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Jurandir Peinado * * GESTÃO DE OPERAÇÕES Estudo de movimentos, tempos e métodos Jurandir Peinado * * Objetivos da aprendizagem Fornecer uma visão científica da administração da produção por meio das técnicas do estudo de tempos, movimentos e métodos que são a base fundamental para compreender o gerenciamento das atividades de produção em qualquer tipo de organização. Elaborar um detalhado estudo de movimentos de atividades produtivas através do diagrama de movimentos simultâneos (SIMO) permitindo analisar e propor melhorias nestas atividades. Dominar a técnica para realizar um estudo de tempos (cronoanálise) compreender e calcular tempos padrões de operações e sua utilidade prática nas organizações. Compreender o significado e calcular fatores de tolerância de trabalho. Jurandir Peinado * * Tempos, movimentos e métodos de trabalho O estudo de movimentos, tempos e métodos aborda técnicas que submetem a uma detalhada análise cada operação de uma dada tarefa, com o objetivo de eliminar qualquer elemento desnecessário a operação e também conseguir o melhor e mais eficiente método para executar cada operação da tarefa. Jurandir Peinado * * Diagrama de processo de duas mãos Quantos movimentos são necessários para a montagem da abraçadeira abaixo? O diagrama de processo de duas mãos, (SIMO) é uma técnica utilizada para estudos de produção que envolve montagem ou desmontagem de componentes. Fonte: Atlas geopolítico Porca P1 Porca P2 Base Corpo U Jurandir Peinado * * Jurandir Peinado * * Princípios da economia de movimentos 1 – As duas mãos devem iniciar e terminar os movimentos ao mesmo tempo. 2 – As mãos não devem permanecer paradas ao mesmo tempo. 3 – Os braços devem ser movimentados simetricamente e em direções opostas 4 – O movimento das mãos devem ser os mais simples possíveis. De classe mais baixa possível. Classes de movimentos: 1a classe movimenta apenas os dedos 2a classe: movimenta os dedos e uma parte do punho 3a classe: movimenta os dedos, uma parte do punho e da mão. 4a classe: movimenta os dedos, o punho, a mão e o braço. 5a classe: movimenta os dedos, o punho, a mão, o braço e o corpo. 5 – Deve-se utilizar a função deslizar 6 – As mãos devem executar movimentos suaves e contínuos 7 – Usar a posição fixa sempre que necessário 8 – Manter o ritmo do trabalho 9 – Usar pedais quando possível. 10 – As peças devem ser colhidas, não agarradas. 11 – Usar entrada e saída por gravidade. 12 – Pré-posicionar ferramentas e componentes. Fonte: (Barnes – 1999. p.178) Jurandir Peinado * * Diagrama de processo de duas mãos Monte um diagrama de duas mãos para o conjunto de fixação abaixo utilizando as técnicas da economia de movimentos. Fonte: Atlas geopolítico Arruela de pressão Arruela lisa Porca Parafuso Jurandir Peinado * * Estudo de alimentadores Um bom projeto de caixas alimentadoras permite que se apanhem as peças com mais rapidez, produzindo mais, sem forçar, em demasia, o punho do operador Fonte: Itiro Lida – 2000 p. 161 Jurandir Peinado * * Estudo de alimentadores O ensaio consistiu em medir o tempo para selecionar, agarrar, transportar uma porca ou um parafuso sextavados a uma distância de 125 milímetros, soltando a peça em um orifício sobre a bancada de trabalho. Fonte: Adaptado de Barnes – 1999 p. 215 Número de peças coletadas por minuto por tipo de alimentador Jurandir Peinado * * Distúrbios relacionados ao trabalho A LER não é uma doença nova: provocada pelos computadores.Há registros médicos do século XVI, que descrevem essa doença e que as pessoas mais afetadas eram os escribas e os artistas como pintores e escultores. A LER não tem cura efetiva: A medicina ainda é ineficaz para uma cura total, dependendo do estágio em que a mesma é identificada. Em várias trabalhos, os operários são submetidos a movimentos manuais repetitivos causadores de um distúrbio conhecidos como LER. www.mesp.com.br LER: Lesão por Esforço Repetitivo DORT: Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho Jurandir Peinado * * Estudo de tempos O estudo de tempos procura encontrar um padrão de referência que servirá para: Determinação da capacidade produtiva da empresa Elaboração dos programas de produção Determinação do valor da mão de obra direta no cálculo do custo do produto vendido (CPV) Estimar o custo de um novo produto durante seu projeto e criação Balancear as linhas de produção e montagem. Jurandir Peinado * * Cronômetro de hora centesimal Prancheta: A tomada de tempos é feita no local onde ocorre a operação e é comum o uso de uma prancheta para anotar as tomadas de tempo em pé. Folha de observação: Documento onde são registrados os tempos e demais observações relativas à operação cronometrada. Jurandir Peinado * * Determinação do tempo cronometrado Uma indústria de confecções deseja cronometrar o tempo de costura de uma camiseta. Em que elementos esta operação pode ser dividida? Elemento 1 – Costura dos ombros (costura da frente com as costas unindo os ombros) Elemento 2 – Costura das mangas (costura fechando as duas mangas independentes) Elemento 3 – Costura das mangas nos conjunto frente e costas Elemento 4 – Fechamento de frente e costas nas laterais (abaixo das mangas) Elemento 5 – Costura da barra das mangas Elemento 6 – Costura da barra inferior do corpo Elemento 7 – Colocação da Ribana (Tira de tecido especial que serve do colarinho em uma camiseta) Jurandir Peinado * * Determinação do tempo cronometrado Número de ciclos a serem cronometrados: É necessário que se façam várias tomadas de tempo para obtenção de uma média aritmética destes tempos. Número de ciclos a serem cronometrados Onde: N = Número de ciclos a serem cronometrados Z = Coeficiente de distribuição normal para uma probabilidade determinada R = Amplitude da amostra Er = Erro relativo da medida d2 = Coeficiente em função do número de cronometragens realizadas preliminarmente = Média da amostra Jurandir Peinado * * Tabelas de coeficientes Na prática costuma-se utilizar probabilidades para o grau de confiabilidade da medida entre 90% e 95%, e erro relativo aceitável variando entre 5% e 10%. Supondo uma média de cronometragens no valor de 10 segundos para um grau de confiabilidade de 95% e um erro de 5% Isto significa que, estatisticamente, existe 95% de certeza que o tempo da atividade está entre 9,5 segundos e 10,5 segundos. Coeficientes de distribuição normal Coeficiente d2 para o número de cronometragens inicial Jurandir Peinado * * Determinação do tempo normal Tempo normal onde: TN = Tempo normal TC = Tempo cronometrado v = Velocidade do operador Exemplo: Utilizando o tempo cronometrado de 9,8 segundos, qual seria o tempo normal se a velocidade do operador fosse avaliada em 116%? E se a velocidade fosse avaliada em 97%? a) velocidade de 116 % b) velocidade de 97% Jurandir Peinado * * Determinação do tempo Padrão Tempo padrão Onde: TP = Tempo Padrão TN = Tempo Normal FT = Fator de Tolerância Tipos de Tolerâncias Para atendimento às necessidades pessoais Para alívio de fadiga Tempo de espera Jurandir Peinado * * Tolerâncias de trabalho Fonte: Stevenson – (2001 p. 247) Jurandir Peinado * * Fonte: Stevenson – (2001 p. 247) Jurandir Peinado * * Determinação do tempo Padrão Muitas vezes a tolerância é calculada em função dos tempos de permissão que a empresa está disposta a conceder. Neste caso calcula-se o fator de tolerâncias através da fórmula: Fator de tolerância onde: FT = Fator de tolerância p = Tempo de intervalo dado dividido pelo tempo de trabalho Jurandir Peinado * * Problema proposto Uma empresa do ramo metalúrgico deseja determinar o tempo padrão necessário, com 90% de confiabilidade e um erro relativo de 5%, para a fabricação de determinado componente que será utilizado na linha de montagem. O analista de processos realizou uma cronometragem preliminar de nove tomadas de tempo, obtendo os dados a seguir. Pergunta-se: O número de amostragens é suficiente? Qual o tempo cronometrado (TC) e o tempo normal (TN)? Qual o tempo padrão (TP) se a fabrica definir um índice de tolerância de 15%? Caso a empresa conceda 12 minutos para necessidades pessoais, 15 minutos para lanches e 20 minutos para alívio de fadiga em um dia de 8 horas de trabalho, qual seria o novo tempo padrão? Jurandir Peinado * * Problema proposto 1 - O gerente de produção de um fabricante de perfumes deseja levantar o tempo padrão de embalagem de um novo perfume. A operação foi cronometrada 10 vezes, obtendo-se o tempo médio por ciclo de 4,5 segundos. O cronoanalista avaliou a velocidade média do operador em 95% e foi atribuído um fator de tolerância de 16%. (R. 4,96 s) 2 - Em um estudo de tempos, foi realizada uma cronometragem preliminar com 6 tomadas de tempo, obtendo-se os resultados em minutos: 9,0 – 9,9 – 8,6 – 9,5 – 8,9 – 9,4. A empresa deseja que o tempo padrão tenha 95% de probabilidade de estar correto e uma variação máxima de 6% sobre o tempo determinado. Quantas cronometragens devem ser realizadas? (R. 3,3 cronometragens) Jurandir Peinado * * 3. Para determinar o tempo padrão, uma operação foi cronometrada três vezes em três dias, obtendo-se os dados que se seguem. Calcular: a) Os tempos cronometrados médios. (R. TC1 = 22,6; TC2 = 21,3; TC3 = 20,8 minutos) b) O tempo normal. (R. 21,8 minutos) c) O tempo padrão, considerando que a empresa concede 30 minutos para lanches e 40 minutos para atrasos inevitáveis em um dia de 8 horas de trabalho. (R.25,5 min) Jurandir Peinado * * Um trabalhador de uma empresa de brindes comerciais coloca em uma caixa plástica: uma caneta esferográfica, um chaveiro, um porta-cartão e um prendedor de papéis lembrete. Assim que cada caixa plástica é completada, o trabalhador fecha a caixa plástica e a deixa de lado até que 10 caixas sejam completadas. Após completar as 10 caixas, o trabalhador as coloca em uma caixa de papelão para transporte e armazenamento. Considerando que esta empresa utiliza um fator de tolerância de 12%, determine quantas caixas de papelão o trabalhador pode produzir em um dia de trabalho de 8 horas. A folha de observações preenchida pelo crono analista apresentou os seguintes dados: (R. ≈ 45 caixas por dia) Jurandir Peinado * * Problema proposto 6. Uma empresa de fundição deseja estimar um fator de tolerância para determinação de seus tempos padrão, sabe-se que os trabalhadores levantam pesos de 30 quilos em uma posição de pé, ligeiramente desajeitada, sob iluminação bem abaixo do recomendado, sob a influência dos ruídos de empilhadeiras, considerados intermitentes, de volume alto. A monotonia do trabalho é alta, a temperatura ambiente é superior a 35ºC. Incluir uma tolerância de 5% para necessidades pessoais e de 4% para fadiga básica. (R.≈ 49%) Jurandir Peinado * * Problema proposto Em um estudo de tempos, foi realizada uma cronometragem inicial com nove tomadas de tempo, obtendo-se os resultados em minutos: 12,0 – 11,9 – 12,6 – 11,5 – 10,1 – 11,4 – 11,0 – 12,3 – 17,0 A empresa deseja que o tempo padrão tenha 95% de probabilidade de estar correto e uma variação máxima de 6% sobre o tempo determinado. Quantas cronometragens devem ser realizadas? (R. 38,7 cronometragens) Jurandir Peinado * * Problema proposto No exercício anterior, o número de cronometragens calculada pela fórmula é bastante elevado, por que isto aconteceu? Na prática, o que você recomendaria? Qual seria o número necessário de cronometragens neste caso? (R. ≈ 6 cronometragens) Jurandir Peinado * * Problema proposto Uma operação consiste em cortar chapas de aço para confecção de blanks, que são pedaços de chapa menores a serem estampados em prensas em um processo posterior. Para executar o corte, a guilhotina deve ser preparada colocando-se uma faca afiada a cada 500 operações (A faca removida será afiada novamente para posterior utilização). Estas atividades de set up demoram cerca de 10 minutos. A operação de corte foi cronometrada 10 vezes e o cronoanalista obteve o tempo médio de 15,7 segundos. A velocidade do operador foi avaliada em 95%. Se o fator de tolerância utilizado pela empresa for de 1,27, calcular: o tempo padrão por peça, sem considerar o tempo de set up. (R. 18,9 s) o tempo padrão por peça considerando o tempo de set up. (R. 20,1 s) o tempo necessário para produzir um lote de 4.500 peças. (R. 25,18 horas)
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