Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Saude do Idoso ENVELHECIMENTO FISIOTERAPIA ENVELHECIMENTO: INTRODUÇÃO AO FINAL DESTA AULA VOCÊ DEVERÁ SER CAPAZ DE: 1. Compreender o conceito de envelhecimento; 2. Classificar os tipos de população; 3. Conhecer pirâmide etária; 4. Reconhecer as diferenças de gênero e velhice. FISIOTERAPIA – Prof. Dr. Geraldo Magella Teixeira. MAS O QUE É ENVELHECIMENTO? • Platão Envelhecimento como uma visão positiva o ser humano envelhece do mesmo modo como vive é necessário estar preparado para envelhecer ao longo da vida com dignidade; • Aristóteles envelhecimento última etapa da vida humana enfermidade natural deterioramento físico e mental da pessoa. Esses dois enfoques têm marcado o estudo da vida adulta. FERNÁNDEZ-BALLESTEROS, R. Envejecimiento activo. Contribuciones de la Psicología. Madrid: Pirámide, 2009b. MAS O QUE É ENVELHECIMENTO? • É um processo universal, progressivo e gradual; • Trata-se de uma experiência diversificada entre os indivíduos, para a qual concorre uma multiplicidade de fatores de ordem genética, biológica, social, ambiental, psicológica e cultural; • A variabilidade individual e os ritmos diferenciados de envelhecimento tendem a acentuar-se conforme as oportunidades e constrangimentos vigentes sob dadas condições sociais. FERRARI, M. A. C. O envelhecer no Brasil. O mundo da saúde, São Paulo, v.23, n.4, p.197- 203, 1999. MAS O QUE É ENVELHECIMENTO? • ENVELHECIMENTO NORMAL como aquele caracterizado por perdas e alterações biológicas, psicológicas e sociais próprias à velhice, mas sem patologias; • VELHICE ÓTIMA seria a possibilidade de sustentar um padrão comparável ao de indivíduos mais jovens; • VELHICE PATOLÓGICA corresponderia à presença de síndromes típicas da velhice ou do agravamento de doenças preexistentes. NÉRI, A. L.; ACHIONI, M. Velhice bem-sucedida e educação. In: NÉRI, A. L. ; DEBERT, G.G. (Org.). Velhice e sociedade. São Paulo: Papirus, 1999. p.113-140. AULA 1: ENVELHECIMENTO: INTRODUÇÃO. O Brasil está envelhecendo... FISIOTERAPIA – Prof. Dr. Geraldo Magella Teixeira. BOAS NOTÍCIAS MÁS NOTÍCIAS PRIMEIRO...AS BOAS NOTÍCIAS... •O fenômeno do envelhecimento da população mundial não é assunto novo; •China, Japão e países da Europa e da América do Norte já convivem há muito tempo com um grande contingente de idosos e com todos os problemas associados ao envelhecimento, como aposentadorias e doenças próprias da terceira idade altos custos para o Estado políticas a respeito. •Países em desenvolvimento, como o Brasil e México aumentando rapidamente seu contingente de idosos e necessitam urgentemente de políticas racionais para lidar com as conseqüências sociais, econômicas e de saúde do envelhecimento populacional. Kalache A, Veras RP, Ramos LR. O envelhecimento da população mundial: um desafio novo. Rev Saúde Pública 1987;21(3):200-6. O Brasil de hoje, com 60 anos ou mais No início da década de 80, o World Health Statistics Annuals (WHSA) projetou que o Brasil passaria de 16º país com maior contingente de idosos no mundo em 1950 para sétimo no ano 2000. World Health Statistics Annual. World Health Organization. Geneva; 1979. World Health Statistics Annual. World Health Organization. Geneva; 1982. O Brasil de hoje, com 60 anos ou mais Kalache A, Veras RP, Ramos LR. O envelhecimento da população mundial: um desafio novo. Rev Saúde Pública 1987;21(3):200-6. O Brasil de hoje, com 60 anos ou mais Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais, Projeção da População do Brasil por Sexo e Idade para o Período 1980-2050 - Revisão 2008. O Brasil de hoje, com 60 anos ou mais Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais, Projeção da População do Brasil por Sexo e Idade para o Período 1980-2050 - Revisão 2008. O Brasil de hoje, com 60 anos ou mais Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais, Projeção da População do Brasil por Sexo e Idade para o Período 1980-2050 - Revisão 2008. O Brasil de hoje, com 60 anos ou mais Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais, Projeção da População do Brasil por Sexo e Idade para o Período 1980-2050 - Revisão 2008. Para cada 100 crianças POR ÚLTIMO...AS MÁS NOTÍCIAS... *IBGE. Pesquisa nacional por amostra de domicílios (PNAD). Rio de Janeiro; 1997. ** Ramos LR, Rosa TEC, Oliveira ZM, Medina MCG, Santos FRG. Perfil do idoso em área metropolitana na região sudeste do Brasil: resultados de inquérito domiciliar. Rev Saúde Pública 1993;27:87-94. *** Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Diretoria de Pesquisas, Censos Demográficos, IBGE. Brasília; 2001. Disponível em http://www.ibge.gov.br • Envelhecer em um país em desenvolvimento é tarefa bastante árdua; • Segundo a PNAD* (1997), 40% dos idosos no país tinham uma renda familiar per capita de menos de um salário mínimo; • Alta prevalência de domicílios multigeracionais no Brasil arranjo ser muito mais uma estratégia de sobrevivência do que uma opção cultural**; • Os idosos apresentam mais problemas de saúde que a população geral***. POR ÚLTIMO...AS MÁS NOTÍCIAS... *** Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Diretoria de Pesquisas, Censos Demográficos, IBGE. Brasília; 2001. Disponível em http://www.ibge.gov.br • De cada 100% das pessoas que consultam médico 73,2% eram maiores de 65 anos***; • Grupo de maior coeficiente de internação hospitalar (14,8 por 100 pessoas no grupo***; • Mais da metade dos idosos apresentam algum problema de saúde (53,3%), sendo 23,1% portadores de doenças crônicas***; 1.Jovens: Nascimento até 19 anos; 2.Adultos: dos 20 anos até 59 anos; 3. Idosos: 60 anos em diante. VESENTINI, Jose William. Brasil: sociedade & espaço : geografia do Brasil. 28. ed. reform. e atual. São Paulo: Atica, 1998. 352p. ISBN 8508070233 CLASSIFICAÇÃO DOS TIPOS DE POPULAÇÃO EM RELAÇÃO A FAIXA ETÁRIA DEMOGRAFIA DO ENVELHECIMENTO POPULACIONAL NO BRASIL •Transformações no padrão etário da população, sobretudo a partir de meados dos anos de 1980; •O formato tipicamente triangular da pirâmide populacional, com uma base alargada, está cedendo lugar a uma pirâmide populacional com base mais estreita e vértice mais largo característico de uma sociedade em acelerado processo de envelhecimento. Dados mostram que, em 1980, havia em escala mundial, três homens de 65 anos e mais para cada quatro mulheres*; Perguntas: 1. O que fazem homens e mulheres no processo de envelhecimento? 2. Quais as práticas adotadas pelas mulheres e homens que possibilitam um envelhecimento mais saudável? 3. Como envelhecem homens e mulheres em nossa sociedade? AS DIFERENÇAS DE GÊNERO NA VELHICE * Peixoto C. De volta às aulas ou de como ser estudante aos 60 anos. In: Veras R. Terceira Idade: Desafios para o Terceiro Milênio. Rio de Janeiro (RJ): Relume-Dumará; 1997. AS DIFERENÇAS DE GÊNERO NA VELHICE Barros MML. Testemunho de vida: um estudo antropológico de mulheres na velhice. In: Barros MML, organizadora. Velhice ou Terceira Idade? Rio de Janeiro (RJ); Fundação Getúlio Vargas; 1998. • AUTONOMIA E A LIBERDADE CONQUISTADA PELAS MULHERES IDOSAS: A APOSENTADORIA. * Homem: Aposentadoria perde o poder característico do homem adulto jovem imagem de autonomia, de liberdade poder vivida pela maioria dos homens; * Mulheres:A família foi sempre o principal ponto de referência velhice é percebida como uma continuação do predomínio doméstico. AS DIFERENÇAS DE GÊNERO NA VELHICE Figueiredo Maria do Livramento Fortes, Tyrrel Maria Antonieta Rubio, Carvalho Cecília Maria R. Gonçalves de, Luz Maria Helena Barros Araújo, Amorim Fernanda Claúdia Miranda, Loiola Nay Leite de Araújo. As diferenças de gênero na velhice. Rev. bras. enferm. [serial on the Internet]. 2007 Aug [cited 2012 July 17] ;60(4): 422-427. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034 71672007000400012&lng=en. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-71672007000400012. BAIXA AUTO-ESTIMA VIVENCIADA PELOS HOMENS IDOSOS. * O espaço doméstico é um espaço próprio do feminino; * Com o processo de envelhecimento, a mulher, mesmo que já tenha trabalhado fora, não se recente de perda de poder, pelo contrário, de modo geral, revelaram a conquista da autonomia e da liberdade. AS DIFERENÇAS DE GÊNERO NA VELHICE Figueiredo MLF. A mulher idosa e a educação em saúde: saberes e práticas para promoção do envelhecimento saudável (tese). Rio de Janeiro (RJ): Escola de Enfermagem Anna Nery, Universidade Federal do Rio de Janeiro; 2005. A mulher idosa agora com mais tempo disponível, com a segurança do salário mensal e também por ter mais interesse em aprender e obter informações sobre cuidados preventivos que lhes garantam uma velhice mais saudável, com mais qualidade de vida, buscam se inserir nos diferentes espaços de convivência que se implantam a cada dia na área social e de educação, espaços esses criados para atender as demandas crescentes da população idosa, principalmente de mulheres idosas. CICLO VITAL • As tarefas são básicas em cada sequência do ciclo de vida; • Há uma expectativa social de que as pessoas em cada sequência cumpram com êxito as suas tarefas; • Na última parte do ciclo também a pessoa idosa tem tarefas de desenvolvimento a cumprir, de modo a ser feliz e a ter qualidade na sua vida. PARA CASA • Dever de Casa: leia o texto • http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/rev_inf/vol20_n1_2003/ vol20_n1_2003_8artigo_p93a108.pdf FISIOTERAPIA
Compartilhar