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QUESTIONÁRIO DE ADMINISTRATIVO 3º ESTÁGIO

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QUESTIONÁRIO DE ADMINISTRATIVO 3º ESTÁGIO
Conceitue bens públicos.
São aqueles que pertencem as pessoas jurídicas de direito público. Representam todos os bens utilizados pela coletividade e pelo Estado. Para Eli Lopes Meirelles os bens da Empresa Pública também devem ser considerados bens públicos (muito embora eles sejam privados). Bens públicos são todos aqueles que, de qualquer natureza e a qualquer título, pertençam às pessoas jurídicas de direito público, sejam elas federais, como a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, sejam da administração descentralizada, como as autarquias, nestas incluindo-se as fundações de direito público e as associações públicas.
Diferencie bens públicos de domínio iminente.
Os bens públicos, também chamados de domínio público, são todos os bens que são utilizados pela coletividade e pelo Estado. Enquanto que os bens de domínio iminente ficam atrelados a soberania do Estado e é composto por bens públicos, bens privados e res nullius (são os bens que não estão sujeitos ao regime de patrimonialidade).
Como se classificam os bens públicos?
Quanto a titularidade
Federais (art. 20 CF): o rol desse artigo não é taxativo é exemplificativo. Os bens da União estão relacionados no art. 20, e a Carta levou em conta alguns critérios ligados à esfera federal, como a segurança nacional, a proteção à economia do país, o interesse público nacional e a extensão do bem
Estaduais e Distrito Federal (art. 26 CF): o rol desse artigo não é taxativo é exemplificativo. Bens Estaduais: (A) Áreas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, com a ressalva daquelas que se originem de obras da União; (B) As áreas nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio; (C) As ilhas fluviais e lacustres não pertencentes a União; (D) As terras devolutas não compreendidas entre as da União. (ROL TAXATIVO).
Municipais: não existe um rol porque é residual. Tudo que não for do Estado nem da União é do Município. Os municípios não foram contemplados com a partilha constitucional dos bens públicos. Porém existem bens que pertencem aos municípios como, por exemplo, as praças, ruas, logradouros, edifícios públicos que compõe o patrimônio do município.
Quanto a destinação
Bens de uso comum (do povo) (art. 99 CC): aqueles utilizados pela população sem distinção. Ex.: praias, estradas, rios; São aqueles destinados a utilização geral pelos indivíduos, podendo ser federais, estaduais ou municipais. A respeito desses bens o que prevalece é a sua destinação pública no sentido de sua utilização efetiva pelos membros da coletividade. Vale ressaltar que mesmo tendo esta destinação o estado não perde o direito de regulamentar o uso do bem.
Bens de uso especial: utilizados pela Administração para a realização do interesse da coletividade (para prestar um serviço público tem que pagar para utilizar o bem). São aqueles que visam a execução dos serviços Administrativos e dos serviços públicos em geral. O uso, em regra, é de poder público, todavia os indivíduos podem utilizá-los, no entanto tal utilização deverá observar as condições previamente estabelecidas pela pessoa pública interessada. 
Bens dominicais: aqueles que não são utilizados nem pela população (bens de uso comum), nem pela administração (bens de uso especial). Não são utilizados. Ex.: prédios abandonados.
Quanto a disponibilidade
Bens indisponíveis: em regra os bens de uso comum são indisponíveis. Não estão sujeitos patrimonialidade. Bens indisponíveis são aqueles que não ostentam caráter tipicamente patrimonial e que, por isso mesmo, as pessoas a que pertencem não podem deles dispor. Não poder dispor, no caso, significa que não podem ser alienados ou onerados nem desvirtuados das finalidades a que estão voltados. Significa, ainda, que o Poder Público tem o dever de conservá-los, melhorá-los e mantê-los ajustados a seus fins, sempre em benefício da coletividade. São bens indisponíveis os bens de uso comum do povo, porquanto se revestem de característica não patrimonial. Ex.: os mares, os rios, as estradas, as praças e logradouros públicos, o espaço aéreo etc. 
Bens patrimoniais indisponíveis: refere-se aos bens de uso comum. Tais bens possuem caráter patrimonial, porque, mesmo sendo indisponíveis, admitem em tese uma correlação de valor, sendo, por isso, suscetíveis de avaliação pecuniária. São indisponíveis, entretanto, porque utilizados efetivamente pelo Estado para alcançar os seus fins. Ainda que terceiros possam usá-los, tais bens são indisponíveis enquanto servirem aos fins estatais. Enquadram-se nessa categoria os bens de uso especial, sejam móveis ou imóveis.
Bens patrimoniais disponíveis: refere-se aos bens dominicais. Os bens patrimoniais disponíveis embora também tenham caráter patrimonial como os da categoria anterior, podem ser alienados, obviamente nas condições que a lei estabelecer. Não é, portanto, a possibilidade de livre alienação, que é coisa diversa; é, isto sim, a disponibilidade dentro das condições legalmente fixadas. Os bens patrimoniais disponíveis são os bens dominicais em geral, porque nem se destinam ao público em geral, nem são utilizados para o desempenho normal das atividades administrativas.
Explique afetação e desafetação.
O tema da afetação e da desafetação diz respeito aos fins para os quais está sendo utilizado o bem público. Se um bem está sendo utilizado para determinado fim público, seja diretamente do Estado, seja pelo uso dos indivíduos em geral, diz-se que está afetado a determinado fim público. Ao contrário, o bem se diz desafetado quando não está sendo usado para qualquer fim público.
Afetação: é o fato administrativo pelo qual se atribui ao bem público uma destinação pública especial de interesse direto ou indireto da Administração.
Desafetação: é o inverso da afetação. É o fato administrativo pelo qual um bem público é desativado, deixando de servir à finalidade pública anterior.
A afetação e a desafetação constituem fatos administrativos, ou seja, acontecimentos ocorridos na atividade administrativa independentemente da forma com que se apresentem. O fato administrativo tanto pode ocorrer mediante a prática de ato administrativo formal, como através de fato jurídico de diversa natureza.
Explique o regime jurídico dos bens públicos.
Alienabilidade condicionada: a condição refere-se a situação em que o bem se encontra. Se ele estiver afetado, ou seja, sendo usado pela administração pública, não pode ser alienado, caso ele não esteja afetado, ou seja, não esteja sendo usado pela administração pública pode ser alienado; nesse acaso os bens de uso comum do povo e bens especiais, quando estiverem sendo usados, não podem ser alienados, já os dominicais são passíveis de alienação; SÓ OS DOMINICAIS PODEM SER ALIENADOS. 
Impenhorabilidade: Os bens públicos, porém, não se sujeitam ao regime da penhora, e por esse motivo são caracterizados como impenhoráveis. a impenhorabilidade tem o escopo de salvaguardar os bens públicos desse processo de alienação, comum aos bens privados. Com efeito, admitir-se a penhora de bens públicos seria o mesmo que admitir sua alienabilidade nos moldes do que ocorre com os bens particulares em geral. A característica, por conseguinte, tem intuito eminentemente protetivo. (devido a inalienabilidade, os bens públicos são impenhoráveis). 
Imprescritibilidade: não podem ser perdidos por usucapião, porém pode se adquirir um bem e ele tornar-se público através do usucapião. significa que os bens públicos são insuscetíveis de aquisição por usucapião, e isso independentemente da categoria a que pertençam.
Não onerabilidade: não pode dar um bem público como garantia. Onerar um bem significa deixá-lo como garantia para o credor no caso de inadimplemento da obrigação. No direito público, não podem bens públicos ser gravados com esse tipo de direitos reais em favor de terceiros.
Defina agentes públicos
É o conjunto o de pessoas que, a qualquer título, exercem uma função pública como prepostos do Estado. Essa funçãopode ser remunerada ou gratuita, definitiva ou transitória, política ou jurídica. O que é certo é que, quando atuam no mundo jurídico, tais agentes estão de alguma forma vinculados ao Poder Público.
Como se classificam os agentes públicos?
ANTIGA CLASSIFICAÇÃO (ELI LOPES MEIRELLES)
Agentes políticos: seriam todos os ocupantes dos órgãos independentes. O rol dos políticos é mais amplo.
Agentes Administrativos: são aqueles aprovados em concursos. 
Credenciados: são particulares convocados pelo Estado pra representar o país em eventos científicos;
Honoríficos: aqueles que não têm vínculo empregatício. Ex.: jurados, mesários;
Delegados: recebem a delegação contratual. São os concessionários, permissionários.
CLASSIFICAÇÃO ATUAL (JOSÉ DOS SANTOS CARVALHO )
Agentes Políticos: São aqueles aos quais incubem a execução das diretrizes traçadas pelo Poder Público. Caracterizam-se por terem funções de direção e orientação estabelecidas na Constituição e por ser normalmente transitório o exercício de tais funções. Como rega, sua investidura se dá através de eleição.Não se sujeitam às regras comuns aplicáveis aos servidores públicos em geral, a eles são aplicáveis normalmente as regras constantes da Constituição, sobretudo as que dizem respeito às prerrogativas e à responsabilidade política. São eles os Chefes do Executivo (Presidente, Governadores e Prefeitos), seus auxiliares (Ministros e Secretários Estaduais e Municipais) e os membros do Poder Legislativo (Senadores, Deputados Federais, Deputados Estaduais e Vereadores).
Particulares colaboradores: embora sejam particulares, executam certas funções especiais que podem se qualificar como públicas, sempre como resultado do vínculo jurídico que os prende ao Estado. Alguns deles exercem verdadeira múnus público, ou seja, sujeitam-se a certos embargos em favor da coletividade a que pertencem, caracterizando-se, nesse caso, como transitórias as suas funções. Vários desses agentes não recebem remuneração, mas uma compensação.
Servidores públicos: a grande massa dos agentes do Estado, desenvolvendo, em consequência, as mais variadas funções. Tais agentes se vinculam ao Estado por relação permanente de trabalho e recebem, a cada período de trabalho, a sua correspondente remuneração. São, na verdade, profissionais da função pública.
Obs.: Funcionários Públicos é assim considerados apenas os servidores estatuários que integram a estrutura dos entes federativos (Administração Direta).
Explique agentes de fato.
São os agentes que, mesmo sem ter uma investidura normal e regular, executam uma função pública em nome do Estado. O desempenho da função pública deriva de situação excepcional, sem prévio enquadramento legal, mas suscetível de ocorrência no âmbito da Administração, dada a grande variedade de casos que se originam da dinâmica social. Podem ser agrupados em duas categorias:
Agentes Necessários: são aqueles que praticam atos e executam atividades em situações excepcionais. É um particular que auxilia o Estado em caráter de calamidade pública;
Agente Putativo: são os que desempenham uma atividade pública na presunção de que há legitimidade, embora não tenha havido investidura dentro do procedimento legalmente exigido. Tem que ser convalidado, para evitar que um terceiro de boa – fé seja prejudicado.
Defina servidor público.
São os agentes que exercendo com caráter de permanência uma função pública em decorrência de relação de trabalho, integram o quadro funcional das entidades estatais, das autarquias e das fundações públicas de natureza autárquica. Não estão presentes nas empresas públicas nem nas sociedades de economia mista. Fazem do serviço público uma profissão, como regra de caráter definitivo, e se distinguem dos demais agentes públicos pelo fato de estarem ligados ao Estado por uma efetiva relação de trabalho.
Quais as características dos servidores públicos?
Profissionalidade: os servidores públicos exercem efetiva profissão quando no desempenho de suas funções públicas. Formam, por conseguinte, uma categoria própria de trabalhadores. Existe uma profissão e uma ascensão de carreira. Existem escolas de governo para formação e especialização de servidores públicos;
Definitividade: após aprovados no concurso público subtende-se que é definitivo, porque adquire-se a estabilidade, porém pode-se demitir mesmo estando em estabilidade. A estabilidade só é adquirida após 3 anos no serviço. o sentido aqui é o da permanência no desempenho da função. Isso não quer dizer que não haja funções de caráter temporário, mas todas estas vão representar sempre situações excepcionais, que, por serem assim, fogem à regra geral da definitividade. A regra geral é a de que o servidor desenvolverá seus misteres com cunho de permanência.
Relação jurídica de trabalho: nela pode verificar-se a todo o tempo a presença de dois sujeitos: de um lado, a pessoa beneficiária do exercício das funções, que em sentido amplo pode qualificar-se como empregador (pessoas federativas, autarquias e fundações autárquicas), e de outro, o servidor público, vale dizer, aquele a quem incumbe o efetivo exercício das funções e que empresta sua força de trabalho para ser compensado com um retribuição pecuniária.
Como se classificam os servidores públicos?
Servidores Públicos Civis e Militares Essa é a primeira classificação dos servidores públicos e obedece aos dois ramos básicos de funções públicas: a civil e militar. É a Constituição Federal que separa os dois agrupamentos, traçados normas específicas para cada um deles. As regras aplicáveis aos servidores públicos civis se encontram entre os arts. 39 a 41 da CF.
Obs.: Havendo dois grupos de servidores com normas constitucionais específicas deverá haver, como há, estatutos infraconstitucionais também apropriados para cada um deles.
Servidores Públicos Comuns e Especiais:
Servidores público comuns são aqueles a quem incumbe o exercício das funções administrativas em geral e o desempenho das atividades de apoio aos objetivos básicos do Estado. Formam a grande massa dos servidores, podendo ser estatuários ou trabalhistas. Os estatutários podem ser divididos em duas subcategorias: 1ª) servidores de regime geral, aqueles que se submetem ao regime geral contido no estatuto funcional básico; 2ª) servidores de regime especial, aqueles em que o estatuto funcional disciplinador se encontra em lei específica.
Servidores Públicos Especiais são aqueles que executam certas funções de especial relevância no contexto geral das funções do Estado, sendo, por isso mesmo, sujeitos a regime jurídico funcional diferenciado, sempre estatutário, e instituído por diploma normativo específico, organizador de seu estatuto. Pela inegável importância de que se reveste sua atuação, a Constituição contempla regras especificas que compõe seu regime jurídico supralegal.
Servidores Públicos Estatuários, trabalhistas e Temporários:
Servidores público estatutários são aqueles cuja relação jurídica de trabalho é disciplinada por diplomas legais específicos, denominados de estatutos. Nos estatutos estão inscritas todas as regras que incidem sobre a relação jurídica, razão por que nelas se enumeram os direitos e deveres dos servidores do Estado. Essa categoria ainda admite uma subdivisão: a dos servidores públicos sujeitos ao estatuto geral da pessoa federativa correspondente, e dos servidores públicos sujeitos a estatutos especiais. Os servidores públicos estatutários é que, quando integrantes da própria estrutura das pessoas políticas, foram tradicionalmente denominados de funcionários públicos.
Servidores públicos trabalhistas (ou celetistas), assim qualificados porque as regras disciplinadoras de sua relação de trabalho são as constantes das Consolidação das Leis do Trabalho. Seu regime básico, portanto, é o mesmo que se aplica à relação de emprego no campo privado, com as exceções, é lógico, pertinentes à posição especial de um a das partes – o Poder Público.
Servidores públicos temporários, os quais, na verdade, se configuram como um agrupamentoexcepcional dentro da categoria geral dos servidores públicos (art. 37, IX da CF).

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