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1 UNIVERSIDADE ANHANGUERA - UNIDERP SERVIÇO SOCIAL ELIZETI COELHO DOS SANTOS RA: 43.1306 LETICIA ALVES SARAIVA RA: 42.7245 LAIS GRANGEIRA DA MATA BERTO RA: 44.0861 JOSILENE BARROS DA SILVA RA: 8345774494 DESAFIO PROFISSIONAL IMPEMENTAÇÃO, MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DO SITEMA DE INFORMAÇÃO DE GESTÃO SOCIAL. Nova Andradina M/S Nov. 2016 2 ELIZETI COELHO DOS SANTOS RA: 43.1306 LETICIA ALVES SARAIVA RA: 42.7245 LAIS GRANGEIRA DA MATA BERTO RA: 44.0861 JOSILENE BARROS DA SILVA RA: 8345774494 DESAFIO PROFISSIONAL Desafio profissional apresentado ao Curso de Serviço Social da Universidade Anhanguera - UNIDERP, Centro de Educação à distância- CEAD, Polo de apoio presencial de Nova Andradina - MS, como requisito obrigatório para cumprimento das disciplinas norteadoras do 8º Semestre: Assessoria e Consultoria em serviço, Desenvolvimento Local e Territorialização, Serviço Social e Conselhos Gestores de Politicas Publicas Monitoramento e Avaliação em Serviço Social, Serviço Social no Contexto Urbano e Rural,. Nova Andradina M/S Nov. 2016 3 1. INTRODUÇÃO: A política pública no cenário brasileiro vem passando por varias transformações ao longo das décadas em relação as questões referente ao modo da realização da Avaliação e Monitoramento das etapas do processo de planejamento da Política de Assistência Social, assim como a elaboração de um plano, conforme orienta o Sistema Único de Assistência Social – SUAS. Política de Assistência Social, Avaliação e Monitoramento, Indicadores Sociais e Sistema de Avaliação. Através deste modo de produção busca-se destacar a importância de uma Secretaria Municipal de Assistência Social como um dos instrumentos de avaliação e monitoramento dos serviços socioassistenciais oferecidos ao publico alvo que são os usuários. Assistência Social como política de proteção social configura-se como um mecanismo de garantia dos direitos básico de inclusão social. Esta concepção de proteção supõe conhecer os riscos e as vulnerabilidades sociais dos indivíduos sujeitos de sua ação. Também organizar os recursos necessários que são destinados para os programas e projetos no qual esse publico se insere. De acordo com a Política Nacional de Assistência Social, é possível ter uma visão social capaz de entender que a população tem necessidades, mas também possibilidades e capacidades que podem ser desenvolvidas. Nesta concepção, a Assistência Social passa a atuar como potencializadora das capacidades individuais e coletivas, resgatando o acesso a bens e serviços públicos aos que se encontram em situação de vulnerabilidade social. O processo de avaliação encontra-se em todas as etapas do processo de planejamento. Toda ação planejada deve conter os indicadores por meio dos quais ela será monitorada e avaliada, de forma que possa possibilitar correções e adaptações no projeto. As estratégias de ação e os indicadores deverão mostrar como os objetivos propostos serão alcançados. 4 2. A AVALIAÇÃO E O MONITORAMENTO NA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL No Brasil, o marco legal para as grandes mudanças no campo da Política de Assistência Social foi a Constituição Federal de 1988, considerada inovadora, moderna que estabelece, como uma de suas prioridades, a defesa dos direitos de cidadania. Expressões desse reconhecimento se manifestaram na regulamentação da LOAS e, recentemente, na aprovação da nova Política Nacional de Assistência Social – PNAS, que orienta a construção do Sistema Único da Assistência Social – SUAS. Este sistema define os serviços socioassistenciais, assim como as três funções da Política de Assistência Social: Defesa Socioassistencias: garantia aos usuários do acesso ao conhecimento dos direitos socioassistenciais e sua defesa através de atendimento de qualidade digno e respeitoso; divulgação das informações; redução da espera (respeito ao tempo); ruptura com idéias tutelares, visando à conquista de condições de autonomia e de acesso a oportunidades e capacitação. Proteção Social: a proteção social da Assistência Social consiste no conjunto de ações, atenções, benefícios e auxílios, ofertados pelo SUAS, para redução e prevenção do impacto das necessidades sociais e naturais ao ciclo da vida, e a preservação da dignidade humana e da família, como núcleo básico de sustentação afetiva, biológica e relacional. Vigilância Social: refere-se à produção, à sistematização de informações, a indicadores e índices territorializados das situações de vulnerabilidade e risco pessoal e social que incidem sobre famílias/pessoas nos diferentes ciclos da vida (crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos); pessoas com redução da capacidade pessoal, com deficiência ou em abandono; crianças e adultos, vítimas de formas de exploração, de violência e de ameaças; vítimas de preconceito por etnia, gênero ou outros estigmas; vítimas de apartação social que lhes impossibilite a autonomia e a integridade, fragilizando, ainda mais, sua existência. Para o fortalecimento e garantia da implantação do SUAS faz-se necessária a construção e a implantação de um sistema de monitoramento e avaliação, que possibilite a mensuração de sua eficiência, eficácia e efetividade. Para isso, o 5 processo deve ser coletivo, transparente, ter acompanhamento, ter informação, além da realização de estudos, pesquisas e diagnósticos, a fim de contribuir para a gestão desta política. Avaliação é julgar a importância de uma ação em relação a um determinado referencial valorativo e aceito pelos sujeitos que avaliam. Avaliar não significa apenas medir, mas analisar a partir de um referencial de valores, avaliação tem o papel de analisar criticamente o andamento do serviço/projeto, segundo seus objetivos, tendo por base as informações produzidas pelo monitoramento. Dando ênfase nos resultados para examinar o alcance e a adequação dos objetivos; Permite o aprimoramento de programas e ações e subsidia o planejamento, a programação e a tomada de decisão, identifica o público alvo, análise a oferta de serviços quanto á relevância, eficiência, efetividade, resultados e impactos. Monitoramento diz respeito à observação regular e sistemática do desenvolvimento das atividades, do uso dos recursos e da produção de resultados, comparando-os com o planejamento inicial. Ele deve produzir informações e dados confiáveis para subsidiar a análise da razão de eventuais desvios, assim como, das decisões de revisão do plano. O sistema de monitoramento e avaliação deve oferecer informações substantivas para influir nos fatores institucionais e processuais passíveis de gerar ineficiência crônica no desempenho das políticas e dos programas sociais. Ênfase no acompanhamento do processo de implementação dos programas, projetos, serviços e benefícios por nível de proteção social com acompanhamento contínuo da demanda por serviços e ações. É preciso ter um conhecimento claro que informação, avaliação e monitoramento caminham juntos de forma a buscar amelhor apreensão e a mais acurada vigilância social contínua, entendendo-a como importante função da Política de Assistência Social. Informações devem ser oportunas, simples e sintéticas para que todos os implicados na ação, sobretudo para que executores e beneficiários possam apreendê-las e utilizá-las para aprimoramento ou descarte de soluções. Conforme prevê a Política Nacional de Assistência Social – PNAS de 2004, o SUAS indica os meios necessários à execução desta política, definindo também 6 seus eixos estruturantes como: matricialidade Sociofamiliar, descentralização Político-Administrativa e Territorialização. Novas bases para a relação entre Estado e Sociedade Civil, financiamento, controle social, o desafio da participação popular/cidadão usuário, política de recursos humanos e a informação, o monitoramento e a avaliação. Para o fortalecimento e garantia da implantação do SUAS faz-se necessária a construção e a implantação de um sistema de monitoramento e avaliação, que possibilite a mensuração de sua eficiência, eficácia e efetividade. Para isso, o processo deve ser coletivo, transparente, ter acompanhamento, ter informação, além da realização de estudos, pesquisas e diagnósticos, a fim de contribuir para a gestão desta política. 3. IMPLEMENTAÇÃO: Fase de implementação é onde todas as atividades planejadas são colocadas em ação. Antes do inicio da implementação de um projeto os lideres pelo comitê responsáveis pelo projeto devem identificar suas forças e fraquezas (internas) e as oportunidades e ameaças (externas). Força de vontade e oportunidades são pontos positivos que devem ser explorados para implementar um projeto com eficiência. São vários os obstáculos encontrados que podem dificultar a implementação do projeto. Em resumo temos o relacionamento entre monitoramento, planejamento e implementação, onde foi demonstrada a forma e a importância de um Sistema de Monitoramento e Avaliação, onde: O planejamento descreve formas de como se fazer a implementação e o monitoramento, a implementação e o monitoramento baseiam-se pelo plano de trabalho do projeto, o monitoramento oferece informações para o planejamento e implementação do projeto; Há um relacionamento recíproco entre planejamento, implementação e monitoramento. Um dos três não pode ser feito isolado dos outros dois, e quando se usa um dos três, os planejadores e implementadores tem que estar atentos aos outros. Ressaltam-se ainda que possam obter diferentes resultados, baseando no tipo de processo em que se utiliza: 7 4. INDICADORES Os indicadores referem-se a aspectos tangíveis e intangíveis da realidade. Tangíveis são os facilmente observáveis, aferíveis quantitativamente, como renda, escolaridade, saúde, organização, gestão, conhecimentos, habilidades, formas de participação, legislação, direitos legais e outros. Já os intangíveis são aqueles dos quais só podemos captar, parcial e indiretamente, algumas manifestações como: consciência social, autoestima, valores, atitudes, estilos de comportamento, capacidade empreendedora, liderança, poder, cidadania. Como são dimensões complexas da realidade e se apresentam como processos não lineares ou progressivos, demandam um conjunto de indicadores que apreendem algumas de suas manifestações indiretas, aproximando- nos da complexidade do que pretendemos observar. A construção e a utilização de indicadores qualitativos ainda são desafios presentes em uma abordagem qualitativa. Há que se dimensionar o que não se pode tocar, como, por exemplo, o nível da autoestima de uma mulher que participa de ações do Programa de Inclusão Produtiva, o grau de sociabilidade de um adolescente que participa de grupo geracional e ou de atividades culturais. O grande esforço dos profissionais da área social tem sido construir indicadores de avaliação e de acompanhamento de famílias que se encontram em situação de vulnerabilidade. Nestes casos, a avaliação não pode ser apenas quantitativa como, por exemplo, quantos foram incluídos no mercado formal ou informal de trabalho, quantos adquiriram móveis, imóveis, equipamentos ou outros aspectos facilmente mensuráveis. O exercício exigido requer identificar e constatar as mudanças nas relações estabelecidas pela família entre seus membros, na comunidade e com os serviços ofertados nos territórios. A escolha dos indicadores em um projeto também ocorre em função dos ângulos que se quer avaliar: sua eficiência, eficácia, efetividade ou impacto. a) Eficiência diz respeito à boa utilização dos recursos (financeiros, materiais e humanos) em relação às atividades e resultados atingidos, b) Eficácia observa se as ações do projeto permitiram alcançar os resultados previstos; 8 c) Efetividade examina em que medida os resultados do projeto, em termos de benefícios ou mudanças gerados, estão incorporados de modo permanente à realidade da população atingida. O impacto diz respeito às mudanças em outras áreas não diretamente trabalhadas pelo projeto (temas, aspectos, públicos, localidades, organizações etc.), em virtude de seus resultados, demonstrando seu poder de influência e irradiação. 5. QUESTÕES CRÍTICAS DO PROCESSO A análise e avaliação de uma política social instrumental metodológico serão sempre determinadas e direcionadas pelas referências teóricas adotadas pelos avaliadores, que atribuirão sentido e significado ao conteúdo da avaliação reclamável judicialmente ou não. É um benefício que requer contribuição prévia ou se é um benefício não contributivo, se é reconhecido e implementado sob a ótica do direito ou se é executado de forma clientelista, se tem caráter universal ou seletivo; se garante benefícios monetários (em dinheiro) ou em bens e serviços; se tem continuidade ou se é eventual e incerto; se existem (e quais são) critérios definidores dos montantes dos benefícios (para o benefício em espécie). Muitos outros indicadores podem e devem ser agregados, de acordo com a especificidade da política ou programa avaliado e com os objetivos da avaliação. Além da identificação dos impostos que originam os recursos, pode-se verificar sua procedência (impostos municipais, estaduais ou nacionais), se estão alocados em rubricas específicas nas leis orçamentárias, se há vinculação entre receitas e despesas, o que pode garantir continuidade e manutenção da política e/ou programa social avaliado. Os critérios para acesso podem ser relativos à idade, rendimento (em geral os programas voltados para indivíduos ou famílias de baixa renda), composição familiar (exemplo de programas voltados apenas para famílias mono parentais ou famílias com crianças), condição física (programas direcionados para pessoas com deficiência ou doenças específicas) entre outros. As condicionalidades para permanência podem ser extremamente variadas, indo desde a participação na execução do programa, até a permanência de filhos na escola (caso do programa bolsa família). Os critérios de acesso e permanência, 9 associados à abrangência, são fatores fundamentais para determinar a universalidade das políticas e/ou programas sociais e definir o tipo de direito que garantem a cada tipo de publico atendido pelo programa. Na Constituição Federal, foram estabelecidas diretrizes de descentralização com autonomia das esferas governamentais e participação da sociedade no controle das ações governamentais, como base para estruturação das relações entre os poderes públicos das três instâncias e entre estes e a sociedade civil na implementação das políticas sociais. Outro dadoimportante é compreender a criação, estrutura e funcionamento dos Conselhos, com observação dos seguintes elementos: estrutura física e equipe técnica do Conselho, existência e garantia de recursos para financiamento dos Conselhos, processo de escolha e nomeação dos conselheiros, composição do colegiado para verificar se existe paridade entre Estado e sociedade civil, caráter e periodicidade das reuniões do Conselho, formas de encaminhamento e acompanhamento das decisões e (deliberações) do Conselho. Outro dado que pode ser analisado se refere à atuação e autonomia do Conselho, a fim de verificar como estes realizam o acompanhamento e fiscalização das ações governamentais, se participam no processo de planejamento da política correspondente, se analisam os relatórios anuais referentes ao órgão gestor; se discutem politicamente o conteúdo, abrangência, alcance e funções da política social; se possuem autonomia na tomada de decisões sobre as políticas sociais, frente ao poder executivo; se suas decisões (deliberações) são cumpridas pelo poder executivo. Os aspectos e indicadores apontados são elementos que podem ser considerados na análise e avaliação, numa perspectiva de delinear o quadro institucional que dá forma às políticas publicas e/ou programas sociais da Politica de Assistência a Socia 10 6. CONCLUSÃO A construção de um Plano de Implementação, Monitoramento e Avaliação de um Sistema de Informação de Gestão Pessoal e da construção de seus indicadores e seus significados pode, no entanto, variar de acordo com determinadas intencionalidades políticas, além de conhecimentos científicos e tecnológicos. Concluímos, ainda, que sua utilização na Política de Assistência Social vem expressando, cada vez mais, sua importância e a necessidade de, por um lado, sua ampliação e, por outro, seu refinamento. Mas o desafio ainda é grande, deve demonstrar, de forma quantitativa e qualitativa, as diversas demandas que as famílias, usuárias desta política, expressam, assim como suas potencialidades. Estas informações devem direcionar a construção de novas políticas e a implementação contínua das existentes, além da contribuição de ações integradas com as demais políticas públicas e organizações comunitárias. Neste processo, é de extrema importância à participação das famílias alvo da atuação destas políticas, por meio das reuniões socioeducativas, e, em especial, das Conferências Municipais de Assistência Social, instâncias já criadas. Isto não significa que a criatividade dos usuários e dos profissionais não criem novas instâncias de participação e de organização que extrapolem estes, ainda limitados, canais de participação. No Monitoramento deve-se produzir informações e dados confiáveis para subsidiar a análise da razão de eventuais desvios, assim como, das decisões de revisão do plano. Avaliando também o grau de satisfação dos usuários referente a mesma, juntamente com os relatórios técnicos feitos pela equipe multiprofissional com os procedimentos administrados e avaliando o empoderamento dos usuários diante deste projeto. O monitoramento é baseado na compreensão que o processo pelo qual um projeto é implementado tem muitos efeitos no seu uso, operação e manutenção é importante, pois garante o andamento do projeto conforme esperado. Um processo contínuo que deve ser colocado em prática antes do início do da implementação. 11 7. REFERÊNCIAS ABRAMOVAY, Miriam e PINHEIRO, Leonardo Castro. Violência e Vulnerabilidade Social. Madri: Comunica. 2003. ACOSTA, Ana Rojas; VITALER, Maria Amália Faller (Orgs). Famílias, redes, laços e políticas públicas. São Paulo: IEE – PUC/ SP, 2005. BAPTISTA, Myriam Veras. Planejamento Social - intencionalidade e instrumentação. Lisboa: Veras Editora, 2000. BLANES, Denise Neri. . Formulação de indicadores de acompanhamento e avaliação de programas sócio-assistenciais. In: Ana Rojas Acosta; Maria Amália Faller Vitale. (Orgs.). Família: redes, laços e políticas públicas. 01 ed. São Paulo: Instituto de Estudos Especiais PUC-SP, 2003, v. 01, p. 231-239. CANO. Ignácio. Introdução à avaliação de programas sociais. Rio de Janeiro, FGV Editora, 2002. FILGUEIRAS, Cristina Almeira Cunha. Avaliação de Programas: oportunidade para a institucionalidade social. Serviço Social e Sociedade, Ano XXVIII, n. 90. São Paulo: Cortez; 2007. JANNUZZI, Paulo de Martinho. Indicadores Sociais no Brasil. Campinas-SP: Editora Alínea, 2006. MARINO, Eduardo. Manual de avaliação de projetos sociais. São Paulo: Saraiva, 2003. SECRETARIA MUNICIPAL DE ASSISTENCIA SOCIAL. Gerência de Avaliação e Monitoramento. Sistema Municipal de Avaliação e Monitoramento. Brasília, 2007.
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