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¹ Aluna concludente do curso de Licenciatura em Letras Língua Portuguesa da Universidade Estácio de Sá. ² Professora orientadora do artigo da Universidade Estácio de Sá. A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA INFANTIL NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO Alexandra da Silva Trajano¹ Profa. Maria Paz Pizarro Portilla² RESUMO O presente trabalho tem como finalidade identificar as principais contribuições da Literatura Infantil como forma de ajudar no processo de alfabetização dos alunos. Compreendendo que a Literatura Infantil auxilia no desenvolvimento social, emocional e cognitivo da criança, e que precisamos desde cedo estimular nas crianças o gosto e o prazer pela leitura, faz-se necessário que passemos a usar o livro, a literatura nas escolas, não somente para fins pedagógicos, mas como instrumentos de motivação e desafio, capazes de transformar nossas crianças em indivíduos críticos, responsáveis e atuantes em nossa sociedade. Para tal, precisamos fazer uma análise crítica dos métodos utilizados atualmente na aprendizagem de nossas crianças e, talvez seja esse o maior desafio, criar novos métodos, novas filosofias, modificar um processo que já existe há anos e estimular/motivar toda uma comunidade escolar a modificar padrões e atuar nesse processo de construir já na Educação Infantil novos leitores e, consequentemente, melhorar o processo de ensino-aprendizagem no nosso país. Palavras – Chave: Literatura Infantil, Alfabetização, Aprendizagem 1. INTRODUÇÃO O uso da Literatura vem sendo muito criticado há anos, uma vez que, na maioria das vezes os livros são usados nas escolas somente para o trabalho pedagógico. A necessidade de mudar esse processo está cada vez mais sendo discutido e estimulado para que cada professor tenha consciência da importância de seu papel como agente motivador e promotor dessa cultura de novos leitores. Os livros literários são usados com muita frequência na Educação Infantil pelos professores como ferramenta para o desenvolvimento da linguagem, da oralidade, para promover o gosto e o prazer pela leitura, para ampliação do vocabulário das crianças e como forma de livre expressão, uma vez que a criança ao ver o livro ou ao fazer uma leitura ela consegue desenvolver a imaginação, a criatividade, a emoção, sentimentos e consegue dar um sentido àquela leitura. Ler o mundo, ouvir histórias são fatores que influenciam na formação do leitor, uma vez que a formação do leitor se inicia nas suas primeiras leituras de mundo, na prática de ouvir histórias narradas oralmente ou a partir de textos escritos, na elaboração de significados e na descoberta de que as marcas impressas produzem linguagem (CORSINO, 2009, p.57). As crianças em idade pré-escolar e em processo de desenvolvimento, são bastante curiosas e aproveitar essa fase para aplicar a literatura infantil de maneira prazerosa, comunicativa e divertida, permite que elas consigam interagir com os livros e com toda a fantasia e encantamento que há em cada história. Esse momento precisa ser rico em descontração, alegria, troca e interesse. Não deve o professor ficar preso somente aos livros, mas também, utilizar outros recursos como revistas, gravuras, jornais, encartes, álbum seriado, DVD, alfabeto móvel, etc. Todos esses recursos permitem às crianças um conhecimento de mundo. Esse artigo visa enfocar a importância da literatura infantil para a aquisição de conhecimentos, informação, interação, socialização e recreação necessários ao ato de ler. Para tal, é preciso que novas estratégias e atividades sejam aplicadas de forma coerente e que sejam capazes de despertar nas crianças o prazer de ler e de ter esse contato com a leitura frequentemente. Conforme Silva (1992, p.57) “bons livros poderão ser presentes e grande fontes de prazer e conhecimento. Descobrir estes sentimentos desde bebezinhos, poderá ser uma excelente conquista para toda a vida.” Apesar de sabermos a importância da leitura e todos os benefícios que ela traz para o indivíduo leitor, ainda há muitas pessoas que leem por obrigação. Esse processo de formação de leitores só vai ocorrer se houver uma mudança de mentalidade não só da comunidade escolar, mas também da família, pois é na família que esses primeiros estímulos devem acontecer. Para que uma criança possa ter gosto pela leitura são necessários dois fatores: a curiosidade e o exemplo. Segundo a UNESCO (2005) somente 14% da população tem o hábito de ler, portanto, pode-se afirmar que a sociedade brasileira não é leitora. Eis aí um grande desafio para nossas escolas. 2. A HISTÓRIA DA LITERATURA INFANTIL No século XVII, a criança era vista como um adulto em miniatura e a única literatura voltada pra elas eram livros que ensinavam hábitos, valores e regras que as ajudavam a enfrentar a realidade social. A Literatura Infantil se constituiu como gênero durante o século XVIII, na Europa, época em que as mudanças na estrutura da sociedade desencadearam repercussões no campo artístico. É nessa época que se passa a compreender a criança como um sujeito diferente do adulto, reconhecendo o período da infância e suas especificidades. (OLIVEIRA, 2010; ALBINO, 2010). No final do século XVIII com o conceito de criança modificado, a magia da literatura infantil começa a superar as resistências do mercado e ganha espaço com as obras de Charles Perrault, Irmãos Grimm, La Fontaine, Hans Cristian Andersen, Lewis Carrol e Frank Baum, que fizeram da literatura infantil um mundo cheio de descobertas, prazeres e emoções. O surgimento da Literatura Infantil no Brasil só ocorre no final do século XIX e está ligado a questões sociais e culturais, pois decorre da ascensão da burguesia. Nessa época a circulação de livros era precária e havia poucas traduções nacionais. Tal cenário só foi modificado próximo à Proclamação da República, pois havia um interesse político e econômico de modificar a imagem do Brasil, que passava por um processo de modernização. Até os fins do século XIX, a literatura voltada para crianças e jovens era importada e vendida no mercado disponível apenas para a elite brasileira, constituindo-se principalmente de traduções feitas em Portugal, pois, no Brasil ainda não havia editoras e os autores brasileiros tinham seus textos impressos na Europa. (SANDRONI, 1998, p.11) O grande nome a se destacar na Literatura Infantil brasileira, sem dúvida, foi o de José Bento Renato Monteiro Lobato. Ele foi o primeiro autor que soube escrever histórias literárias com qualidade para as crianças. O livro “A menina do nariz arrebitado” se tornou um marco porque Lobato utilizou em suas narrativas a realidade comum e familiar da criança nas histórias dos livros. Monteiro Lobato rompeu com o padrão até então estabelecido, introduzindo a oralidade tanto na fala das personagens como no discurso do narrador. Essa nova forma de escrever aproximou-se mais da linguagem das crianças e trouxe à essa leitura mais emoção, reflexão e participação. Lobato acreditava na capacidade das crianças (pequenos leitores) em adquirir consciência crítica baseada na simplicidade das palavras que eram compreendidas com facilidade por esses pequenos leitores. Portanto, dedicou-se à produção literária para o público infantil, pois acreditava que para haver mudanças na sociedade, era preciso formar a criança, o futuro desta sociedade. Felizmente, para equilibrar a balança, há uma produção infantil e juvenil de alto ou muito bom nível, que conseguiu com rara felicidade equacionar os dois termos do problema: literatura pode divertir, dar prazer, emocionar, e que, ao mesmo tempo, ensina modos novos de ver o mundo, de viver, pensar, reagir e criar. (COELHO, 1997, p.27) Com o avanço da escolarização, nos anos de 1980, as mudanças que ocorreram nos livros (textos e ilustrações) e a valorização pelo qualpassaram os livros infantis, os tornaram um recurso muito importante para o desenvolvimento de capacidades e habilidades de ordem cognitiva e socioafetiva, como a coordenação motora, a percepção visual, a criatividade, a expressividade, a capacidade de compreensão da leitura, a imaginação e os processos de apropriação, renovação e articulação de conhecimentos e aprendizagens, constituindo-se nos principais objetivos da Educação Infantil. Segundo Corsino (2010), “concepções de infância, literatura e as mediações de leitura são as três pontas da trança que tecem o trabalho de literatura junto às crianças, não só na escola, mas nas diferentes esferas por onde circulam”. 3. A LITERATURA E O PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DA APRENDIZAGEM Segundo a Neurociência o cérebro é o órgão da aprendizagem. O desenvolvimento dele decorre da integração entre o corpo e o meio social. Estudos comprovam que no cérebro existe um sistema dedicado à recompensa e à motivação. Quando alguém é afetado positivamente, o cérebro produz a dopamina que gera um grande bem-estar e mobiliza a atenção da pessoa para o objeto que o afetou. Diante disso, se uma criança tiver uma experiência prazerosa com a leitura, ela irá buscá-la cada vez mais. Portanto, cabe ao professor e à família permitir que esse contato com o mundo da leitura seja algo bem prazeroso. Quanto mais emoção tiver essa leitura, mais ela será gravada no cérebro e, com certeza, a aprendizagem acontecerá naturalmente e com mais facilidade. Nosso cérebro foi criado para ler imagens. É importante significar as imagens. Devemos considerar que a aprendizagem da leitura é para a criança um enfrentamento de novos desafios em relação ao conhecimento linguístico e esta tarefa se torna complexa para todas as crianças. Muitas crianças são capazes de executar tarefas que coincidem com sua idade cronológica e cognitiva, contudo a família e os professores devem considerar que ler e escrever requer da criança novas habilidades que não faziam parte do seu cotidiano até então. Algumas crianças terão mais dificuldades do que as outras, mas é preciso que todos tenham consciência que todo indivíduo aprende. As habilidades são diferentes, nós a desenvolvemos e potencializamos, mas a partir do momento que a criança é estimulada desde cedo, esse processo transcorre sem grandes dificuldades. Ainda que seja percebido que algo está errado, que a criança apresenta algum distúrbio, vários tratamentos podem ajudar nesse processo. A aprendizagem da criança com distúrbio acontecerá de forma mais lenta, mas não deixará de acontecer. Uma vez que nosso cérebro é algo que se modifica em contato com o meio durante toda a vida, precisamos estar sempre estimulando-o. Trabalhar a memória é fundamental no processo de aprendizagem. Sem memória não há aprendizagem e para a aprendizagem é preciso atenção. Para a atenção é preciso concentração, portanto, não basta apenas entregar um livro para uma criança, é necessário auxiliar nesse processo de construção da leitura. A aprendizagem é a nossa impressão digital, cada um faz a sua, cada um tem o seu modo de aprender. Novos estímulos e novas possibilidades é que os educadores de hoje precisam buscar e descobrir ideias pertinentes para cada aluno, sejam eles com necessidades educativas especiais ou não. Segundo Bamberger: “O desenvolvimento de interesse e hábitos permanentes de leitura é um processo constante, que principia no lar, aperfeiçoa-se sistematicamente na escola e continua pela vida afora.” Não podemos esperar somente da escola essa inserção da criança no mundo literário, mas, com certeza, será na escola que a criança terá mais acesso e mais variedades de gêneros textuais, mesmo que seja com os textos didáticos. Para que a família possa também fazer parte desse processo, será necessário que eles também sejam leitores. Uma vez que isso não ocorra, fica muito difícil querer que esses estímulos aconteçam. Infelizmente, muitos de nossos professores não dão ênfase à leitura e esta é uma situação contraditória, pois segundo comentário de Machado (2001, p.45), “não se contrata um instrutor de natação que não sabe nadar, no entanto, as salas de aula brasileira estão repletas de pessoas que apesar de não ler, tentam ensinar”. Essa dura crítica deveria servir para os professores como um propulsor para que os mesmos busquem cada vez mais a instrução, a emoção, a diversão e a informação que um livro é capaz de oferecer. Outro entendimento importante para os professores é a compreensão de como se dá a aprendizagem de seus alunos. Para isso, é importante que cada professor tenha um olhar atento para cada criança. Que conheça suas habilidades, competências e dificuldades. Dessa forma, ele conseguirá afetar o aluno e desenvolver suas potencialidades. 4. OS ESTÁGIOS PSICOLÓGICOS DA CRIANÇA Segundo Vygotsky (2000, p.110), “aprendizado e desenvolvimento estão inter- relacionados desde o primeiro dia de vida da criança”. Ele explica esse processo pelo conceito de zona de desenvolvimento proximal, que é definido como a distância entre o nível de desenvolvimento real e o nível de desenvolvimento potencial, quais sejam, a solução independente de problemas e a solução de problemas sob a orientação de um adulto ou em colaboração com companheiros mais capazes, respectivamente. Na relação com os livros infantis, a criança, primeiramente, ouve a história contada pelo adulto e a relaciona com as imagens. Depois, ela já se sente capaz de recontar a história e faz isso se baseando nas ilustrações e imitando a fala do adulto. Isso acontece até o momento em que ela se apropria da linguagem escrita em um exemplo perfeito da zona de desenvolvimento proximal, ou seja, aquilo que a criança só consegue fazer hoje com a ajuda de um adulto, mais adiante ela conseguirá fazer sozinha, definido assim por Vygotsky (2000), “a zona proximal de hoje será o nível de desenvolvimento real amanhã”. Durante o seu desenvolvimento, a criança passa por estágios psicológicos que precisam ser observados e respeitados. De acordo com Coelho (2002), “essas etapas dependem do nível de amadurecimento psíquico, afetivo e intelectual, e também, do seu nível de conhecimento e domínio do mecanismo da leitura”. Sendo assim, faz-se necessário que os livros a serem oferecidos à uma criança, sejam adequados a sua idade e a etapa pela qual ela passa. Segundo Piaget, as crianças de 2 a 7 anos estão na fase pré-operacional onde conseguem desenvolver a imaginação e a memória. Também são capazes de interpretar as coisas simbolicamente. Mas, é na fase do Estágio Operacional Concreto (7 a 11 anos) que há um grande ponto de virada no desenvolvimento cognitivo da criança, pois marca o início do pensamento lógico ou operacional. Ela passa a ser capaz de resolver as coisas internamente em sua cabeça. Existem cinco categorias que norteiam as fases do desenvolvimento psicológico da criança: o pré-leitor, o leitor iniciante, o leitor em processo, o leitor fluente e o leitor crítico. Pré-leitor é uma categoria que abrange duas fases: 1ª Primeira Infância (dos 15/17 meses a 3 anos) é a fase onde a criança reconhece o mundo através do tato e do contato afetivo, daí a necessidade que ela tem de pegar ou tocar tudo o que está ao seu redor. Esta é a fase da aquisição da linguagem e a criança passa a nomear tudo a sua volta. A partir da percepção da criança é possível estimulá-la oferecendo-lhe vários objetos para que a mesma possa manusear e nomear, com a ajuda de um adulto, propiciando situações simples de leitura. 2ª Segunda Infância (a partir dos 3 anos) é o início da fase egocêntrica. Por estar mais adaptada ao meio, a criança aumenta sua capacidade de comunicação verbal. Nesse momento o “brincar” com o livro será importante e significativo para ela. Na Educação Infantil, o texto literário tem uma funçãotransformadora, pela possibilidade de as crianças viverem a alteridade, experimentarem sentimentos, caminharem em mundos distintos no tempo e no espaço em que vivem, imaginarem, interagirem com uma linguagem que muitas vezes sai do lugar-comum, que lhes permite conhecer novos arranjos e ordenações. (CORSINO, 2010, p.184) Leitor iniciante (a partir dos 6/7 anos) é a fase onde a criança começa a apropriar-se da decodificação dos símbolos gráficos. Nessa fase a presença de um adulto como agente estimulador é fundamental. Os livros adequados nesta fase devem ter uma linguagem simples com começo, meio e fim. De acordo com Coelho (ibid, p.35), “eles devem estimular a imaginação, a inteligência, a afetividade, as emoções, o pensar, o querer, o sentir”. Leitor em processo (a partir dos 8/9 anos) é a fase onde a criança já domina o mecanismo da leitura. Seu pensamento está mais desenvolvido, permitindo-lhe realizar operações mentais. Interessa-se pelo conhecimento de toda a natureza e pelos desafios que lhe são propostos. Os livros adequados a esta fase devem apresentar imagens e textos, estes, escritos em frases simples, de comunicação direta e objetiva. Segundo Coelho (2002) deve ter início, meio e fim. O tema deve girar em torno de um conflito que deixará o texto mais emocionante e culminar com a solução do problema. O leitor fluente (a partir dos 10/11 anos) está em fase de consolidação dos mecanismos da leitura. Sua capacidade de concentração cresce e ele é capaz de compreender o mundo expresso no livro. De acordo com Coelho (2002) é a partir dessa fase que a criança desenvolve o “pensamento hipotético dedutivo” e a capacidade de abstração. Este estágio, chamado de pré- adolescência, promove mudanças significativas no indivíduo. Há um sentimento de poder interior, de ver-se como um ser inteligente, reflexivo, capaz de resolver todos os seus problemas sozinhos. Aqui há uma retomada do egocentrismo infantil, pois assim como acontece com as crianças nessa fase, o pré-adolescente pode apresentar um certo desequilíbrio com o meio que vive. Esse leitor é atraído por histórias que apresentam valores políticos e éticos, por heróis ou heroínas que lutam por um ideal, por mitos e lendas, histórias policiais, romances e aventuras. Os gêneros narrativos que mais agradam são os contos, as crônicas e as novelas. O leitor crítico (a partir dos 12/13 anos) tem nessa fase o domínio da leitura e da linguagem escrita. Sua capacidade de reflexão aumenta, permitindo-lhe a intertextualização. O convívio do leitor crítico com o texto literário segundo Coelho (2002, p.40), “deve extrapolar a mera função de prazer ou emoção e deve provocá-lo para penetrar no mecanismo da leitura”. 5. A LITERATURA INFANTIL NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM A leitura na escola tem sido objetivo de ensino-aprendizagem. É uma atividade onde a criança vai assimilando o conhecimento, interiorizando e refletindo através de um texto. Quanto maior for o acesso à leitura, maior será sua facilidade de escrita. A fala é inata ao ser humano, mas a escrita é adquirida, portanto, quanto mais o sujeito for estimulado, melhor será o domínio da mesma. Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), “a prática da leitura tem como finalidade a formação de leitores competentes e continuamente a formação de escritores, isto é, a produção de textos eficazes com origem na prática da leitura, espaço de construção da intertextualidade” (BRASIL, 1997). A leitura é o meio norteador da escrita. O ato de escrever não pode apenas ser de forma decodificada, e sim, a escrita precisa ser compreendida e com sentido. Formar um leitor competente significa formar alguém capaz de um pensamento crítico e ativo, que consegue compreender o que leu. Para tal, faz-se necessário que esse leitor possua uma prática constante de leituras diversificadas. Todo processo educacional inicia-se com a literatura. Ela abre as portas para o saber, tem papel informativo, propicia o acesso ao conhecimento e é fonte de informações. Segundo Coelho (2000), a literatura infantil possibilita que as crianças consigam redigir melhor, desenvolvendo sua criatividade, pois o ato de ler e o ato de escrever estão intimamente ligados. Nesse sentido, “a literatura infantil é, antes de tudo, literatura, ou melhor, é arte: fenômeno de criatividade que representa o mundo, o homem, a vida, através da palavra”. Funde os sonhos e a vida prática, o imaginário e o real, os ideais e sua possível/impossível realização. A literatura infantil tem por tarefa transformar os sonhos em realidade, é um excelente recurso em prol ao processo de ensino-aprendizagem, ao crescimento da criança, de sua alegria e de sua magia. A literatura infantil na fase inicial da aprendizagem da criança tem função formadora e socializadora. (ZILBERMAN & LAJOLO, 1985, p.25). A Literatura Infantil exerce um papel muito importante no processo de alfabetização e letramento, pois ela é trabalhada de forma lúdica e criativa. Dessa forma a aprendizagem acontecerá com mais facilidade, uma vez que desperta o interesse na criança e auxilia na compreensão dos símbolos e linguagens. A alfabetização é o processo pelo qual se adquire o domínio de um código linguístico, ou seja, é um conjunto de técnicas adquiridas para exercer o uso da leitura e da escrita. Alfabetização faz parte da ação de decodificar o alfabeto e representar o som reconhecendo seu símbolo gráfico. (SOARES, 2008, p.92) Freire (1993) pontua que as escolas deveriam estimular o gosto pela leitura e escrita durante todo o tempo de escolarização. Que estudar não seja um fardo e ler não seja obrigação, mas uma fonte de alegria e prazer. Para ele esse esforço em buscar a significação dos estudos, deveria começar na pré-escola, ir intensificando no período da alfabetização e jamais parar. O professor que alfabetiza precisa reconhecer na Literatura Infantil um excelente recurso a favor do ensino. Precisa também, ser aplicada na forma de ensinar, refletir e divertir, pois dessa maneira facilitará a aquisição dos conhecimentos das crianças. Atualmente muitos falam do fracasso escolar e o associam ao período de alfabetização. Fato é que muitas crianças estão tendo dificuldades de compreensão/interpretação de textos e de escrita. Se formos pontuar os motivos que levam a essas dificuldades, teremos vários para pontuar. O ensino oferecido às crianças das classes populares se diferencia muito do que é oferecido às crianças das classes médias/altas. Isso, infelizmente, acontece há séculos. Ainda no século XVIII crianças da nobreza liam os grandes clássicos e as mais pobres liam lendas e contos folclóricos muito populares na época. A partir daí o que percebemos no decorrer do tempo é uma grande desigualdade na competência linguística e capacidade cognitiva de nossas crianças. As diferenças entre as crianças de camadas populares e as pertencentes a outras camadas da população decorrem, segundo as concepções construtivistas de desenvolvimento infantil, da inexistência ou da precariedade de experiências com a leitura e escrita nos meios populares. Provenientes de ambientes não-letrados, as crianças de classes populares não tem acesso a interações com situações de escrita e leitura, fato que as impede de atingir os níveis de conceitualização necessários à construção da escrita na escola e de compartilhar dos significados e dos usos sociais da escrita já adquiridos pelas crianças das classes médias. Justifica-se assim a necessidade de mudanças nas práticas de ensino da língua escrita e mais tempo para o domínio da leitura e da escrita pelas crianças de classes populares, uma vez que a escola pressupõe conhecimentos e estágio de desenvolvimento cognitivo que elas ainda não alcançaram (FERREIRO E TEBEROSKY, 1979; PCN/MEC, v.2, 1997, p.20-21). Durante algum tempo acreditava-se que essadesigualdade era fruto da falta de acesso à cultura das classes populares, porém isso não procede. Eles tem acesso, mas, na maioria das vezes, esse acesso acontece através da circulação de textos, folhetos, documentos, etc., produzidos pelos meios de comunicação de massa que, no intuito de atrair esses consumidores, produzem todo tipo de impressos (propaganda, folhetos de divulgação de produtos etc.) e outros materiais escritos afinados com o “gosto popular”: jornais sensacionalistas, revistas de fotonovelas, horóscopo etc. Diante disso podemos observar o quanto a cultura implica no modo de ser da sociedade. Por ser o processo de alfabetização e letramento dois processos sequenciais, mas diferenciados, cabe às escolas junto com a comunidade escolar e seus educandos obter o saber cultural da leitura, do conhecimento literário e o acesso aos livros. A capacidade de educadores para perceber a riqueza e a estrutura do livro de literatura infantil é uma das narrativas para não reduzir a literatura a uma abordagem meramente pedagógica. Explorar o livro infantil, sua narrativa, suas ilustrações, seu significado é um recurso que deve ser abordado com competência e criatividade. Para isso, o professor precisa estar preparado para formar sujeitos leitores, e isso significa na leitura diária do livro de literatura, na interpretação coletiva, feita com alunos e professor e no registro, que é a construção do sentido do texto, o esforço em escrever algo que se ouve, mediado obviamente pelo professor, leva à compreensão do velho e à possibilidade de criação do novo, o modo de trabalhar a literatura infantil em sala de aula requer identificar a forma como se trabalha, envolvendo a interpretação de texto, a exploração do livro, a coligação do autor e do ilustrador com o que pretendem passar com a história narrada estimulando a curiosidade das crianças e o desejo de dialogar sobre o livro. (FARIA, 2004). Ainda que a criança ingresse na escola sem o conhecimento básico da literatura, ela terá a oportunidade de se relacionar com as novas possibilidades de crescimento, uma vez que a escola é espaço de relação entre literatura, livro, criança e professor. O livro de literatura infantil tem papel fundamental no início do processo da alfabetização/letramento. Sua função é formar e educar, e toda criança em processo de alfabetização deve utilizá-lo para obter uma aprendizagem significativa e rica em conhecimento, uma vez que eles desenvolvem na criança a capacidade cognitiva da imaginação, da reflexão e da criatividade sobre os fatos históricos. Segundo Vygotsky (2000), a linguagem ajuda a criança direcionar o pensamento, a criança compreende a vida através do imaginário. O livro infantil põe a criança em contato com o mundo e com todos os seus desdobramentos. Deve-se ter em mente que a criança que se encontra em processo de alfabetização/letramento e em pleno desenvolvimento é com a família seu primeiro contato alfabetizador, seu segundo contato será no contexto escolar, onde a criança aprenderá uma linguagem aplicada de forma mais formal do que a ensinada em casa. Porém, a aprendizagem não pode ser apenas instrumental, ela deve ser dialógica com significados sociocultural, por isso o ato de alfabetizar não pode exigir somente as práticas escolares, mas incluir as práticas culturais e sociais nas quais leituras e escritas é extremamente necessário. De acordo com Freire (2008), Soares (2008), Kleiman (2005), Tfouni (2006) e Abramovich (1997), o processo de alfabetização e letramento compartilhado com a literatura infantil são procedimentos que qualificam o conhecimento e o contextualizam. Por ser o livro infantil uma ferramenta valiosa para o professor e para a escola, cabe a esses ampliar as experiências com esses livros e igualar a criatividade dos mesmos com a atividade pedagógica, favorecendo com isso a compreensão e a interação das crianças por meio de atividades e temas lúdicos. Quando a magia da literatura ganha importância no processo de alfabetização, a aprendizagem ganha em qualidade, uma vez que, o professor deixa de desempenhar a ação de forma estática e rotineira e torna o ensino mais motivador e ativo. Dessa forma, a criança é estimulada a interagir com o conhecimento em questão A literatura como processo de desenvolvimento, aprendizagem e socialização ajuda o leitor a estruturar seu universo cultural. Ela é uma arte que ajuda a ampliar a visão de mundo. Para que a literatura possa fazer a diferença na vida da criança, ela precisa estar presente diariamente no contexto formal (escola) e no cotidiano da criança, ou seja, no seu lar, com os seus familiares, pois muitos são os benefícios obtidos no processo literário. O uso de recursos distintos facilita o processo de ensino/aprendizagem, uma vez que esse processo nem sempre ocorre de maneira fácil e eficaz. Algumas crianças apresentam dificuldades para compreender o sistema de leitura e escrita. Isso apenas corrobora a literatura infantil como recurso pedagógico e devendo, pois, ser trabalhada de diferentes formas para alcançar o máximo de alunos possíveis. 6. PROPOSTAS DE PRÁTICAS DE LEITURA A leitura levada para a sala de aula tem um papel pertinente para auxiliar na construção do conhecimento, como forma de assegurar o direito à cultura e como forma de exercer a cidadania. Daí a importância de garantir práticas de leitura. O leitor é diferente a cada prática leitora. Inúmeros são os modos, tipos, gostos e objetivos de leitura. Cada criança se atém a algum recurso na leitura. Diante disso, como despertar na criança o interesse pela leitura? Como trabalhar a leitura na sala de aula? E quem é esse leitor, ainda tão pequeno? Para que um aluno seja um leitor ativo, é necessário que ele entenda a relação que existe entre ler, compreender e aprender para conseguir construir uma interpretação do que foi lido. Essa interação do leitor com o texto foi assim ressaltado por Koch (2006, p.21): “a leitura e a produção de sentido são atividades orientadas por nossa bagagem sociocognitiva: conhecimentos da língua e das coisas do mundo (lugares sociais, crenças, valores, vivências)”. Para tal, deve-se planejar atividades e/ou momentos que favoreçam a leitura. O professor pode organizar momentos de leitura livre; momentos em que ele lê para os alunos; deve planejar atividades diárias de leitura com a mesma importância que planeja as demais; deve oferecer diferentes tipos textuais (jornais, gibis, revistas, parlendas, poesias, músicas, literaturas de cordel); fazer uso da biblioteca ou brinquedoteca com mais frequência; promover a oportunidade de levar livros para casa para uma leitura em família; realizar rodas de leitura e propiciar nessas rodas momentos de interação, socialização e reflexão; explorar a leitura e falar da importância dessa prática nas reuniões de pais; dispor pela escola textos e trechos de obras relevantes de autores considerados para visibilidade de todos; entre outros. Outra prática importante durante a alfabetização/letramento é a leitura compartilhada de bons textos literários, jornalísticos, publicitários etc., que encorajam o processo de ler e tornem a leitura mais prazerosa para a criança. Além disso, a criança dentro da sala de aula precisa estar cercada de recursos que estimulem a prática da leitura, como cartazes e livros diversos proporcionando à criança conhecer coisas novas, para que efetivamente seja iniciada a construção da linguagem, da oralidade, de ideias, de valores e sentimentos que ajudarão em sua formação pessoal (MACHADO, 2013). Outro exemplo de prática, segundo Machado (2013, p.18), é a escolha dos textos, das frases, das palavras, em suportes impressos e/ou em tela, que se reconhecem no mundo social. Quando o professor alfabetizador seleciona os textos, isso influencia, positivamente, no aprendizado da leitura,o que a torna mais interessante para as crianças. Frequentar livrarias, feira de livros e bibliotecas são excelentes sugestões para tornar permanente o hábito de leitura. Quando é disponibilizado aos alunos uma boa biblioteca, com grande acervo de livros bem cuidados e organizados num ambiente aconchegante, esse espaço de leitura torna-se um espaço de grandes aprendizagens. O material de leitura deve ser muito bem selecionado, obedecendo a uma sequência de acordo com a faixa etária, o gosto, a preferência do aluno e o seu desenvolvimento mental. Os textos devem estar de acordo com o contexto real do aluno para que possa ser significativo para ele. Quando a escola se apropria da sua função de formadora de leitores, ela precisa contar com a participação dos professores das diversas disciplinas já que a leitura está presente em todas as áreas. O professor deve sempre se colocar como mediador, cooperador e colaborador nesse processo de leitura. Ele é, antes de tudo, um promotor de leitura e formador de leitores. O docente deve ser um profissional comprometido com o projeto de leitura e apresentar estratégias para orientar seus alunos, tornando-se assim um mediador do processo, abrindo espaços, lançando desafios, valorizando a caminhada dos alunos, desenvolvendo competências nas dimensões cognitivas, emocionais, sensoriais e culturais. Segundo Freire (1999, p.29), “[...] percebe-se, assim, a importância do papel do educador, o mérito da paz com que viva a certeza de que faz da sua tarefa docente, não apenas ensinar conteúdos, mas também ensinar a pensar certo” 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS Compreendemos que os livros de Literatura Infantil podem ser inseridos no mundo das crianças já nos primeiros contatos com o ambiente familiar e escolar aproximando o leitor da Literatura. A leitura é a forma de adquirir informações. O gosto de ler resulta da prática. A pessoa que lê tem reflexão crítica da realidade. O incentivo precisa começar desde cedo. Quando um livro é inserido no ambiente escolar possibilita naquele que compreende o contexto histórico e cultural a oportunidade de criá-lo, alterá-lo ou reconstruí-lo. Ela proporciona à criança um desenvolvimento emocional, social e cognitivo indiscutíveis. O hábito de leitura no ambiente familiar, fortalece o elo da criança com seus pais ou responsáveis, tornando-o no futuro, um adulto mais seguro. Na escola, o professor é o grande mediador. Cabe a ele disponibilizar textos inteligentes e interessantes, e criar situações estimuladoras e desafiadoras. Ele é o promotor da leitura e o formador de leitores. Através da leitura a criança adquire uma postura crítica e reflexiva, extremamente relevantes à sua formação cognitiva. O ato de ler é extremamente transformador. A criança que ouve histórias desde cedo e é estimulada, terá um desenvolvimento favorável ao seu vocabulário, bem como a prontidão para a leitura. Sabemos que esse processo não é tão fácil assim. Para que uma criança se torne um(a) leitor(a), ela precisa de estímulo e de exemplo. Infelizmente nossa sociedade não é leitora e modificar esse cenário não será nada fácil. As novas tecnologias e, principalmente, as redes sociais estão cada dia mais presentes na vida das pessoas e até de nossas crianças. Como conseguir usar desses meios para promover o gosto e o prazer pela leitura? Como estimular que a leitura feita pelos alunos não se restrinja somente às redes sociais e aos aplicativos de mensagens? Como evitar que nossas crianças se tornem reféns desses tipos de mídias? Como agir para que as formas de escrita na internet não comprometam a aprendizagem da gramática e da norma culta da língua? Como tornar leitor uma criança que não tem nenhum exemplo dentro de casa? Como conseguir superar esses desafios se os pais não contribuírem? Sem dúvida esses são motivos de grande preocupação e reflexão de nossos professores. Todos esses fatores aumentam ainda mais a responsabilidade do docente em sala de aula que precisará cada vez mais conhecer seus alunos e preparar atividades que vão ao encontro do anseio e das necessidades de sua turma. Não dá mais para se preocupar somente com o conteúdo. Foi pelo fato da alfabetização ter se tornado uma coisa mecânica que visava apenas a execução do conteúdo programado, que chegamos ao estágio que temos hoje de grande evasão escolar, de alunos alfabetizados, mas não letrados e de alunos em sala de aula desmotivados e estudando por obrigação. Ser professor não é tarefa fácil e atualmente tem se tornado muito mais desafiador. É necessário rever as práticas escolares e é nessa questão que se faz relevante esse presente trabalho. Acreditar que a criança é o futuro do nosso país e investir neles pode ser o primeiro passo para mudarmos a realidade da educação brasileira. Tal realidade faz-nos perceber o quanto é importante investir na capacitação de professores desde a Educação Infantil. Ela é o berço da educação. Tudo o que for estimulado, vivenciado, transformado e desenvolvido lá, com as crianças ainda pequenas, terá muito mais chance de dar certo. Preparar nossas crianças para a vivência da Literatura é ter a certeza de que no avanço da escolaridade, teremos alunos mais maduros cognitivamente, e isso é de suma importância no processo de ensino-aprendizagem. As instituições de Educação Infantil deveriam promover projetos para estimular a leitura e organizar espaços educativos com a finalidade de criar condições para que as crianças pequenas compreendem desde cedo a importância do ato de ler. Nesses tipos de eventos contar com a participação dos pais é imprescindível, porque eles podem nesses momentos se sentirem tocados, estimulados a iniciar um processo de leitura e se tornarem leitores ativos. Portanto, compreender, conhecer e reconhecer características do pré-leitor é necessário para que de forma prazerosa, o educador ofereça um ambiente que instigue, enriqueça e amplie suas possibilidades de entender, de ver as coisas e de ler o mundo. Esses procedimentos são considerados grandes desafios de todos os profissionais da educação para uma possível formação de crianças leitoras e adultos críticos e reflexivos. Existem vários documentos que abordam essa questão da leitura e sua prática nas escolas brasileiras, mas como será que elas estão sendo aplicadas? Quem verifica as formas de aplicação? Os projetos de leitura que tem feito a diferença na vida dos alunos e consequentemente na comunidade escolar estão ganhando visibilidade a nível nacional? Como conhecê-los? Como estimular os professores a se tornarem leitores para que eles possam entender a importância disso no processo de aprendizagem dos seus alunos? Como trabalhar a Literatura Infantil de forma contextualizada e lúdica? Vários serão os questionamentos, dúvidas e reflexões a cerca desses temas, mas precisamos acreditar que uma educação de qualidade se consegue com a união de todos, com as trocas de experiências, com investimento, com a valorização do professor, com formação continuada e, principalmente, com a boa vontade de melhorar e ressignificar a educação do nosso país. 8. REFERÊNCIAS ABRAMOVICH, F. Literatura Infantil. São Paulo: Spcione. 1993. BAMBERGER, R. Como Incentivar o Hábito de Leitura. São Paulo: Cultrix, 1997. BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa. Brasília: MEC/SEE, 1997. Disponível em; www.portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro02pdf. Acesso: 03 de novembro de 2019. COELHO, Betty. Contar história: uma arte sem idade. São Paulo: Ática, 1997. COELHO, Nelly Novaes. Literatura Infantil: Teoria Análise Didática. Edit. Moderna, 1° Ed. São Paulo, 2000 CORSINO, Patrícia. Prática Educativa da Língua Portuguesa na Educação Infantil. 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