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05 Arcos Branquiais 21 03

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Arcos Branquiais 21/03
- Cavidade Oral Primitiva:
Na quarta semana o tubo digestivo se divide em 3 porções: cefálica, medial e caudal. Na extremidade cefálica a cavidade oral primitiva (ectodrema) se separa do intestino pela membrana BUCOFARINGEA que se rompe pelo 27° dia comunicando a boca com o intestino.
- Arcos Branquiais: 
O aparelho branquial é composto de arcos, bolsas e sulcos branquiais, que formarão a maior parte da face e pescoço. Os arcos branquiais desenvolvem-se no início da 4º semana. O 1° arco branquial dará origem aos maxilares, no final da 4º semana 4 pares de arcos branquiais são nítidos e o 5° e 6º muito pequenos.
- Os arcos branquiais são separados pelos sulcos branquiais, tanto os arcos quanto os sulcos são enumerados no sentido crânio-caudal. O primeiro arco é subdividido em 2 processos: o maxilar (menor, formará a maxila, o arco zigomático e o osso temporal) e o mandíbular ( maior, formará a mandíbula).
- Desenvolvimento do crânio
Ossificação intramembranosa, divide-se em neurocrânio (calorta), condrocranio (base) e vicerocranio (face), a face se divide em 3 terços: Frontonasal, maxilar e mandibular.
Malformação originam fendas labiais que podem ser uni ou bilaterais, a central é rara.
- Desenvolvimento do Palato
No início do desenvolvimento do palato as cavidades oral e nasal se comunicam e entre elas encontra-se a língua e anteriormente o palato primário.
Entre a 7° e as 8º semanas as cavidas oral e nasal se separam com a formação do palato secundário, pela fusão medial das cristas palatinas com rebaixamento da língua.
- Desenvolvimento da maxila
Desenvolve-se através de um centro de ossificação no processo maxilar do 1° arco branquial, centro de ossificação na origem do nevo infra-orbitário. A formação de osso continua posteriormente abaixo da orbita em direção do zigoma e anteriormente em direção a região incisiva e superior para formar o processo frontal. Essa ossificação forma também o canal do nervo infra-orbitário e parede alveolar anterior dos dentes superiores anteriores e posteriormente o palato duro. 
Uma cartilagem secundaria zigomática ou malar aparece durante o desenvolvimento do arco zigomático, a maxila se desenvolve por completo após o nascimento com a evolução dos seios.
- Desenvolvimento da mandíbula 
A partir da 6° semana o processo mandibular contem no seu interior a cartilagem de Meckel como uma barra continua desde o ouvido médio até a linha medial. Na 7° semana começa a ossificação intramembranosa que continua anteriormente ate a linha medial e posteriormente até onde o nervo mandibular divide-se em ligual e alveolar inferior.
Na mandíbula os centros de ossificação ficam separados de cada lado pela sínfise até o nascimento, durante o desenvolvimento surge um canal onde fica o nervo alveolar inferior e compartimentos dos germes dentários. Com 10 semana a porção intramembranosa já apresenta aspecto de uma mandíbula rudimentar. Entre a 10° e a 14° semana surgem 3 cartilagens secundarias: condilar, coronóide e sínfise.
A cartilagem condilar aparece na 10° semana, formando um cone no ramo da mandíbula que sofre ossificação endocondral que continua até a 20° semana e tem sua formação total no fim da 2° década de vida. Já a cartilagem Coronóide aparece próximo ao 4° mês sofrendo ossificação intramembranosa desaparecendo bem antes do nascimento. Na região de sínfise as cartilagens são bilaterais na porção anterior da cartilagem de Meckel, sofrendo ossificação endocondral.
-Desenvolvimento dos maxilares 
Durante o desenvolvimento fetal as relações e o tamanho entre a maxila e mandíbula são variáveis, inicialmente a mandíbula e maior que a maxila sendo que essa diferença vai gradualmente diminuindo ate que em torno da 8° semana a maxila sobrepassa a mandíbula para na 11° se equiparem. Na oportunidade do nascimento a mandíbula posiciona-se em retrognatia que é corrigido na vida pós natal chegando em ortognatia. 
- Desenvolvimento maxilo-mandibular 
Com o crescimento do condilo e as modificações maxilares e na base do crânio são responsáveis pelas relações maxilo-mandibulares que podem ser retrognatia, ortognatia e prognatia.
- Desenvolvimento da Língua 
A língua tem origem na parede ventral da orofaringe na região dos 4 primeiros arcos branquiais. Na 4° semana de gestação duas saliências aparecem na porção interna do primeiro arco branquial formando as saliências linguais. Atrás e entre essas saliências aparece uma eminencia medial chamada TUBERCULO IMPAR que formará o FORAME CEGO. As saliências linguais se fundem cobrindo o tubérculo impar formando a mucosa dos 2 terços anteriores da língua. As porções centrais do 2°,3° e 4° arco branquial eleva-se para formar um proeminência chamada CÒPULA que formara o terço posterior da língua.
Origens: 1° Arco – Nervo trigêmeo ( ramo lingual, sensação tátil ); 2° Arco- Nervo Facial ( ramo corda do tímpano, sensação gustativa ; 3° e 4° Arcos – Glossofaríngeo e vago, ambos. 
Anormalidades: Macroglossia, Microglossia e Aglossia.

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