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RESOLUÇÃO DOS CASOS CONCRETOS 1 AO 6
DIREITO CIVIL V - CCJ0111 
JAMYLLY RAFAELE SILVEIRA FERNANDES
SEMANA 1
Caso Concreto 
		Reflexos da decisão do STF que acolheu a socioafetividade e a multiparentalidade. Às portas da primavera o Supremo Tribunal Federal aprovou uma relevante tese sobre direito de família, delineando alguns contornos da parentalidade no atual cenário jurídico brasileiro. A manifestação do STF contribui para a tradução contemporânea das categorias da filiação e parentesco, sendo um paradigmático leading case na temática. O tema de Repercussão Geral 622, de Relatoria do Ministro Luiz Fux, envolvia a análise de uma eventual prevalência da paternidade socioafetiva em detrimento da paternidade biológica. Ao deliberar sobre o mérito da questão, o STF optou por não afirmar nenhuma prevalência entre as referidas modalidades de vínculo parental, apontando para a possibilidade de coexistência de ambas as paternidades. Esses noveis conflitos familiares refletem alguns dos desafios que as múltiplas relações interpessoais apresentam aos juristas. No complexo, fragmentado e líquido cenário da atualidade, a possibilidade de pluralidade de vínculos parentais é uma realidade fática que exige uma acomodação jurídica. A tese aprovada em repercussão geral ao apreciar a temática subjacente à referida repercussão geral o plenário do Supremo Tribunal Federal, por maioria, houve por bem em aprovar uma diretriz que servirá de parâmetro para casos semelhantes. 
		A tese aprovada tem o seguinte teor: A paternidade socioafetiva, declarada ou não em registro público, não impede o reconhecimento do vínculo de filiação concomitante baseado na origem biológica, com os efeitos jurídicos próprios". O texto foi proposto pelo Min. Relator Luiz Fux, tendo sido aprovado por ampla maioria, restando vencidos apenas os Ministros Dias Toffoli e Marco Aurélio, que discordavam parcialmente da redação final sugerida. A tese é explícita em afirmar a possibilidade de cumulação de uma paternidade socioafetiva concomitantemente com uma paternidade biológica, mantendo-se ambas em determinado caso concreto, admitindo, com isso, a possibilidade da existência jurídica de dois pais. Ao prever expressamente a possibilidade jurídica da pluralidade de vínculos familiares nossa Corte Suprema consagra um importante avanço: o reconhecimento da multiparentalidade, um dos novíssimos temas do direito de família. (fonte: Site do IBDFAM, 26/09/2016, retirado do http://www.conjur.com.br/2016-set-25/processofamiliar-reflexos-decisao-stf-acolher-socioafetividade-multiparentalidade)
		Pergunta-se: Da análise do artigo acima citado, conforme os princípios do Direito de Família, quais as bases da família que estão sendo valorizadas? Conceitue os referidos princípios citados, justificando com base na lei em vigor.
RESPOSTA: Podemos identificar vários princípios e bases na referida decisão. Estão sendo valorizados os princípios da dignidade da pessoa humana, da afetividade, onde é possível reconhecer a multiparentalidade, do melhor interesse do menor e da não intervenção na comunhão da vida em família. Na forma do caso narrado, a parentalidade biológica não exclui a socioafetiva mantendo-se ambas.
Questão objetiva 
São inovações do Direito de Família, exceto: 
a) A substituição da Família Matrimonial hierarquizada pelo modelo de cogestão que assegura a isonomia dos cônjuges na sociedade conjugal; 
b) A dignificação humana reconhecida nas uniões homoafetivas, possibilitando o casamento entre pessoas do mesmo sexo; 
c) O reconhecimento do casamento como única fonte de família e a união estável como realidade periférica;
d) A valorização do afeto e da estabilidade como padrão mínimo para o reconhecimento entidade familiar como modelo eudemônico.
RESPOSTA: C
SEMANA 2
Caso Concreto 
Camila quando completou 18 anos de idade, descobriu ser irmã de Gabriel, 16 anos, filho de um relacionamento extraconjugal de seu pai com Eleonor. Gabriel por diversas vezes tentou se aproximar de Camila, que se nega a manter qualquer contato com ele afirmando não ser ele seu parente, pois não possuem qualquer grau de parentesco entre si. Camila tem razão? Explique sua resposta.
RESPOSTA: Não, pois eles são irmãos consanguíneos unilaterais, circunstância essa que produz efeitos na relação de parentesco. Sendo assim, ambos são considerados parentes colaterais ou na linha colateral de 2 º grau. 
Questão objetiva 
Lisbela possui um irmão chamado Gregório que é casado com Silmara. Lisbela, em razão de desavenças com Silmara, insiste em afirmar que não possui grau de parentesco com ela, mas resolveu estudar o assunto com sua vizinha Magda, advogada. Magda respondeu para Lisbela que, de acordo com o Código Civil brasileiro, Silmara é sua parente
a) por afinidade em linha colateral de primeiro grau. 
b) por afinidade em linha colateral de terceiro grau. 
c) por afinidade em linha colateral de segundo grau.
d) civil em linha colateral de terceiro grau.
e) natural em linha colateral de primeiro grau.
RESPOSTA: C
SEMANA 3
Caso Concreto Luana tem 14 anos de idade e há seis meses, com o consentimento expresso de ambos os pais, reside com Danilo (17 anos), seu namorado há quase dois anos. Ambos resolveram que é hora de casar e seus pais não se opõe ao casamento por entenderem que ambos já compreendem quais são as obrigações matrimoniais. Ao dar entrada no processo de habilitação para o casamento foram informados pelo oficial que seria necessário o procedimento de suprimento judicial da idade. Feito o procedimento os nubentes tiveram negado o pedido, pois, segundo o juiz da Vara de Registros Públicos, o casamento não preenche os pressupostos estabelecidos em lei para o casamento de quem não atingiu a idade núbil. Explique para os nubentes quais são esses pressupostos e que recurso seria cabível visando a autorização.
RESPOSTA: Conforme disposição do CC a idade núbil é atingida aos 16 anos (art. 1517 CC) momento que a pessoa pode se casar desde que haja consentimento dos pais ou de seus representantes legais, porém caso haja recusa, é possível pedir o suprimento judicial do consentimento, levando em consideração a recusa imotivada. Todavia é admitido no art.1520 CC. O casamento de menores de 16 anos em se tratando de gravidez.
Questão objetiva 
(PCMA 2012) A respeito do instituto do casamento, analise as afirmativas a seguir. 
I.Os pais, tutores ou curadores podem revogar a autorização até à data da celebração do casamento.
II.Quando injusta, a denegação do consentimento, pode ser suprida pelo juiz.
III.Será permitido, excepcionalmente, o casamento de quem ainda não alcançou a idade núbil apenas em caso de gravidez.
Assinale: 
a.)se somente a afirmativa I estiver correta. 
b.)se somente a afirmativa II estiver correta. 
c.)se somente a afirmativa III estiver correta.
d.)se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. 
e.)se todas as afirmativas estiverem corretas.
RESPOSTA: E
SEMANA 4
Caso concreto: 
Leonardo e Ana após passarem por todo o processo de habilitação para o casamento e de posse do certificado de habilitação, agendam, perante o oficial do registro, dia, hora e local para a celebração do casamento. No dia, hora e local indicados, os nubentes, as testemunhas e a autoridade celebrante competente comparecem pessoalmente. Iniciada a cerimônia, a autoridade celebrante ouve os nubentes que expressamente declaram sua vontade de contraírem o matrimônio por livre e espontânea vontade. Após a manifestação dos nubentes, inesperadamente a autoridade celebrante sofre um mal súbito que lhe retira a vida imediatamente. Diante do exposto, responda, de forma justificada, o que se pede a seguir:
a) Em razão do ocorrido, o casamento poderia ser retomado em continuidade por outro oficial que se fizesse presente?
RESPOSTA: Dentro das formalidades da celebração e a possibilidade de fato que impeça o oficial, indicando a possibilidade e a necessidade de substituição e a nomeação de um funcionário.
b) Leonardo
e Ana podem ser considerados casados? 
RESPOSTA: Sim, uma vez que fora declarada a aceitação dos nubentes, de forma pública, perante testemunhas e de autoridade competente, em concretizar o matrimônio. Nos termos do artigo 1.514 do CC.
Questão objetiva: 
(MPE-MG-2012) Quanto ao processo de habilitação para o casamento, é INCORRETO afirmar que: 
a) a habilitação será feita pessoalmente perante o oficial do registro Civil, com a audiência do Ministério Público. Caso haja impugnação do oficial, do Ministério Público ou de terceiro, a habilitação será submetida ao juiz 
b) é dever do oficial do registro civil esclarecer aos nubentes a respeito dos fatos que podem ocasionar a invalidade do casamento, bem como sobre os diversos regimes de bens.
c) tanto os impedimentos quanto as causas suspensivas serão opostos em declaração escrita e assinada, instruída com as provas do fato alegado, ou com a indicação do lugar onde possam ser obtidas.
d) a eficácia da habilitação será de 120 (cento e vinte) dias a contar da data em que foi extraído o certificado.
RESPOSTA: D
SEMANA 5
Caso Concreto Quando eu tinha 18 anos minha mãe se casou com João, então com 50 anos. Por dois anos foram casados e felizes, mas minha mãe acabou morrendo em 2006 em virtude de um câncer de mama tardiamente descoberto e que lhe retirou a vida em pouquíssimos meses. Eu tinha um relacionamento muito bom com João e, após superarmos a morte prematura da minha mãe acabamos descobrindo que tínhamos muita coisa em comum. Resultado, começamos a namorar em 2008 e, em 2009 resolvemos casar. Fizemos todo o procedimento de habilitação para o casamento e, naquele mesmo ano, casamo-nos. Neste mês, no entanto, fomos surpreendidos por uma ação declaratória de nulidade do casamento proposta pelo Ministério Público que afirma que a lei proíbe o nosso casamento em virtude do parentesco. Amo João e depois de tantos anos juntos não posso acreditar que nosso casamento esteja sendo questionado. O Ministério Público tem legitimidade para propor essa ação? Depois de tanto tempo já casados este pedido não estaria prescrito? Nunca tive nenhum um vínculo de parentesco com João, como esse fato pode estar sendo alegado? Justifique suas explicações à cliente em no máximo dez linhas.
RESPOSTA: O Ministério Público tem legitimidade para propor a ação de nulidade de casamento de afins de linha reta, assim também como qualquer interessado. Por se tratar de impedimento, não há o que se falar de prescrição, podendo ser alegado a qualquer tempo. O vínculo existente entre os dois é o de afinidade em linha reta, sendo, portanto, impedidos de casar ou constituir união estável um com o outro, mesmo que dissolvido o vínculo anterior, já que o art. 1.595, §2º do CC, diz que a afinidade não se extingue nem mesmo com a dissolução do casamento ou fim da união estável. 
Questão objetiva 
(TJPE 2013) São impedidos de casar: 
a.)o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do casal. 
b.)o tutor com a pessoa tutelada, enquanto não cessar a tutela e não estiverem saldadas as respectivas contas. 
c.)os parentes colaterais até o quarto grau. 
d.)os afins em linha reta e em linha colateral. 
e.)o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante.
RESPOSTA: E
SEMANA 6
Caso concreto Um agricultor do interior do Estado, ‘humilde e ingênuo’, casou-se há dois meses com bonita moça da cidade que havia conhecido numa das feiras de domingo. Após alguns meses de namoro, casaram-se pelo regime de comunhão universal de bens (sugerido pela própria moça). Mas, apenas um mês depois do casamento a moça saiu de casa, alegando que o marido lhe negava constantemente dinheiro para comprar roupas e sapatos. Neste mês que moraram juntos, chegou ao ponto da moça só manter relações sexuais com seu marido se este lhe desse dinheiro após o ato! O agricultor, chateado com toda essa situação, conversando com algumas pessoas descobriu que a moça tinha casado com ele única e exclusivamente por interesse econômico, tinha ela interesse (declarado) não só no dinheiro do marido, como principalmente, em ficar com parte da chácara do agricultor que era conhecida na região por ser produtora de ótimos produtos artesanais como queijos e geleias. Evidenciado o mero interesse econômico no casamento, pode o agricultor pedir sua anulação? Justifique sua resposta em no máximo cinco linhas e na resposta indique o prazo para a propositura da ação. 
RESPOSTA: Sim, o Agricultor poderá pedir a anulação do casamento, visto que o mesmo logrou em erro essencial na pessoa do seu consorte. A constatação da nítida motivação em puro interesse e proveitos financeiros na efetivação do matrimônio, no entendimento consolidado nos tribunais pátrios, caracteriza-se o erro quanto a pessoa do cônjuge em relação ao consorte inocente. O prazo para propor a ação anulatória é de três anos. Nesses termos os artigos 1.550, III, 1.557, I, 1.560, III, todos do código civil.
Questão objetiva
(MPPR 2013) É hipótese de nulidade do casamento: 
a.)O casamento do menor de 16 anos; 
b.)O casamento com infringência de impedimento; 
c.)O casamento contraído com erro sobre a pessoa do outro nubente; 
d.)O casamento do menor entre 16 e 18 anos não autorizado por seu representante legal; 
e.)O casamento do menor emancipado, sem autorização de seu representante legal.
RESPOSTA: B
FACULDADE ESTÁCIO - CE
DIREITO CIVIL V - CCJ0111 
FERNANDO ANTONIO CAMPOS VIANA
DIREITO / MOREIRA CAMPOS / MANHÃ 
RESOLUÇÃO DOS CASOS CONCRETOS
1 ao 6
JAMYLLY RAFAELE SILVEIRA FERNANDES
SETEMBRO DE 2017
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