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Direito Civil III - Casos concretos 1 ao 8
Plano de aula 1
Caso Concreto 1
Lei atentamente a assertiva adiante:
À luz do Código Civil de 1916, afirmou Caio Mário da Silva Pereira: "a ordem jurídica oferece a cada um a possibilidade de contratar, e dá-lhe a liberdade de escolher os termos da avença. Segundo as suas preferências. Concluída a convenção, recebe da ordem jurídica o condão de sujeitar, em definitivo, os agentes. Uma vez celebrado o contrato, com observância dos requisitos de validade, tem plena eficácia, no sentido de que se impõe a cada um dos participantes, que não têm mais a liberdade de se forrarem às suas consequências, a não ser com a cooperação anuente do outro. Foram as partes que acolheram os temor de sua vinculação, e assumiram todos os riscos. A elas não cabe reclamar, e ao juiz não é dado preocupar-se com a severidade das cláusulas aceitas, que não podem ser atacadas sob a invocação de princípio de equidade".
À luz das novas disposições do Código Civil/2002:
a) A assertiva acima ainda guarda alguma validade face à nova ordem jurídica civil e constitucional? Fundamente a sua resposta.
R: Não guarda. Com a chegada do CC de 2002 e a CF de 1988, a interpretação dos dispositivos do CC passou a ser feita nos princípios constitucionais. Com isso, houve a relativização do pacta sunt servenda, permitindo a revogação de cláusulas e anulabilidade de contratos que firam os princípios e direitos constitucionais garantidos às partes do contrato.
b) Elabore um conceito de função social do contrato, indicando se a função social do contrato pode justificar inadimplemento contratual.
R: A função social do contrato é um princípio que tem como objetivo fazer com que os contratos respeitem a vontade dos contratantes e não prejudiquem terceiros.
 Questão objetiva 1
(TJMS - Juiz Substituto - 2009) A propósito dos contratos, examine as assertivas abaixo e indique a alternativa correta:
a) Obrigação e contrato se confundem porque deste advém o acordo de vontades que visa a constituição, modificação ou extinção de direitos; em suma, um conjunto de obrigações a serem cumpridas pelas partes.
b) Nem toda relação jurídica contratual possui, além das partes e do consensualismo, um objeto.
c) O objeto da relação jurídica patrimonial pode ser imediato ou mediato, sendo o primeiro o contrato propriamente dito e o último, o bem da visa suscetível de apreciação econômica.
d) O objeto mediato se limita ao seu aspecto econômico e ao fato de ser corpóreo.
e) Vale, em regra, o contrato que implique transmissão de direitos autorais.
Questão objetiva 2
(MPRS - 2001) A superação do paradigma voluntarista do contrato encontra-se justificada pela:
I. Utilidade social do contrato.
II. Objetivação do vínculo contratual.
III. Concepção da causa como função econômico-social do contrato.
IV. Justiça da relação contratual no caso concreto.
V. Expansão das hipóteses de vícios do consentimento.
Assinale a alternativa correta:
a) A- Somente as alternativas I e III estão corretas.
b) B - Somente as alternativas II e III estão corretas.
c) C - Somente as alternativas I, II, III e IV estão corretas.
d) D - Somente as alternativas I, II, IV e V estão corretas.
e) E - Somente as alternativas I e IV estão corretas.
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Plano de aula 2
Jovenal, prestador de serviços em Curitiba, após troca de e-mails com informações sobre o serviço (via Internet) com Maria (residente em Colombo, região metropolitana de Curitiba) apresenta-lhe on-line (também via Internet/Messenger) proposta para realizar pintura de sua residência, indicando o preço que cobraria pela empreitada e o material necessário. Responda as questões abaixo:
i. Pode-se afirmar que houve negociação preliminar? Se afirmativa a resposta, de que forma?
- Sim, a partir da troca de e-mails com explicações sobre o serviço.
ii. A proposta feita on-line por Jovenal vincula? Justifique sua resposta e destaque, em caso afirmativo, o que significaria a obrigatoriedade da oferta.
 - A obrigatoriedade ocorre no momento da aceitação da proposta. Vincula, com efeitos no art. 427 do CC.
 iii. Qual o prazo de validade da oferta feita por Jovenal?
 - Não há prazo, se considerarmos que a proposta foi imediatamente aceita.
 iv. Em que momento poderia ser considerada aceita a proposta e formado finalmente o contrato?
 - De forma imediata (proposta entre presentes). No momento em que Maria confirmasse a proposta de José
 v. Identifique o lugar da celebração do contrato.
 - Consoante art. 435, o contrato deve ser celebrado “no local em que foi proposto”, ou seja, em Curitiba.
Questão objetiva 1
 (TJSC - Juiz Substituto - 2010) Assinale a alternativa correta:
I. (f) A liberdade de contratar é exercida em razão e nos limites da função social do contrato. No sistema do Código Civil, quando há no contrato de adesão cláusulas ambíguas ou contraditórias, nem sempre adota-se a interpretação mais favorável ao aderente. Contudo, nos contratos de adesão, são nulas as cláusulas que estipulem a renúncia antecipada do aderente a direito resultante da natureza do negócio.
II. (v) É nulo o negócio jurídico quando: celebrado por pessoa absolutamente incapaz; for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto; o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito; tiver por objetivo fraudar lei imperativa; derivar de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores. O negócio jurídico nulo não é suscetível de confirmação, nem convalesce pelo decurso de tempo. (erro, dolo, coação etc. acarretam anulabilidade.
III. (v) É lícito aos interessados prevenir ou terminar o litígio mediante concessões mútuas. A transação, se recair sobre direitos contestados em juízo, será feita por escritura pública ou por temo nos autos, assinado pelos transigentes e homologado pelo juiz.
IV. O texto do Código Civil contempla, sempre que necessário, cláusulas gerais. As cláusulas gerai conferem ao sistema jurídico flexibilidade e capacidade de adaptação à evolução do pensamento e do comportamento social e importam em avançada técnica legislativa de enunciar, através de expressões semânticas relativamente vagas, princípios e máximas que compreendem e recepcionam a mais variada sorte de hipóteses concretas de condutas tipificáveis, já ocorrentes no presente ou ainda por realizarem no futuro.
a) A - Somente as proposições I e II estão incorretas.
b) B - Somente as proposições III e IV estão incorretas.
c) C - Somente as proposições I e III estão incorretas.
d) D - Somente as proposições I , II e IV estão incorretas.
e) E - Todas as proposições estão incorretas.
Questão objetiva 2
(MPE-PR - 2009 - adaptada) Sobre a formação e interpretação dos contratos, podemos afirmar:
a) A - A função social do contrato e o princípio da boa-fé objetiva não constituem limitadores da liberdade de contratar, quando presentes na relação jurídica, como partes, pessoas capazes agindo no exercício de sua atividade profissional.
b) B - Pode-se revogar a oferta ao público, pela mesma via da sua divulgação, desde que ressalvada essa faculdade no instrumento que contemple a oferta realizada.
c) C - Somente quando evidenciada uma relação de consumo, é possível sustentar o princípio da interpretação mais favorável ao aderente, em sede de contrato de adesão.
d) D - No caso de contrato de adesão firmando tendo como partes duas pessoas capazes, agindo no exercício de sua atividade profissional, é válida a cláusula de renúncia antecipada do aderente, mesmo quando se trate de direito resultante da natureza do negócio.
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Plano de aula 3
Caso Concreto 1
Lúcia promete à sua Comissão de Formatura que trará para cantar em uma festa, destinada a arrecadar fundos para a Comissão, sua tia, Ivete Sangalo. Os membros da Comissão, conhecedores do relacionamento próximo que Lúcia possuicom sua tia, com razões concretas e objetivas para acreditar na promessa, não contratam nenhuma banda e iniciam os preparativos de divulgação do evento que, então, terá como uma das principais atrações a mencionada cantora. Ocorre que um dia antes do início da festa, Lúcia telefona para o presidente da Comissão e o comunica que embora tenha realizado inúmeros esforços não conseguirá trazer a tia para cantar na festa. Diante dessa situação, responda:
a) Qual é o tipo de obrigação (utilize pelo menos duas classificações) assumida por Lúcia em face da Comissão de formatura e que espécie contratual pode ser identificada?
R: Obrigação de fazer.
b) Lúcia poderá ser de alguma forma responsabilizada, mesmo tendo empreendido todos os seus esforços para que a tia cumprisse promessa por ela feita?
R:Sim, ela responderá de acordo com art 439 CC, ou seja aquele prometeu fato de terceiro, responderá por perda de perdas e danos , quando este não executar.
c) Suponha que por intermédio de Lúcia, a representante da cantora entrou em contato com o Presidente da Comissão e, anuindo com a indicação do promitente, combina que a cantora cantará na festa no dia e horários marcados. No entanto, no dia do evento a cantora é convidada a receber um prêmio e não comparece ao evento. Quem responderá pelos prejuízos causados por essa ausência? Fundamente sua resposta.
R: Considerando que o represente da cantora possui uma procuração para agir em nome da cantora, se trataria de uma prestação de serviço que deixou de ser feita, portanto, a cantora responderia. Deixaria de ser promessa feita por 3º.
 Questão objetiva 1
 (TJMA - Juiz substituto - 2008) Assinale a proposição correta, em se considerando o atual Código Civil:
a) A - Qualquer que seja o valor do imóvel, a escritura pública é essencial à validade do contrato de compra e venda.
b) B - Nos contratos benéficos, responde por simples culpa o contratante a quem o contrato aproveite, e por dolo aquele a quem não favoreça
c) C - Nos contratos unilaterais, nenhum dos contratantes, antes de cumprida a sua obrigação, pode exigir o implemento da do outro.
d) D - A parte lesada pelo inadimplemento pode pedir a resolução do contrato ou o seu cumprimento; mas apenas na primeira hipótese será possível cumular o pedido com o de indenização por perdas e danos.
 Questão objetiva 2
 (TRT 8a. Região - 2009) Marque a alternativa correta:
a) A- Se o contrato for aleatório em virtude de fatos futuros, cujo risco de inexistirem for assumido por um dos contratantes, terá o outro direito de receber integralmente o que foi prometido, desde que de sua parte não tenha havido culpa ou dolo, ainda que nada do avençado venha a existir.
b) B- No contrato aleatório, o alienante terá direito ao preço integral em qualquer situação, ainda que a coisa venha a existir em quantidade inferior à esperada.
c) C- Concluído o contrato preliminar poderá a parte exigir seu cumprimento. A existência e a utilização da cláusula de arrependimento não inibe a exigência de perdas e danos.
d) D- Se a promessa de contrato for unilateral, pode o credor manifestar-se a qualquer tempo pela sua aceitação.
e) E- A resilição unilateral do contrato, em qualquer caso, só se opera mediante denúncia.
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Plano de aula 4
(OAB 2010.1) Edson vendeu veículo de sua propriedade a Bruna, estipulando que o pagamento deveria ser feito a Tânia. Trinta dias depois da aquisição, o motor do referido veículo fundiu. Edson, embora conhecesse o vício, não o informou a Bruna e, ainda, vendeu o veículo pelo preço de mercado. Desejando resolver a situação, Bruna, que depende do automóvel para o desenvolvimento de suas atividades comerciais, procurou auxílio de profissional da advocacia, para informar-se a respeito de seus direitos. Em face dessa situação hipotética, indique, com a devida fundamentação legal, a(s) medida(s) judicial(is) cabível(is) e a(s) pretensão(ões) que pode(m) ser(em) deduzida(s), a parte legítima para figurar no polo passivo da demanda e o prazo para ajuizamento.
R: Trata-se de vício redibitório entendido com o vício da coisa, possibilitando ao adquirente pleitear uma indenização ou a extinção do contrato através das ações quantimenores ou redibitórias, respectivamente, podendo, em ambas, pleitear perdas e danos, uma vez que o alienante tinha conhecimento do vício, conforme art. 443 do CC.
Quanto ao prazo, o adquirente deverá identificar o vício no prazo de 180 dias a partir da tradição, tendo mais 30 dias para o ajuizamento da ação, conforme art. 445 do CC.
Art. 443. Se o alienante conhecia o vício ou defeito da coisa, restituirá o que recebeu com perdas e danos; se o não conhecia, tão-somente restituirá o valor recebido, mais as despesas do contrato.
Art. 445. O adquirente decai do direito de obter a redibição ou abatimento no preço no prazo de trinta dias se a coisa for móvel, e de um ano se for imóvel, contado da entrega efetiva; se já estava na posse, o prazo conta-se da alienação, reduzido à metade.
§ 1o Quando o vício, por sua natureza, só puder ser conhecido mais tarde, o prazo contar-se-á do momento em que dele tiver ciência, até o prazo máximo de cento e oitenta dias, em se tratando de bens móveis; e de um ano, para os imóveis.
§ 2o Tratando-se de venda de animais, os prazos de garantia por vícios ocultos serão os estabelecidos em lei especial, ou, na falta desta, pelos usos locais, aplicando-se o disposto no parágrafo antecedente se não houver regras disciplinando a matéria.
Questão objetiva 1
 (TJMS - Juiz Substituto - 2008) A ação de indenização, relativamente aos prejuízos causados em razão da entrega de sementes, para plantação, de qualidade inferior à contratada, deve observar o prazo:
a) A- Prescricional de 3 anos.
b) B- Decadencial de 3 anos.
c) C- Decadencial de 90 dias.
d) D- Decadencial de 30 dias.
e) E- Prescricional de 5 anos.
Questão objetiva 2
 (TJMG - Juiz Substituto - 2008) Nos contratos onerosos, o alienante responde pela evicção. Assim, de acordo com o Código Civil, é correto dizer que:
a) A- A garantia não subsiste quando a aquisição se tenha realizado em hasta pública.
b) B- A garantia ou responsabilidade pela evicção independe de culpa.
c) C- A garantia opera-se com a perda da coisa por ato administrativo de política sanitária ou se segurança pública.
d) D- A garantia ou responsabilidade pela evicção não pode ser objeto das disposições de vontade dos contratantes.
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Plano de aula 5
(MPDFT - 27o. Concurso - adaptada) Considere que foi firmado um contrato particular de promessa de compra de um bem imóvel, financiado em 60 parcelas mensais, entre Pedro e João, figurando como intermediária a Imobiliária Morar Bem, no qual foi inserida cláusula resolutiva expressa, restando ajustado que enquanto o financiamento permanecer em nome do cedente, o cessionário compromete-se a efetuar o pagamento das prestações do imóvel, junto à instituição financeira, nos seus respectivos vencimentos, sob pena de perder o valor do ágio e ser obrigado a devolver o imóvel ao cedente, sem direito a qualquer indenização, ou restituição, independentemente de interpelação judicial. Ficou acordado, também, que o contrato não era sujeito à revisão. A posse do imóvel foi transferida ao comprador no ato da assinatura do mencionado contrato. Diante dessa situação hipotética, quais seriam os efeitos da resolução deste contrato? Explique sua resposta.
R: Trata-se de contrato no qual foi pactuada cláusula resolutiva expressa que, conforme art. 474 CC, opera de pleno direito, fazendo com que o devedor, uma vez inadimplente, deva, em princípio, devolver a coisa, recebendo o valor já pago, conforme art. 465 do CC.
 É importante ressaltar que a presente cláusula poderá ser discutida judicialmente já que não é possível sua inserção nos contratos que preveem garantir como hipoteca, nos moldes do art. 1428 do CC, além de se questionar a cláusula que não permite a revisão contratual por ser abusiva.
 
Resposta alternativa:Promessa de compra e venda, se o promitente vendedor desistir do contrato sem motivo justificável, como aconteceu na hipótese, o promitente comprador poderá modificá-ló, estabelecendo um prazo para que o contrato definitivo seja realizado, e na hipótese de recusa do promitente vendedor, aquele pode promover uma ação de adjudicação compulsória, pedindo ao juiz para transformar aquele contrato preliminar em um contrato definitivo, adquirido um bem forçadamente (art. 463, 464, C.C ), desde de que não exista cláusula de arrependimento no contrato. 
 
Questão objetiva 1
 (MPDFT - 2009 - adaptada) Ainda a respeito dos contratos, assinale a alternativa correta:
a) Ocorrendo a evicção parcial, sendo esta considerável, o evicto poderá optar entre a rescisão contratual e a retenção da coisa com o abatimento proporcional do preço.
b) A teoria da onerosidade excessiva se aplica nas relações de consumo, onde são nulas as cláusulas que estabeleçam prestações desproporcionais, para o consumidor, decorrente de fatos supervenientes, desde que imprevistos pelas partes.
c) Se, depois de concluído o contrato, com prestações sucessivas, ocorrer a diminuição patrimonial de uma das partes, capaz de tornar duvidoso o cumprimento da prestação assumida, não pode a outra parte cessar ou reter a sua prestação até que o segundo efetue a sua ou preste garantia suficiente.
d) O contrato por prazo indeterminado admite a resilição unilateral, que é exercida mediante declaração de vontade emanada da parte a quem não mais interessa a manutenção do vínculo negocial. A resilição unilateral é um direito potestativo e opera-se mediante denúncia, independente de notificação da outra parte.
e) No contrato com pessoa a declarar é possível aos contratantes inserir estipulação segundo a qual um deles se reserva a faculdade de indicar uma pessoa, diversa da relação originária, que deve adquirir os direitos e assumir as obrigações decorrentes do negócio, caso o contratante originário não cumpra as obrigações assumidas.
 Questão objetiva 2
 (TRF 4a. Região - 2010) Assinale a alternativa correta. A "exceptio non adimpleti contractus" pode ser aplicada:
a) A- Apenas nos contratos unilaterais.
b) B- Apenas nos contratos bilaterais.
c) C- Nos contratos unilaterais e bilaterais.
d) D- Somente nos contratos escritos.
e) E- Todas as alternativas anteriores são incorretas.
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Plano de aula 7
Germano vendeu a Juca uma chácara localizada a poucos quilômetros do centro de Curitiba. Neste contrato fixaram as partes que se Juca quiser vender o imóvel deverá oferecê-lo previamente a Germano em igualdade de condições da oferta feita a terceiros. Sobre este contrato, pergunta-se:
a) A) Pode-se identificar algum tipo de cláusula especial neste contrato de compra e venda? Em caso afirmativo, qual é a cláusula e qual seu conceito?
R: Cláusula de preempção, onde o vendedor primitivo tem preferência no caso de o atual proprietário querer vender a coisa.
b) B) Não havendo prazo estipulado para o exercício do direito previsto na cláusula especial, qual será o limite temporal máximo? Quando tem início a contagem desse prazo? Esses prazos podem ser alterados pela vontade das partes?
R: Inexistindo prazo estipulado, o prazo máximo da preempção é de 2 anos, contados a partir do registro. O direito de preempção caducará, não se exercendo nos sessenta dias subsequentes à data em que o comprador tiver notificado o vendedor (art. 516, CC). 
c) C) Caso a cláusula não seja observada por Juca, que medidas Germano poderá tomar? Explique sua resposta.
R: 
· Juca responderá por perdas e danos, consoante art. 518 do CC. O terceiro que adquirir o bem responderá solidariamente se agiu de má-fé.
· O prazo decadencial para o exercício dessa pretensão é de 3 anos (Art. 206, parágrafo 3º, V do CC)
Art. 518. Responderá por perdas e danos o comprador, se alienar a coisa sem ter dado ao vendedor ciência do preço e das vantagens que por ela lhe oferecem. Responderá solidariamente o adquirente, se tiver procedido de má-fé.
Art. 206. Prescreve:
§ 3o Em três anos:
V - a pretensão de reparação civil
Questão objetiva 1
 (TJRS - Juiz Substituto - 2003) Na venda de um imóvel, foi estipulado o preço por medida de extensão, e esta não corresponde às dimensões dadas. Com base no enunciado, considere as assertivas propostas:
I. O comprador terá direito de exigir o complemento da área.
II. Não sendo possível o complemento da área, pode o comprador reclamar a resolução do contrato ou abatimento proporcional do preço.
III. Se, em vez de falta, houver excesso e o vendedor provar que tinha motivos para ignorar a medida exata da área vendida, caberá ao comprador, à sua escolha, completar o valor correspondente ao preço ou devolver o excesso.
Quais estão corretas?
a) A- Apenas I.
b) B- Apenas II.
c) C- Apenas III.
d) D- Apenas I e II.
e) E- I, II e III.
Art. 500. Se, na venda de um imóvel, se estipular o preço por medida de extensão, ou se determinar a respectiva área, e esta não corresponder, em qualquer dos casos, às dimensões dadas, o comprador terá o direito de exigir o complemento da área, e, não sendo isso possível, o de reclamar a resolução do contrato ou abatimento proporcional ao preço.
§ 1o Presume-se que a referência às dimensões foi simplesmente enunciativa, quando a diferença encontrada não exceder de um vigésimo da área total enunciada, ressalvado ao comprador o direito de provar que, em tais circunstâncias, não teria realizado o negócio.
§ 2o Se em vez de falta houver excesso, e o vendedor provar que tinha motivos para ignorar a medida exata da área vendida, caberá ao comprador, à sua escolha, completar o valor correspondente ao preço ou devolver o excesso.
§ 3o Não haverá complemento de área, nem devolução de excesso, se o imóvel for vendido como coisa certa e discriminada, tendo sido apenas enunciativa a referência às suas dimensões, ainda que não conste, de modo expresso, ter sido a venda ad corpus.
 Questão objetiva 2
 (OAB-DF - 2005) Analise as seguintes assertivas e depois responda:
I. Na permuta, salvo disposição contratual em contrário, ficarão as despesas de registro e escritura a cargo do adquirente, e a cargo do alienante as da tradição.
II. Na compra e venda não é possível que o preço seja fixado por taxa de mercado ou de bolsa, pois este deve ser certo e determinado no momento da avença.
Assinale, agora, a alternativa correta:
a) A- As duas alternativas estão corretas.
b) B- As duas alternativas estão incorretas.
c) C- A primeira assertiva está correta e a segunda está incorreta.
d) D- A primeira assertiva está incorreta e a segunda está correta.
Art. 533. Aplicam-se à troca as disposições referentes à compra e venda, com as seguintes modificações:
I - salvo disposição em contrário, cada um dos contratantes pagará por metade as despesas com o instrumento da troca;
Art. 486. Também se poderá deixar a fixação do preço à taxa de mercado ou de bolsa, em certo e determinado dia e lugar.
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Plano de aula 8
Analise a notícia adiante (Fonte: Superior Tribunal de Justiça):
[Omissis]. Decidiu a Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ao julgar processo de casal de São Paulo que pretendia anular a doação de vários imóveis à filha, alegando que ela "nunca mais teve notícias de seus pais, não lhes dirigindo a palavra, ou mesmo telefonando para saber se estão passando bem, tendo, inclusive, após séria doença que acometeu o seu pai (...), deixado de comparecer ao hospital para visitá-lo (até mesmo depois desta operação), em total ignorância aos seus genitores".
Os pais queixaram-se de ofensa ao artigo 1.183 do Código antigo (art. 557, CC/02), afirmando que os frutos e os rendimentos dos imóveis em questão cessaram, sendo-lhes negadas indiretamente fontes de alimento. Além de demonstração de abandono material e moral, devido à falta de visitação, carinho, respeitoe atenção, ferindo, com isso, seus "mais frágeis sentimentos de filiação". Pleiteavam a revogação das doações feitas, restabelecendo os imóveis na propriedade dos doadores.
Com o seguimento negado na origem, o casal entrou no STJ. O relator do processo, ministro Humberto Gomes de Barros, esclareceu que a doação, conforme dispõe o artigo 1.181 do Código Civil de 1916 (art. 555, CC/02), pode ser revogada por três modos: pelos casos comuns a todos os contratos (vícios do negócio jurídico, incapacidade absoluta, ilicitude ou impossibilidade do objeto), por ingratidão do donatário e por inexecução do encargo, no caso de doação onerosa.
De acordo com o relator, apesar de se tratar de um negócio jurídico proveniente da liberalidade do doador, a lei, principalmente em respeito à segurança jurídica, limita o arbítrio do doador em desfazer tal liberalidade. Assim, o ministro reconheceu a taxatividade das hipóteses previstas no artigo 1.183 do Código Civil de 1916 (Código Beviláqua), segundo o qual só se podem revogar por ingratidão nas seguintes situações: se o donatário atentou contra a vida do doador, se cometeu contra ele ofensa física, se o injuriou gravemente, ou o caluniou, ou se, podendo ministrar-lhes, recusou ao doador os alimentos de que este necessitava.
[...]
a) Identifique e defina o contrato em análise.
R: se trata de contrato em que uma parte, por liberalidade, transfere a outrem bens ou vantagens de seu patrimônio.
b) O STJ deveria ter anulado o contrato de doação em análise? Fundamente sua resposta.
R: quando o donatário pode ministrar alimentos e se recusa, o doador pode revogar por ingratidão a doação feita.
Art. 557. Podem ser revogadas por ingratidão as doações:
IV - se, podendo ministrá-los, recusou ao doador os alimentos de que este necessitava.
Questão objetiva 1
(TJPA - Juiz Substituto - 2005) Assinale a alternativa correta quanto ao tratamento dado pelo Código Civil em matéria de doação:
a) A- O doador não é obrigado a pagar juros moratórios, nem é sujeito às consequências da evicção ou do vício redibitório.
b) B- É inválida a doação feita ao nascituro, que não poderá ser aceita pelo seu representante legal.
c) C- Em qualquer hipótese, é inadmissível a doação verbal.
d) D- O doador pode estipular que os bens doados se revertam em favor de terceiro se o doador sobreviver ao donatário.
e) E- É renunciável antecipadamente o direito de revogar a doação por ingratidão do donatário. 
Questão objetiva 2
(TJMA - Juiz Substituto ? 2008) Assinale a alternativa correta:
a) A- É possível a revogação da doação quando o donatário atentar contra a vida do irmão do doador.
b) B- Não é lícita a compra e venda entre cônjuges, ainda que em relação aos bens excluídos da comunhão.
c) C- A doação, por ato de transferência de bens ou vantagens de uma pessoa a outra, por liberalidade, independe de aceitação do donatário.
d) D- A doação de ascendentes a descendentes importa no adiantamento do que lhes cabe por herança, ainda que o doador expressamente designe sair de sua parte disponível.

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