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curso 4891 aula 03 v1

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Aula 03
AFO e Orçamento Público p/ ANTAQ - Analista Administrativo - (com videoaulas)
Professor: Sérgio Mendes
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Analista Administrativo 
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AULA 3: Alterações Orçamentárias. 
Créditos Ordinários e Adicionais 
APRESENTAÇÃO DO TEMA 
SUMÁRIO 
APRESENTAÇÃO DO TEMA ........................................................................ 1 
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................... 3 
2. CRÉDITOS SUPLEMENTARES ................................................................. 7 
3. CRÉDITOS ESPECIAIS ......................................................................... 10 
4. CRÉDITOS EXTRAORDINÁRIOS ............................................................ 12 
5. FONTES PARA A ABERTURA DE CRÉDITOS ADICIONAIS .......................... 15 
6. VEDAÇÕES CONSTITUCIONAIS EM MATÉRIA ORÇAMENTÁRIA .................. 21 
MAIS QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES - CESPE ............................ 28 
MEMENTO III ......................................................................................... 53 
LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ...................................... 57 
GABARITO ............................................................................................. 70 
 
 
Olá amigos! Como é bom estar aqui! 
 
³8P� GLD�� TXDQGR� RV� IXQFLRQiULos chegaram para trabalhar, encontraram na 
SRUWDULD�XP�FDUWD]� HQRUPH��QR�TXDO�HVWDYD�HVFULWR�� µ)DOHFHX�RQWHP�D�SHVVRD�
que atrapalhava sua vida na Empresa. Você está convidado para o velório na 
TXDGUD�GH�HVSRUWHV¶� 
 
No início, todos se entristeceram com a morte de alguém, mas depois de 
algum tempo, ficaram curiosos para saber quem estava atrapalhando sua vida 
e bloqueando seu crescimento na empresa. A agitação na quadra de esportes 
era tão grande, que foi preciso chamar os seguranças para organizar a fila do 
velório. Conforme as pessoas iam se aproximando do caixão, a excitação 
aumentava: 
_ Quem será que estava atrapalhando o meu progresso ? 
_ Ainda bem que esse infeliz morreu ! 
 
Um a um, os funcionários, agitados, se aproximavam do caixão, olhavam pelo 
visor do caixão a fim de reconhecer o defunto, engoliam em seco e saiam de 
cabeça abaixada, sem nada falar uns com os outros. Ficavam no mais absoluto 
silêncio, como se tivessem sido atingidos no fundo da alma e dirigiam-se para 
suas salas. Todos, muito curiosos, mantinham-se na fila até chegar a sua vez 
de verificar quem estava no caixão e que tinha atrapalhado tanto a cada um 
deles. 
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A pergunta ecoava na mente de todos: "Quem está nesse caixão"? 
 
No visor do caixão havia um espelho e cada um via a si mesmo... Só existe 
uma pessoa capaz de limitar seu crescimento: VOCÊ MESMO! Você é a única 
pessoa que pode fazer a revolução de sua vida. Você é a única pessoa que 
pode prejudicar a sua vida. Você é a única pessoa que pode ajudar a si 
mesmo. "SUA VIDA NÃO MUDA QUANDO SEU CHEFE MUDA, QUANDO SUA 
EMPRESA MUDA, QUANDO SEUS PAIS MUDAM, QUANDO SEU(SUA) 
NAMORADO(A) MUDA. SUA VIDA MUDA... QUANDO VOCÊ MUDA! VOCÊ É O 
ÚNICO RESPONSÁVEL POR ELA." 
 
O mundo é como um espelho que devolve a cada pessoa o reflexo de seus 
próprios pensamentos e seus atos. A maneira como você encara a vida é que 
faz toda diferença. A vida muda, quando você muda". 
(Luiz Fernando Veríssimo) 
 
Com o pensamento de que a aprovação só depende de você, trataremos das 
Alterações Orçamentárias, por meio dos Créditos Ordinários e dos Créditos 
Adicionais. 
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1. INTRODUÇÃO 
 
Por crédito orçamentário inicial ou ordinário entende-se aquele aprovado pela 
lei orçamentária anual, constante dos orçamentos fiscal, da seguridade social e 
de investimento das empresas estatais. O orçamento anual consignará 
importância para atender determinada despesa a fim de executar ações que 
lhe caiba realizar. Tal importância é denominada de dotação orçamentária. 
 
A LOA é organizada na forma de créditos orçamentários, aos quais estão 
consignadas dotações. O crédito orçamentário é constituído pelo conjunto de 
categorias classificatórias e contas que especificam as ações e operações 
autorizadas pela lei orçamentária, a fim de que sejam executados os 
programas de trabalho do Governo, enquanto a dotação é o montante de 
recursos financeiros com que conta o crédito orçamentário. 
 
Assim, o crédito orçamentário é portador de uma dotação e esta constitui o 
limite de recurso financeiro autorizado. 
 
Já sabemos que o ciclo orçamentário da LOA começa com sua elaboração no 
início do ano anterior a que ela estará em vigor. Por exemplo, a LOA-2014 já 
começa a ser elaborada no início de 2013, com as unidades administrativas se 
planejando e enviando suas propostas às unidades orçamentárias. A partir daí 
ainda teremos as etapas que se desenvolvem nas próprias UOs, nos órgãos 
setoriais e na Secretaria de Orçamento Federal, para a consolidação final no 
âmbito do Poder Executivo e envio do projeto de Lei Orçamentária Anual ao 
Poder Legislativo até 31 de agosto. Por isso, para que tudo aconteça até tal 
data, o processo já começa nas primeiras semanas do ano. 
 
Percebe-se que, por mais bem preparadas e dedicadas que sejam as equipes 
da área de planejamento e orçamento dos órgãos, algumas despesas podem 
apresentar-se insuficientemente dotadas no ano seguinte. Também pode 
ocorrer a necessidade de realização de novas despesas, portanto, que nem 
foram computadas na LOA. Ainda, podemos nos ver diante de uma situação 
imprevisível e urgente, como uma calamidade pública, que exige uma atitude 
rápida e objetiva do administrador público. Em outras situações, pode ser 
constatado que algumas despesas não são mais necessárias. A fim de dar 
alguma flexibilidade ao gestor público, principalmente devido a esse lapso 
temporal entre a elaboração e a execução do orçamento anual, os créditos 
orçamentários iniciais podem sofrer alterações qualitativas e quantitativas por 
meio de créditos adicionais. Por crédito adicional, entendem-se as autorizações 
de despesas não computadas ou insuficientemente dotadas na lei 
orçamentária. 
 
Segundo o MTO, as alterações qualitativas e quantitativas do orçamento 
viabilizam a realização anual dos programas mediante a alocação de recursos 
para as ações orçamentárias ou para a criação de novos programas, e são de 
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responsabilidade conjunta dos órgãos central e setoriais e das unidades 
orçamentárias (UO). 
 
A necessidade de alteração orçamentária pode ser identificada pela UO ou pelo 
Órgão Setorial. Em qualquer caso, a solicitação de alteração deverá ser 
elaborada de forma a atender às condições dispostas nas portarias da 
Secretaria de Orçamento Federal que estabelecem procedimentos e prazos 
para solicitação de alterações orçamentáriaspara o exercício. 
 
As solicitações de alterações orçamentárias que tiverem início na UO deverão 
ser elaboradas em seu momento específico no Sistema Integrado de 
Planejamento e Orçamento ± SIOP, que, em seguida, deve encaminhar a 
solicitação para o respectivo órgão setorial. O Órgão Setorial correspondente 
procederá a uma avaliação global da necessidade dos créditos solicitados e das 
possibilidades de oferecer recursos compensatórios. Após a verificação do 
crédito e a aprovação da sua consistência, os Órgãos Setoriais deverão 
encaminhar à SOF as solicitações de créditos adicionais de suas unidades. 
 
Ao receber a solicitação de crédito adicional, a SOF elabora o pleito de 
créditos e, por meio de uma análise criteriosa da solicitação, decide por 
atendê-la ou não. Os Analistas de Planejamento e Orçamento da SOF 
verificam se a solicitação está em conformidade com a metodologia utilizada 
e se atende aos parâmetros legais vigentes, fazem os ajustes necessários e 
avaliam a viabilidade de atendimento da solicitação. Caso seja aprovado o 
pedido de crédito adicional, serão preparados os atos legais necessários à 
formalização da alteração no orçamento. Por exemplo, caso se trate de um 
crédito suplementar dependente de autorização legislativa, caberá à SOF a 
elaboração do projeto de lei correspondente. 
 
Em outras palavras, as dotações inicialmente aprovadas na LOA podem 
revelar-se insuficientes para a realização dos programas de trabalho, ou pode 
ocorrer a necessidade de realização de despesa inicialmente não autorizada. 
Assim, a LOA poderá ser alterada no decorrer de sua execução por meio de 
créditos adicionais. 
Os créditos adicionais são alterações qualitativas e quantitativas realizadas no 
orçamento. Segundo o art. 40 da Lei 4.320/1964, são créditos adicionais as 
autorizações de despesa não computadas ou insuficientemente 
dotadas na Lei de Orçamento. 
 
O ato que abrir o crédito adicional, que pode ser um decreto, uma medida 
provisória ou uma lei, de acordo com sua classificação, deve indicar a 
importância, a espécie e a classificação da despesa até onde for possível. 
 
Segundo o art. 46 da Lei 4.320/1964: 
³$rt. 46. O ato que abrir crédito adicional indicará a importância, a espécie do 
PHVPR�H�D�FODVVLILFDomR�GD�GHVSHVD��DWp�RQGH�IRU�SRVVtYHO´� 
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Os créditos adicionais classificam-se em: 
x Suplementares: são os créditos destinados a reforço de dotação 
orçamentária. 
x Especiais: são os créditos destinados a despesas para as quais não haja 
dotação orçamentária específica. 
x Extraordinários: são os créditos destinados a despesas urgentes e 
imprevisíveis, como em caso de guerra, comoção intestina ou 
calamidade pública. 
 
 
Créditos Adicionais 
 
 
O crédito suplementar incorpora-se ao orçamento, adicionando-se à dotação 
orçamentária que deva reforçar, enquanto os créditos especiais e 
extraordinários conservam sua especificidade, demonstrando-se as despesas 
realizadas à conta destes, separadamente. 
 
Nesse sentido, entende-se que o reforço de um crédito especial ou de um 
crédito extraordinário deve dar-se, respectivamente, pela abertura de créditos 
especiais e extraordinários. Ou seja, não se pode reforçar um crédito especial 
ou extraordinário que se mostrou insuficiente por meio de créditos 
suplementares. 
 
5HOHPEUR�TXH��VHJXQGR�R�DUW������GD�&)�������³RV�SURMHWRV�GH�OHL�UHODWLYRV�DR�
plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos 
créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso 
Nacional�� QD� IRUPD� GR� UHJLPHQWR� FRPXP´�� $VVLP�� RV� SURMHWRV de lei dos 
créditos adicionais são apreciados da mesma forma que os projetos do PPA, da 
LDO e da LOA. 
 
A todo ano as LDOs determinam que cada projeto de lei e a respectiva lei de 
créditos adicionais deverão restringir-se a uma única espécie de crédito. 
Exemplificando, uma mesma lei não pode versar ao mesmo tempo sobre 
créditos suplementares e especiais. Pode haver a reunião de várias 
solicitações de créditos suplementares em uma lei, outra reunião de créditos 
especiais em outra lei, porém não pode haver uma só lei com créditos 
suplementares e especiais simultaneamente. 
 
No que se refere às emendas parlamentares e aos projetos de lei de créditos 
adicionais, são aplicadas as mesmas regras referentes ao Projeto de Lei 
Orçamentária Anual, estudadas no Ciclo Orçamentário. 
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A SOF procederá à efetivação, no SIOP, dos créditos publicados e transmitirá 
as informações à Secretaria do Tesouro Nacional ± STN, para que seja 
efetuada a sua disponibilização no Sistema Integrado de Administração 
Financeira do Governo Federal ± SIAFI, por intermédio de notas de dotação 
para que as unidades gestoras possam utilizar os respectivos créditos. 
 
 
1) (CESPE ± Agente Administrativo ± MDIC ± 2014) Durante o 
exercício financeiro, a lei orçamentária anual pode ser retificada 
devido a aprovação de créditos adicionais suplementares, especiais ou 
extraordinários. 
 
Os créditos adicionais são mecanismos retificadores do orçamento. As espécies 
são: suplementares, especiais e extraordinários. 
Resposta: Certa 
 
2) (CESPE ± Analista Técnico-Administrativo - SUFRAMA ± 2014) 
Considere que determinada ação orçamentária não tenha sido prevista 
na lei orçamentária anual e tenha sido nesta incluída em momento 
posterior, por meio de crédito especial. Nessa situação, se for 
necessário reforçar a dotação da ação orçamentária mencionada, 
deverá ser utilizado um novo crédito especial. 
 
O crédito suplementar incorpora-se ao orçamento, adicionando-se à dotação 
orçamentária que deva reforçar, enquanto os créditos especiais e 
extraordinários conservam sua especificidade, demonstrando-se as despesas 
realizadas à conta destes, separadamente. 
Nesse sentido, entende-se que o reforço de um crédito especial ou de um 
crédito extraordinário deve dar-se, respectivamente, pela abertura de créditos 
especiais e extraordinários. Ou seja, não se pode reforçar um crédito especial 
ou extraordinário que se mostrou insuficiente por meio de créditos 
suplementares. 
Resposta: Certa 
 
 
 
 
 
 
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2. CRÉDITOS SUPLEMENTARES 
 
Os créditos suplementares são os destinados a reforço de dotação 
orçamentária. Terão vigência limitada ao exercício em que forem autorizados e 
sua abertura depende da existência de recursos disponíveis e de exposição que 
a justifique. A LOA poderá conter autorização ao Poder Executivo para abertura 
de créditos suplementares até determinada importância ou percentual, sem a 
necessidade de submissão do crédito ao Poder Legislativo. São autorizados 
por lei (podendo ser a própria LOA ou outra lei especial), porém são 
abertos por decreto do Poder Executivo. Na União, para os casos em que haja 
necessidade de outra lei específica, são considerados autorizados e abertos 
com a sanção e publicação da respectiva lei. 
 
O crédito suplementar é a única espécie de crédito que é exceção ao princípio 
orçamentário da exclusividade,o qual determina que a lei orçamentária anual 
não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, 
não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos 
suplementares e a contratação de operações de crédito, ainda que por 
antecipação de receita, nos termos da lei. 
 
Como exemplo, considere que os valores aprovados na LOA sejam insuficientes 
para a duplicação do número de provas do Exame Nacional de Ensino Médio ± 
ENEM, o qual é realizado pelo Ministério da Educação. Nesse caso, o referido 
ministério poderá solicitar ao Poder Executivo a abertura de créditos 
suplementares para reforçar a dotação orçamentária correspondente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 JANELA ORÇAMENTÁRIA 
 
$� ³MDQHOD� RUoDPHQWiULD´� p� XPD� Pi� XWLOL]DomR� GR� PHFDQLVPR� GH� FUpGLWR�
adicional suplementar. É uma dotação simbólica, na lei orçamentária, em 
valor significativamente inferior ao custo da ação correspondente, com a 
finalidade de viabilizar, mediante pressões políticas, futuras suplementações 
(exemplo: dotação de R$ 10.000,00 na LOA de um estado para a reforma 
da Assembleia Legislativa). É um artifício político para esconder programas 
prioritários cujas despesas não deveriam chamar a atenção ou até mesmo 
esconder uma ação do governo que será negociada durante o ano. 
 
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 CRÉDITOS SUPLEMENTARES 
FINALIDADE Reforço de dotação orçamentária já prevista na LOA. 
AUTORIZAÇÃO 
LEGISLATIVA 
É anterior à abertura do crédito. São autorizados por lei (podendo 
ser já na própria LOA ou outra lei específica). 
ABERTURA 
Abertos por decreto do Poder Executivo. Na União, para os casos em 
que haja necessidade de outra lei específica, são considerados 
autorizados e abertos com a sanção e publicação da respectiva lei. 
INDICAÇÃO DA 
ORIGEM DOS 
RECURSOS 
Obrigatória. 
VIGÊNCIA Vigência limitada ao exercício em que forem autorizados. 
 
 
3) (CESPE ± Analista Técnico-Administrativo - CADE ± 2014) A lei 
orçamentária anual (LOA) pode conter dispositivo que autorize a 
abertura de crédito destinado a atender a dotação não prevista no 
programa de trabalho inicialmente aprovado. 
 
O crédito suplementar é a única espécie de crédito que é exceção ao princípio 
orçamentário da exclusividade, o qual determina que a lei orçamentária anual 
não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, 
não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos 
suplementares e a contratação de operações de crédito, ainda que por 
antecipação de receita, nos termos da lei. 
 
Assim, a lei orçamentária anual (LOA) não pode conter dispositivo que 
autorize a abertura de crédito especial, ou seja, aquele destinado a atender a 
dotação não prevista no programa de trabalho inicialmente aprovado. 
 
Resposta: Errada 
 
4) (CESPE ± Agente Administrativo ± Polícia Federal ± 2014) Considere 
que, na fronteira entre Brasil e Bolívia, incidentes envolvendo 
membros das forças de segurança brasileira e traficantes tenham 
demandado operações extras da Polícia Federal na região e que, 
apesar de o orçamento prever recursos para essas operações, eles não 
sejam suficientes para financiá-las. Nessa situação, os recursos 
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adicionais necessários devem ser providos por meio da abertura de 
créditos extraordinários. 
 
Na situação em apreço, os recursos adicionais necessários devem ser providos 
por meio da abertura de créditos suplementares, pois referem-se a reforço 
de dotação orçamentária e não se caracterizam como imprevisíveis e urgentes. 
Resposta: Errada 
 
5) (CESPE ± Agente Administrativo ± Polícia Federal ± 2014) Na 
execução do orçamento, as dotações inicialmente aprovadas na LOA 
podem revelar-se insuficientes para a realização dos programas de 
trabalho, caso em que poderá haver a abertura de créditos especiais 
destinados à conclusão dos programas, após autorização legislativa. 
 
Na execução do orçamento, as dotações inicialmente aprovadas na LOA podem 
revelar-se insuficientes para a realização dos programas de trabalho, caso em 
que poderá haver a abertura de créditos suplementares destinados à 
conclusão dos programas. 
Resposta: Errada 
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3. CRÉDITOS ESPECIAIS 
 
Os créditos especiais são os destinados a despesas para as quais não haja 
dotação orçamentária específica, devendo ser autorizados por lei. Sua abertura 
também depende da existência de recursos disponíveis e de exposição que a 
justifique. Os créditos especiais não poderão ter vigência além do exercício em 
que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos 
últimos quatro meses daquele exercício, casos em que, reabertos nos limites 
dos seus saldos, poderão viger até o término do exercício financeiro 
subsequente. Nesse caso, a reabertura do crédito é facultativa, limitada ao 
saldo remanescente, e novo ato da Administração Pública deverá reabri-lo. 
 
São autorizados por lei especial (não pode ser na LOA), porém, são 
abertos por decreto do Poder Executivo. Na União, são considerados 
autorizados e abertos com a sanção e publicação da respectiva lei. 
 
Como exemplo, suponha que o Ministério da Educação planeje criar uma nova 
ação visando fomentar a educação profissional, a qual não estava prevista na 
LOA. Nessa situação, a abertura de crédito especial poderá suprir a dotação 
orçamentária do montante necessário. 
 
 CRÉDITOS ESPECIAIS 
FINALIDADE Destinados a despesas para as quais não haja dotação 
orçamentária específica. 
AUTORIZAÇÃO 
LEGISLATIVA 
É anterior à abertura do crédito. São autorizados por Lei 
específica (não pode ser na LOA). 
ABERTURA 
Abertos por decreto do Poder Executivo. Na União são 
considerados autorizados e abertos com a sanção e publicação 
da respectiva lei. 
INDICAÇÃO DA 
ORIGEM DOS 
RECURSOS 
Obrigatória. 
VIGÊNCIA 
Vigência limitada ao exercício em que forem autorizados, salvo 
se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro 
meses daquele exercício, casos em que, reabertos nos limites 
dos seus saldos, poderão viger até o término do exercício 
financeiro subsequente. 
 
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Segundo o art. 168 da nossa Constituição, os recursos correspondentes às 
dotações orçamentárias, compreendidos os créditos suplementares e 
especiais, destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do 
Ministério Público e da Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues, em 
duodécimos, até o dia 20 de cada mês. O artigo ainda ressalta que será na 
forma da lei complementar, que ainda não foi editada. 
 
 
6) (CESPE ± Analista Administrativo ± Contábeis - ANTT ± 2013) Um 
crédito especial solicitado no mês de agosto e autorizadono mês de 
setembro poderá ser incorporado ao orçamento financeiro 
subsequente, pelo valor do crédito ainda não aplicado. 
 
Os créditos especiais não poderão ter vigência além do exercício em que forem 
autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro 
meses daquele exercício, casos em que, reabertos nos limites dos seus saldos, 
poderão viger até o término do exercício financeiro subsequente. 
 
Assim, se o crédito especial foi autorizado no mês de setembro, ou seja, nos 
últimos quatro meses do ano, poderá ser incorporado ao orçamento financeiro 
subsequente, pelo valor do crédito ainda não aplicado. 
Resposta: Certa 
 
7) (CESPE ± Analista Administrativo - ICMBio ± 2014) A alteração 
orçamentária suplementar visa atender despesas para as quais não 
exista dotação específica na LOA. 
 
A alteração orçamentária especial visa atender despesas para as quais não 
exista dotação específica na LOA. 
Resposta: Errada 
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4. CRÉDITOS EXTRAORDINÁRIOS 
 
Os créditos extraordinários são os destinados a despesas urgentes e 
imprevisíveis, tais como em caso de guerra, comoção interna ou calamidade 
pública, conforme rol exemplificativo apresentado pelo art. 167 da CF/1988. 
Os créditos extraordinários podem reforçar dotações orçamentárias (como os 
suplementares) ou criar novas dotações (como os especiais), pois o que os 
define é a imprevisibilidade e a urgência. Serão abertos por medida 
provisória, no caso federal e de entes que possuem tal instrumento, e 
por decreto do Poder Executivo para os demais entes, dando imediato 
conhecimento deles ao Poder Legislativo. Os créditos extraordinários não 
poderão ter vigência além do exercício em que forem autorizados, salvo se o 
ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, 
casos em que, reabertos nos limites dos seus saldos, poderão viger até o 
término do exercício financeiro subsequente. Nesse caso, a reabertura do 
crédito é facultativa, limitada ao saldo remanescente, e novo ato da 
Administração Pública deve reabri-lo. 
 
Todas as espécies de créditos seguem o princípio da quantificação dos créditos 
orçamentários, o qual determina que todo crédito na LOA seja autorizado com 
uma respectiva dotação, limitada, ou seja, cada crédito deve ser acompanhado 
de um valor determinado. Mesmo o crédito extraordinário, que decorre de uma 
situação urgente e imprevisível, deve possuir uma dotação limitada, não 
admitindo valores indeterminados. Caso se constate que o valor foi 
insuficiente, um novo crédito extraordinário deve ser aberto. 
 
Como exemplo, considere que em razão de enchentes foi decretada situação 
de calamidade pública de determinada região de nosso País. O crédito 
extraordinário poderá ser usado para a reconstrução de cidades atingidas por 
tais eventos da natureza. 
 
 CRÉDITOS EXTRAORDINÁRIOS 
FINALIDADE Destinados a despesas urgentes e imprevisíveis. 
AUTORIZAÇÃO 
LEGISLATIVA 
Independe de autorização legislativa prévia. Após a sua abertura 
deve ser dado imediato conhecimento ao Poder Legislativo. 
ABERTURA 
Abertos por Medida Provisória, no caso federal e de entes que 
possuem previsão deste instrumento; e por decreto do Poder 
Executivo, para os demais entes que não possuem Medida 
Provisória. 
INDICAÇÃO DA Facultativa. 
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ORIGEM DOS 
RECURSOS 
VIGÊNCIA 
Vigência limitada ao exercício em que forem autorizados, salvo se 
o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses 
daquele exercício, casos em que, reabertos nos limites dos seus 
saldos, poderão viger até o término do exercício financeiro 
subsequente. 
 
 
Exceções ao 
princípio 
orçamentário da 
anualidade 
Vimos que os créditos adicionais especiais e 
extraordinários autorizados nos últimos quatro 
meses do exercício podem ser reabertos no exercício 
seguinte pelos seus saldos, se necessário, e, neste 
caso, viger até o término desse exercício financeiro. 
Por esse motivo, alguns autores consideram que se 
trata de exceções ao princípio orçamentário da 
anualidade. 
 
Vale ressaltar a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal sobre o tema: 
 
I) Segundo o STF, a lei de conversão não convalida os vícios 
existentes na medida provisória. Isso significa que uma medida provisória 
que nasceu com um vício insanável, não se torna válida com a aprovação pelo 
Poder Legislativo e a consequente conversão em lei. 
II) Ainda, consoante a Corte Suprema, compete ao STF verificar a 
imprevisibilidade ou não de um crédito orçamentário para o fim de 
julgar a possibilidade ou não de ele constar como crédito 
extraordinário em medida provisória, dado que essa espécie normativa 
não pode veicular nenhum outro tipo de crédito orçamentário. Além dos 
requisitos de relevância e urgência, a Constituição exige que a abertura do 
crédito extraordinário seja feita apenas para atender a despesas imprevisíveis 
e urgentes. Ao contrário do que ocorre em relação aos requisitos de relevância 
e de urgência, que se submetem a uma ampla margem de discricionariedade 
por parte do Presidente da República, os requisitos de imprevisibilidade e de 
urgência recebem densificação normativa da Constituição. Os conteúdos 
VHPkQWLFRV�GDV�H[SUHVV}HV�³JXHUUD´��³FRPRomR�LQWHUQD´�H�³FDODPLGDGH�S~EOLFD´�
constituem vetores para a interpretação/aplicação do art. 167, § 3º, c/c o art. 
����†��ž�� ,�� ³G´��GD�&RQVWLWXLomR�� ³*XHUUD´�� ³FRPRomR� LQWHUQD´�H� ³FDODPLGDGH�
S~EOLFD´� VmR� FRQFHLWRV� TXH� UHSUHVHQWDP� UHDOLGDGHV� RX� VLWXDo}HV� IiWLFDV� GH�
extrema gravidade e de consequências imprevisíveis para a ordem pública e a 
paz social, e que, dessa forma, requerem, com a devida urgência, a adoção de 
medidas singulares e extraordinárias. Despesas correntes que não estejam 
qualificadas pela imprevisibilidade ou pela urgência, não justificam a abertura 
de créditos, sob pena de um patente desvirtuamento dos parâmetros 
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constitucionais que permitem a edição de medidas provisórias para a abertura 
de créditos extraordinários. 
 
 
 
 
A lei de conversão não convalida os vícios 
existentes na medida provisória. 
 
Compete ao STF verificar a imprevisibilidade ou 
não de um crédito orçamentário para o fim de 
julgar a possibilidade ou não de ele constar como 
crédito extraordinário em medida provisória. 
 
 
8) (CESPE ± Técnico da Administração Pública ± TCDF ± 2014) Caso o 
governo federal precise realizar gasto urgente e imprevisto, 
decorrente, por exemplo, da necessidade de atendimento às vítimas do 
desabamento de uma ponte em rodovia federal, poderá ser aberto 
crédito extraordinário por meio de medida provisória. 
 
Os créditos extraordinários são os destinados a despesas urgentes e 
imprevisíveis, tais como em caso de guerra, comoção interna ou calamidade 
pública. São abertos por medida provisória. Um exemplo de utilização do 
crédito extraordinário é para a reconstrução de uma ponte que desabou. 
Resposta: Certa 
 
9) (CESPE ± Analista Judiciário ± Contabilidade ± TRT/10± 2013) Os 
créditos suplementares têm como objetivo reforçar a dotação 
orçamentária existente e sua vigência será de sua abertura ao término 
do exercício financeiro. Contudo, se a abertura se der nos últimos 
quatro meses daquele exercício, esses créditos poderão ser reabertos 
no limite de seus saldos e incorporados ao orçamento do exercício 
subsequente. 
 
Os créditos suplementares têm como objetivo reforçar a dotação orçamentária 
existente e sua vigência sempre será de sua abertura ao término do exercício 
financeiro. 
No que tange aos créditos especiais e extraordinários, se a abertura se der 
nos últimos quatro meses daquele exercício, esses créditos poderão ser 
reabertos no limite de seus saldos e incorporados ao orçamento do exercício 
subsequente. 
Resposta: Errada 
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5. FONTES PARA A ABERTURA DE CRÉDITOS ADICIONAIS 
 
Para a abertura dos créditos suplementares e especiais, é necessária a 
existência de recursos disponíveis para ocorrer a despesa. Ela deve, ainda, ser 
precedida de exposição justificada. 
 
Segundo o art. 43 da Lei 4.320/1964, consideram-se recursos para esse fim, 
desde que não comprometidos: 
³, ± o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício 
anterior; 
II ± os provenientes de excesso de arrecadação; 
III ± os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou 
de créditos adicionais, autorizados em Lei; 
IV ± o produto de operações de crédito autorizadas, em forma que 
juridicamente possibilite ao poder executivo realizá-ODV´� 
 
 
Superávit financeiro 
É um conceito estudado na Contabilidade 
Pública, que corresponde à diferença positiva 
entre o ativo financeiro e o passivo financeiro, 
conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos 
adicionais transferidos e as operações de 
crédito a eles vinculadas. 
 
 
Excesso de arrecadação é o saldo positivo das diferenças acumuladas mês a 
mês entre a arrecadação prevista e a realizada, considerando-se, ainda, a 
tendência do exercício. 
Ressalta-se, ainda, que para o fim de apurar os recursos utilizáveis, 
provenientes de excesso de arrecadação, deduzir-se-á a importância dos 
créditos extraordinários abertos no exercício. 
 
 
10) (CESPE ± Agente Administrativo ± Polícia Federal ± 2014) A 
Secretaria do Tesouro Nacional pode determinar, mediante portaria, a 
desconsideração das operações de crédito vinculadas ao saldo dos 
créditos adicionais, para a apuração do superávit financeiro. 
 
O Superávit Financeiro corresponde à diferença positiva entre o ativo 
financeiro e o passivo financeiro, conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos 
adicionais transferidos e as operações de crédito a eles vinculadas. Como tal 
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conceito está previsto no art. 43, § 2º, da Lei 4320/1964, não pode ser 
alterado por meio de Portaria. 
Resposta: Errada 
 
11) (CESPE - Analista Administrativo ± Administrador - TRE/MS ± 
2013) Os créditos especiais e os suplementares são provenientes de 
recursos como excesso de arrecadação, superávit financeiro, produto 
de operação de crédito e os resultantes de anulação parcial ou total de 
dotações orçamentárias ou de créditos adicionais. 
 
Segundo o art. 43 da Lei 4.320/1964, consideram-se recursos para a abertura 
de créditos adicionais suplementares e especiais, desde que não 
comprometidos: 
³, ± o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício 
anterior; 
II ± os provenientes de excesso de arrecadação; 
III ± os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou 
de créditos adicionais, autorizados em Lei; 
IV ± o produto de operações de crédito autorizadas, em forma que 
juridicamente possibilite ao poder executivo realizá-ODV´� 
 
Resposta: Certa 
 
Temos ainda mais uma fonte de recursos, segundo o § 8.o do art. 166 da 
CF/1988: 
§ 8.º Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto 
de lei orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser 
utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, 
com prévia e específica autorização legislativa. 
 
O Decreto-Lei 200/1967 já definia ainda como fonte de recursos para créditos 
adicionais a reserva de contingência: 
Art. 91. Sob a denominação de Reserva de Contingência, o orçamento anual 
poderá conter dotação global não especificamente destinada a determinado 
órgão, unidade orçamentária, programa ou categoria econômica, cujos 
recursos serão utilizados para abertura de créditos adicionais 
 
De acordo com a LRF, a LOA conterá reserva de contingência, cuja forma de 
utilização e montante, definido com base na receita corrente líquida, será 
estabelecida na LDO, destinada ao atendimento de passivos contingentes e 
outros riscos e eventos fiscais imprevistos. Poderá ser utilizada para abertura 
de créditos adicionais, desde que definida na lei de diretrizes orçamentárias. 
Finalmente, tem-se a Reserva do Regime Próprio de Previdência do Servidor ± 
RPPS, a qual também poderá ser utilizada durante o exercício, caso necessário, 
para a abertura de créditos adicionais com o objetivo de atender a 
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compromissos desse regime. Assim, é uma fonte específica para atender à 
RPPS, que não pode ser utilizada em outras situações. 
 
Dessa forma, temos as fontes para a abertura de créditos adicionais: 
 
 
 
Fontes para a 
abertura de créditos 
adicionais 
Superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do 
exercício anterior. 
Excesso de arrecadação. 
Anulação total ou parcial de dotações. 
Operações de créditos. 
Recursos sem despesas correspondentes. 
Reserva de contingência. 
 
 
 
12) (CESPE ± Analista Administrativo ± Contábeis - ANTT ± 2013) Os 
recursos destinados, no orçamento da União, para a reserva de 
contingência podem ser utilizados para a abertura de créditos 
suplementares a serem executados como despesas correntes ou de 
capital. 
 
Sob a denominação de Reserva de Contingência, o orçamento anual poderá 
conter dotação global não especificamente destinada a determinado órgão, 
unidade orçamentária, programa ou categoria econômica, cujos recursos serão 
utilizados para abertura de créditos adicionais (art. 91 do Decreto-Lei 
200/1967). 
Resposta: Certa 
 
13) (CESPE ± Administrador - TJ/RR ± 2012) É vedada a realocação, 
mediante créditos suplementares, de recursos que ficarem sem 
despesas correspondentes decorrente de veto. 
 
Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei 
orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser 
utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, 
com prévia e específica autorização legislativa (art. 166, § 8º, da CF/1988). 
Resposta: Errada 
 
Os créditos adicionais não provocam, necessariamente, um acréscimo do 
valor global do orçamento aprovado, mas podem aumentá-lo. O aumento 
ocorre quando as fontes são excesso de arrecadação, superávit financeiro do 
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balanço patrimonial do exercício anterior e operações de créditos autorizadas 
para esse fim. Quando o crédito advier das fontes anulação total ou parcial de 
dotação, reserva de contingência ou recursos sem despesas correspondentes, o 
montante final de receitas e despesas não será alterado, logo, o valor global da 
LOA permanecerá o mesmo. 
 
Algumas observações são importantes no que se refere às fontes para abertura 
de créditos adicionais: 
x O produto das operações de crédito autorizadas, em forma que 
juridicamente possibilite ao poder executivo realizá-las, constitui fonte de 
recursos para fins de abertura de créditos adicionais. No entanto, as 
operações de crédito por antecipação de receita orçamentária são 
receitas extraorçamentárias destinadas a atender insuficiência de caixa e 
não podem ser utilizadas para fins de abertura de créditos adicionais. 
x O superávit financeiro do balanço patrimonial do exercício anterior é 
fonte de recurso, porém, o valor do déficit financeiro não deve ser 
abatido das outras fontes. 
x Apenas o cancelamento de restos a pagar não é fonte de recursos. 
Somente poderá ser utilizado como fonte no exercício seguinte ao do 
cancelamento quando de tal anulação resultar superávit financeiro. 
x As despesas contingenciadas não são fontes de recursos. Elas se referem 
às despesas que tiveram limitação de empenho e movimentação 
financeira após ser verificado que, ao final de um bimestre, a realização 
da receita poderá não comportar o cumprimento das metas de resultado 
primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais da LDO. 
Não se confunde com a reserva de contingência, a qual seria uma fonte. 
x A economia de despesa, a qual ocorre quando a despesa executada 
durante o exercício é menor que a despesa fixada na LOA, não é fonte 
de recursos. 
x Não se confunde fonte de recursos para créditos adicionais com fonte de 
recursos para emendas à LOA. Esta última terá como fonte apenas as 
anulações de despesas, excluindo a dotação para pessoal e seus 
encargos, serviço da dívida e transferências tributárias constitucionais 
para Estados, municípios e Distrito Federal. 
 
 
14) (CESPE - Analista Judiciário - STF - 2008) Suponha a situação em 
que, em virtude da criação de um novo órgão, não havia recursos 
disponíveis. Verificou-se que: 
_ havia insuficiência de arrecadação acumulada, durante o exercício, 
de R$ 45.000,00; 
_ até então, registrava-se uma economia de despesas de R$ 
60.000,00; 
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_ o saldo, no balanço financeiro, tinha aumentado em R$ 15.000,00 
durante o exercício. 
Com base nesses dados, é correto concluir que seria possível abrir um 
crédito suplementar de R$ 30.000,00. 
 
Nota-se que desses três valores nenhum deles é fonte para abertura de 
créditos suplementares. 
O excesso de arrecadação acumulado no exercício é fonte de recurso, porém 
o valor da insuficiência de arrecadação acumulada não deve ser abatido das 
outras fontes. 
A economia da despesa, que ocorre quando a despesa executada durante o 
exercício é menor que a despesa fixada na LOA, não é fonte de recursos. 
O superávit financeiro do balanço patrimonial do exercício anterior é fonte 
de recurso e não o aumento do saldo do balanço financeiro do exercício 
atual. 
Logo, com base nesses dados, é correto concluir que não seria possível abrir 
um crédito suplementar. 
Resposta: Errada 
 
Segundo o art. 4º da LRF, integrará o projeto da LDO o Anexo de Metas 
Fiscais, que conterá as metas anuais, em valores correntes e constantes, 
relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante 
da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes. 
Consoante esse dispositivo, as LDOs todos os anos dispõem que as alterações 
promovidas na programação orçamentária têm que se compatibilizar com a 
obtenção da meta de resultado primário estabelecida no Anexo de Metas 
Fiscais. 
 
Usualmente, o crédito adicional é iniciativa do Executivo. No entanto, a cada 
ano, mesmo que com pequenas variações em seu texto, as LDOs preveem 
situações em que o crédito adicional poderá ser aberto no âmbito dos Poderes 
Legislativo e Judiciário e do Ministério Público por atos, respectivamente, dos 
Presidentes da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e do Tribunal de 
Contas da União; dos Presidentes do Supremo Tribunal Federal, do Conselho 
Nacional de Justiça, do Conselho da Justiça Federal, do Conselho Superior da 
Justiça do Trabalho, dos Tribunais Superiores e do Tribunal de Justiça do 
Distrito Federal e dos Territórios; e do Procurador-geral da República e do 
Presidente do Conselho Nacional do Ministério Público. Nesses casos, são ainda 
maiores as restrições: deve ser aberto pelas autoridades citadas, ser do tipo 
suplementar, autorizado na respectiva LOA, com indicação de recursos 
compensatórios, e observar as normas da SOF. 
 
Ainda, para esse caso específico, as LDOs dispõem que as aberturas de 
créditos no âmbito do Poder Judiciário deverão ser enviadas ao Conselho 
Nacional de Justiça e, no âmbito do MPU, ao Conselho Nacional do Ministério 
Público, com exceção do Supremo Tribunal Federal, do Conselho Nacional de 
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Justiça, do Ministério Público Federal e do Conselho Nacional do Ministério 
Público. 
 
 
15) (CESPE ± Analista Judiciário ± TST ± 2008) Os créditos 
suplementares autorizados na lei orçamentária de 2008, no âmbito do 
TST, serão abertos por ato do presidente do STF, dispensada a 
manifestação do Conselho Nacional de Justiça. 
 
Os créditos suplementares autorizados na lei orçamentária, no âmbito do 
Tribunal Superior do Trabalho - TST, serão abertos por ato do presidente do 
próprio TST (já que se trata de um Tribunal Superior), com a manifestação 
do Conselho Nacional de Justiça. 
Os créditos suplementares autorizados na lei orçamentária, no âmbito do STF, 
é que serão abertos por ato do presidente do STF. Neste caso, seria 
dispensada a manifestação do Conselho Nacional de Justiça. 
Resposta: Errada 
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6. VEDAÇÕES CONSTITUCIONAIS EM MATÉRIA ORÇAMENTÁRIA 
 
O art. 167 da CF/1988 estabelece diversas vedações em matéria orçamentária. 
São artigos que visam proteger a sociedade e direcionam para a gestão 
responsável dos recursos públicos. Evitam que a administração orçamentária 
fique à mercê de interesses exclusivamente de governos. 
 
Algumas dessas vedações nós já vimos nas primeiras aulas. Vamos consolidá-
las: 
 
Art. 167. São vedados: 
I - o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária 
anual; 
 
Coerente com o princípio da universalidade, tal inciso veda iniciativas de 
despesas que não estejam previstas na LOA. As iniciativas dos gestores 
públicos de natureza orçamentária não podem ficar de fora da LOA. Caso sejanecessária a realização de uma despesa sem previsão orçamentária, a 
alternativa é recorrer à abertura de créditos adicionais especiais. 
 
II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que 
excedam os créditos orçamentários ou adicionais; 
 
Se não são permitidas iniciativas de despesas não previstas na LOA, também 
há limites para aquelas previstas. O teto para a realização de despesas, ainda 
que se trate apenas de assunção de obrigações diretas, está restrito ao valor 
do crédito previsto na LOA ou ao crédito adicional já aprovado. Caso seja 
necessário exceder o teto orçamentário, deve se recorrer à abertura de 
créditos adicionais suplementares. 
 
III - a realização de operações de créditos que excedam o montante 
das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos 
suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo 
Poder Legislativo por maioria absoluta; 
 
Essa norma, FRQKHFLGD� FRPR� ³regra de ouro´�� REMHWLYD� GLILFXOWDU� D�
contratação de empréstimos para financiar gastos correntes, evitando que o 
ente público tome emprestado de terceiros para pagar despesas de pessoal, 
juros ou custeio. 
No que se refere às receitas, não são todas as receitas de capital que entram 
na apuração da regra de ouro, são apenas as operações de crédito. Por outro 
ODGR�� QR� TXH� WDQJH� jV� GHVSHVDV�� VmR� WRGDV� DV� GHVSHVDV� GH� FDSLWDO�� ³����� 
realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas 
de capital �����´� 
 
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IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, 
ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a 
que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as 
ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e 
desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da 
administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos 
arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às 
operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, 
§ 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo; 
 
É o princípio orçamentário da não vinculação de receitas, o qual dispõe 
que nenhuma receita de impostos poderá ser reservada ou comprometida para 
atender a certos e determinados gastos, salvo as ressalvas constitucionais. Foi 
HVWXGDGR�HP�³3ULQFtSLRV�2UoDPHQWiULRV´� 
 
V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia 
autorização legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes; 
 
Tal inciso versa exclusivamente sobre os créditos adicionais suplementares e 
especiais. A abertura dessas duas espécies está sujeita à prévia autorização 
legislativa. No caso dos suplementares tal autorização pode constar na própria 
LOA, pois se trata de uma das exceções ao princípio da exclusividade. Também 
nessas duas espécies é obrigatória a indicação da fonte de recursos. Foi 
HVWXGDGR�HP�³&UpGLWRV�$GLFLRQDLV´� 
 
VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos 
de uma categoria de programação para outra ou de um órgão para 
outro, sem prévia autorização legislativa; 
 
É o princípio orçamentário da proibição do estorno, o qual determina 
que o administrador público não pode transpor, remanejar ou transferir 
UHFXUVRV� VHP� DXWRUL]DomR� OHJLVODWLYD�� )RL� HVWXGDGR� HP� ³3ULQFtSLos 
2UoDPHQWiULRV´� 
 
VII - a concessão ou utilização de créditos ilimitados; 
 
É o princípio orçamentário da quantificação dos créditos orçamentários, o qual 
veda a concessão ou a utilização de créditos ilimitados. Foi estudado em 
³3ULQFtSLRV�2UoDPHQWiULRV´� 
 
VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos 
dos orçamentos fiscal e da seguridade social para suprir necessidade 
ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos, inclusive dos 
mencionados no art. 165, § 5º; 
 
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É vedada a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos 
orçamentos fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir 
déficit de empresas, fundações e fundos, inclusive daqueles que compõem os 
próprios orçamentos fiscal, de investimentos das estatais e da seguridade 
social. 
Só é permitido que recursos públicos oriundos dos orçamentos fiscal e da 
seguridade social sejam utilizados para suprir déficits particulares se houver 
autorização legislativa. A LOA deve ter como finalidade o interesse público. 
O orçamento das estatais não se sujeita a tal regra, pois, ao serem autorizados 
os investimentos das próprias empresas estatais não dependentes que o 
compõe, seus recursos não poderiam ser repassados a terceiros. 
 
IX - a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia 
autorização legislativa. 
 
De acordo com o inciso IX, é vedada a instituição de fundos de qualquer 
natureza, sem prévia autorização legislativa. Complementam o tema a Lei 
4.320/1964 e o Decreto 93.872/1986, ao tratarem dos fundos especiais. 
 
Constitui fundo especial o produto de receitas especificadas que por lei se 
vinculam à realização de determinados objetivos ou serviços, facultada a 
adoção de normas peculiares de aplicação. No entanto, essa lei não pode ser a 
LOA ou as leis de créditos adicionais, pois estas não têm o condão de instituir 
fundos, de acordo com o princípio da exclusividade. 
 
Constitui fundo especial de natureza contábil ou financeira a modalidade de 
gestão de parcela de recursos do Tesouro Nacional, vinculados por lei à realização 
de determinados objetivos de política econômica, social ou administrativa do 
Governo: 
x Fundos especiais de natureza contábil: são os constituídos por 
disponibilidades financeiras evidenciadas em registros contábeis, 
destinados a atender a saques a serem efetuados diretamente contra o 
caixa do Tesouro Nacional. 
x Fundos especiais de natureza financeira: são os constituídos 
mediante movimentação de recursos de caixa do Tesouro Nacional 
para depósitos em estabelecimentos oficiais de crédito, segundo 
cronograma aprovado, destinados a atender aos saques previstos em 
programação específica. 
 
A aplicação das receitas orçamentárias vinculadas a fundos especiais far-se-á 
através de dotação consignada na Lei de Orçamento ou em créditos adicionais. 
É vedado levar a crédito de qualquer fundo recursos orçamentários que não lhe 
forem especificamente destinados em orçamento ou em crédito adicional. 
 
A aplicação de recursos através de fundos especiais constará de programação 
e será especificada em orçamento próprio, aprovado antes do início do 
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exercício financeiro a que se referir. Somente poderá ser contemplado na 
programação financeira setorial o fundo especial devidamente cadastrado pela 
Secretaria do Tesouro Nacional, mediante encaminhamento da respectiva 
Secretaria de Controle Interno, ou órgão de atribuições equivalentes. 
Salvo expressa disposição de lei em contrário, aplicam-se à execução 
orçamentária de fundo especial as mesmas normas gerais que regem a 
execução orçamentária da União. 
 
Não será permitida a utilizaçãode recursos vinculados a fundo especial para 
despesas que não se identifiquem diretamente com a realização de seus 
objetivos ou serviços determinados. A contabilização dos fundos especiais 
geridos na área da Administração direta será feita pelo órgão de contabilidade 
do Sistema de Controle Interno, onde ficarão arquivados os respectivos 
documentos para fins de acompanhamento e fiscalização. Quando a gestão do 
fundo for atribuída a estabelecimento oficial de crédito, a este caberá sua 
contabilização e a remessa dos respectivos balanços acompanhados de 
demonstrações financeiras à Secretaria de Controle Interno, ou órgão de 
atribuições equivalentes, para fins da supervisão ministerial. 
 
O saldo positivo do fundo especial apurado em balanço será transferido para o 
exercício seguinte, a crédito do mesmo fundo, salvo determinação em 
contrário da lei que o instituiu. 
 
É vedada a constituição de fundo especial, ou sua manutenção, com recursos 
originários de dotações orçamentárias da União, em empresas públicas, 
sociedades de economia mista e fundações, salvo quando se tratar de 
estabelecimento oficial de crédito. 
 
A lei que instituir fundo especial poderá determinar normas peculiares de 
controle, prestação e tomada de contas, sem, de qualquer modo, elidir a 
competência específica do Tribunal de Contas ou órgão equivalente. 
 
O fundo especial inativo por mais de dois exercícios financeiros será extinto. 
 
X - a transferência voluntária de recursos e a concessão de 
empréstimos, inclusive por antecipação de receita, pelos Governos 
Federal e Estaduais e suas instituições financeiras, para pagamento de 
despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios. 
 
Tal dispositivo veda a entrega voluntária de recursos a outro ente da 
Federação para o pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e 
pensionista. 
 
XI - a utilização dos recursos provenientes das contribuições sociais de 
que trata o art. 195, I, a, e II, para a realização de despesas distintas 
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do pagamento de benefícios do regime geral de previdência social de 
que trata o art. 201. 
 
Tal inciso veda a realização de despesas distintas do pagamento de benefícios 
do regime geral de previdência social com recursos provenientes das 
contribuições sociais a seguir: do empregador, da empresa e da entidade a ela 
equiparada na forma da lei, incidentes sobre a folha de salários e demais 
rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física 
que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; e do trabalhador e 
dos demais segurados da previdência social. 
 
A finalidade desse inciso é preservar as contribuições previdenciárias, 
obrigando-as a serem utilizadas apenas para honrar os benefícios. A 
previdência social deverá ser organizada sob a forma de regime geral, de 
caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que 
preservem o equilíbrio financeiro e atuarial. Essa vedação visa exatamente 
permitir tal equilíbrio. 
 
Os parágrafos do art. 167 ainda ressaltam que: 
§ 1º - Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício 
financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, 
ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de 
responsabilidade. 
 
Tal parágrafo exige que os investimentos que ultrapassem o exercício 
financeiro só podem ser iniciados se estiverem previamente incluídos no PPA 
ou, pelo menos, que haja uma lei que autorize a sua inclusão. Em caso de 
descumprimento, sujeita o gestor público a crime de responsabilidade. 
 
§ 2º - Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no 
exercício financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de 
autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele 
exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão 
incorporados ao orçamento do exercício financeiro subseqüente. 
 
Trata-se de disposição constitucional direcionada aos créditos adicionais 
especiais e extraordinários, que autoriza a reabertura dessas espécies no 
exercício seguinte, pelos seus saldos, caso o ato de autorização seja 
promulgado nos últimos quatro meses do exercício. Tal prerrogativa não 
alcança os créditos adicionais suplementares. Tal parágrafo foi estudado 
WDPEpP�HP�³&UpGLWRV�$GLFLRQDLV´� 
 
§ 3º - A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para 
atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de 
guerra, comoção interna ou calamidade pública, observado o disposto 
no art. 62. 
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Novamente uma disposição constitucional direcionada aos créditos adicionais, 
só que alcançando apenas os extraordinários. É o conceito de crédito 
H[WUDRUGLQiULR��HVWXGDGR�WDPEpP�HP�³&UpGLWRV�$GLFLRQDLV´� 
 
§ 4.º É permitida a vinculação de receitas próprias geradas pelos 
impostos a que se referem os arts. 155 e 156, e dos recursos de que 
tratam os arts. 157, 158 e 159, I, a e b, e II, para a prestação de 
garantia ou contragarantia à União e para pagamento de débitos para 
com esta 
 
Trata-se de mais uma exceção ao princípio orçamentário da não afetação de 
receitas, direcionada aos entes subnacionais, complementando o inciso IV do 
art. 167. Tal parágrafo dispõe que é permitida a vinculação para a prestação 
de garantia ou contragarantia à União e para pagamento de débitos para com 
esta de receitas próprias geradas por diversos impostos previstos na 
Constituição Federal, oriundos das competências estadual e municipal e de 
repartições tributárias que devem ser entregues aos estados e ao Distrito 
Federal. 
 
 
16) (CESPE ± Analista Técnico-Administrativo - SUFRAMA ± 2014) A 
condição necessária e suficiente para a abertura de créditos 
suplementares e especiais é a existência de recursos disponíveis para 
fazerem face à despesa. 
 
É vedada a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia 
autorização legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes. 
Assim, é condição necessária para a abertura de créditos suplementares e 
especiais a existência de recursos disponíveis para fazerem face à despesa. 
Entretanto, não é suficiente, pois também é necessária prévia autorização 
legislativa. 
Resposta: Errada 
 
17) (CESPE ± Analista Administrativo ± Contábeis - ANTT ± 2013) A 
LOA contém o programa de trabalho do governo, sendo vedado o início 
de programas ou projetos não incluídos nessa lei. 
 
É vedado o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária 
anual (art. 167, I, da CF/1988). 
Resposta: Certa 
 
18) (CESPE ± Técnico Judiciário ± Administrativa ± TRT/10 - 2013) 
Admite-se iniciar programa considerado de grande importância 
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nacional não incluído na LOA antes mesmo da alteração na lei que 
determine sua inclusão. 
 
É vedado o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária 
anual (art. 167, I, da CF/1988). 
Resposta: Errada 
 
19) (CESPE ± Analista Judiciário ± Contabilidade ± CNJ - 2013) No caso 
de comoçãointestina, o presidente da República poderá abrir créditos 
suplementares e especiais, mediante autorização legislativa. No 
entanto, é vedada a transposição, o remanejamento ou a transferência 
de recursos de uma categoria de programação para outra ou de um 
órgão para outro. 
 
É vedada a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de 
uma categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem 
prévia autorização legislativa (art. 167, VI, da CF/1988). 
Entretanto, no caso de comoção intestina, o presidente da República poderá 
abrir créditos extraordinários, dando imediato conhecimento deles ao Poder 
Legislativo. 
Resposta: Errada 
 
20) (CESPE ± Consultor de Orçamentos ± Câmara dos Deputados ± 
2014) Por meio da abertura de crédito extraordinário, em situação 
emergencial, é permitida a transferência voluntária de recursos e a 
concessão de empréstimos pelo governo federal e pelas suas 
instituições financeiras para o pagamento de despesas com pessoal 
ativo, inativo e pensionista, dos estados, do Distrito Federal (DF) e dos 
municípios. 
 
É vedada a transferência voluntária de recursos e a concessão de 
empréstimos, inclusive por antecipação de receita, pelos Governos Federal e 
Estaduais e suas instituições financeiras, para pagamento de despesas com 
pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios (art. 167, X, da CF/1988). 
Não há exceções. 
Resposta: Errada 
 
 
 
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MAIS QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES - CESPE 
 
21) (CESPE ± Auditor de Controle Externo ± TCE/ES ± 2012) Segundo 
a Lei nº 4.320/1964, do superávit financeiro apurado no balanço 
patrimonial do exercício anterior e a ser utilizado como fonte de 
abertura de um credito adicional especial devem ser subtraídos os 
créditos extraordinários abertos no exercício. 
 
Segundo a Lei nº 4.320/1964, do excesso de arrecadação a ser utilizado 
como fonte de abertura de um crédito adicional especial (ou suplementar) 
devem ser subtraídos os créditos extraordinários abertos no exercício. 
Resposta: Errada 
 
22) (CESPE ± Técnico Científico ± Contabilidade ± Banco da Amazônia - 
2012) O superávit financeiro apurado no balanço patrimonial de 2011 
é fonte de abertura de crédito adicional no exercício financeiro de 
2012, conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos adicionais 
transferidos e as operações de crédito a eles vinculadas. 
 
O superávit financeiro corresponde à diferença positiva entre o ativo financeiro 
e o passivo financeiro, conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos adicionais 
transferidos e as operações de crédito a eles vinculadas. 
É fonte para a abertura de créditos adicionais o superávit financeiro apurado 
em balanço patrimonial do exercício anterior. Logo, considerando o exercício 
de 2012, é fonte o superávit de 2011. 
Resposta: Certa 
 
23) (CESPE ± Técnico Científico ± Contabilidade ± Banco da Amazônia - 
2012) Os créditos adicionais suplementares e especiais, autorizados 
por ato a ser promulgado em setembro de 2012, poderão ser 
reabertos, no limite de seus saldos, sendo, então, incorporados ao 
orçamento do exercício financeiro subsequente. 
 
Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício 
financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for 
promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício (por exemplo, em 
setembro), caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão 
incorporados ao orçamento do exercício financeiro subsequente. 
Resposta: Errada 
 
24) (CESPE ± Auditor de Controle Externo ± Direito - TCE/ES ± 2012) O 
Poder Executivo pode abrir crédito suplementar por decreto, desde que 
autorizado por disposição expressa constante da correspondente lei 
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orçamentária. Esse crédito pode ser reaberto no exercício financeiro 
seguinte se sua abertura tiver ocorrido nos últimos quatro meses do 
exercício em que tiver sido autorizado. 
 
A LOA poderá conter autorização ao Poder Executivo para abertura de créditos 
suplementares até determinada importância ou percentual, sem a necessidade 
de submissão do crédito ao Poder Legislativo. São autorizados por Lei 
(podendo ser a própria LOA ou outra Lei especial), porém são abertos por 
decreto do Poder Executivo, 
Entretanto, apenas os créditos especiais e os extraordinários poderão ter 
vigência além do exercício em que forem autorizados se o ato de autorização 
for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, casos em que, 
reabertos nos limites dos seus saldos, poderão viger até o término do exercício 
financeiro subsequente. 
Resposta: Errada 
 
25) (CESPE ± Técnico Legislativo ± ALES ± 2011) O crédito 
extraordinário não constitui uma das espécies de crédito 
orçamentário. 
 
O crédito extraordinário constitui uma das espécies de crédito orçamentário. 
É uma das espécies de crédito orçamentário adicional. 
Resposta: Errada 
 
26) (CESPE ± Analista ± Contabilidade - ECB ± 2011) A LOA poderá 
conter a autorização prévia para abertura de crédito adicional especial. 
 
A LOA poderá conter a autorização prévia para abertura de crédito adicional 
suplementar. 
Resposta: Errada 
 
27) (CESPE ± Técnico Legislativo ± ALES ± 2011) Se a autorização para 
abertura de créditos suplementares não constar da lei orçamentária, o 
Poder Executivo não poderá utilizá-los. 
 
Os créditos suplementares são autorizados por Lei, podendo ser a própria LOA 
ou outra Lei especial. 
Resposta: Errada 
 
28) (CESPE ± Procurador ± ALES ± 2011) É vedada a edição de medida 
provisória que tenha por conteúdo matéria orçamentária, exceto 
quando destinada à abertura de créditos adicionais. 
 
É vedada a edição de medida provisória que tenha por conteúdo matéria 
orçamentária, exceto quando destinada à abertura de créditos adicionais 
extraordinários. 
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Tal exceção não se aplica aos créditos suplementares e especiais, o que 
invalidou a assertiva. 
Resposta: Errada 
 
29) (CESPE ± Procurador ± ALES ± 2011) É vedada a abertura de 
crédito adicional sem prévia autorização legislativa e sem indicação da 
origem dos recursos correspondentes. 
 
É vedada a abertura de crédito adicional suplementar ou especial sem 
prévia autorização legislativa e sem indicação da origem dos recursos 
correspondentes. 
Tal vedação não se aplica aos créditos extraordinários, o que invalidou a 
assertiva. 
Resposta: Errada 
 
30) (CESPE - Especialista - Administração - SESA/ES - 2011) Se, em 
decorrência de variações cambiais, determinado grupo de obrigações 
do governo federal, contratadas em moeda estrangeira, for majorado 
em um percentual superior a 10% do montante originalmente 
aprovado no orçamento, somente a abertura de um crédito especial 
poderá suprir a dotação do saldo restante. 
 
A questão supõe que, em decorrência de variações cambiais, uma série de 
obrigações do governo federal contratadas em moeda estrangeira ultrapassou 
em 10% os valores originalmente aprovados no orçamento para essa 
finalidade.Ou seja, a dotação já existia na LOA, não é uma despesa nova. 
Nessa situação, para honrar tais compromissos, somente a abertura de crédito 
suplementar poderá suprir a dotação orçamentária do montante necessário, 
já que é ele o crédito adicional adequado para reforçar dotação orçamentária 
já existente. 
Resposta: Errada 
 
31) (CESPE ± Técnico Legislativo ± ALES ± 2011) O crédito 
suplementar é o único dos créditos adicionais que não pode ter sua 
vigência prorrogada para o exercício seguinte ao de sua abertura, 
independentemente do prazo de abertura. 
 
Somente os créditos especiais e extraordinários poderão ter vigência além do 
exercício em que forem autorizados se o ato de autorização for promulgado 
nos últimos quatro meses daquele exercício, casos em que, reabertos nos 
limites dos seus saldos, poderão viger até o término do exercício financeiro 
subsequente. 
Resposta: Certa 
 
32) (CESPE - Especialista - Administração - SESA/ES - 2011) Se um 
crédito especial foi aberto no dia 10 de outubro de determinado 
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exercício e, em decorrência de dificuldades relacionadas com os 
processos de licitação, os recursos correspondentes não forem 
integralmente utilizados até o dia 31 de dezembro, então o crédito 
poderá ser reaberto no exercício seguinte, no limite do saldo 
remanescente. 
 
Os créditos especiais não poderão ter vigência além do exercício em que forem 
autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro 
meses daquele exercício (exemplo: 10 de outubro), casos em que, reabertos 
nos limites dos seus saldos, poderão viger até o término do exercício financeiro 
subsequente. Nesse caso, a reabertura do crédito é facultativa, limitada ao 
saldo remanescente e novo ato da administração pública deve reabri-lo. 
Resposta: Certa 
 
33) (CESPE ± Analista Administrativo - Contábeis - PREVIC - 2011) A 
abertura dos créditos extraordinários não depende da existência de 
recursos orçamentários disponíveis. 
 
A abertura dos créditos extraordinários não depende da existência de recursos 
orçamentários disponíveis, pois, nessa espécie de crédito, a indicação das 
fontes é facultativa. 
Resposta: Certa 
 
34) (CESPE - Analista Administrativo ± Administrador - TRE/MS ± 
2013) O crédito adicional é um mecanismo retificador do orçamento 
que, na modalidade crédito suplementar, destina-se ao atendimento de 
despesas imprevisíveis e urgentes, como guerra e calamidade pública. 
 
O crédito adicional é um mecanismo retificador do orçamento que, na 
modalidade crédito extraordinário, destina-se ao atendimento de despesas 
imprevisíveis e urgentes, como guerra e calamidade pública. 
Resposta: Errada 
 
35) (CESPE ± Auditor de Controle Externo ± Ciências Contábeis - 
TCE/RO ± 2013) É vedada a abertura de crédito extraordinário sem 
prévia autorização legislativa e sem indicação dos recursos 
correspondentes. 
 
É vedada a abertura de crédito adicional suplementar ou especial sem 
prévia autorização legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes. 
Tal vedação não se aplica aos créditos extraordinários, o que invalidou a 
assertiva. 
Resposta: Errada 
 
36) (CESPE ± Analista Judiciário ± Contabilidade ± TRT/10 ± Prova 
cancelada - 2013) A abertura de créditos suplementares depende da 
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disponibilidade de recursos, tais como, o superávit financeiro apurado 
em balanço patrimonial do exercício anterior; os recursos resultantes 
de DQXODomR� ȸ� SDUFLDO� RX� WRWDO� ȸ� GH� GRWDo}HV� RUoDPHQWDULDV� RX� GH�
créditos adicionais autorizados em lei; ou, ainda, o produto de 
operações de credito autorizadas. 
 
Segundo o art. 43 da Lei 4.320/1964, consideram-se recursos para a abertura 
de créditos adicionais suplementares e especiais, desde que não 
comprometidos: 
³, ± o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício 
anterior; 
II ± os provenientes de excesso de arrecadação; 
III ± os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou 
de créditos adicionais, autorizados em Lei; 
IV ± o produto de operações de crédito autorizadas, em forma que 
juridicamente possibilite ao poder executivo realizá-ODV´� 
 
Resposta: Certa 
 
37) (CESPE ± Analista Judiciário - Administrativa ± TRT/17 ± 2013) 
Considere que o Poder Executivo proponha a aprovação de crédito 
especial, para incluir, na lei orçamentária anual, um novo programa de 
transferência de renda. Nessa situação, o saldo de caixa apurado no 
final do exercício anterior poderá ser utilizado como fonte de recursos. 
 
Na situação em apreço, o superávit financeiro apurado no balanço 
patrimonial do exercício anterior poderá ser utilizado como fonte de recursos 
para a abertura de crédito especial. 
O saldo de caixa não é fonte de recursos. 
Resposta: Errada 
 
38) (CESPE ± Técnico Judiciário ± Administrativa ± TRT/10 - 2013) É 
possível que determinadas despesas não estejam contempladas na 
peça orçamentária, que constitui um plano, uma previsão. Quando 
autorizadas, essas despesas, não previstas no orçamento, ou as que 
tenham dotações insuficientes, são denominadas créditos adicionais. 
 
Os créditos adicionais são alterações qualitativas e quantitativas realizadas no 
orçamento. Segundo o art. 40 da Lei 4.320/1964, são créditos adicionais as 
autorizações de despesa não computadas ou insuficientemente dotadas na Lei 
de Orçamento. 
Resposta: Certa 
 
39) (CESPE - Analista de Planejamento, Gestão e Infraestrutura em 
Propriedade Industrial ± Gestão Financeira - INPI ± 2013) Os créditos 
suplementares e extraordinários podem ser executados sem a 
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necessidade de justificativas adicionais, dependendo apenas da prévia 
existência de recursos, diferentemente dos créditos especiais que, por 
sua natureza específica, exigem justificativa para sua realização. 
 
Quase tudo errado. Os créditos suplementares e especiais dependem da 
existência de recursos, diferentemente dos créditos extraordinárias que, por 
sua natureza específica, facultam a indicação da origem dos recursos. 
Resposta: Errada 
 
40) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) A abertura de 
crédito extraordinário é admitida somente para atender a despesas 
imprevisíveis e urgentes, observando-se, no caso da União, que a 
abertura deve ocorrer por meio de medida provisória; nos estados e 
municípios, por decreto do chefe do Poder Executivo. 
 
Os créditos extraordinários serão abertos por Medida Provisória, no caso 
federal e de entes que possuem tal instrumento, e por decreto do Poder 
Executivo para os demais entes, dando imediato conhecimento deles ao Poder 
Legislativo. Logo, o decreto do chefe do Poder Executivo só é utilizado quando 
não houver a previsão de Medida Provisória no ente. 
Resposta: Errada 
 
41) (CESPE ± Contador ± DPU ± 2010) Perto do final do exercício de 
um ente, havia a intenção de abertura de um crédito especial no valor 
de R$ 5 milhões. Na época, esse ente dispunha dos dados a seguir. 
< receitas e despesas orçadas no exercício . . . . . . . . .R$ 50 milhões 
< receita

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