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Resumo de Introdução ao Estudo do Direito

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Resumo de Introdução ao Estudo do Direito 
→Conceito/acepções de Direito: 
*Direito é o conjunto de regras de conduta obrigatória que garantem a convivência social pela coerção pública. 
*Conjunto de normas gerais e positivas que regulam a vida social. 
*Direito é a ordenação heterônoma, coercível e bilateral atributiva das relações de convivência segundo uma 
interação normativa de fatos conforme valores. 
→Finalidade do Direito: 
 O Direito tem por finalidade garantir: ordem, certeza, segurança, paz, justiça, (bem como outras finalidades de 
desenvolvimento econômico e social). 
→Acepções da palavra Direito: 
O fenômeno jurídico é bastante complexo, apresentando vários aspectos ou elementos. Esta circunstância torna difícil 
uma única definição real. Aqui teremos cinco possibilidades, ou acepções, da palavra direito. 
→Direito como Norma: 
Trata-se da forma mais comum de aplicação da palavra direito, sendo também conhecida como direito objetivo ou 
norma agendi. São as regras exteriores ao homem e que a ele se dirigem e se impõem, atuando em sua vida particular 
e social. Na definição de Rudolf Von Ihering, “é o conjunto de normas coativamente garantidas pelo Poder Público”. 
Regra social obrigatória. 
→Direito como Faculdade: 
É o poder que tem o homem de exigir garantias para a realização de seus interesses, quando estes se conformam com 
o interesse social. É o poder de ação assegurado pela ordem jurídica. Trata-se de uma prerrogativa de agir, uma 
opção, uma alternativa posta ao sujeito. Também chamado de direito subjetivo ou facultas agendi, tendo sido por 
Ihering definido como o interesse juridicamente protegido (Jus est facultas agendi). Compreende um sujeito, um 
objeto e a relação que os liga. 
→Direito como Justo: 
O que é devido por justiça. Relacionado com o conceito de justiça, possuindo dois sentidos diferentes: 
 *Bem devido por justiça: na definição de São Tomás de Aquino, é o que é devido a outrem, segundo uma 
igualdade. 
 *Bem conforme a justiça: não existe contrapartida, mas sim uma determinação social que acredita ser aquela a 
melhor alternativa a determinada situação. 
→Direito como Ciência: 
Usada como “ciência do direito”, o setor do conhecimento humano que investiga e sistematiza os fenômenos da vida 
jurídica e a determinação de suas causas. Organização teórica do Direito. 
→Direito como Fato Social: 
Ao realizar o estudo de qualquer coletividade, a sociologia distingue diversas espécies de fenômenos sociais. 
Considera os fatos econômicos, culturais, esportivos e, também, o direito. O direito é, então, considerado como um 
setor da vida social. É o conjunto de condições de existência e desenvolvimento da sociedade, coativamente 
asseguradas. 
→Teoria dos Ciclos: 
*A teoria dos ciclos concêntricos- (Criada por Jeremy Bentham) dizia que a moral estava à cima do direito, 
afirmando então que o campo da moral é mais amplo que campo do direito. 
 *A teoria dos ciclos secantes- (Criada por Du Pasquier) dizia que havia uma intercessão entre o Direito e a Moral, 
mas sem deixar de existir suas características particulares. 
*A teoria dos ciclos independentes- (Criada por Hans Kelsen) dizia que Direito e Moral não tinham nem um tipo de 
relação, dizendo que se a lei foi criada com perfeição deve ser aplicada sem a interferência de valores morais. Era um 
positivista. 
*A teoria do mínimo ético- (Criada por Jellinek) dizia que todo Direito deve ter o mínimo de ética e moral para ser 
criada, logo há uma grande relação entre este e a teoria dos ciclos concêntricos. 
→O Direito e a heteronomia: É um conceito estudado de modo a poder concluir brevemente como: a norma 
jurídica criada por outro, ou seja, criada por alguém que não seja você. 
→A bilateralidade do Direito: 
 É um conceito estudado de modo a poder concluir brevemente como: o Direito possui dois lados um com direitos e 
outro com deveres. 
 →A coercibilidade e o Direto: 
Consiste no fato de existir uma sanção sobre outra sanção. Ex: Por motivos financeiros uma pessoa não tem 
condições de pagar uma dívida judicial, então como uma forma de punição há a penhora de um bem para o 
pagamento da dívida. Percebemos então que houve a sanção da multa e sobre esta sanção ouve outra, que no caso é a 
penhora. 
→Direito natural X Direito positivo: 
*Direito natural: Leva em consideração conceitos de valores, mas sem deixar de lado a norma jurídica. 
*Direito positivo: É o ramo do direito que em seus julgamentos leva em consideração apenas os aspectos formais da 
lei, sem se preocupar com conceitos de valore envolvidos do caso. 
→Direito positivo X Direito natural: 
*Direito positivo: Direito positivo é o direito propriamente dito, ou seja, como ele realmente esta escrito na lei, não 
leva em consideração conceitos morais, apenas conceitos escritos na norma jurídica. 
* Direito natural: Direito natural é o direito que leva em consideração os conceitos morais e éticos da sociedade, ele 
não precisa necessariamente estar escrito, pois é algo que já “nasce” com o ser humano, logo já está implícito em seus 
valores. 
→Direito público X Direito privado: 
* Direito público: É regido pelo regime de supremacia do Direito público está submetido a leis e normas dos códigos 
e da Constituição Federal. 
*Direito privado: É regido por normas individuais, pois não derivam diretamente do Estado, estes estão geralmente 
vinculados a um contrato. 
→Direito objetivo X Direito subjetivo: 
*Direito objetivo: É a ação perante o fundamento em lei. Ex: É a ação propriamente dita diante de uma situação de 
injustiça. 
*Direito subjetivo: É o poder de ação perante a lei. Ex: Quando se tem a possibilidade de poder agir diante de uma 
situação de injustiça. 
→ Ramos do Direito público e privado: 
*Direito Constitucional, administrativo, penal, processual, financeiro, tributário, canônico, internacional, público, do 
menor, de minas, eleitoral, político, civil, empresarial e industrial. 
→Teoria tridimensional do direito- (Criada por Miguel Reale) pode ser considerada sob três aspectos: FATO, V 
ALOR e NORMA. 
*FATO- é o que ocorreu em determinada situação. 
*VALOR- é o valor moral e ético que é empregado ao fato. 
*NORMA- é a lei aplicada ao fato que agrega o valor. 
Hans Kelsen, autor e estudioso positivista, diz que há a ausência de valores logo estão presentes apenas os conceitos 
do fato e da norma. 
→Sumula Vinculante: 
É o poder da sumula de ter eficácia vinculante sobre decisões futuras. Ela é aquela que, emitida por Tribunais 
Superiores (STF, STJ, TST, STM, TSE) após reiteradas decisões uniformes sobre um mesmo assunto, torna 
obrigatório seu cumprimento pelos demais órgãos do Poder Judiciário. 
→Doutrina: 
 A doutrina é o direito resultante de estudos voltados à sistematização, esclarecimento, adequação e inovação. A 
doutrina é o estudo feito por profissionais ligados ao ramo jurídico com diversos objetivos, tais como o de 
proporcionar a atualização do direito no tempo e no espaço, promover a crítica, acusando falhas e deficiência, 
promover a visão do juízo de valor sobre diferentes ângulos, dentre outras. A doutrina não se trata de uma vinculação 
direta com o direito, é apenas uma “corrente” seguida por determinado juiz, ou seja, o juiz não é obrigado em todas as 
suas decisões seguir determinada corrente, ela apenas o orienta em suas decisões. 
→Princípios Gerais do Direito: 
São aqueles que estão propriamente escritos no ordenamento jurídico.Está fortemente ligado ao direito positivo, pois 
baseiam-se no “físico” no que está na lei e pronto. 
→Equidade: 
O conceito de equidade como critério interpretativo permite adequar a norma ao caso concreto e chegar à solução 
justa. A decisão será equitativa quando levar em conta as especiais circunstâncias do caso decidido e a situação 
pessoal dos respectivos interessados. Porem a equidade não é fonte do direito e sim um critério de aplicação pelo qual 
se leva em conta o que há de particular em cada relação. O art. 127 do Código de Processo Civil estabelece que o juiz 
decida por equidade nos casos previstos em lei. Porem a equidade pode estar por diversas vezes implícita e o jurado 
irá analisar se cabe ou não o uso da equidade em sua decisão. 
→Direito Comparado: 
 É usado quando se compara o direito de um povo com o de outro. A norma jurídica pode ser definida como: a norma 
jurídica que proíbe e obriga. A norma jurídica é o padrão de conduta social imposto pelo Estado, para que seja 
possível a convivência entre os homens, com o objetivo da organização social. No entanto, existe distinção entre 
norma jurídica e lei. A lei é apenas uma das formas de expressão das normas, que se manifestam também pelo direito 
costumeiro e, em alguns países, pela jurisprudência. 
→Características substanciais da norma jurídica: 
*Heteronomia: É um conceito estudado de modo a poder concluir brevemente como: a norma jurídica criada por 
outro, ou seja, criada por alguém que não seja você. 
*Bilateralidade: É um conceito estudado de modo a poder concluir brevemente como: o Direito possui dois lados 
um com direitos e outro com deveres. 
* Coercibilidade: Consiste no fato de existir uma sanção sobre outra sanção. Ex: Por motivos financeiros uma 
pessoa não tem condições de pagar uma dívida judicial, então como uma forma de punição há a penhora de um bem 
para o pagamento da dívida. Percebemos então que houve a sanção da multa e sobre esta sanção houve outra, que no 
caso é a penhora. 
*Generalidade: Podemos considerar basicamente com a seguinte frase: Todos são iguais perante a lei. 
*Abstratividade: As normas jurídicas visam estabelecer uma fórmula padrão de conduta, aplicável a qualquer 
membro da sociedade. Regulam casos como ocorrem no seu denominador comum. Caso não houvesse a 
abstratividade para regular os fatos em sua casuística, os códigos seriam muito mais extensos e o legislador não 
lograria seu objetivo, já que a vida em sociedade é mais rica que a imaginação do homem. 
*Imperatividade: Revela a missão de disciplinar as maneiras de agir em sociedade, pois o direito deve representar o 
mínimo de exigências, de determinações necessárias. Assim, para garantir efetivamente a ordem social, o direito se 
manifesta através de normas que possuem caráter imperativo. Tal caráter significa imposição de vontade e não 
simples aconselhamento. 
 →Normas de organização: 
 Visa ordenar e organizar a vida em sociedade (deve ser respeitada principalmente pelo estado. 
*Normas de conduta: É a consolidação das normas de direitos e deveres que deve ser seguida pela sociedade (deve 
ser respeitado principalmente pala sociedade civil) 
*Critério da Existência: A norma explícita é a norma tal qual está escrita nos códigos e nas leis. A norma implícita é 
aquela subentendida a partir da norma explícita. 
*Critério da extensão territorial - normas federais, estaduais e municipais: 
 Diz que uma lei não pode passar por cima de outra seja ela federal, estadual ou municipal. 
* Critério da Imperatividade: Normas impositivas – Cogentes; Normas dispositivas- permissivas e proibitivas; 
Imperativas - ordenam, impõem. 
→Validade de uma norma jurídica: 
Técnico-formal = vigência; 
Social = eficácia; 
Ético = fundamento. 
*Validade formal: Vigência vem a ser “a Pratica de execução compulsória de uma norma jurídica, por haver 
preenchido os requisitos essenciais à sua feitura ou elaboração”. Desta forma, a norma jurídica tem vigência quando 
pode ser executada compulsoriamente pelo fato de ter sido elaborada com observância aos requisitos essenciais 
exigidos: Emanada de órgão competente; Com obediência aos trâmites legais; E cuja matéria seja da competência do 
órgão elaborador. 
→Processo de elaboração de lei: 
 1°- Projeto de lei 
2°- Discussão /emenda 
3°- Votação 
 4°- Sanção ou veto 
5°- Promulgação 
6º- Publicação 
*Validade Social ou Eficácia: É a validade e o cumprimento que uma norma tem perante a sociedade. 
*Validade Ética ou Fundamento: É a validade que a norma tem perante a ética que impera na sociedade. 
 
 Caso concreto 1: 
Identifique as diversas acepções da palavra direito no texto abaixo, estabelecendo correspondência com os seguintes 
significados: O Direito (1) brasileiro determina que cabe ao Estado cuidar da saúde dos cidadãos. Com base nisto, 
Petrônio teve reconhecido o direito (2) a receber medicamentos do Estado para o tratamento de uma doença que 
contraíra. Realmente, não parece direito (3) deixar um cidadão desassistido. Isto mostra o avanço do estudo do direito 
(4). 
R: 1-Direito objetivo; 
2- Direito positivo; 
3- correto, justo; 
4- Ciência do Direito. 
Questão objetiva 1: 
Sobre a divisão do direito, assinale V para as corretas e F para as falsas e aponte a opção CORRETA: 
( ) A diferença tem origem no direito romano, como se depreende das palavras de ULPIANO: ?Direito público é o 
que corresponde às coisas do Estado; direito privado, o que pertence à utilidade das pessoas?. 
( ) Embora a divisão do direito positivo em público e privado remonte ao direito romano, até hoje não há consenso 
sobre seus traços diferenciadores. Vários critérios foram propostos, com base no interesse, na utilidade, no sujeito, na 
finalidade da norma, no ius imperium, sem que todos eles estejam imunes a críticas. 
( ) O Direito Público regulamenta basicamente a atividade do Estado. Estabelece suas funções e a forma de 
organização de seus poderes e dos serviços públicos, bem como suas relações com os particulares e os demais 
Estados. 
( ) O Direito Privado regulamenta principalmente a situação jurídica e as relações entre particulares (pessoas físicas e 
pessoas jurídicas de Direito Privado). 
a) V-F-V-F 
b) V-V-F-F 
c) F-F-F-F 
d) F-V-F-V 
e) V-V-V-V 
R: Alternativa e 
 Caso concreto 2: 
Segundo Kant, por amor à humanidade devemos sempre dizer a verdade. O que você diria a um assassino que 
procura um amigo seu que, por estar sendo perseguido por ele, se esconde em sua casa? Você ainda sim falaria a 
verdade? 
R: Eu mentiria para o assassino e, tentaria de alguma forma proteger a integridade física do meu amigo e a minha. 
 
Questão objetiva 2: 
Há regras que são seguidas naturalmente, porém há aquelas que se não são cumpridas naturalmente existe uma 
coação para tal, através de uma sanção prevista e garantida pelo Estado. Assim, são as normas do trato social (morais) 
e as normas jurídicas respectivamente. Identifique-as nesta ordem: 
a) Proibição de chegar atrasado à escola e proibição de dar gargalhadas em um velório. 
b) Proibição de dar gargalhadas em um velório e limite de velocidade em rodovias. 
c) Obrigação de pagar impostos e proibição de dar gargalhadas em um velório. 
d) Proibição de chegar atrasado à escola e Obrigação de pagar impostos. 
R: Alternativa b 
 Caso concreto 3: 
“Quando Jesus de Nazaré, no seu julgamento perante o pretor romano, admitiu ser rei, disse ele: “Nasci e vim a este 
mundo para dar testemunho da verdade." Ao “que Pilatos perguntou: "O que é a verdade?’. Cético o romano 
obviamente não esperava resposta a esta pergunta, e o santo também não a deu. Dar testemunho da verdade não era o 
essencial em sua missãocomo rei messiânico. Ele nascera para dar testemunho da justiça, aquela justiça que Ele 
desejava concretizar no reino de Deus. E, por essa justiça, morreu na cruz. Dessa forma, emerge da pergunta de 
Pilatos – o que é verdade? -, através do sangue do crucificado, outra questão, bem mais veemente, a eterna questão da 
humanidade: o que é justiça?” (Kelsen, Hans. O que é justiça? 3º ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001). 
Para Kelsen, o que é Justiça? 
R: Diante da perspectiva da ciência positiva surge sentido do relativo, uma vez que, para Kelsen, a ciência "não tem 
de decidir o que é justo, isto é, prescrever como devemos tratar os seres humanos, mas descrever aquilo que de fato é 
valorado como justo, sem se identificar a si própria com um destes juízos de valor". 
 
Questão objetiva 3: 
Sobre a Teoria Tridimensional do Direito, assinale V para as corretas e F paras as falsas: 
( ) A Teoria Tridimensional do Direito trouxe uma visão nova da realidade jurídica: compreende o direito como 
sendo fato, valor e norma, a partir de uma concepção hierarquicamente superior da norma. 
( ) O direito só se constitui quando determinadas valorações dos fatos sociais culminam numa integração de natureza 
normativa, ou seja, as normas representam a integração de fatos sociais segundo múltiplos valores. 
( ) A tridimensionalidade realeana entende que fato, valor e norma devem ser considerados como sendo componentes 
essenciais do fenômeno jurídico. Consequência disso é que eles estão indissoluvelmente unidos entre si, não sendo 
possível apresentá-los cada um abstraído dos demais. 
( ) Apesar de implícito na obra de vários autores, é com o professor Miguel Reale que o tridimensionalismo encontra 
seu aperfeiçoamento e formulação ideal que o credencia como rigorosa teoria. 
( ) As três dimensões FATO, VALOR e NORMA, correspondem, respectivamente, a estas disciplinas: FILOSOFIA 
ou AXIOLOGIA JURÍDICA, SOCIOLOGISMO JURÍDICO e NORMATIVISMO JURÍDICO. 
R: V-V-V-V 
 
Questão objetiva 4: 
(FEPESE - 2012 - DPE-SC - Defensor Público) Hans Kelsen afirmou que a teoria pura do direito é uma teoria geral 
do direito positivo. Para ele, o Direito é uma ordem normativa da conduta humana, ou seja, um sistema de normas 
que regulam o comportamento humano. Com o termo norma, Kelsen buscou significar algo que deve ser ou 
acontecer, especialmente que um homem se deve conduzir de determinada maneira. Na obra Teoria Pura do Direito, 
que leva o mesmo nome da teoria de Kelsen, o autor afirma que essa teoria pura busca única e exclusivamente 
conhecer o seu próprio objeto, ou seja: 
a) o que é e como é o Direito. 
b) como deve ser o Direito. 
c) como deve ser feito o Direito. 
d) como deve ser feita a política do Direito. 
e) como ocorre a relação entre o Direito e as demais áreas do saber. 
R: Alternativa a 
 
 Caso concreto 4: 
Considere as seguintes afirmações silogísticas: 
(1) O grande físico Albert Einstein era judeu e, nos EUA, realizou grandes feitos para a humanidade. Ele foi para os 
EUA porque temia ser perseguido pelo nazismo na Alemanha, seu país natal. Logo, o nazismo ajudou na realização 
de grandes feitos para a humanidade. 
(2) A Cultura negra de origem africana é considerada muito colorida e musical. A Cultura ocidental de origem 
europeia recebeu influência da cultura negra devido à colonização e escravidão. Logo a colonização e escravidão 
levaram mais colorido e musicalidade à Europa. 
Estas afirmações podem ser consideradas silogismos? As suas conclusões são corretas (válidas)? 
R: Sim, pois as duas afirmações geram uma conclusão no final. E as duas são validas pois o nazismo trouxe 
benefícios para a ciência, medicina, tecnologia e a escravidão e colonização trouxe benefícios como a miscigenação e 
multiculturalismo. 
Questão objetiva 5: 
Sobre a divisão do Direito, assinale V para as corretas e F para as falsas: 
( ) A diferença tem origem no direito romano, como se depreende das palavras de ULPIANO: "Direito público é o 
que corresponde às coisas do Estado; direito privado, o que pertence à utilidade das pessoas". 
( ) Embora a divisão do direito positivo em público e privado remonte ao direito romano, até hoje não há consenso 
sobre seus traços diferenciadores. Vários critérios foram propostos, com base no interesse, na utilidade, no sujeito, na 
finalidade da norma, no ius imperium, sem que todos eles estejam imunes a críticas. 
( ) O Direito Público regulamenta basicamente a atividade do Estado. Estabelece suas funções e a forma de 
organização de seus poderes e dos serviços públicos, bem como suas relações com os particulares e os demais 
Estados. 
( ) O Direito Privado regulamenta principalmente a situação jurídica e as relações entre particulares (pessoas físicas e 
pessoas jurídicas de Direito Privado). 
R: V-V-V-V 
Questão objetiva 6: 
Leia as afirmativas abaixo: 
I - Pode-se dizer que o direito positivo é o conjunto de normas (leis) estabelecidas pelo poder político do Estado que 
se impõem e regulam a vida social de um dado povo, em um determinado lugar e em uma determinada época. 
II - Podemos dizer também que o direito positivo é a norma posta. São as leis que compõem e regulam a vida das 
pessoas em seu cotidiano. 
III - Uma sociedade se funda em normas jurídicas, que regulamentam as relações interindividuais das pessoas. A 
seguir, aponte a resposta CORRETA: 
a) Todas as afirmativas estão corretas. 
b) Todas as afirmativas estão erradas. 
c) Todas as afirmativas estão incompletas. 
d) Somente a afirmativa II está correta. 
e) Somente a afirmativa II está errada. 
R: Alternativa a 
Caso concreto 5: 
 (Fonte: NOTÍCIAS – G1 - Alberto Nájar. Da BBC Mundo na Cidade do México. Disponível em: 
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/09/quando-um-abortoespontaneo-pode-significar-50-anos-na-prisao.html ) 
QUANDO UM ABORTO ESPONTÂNEO PODE SIGNIFICAR 50 ANOS NA PRISÃO: Segundo uma ONG, 
centenas de mulheres que abortaram naturalmente estão presas por homicídio no México; muitas alegam maus-tratos 
por parte de equipes hospitalares. A enfermeira chegou à cama de hospital onde convalescia Patricia Méndez Manuel 
e se aproximou de seu rosto com um pequeno volume nas mãos. Eram os restos de um feto humano. "Beije-o, peça 
perdão!", a enfermeira lhe disse. "Você o matou!" A estudante de 19 anos estava em choque. Horas antes, havia sofrido 
um aborto espontâneo em um hospital de Veracruz, sudeste do México. Ela jura que sequer sabia que estava grávida. 
Três meses antes, havia sido diagnosticada com gastrite. E, durante um mês, tomou medicamentos para tratar o 
estômago, até descobrir que as dores que sentia eram por conta da gravidez. Em março de 2015, ela voltou ao hospital, 
agora com fortes dores abdominais – que na verdade eram decorrentes do processo abortivo. Patricia diz que não 
recebeu atendimento médico enquanto sentia as dores. "Eu havia acabado de descobrir que estava grávida. (...) Expeli 
(o feto) sozinha, sem anestesia, até que me encostaram em uma maca rodeada de enfermeiras e uma ginecologista", 
conta Patricia à BBC Mundo, serviço em espanhol da BBC. "Começaram a me fazer perguntas, pressionar. Eu lhes 
dizia que me sentia muito mal, que estava tendo um aborto, mas não me deram atenção. (...) Depois me anestesiaram." 
Ao acordar, o pesadelo se tornou pior. "As enfermeiras começaram a dizer que eu havia matado meu filho, mas não 
entendia o que estava acontecendo. Uma delas me mandou assinar um papel. Disse que não sabia o que era. Ela agarrou 
a minha mão e me obrigou." Patricia foi denunciada pelo hospital ao Ministério Público de Veracruz, acusada de aborto 
induzido, crime grave pelo Código Penal do Estado. Questionada pela BBC Mundo, a equipe do hospital enviou 
comunicadodizendo que o caso está sendo investigado internamente "para que sejam apuradas as responsabilidades". 
Também disse ter "convidado a sra. Patricia para apresentar sua queixa nas instâncias internas" da instituição. 'Pecadora' 
Patricia foi processada judicialmente, e seu caso corre na Suprema Corte do país. Ela abandonou Veracruz depois de 
ser insultada na escola que frequentava. "Todo mundo dizia que eu havia abortado, que era uma pecadora", conta. 
"Diziam isso para mim na rua também. Corria para casa para chorar, sentia-me muito mal, culpada. Fizeram-me 
acreditar que eu havia matado (o bebê). Dói muito." Casos semelhantes se repetem em outras partes do México, onde 
cerca de 700 mulheres estão cumprindo sentenças por homicídio mas cujo "crime", na maioria das vezes, foi ter sofrido 
abortos espontâneos, segundo uma ONG. A pena máxima para essas mulheres é de 50 anos. A Cidade do México é o 
único lugar onde abortos podem ser praticados legalmente no país. 
Susana Duenas Rocha também diz que não sabia que estava gravida quando, aos 19 anos de idade, sentiu-se mal e foi 
para uma clínica em Guanajato, na região central do México. Na clínica, lhe disseram que ela estava tendo um aborto. 
"Senti apenas que alguma coisa tinha saído de mim", contou Susana à BBC. "Eles (a equipe da clínica) disseram que 
iam me denunciar por ter matado o bebê, mas eu não tinha feito isso." Condenada por homicídio Susana foi presa e 
acusada de "matar um parente". Em 2004, foi sentenciada a 25 anos de prisão. Segundo a ONG Las Libres, houve 
várias irregularidades no seu julgamento. "Trouxeram um crucifixo e me disseram: 'Aqui, em frente a ele (Jesus), jure 
que teve um bebê", ela contou. A jovem foi então pressionada a assinar uma folha em branco. O documento foi 
apresentado durante o julgamento, contendo a suposta confissão do "crime". No texto, Susana dizia ter dado fim à 
gravidez por "raiva". Ela passou seis anos presa, até a ONG provar que não havido ocorrido um homicídio, mas um 
aborto natural. Hoje, ela está em liberdade. Criminalizando o aborto O tema do aborto desperta ferozes debates no 
México, segundo país com maior número de católicos do mundo, superado apenas pelo Brasil. Casos como os de 
Patrícia e Susana vêm se repetindo em muitas partes do México. Segundo ONGs, há no momento pelo menos 623 
processos jurídicos em andamento por causa de abortos. E calcula-se que 700 mulheres mexicanas estejam hoje 
cumprindo sentenças por homicídio, embora, na realidade, tenham se submetido a abortos ou sofrido abortos 
espontâneos. "Mais de 70% dessas mulheres sofreram abortos espontâneos, mas foram acusadas de matar um parente", 
disse à BBC a diretora da ONG Las Libres, Veronica Cruz. Matar um parente é um crime que implica sentenças mais 
pesadas, explicou ela. Algumas das mulheres presas receberam a sentença máxima, 50 anos. O crime de aborto é punido 
com uma sentença menor, entre cinco e oito anos, ou liberdade mediante pagamento de fiança. Estigma Veronica Cruz 
diz que, desde 2009, mulheres que têm abortos vêm sendo criminalizadas no México, quaisquer que sejam os motivos. 
Naquele ano, 16 das 36 legislaturas estaduais do país modificaram suas constituições para estabelecer que a vida 
humana deve ser protegida desde o momento da concepção. Isso ocorreu depois de a Cidade do México ter 
descriminalizado o aborto até as 12 primeiras semanas de gestação. As mudanças constitucionais nos outros Estados 
tiveram como objetivo "bloquear a possibilidade de que o aborto fosse descriminalizado no resto do país", disse Cruz. 
Mas além de julgadas e presas, as mulheres acusadas de cometer aborto também são estigmatizadas socialmente. "(Na 
prisão) disseram que eu era uma assassina, que tinha matado meu próprio filho - e que nem cachorros fazem isso", disse 
Susana que, mesmo depois de solta, não ficou livre das perseguições. "As pessoas apontavam para mim e diziam 
grosserias. Tivemos de nos mudar." 
Faça uma análise reflexiva desta notícia à luz da Teoria da Norma estudada nesta aula. 
R: Neste caso, existe uma imperatividade na lei, disciplinando as maneiras de agir em sociedade. Tal imperatividade 
significa imposição de vontade e não simples aconselhamento, que é o que acontece com as mulheres que abortam 
espontaneamente. 
Questão objetiva 7: 
Leia atentamente a situação abaixo descrita. "A" possui um lote em área urbana. Na época em que ele adquiriu o imóvel 
encontrava-se em vigência lei municipal de uso e ocupação do solo que estabelecia um determinado coeficiente de 
construção. Passado um ano, ele resolveu construir no lote, quando, então, teve indeferido o seu pedido de licença para 
edificar sob o argumento de que nova lei municipal de uso e ocupação do solo havia restringido o coeficiente de 
construção do terreno pela metade. No entanto, o seu vizinho “B” utilizando-se de planta de construção similar, iniciou 
a edificação no seu respectivo lote, de acordo com licença para construir outorgada pelo poder público municipal antes 
da vigência da nova lei municipal, muito embora não tenha se valido de todas as possibilidades construtivas vigentes 
na lei anterior. 
Sobre essa situação, analise as assertivas. 
I - Assiste a "A" o direito de construir com base nos coeficientes previstos na legislação de uso e ocupação do solo 
vigente quando ele adquiriu o terreno e que lhe ensejava utilização mais ampla, pois a legislação superveniente não 
pode produzir efeitos retroativos e atingir direito adquirido de edificar no lote de acordo com as condições legais 
existentes quando da sua aquisição. 
II - Assiste a "B" o direito de construir com base nos coeficientes previstos na legislação de uso e ocupação do solo 
vigente quando da obtenção da licença para edificar e que lhe ensejava utilização mais ampla do lote. 
III - Como ainda não houve a conclusão da obra e em respeito ao princípio da função social da propriedade urbana, "B" 
terá que ajustar a respectiva planta aos padrões da nova lei municipal de uso e ocupação do solo, obtendo nova licença 
de construção. 
Estão corretas as assertivas: 
a) I e III. 
b) II. 
 c) I. 
d) II 
e) III. 
R: Alternativa b 
Questão objetiva 8: 
Leia as afirmativas abaixo: 
I - Eficácia da lei é a capacidade do texto normativo vigente de poder produzir efeitos jurídicos concretos no seio da 
sociedade. 
II - A vigência do Direito depende da opinião pública e da obediência às normas que disciplinam a sua elaboração. 
 III - A validade ou não da norma jurídica repercutirá diretamente na esfera da sua eficácia. 
Agora, aponta a alternativa CORRETA: 
a) Estão todas corretas. 
 b) Estão todas erradas. 
c) Somente a II está correta. 
d) Estão corretas a I e a II. 
e) Somente a I está errada. 
R: Alternativa d 
 
 Caso concreto 6: 
(Notícias STF : Pena pode ser cumprida após decisão de segunda instância, decide STF ( Fonte: Noticias STF. 
Disponível em : http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=310153) Ao negar o Habeas 
Corpus (HC) 126292 na sessão desta quarta-feira (17), por maioria de votos, o Plenário do Supremo Tribunal Federal 
(STF) entendeu que a possibilidade de início da execução da pena condenatória após a confirmação da sentença em 
segundo grau não ofende o princípio constitucional da presunção da inocência. Na mesma linha, com base no 
Julgamento das ADCs 29 e 30 e da ADI 4578 ( no STF). O julgamento em tela trata da adequação da Lei 
Complementar 115/2010 (chamada lei da “Ficha Limpa”) veja o voto do Ministro Fux: “A presunção de inocência 
consagrada no artigo 5º, LVII da Constituição deve ser reconhecida, segundo lição de Humberto Ávila, como uma 
regra, ou seja, como uma norma de previsão de conduta, em especial de proibir a imposição de penalidade ou deefeitos da condenação penal até que transitada em julgado decisão penal condenatória. Concessa venia, não se 
vislumbra a existência de um conteúdo principiológico no indigitado enunciado normativo”. Analise criticamente o 
voto do Sr. Ministro Fux tendo em vista a distinção de Regras e Princípios estudada na aula. 
R: 
Questão objetiva 9: 
Julgue os itens a seguir, relativos ao poder constituinte. 
I Historicamente, o poder constituinte originário representa a ocorrência de fato anormal no funcionamento das 
instituições estatais, geralmente associado a um processo violento, de natureza revolucionária, ou a um golpe de 
estado. 
II O poder constituinte originário é inicial, autônomo e incondicionado. 
III O poder constituinte originário retira o seu fundamento de validade de um diploma jurídico que lhe é superior e 
prévio. 
IV O poder de reforma é criado pelo poder constituinte originário, que lhe estabelece o procedimento a ser seguido e 
as limitações a serem observadas. 
V Quem tenta romper a ordem constitucional para instaurar outra e não obtém adesão ou sucesso na empreitada não 
exerce poder constituinte originário e pode vir a se submeter a processo criminal pela prática de crime. A quantidade 
de itens certos é igual a 
a) 1. 
b) 2. 
c) 3. 
d) 4. 
e) 5. 
R: Alternativa 
Questão objetiva 10: 
Em sua Teoria Pura do Direito, Hans Kelsen concebe o Direito como uma "técnica social específica". Segundo o 
filósofo, na obra O que é justiça? "esta técnica é caracterizada pelo fato de que a ordem social designada como 
'Direito' tenta ocasionar certa conduta dos homens, considerada pelo legislador como desejável, provendo atos 
coercitivos como sanções no caso da conduta oposta". Tal concepção corresponde à definição kelseniana do Direito 
como 
a) uma ordem estatal facultativa. 
b) uma ordem axiológica que vincula a interioridade. 
c) um veículo de transformação social. 
d) uma ordem coercitiva. 
e) uma positivação da justiça natural. 
 
R: Alternativa d

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