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TCC Projeto Juliana (2

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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
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1 TEMA
O ensino da Literatura para o incentivo à leitura.
1.1 DELIMITAÇÃO DO TEMA
 A importância da literatura no ambiente escolar, uma contribuição fundamental para o incentivo à leitura do 6º ao 9º ano do ensino fundamental II. 
2 PROBLEMATIZAÇÃO
 Como introduzir a literatura para incentivar a leitura de forma prazerosa e construtiva para o desenvolvimento intelectual do aluno? 
3 JUSTIFICATIVA
	A Literatura é arte, sonho e encantamento; faz parte da cultura de um povo e exerce influência no desenvolvimento do indivíduo. Desde muito cedo, a literatura pode e serve como instrumento de estímulo à construção de conceitos sólidos, fazendo com que o leitor perceba que através dos textos expressa-se a visão de mundo de um determinado tempo e lugar.
O desafio do professor hoje no ensino de literatura é fazer com que seus alunos aprendam a gostar da leitura e entendam o que o autor expressa através dos textos, submetendo o texto a própria heterogeneidade da língua, rompendo com a ideia de que há nele um sentido evidente, pronto para ser capturado pelo sujeito leitor. Desta forma, evidencia-se o quanto a literatura é presente na sala de aula e como ela pode ser uma grande aliada para o desenvolvimento intelectual do aluno e para a formação de leitores competentes.
4 OBJETIVOS
4.1 OBJETIVO GERAL
Estimular o hábito da leitura de uma forma natural e prazerosa, propiciando ao aluno a consciência de um vasto conhecimento por meio da literatura.
4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Apontar o significado do que é literatura e investigar sua importância para a contribuição no ensino fundamental II. Analisar os aspectos teóricos da importância da leitura no ensino fundamental II para o desenvolvimento dos alunos nesse ciclo. Apresentar as contribuições da literatura para a educação e crescimento intelectual de cada indivíduo e identificá-la como um fator indispensável na construção do conhecimento e de leitores críticos.
5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
	
A literatura no ensino fundamental II está relacionada a uma motivação de ensino que é indispensável para a formação do aluno, buscando torná-los bons leitores para o processo de aquisição de conhecimento através da experiência vivida. A partir do momento em que o aluno entra em contato com a literatura, ampliam-se seus conhecimentos, aumentado seus pensamentos e seu vocabulário, fazendo-os descobrirem o mundo da leitura de forma prazerosa. 
Pelo valor da literatura na formação da personalidade dos alunos e visto que, a mesma propõe atividades que tenham sentido, observação e estímulo, para que ela e demais aprendizagens se processem de forma completa, esta pesquisa busca apresentar as contribuições da literatura para a educação e crescimento intelectual de cada indivíduo, identificando-a como um fator indispensável na construção do conhecimento e de leitores críticos.
A intenção do ensino de literatura é, primeiramente, contribuir para a criação da pessoa, a qual aparece ligada indissoluvelmente à formação da sociabilidade e realizada por meio do confronto com textos (COLOMER, 2007).
Se perguntarmos a qualquer educador sobre o que se pretende quando leva o livro à infância, a resposta será sempre a mesma: queremos criar nos pequenos o hábito de ler. Em outras palavras, pretendemos que a criança tenha, pela vida afora, a literatura como forma de enriquecimento. (MEIRELLES, 2010 apud JUNIOR, 2012, p. 20).
A literatura em si, tem como objetivo a transformação do ser humano nos diversos setores da sociedade, transformação esta obtida pelo próprio exercício da leitura, portanto um auxílio na educação, contribuindo para a formação de leitores críticos e conscientes.
A literatura é a arte da palavra e, como tal, tem na linguagem verbal sua matéria- prima. Os efeitos causados pelos textos literários tais como emoções, informação, reflexões e percepções em geral, só podem tornar-se acessíveis aos leitores por intermédio das palavras escritas ou orais (no caso da literatura não escrita, da poesia popular, da contação de histórias e de outras formas orais) (COSTA, 2007, p. 64).
O desafio do professor hoje no ensino de literatura é fazer com que seus alunos aprendam a gostar da leitura e entendam o que o autor expressa através dos textos, submetendo o texto a própria heterogeneidade da língua, rompendo com a idéia de que há nele um sentido evidente, pronto para ser capturado pelo sujeito leitor. 
Uma criança que lê, não somente será um adulto mais preparado e consciente, como também, já é uma criança diferenciada. A visão de mundo, a capacidade de leitura e interpretação de textos, a capacidade de criar, imaginar são alguns dos benefícios que ela adquire com a leitura. E se educada desde 20 cedo a ler literatura ela desenvolverá ainda mais essas e outras habilidades, como por exemplo, “ler nas entrelinhas” (JUNIOR, 2012, p. 19).
Desta forma, evidencia-se o quanto a literatura é presente na sala de aula e como ela pode ser uma grande aliada para o desenvolvimento intelectual do aluno e para a formação de leitores competentes.
Atualmente, nota-se que os jovens, em sua maioria, não se interessam pela leitura e, se antes apontávamos a televisão como a grande responsável, hoje temos uma gama de recursos tecnológicos à disposição dos estudantes, desviando ainda mais a atenção dos livros, acarretando assim, alunos dispersos e sem motivação.
De acordo com Paula (2012, p. 230), “a educação precisa servir a essa causa do ensinar a pensar”. 
A formação de um bom leitor, de um bom leitor de palavra, e de um bom leitor de mundo, deve ser o principal objetivo do ensino fundamental, pois aquele que interpreta a palavra interpretará as coisas e os fatos do mundo, e, assim, melhor condição terá para no mundo viver bem (GOMES, 2007 p.11).
A leitura traz benefícios inquestionáveis ao ser humano, ela é uma “forma de lazer e de prazer, de aquisição de conhecimentos e de enriquecimento cultural, de ampliação das condições de convívio social e de interação” (SOARES, 2000 p.19).
Por meio da leitura, podemos realizar o saudável exercício de conhecer as pessoas e as coisas, sem limites no espaço e no tempo. Descobrindo assim também outra maneira de transformar o mundo, transformando nossa própria mente. Tudo isso só é possível quando adquirimos a capacidade de ver os mesmos panoramas com novos olhos.
Se o ser humano faz o conhecimento, ele está criativamente no mundo; está despojado de certezas absolutas e está aberto para reavaliar as verdades contidas na realidade e avaliar a própria capacidade de aprender a conhecer (PAULA, 2012, p. 228).
Segundo Solé (1998, p.116), com relação ao processo de leitura ela explica que o professor estimula seus alunos a participação e possibilitando que sejam conscientes do processo de compreensão.
O processo de leitura deve garantir que o leitor compreenda os diversos textos que se propõe a ler. É um processo interno, porém deve ser ensinado. Uma primeira condição para aprender é que os alunos possam ver e entender como faz o professor para elaborar uma interpretação do texto: quais as suas expectativas, que perguntas formula, que dúvidas surgem, como chega a conclusão do que é fundamental para os objetivos que o guiam, que elementos tomou ou não do texto, o que aprendeu e o que ainda tem de aprender..., em suma, os alunos têm de assistir a um processo de leitura, que lhes permita ver as estratégias em ação em uma situação significativa e funcional (SOLÉ, 1998, p. 116).
O que a autora vem nos dizer, é um processo de leitura que ainda não é natural, automático e muito menos simples, mas que precisa ser construído através da vivencia escolar, onde o aluno não aprende sozinho e o professor precisa estar alerta a esse fato. Não queremos um sujeito passivo, que retira do texto uma resposta pronta, necessitamos de leitores que interajam com os autores, dessa forma o aluno poderá obter sua própria conclusão através dascitações, levando-os ao desenvolvimento intelectual e construindo uma maneira prazerosa do hábito de ler.
Assim como ensinar uma criança a usar o caderno ou a escrita será necessário que o professor explique o que leva a compreensão do que está escrito, o objetivo daquela leitura, as possíveis dúvidas e quais os elementos para resolver as questões que surgem. Assim, ensinar a ler é uma tarefa de todas as disciplinas, não somente para aprender, mas para pensar. É preciso dentro de cada disciplina, planejar estratégias específicas para ensinar os alunos a lidar com as tarefas, acabando assim com o paradigma que leitura pertence somente à disciplina de Língua portuguesa. 
Paulo Freire (2003) cita que leitura e conhecimento de mundo, é uma ponte entre o que já se conhece e o novo:
No processo de aprendizagem, só aprende verdadeiramente aquele que se apropria do aprendido, transformando-o em aprendido, com o que pode, por isso mesmo, reinventá-lo; aquele que é capaz de aplicar o aprendido a situações existenciais concretas (FREIRE, 2003, p. 27).
Através das observações de interação entre leitor-texto-autor, criam-se modelos interativos e informações, que servem de referencial para uma melhor compreensão dessas relações. 
Para Soares (1988, p.1) a leitura é:
[...] é uma interação verbal entre indivíduos, e indivíduos socialmente determinados: o leitor, seu universo, seu lugar na estrutura social, suas relações com o mundo e com os outros; entre os dois: enunciação, diálogo?
Enunciação, portanto: processo de natureza social, não individual, vinculado às condições de comunicação que, por sua vez, vinculam-se às estruturas sociais – o social determinando a leitura e constituindo seu significado (SOARES, 1988, p. 1). 
Dessa forma, leitura não é aceitação passiva, mas é construção ativa: é no processo de interação desencadeado pela leitura que o texto se constitui.
“Cada leitura é nova escrita de um texto, o ato de criação não estaria, assim, na escrita, mas na leitura, o verdadeiro produtor não seria o autor, mas o leitor” (JOSEF, 1996, p. 35). Nesse sentido a leitura faz com que o leitor busque seu conhecimento de mundo.
A escola precisa deixar a velha gramática normativa de lado, onde se fazia através de frases literárias famosas e sim trabalhar a partir do texto. As aulas de Língua Portuguesa devem ser aulas prazerosas, dinâmicas e com interação de todos, podemos através de leitura compartilhada, trabalhar as interpretações de textos com os mais variados gêneros, concordância verbal, etc.
Segundo a autora Zilberman (2010), os leitores iniciantes, não tem idade; pois cada fase de sua vida é um bom momento para levá-los a gostar de livros e leitura.
Professores e alunos não ficarão indiferentes à proposta de livros. Aprenderão juntos que a literatura, dirigida ou não para as crianças, lhes proporciona grande variedade de diversão e sabedoria, aprofundando as relações humanas na escola e sua participação na sociedade. (ZILBERMAN. 2010, p.153).
Ensinar não é repetir um modelo até que se aprenda, mas é compartilhar as dificuldades do aprendiz, analisá-las, entende-las e sugerir soluções. Assim o ensinar se modifica.
Para desenvolver um programa de leitura, que integre os conteúdos relacionados ao currículo escolar e ofereça certa variedade de livros de literatura como contos, fábulas, poesias, etc., Será preciso que o professor observe a idade cronológica da criança e principalmente o estágio de desenvolvimento de leitura em que ela se encontra.
Nada substitui a leitura, mesmo em uma época de proliferação de recursos tecnológicos. A leitura faz parte do trabalho, do empenho, da perseverança e muita dedicação em aprender. Ela é um eixo em torno dos quais muitos caminhos são delineados, mas por mais que se busque compreende-lo, mais se percebe o quanto é complexo e diversificado. O ato de ler não está restrito simplesmente ao texto escrito, ler é compreender as diversas formas de expressões e múltiplas linguagens.
Mesmo que a criança não saiba ler, os rótulos, as embalagens e a mídia colaboram para que ela memorize visualmente, despertando assim o interesse para o mundo da linguagem e leitura.
A internet tem um papel importante nesse contexto de pouca leitura, jovens preferem ficar horas em sites de relacionamento, se comunicando em tempo real, essa tecnologia trouxe o mundo para dentro da casa e consequentemente para dentro do ambiente escolar. É necessário que os alunos e futuros leitores, percebam que nossa vida está cheia de leituras, e através dela que entendemos o mundo.
Sobre a evolução tecnológica, onde tudo depende da internet, o professor tendo essa consciência, ele pode inovar as aulas de leitura a fim de formar um bom leitor. Para Smith (1999, p.155), a leitura on-line é extremamente importante e real na vida dos jovens. O autor explica da seguinte forma a leitura on-line:
Milhões de escritores reais ou potenciais da internet estão contando as histórias de suas vidas, reais ou imaginárias e falando de suas esperanças e temores, verdadeiros e fictícios. Nunca houve uma linha divisória clara entre a realidade e a fantasia, o fato e a ficção, o desejo e o medo, a intenção e o ato, a observação e a participação, e as distinções podem desaparecer completamente com a escrita espontânea, com a leitura instantânea e com as pesquisas ilimitadas de assuntos e experiências na internet. Em princípio, todos podem ler tudo e interagir com todos. A quantidade de material que poderia ser lido, e lido com utilidade, pode superar a imaginação [...] (SMITH, 1999, p.155).
Para o autor, ele soma a leitura on-line com as leituras já existentes, essa postura é também adotada por muitos outros autores, que já entenderam que não há volta do ponto onde chegamos.
“As novas tecnologias podem reforçar a contribuição dos trabalhos pedagógicos e didáticos contemporâneos, pois permitem que sejam criadas situações de aprendizagem ricas, complexas, diversificadas” (PERRENOUD, 2000, p. 139). Para o autor, podem-se associar os recursos tecnológicos aos métodos ativos, pois eles favorecem a exploração, a simulação, a pesquisa, o debate, a construção de estratégias, etc.
Nesse sentido, Almeida e Prado (2005, p. 24), comentam que:
Ouso da tecnologia na escola, quando pautada em princípios que privilegiam a construção do conhecimento, o aprendizado significativo e interdisciplinar e humanista, requer dos profissionais novas competências e atitudes para desenvolver uma pedagogia voltada para a criação de estratégias e situações de aprendizagem que possam tornar-se significativa para o aprendiz, sem perder de vista o foco da intencionalidade educacional (ALMEIDA; PRADO, 2005, p. 24).
A grande verdade é que a formação do leitor depende do bom conhecimento do professor a respeito da leitura e suas implicações para a turma que tem. Não há uma fórmula certa, apenas conhecimento, boa vontade e sensibilidade por parte do professor, em planejar aulas de leitura e usar a tecnologia ao seu favor.
Enfim, o ensino de literatura é um grande aliado no processo de ensino e aprendizagem para a formação de leitores que estejam abertos a conhecer novos mundos, novas histórias e ampliar seu conhecimento através dela.
6 METODOLOGIA
A objetividade é um aspecto relevante para o cientista/pesquisador, pois assim dará ao pesquisador uma direção a seguir. A pesquisa é uma ferramenta que nos possibilita a descoberta de novos contexto e conceitos significativos para a sociedade e para a educação.
A pesquisa bibliográfica é feita a partir do levantamento de referências teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos e eletrônicos, como livros, artigos científicos, páginas de web sites. Qualquer trabalho científico inicia-se com uma pesquisa bibliográfica, que permite ao pesquisador conhecer o que já se estudou sobre o assunto. Existem, porém, pesquisas científicas que se baseiam unicamente na pesquisa bibliográfica, procurando referências teóricas publicadas com o objetivo de recolher informações ou conhecimentosprévios sobre o problema a respeito do qual se procura a resposta (FONSECA, 2002, p. 32).
No que se refere aos seus procedimentos práticos, este artigo é um estudo de natureza bibliográfica acerca da temática: A importância do ensino da Literatura para o incentivo à leitura, que visa alcançar os objetivos propostos. A pesquisa será realizada por meio da leitura sistemática e produção de fichamentos, a partir livros, artigos, e fontes eletrônicas que abordam o tema proposto.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, M. E. B.; PRADO, M. E. B B. Apresentação da Série: integração de tecnologias com as mídias digitais. In: Boletim do Salto para o Futuro. Brasília: MEC, SEED, 2005. 
COLOMER, T. Andar entre livros: a leitura literária na escola. São Paulo: Global, 2007. 207 p.
COSTA, M. M. Metodologia do Ensino da Literarura Infantil – ED. 1ª, 2007, Curitiba: Editora IBPEX.
FREIRE, P. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. 45. ed. São Paulo: Cortez, 2003.
GOMES, M. L. DE C. Metodologia do Ensino de Língua Portuguesa. Curitiba, IBPEX, 2007 p.11.
JOSEF, B. A máscara e o enigma. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1986.
JUNIOR, E. F. R. Literatura no ensino fundamental. Lins-SP. 2012. Disponível em: < http://www.unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/54800.pdf> Acesso em: 30/05/2017.
SMITH, F. Leitura significativa. 3. Ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999.
SOARES, M. As condições Sociais da Leitura: Uma reflexão em contraponto. In: ZILBERMAN, R.; SILVA, eat. (ORG). Leitura: Perspectiva disciplinares. São Paulo: Ed. Ática, 2000 p.18-29.
SOLÉ, I. Estratégias de Leitura; tradução Cláudia Schilling, 6ª edição, Porto Alegre: Artmed, 1998.
PAULA, L. DA S. Teoria da literatura. Curitiba: InterSaberes, 1ª edição, 2012.
PERROUND, P. Novas Competências para Ensinar. Porto Alegre: Artemed, 2000.

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