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UNIDADE IV PROTOZOÁRIOS ASPECTOS GERAIS E IMPORTÂNCIA

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Microbiologia 
Básica e Ambiental
Protozoários: Aspectos Gerais e Importância
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Dr. Jorge Henrique da Silva
Revisão Textual:
Prof. Ms. Luciano Vieira Francisco
5
•	Introdução
•	Os Ciliophoras (ou ciliados)
•	Os Sarcodíneos
•	Os Sporozoa (ou esporozoários)
•	Os Mastigophoras (ou Flagelados)
•	Importância ambiental dos protozoários
Para que você tenha sucesso em seus estudos, é de extrema importância que, além de ler 
atentamente o conteúdo desta Unidade, consulte os materiais complementares e também 
assista aos vídeos sugeridos. 
Recomenda-se também que você busque outras fontes que possam contribuir ao seu 
aprendizado, pois ao ir além do conteúdo apresentado, você criará condições para um maior 
aprofundamento sobre o tema e, com isso, enriquecerá seus conhecimentos. Assim, você se 
diferenciará dos demais!
Nesta Unidade você terá a oportunidade de aprender sobre 
os microrganismos protozoários, suas formas, tipos, como se 
nutrem e se reproduzem, assim como a importância desses 
seres vivos para o meio ambiente.
Protozoários: 
Aspectos Gerais e Importância
6
Unidade: Protozoários – Aspectos Gerais e Importância
Contextualização
Estudar os protozoários (microrganismos unicelulares eucariontes) é de extrema importância 
à manutenção do equilíbrio dos diversos ecossistemas naturais e urbanos.
Ao entendermos como esses organismos se reproduzem, onde vivem, as suas relações com 
outros organismos, além de sua interação com a matéria, podemos tê-los como “parceiros”. 
Pois esses podem nos indicar as condições que determinado ambiente apresenta; sugerir 
reservas viáveis de petróleo; controlar pragas em lavouras. Ainda podemos prevenir doenças 
que determinados protozoários causam, tanto nos humanos quanto em outros animais. 
Portanto, esses organismos desempenham papéis importantes ao meio ambiente e à vida. 
Nesta Unidade você terá a oportunidade de conhecer os principais grupos de protozoários e 
suas características, assim como a importância desses microrganismos.
Inicie este aprendizado assistindo aos seguintes vídeos:
 
 Explore
O MUNDO de Beakman: protozoários. 29 fev. 2012. Disponível em: http://www.youtube.
com/watch?v=fHqjLNPQJLs. Acesso em: 15 out. 2014.
OS PROTISTAS. 1 maio 2011. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=IImnpPFAS-I. 
Acesso em: 15 out. 2014.
7
Introdução
O termo protozoan significa “primeiro animal”. Assim, os protozoários, por apresentarem 
“características semelhantes” as dos animais, recebem essa nomenclatura.
Os protozoários são seres eucariotos, não possuem parede celular, a maioria se locomove e 
se nutre por ingestão (sendo, portanto, heterotróficos) e, em alguns casos, são seres saprófitos 
ou parasitas. 
Preferem os ambientes úmidos, com temperaturas entre 16 e 25oC, pH 6,0 a 8,0 (levemente 
ácido a alcalino), para melhor se desenvolverem. Porém, há espécies que toleram ambientes 
com pH 3,2 a 8,7. 
Algumas espécies são importantes no processo de nutrição de animais herbívoros, pois 
habitam (em simbiose) o rúmen - primeira cavidade do estômago dos animais vertebrados 
herbívoros. Nutrem-se digerindo a celulose das plantas e, como consequência, disponibilizam 
ao hospedeiro nutrientes necessários à sua sobrevivência.
Para organizarem os grupos de protistas (protozoários), os pesquisadores tiveram como 
referência a história evolutiva. Entretanto, a classificação atual dos protozoários está embasada 
no sequenciamento do RNA ribossômico. Assim, é possível que à medida que mais informações 
forem obtidas, alguns grupos poderão ser classificados em reinos diferentes dos atuais, ou até 
poderão ser reagrupados em reinos já existentes ao protista (Domínio Eukarya). 
De maneira geral, seu modo de locomoção também é uma referência para que os protozoários 
possam ser classificados. 
Os que se movem através de mecanismos de expansões do citoplasma, formando “falsos 
pés” (os chamados pseudópodos) são classificados como Filo Sarcodina (as amebas, por 
exemplo). Já aqueles que apresentam uma “longa cauda” (flagelados), estão agrupados no Filo 
Mastigophora. Localizadas em uma das extremidades do corpo do protozoário, essas estruturas 
(os flagelos), em movimento de “chicote” permitem ao organismo se deslocar em meio líquido. 
Os que se movimentam através de apêndices finos (os cílios) são classificados como membros 
do Filo Ciliophora (o Plasmódium, por exemplo).
Entre esses organismos há, também, os esporozoários, membros do Filo Sporozoa, que não 
possuem estruturas externas para locomoção (cílios ou flagelos), locomovendo-se, portanto, de 
maneira “semelhante” aos sarcodíneos (as amebas), ou seja, por deslizamento:
8
Unidade: Protozoários – Aspectos Gerais e Importância
Figura 1 – Os diversos Filos dos Protozoários.
Película
Ocelo
Flagelo
Núcleo
Citóstoma
A - Esporozoítos
B - Merozoítos
Película
Cloroplasto
Flagelo
pré-emergente
Cili
Citóstoma
Vacúolo
alimentar
Vacúolo
alimentar
Núcleo
Pseudópoles
Vacúolo
contrátil
Macronúcleo Micronúcleo Poro
anal
Fonte: Adaptado de Tortora, Funke e Case (2012).
Os Sarcodíneos
Por sempre estarem alterando sua forma, a todo o momento, tanto para o deslocamento, 
quanto para ingerir nutrientes, com base na palavra grega amoibe (que significa “modificação”), 
os cientistas deram o nome de ameba aos principais representantes do Filo Sarcodina.
Como citado, o deslocamento das amebas se dá pela expansão dos pseudópodos (“falsos 
pés”). Exemplo típico é a Amoeba Proteus, cuja célula chega a apresentar 0,5mm de diâmetro 
ao expandir seus pseudópodos.
As amebas se alimentam, ingerindo protozoários e algas e também de protoplasma morto. Ao 
perceberem a presença de uma “partícula de alimento”, deslocam-se em sua direção, “abraçando-a” 
com seus pseudópodos, esse processo de ingestão de nutrientes é chamado de fagocitose:
Figura 2 – Ameba se alimentando (fagocitose).
Alimento
Ameba
Pseudópodos
Fagossomo
Fonte: nossomeioporinteiro.wordpress.com.
9
Após o alimento ser ingerido, esse ficará armazenado em um vacúolo alimentar (fagossomo). 
Em seguida, enzimas digestivas, que estão armazenadas nos lisossomos, agirão sobre o alimento, 
digerindo-o e formando a estrutura “vacúolo digestivo”. 
Com a contribuição das correntes citoplasmáticas, o vacúolo digestivo se desloca no interior 
da ameba. Com isso, o alimento digerido será distribuído por todo o corpo do organismo, ou 
seja, da ameba. 
Os resíduos (sobras) da digestão serão também armazenados em um vacúolo, que agora 
passa a ser chamado de “vacúolo residual”. Posteriormente, essas sobras serão eliminadas da 
ameba através do processo conhecido como “defecação celular”, ou clasmocitose.
As amebas e outros protozoários de água doce se apresentam com células hipertônicas em 
relação ao meio externo. A diferença entre a concentração do suco celular (dentro da ameba) e da 
água doce (meio externo) é suficiente para saturar a célula (ameba) e consequentemente rompê-
la para equilibrar as concentrações entre o meio interno e externo, ocorre o processo de osmose. 
Células hipertônicas possuem maior concentração de sais dissolvidos em água 
quando comparada à concentração de sais do meio externo.
O processo de osmose é um movimento (sem gasto energético) de água entre 
os meios (interno e externo) com concentrações diferentes, separados por uma 
membrana semipermeável. O objetivo da osmose é, portanto, equilibrar as 
concentrações dos dois meios.
Para contribuir com o processo de osmose e, consequentemente, não se romper (“estourar”) 
os protozoários de água doce, desenvolveram os chamados “vacúolos pulsáteis”, organelas 
citoplasmáticas contráteis que eliminam o excesso de água que entrar na célula:
Figura 3 – Esquema de umaameba.
Plasmalema Ectoplasma
Pseudópolo
Núcleo
Vacúolo digestivo
Vacúolo
contrátil
Fonte: nossomeioporinteiro.wordpress.com.
Por outro lado, os protozoários que vivem em meio líquido salgado geralmente não apresentam 
os “vacúolos pulsáteis”, pois nessa condição, a concentração do meio externo será igual à do 
citoplasma da célula (protozoário).
10
Unidade: Protozoários – Aspectos Gerais e Importância
A reprodução assexuada, por meio da divisão binária, é o tipo mais comum de reprodução entre 
os sarcodíneos. Assim, durante a sua reprodução, esses organismos dividem-se ao meio, dando 
origem a uma “célula-filha” (novo protozoário) com a mesma informação genética da “célula-mãe”:
Figura 4 – Reprodução de uma ameba por divisão binária.
Ameba “Mãe”
Ameba “Filha”
Fissão (divisão) do núcleo e do citoplasma
Fonte: cienciasvm.blogspot.com.br.
Há algumas espécies de amebas que apresentam um tipo de estrutura de revestimento 
(carapaça), essas são, então, chamadas de “tecamebas”.
A carapaça das tecamebas pode ser formada por pequenas partículas que se aglutinam ao 
redor da célula (ameba) ou mesmo por substâncias secretadas pela própria ameba. 
Algumas amebas são importantes ao homem por causarem doenças. Entre essas espécies 
algumas são parasitas, como as Entamoeba coli e. histolytica, que ocorrem no intestino. Ao 
parasitar o intestino humano, esses organismos causam a disenteria amebiana (amebíase), 
caracterizada por diarreias carregadas de sangue. 
Esse tipo de organismo também apresenta a capacidade de se encistar, sendo liberado nessa forma 
(em cistos ou “ovos”) pelas fezes do homem. Tais estruturas, os cistos, são resistentes, permitindo a 
“sobrevivência” do parasita (nesse estágio) fora do corpo do hospedeiro por um longo período. 
Os seres humanos podem ingerir esses cistos (ou “ovos”) ao se alimentarem de frutas ou 
verduras mal lavadas, ou ao beberem água contaminada. Novamente dentro do organismo 
humano, esses cistos se rompem liberando protozoários que se instalarão na mucosa intestinal, 
causando lesões e, consequentemente, diarreias com sangue.
A profilaxia, ou meio de prevenção, dessa doença se dá através de práticas higiênicas e 
medidas eficazes de saneamento básico.
Dentro do Filo Sarcodina, além das amebas, encontra-se também o conjunto de organismos 
denominados foraminíferos. Principalmente marinhos, esses apresentam carapaça formada por 
diferentes câmaras.
Os foraminíferos possuem uma teca (concha ou carapaça) que pode conter uma ou 
mais câmaras (unilocular ou multilocular, respectivamente), sendo todas ligadas por 
uma pequena abertura chamada forâmen. Devido a essa abertura que esse grupo 
recebeu o nome de foraminíferos.
11
Suas carapaças podem ser formadas por carbonato de cálcio (CaCO3), secretado pelo 
próprio organismo ou por agregados de grãos de areia que se aglutinam ao redor do corpo. O 
formato da carapaça pode variar significativamente, dependendo da espécie, entretanto, muitas 
lembram minúsculos caracóis: 
Figura 5 – Formato e estruturas de uma carapaça.
Parede
perfurada
Câmara
Septo
Prolóculo
Sutura
A B
Face
apertural
Abertura
(forâmen)
Legenda: a) corte transversal de um foraminífero; b) vista apertural – onde se 
encontra a entrada (abertura).
Fonte: www.phoenix.org.br.
Representantes fósseis desses organismos (os foraminíferos), por serem bons indicadores da 
presença de petróleo, são importantes nas pesquisas de prospecção de jazidas desse óleo bruto.
Os Mastigophoras (ou Flagelados)
A origem do nome desse filo é justamente por esses protozoários apresentarem flagelos (mastix 
= flagelo; phoros = portar). Os flagelados estão divididos em dois grupos, os zooflagelados 
que não possuem clorofila e realizam sua nutrição de modo heterotrófico, e os fitoflagelados 
que geralmente apresentam clorofila e, portanto, realizam a fotossíntese para a obtenção de 
nutrientes, como por exemplo as euglenas:
12
Unidade: Protozoários – Aspectos Gerais e Importância
Figura 6 – Esquema de uma Euglena.
Fonte: www.educadores.diaadia.pr.gov.br.
Na maioria dos casos, a reprodução dos flagelados se dá de maneira assexuada, por divisão 
binária. Alguns desses protozoários se locomovem livremente na água, utilizando, para tanto, 
os flagelos, enquanto outros vivem fixados a um substrato por meio de um pedúnculo. Nesse 
último caso, os flagelos são utilizados apenas à captura de nutrientes.
Quando apresentam uma estrutura parecida a um “colarinho” ao redor da base do flagelo, 
são chamados de coanoflagelados (como o Trypanosoma cruzi):
Figura 7 – Exemplos de protozoários flagelados.
Flagelo
Flagelos
Núcleo com
cariossoma central
Cisto
Disco ventral
20μm
10μm
axonema
núcleo
Corpos
medianosMitocôndria
(com DNA) Núcleo
Trypanosoma cruzi Giardia lamblia
Fonte: armymedical.tpub.com.
Entre os flagelados que parasitam do homem, destacam-se os gêneros Trichomonas, 
Leishmania, Giardia e Trypanosoma.
O protozoário Trichomonas vaginalis parasita a genital feminina e/ou a masculina, causando 
a doença chamada tricomoníase. A transmissão dessa doença se dá através da relação sexual e, 
também, pela utilização de sanitários não higienizados.
13
A doença conhecida como “úlcera e bauru” ou leishmaniose é causada pelo protozoário 
Leishmania brasiliensis. Esses organismos parasitam as mucosas dos seres humanos, provocando 
ulcerações progressivas. 
Para infectar o ser humano, esse protozoário necessita de um vetor (transporte). Nesse caso, 
o papel de vetor é desempenhado pelo inseto Phlebotomus intermedius, mais conhecido como 
“mosquito palha” ou “birigui”.
Existe tratamento específico para essa doença e a maneira de se prevenir consiste, 
essencialmente, em combater o mosquito transmissor.
Outra patologia causada por esses protozoários e a giardíase. Provocada pelo protozoário 
Giardia lamblia (ou pelo G. intestinalis), essa doença causa disenteria no homem. Sua transmissão 
se dá pela ingestão de alimentos mal lavados ou de água contaminada. Após sua ingestão, esse 
protozoário, parasita intestinal, instala-se no jejuno-íleo e, frequentemente, pode se instalar na 
vesícula biliar, tornando o tratamento mais complexo. 
Jejuno e íleo correspondem a porções do intestino delgado. Logo após o estômago, 
a porção inicial do intestino delgado é chamada de duodeno, a seguir, o jejuno – ou 
parte central - e, por último, o íleo, já nas proximidades do intestino grosso.
Como medidas de prevenção, as práticas de higiene pessoal e alimentar, assim como ações 
de saneamento básico eficazes estão entre as recomendadas.
Uma das patologias causadas por protozoários mais importantes no Brasil é a “doença de 
Chagas”. Essa recebeu tal nome em homenagem ao pesquisador brasileiro Carlos Chagas, 
que estudou e descreveu o ciclo de vida do protozoário (parasita) causador da doença, o 
Trypanosoma cruzi (Figura 7).
Por provocar a hipertrofia (“aumento”) e a flacidez no órgão infectado, essa doença é também 
chamada de “doença dos mega” (megacolo, megaesôfago etc.).
O T. cruzi tem enorme preferência em parasitar o músculo do coração, causando, como 
consequência, o aumento desse órgão e provocando disfunções, podendo levar o portador da 
doença à morte. Não há cura para essa grave doença que, somente na América do Sul, acomete 
mais de sete milhões de pessoas.
O vetor da doença, ou seja, o organismo que leva o protozoário para infectar o homem, é 
um inseto que se alimenta de sangue (um hematófago) do grupo dos triatomídeos. Esse inseto 
é conhecido popularmente como “barbeiro” ou “chupança” (Triatoma infestans, Panstrongylus 
megistus e outros).
Para a sua sobrevivência, o Trypanosoma necessita de dois hospedeiros, o homem (ou outro 
mamífero) e o inseto (o “barbeiro”): 
14
Unidade: Protozoários – Aspectos Gerais e ImportânciaFigura 8 – Esquema do ciclo de vida do T. cruzi.
O inseto pica e defeca ao
mesmo tempo. O tripomastigota
passa à ferida nas fezes. Os tripomastigotas invadem células
onde se transformam em amastigotas.
Os amatigostas multiplicam-se
dentro das células assexualmente.
Os tripanossomas então invadem
novas células em regiões diferentes
do corpo que invadem e onde se
multiplicam como amastigotas.
Os amastigotas transformam-se em
tripomastigotas e destroem a célula
sainda para o sangue.
Tripanomastigotas sanguíneos
são absorvidos por novo inseto
em nova picada.
Transformam-se em
epimastigotas no
intestino do inseto
Multiplicam-se.
Transformam-se
em tripomastigotas.
1
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3
4
5
6
7
8
Fonte: znrealiza.com.
A maneira mais eficiente de controlar essa enfermidade é administrar a população do inseto 
“barbeiro” (o vetor) e melhorar as condições habitacionais em regiões de grande ocorrência 
da doença.
Destaca-se que a doença do sono, transmitida pela mosca tsé-tsé (o vetor) é também causada 
por protozoário do gênero Trypanosoma (T. gambiensis e o T. rhodesiense).
15
Os Ciliophoras (ou ciliados)
Esses organismos possuem estruturas semelhantes aos cílios para se locomoverem e também 
capturarem alimento. Essas estruturas, os cílios, diferem dos flagelos em relação ao tamanho – 
os cílios são bem curtos –, número – os cílios são bem numerosos – e frequência de batimentos 
– os cílios batem com maior rapidez.
Para a sua nutrição, conduzem, através dos batimentos de seus cílios, as partículas de 
nutrientes do meio externo, que são direcionadas a uma estrutura parecida a uma boca aberta, 
chamada de citóstoma (“boca celular”). Após essas partículas alcançarem a citofaringe, estrutura 
tubular que possui um tufo de cílios, forma-se o “vacúolo digestivo”, que levado pelas correntes 
citoplasmáticas circulará pelo interior do organismo, distribuindo, assim, os nutrientes. 
Os resíduos metabólicos serão eliminados através de uma região específica do corpo do 
protozoário, chamada de poro anal.
Como em outros microrganismos unicelulares, o oxigênio entra no protozoário pela membrana 
celular, enquanto o CO2 se difunde para o meio externo (também através da membrana).
O protozoário Paramecium caudatum (Figura 1) é um exemplo bem comum de um protozoário 
ciliado, sendo encontrado em lagos e açudes. Apresenta a forma de “solado de sapato”, sendo 
sua porção anterior (frontal) arredondada e a sua porção posterior levemente afilada (Figura 1).
Outra característica do Parameciuem é a presença de dois diferentes tipos de núcleos: o micro 
e macronúcleo. Ressalta-se que nesses organismos o número de micronúcleos pode variar, 
existindo, no entanto, sempre um macronúcleo.
A reprodução nos ciliados, em condições ambientais favoráveis, é do tipo assexuada, 
ocorrendo por fissão ou divisão binária. Nesse tipo de reprodução, o macro e o micronúcleo se 
dividem, ocorrendo a formação de um sulco transversal, separando a célula ao meio (Figura 
9). Surge, então, uma nova célula (um novo protozoário), geneticamente idêntica a que lhe 
deu origem. Mantendo as condições ambientais favoráveis, esses organismos podem se dividir 
(reproduzir) de duas a três vezes em um único dia:
Figura 9 – Meio de reprodução nos ciliados.
Fonte: Adaptado de nossomeioporinteiro.wordpress.com.
16
Unidade: Protozoários – Aspectos Gerais e Importância
Por outro lado, em condições ambientais não favoráveis, a reprodução acontecerá de 
forma sexuada. Nesse tipo de reprodução, dois indivíduos se juntam formando uma ponte 
citoplasmática, por meio da qual “trocarão” micronúcleos. Posteriormente, por diferenciação, os 
micronúcleos recém-formados darão origem a um macronúcleo. Esse tipo de reprodução recebe 
o nome de conjugação (Figura 9).
Em relação à diversidade, os protozoários representantes do Filo Ciliophora podem apresentar 
cílios em apenas algumas regiões da célula (corpo) ou até mesmo recobrindo todo o corpo 
(célula), como é o caso do Paramecium (Figuras 1 e 9). 
Um grupo bem peculiar de protozoários ciliados é o chamado suctório, que recebe esse nome 
por apresentar estruturas adaptadas à sucção de substâncias nutritivas (figura 10).
Figura 10 – Exemplos de ciliados suctórios.
Fonte: Adaptado de Bossolan e Araújo (2002).
Quando “adultos”, os cílios desses protozoários (os suctórios) caem e “tentáculos” se 
desenvolvem. Essas novas estruturas formadas (“tentáculos”), como responsáveis pela captura de 
partículas de nutrientes no meio externo, são de extrema importância à nutrição do protozoário.
É bem comum os suctórios predarem outros protozoários, como por exemplo outros ciliados. 
Esse processo se dá pela atuação de estruturas de defesa (chamadas de tricocistos), dispostas nas 
extremidades de seus “tentáculos”, através das quais esses conseguem imobilizar suas presas. 
Posteriormente à captura, o protozoário predador (o suctório) sugará o citoplasma de sua 
presa. O “suco nutritivo” ingerido será, em seguida, digerido na estrutura interna do chamado 
vacúolo digestivo.
Há, também, protozoários ciliados parasitas, como por exemplo, o Balantidium coli (Figura 
11), que se aloja no intestino humano, sugando nutrientes do portador (hospedeiro). Esse 
parasita pode ser adquirido ao se ingerir água contaminada.
17
Figura 11 – Esquema de um Balantidium.
Citóstoma
Macronúcleo
Cílios
Vacúolo
Micronúcleo
Fonte: Adaptado de aparasiteworld.blogspot.com.br.
Os Sporozoa (ou esporozoários)
Conforme citado, esses organismos se caracterizam, principalmente, pela ausência de 
estruturas relacionadas à locomoção. Conseguem se alimentar absorvendo nutrientes de outros 
organismos (hospedeiros). Portanto, são parasitas:
Figura 12 – Esquema de um Sporozoa.
Retículo
Endoplasmático
Aparelho
de Golgi
Mitocôndria
Fonte: crv.educacao.mg.gov.br.
18
Unidade: Protozoários – Aspectos Gerais e Importância
No processo de reprodução desses protozoários, a maioria apresenta duas fases: a assexuada 
e a sexuada. 
Na fase assexuada a reprodução se dá por esquizogonia ou divisão múltipla. Nesse processo 
(esquizogonia) a “célula mãe”, por mitose, sofrerá diversas divisões. Entretanto, seu citoplasma 
não é divido. 
Ao cessar as divisões da “célula mãe”, uma membrana plasmática passará a envolver cada 
núcleo juntamente com parte do citoplasma da “célula mãe”. Dessa maneira, serão formadas 
várias “células filhas”, que serão liberadas (os novos protozoários – chamados de merozoítos).
Cada merozoíto (novo protozoário) gerado apresentará apenas um núcleo (pequeno).
A reprodução sexuada por esporogonia é a responsável pelo nome do grupo, pois por se 
assemelharem a esporos, são chamadas de esporozoítos. 
Esse tipo de reprodução ocorre logo após a formação do zigoto, durante o ciclo reprodutivo 
dos esporozoários. O zigoto geralmente sofre um encistamento e, após uma divisão meiótica, 
origina quatro esporozoítos com metade do número cromossômico do zigoto. 
Em seguida, por mitoses sucessivas, essas células multiplicam-se originando muitos outros 
esporozoítos, que são finalmente liberados do cisto.
Os esporozoários de maior importância para o homem são os do gênero Plasmodium, 
causadores da doença malária ou maleita.
Você Sabia ?
Por ano é estimado que, geralmente em regiões tropicais, cerca de cem milhões de pessoas contraem 
essa grave doença. Aproximadamente 1% (um milhão) que contrai a malária chega ao óbito. 
Para infectar e parasitar uma pessoa, o protozoário precisa ser transportado e esse papel (de 
vetor) é realizado pelo mosquito do gênero Anopheles:
19
Figura 13 – Ciclo de vida de esporozoário Plasmodium.
Estágio sexual: forma
masculina ou feminina
de gametócitos
Estágios
do mosquito
O mosquito consome o parasita
durante a alimentação de sangue
O mosquito injeta o parasitaquando pica o ser humano
Células do
fígado humano
fase do
fígado
humano
Fase
�nal do
mosquito
Células do
sangue humano
gametas
oocineto
oocisto
esporozoítos
ciclo
de células
sanguíneas
humanas
gametócitos
merozoítos
Fonte: Adaptado de medstnews.blogspot.com.br.
Quando o mosquito contaminado pelo protozoário (Plasmodium) pica uma pessoa sadia, 
o protozoário (forma de esporozoítos) é introduzido. Dentro do homem (o novo hospedeiro), 
os esporozoítos, por meio da corrente sanguínea, chegam e se instalam no fígado. Nas células 
desse órgão se reproduzem (por esquizogonia) dando origem a novos protozoários, chamados 
de trofozoítos (Figura 13).
Os trofozoítos, em grande quantidade, rompem as células, podendo novamente infectar 
outras células do fígado ou também caírem na corrente sanguínea, penetrando nos glóbulos 
vermelhos (as hemácias). 
Dentro das hemácias, inicialmente, os trofozoítos tomam a forma anelada (igual a um anel). 
Posteriormente, reproduzem-se por esquizogonia, originando diversos novos protozoários, 
chamados de merozoítos.
20
Unidade: Protozoários – Aspectos Gerais e Importância
Não suportando comportar a enorme quantidade de merozoítos, as hemácias se rompem 
(hemólise). Após liberados, os merozoítos se reproduzirão novamente, por esquizogonia e, 
posteriormente, infectarão novos glóbulos vermelhos (hemácias). 
Os merozoítos podem, ainda, não se dividir dentro do glóbulo vermelho (na hemácia). Nesses 
casos ocorrerá um processo de diferenciação, originando as células chamadas de gametócitos 
(Figura 13). O mosquito, ao picar um portador da malária, sugará as hemácias que contêm essas 
células (os gametócitos), iniciando, no interior do inseto, um novo ciclo de vida do protozoário.
Uma vez no estômago do mosquito, os gametócitos diferenciam-se em gametas masculinos 
e femininos, ocorrendo em seguida a fecundação. O zigoto formado fixa-se na parede do 
estômago do inseto, formando um cisto, no interior do qual ocorre a esporogonia, onde o zigoto 
sofre meiose e as células haplóides resultantes multiplicam-se diversas vezes, dando origem a 
muitos esporozoítos que rompem o cisto. Esses cistos são liberados e penetram na glândula 
salivar do inseto. Por fim, ao picar um indivíduo sadio, o ciclo se reinicia (figura 13).
É importante ressaltar que o ciclo de vida do plasmódio somente se completa se houver os dois 
hospedeiros: o mosquito (Anopheles) e o ser humano. No mosquito, conforme demonstrado, 
ocorrerá a reprodução sexuada, por isso, o inseto é considerado com “hospedeiro definitivo”. O 
homem, por sua vez, é considerado “hospedeiro intermediário”, pois ao parasitá-lo o protozoário 
realiza apenas a reprodução assexuada.
A doença malária é caracterizada por episódios febris característicos, podendo levar o paciente 
até à morte. Quando tratada precocemente e de maneira adequada, essa doença tem cura. 
O objetivo maior do tratamento está em impedir o desenvolvimento do parasita, a dose dos 
medicamentos (antimaláricos) dependerá da severidade da doença, da espécie do protozoário 
(Plasmodium vivax, P. ovale, P. malariae, P. falciparum) e também da idade e peso (biomassa) do 
paciente. Cabe ressaltar que o protozoário P. falciparum é o parasita que pode causar a forma mais 
grave e complicada da doença. 
Para se prevenir da malária, a picada do mosquito vetor deve ser evitada, colocando-se telas 
nas janelas e portas das residências e mosquiteiros (véu) sobre a cama.
 
 Importante
Outra doença que merece destaque e também é causada por um protozoário do tipo esporozoário é 
a toxoplasmose. Ocasionada pelo Toxoplasma gondii, tal patologia é comum em mamíferos e aves.
No ciclo de vida desse parasita (T. gondii) são necessários dois hospedeiros, como no ciclo 
do Plasmodium. No chamado “hospedeiro definitivo”, geralmente gatos, ocorre a reprodução 
sexuada do protozoário (o parasita) e no “hospedeiro intermediário”, que pode ser o homem 
ou outro mamífero, ocorre a fase reprodutiva do tipo assexuada.
21
A infecção não ocorre diretamente, ou seja, de um mamífero doente para outro sadio. Assim, 
o parasita será transmitido por “contágio indireto” através da ingestão de “ovos” (os oocistos) 
presentes em gramados, alimentos e/ou objetos contaminados. Entre os alimentos, os ovos 
podem estar presentes em carnes mal cozidas (preferencialmente de carneiro e de porco).
Quando o mamífero (fêmea) estiver contaminado pelo parasita e ainda estiver gestando um 
“filhote”, a transmissão poderá ocorrer para o feto ainda em desenvolvimento. Esse tipo de 
transmissão é chamada de congênita ou placentária, pois o protozoário consegue atravessar 
a placenta (estrutura materna) e contaminar o feto que, dependendo de seu estágio de 
desenvolvimento, poderá sofrer danos muito severos (cegueira, lesões no encéfalo e até o aborto). 
Manchas avermelhadas, temperatura corpórea elevada e constante inchaço de estruturas e/
ou órgãos (como gânglios, fígado e baço) estão entre os sintomas apresentados por um paciente 
com toxoplasmose. 
Não há ainda um medicamento eficaz para curar essa doença, dado que os existentes 
conseguem somente agir contra as formas proliferativas e não sobre os ovos (oocistos).
Importância ambiental dos protozoários
Encontrados em praticamente todos os ambientes, os protozoários podem ser utilizados 
como indicadores de condições ambientais. Ao se alimentarem de outros organismos, como as 
bactérias, por exemplo, realizam o chamado “controle biológico” de organismos potencialmente 
causadores de doenças ou de outros prejuízos.
Neste aspecto, destaca-se o protozoário Nosema locustae, um parasita de insetos que, por 
esta “habilidade” apresentada, é cultivado e comercializado para controlar a população de 
gafanhotos que prejudicam as lavouras. 
Ao contribuírem com a reciclagem da matéria (quando saprófagos) e com a nutrição de 
outros organismos, consequentemente esses seres são também imprescindíveis à manutenção 
das diversas cadeias alimentares.
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Unidade: Protozoários – Aspectos Gerais e Importância
Material Complementar
 
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DOENÇAS causadas por protozoários. Só Biologia. [20--]. Disponível em: http://www.sobiologia.
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Unidade: Protozoários – Aspectos Gerais e Importância
Anotações
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