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Plano de Aula: O contexto histórico da formação das Ciências Sociais e as 
teorias sociológicas clássicas: Sociologia Francesa e Sociologia Alemã 
FUNDAMENTOS DAS CIÊNCIAS SOCIAIS - CCJ0001 
Título 
O contexto histórico da formação das Ciências Sociais e as teorias sociológicas clássicas: Sociologia 
Francesa e Sociologia Alemã 
Número de Aulas por Semana 
Número de Semana de Aula 
10 
Tema 
A sociologia crítica de Karl Marx (II) 
Objetivos 
Entender a luta de classes como "motor da História" na concepção marxista. 
Reconhecer a ideologia como mascaramento da realidade e a práxis como instrumento de transformação 
social. 
Entender a relação Estado-sociedade na perspectiva marxista. 
Problematizar a importância do pensamento marxista no mundo contemporâneo. 
Estrutura do Conteúdo 
Antes da aula, leia o Capítulo 5 de seu Livro didático de Ciências Sociais da página 110 até a 123. 
1- Luta de classes 
De acordo com Maria Lúcia de Arruda Aranha e M. Helena Pires Martins , em Introdução à Filosofia (São 
Paulo, Ed. Moderna, Filosofando, 1993), a luta de classes é o confronto entre duas classes antagônicas 
quando lutam por seus interesses de classe. Na visão marxista, no modo de produção capitalista, a 
relação antagônica se faz entre o burguês, que é o detentor dos meios de produção, do capital, e o 
proletariado que nada possui e só vive porque vende sua força de trabalho. 
Para Marx, o capitalismo foi o modo de produção que separou de modo mais profundo o trabalho e os 
meios de produzi-lo, acentuando a exploração da classe não proprietária dos meios de produção 
(proletariado) pelos proprietários dos meios de produção (burgueses). 
A luta de classes, na perspectiva materialista da história, relaciona-se diretamente à mudança social, à 
superação dialética das contradições existentes. Daí a luta de classes ser considerada o motor da 
História, a responsável pelas transformações sociais. 
Contudo, para que os explorados possam empreender a luta de classes, é preciso que tenham o qu e 
Marx chamava de consciência de classe, ou seja, que se percebam como partes (indivíduo) de um todo 
(classe). Dessa forma, a consciência de classe possibilita a união dos grupos mais explorados na 
sociedade em diferentes instituições (partidos políticos, sindicatos, movimentos sociais) buscando a 
transformação do quadro de exploração, que é, a seu ver, estrutural no sistema capitalista. 
2- Ideologia 
De acordo com Marilena Chauí (O que é ideologia, São Paulo, Brasiliense, 1981), ideologia é ?o conjunto 
de proposições existentes com a finalidade de fazer aparentar os interesses da classe dominante com o 
interesse coletivo, construindo uma hegemonia daquela classe, tornando-se uma verdade absoluta e 
natural.? 
Dessa forma, a manutenção da ordem social requer dessa maneira menor uso da violência. A ideologia 
torna-se um dos instrumentos da reprodução do status quo e da própria sociedade, à medida que nos faz 
perceber apenas parcialmente ? e de forma mascarada ? a totalidade das relações sociais. 
?O vencedor ou poderoso é transformado em único sujeito da história não só porque impediu que 
houvesse a história dos vencidos (ao serem derrotados, os vencidos perderam o ?direito? à história), mas 
simplesmente porque sua ação histórica consiste em eliminar fisicamente os vencidos ou, então, se 
precisa do trabalho deles, elimina sua memória, fazendo com que se lembrem apenas dos feitos dos 
vencedores. Não é, assim, por exemplo, que os estudantes negros ficam sabendo que a Abolição foi um 
feito da Princesa Isabel? As lutas dos escravos estão sem registro e tudo que delas sabemos está 
registrado pelos senhores brancos. Não há direito à memória para o negro. Nem para o índio. Nem para 
os camponeses. Nem para os operários?.(op cit.) 
3- Práxis 
É um conceito central no pensamento de Marx. A Práxis não se confunde com a prática. A Práxis é a 
união da interpretação da realidade (teoria ? conhecimento científico) à prática (realização efetiva, 
atividade), em outras palavras, é a ação consciente do sujeito na transformação de si mesmo e do mundo 
que o cerca. 
É por meio da práxis que se dá o combate à alienação, permitindo não apenas interpretar o mundo, mas 
transformá-lo. 
4- A relação Estado e sociedade na concepção marxista 
Segundo Marx e Engels, A idelologia Alemã ? Feuerbach. (São Paulo: Hucitec, 1987), o Estado é a forma 
na qual os indivíduos de uma classe dominante fazem valer seus interesses comuns e na qual se resume 
toda a sociedade civil de uma época, segue-se que todas as instituições comuns são mediadas pelo 
Estado e adquirem através dele uma forma política. Daí a ilusão de que a lei se baseia na vontade e, mais 
ainda, na vontade destacada de sua base real ? na vontade livre. Da mesma forma, o direito é reduzido 
novamente à lei. 
Marx afirmava que o aparelho jurídico do Estado, nesse tipo de sociedade, tem como objetivos: (i) 
organizar e justificar a dominação da burguesia sobre o proletariado; (ii) favorecer os negócios da classe 
dominante. 
Segundo ele, ?o direito privado desenvolve-se simultaneamente com a propriedade privada, a partir da 
desintegração da comunidade natural (...) 
 Quando, mais tarde, a burguesia adquiriu poder suficiente para que os príncipes protegessem seus 
interesses com o fim de derrubar a nobreza feudal por meio da burguesia, o desenvolvimento 
propriamente dito do direito começou em todos os países ? na França, no século XVI ? e, todos eles, à 
exceção da Inglaterra tiveram que ser introduzido princípios do direito romano para o posterior 
desenvolvimento do direito privado ( em particular no caso da propriedade mobiliária)". 
Dessa forma, para Marx, não existe Estado representativo do conjunto da sociedade. Seu papel é o 
representante dos interesses da burguesia. 
Nesse sentido, podemos pensar que, na perspectiva marxista, a democracia representativa s eria uma 
espécie de engodo, visto que a participação popular é reduzida e os processos eleitorais acabam por 
designar como ?representantes do povo?, em sua maioria, políticos comprometidos com o poder 
econômico. 
Aplicação Prática Teórica 
Questão discursiva: 
A partir do texto abaixo, construa uma análise que contemple a perspectiva teórica de Karl Marx sobre o 
papel do Estado na sociedade capitalista; 
Levantamento aponta que maioria dos presos no Brasil são jovens, negros e pobres (www.em.com.br, 
23/06/15)Os presos do sistema penitenciário brasileiro são majoritariamente jovens, negros, pobres e de 
baixa escolaridade, aponta o Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (Infopen), divulgado 
nesta terça-feira, 23, pelo Ministério da Justiça. 
De acordo com o Infopen, 56% dos presos no Brasil são jovens - pessoas de 18 a 29 anos, conforme 
faixa etária definida pelo Estatuto da Juventude. 
O número de jovens no sistema prisional supera a proporção de jovens da população brasileira: enquanto 
os jovens representam 56% da população prisional, as pessoas dessa faixa etária compõem 21,5% da 
população total. 
"Nota-se que o encarceramento elevado da população jovem é um fenômeno observado em todo país. Os 
Estados com menor proporção de jovens presos são Roraima e Rio Grande do Sul, que, ainda assim, têm 
47% de sua população prisional composta por jovens. Por outro lado, no Amazonas, no Maranhão e em 
Pernambuco aproximadamente, dois entre cada três presos são jovens", destaca o levantamento. 
Segundo o Infopen, dois em cada três presos no Brasil são negros (67% do total). Da população prisional, 
31% são brancos e 1% se declaram amarelos.O levantamento também constatou que é muito baixo o 
grau de escolaridade da população prisional brasileira: cerca de 53% dos presos possuem ensino 
fundamental incompleto. A maior parte da população prisional brasileira é solteira (57%).Quanto à 
situação de estrangeiros privados de liberdadeno Brasil, o levantamento aponta que cinco em cada dez 
estrangeiros presos no Brasil são provenientes de países do continente americano. Paraguai (350 
presos), Nigéria (337) e Bolívia (323) são os países com o maior número de presos no Brasil. 
Questão de múltipla escolha: 
A propaganda, seja ela comercial ou ideológica, está sempre ligada aos objetivos econômicos e aos 
interesses da classe dominante. Essa ligação, no entanto, é ocultada por uma inversão: a propaganda 
sempre mostra quem sai ganhando com o consumo de tal ou qual produto ou ideia não é o dono da 
empresa, nem os representantes do sistema, mas, sim, o consumidor.(Aranha e Martins, 1999, p. 50). O 
texto refere-se ao conceito de ideologia que, de acordo com Karl Marx, é: 
A) O conjunto de ideias da classe dominante presente em todas as épocas. Quando uma no va classe 
passa a dominar, ela apresenta o seu interesse de forma explícita desconsiderando o interesse de todos 
os membros da sociedade. 
B) O conjunto de ideias que reproduzem valores etnocêntricos da classe dominante que é possuidora de 
uma educação formal erudita, política e econômica, que fornecem subsídios para o desenvolvimento 
político e econômico da nação. 
C) O conjunto de ideias, de pensamentos, de doutrinas ou de visões de mundo de um indivíduo, no qual 
cada um possui uma ideologia própria. 
D) O conjunto de ideias que determina o modo de pensar, sentir e agir de uma sociedade que tem como 
propósito a homogeneidade das ações sociais, que permitiria uma melhor coesão social. 
E) O conjunto de ideias da classe dominante que faz uso de ferramentas simbó licas voltadas à criação 
e/ou manutenção das relações de dominação.

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