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NBCTG20(R1) Custos de Empréstimos

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CPC20 – Custos de Empréstimos
I – Introdução:
A NBC TG 20 foi publicada inicialmente em 12.06.2009 sofreu 01 revisão ao longo do tempo chegando em sua nova versão  NBC TG 20 (R1), proveniente do CPC 20 IAS 23, publicada em 06.11.2015 no DOU, cujos efeitos iniciam se a partir de 01.01.2016.
Basicamente a NBC TG 20 (R1) sofreu alteração em função da inclusão de ativo qualificável mensurado por valor justo tais como ativo biológicos e plantas portadoras.
II - Objetivo da norma contábil:
Objetivo: Custos de empréstimos que são diretamente atribuíveis à aquisição, à construção ou à produção de ativo qualificável formam parte do custo de tal ativo. Outros custos de empréstimos devem ser reconhecidos como despesas.
Conceitos básicos:
1. Custos de Empréstimos são juros e outros custos que a entidade incorre em conexão com o empréstimo de recursos.
2. Ativo Qualificável  é um ativo que, necessariamente, demanda um período de tempo substancial para ficar pronto para seu uso ou venda pretendida.
III - Definições:
5. Este Pronunciamento utiliza os seguintes termos com os significados especificados: 
Custos de empréstimos são juros e outros custos que a entidade incorre em conexão com o empréstimo de recursos. 
Ativo qualificável é um ativo que, necessariamente, demanda um período de tempo substancial para ficar pronto para seu uso ou venda pretendidos. 
6. Custos de empréstimos incluem: 
(a) encargos financeiros calculados com base no método da taxa efetiva de juros como descrito nos Pronunciamentos Técnicos CPC 08 - Custos de Transação e Prêmios na Emissão de Títulos e Valores Mobiliários e CPC 38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração; 
(b) (eliminada); 
(c) (eliminada); 
(d) encargos financeiros relativos aos arrendamentos mercantis financeiros reconhecidos de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 06 – Operações de Arrendamento Mercantil; e 
(e) variações cambiais decorrentes de empréstimos em moeda estrangeira, na extensão em que elas sejam consideradas como ajuste, para mais ou para menos, do custo dos juros. 
7. Dependendo das circunstâncias, um ou mais dos seguintes ativos podem ser considerados ativos qualificáveis: 
(a) estoques; 
(b) plantas industriais para manufatura; 
(c) usinas de geração de energia; 
(d) ativos intangíveis; 
(e) propriedades para investimentos; 
(f) plantas portadoras. (Incluída pela Revisão CPC 08) 
Ativos financeiros e estoques que são manufaturados, ou de outro modo produzidos, ao longo de um curto período de tempo, não são ativos qualificáveis. Ativos que estão prontos para seu uso ou venda pretendidos quando adquiridos não são ativos qualificáveis.
IV - Aplicação da norma:
A entidade deve aplicar esta Norma na contabilização dos custos de empréstimos. 
1. A Norma não trata do custo real ou imputado a títulos patrimoniais (custo do capital próprio), incluindo   ações preferenciais classificadas no patrimônio líquido. 
2. A entidade não é requerida a aplicar esta Norma aos custos de empréstimos diretamente atribuíveis à aquisição, à construção ou à produção de:
a) ativo qualificável mensurado por valor justo, como, por exemplo, ativos biológicos dentro do alcance da NBC TG 29; ou (Alterada pela NBC TG 20 (R1))
b) estoques que são manufaturados, ou produzidos, em larga escala e em bases   repetitivas.
V - Componentes de Custos de Empréstimos:
Nos custos de empréstimos são considerados itens como:
a) encargos financeiros calculados com base no método da taxa efetiva de juros como descrito na NBC TG 08 custos de Transação e Prêmios na Emissão de Títulos e Valores Mobiliários e na NBC TG 38 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração; 
b) encargos financeiros relativos aos arrendamentos mercantis financeiros reconhecidos de acordo com a NBC TG 06 Operações de Arrendamento Mercantil; e
c) variações cambiais decorrentes de empréstimos em moeda estrangeira na medida em que elas são consideradas como justes, para mais ou para menos, do custo dos juros.
VI - Exemplos de ativos qualificáveis:
Ativos Qualificáveis:
1. estoque;
2. planta para manufatura;
3. usina de geração de energia;
4. ativo intangível;
5. propriedade para investimento; e
6. plantas portadoras.
VII - Reconhecimento de custos de empréstimos:
A entidade deve capitalizar os custos de empréstimo que são diretamente atribuíveis à aquisição, à construção ou à produção de ativo qualificável como parte do custo do ativo. A entidade deve reconhecer os outros custos de empréstimos como despesa no período em que são incorridos.
Custos de empréstimos que são diretamente atribuíveis à aquisição, à construção ou à produção de ativo qualificável devem ser capitalizados como parte do custo do ativo quando for provável que eles resultarão em benefícios econômicos futuros para a entidade e que tais custos possam ser mensurados com confiabilidade. 
Quando a entidade aplicar a NBC TG sobre Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária (ou a sistemática de correção monetária integral, enquanto não aprovada essa Norma), deve reconhecer como parte dos custos de empréstimos atribuíveis aos ativos qualificáveis apenas a parcela excedente à inflação
Início, Suspensão e Término da capitalização dos custos
O início da capitalização dos custos dos empréstimos aos ativos qualificáveis ocorre nas seguintes condições:
  a)  incorre em gastos com o ativo;
  b)  incorre em custos de empréstimos; e
  c) inicia as atividades que são necessárias ao   preparo do ativo para seu uso ou venda   pretendida.
A suspensão deve ocorrer quando houver períodos extensos em que as atividades forem interrompidas.
A entidade deve cessar a capitalização dos custos de empréstimos quando substancialmente todas as atividades necessárias ao preparo do ativo qualificável para seu uso ou venda pretendida estiverem concluídas.
1. (Exame CFC - Questão 48 - Adaptado) Conforme NBC dos Custos de Empréstimos, à medida que a entidade contrata empréstimos sem destinação específica e os usa com o propósito de obter um ativo qualificável, ela deve determinar o montante dos custos de empréstimos elegíveis à capitalização, aplicando uma taxa de capitalização aos gastos com tal ativo. A taxa de capitalização deve ser: 
a) a média simples dos custos dos empréstimos que estiveram vigentes durante o período, diferentemente dos empréstimos feitos especificamente com o propósito de se obter um ativo qualificável.
b) a média ponderada dos custos dos empréstimos que estiveram vigentes durante o período, diferentemente dos empréstimos feitos especificamente com o propósito de se obter um ativo qualificável. (GABARITO)
c) a média simples dos custos dos empréstimos que estiveram vigentes durante o período, inclusive dos empréstimos feitos especificamente com o propósito de se obter um ativo qualificável. 
d) a média ponderada dos custos dos empréstimos que estiveram vigentes durante o período, inclusive dos empréstimos feitos especificamente com o propósito de se obter um ativo qualificável
2. (Exame CFC Questão nº 16) A Seguradora ABC S/A contraiu empréstimos cujos recursos foram aplicados na aquisição de equipamentos de informática. Em 31 de dezembro de 2012, estes equipamentos ainda não haviam entrado em operação e nenhuma amortização do principal e dos juros havia sido feita. Os juros sobre estes empréstimos foram adicionados ao custo destes equipamentos de acordo com o previsto na NBC TG 20(CUSTOS DE EMPRÉSTIMOS) e no Art. 22 da Seção XVIII do Anexo IV da Circular SUSEP 464/13. Em qual grupo os referidos juros devem ser classificados na demonstração dos fluxos de caixa do exercício de 2012? 
a) Na atividade de financiamentos. 
b) Na atividade de investimentos. 
c) Nas atividades operacionais. 
d) Nenhum deles (GABARITO)

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