que o Ministério Público de Contas (MPC) está sujeito 
a controle administrativo, financeiro e disciplinar por parte do CNMP, e que 
deve ser entendido como parte integrante do Ministério Público 
Brasileiro, segundo voto da relatora, a conselheira Taís Ferraz. 
Embora não conste do rol do art. 128 da Constituição Federal e não exerçam 
suas atividades perante órgão jurisdicional, o CNMP decidiu que Ministério 
Público de Contas, na essência, é Ministério Público. Entre os motivos 
levantados, foi destacada a sua missão de guarda da ordem jurídica, do 
regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, e 
porque a Constituição estende, expressamente, no art. 130, aos membros do 
Ministério Público "especial" os direitos, vedações e forma de investidura 
aplicáveis aos membros dos demais ramos. 
O CNMP agora torna explícita a vinculação do MPC ao Ministério Público e, 
com isso, ao controle externo já exercido em relação aos demais ramos. 
 
72. Resumo: 
 Assim, o MPC integra o rol constitucional de ramos do Ministério 
Público? NÃO! Isso porque não está elencado como um dos ramos do 
MP da União ou dos Estados. 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 
 
 
 
 
31 
 O Ministério Público de CONTAS submete-se ao ControleExterno 
exercido pelo CNMP? SIM! Apesar de não constar do rol constitucional 
dos ramos do MP, o MPC é fiscalizado pelo CNMP. Inclusive, para o 
CNMP, o MPC é órgão integrante do Ministério Público! 
 
73. Portanto, atenção ao caput da questão elaborada pela Banca Examinadora: 
1. se pedir com base na CF-88, o MPC NÃO é um dos órgãos do Ministério 
Público; 
2. se pedir com base no entendimento do CNMP, o MPC faz parte do 
Ministério público para fins de controle externo. 
 
74. Considerações Finais acerca do Ministério Público: 
 As funções do Ministério Público só podem ser exercidas por 
integrantes da carreira, que deverão residir na comarca da 
respectiva lotação, salvo autorização do chefe da instituição. Será 
que todos os Promotores realmente residem nas comarcas em que 
trabalham? Rsrs. 
 O ingresso na carreira do Ministério Público far-se-á mediante concurso 
público de provas e títulos, assegurada a participação da OAB em sua 
realização, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, 3 ANOS de 
atividade jurídica e observando-se, nas nomeações, a ordem de 
classificação. 
 A distribuição de processos no Ministério Público será IMEDIATA. 
 
 
 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 
 
 
 
 
32 
b. Mapas mentais 
 
 
 
 
 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 
 
 
 
 
33 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 
 
 
 
 
34 
c. Revisão 1 
 
QUESTÃO 1 – CESPE - MPU – TÉCNICO ADMINISTRATIVO - 2013 
Relativamente ao MPU, julgue os itens a seguir. 
Embora os Ministérios Públicos (MPs) junto aos tribunais de contas sejam órgãos 
autônomos e independentes do MPU e dos MPs dos estados, aplicam-se aos seus membros 
os mesmos direitos, vedações e forma de investidura. 
 
QUESTÃO 2 – TRE/GO - CESPE - TÉCNICO JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA - 
2009 
Segundo a CF, o Ministério Público da União (MPU) compreende vários ramos. Assinale a 
opção que não corresponde a ramo do MPU. 
a) Ministério Público Federal 
b) Ministério Público Eleitoral 
c) Ministério Público do Trabalho 
d) Ministério Público do Distrito Federal e Territórios 
 
QUESTÃO 3 – TRE/TO – FCC – TÉCNICO ADMINISTRATIVO - 2011. 
O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador- Geral da República, nomeado, 
dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, pelo 
a) Congresso Nacional após a aprovação de seu nome pelo Presidente da República, para 
mandato de dois anos, vedada a recondução. 
b) Presidente da República após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos 
membros do Congresso Nacional, para mandato de dois anos, vedada a recondução. 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 
 
 
 
 
35 
c) Presidente da República após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos 
membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a recondução. 
d) Senado Federal após a aprovação de seu nome pelo Presidente da República, para 
mandato de dois anos, permitida a recondução. 
e) Congresso Nacional após a aprovação de seu nome pela Câmara dos Deputados, para 
mandato de dois anos, vedada a recondução. 
 
QUESTÃO 4 – FURNAS – FUNRIO – DIREITO – JURÍDICO – 2009 
O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, 
incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais 
e individuais indisponíveis. 
 
QUESTÃO 5 – CESPE - TRE-MA –TÉCNICO – ADMINISTRATIVA – 2009 
O MP da União engloba, entre outros, o MPDFT. 
 
QUESTÃO 6 – CESPE – MPE-RN - PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO - 2008 
Segundo a CF, o MP brasileiro compreende apenas o MP Federal e o MP dos estados e do 
DF. 
 
QUESTÃO 7 – CESPE - TRT 17-ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO – 
ADMINISTRATIVA - 2008 
No tocante à organização do Estado brasileiro, a CF estabeleceu que o Ministério Público é 
instituição permanente, essencial à justiça, à qual compete representar a União, judicial e 
extrajudicialmente. 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 
 
 
 
 
36 
 
QUESTÃO 8 – FCC - TRT 24ª - TÉCNICO JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVO - 2011 
O Conselho Nacional do Ministério Público compõe-se de 
a) oito membros, nomeados pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal. 
b) trinta e três membros, nomeados pelo Procurador Geral da República. 
c) quinze membros, nomeados pelo Procurador Geral da República. 
d) oito membros, nomeados pelo Presidente do Superior Tribunal de Justiça. 
e) quatorze membros, nomeados pelo Presidente da República. 
 
QUESTÃO 9 – FCC - MPE-RS - SECRETÁRIO DE DILIGÊNCIAS – 2010 
Quanto ao Ministério Público, considere: 
I. O ingresso na carreira far-se-á mediante concurso público de provas e títulos, 
assegurada a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em sua realização, exigindo-
se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica. 
II. A destituição do Procurador-Geral da República, por iniciativa do Presidente da 
República, deverá ser precedida de autorização da maioria simples do Congresso Nacional. 
III. Os Procuradores-Gerais nos Estados e no Distrito Federal poderão ser destituídos por 
deliberação da maioria absoluta do Poder Legislativo, na forma da lei complementar 
respectiva. 
IV. A legitimação do Ministério Público para as ações civis relativas à defesa de interesses 
das populações indígenas impede a de terceiros, nas mesmas hipóteses, segundo o 
disposto na Constituição Federal e na lei. 
Estão corretas APENAS as afirmações 
a) I e II. 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 
 
 
 
 
37 
b) I e III. 
c) II e III. 
d) II e IV. 
e) III e IV. 
 
QUESTÃO 10 – FCC - MPE-RS - SECRETÁRIO DE DILIGÊNCIAS - 2010 
O Conselho Nacional do Ministério Público 
a) terá seus integrantes eleitos para um mandato de dois anos, vedada a recondução, 
sendo presidido pelo integrante mais antigo. 
b) tem como integrantes, dentre outros, dois juízes federais, indicados um pelo Superior 
Tribunal de Justiça e outro pelos Tribunais Regionais Federais. 
c) escolherá, em votação aberta e pública, um Corregedor nacional, dentre os membros do 
Ministério Público Estadual ou Federal, permitida uma recondução. 
d) compõe-se de quinze membros nomeados pelo Procurador-Geral da República, depois 
de aprovada a escolha pela maioria simples da Câmara dos Deputados. 
e) exerce o controle da atuação administrativa e financeira do Ministério Público e do 
cumprimento dos deveres funcionais de seus membros. 
 
 
 
 
 
 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 
 
 
 
 
38 
d. Revisão 2 
 
QUESTÃO 11 – FGV - TJ-PA - JUIZ SUBSTITUTO DE CARREIRA – 2009 
As alternativas a seguir apresentam funções institucionais do Ministério Público, à exceção 
de uma. 
Assinale-a. 
a) Exercer o controle externo da atividade policial, podendo avocar a presidência de 
inquérito policial, quando verificado desvio de poder por parte da autoridade policial 
competente. 
b) Promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da 
União e dos Estados, nos casos previstos na Constituição. 
c) Expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, 
requisitando informações e documentos para instruí-los, na forma da lei complementar 
respectiva. 
d) Promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e 
social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos. 
e) Defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas. 
 
QUESTÃO 12 – CESPE- ANTAQ –ANALISTA ADMINISTRATIVO – 2009 
Considere que determinado navio petroleiro, ao fazer a aproximação no porto de Santos, 
no estado de São Paulo, tenha colidido com outra embarcação, causando significativo dano 
ambiental nas praias daquele estado. 
A ação judicial de reparação de danos ambientais não será de competência privativa do 
Ministério Público. 
 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 
 
 
 
 
39 
QUESTÃO 13: MPE - RN - Promotor de Justiça Substituto [CESPE] - 19/04/2009. 
O Conselho Nacional do Ministério Público 
a) pode avocar processos disciplinares em curso nos MPs. 
b) não tem poderes para determinar a remoção de membro do MP. 
c) é composto de quatorze membros, entre os quais cinco membros dos MPs dos estados, 
cada um representando uma região da Federação. 
d) deve ser presidido por seu conselheiro mais antigo. 
 
QUESTÃO 14: MPE - RN - Promotor de Justiça Substituto [CESPE] - 19/04/2009. 
Assinale a opção correta com relação ao que dispõe a CF acerca do MP. 
a) O MP, apesar de dotado de autonomia financeira, não é obrigado a elaborar sua 
proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias. 
b) Segundo a CF, o MP brasileiro compreende apenas o MP Federal e o MP dos estados e 
do DF. 
c) Entre as garantias concedidas aos membros do MP está a estabilidade após três anos de 
efetivo exercício. 
d) É função institucional do MP defender judicialmente os direitos e os interesses das 
populações carentes. 
e) Quando um membro do MP se aposenta, é vedado a ele advogar no juízo ou tribunal em 
que atuava, antes de que hajam transcorrido três anos da aposentadoria. 
 
QUESTÃO 15 – FCC - TJ-PA - AUXILIAR JUDICIÁRIO - 2009 
Quanto a escolha e nomeação do Procurador-Geral da República é INCORRETO afirmar que 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 
 
 
 
 
40 
a) a aprovação do seu nome se dará pela maioria absoluta dos membros do Senado 
Federal. 
b) terá mandato de dois anos, permitida a recondução. 
c) deverá ter mais de trinta e cinco anos de idade. 
d) será nomeado pelo Presidente da Câmara dos Deputados. 
e) será escolhido dentre integrantes da carreira do Ministério Público da União. 
 
QUESTÃO 16 – FCC - TJ-PA - ANALISTA JUDICIÁRIO – DIREITO – 2009 
O Conselho Nacional do Ministério Público 
a) é integrado, além de outros membros, por dois cidadãos de notável saber jurídico e 
reputação ilibada, indicados um pelo Congresso Nacional e outro pela Advocacia-Geral da 
União. 
b) escolherá, em votação pública e aberta, um Corregedor nacional, dentre os membros 
que o integram, permitida a recondução. 
c) compõe-se de onze membros, nomeados pelo Presidente do Congresso Nacional. 
d) é presidido pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal. 
e) tem dentre outras competências, a de efetuar o controle da atuação administrativa e 
financeira do Ministério Público e do cumprimento dos deveres funcionais de seus 
membros. 
 
QUESTÃO 17 – FCC - TJ-PI - ANALISTA JUDICIÁRIO - ESCRIVÃO JUDICIAL - 
2009 
Com relação ao Ministério Público, NÃO é sua a função institucional a de 
a) prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei. 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 
 
 
 
 
41 
b) defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas. 
c) expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, 
requisitando informações e documentos para instruí-los, na forma da lei complementar 
respectiva. 
d) requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os 
fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais. 
e) zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos 
direitos assegurados na Constituição Federal, promovendo as medidas necessárias a sua 
garantia. 
 
QUESTÃO 18 – FCC - TRT-3ª Região –ANALISTA JUDICIÁRIO - 2009 
No que diz respeito ao Ministério Público, observa-se que, seus membros, sem exceção, 
a) poderão, em quaisquer hipóteses, filiar-se a partidos políticos e disputar os mandatos 
eletivos federais, estaduais ou municipais. 
b) têm a prerrogativa de exercer a representação judicial e a consultoria jurídica de 
entidades públicas. 
c) poderão exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, mas com 
prejuízo de sua remuneração. 
d) têm entre as funções institucionais, o exercício de outras funções que lhes forem 
conferidas, desde que compatíveis com suas finalidades. 
e) são portadores, desde a posse, das garantias da vitaliciedade, da inamovibilidade e da 
irredutibilidade de vencimentos. 
 
QUESTÃO 19 – FCC - SEFIN - RO - AUDITOR FISCAL DE TRIBUTOS ESTADUAIS - 
2010 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 
 
 
 
 
42 
O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador- Geral da República, nomeado 
pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, 
após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do 
a) Congresso Nacional, para mandato de dois anos, permitida a recondução. 
b) Senado Federal, para mandato de dois anos, vedada a recondução. 
c) Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a recondução. 
d) Congresso Nacional, para mandato de dois anos, vedada a recondução. 
e) Congresso Nacional, para mandato de um ano, permitida a recondução 
 
QUESTÃO 20 – FCC - TRE-AL - ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA - 2010 
É princípio institucional do Ministério Público, dentre outros, a 
a) autodeterminação dos povos. 
b) divisibilidade. 
c) dependência funcional. 
d) unidade. 
e) concessão de asilo político. 
 
 
 
 
 
 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 
 
 
 
 
43 
e. Revisão 3 
 
QUESTÃO 21 – FEPESE – PGE-SC – ANALISTA JURÍDICO – 2010 
É correto afirmar, no que se refere ao Ministério Público segundo a Constituição brasileira, 
que: 
a) O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador Geral de Justiça. 
b) O Ministério Público estadual tem por chefe o Procurador Geral do Estado. 
c) O Ministério Público da União compreende o Ministério Público estadual. 
d) O Procurador Geral da República não pode, sob hipótese alguma, ser destituído de seu 
cargo pelo Presidente da República. 
e) Dentre as funções constitucionais do Ministério Público encontra-se a defesa dos 
interesses individuais indisponíveis. 
 
QUESTÃO 22 – CESPE – ANALISTA PROCESSUAL – 2010 
Considerando as normas constitucionais sobre as funções essenciais à justiça, julgue o item 
a seguir. 
Entre as funções institucionais do Ministério Público, está a de promover, em caráter 
exclusivo, a ação civil pública para a promoção do patrimônio público e social, do meio 
ambiente e de outros interesses difusos e coletivos. 
 
QUESTÃO 23 – FCC - MPE - RS –AGENTE ADMINISTRATIVO - 2010 
Nos termos da Constituição Federal, além de outros membros, integrarão o Conselho 
Nacional do Ministério Público 
a) três advogados, indicados pelos Conselhos Estaduais da Ordem dos Advogados do Brasil. 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 
 
 
 
 
44 
b) três membros do Ministério Público dos Estados. 
c) três cidadãos com mais de 30 anos de idade, indicados um pela Câmara dos Deputados 
e dois pelo Senado Federal. 
d) dois juízes, indicados pelos Tribunais de Justiça Regionais Federais. 
e) três membros do Ministério Público da União, além de dois do Ministério Público do 
Trabalho. 
 
QUESTÃO 24 – FCC - TJ-PI –ASSESSOR JURÍDICO - 2010 
São princípios institucionais do Ministério Público, previstos na Constituição Federal, 
a) unidade, indivisibilidade e estabilidade.b) independência funcional, unidade e indivisibilidade. 
c) inamovibilidade, estabilidade e autoridade. 
d) autoridade, unidade e vitaliciedade. 
e) indivisibilidade, irredutibilidade de subsídio e estabilidade. 
 
QUESTÃO 25 – LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP - PONTO DOS 
CONCURSOS - RICARDO GOMES - 2017 
O Ministério Público brasileiro foi dividido em Ministério Público Federal e Estadual. 
 
QUESTÃO 26 – LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP - PONTO DOS 
CONCURSOS - RICARDO GOMES - 2017 
O MPDFT compõe o corpo do Ministério Público Federal. 
 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 
 
 
 
 
45 
QUESTÃO 27 – LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP - PONTO DOS 
CONCURSOS - RICARDO GOMES - 2017 
O Ministério Público da União é chefiado pelo Procurador-Geral da República. 
 
QUESTÃO 28 – LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP - PONTO DOS 
CONCURSOS - RICARDO GOMES - 2017 
O Procurador-Geral da República deve possuir mais de 30 anos de idade, sendo aprovado 
por 2/3 do Senado Federal. 
 
QUESTÃO 29–LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP - PONTO DOS 
CONCURSOS - RICARDO GOMES - 2017 
O Procurador-Geral da República tem mandato de 2 anos, sendo permitida uma única 
recondução. 
 
QUESTÃO 30–LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP - PONTO DOS 
CONCURSOS - RICARDO GOMES - 2017 
O Presidente da República pode destituir diretamente o Procurador-Geral da República. 
 
 
 
 
 
 
 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 
 
 
 
 
46 
f. Normas comentadas 
 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
CAPÍTULO IV 
DAS FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 80, de 2014) 
SEÇÃO I 
DO MINISTÉRIO PÚBLICO 
Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional 
do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos 
interesses sociais e individuais indisponíveis. 
§ 1º São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e a 
independência funcional. 
§ 2º Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional e administrativa, 
podendo, observado o disposto no art. 169, propor ao Poder Legislativo a criação e 
extinção de seus cargos e serviços auxiliares, provendo-os por concurso público de provas 
ou de provas e títulos, a política remuneratória e os planos de carreira; a lei disporá sobre 
sua organização e funcionamento. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 
1998) 
§ 3º O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites 
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias. 
§ 4º Se o Ministério Público não encaminhar a respectiva proposta orçamentária 
dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo 
considerará, para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores 
aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados na 
forma do § 3º. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 
 
 
 
 
47 
§ 5º Se a proposta orçamentária de que trata este artigo for encaminhada em 
desacordo com os limites estipulados na forma do § 3º, o Poder Executivo procederá aos 
ajustes necessários para fins de consolidação da proposta orçamentária anual. (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
§ 6º Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de 
despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de 
diretrizes orçamentárias, exceto se previamente autorizadas, mediante a abertura de 
créditos suplementares ou especiais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
Art. 128. O Ministério Público abrange: 
I - o Ministério Público da União, que compreende: 
a) o Ministério Público Federal; 
b) o Ministério Público do Trabalho; 
c) o Ministério Público Militar; 
d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios; 
II - os Ministérios Públicos dos Estados. 
§ 1º O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, 
nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e 
cinco anos, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado 
Federal, para mandato de dois anos, permitida a recondução. 
§ 2º A destituição do Procurador-Geral da República, por iniciativa do Presidente da 
República, deverá ser precedida de autorização da maioria absoluta do Senado Federal. 
§ 3º Os Ministérios Públicos dos Estados e o do Distrito Federal e Territórios formarão 
lista tríplice dentre integrantes da carreira, na forma da lei respectiva, para escolha de seu 
Procurador-Geral, que será nomeado pelo Chefe do Poder Executivo, para mandato de dois 
anos, permitida uma recondução. 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 
 
 
 
 
48 
§ 4º Os Procuradores-Gerais nos Estados e no Distrito Federal e Territórios poderão 
ser destituídos por deliberação da maioria absoluta do Poder Legislativo, na forma da lei 
complementar respectiva. 
§ 5º Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos 
respectivos Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto 
de cada Ministério Público, observadas, relativamente a seus membros: 
I - as seguintes garantias: 
a) vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por 
sentença judicial transitada em julgado; 
b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão 
colegiado competente do Ministério Público, pelo voto da maioria absoluta de seus 
membros, assegurada ampla defesa; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 
2004) 
c) irredutibilidade de subsídio, fixado na forma do art. 39, § 4º, e ressalvado o 
disposto nos arts. 37, X e XI, 150, II, 153, III, 153, § 2º, I; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 19, de 1998) 
II - as seguintes vedações: 
a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou 
custas processuais; 
b) exercer a advocacia; 
c) participar de sociedade comercial, na forma da lei; 
d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de 
magistério; 
e) exercer atividade político-partidária; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 
45, de 2004) 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 
 
 
 
 
49 
f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, 
entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei. (Incluída pela 
Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
§ 6º Aplica-se aos membros do Ministério Público o disposto no art. 95, parágrafo 
único, V. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: 
I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei; 
II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância 
pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a 
sua garantia; 
III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio 
público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos; 
IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de 
intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos nesta Constituição; 
V - defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas; 
VI - expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, 
requisitando informaçõese documentos para instruí-los, na forma da lei complementar 
respectiva; 
VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar 
mencionada no artigo anterior; 
VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, 
indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais; 
IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua 
finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades 
públicas. 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 
 
 
 
 
50 
§ 1º A legitimação do Ministério Público para as ações civis previstas neste artigo não 
impede a de terceiros, nas mesmas hipóteses, segundo o disposto nesta Constituição e na 
lei. 
§ 2º As funções do Ministério Público só podem ser exercidas por integrantes da 
carreira, que deverão residir na comarca da respectiva lotação, salvo autorização do chefe 
da instituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
§ 3º O ingresso na carreira do Ministério Público far-se-á mediante concurso público 
de provas e títulos, assegurada a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em sua 
realização, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e 
observando-se, nas nomeações, a ordem de classificação. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 45, de 2004) 
§ 4º Aplica-se ao Ministério Público, no que couber, o disposto no art. 93. (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
§ 5º A distribuição de processos no Ministério Público será imediata. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
Art. 130. Aos membros do Ministério Público junto aos Tribunais de Contas aplicam-se 
as disposições desta seção pertinentes a direitos, vedações e forma de investidura. 
Art. 130-A. O Conselho Nacional do Ministério Público compõe-se de quatorze 
membros nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela 
maioria absoluta do Senado Federal, para um mandato de dois anos, admitida uma 
recondução, sendo: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
I o Procurador-Geral da República, que o preside; 
II quatro membros do Ministério Público da União, assegurada a representação de 
cada uma de suas carreiras; 
III três membros do Ministério Público dos Estados; 
IV dois juízes, indicados um pelo Supremo Tribunal Federal e outro pelo Superior 
Tribunal de Justiça; 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 
 
 
 
 
51 
V dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do 
Brasil; 
VI dois cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela 
Câmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal. 
§ 1º Os membros do Conselho oriundos do Ministério Público serão indicados pelos 
respectivos Ministérios Públicos, na forma da lei. 
§ 2º Compete ao Conselho Nacional do Ministério Público o controle da atuação 
administrativa e financeira do Ministério Público e do cumprimento dos deveres funcionais 
de seus membros, cabendo lhe: 
I zelar pela autonomia funcional e administrativa do Ministério Público, podendo 
expedir atos regulamentares, no âmbito de sua competência, ou recomendar providências; 
II zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante provocação, a 
legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Ministério Público 
da União e dos Estados, podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se 
adotem as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo da 
competência dos Tribunais de Contas; 
III receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Ministério 
Público da União ou dos Estados, inclusive contra seus serviços auxiliares, sem prejuízo da 
competência disciplinar e correicional da instituição, podendo avocar processos disciplinares 
em curso, determinar a remoção, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou 
proventos proporcionais ao tempo de serviço e aplicar outras sanções administrativas, 
assegurada ampla defesa; 
IV rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de membros do 
Ministério Público da União ou dos Estados julgados há menos de um ano; 
V elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar necessárias sobre a 
situação do Ministério Público no País e as atividades do Conselho, o qual deve integrar a 
mensagem prevista no art. 84, XI. 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 
 
 
 
 
52 
§ 3º O Conselho escolherá, em votação secreta, um Corregedor nacional, dentre os 
membros do Ministério Público que o integram, vedada a recondução, competindo-lhe, 
além das atribuições que lhe forem conferidas pela lei, as seguintes: 
I receber reclamações e denúncias, de qualquer interessado, relativas aos membros 
do Ministério Público e dos seus serviços auxiliares; 
II exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e correição geral; 
III requisitar e designar membros do Ministério Público, delegando-lhes atribuições, e 
requisitar servidores de órgãos do Ministério Público. 
§ 4º O Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil oficiará 
junto ao Conselho. 
§ 5º Leis da União e dos Estados criarão ouvidorias do Ministério Público, competentes 
para receber reclamações e denúncias de qualquer interessado contra membros ou órgãos 
do Ministério Público, inclusive contra seus serviços auxiliares, representando diretamente 
ao Conselho Nacional do Ministério Público. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 
 
 
 
 
53 
g. Gabarito 
 
1 2 3 4 5 
C B C C C 
6 7 8 9 10 
E E E B E 
11 12 13 14 15 
A C A E D 
16 17 18 19 20 
E A D C D 
21 22 23 24 25 
E E B B E 
26 27 28 29 30 
E C E E E 
 
 
 
 
 
 
 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 
 
 
 
 
54 
h. Breves comentários às questões 
 
QUESTÃO 1 – CESPE - MPU – TÉCNICO ADMINISTRATIVO - 2013 
Relativamente ao MPU, julgue os itens a seguir. 
Embora os Ministérios Públicos (MPs) junto aos tribunais de contas sejam órgãos 
autônomos e independentes do MPU e dos MPs dos estados, aplicam-se aos seus membros 
os mesmos direitos, vedações e forma de investidura. 
Comentários: 
OMinistério Público brasileiro foi organizado do seguinte modo: 
a) O Ministério Público da UNIÃO (MPU), que por sua vez compreende os 
seguintes ramos: 
1. Ministério Público Federal (MPF); 
2. Ministério Público do Trabalho (MPT); 
3. Ministério Público Militar (MPM); 
4. Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). 
b) Os Ministérios Públicos dos ESTADOS (MPE). 
 
Não consta MP dos Tribunais de Contas como membros do MPU ou 
dos MPs Estaduais! 
É isso o que dispõe o art. 128 da CF-88: 
CF-88 
Art. 128. O MINISTÉRIO PÚBLICO (GÊNERO) abrange: 
I - o Ministério Público da UNIÃO (MPU), que compreende: 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP 
 
 
 
 
55 
a) o Ministério Público FEDERAL (MPF); 
b) o Ministério Público do TRABALHO (MPT); 
c) o Ministério Público MILITAR (MPM); 
d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT); 
II - os Ministérios Públicos dos ESTADOS(MP ESTADUAIS) 
 
O art. 130 da CF-88 prevê também um Ministério Público junto ao 
Tribunal de Contas (perante um órgão de natureza não jurisdicional), aplicando-se as 
mesmas garantias, vedações e forma de investidura até então estudadas. 
Observa-se que estes Ministérios Públicos dos Tribunais de Contas não fazem 
parte da estrutura do Ministério Público

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