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GUIA E DICAS DE FOTOGRAFIA FONTE: http://www.tecmundo.com.br/ Fotografia: diafragma e obturador, os olhos da câmera A abertura do diafragma e a velocidade de disparo do obturador são dois dos pilares da fotografia. Saiba o que são e como usá-los a seu favor para obter melhores imagens! Você já parou para pensar que uma câmera fotográfica nada mais é do que uma réplica do olho humano? Entender isso é bastante simples quando pensamos no funcionamento destes dois sistemas, que é basicamente o mesmo. Enquanto no olho, a retina é capaz de “traduzir” a luz em imagens, nas câmeras fotográficas quem faz isso é o sensor. Este sensor é muito sensível e precisa estar sempre protegido de sujeiras e de luz muito intensa. É como um filme, nas antigas máquinas analógicas, que não podia ser exposto à claridade. O que protege este dispositivo dentro da câmera (e já protegia o filme antigamente) é o obturador. Ele funciona como uma “cortina” que cobre o sensor e se abre rapidamente quando uma fotografia é tirada. Fonte da imagem: Divulgação Dependendo de cada modelo de câmera, ele pode se encontrar em diferentes posições, mas a sua função é sempre a mesma: abrir-se para a passagem de luz. Ele pode ter também vários formatos. Os mais comuns são os circulares, que se abrem de maneira semelhante ao diafragma (são encontrados em câmeras antigas), e os obturadores mais modernos, com placas sobrepostas que se abrem verticalmente, como uma persiana. Velocidade de disparo A velocidade de disparo é o tempo que o obturador fica aberto, antes de voltar para a posição inicial. Como veremos a seguir, essa velocidade está diretamente ligada com a ideia de “movimento” da foto, e com a quantidade de luz que o sensor será capaz de captar. Ela pode ser controlada na maior parte das câmeras, principalmente nas que possuem funcionamento mais avançado. Fonte da imagem: Amanda Slater A velocidade de disparo, ou “shutter”, é medida em segundos, ou frações de segundos, expressos desta forma: 5” para velocidade acima de um segundo, que neste caso são 5 segundos, pois o numero representa o tempo; e 1/200 para velocidades abaixo de um segundo, neste caso a velocidade é um segundo dividido por 200. Quanto mais rápido, menos luz é captada, porém as chances da imagem ficar tremida são bem menores. Como medir e escolher uma velocidade de disparo correta Apesar da ideia de que 1/200, por exemplo, é uma velocidade muito alta e que a quantidade de luz que conseguiria entrar nesse caso seria muito pouca, isso não é verdade. Por exemplo, em um dia de sol, a céu aberto, a velocidade ideal pode variar de 1/1500 até 1/3000 ou mais. Já em um dia nublado, a velocidade usada precisa ser menor, entre 1/400, aproximadamente. Fonte da imagem: Ana Nemes Mas como saber qual a velocidade correta? Esse valor pode variar e está diretamente associado à abertura do obturador e ao ISO (quanto maior a abertura ou o ISO, menor o tempo de exposição), mas existem algumas formas de descobrir os ajustes ideais para cada situação. Fotômetro A maior parte das câmeras que têm ajustes manuais de exposição possui uma “escala”, que pode ser vista no visor e funciona através de um equipamento interno da máquina - o fotômetro - que “percebe” as condições de luz do ambiente e indica se os ajustes que você fez deixarão a foto muito clara ou escura, ou se estão corretos. Quando o ponteiro estiver mais para o lado negativo, quer dizer que existe pouca luz e a foto pode ficar escura. Já o contrário, o ponteiro marcando um valor positivo muito alto, indica que existe muita luz, e a foto pode "estourar". O ideal é ajustar a velocidade de tal forma que o ponteiro fique no meio, ou na região central. Cuidado para não tremer! Se o ambiente estiver muito escuro, será preciso abaixar a velocidade de disparo, aumentando assim o tempo de exposição. Porém, se você não tiver um apoio para a câmera, é provável que a imagem fique tremida. Fonte da imagem: Rick Hill Isso acontece, pois involuntariamente nós fazemos pequenos movimentos ao segurar a câmera, e para velocidades abaixo de 1/30, aproximadamente, esses movimentos se tornam perceptíveis nas fotos. Nesses casos, use um tripé ou ajuste um valor mais alto para o ISO, de modo que seja necessário menos tempo de exposição. Só tome cuidado para não prejudicar demais a qualidade da imagem com o ajuste do ISO. Modo de prioridade de velocidade e sensação de movimento Conforme foi explicado no artigo sobre os modos de disparo, existe uma ajuda para quem quer começar a aprender fotografia e não sabe como ajustar a velocidade e a abertura de uma só vez. São os modos de prioridade, nos quais você ajusta um parâmetro e a máquina ajusta o outro. Use o modo de prioridade de velocidade (“S” ou “Tv”) quando você quiser destacar um objeto que esteja se movendo. Isso pode ser feito ajustando uma velocidade maior, o que faz com que o objeto fique nítido e pareça imóvel, ou ajustando uma velocidade pequena para que a imagem fique borrada em algumas partes, dando uma ideia de movimento. Fonte das imagens: Sam J. Jordan (acima) e Steph Weiss (abaixo) Isso acontece, pois, ao colocar uma velocidade de disparo menor do que a velocidade que a o objeto está se movendo, a câmera registra todos os momentos do objeto até o obturador se fechar. Isso dá a impressão de um “rastro” deixado, fazendo com que seja possível perceber o movimento. Diafragma Muitas pessoas confundem o obturador com o diafragma, porém eles são partes diferentes da câmera e têm funções diferentes também. Enquanto o obturador é o responsável por proteger o sensor e se abrir apenas brevemente para deixar a luz passar, o diafragma controla a quantidade de luz que chega ao obturador, deixando a passagem maior ou menor, dependendo de sua abertura. Esta pequena parte da máquina fotográfica é considerada a íris das câmeras e se encontra dentro da lente. Ele tem, entre outros, um dos papeis mais fundamentais para a fotografia: controlar a profundidade de campo. Abertura do diafragma O diafragma pode se abrir e fechar, permitindo uma passagem maior ou menor de luz para o obturador e para o sensor. Quanto maior é a abertura, mais luz é captada e a velocidade de disparo pode ser maior, diminuindo o tempo necessário de exposição. A abertura do diafragma é medida em números f, que são escritos desta forma: f/2.1, f/5.6, f/22, etc... Sendo que, quanto maior a abertura, menor é o número. É importante entender este conceito, pois, desta forma, quando falamos em uma grande abertura do diafragma, é possível saber que o número f em questão é bem pequeno. É comum referir-se à abertura do diafragma apenas como “abertura”. Fonte da imagem: Mohylek Por exemplo, o diafragma configurado em f/22 está quase fechado, enquanto f/1.2 representa que ele está quase totalmente aberto. Pode ser fácil confundir essa relação no começo, mas não se preocupe, com o tempo você vai se acostumar a ler esses números e saber exatamente quão aberta está a “íris” da sua câmera. Nem todas as câmeras conseguem ajustar a abertura para todos os valores, pois isso depende do tipo de lente que está sendo usado. Ao comprar uma câmera ou lente nova, tente encontrar informações sobre os valores de abertura, o máximo e o mínimo. Isso classifica as lentes em “claras” e “escuras”, sendo que, geralmente, quanto mais clara for a lente, maior é o seu valor. Abertura x Profundidade de campo A abertura do diafragma interfere diretamente na profundidade de campo, e quanto mais aberta está a lente, menor é essa profundidade e vice-versa. Mas, o que realmente é a profundidade de campo? Quando você vê uma fotografia, ela pode estar completamentefocada, ou com algumas partes focadas e outras não. Esse é um efeito visual da profundidade de campo, quanto maior ela é, mais áreas da imagem ficam nítidas, e quanto menor ela é, menor é o ponto de foco. Isso acontece quando existem várias “camadas” na imagem e a câmera precisa ajustar o foco. Se o diafragma estiver muito aberto, a profundidade de campo irá diminuir e só o que estiver mais próximo da câmera ficará focado. Já se a abertura for pequena, a profundidade de campo será maior e todo o assunto, independente de camadas, será focado. Trabalhar explorando esse efeito é algo que enriquece a fotografia, deixando-a com uma sensação maior de dimensões e distâncias. Quando toda a imagem está focada, a impressão que pode dar é que ela está “chapada”, ou seja, todos os elementos que compõe a fotografia estão alinhados no mesmo plano. Fonte da imagem: John Krizan Os modos programados “paisagem” e “macro” das câmeras controlam a abertura para obter profundidades diferentes, mas você pode fazer isso manualmente, se a sua câmera possuir a opção de mudar a abertura do diafragma. Desta forma, além dos extremos (apenas o primeiro plano focado e todos os planos focados), você pode conseguir resultados intermediários. Modo de prioridade de abertura Assim como acontece com o modo de prioridade de velocidade (porém ao contrário), ao escolher priorizar a abertura, a câmera ajusta o tempo de exposição. Esse modo é bastante útil para começar a aprender os conceitos de fotografia, como as relações entre velocidade e abertura. Seu ícone na máquina pode ser “A” ou “Av”. Use esse recurso quando você desejar controlar a profundidade de campo, para obter fotos completamente focadas ou com pontos de foco menores. Tente ver, enquanto você fotografa, os valores que a máquina coloca para a velocidade baseados nos valores que você definiu para a abertura. Você verá que existe sempre uma relação inversamente proporcional: quanto maior a abertura, menor pode ser a velocidade e vice-versa. Fonte da imagem: Ana Nemes É claro que os valores também dependem da luminosidade dos ambientes, e variam de acordo com isso, mas em um mesmo local com as mesmas condições de luz, a regra vai estar sempre valendo: quanto maior for um valor, menor será o outro. Fotografia: entenda as prioridades de abertura e velocidade Os modos de prioridades são também chamados de modos semimanuais de disparo, pois unem um ajuste manual com outro automático. Saiba quando usar cada um deles e os efeitos que você pode conseguir! As câmeras fotográficas que apresentam um funcionamento mais completo possuem duas configurações de disparo que são extremamente úteis para quem está começando a entender o mundo da fotografia: os modos de prioridade de abertura e velocidade. Nós já falamos um pouco sobre cada um deles, mas é hora de você descobrir mais a fundo o que é um modo de prioridade, por que ele é tão importante e em quais situações é melhor que seja usado um ou o outro. Se a sua câmera possui um menu circular com os principais modos de disparo e, esses dois modos vão aparecer como “A” ou “Av” para a abertura e “S” ou “Tv” para a velocidade. Leia o manual da câmera para saber como encontrá-los. Fonte da imagem: Divulgação Existem dois controles fundamentais para medir se a fotografia vai ficar escura, clara ou bem iluminada: velocidade de disparo e abertura. É claro que outros fatores contribuem para isso, porém, esses dois são os mais decisivos. Aprender a configurá-los juntos é um processo que pode demorar, por isso pode ser útil usar os modos de prioridade para treinar um de cada vez. Você pode pensar que, se é somente isso, seria correto dizer que tanto faz usar qualquer um dos dois, mas isso não é verdade. Existem diferenças entre eles e são elas que definem qual você deve usar. Modo de prioridade de abertura Indicado no controle circular pela letra “A” ou “Av” (essa marcação deriva da primeira letra do nome em inglês, “aperture”), o modo de prioridade de abertura é indicado para quem deseja controlar o diafragma da câmera enquanto o sistema automático cuida da velocidade de disparo. Todas as outras configurações (balanço de brancos, ISO, medição, flash, etc...) são feitas manualmente, mas se você preferir, pode colocá-las no automático também (essa possibilidade pode variar de câmera para câmera), para que você possa se focar em treinar a medição da abertura. Profundidade de campo A possibilidade de trabalhar com diferentes profundidades de campo é o principal motivo para se usar o modo de prioridade de abertura, já que o diafragma é o principal responsável por essa variação. Em uma explicação simples, uma foto com muita profundidade de campo é aquela que está inteira ou quase totalmente focada, já uma imagem com pouca profundidade de campo apresenta o fundo completamente desfocado e apenas o objeto mais próximo da câmera aparece nítido. Veja a comparação a seguir: Isso acontece em decorrência da maior ou menor abertura do diafragma, ou seja, da alteração do diâmetro dela. Quanto menor essa passagem, a impressão é a de que todos os objetos estão nítidos (embora possa existir apenas um ponto completamente focado em uma fotografia). Veja a imagem a seguir para entender melhor como isso acontece: Fonte da Imagem: Ignacio Icke Tridimensionalidade e distâncias O único modo de mostrar distâncias e tridimensionalidade na fotografia é através da profundidade de campo, que revela quando os objetos estão no mesmo plano e quando eles estão em camadas diferentes. É por isso que o uso sábio deste recurso impede que a foto fique “chapada”, isto é, com a aparência de que tudo nela se encontra no mesmo nível. Se você quer tirar uma fotografia de alguém e deseja desfocar o fundo, aumente a abertura, escolhendo um número F pequeno, como f/2 ou até f/4. Nunca se esqueça: quanto maior a abertura do diafragma, menor o número F. Já se você deseja fotografar uma paisagem grande e deseja que tudo fique focado, aumente o número F, diminuindo a abertura. Veja este efeito na prática: Quando for usar uma abertura muito pequena, certifique-se de ter um apoio para a câmera, como um tripé ou uma superfície firme e estável, pois o sistema automático vai ajustar um tempo grande de exposição e sem um apoio adequado é provável que a imagem fique tremida, dependendo da iluminação ambiente. Modo de prioridade de velocidade Enquanto o ajuste do diafragma oferece a possibilidade de determinar a profundidade de campo, o modo de prioridade de velocidade traz a opção de adicionar uma noção de movimento à fotografia. Para entender isso, imagine uma câmera completamente imóvel e pessoas se movendo na sua frente. Quando mais tempo o obturador da câmera ficar aberto, mais instantes das pessoas realizando aqueles movimentos serão capturados na mesma imagem, e disso vem a ideia de movimento. Esportes e movimento Este modo de disparo, que prioriza a velocidade do obturador, pode ser usado para fotografar esportes nos quais haja movimento, tanto para adicionar a noção de velocidade quanto para conseguir fotografias completamente nítidas e sem borrões. Fonte das imagens: Dave Herholz (cima) e Martin Pettitt (baixo) Isso vai depender da velocidade usada, sendo que uma velocidade grande (pouco tempo de exposição) vai resultar em uma fotografia mais nítida, pois o tempo que o obturador fica aberto não é suficiente para capturar o movimento realizado. Já o contrário, a velocidade pequena (muito tempo de exposição) vai resultar em uma imagem que contém diversos instantes em um só, e isso gera a sensação de movimento.Lightpainting O significado do nome em inglês é algo como “pintar usando a luz” e é essencialmente isso o que acontece no lightpainting. Com uma velocidade extremamente baixa de disparo (o obturador fica aberto durante vários segundos ou até minutos), em um ambiente bastante escuro, você pode escrever e desenhar usando fontes luminosas na frente da câmera, gerando fotografias incríveis. Fonte da imagem: Ana Nemes O Baixaki tem um artigo sobre o tema, com dicas de como obter melhores resultados. Essa técnica exige muita paciência, um tripé ou apoio fixo e uma câmera que permita fotografar com velocidades muito pequenas, pelo menos 10 segundos. Se você possui tudo isso, comece a treinar! Fotografar crianças Se você tem filhos, ou gosta de fotografar crianças, já sabe que essa não é uma das tarefas mais fáceis de se fazer. Eles não param de se mexer, e quando param, é por apenas alguns instantes. Nesses casos, usar o modo de prioridade de velocidade pode ajudar muito. Ajuste o obturador para velocidades muito altas e consiga resultados mais nítidos dos pequenos! Fonte da imagem: MakisMT Para conseguir resultados cada vez melhores, preste sempre atenção ao valor que o sistema automático da câmera definiu para o seu ajuste. Por exemplo, quando fotografar usando a prioridade de abertura, veja a velocidade definida. Isso vai ajudar você a conseguir calibrar esses valores manualmente no futuro! Objetivas para fotografia digital O que você precisa saber quando for escolher uma lente para sua SLR digital para encontrar a melhor relação custo-benefício, pensando sempre no uso que você fará da sua câmera. A primeira coisa que precisa ser dita sobre lentes é: não existe “bom e barato” quanto se fala de objetivas. Infelizmente, lentes boas serão caras, e lentes mais baratas terão algum tipo de deficiência. Assim, o grande segredo para comprar lentes é saber até que ponto as deficiências de determinada lente vão atrapalhar o desempenho que você espera da sua câmera. Este desempenho está ligado diretamente ao uso que você fará , ou seja, do estilo de fotografia que você prefere. Então como descobrir qual o tipo de lente mais apropriado entre os modelos disponíveis? Para descobrir isso, começaremos analisando quais os tipos de lentes, suas características e a quais estilos de fotografia cada um deles é mais adequado. Só lembrando que não se falará de marcas específicas neste artigo, uma vez que cada sistema de câmeras tem suas lentes próprias e equivalentes, mas não necessariamente iguais. Lentes Fixas ou Zoom A grande diferença entre uma lente fixa – que também é conhecida por prime – e uma lente zoom é a variação da distância focal. Enquanto uma lente fixa é construída de forma a manter sua distância focal, as lentes zoom podem variar essa distância em menores ou maiores intervalos. De certa forma, uma lente zoom pode ser comparada a várias lentes fixas. Como exemplo, se temos uma lente zoom 18-55 mm (perceba a notação em milímetros e o intervalo do zoom) ela pode ser considerada uma lente 18 mm e uma lente 55 mm, além de todas as variações do intervalo. Só que a praticidade de uma lente dessas tem seu contraponto. A construção de uma lente dessas é mais complicada do que a de uma lente fixa, encarecendo a objetiva. Além disso, um outro fator muito importante de cada objetiva – a abertura máxima – tende a ser pior em lentes zoom. Para entender o conceito de abertura, imagine um valor 1 como sendo a quantidade de luz que seu olho consegue captar. Agora divida essa luminosidade pela metade. Esse número é, aproximadamente, equivalente a uma abertura f/2 (novamente, perceba a maneira como isso é anotado). A seguir você tem um esquema simplificado das aberturas que normalmente se encontram numa lente para fotografia digital. Perceba que, como é uma divisão, quanto maior o orifício formado pelo diafragma – a peça da lente responsável pela abertura – menor é o número f. Pela lógica, então, quanto menor o número f, maior a abertura e mais luz a lente deixa passar até o sensor da câmera. Outro efeito importante da abertura é que, quanto mais aberto o diafragma ficar, menor é a profundidade de campo que a lente oferece. Sabe aquelas fotos lindas, com uma flor toda certinha num plano, e tudo borrado no fundo? Isso é o efeito da profundidade de campo na fotografia. Para entender melhor, uma lente com uma abertura f/1.8 consegue desfocar muito mais, e muito mais perto do plano de foto, do que uma lente que só abre em f/4. O outro limite de abertura, os maiores números f da lente, já não são tão limitantes, pois praticamente todas as lentes atuais conseguem fechar até os mesmos f/22, aproximadamente. Assim sendo, ninguém se preocupa com a abertura mínima, pois todas as objetivas conseguem dar essa resposta ao fotógrafo. Agora, sabendo disso tudo, como escolher a melhor lente possível? Comprar uma zoom poderosa, ou várias fixas de diferentes distâncias focais? Responder essa pergunta é mais complicado do que parece. Por um lado, comprar uma única zoom pode ser mais barato, mas as limitações de abertura, e principalmente o volume e peso da lente podem ser problemas graves. Além disso, ter uma única lente é um risco, já que, como todo equipamento, ela é sujeita a falhas. A outra opção extrema é comprar todo um arsenal de lentes fixas, mas isso pode ficar muito caro, e é certamente pouco prático. Uma solução plausível é procurar lentes zoom menos poderosas e de boa qualidade, com intervalos pequenos de distância focal, e fazer um jogo com duas ou três lentes que satisfaçam suas necessidades. Também pode valer a pena comprar uma ou duas fixas mais simples e com uma boa abertura para ter essa opção disponível. Todas as principais fabricantes têm uma ou duas lentes fixas mais baratas e ainda assim com qualidade suficiente. Agora, para decidir quais serão essas lentes, é preciso pensar também na distância focal das objetivas, e no tipo de imagem que elas proporcionam. 8 técnicas fotográficas para capturar imagens profissionais Você quer melhorar a qualidade das suas fotografias? Conheça um pouco mais sobre 8 técnicas aplicadas no momento do disparo que podem ajudar! É verdade que um dos principais atributos que um bom fotógrafo precisa ter é o olhar apurado, porém isso não é tudo. É preciso estudar um pouco a teoria para conhecer e poder usar vários efeitos e técnicas que tornam as fotografias mais bonitas e profissionais. Nós já falamos um pouco aqui sobre alguns truques de edição para quem deseja fazer uma pós-produção e deixar uma fotografia com uma aparência mais profissional. Porém, existem técnicas que o fotógrafo precisa saber antes de tirar a foto, para que ele possa aplicar os seus conhecimentos no momento do disparo. Veja nesta seleção alguns desses efeitos e saiba como obtê-los com a sua câmera. Bokeh O efeito do Bokeh é bastante visível quando existem pequenas fontes de luz no fundo desfocado (Fonte da imagem: Bryan Matthew/Jessica Lee) A palavra “Bokeh” vem do termo original “Boke”, que, em japonês, tem um significado próximo a “desfoque”. Esse efeito possui uma definição bastante ampla e é facilmente reconhecível, porém muitas vezes ele é confundido com a fotografia macro. Apesar de serem efeitos quase que complementares, eles não são exatamente a mesma técnica. O Bokeh é reconhecido principalmente pelo desfoque em forma de disco que é ocasionado pelas luzes ou áreas ao fundo da imagem, parecendo bolinhas, na maior parte dos casos. Alguns fotógrafos colocam filtros na frente da lente com formatos especiais, como uma estrela ou coração, para que os desfoques do Bokeh fiquem com essa forma. Máscaras na frente da lente ajudam a criar formas diferentespara o Bokeh (Fonte da imagem: Leo Fung) Para conseguir uma imagem com Bokeh é preciso diminuir a profundidade de campo aumentando ao máximo a abertura da lente, como se faz em uma fotografia macro. É necessário desfocar as fontes de luz do fundo para que elas se transformem nas simpáticas bolinhas na sua imagem. É possível conseguir o efeito de Bokeh em áreas escuras, porém se o fundo for muito “chapado”, com formas muito grandes e sem detalhes, tudo o que se consegue é uma boa fotografia macro mesmo. O efeito do Bokeh é conseguido pela distorção dos detalhes e pequenas fontes de luz no fundo da imagem. Lens Flare Lens Flare são esses "anéis" coloridos e distorções ocasionados pelo ângulo de entrada da luz na lente (Fonte da imagem: Flickr/Jordan) Nós já mencionamos o Lens Flare por aqui rapidamente, mas vale a pena falar mais uma vez. Ele nasceu como uma imperfeição, porém acabou caindo nas graças dos fotógrafos e hoje é usado de propósito como um efeito estético na fotografia. O Lens Flare nada mais é do que uma distorção do raio de luz quando ele entra diretamente pela lente – porém pelas bordas, não exatamente pelo centro. Por exemplo, quando você aponta a câmera para o céu e o sol está causando um reflexo nas laterais da fotografia ou ainda na borda de algum elemento da paisagem. Isso acontece bastante em fotografias do pôr do sol, já que nesse horário o astro está iluminando diretamente a lente em um ângulo favorável. Golden Hour Fotografe retratos nesses horários e obtenha lindos resultados (Fonte da imagem: Aubry Rose Aragon) Não é só o Lens Flare que aparece melhor (e mais naturalmente) no pôr ou no nascer do sol – esses horários são os “queridinhos” dos fotógrafos. Eles são chamados de “Golden Hour”, ou “A Hora de Ouro” no inglês, e são perfeitos para fotografias de retrato ao ar livre. O que favorece a estética da fotografia nesses horários é a angulação do sol, que está iluminando diretamente os elementos da foto em um ângulo de frente, e não muito inclinado. A iluminação é mais suave e as sombras são menos “duras” (veja neste artigo o que é luz dura e suave), porém toda a cena é iluminada, causando um efeito dramático interessante. O brilho do sol dá um ar poético e doce para a cena (Fonte da imagem: Melissa Emiko) Em alguns casos, o reflexo do sol encobre os elementos da foto criando um filtro natural que parece deixar a foto com menos contraste, sendo esse também um tipo de lens flare. A Hora de Ouro é ótima para fotos de casais e imagens poéticas. É preciso ser rápido ao fotografar nessas horas do dia, já que essa condição de luz vai embora muito rapidamente: aproximadamente meia hora de manhã e meia hora à tarde. Este site possui uma tabela com esses horários certos, basta dizer a sua cidade e o mês desejado. O ar ao fundo parece iluminado pelos raios solares (Fonte da imagem: Callum Baker) Regra dos terços e Proporção Áurea Nós já falamos bastante aqui sobre a regra dos terços, uma sugestão para a disposição dos elementos em uma foto, de forma que eles fiquem mais bem distribuídos. Para isso, é preciso dividir a tela mentalmente em nove partes e tentar enquadrar o elemento principal em um dos quatro pontos centrais, conforme a imagem a seguir: Observe como os elementos estão dispostos com base na grade da regra dos terços (Fonte da imagem: Moondigger) Estudos indicam que, quando olhamos para uma imagem, esses pontos (principalmente o de baixo na esquerda e o de cima na direita) são aqueles em que nós prestamos atenção inicialmente, sendo que essa disposição valoriza a fotografia e o que é fotografado. Porém, essa não é a única regra para a disposição dos elementos na fotografia. Se você quiser ir um pouco além, pode adotar a Proporção Áurea (muitas vezes chamada de “Retângulo de Ouro”, apesar de não serem exatamente sinônimos) nas suas imagens. A sua origem é matemática e muito antiga, mas o que interessa para o fotógrafo é conhecer a disposição desse retângulo. O retângulo de ouro serve como um guia para o alinhamento dos elementos da foto (Fonte da imagem: John Guarino) Essa proporção forma um retângulo com uma espiral perfeita, sendo que isso está bastante presente na natureza e torna a fotografia mais agradável aos olhos. Procure enquadrar o centro da imagem no centro da espiral, fazendo com que o resto pareça estar seguindo essa linha imaginária de maneira suave. Nem sempre isso é possível, porém os resultados são agradáveis ao olhar e tornam a foto mais bonita. Use um programa de edição posterior para cortar a foto na proporção correta, já que o Retângulo de Ouro possui o tamanho um pouco diferente do que as fotografias normais das câmeras fotográficas. Panning Esse é um efeito interessante e, apesar de ser difícil no começo, pode ser feito por qualquer pessoa com uma câmera e muita paciência. O Panning acontece quando o fotógrafo registra um objeto em movimento, mas faz com que ele pareça imóvel e a sensação de velocidade venha do fundo em “movimento”. Treine o panning para conseguir acompanhar o objeto em movimento perfeitamente (Fonte da imagem: Santita Putri) Para que isso aconteça, é preciso mover a câmera na mesma velocidade e direção do que o objeto em movimento, acompanhando a sua trajetória. O obturador precisa ficar aberto tempo o suficiente para pegar o movimento, porém não muito a ponto de deixar toda a imagem borrada e tremida – geralmente um segundo (ou um pouco menos) é suficiente. Para conseguir uma fotografia perfeita é preciso muito treino, já que isso requer que você mexa a câmera exatamente na mesma velocidade aparente do objeto fotografado. Porém, “pannings parciais” (quando o objeto está quase completamente focado, com algumas pequenas distorções) também têm a sua beleza Longa Exposição Dominando a longa exposição é possível fotografar estrelas de maneira belíssima! (Fonte da imagem: Ben Canales) Dominar o uso da longa exposição pode levar muito tempo, porém é uma das técnicas que mais possuem aplicações práticas dentro da fotografia. Imagens do céu, lightpaintings, fotografias noturnas e muito mais, tudo isso é possível deixando o obturador aberto por mais tempo do que o usual. Nós já ensinamos como criar desenhos utilizando a luz com a técnica do lightpainting neste artigo, e aqui você pode ver como é bem mais fácil do que parece fotografar estrelas (e o seu movimento) no céu, mas não é só isso que a longa exposição pode fazer. Você pode criar cenários fantasmagóricos em cidades, fazer com que o mar se torne uma grande colcha de algodão e não para por aí. Com a longa exposição é possível deixar o mar com um aspecto fantasmagórico (Fonte da imagem: Tony Armstrong) Para fotografar com pouca luz usando a longa exposição é preciso de um tripé ou apoio firme, além de uma câmera com ajustes manuais de diafragma e exposição. Câmeras automáticas conseguem alguns bons resultados, porém com mais limitações. Contraluz O efeito de contraluz nada mais é do que quando o objeto a ser fotografado é colocado entre a câmera e a fonte de luz, fazendo com que a iluminação fique na parte de trás do elemento e não na frente, como o usual. Isso faz com que o fundo fique mais claro e produz lindas imagens de silhuetas. Já falamos aqui sobre como fotografar silhuetas; você pode ler neste artigo. O resultado do uso do contraluz é uma imagem com muito contraste entre a parte clara e a escura, já que a lente não consegue balancear a iluminação tão bem quanto os nossos olhos. O contraluz resulta, em grande parte dos casos, em fotografias de silhueta (Fonte da imagem: Ana Nemes) O outro uso desse efeito é mais brando e é muito usado para fotografar retratos. Trata-se de uma luzcontrária mais suave e, geralmente, com uma angulação indireta, causando um brilho leve, apenas servindo como uma “borda” que destaca a pessoa do fundo. Esse tipo de contraluz pode ser feito de maneira artificial, com o uso de uma luz traseira posicionada acima da pessoa ou objeto, ou pode ser natural, usando a luz solar e uma barreira natural que ajude a produzir sombra, como árvores, nuvens ou uma parede. Utilize a Hora de Ouro para conseguir efeitos interessantes com o contraluz. O contraluz nesse caso foi usado como um efeito de destaque das pessoas em relação ao fundo (Fonte da imagem: Flickr/Shan.in.W) Esses são apenas alguns exemplos do uso de técnicas na fotografia e não precisam ser seguidos à risca. O importante é conhecer a teoria e as regras, para então poder quebrá-las e experimentar novos efeitos, sabendo como obter o visual que se deseja. Fotografia: Entenda os diferentes tipos de iluminação Entender as propriedades da luz é essencial para quem quer conseguir melhores resultados nas suas fotos. Entenda o que são fontes de luz, como elas podem se comportar e como usar isso a seu favor. É impossível falar de fotografia sem pensar em luz. O próprio nome dessa arte (fotografia quer dizer “escrever com a luz”) já adianta qual é o cuidado mais importante que deve ser tomado ao capturar uma cena. Porém, não é simplesmente a quantidade de luz que importa. Aprenda essa semana quais são os principais tipos de iluminação, como eles interferem no resultado final e como você pode posicionar as suas fontes de luz para conseguir melhores fotografias. Diferentes fontes de iluminação Praticamente tudo que emite luz pode ser uma fonte de iluminação para a fotografia, mas existem algumas principais, que iremos abordar neste artigo. A primeira divisão que se deve ter em mente é que existem três tipos de fontes de luz: naturais, artificiais e ambientes. Saber aproveitá-las em conjunto é muito importante. Fontes de iluminação naturais são as luzes que estão no ambiente e fazem parte dele. O sol, claro, é a principal fonte de iluminação natural e pode se comportar de diversas formas, como veremos mais para frente. Das fontes de iluminação, ela é a que mais se modifica. Outras fontes naturais são mais difíceis de serem observadas, principalmente nas cidades, já que à noite existe a iluminação dos postes e das casas. Porém, em um local completamente livre de luzes artificiais é possível conseguir fotografias lindíssimas utilizando a luz da lua, das estrelas e ocasionalmente de raios e auroras boreais. A luz da lua também é uma fonte natural (Fonte da imagem: olafurmagnusson) Já as luzes artificiais, estão em todos os lugares. Lâmpadas caseiras, postes de luz, faróis dos carros, refletores, holofotes, lanternas etc... Praticamente em todos os lugares é possível encontrar uma fonte assim. Elas podem ter diferentes temperaturas (relembre aqui o que é temperatura de luz) e intensidades, portanto, combinar duas ou mais fontes artificiais pode ser um desafio. Por último, o terceiro tipo de iluminação é aquele que une os dois primeiros, e que nós dificilmente conseguimos controlar. A iluminação ambiente é tudo aquilo que faz parte do local, seja por meio de fontes naturais ou artificiais. Um poste de luz, apesar de ser configurado como fonte artificial, geralmente se enquadra também nesse terceiro tipo de iluminação, já que não podemos simplesmente apagá-lo se estiver atrapalhando. A menos que você fotografe em um estúdio, a luz ambiente sempre vai estar presente, então o melhor a fazer é pensar em soluções criativas para aproveitá-la na cena. Porém, antes disso, é preciso entender e conhecer duas características básicas de qualquer fonte de luz. Luz dura e luz suave: o que é isso? Quando se fala em dureza da luz, este nome pode não fazer o menor sentido, a princípio. Porém, o conceito é algo simples de se entender e ajuda muito o fotógrafo a conseguir o resultado desejado. Luz dura é aquela que incide diretamente sobre o objeto fotografado, causando uma sombra bem marcada e nítida. O sol, em um dia sem nuvens, projeta exatamente esse tipo de iluminação. Já a luz suave é aquela que gera sombras sem contornos nítidos e não é possível dizer exatamente em que ponto essa sombra começa ou termina. Em um dia nublado, a luz do sol se comporta dessa forma. Veja nas imagens a seguir (as duas fotografias foram feitas utilizando-se apenas da luz do sol) a diferença entre os dois tipos de iluminação: A sombra marcada indica luz dura, já uma sombra difusa indica luz suave (Fonte da imagem: Ana Nemes) Agora que você já sabe o que significa esses dois conceitos, é hora de entender como usá-los nas suas imagens e como simular um efeito de luz dura ou suave. Nenhuma das iluminações é errada, ou pior que a outra, tudo depende do propósito da imagem e do efeito que você deseja causar. Quando usar a luz dura Esse tipo de iluminação é ótimo para mostrar o contraste entre o claro e escuro, dando uma ideia de mistério, de que há algo escondido nas sombras. É só pensar em cenas de suspense nos filmes, que também utilizam esses conceitos, na maior parte das vezes a iluminação é dura e com bastante variação entre luz e sombra. A luz dura traz a ideia de mistério e drama (Fonte da imagem: Ana Nemes) A sombra dura causa sempre uma impressão mais forte do que a luz suave. Isso não quer dizer que a luz mais difusa é ruim, mas se você pretende criar um impacto, é bom optar pela luz direta. Em fotos sensuais, é comum utilizar esse tipo de iluminação, principalmente quando se pretende realçar as curvas da modelo. Por mostrar contornos mais nítidos, a luz dura realça muitas vezes imperfeições e defeitos, portanto retratos feitos com esse tipo de iluminação devem ser bem produzidos, para que a fotografia não desfavoreça o modelo. Na fotografia do dia a dia, isso é bem nítido com o uso do flash, principalmente aquele embutido na câmera. Se você quiser uma pele mais bonita, experimente fotografar com uma iluminação mais suave (o flash é extremamente duro) e veja a diferença. Os efeitos da luz suave Se uma iluminação direta dá a ideia de mistério e força, a luz difusa é ótima para passar a impressão de delicadeza, fragilidade e calma. Aquele efeito de pele lisinha das revistas (além de uma ajudinha do Photoshop, é claro) é conseguido com a ajuda de difusores, que tornam a iluminação menos dura. A iluminação difusa ajuda a causar uma impressão de delicadeza (Fonte da imagem: Karin Mathilda) É comum vermos fotografias com cores em tons claros e cenas que mostrem pessoas felizes utilizando esse tipo de luz. Não quer dizer que a luz dura seja proibida em ambientes felizes, mas a iluminação suave pode funcionar melhor. Como criar esses efeitos nas imagens Todo o segredo da diferença entre luz dura e suave está no tamanho aparente da fonte de luz em relação ao objeto ou pessoa fotografada. Quanto maior for essa fonte de luz, mais suave é o efeito, e quanto menor, mais dura é a iluminação. Mas como isso é possível, se nós falamos que o sol pode ser fonte de luz dura e luz suave, e o tamanho dele é um só? Ou ainda, se o tamanho é que importa, por que os holofotes de um campo de futebol à noite formam sombras bem marcadas (luz dura) se eles são enormes? A resposta disso é que o tamanho da fonte de luz é relativo, isto é, depende do ponto de referência. Apesar de ser imenso, o sol está muito distante da terra, portanto do nosso ponto de vista ele é pequeno. Fontes de luz pequenas causam iluminação dura, com sombras marcadas. A mesma coisa para os holofotes de estádio, apesar de serem grandes, estão distantes do campo e se tornam aparentemente pequenos. Já em um dia nublado, as nuvens agem como difusores, espalhando a luz do sol etornando-a suave. É como se elas se tornassem uma extensa fonte única de luz, e isso faz com que o seu tamanho aparente seja grande. É por isso que em dias nublados nós vemos poucas sombras. Em um dia nublado, as sombras não são evidentes (Fonte da imagem: Ana Nemes) Para conseguir a luz dura, é fácil. Posicione a fonte de iluminação perto do modelo, ou objeto, e crie o efeito de sombras. Já para se conseguir uma luz suave, é preciso conhecer alguns truques adicionais. Nada complicado, porém. Uso de difusores Apesar de ser fácil falar que, colocando a luz longe do modelo, ela se torna suave, na prática isso não acontece da forma ideal. Isso por que se você afastar demais a iluminação, ela pode se tornar fraca demais para fazer diferença na imagem! Ai é que entram os difusores e refletores. Existem duas maneiras de “suavizar” a luz: filtrando-a ou rebatendo-a. Isto é, você pode usar um difusor, que age como se fosse uma nuvem para o sol, ou pode rebater a luz utilizando uma superfície clara e grande, como uma folha de cartolina ou a própria parede. No estúdio, as sombrinhas são utilizadas para suavizar a luz (Fonte da imagem: Simon Hrvojevic) Materiais translúcidos, como uma folha de papel vegetal ou um difusor profissional, funcionam bem para filtrar a luz. Já para rebater, podem ser usados outros materiais caseiros, como folhas de cartolina brancas, lâminas de isopor, paredes brancas etc... Para filtrar a iluminação, posicione o difusor entre a fonte de luz e o modelo ou objeto. Já para rebater, vire a luz de costas para o modelo e utilize o rebatedor para refleti-la. O uso de difusores pode ser feito em dias de sol, ao ar livre, para simular efeitos mais delicados. Uso no dia a dia Mesmo que você não queira fotografar de maneira profissional, conhecer esses conceitos de luz é algo importante para conseguir fotos melhores em qualquer situação. Seja um retrato de família ou um registro de um momento com os amigos, saber como conseguir uma melhor iluminação pode ajudar a criar uma foto na qual todos saiam mais bonitos. Não é preciso gastar muito dinheiro com iluminação, basta saber como usar o que você tem, e como aproveitar a iluminação existente com a ajuda de rebatedores e difusores. Fotografia: como tirar fotos em ambientes escuros sem usar o flash Entenda por que utilizar o flash, em alguns casos, pode ser prejudicial para a sua fotografia e aprenda a conseguir melhores resultados em ambiente com pouca luz, sem precisar utilizar esse recurso. Um dos maiores sonhos de todos os fotógrafos (além de equipamentos mais baratos) é ter a iluminação ideal sempre que for fazer uma foto. Isso é algo praticamente impossível, já que na maior parte do tempo, a iluminação é mais baixa do que o necessário e não se anda o tempo inteiro com um conjunto completo de luzes e rebatedores. Muitas pessoas utilizam o flash nessas situações, para compensar a falta de luz ambiente. Em alguns casos, não existe problema nenhum em se utilizar flash, porém, existem muitas ocasiões nas quais isso realmente não é indicado. Teatros e museus, por exemplo, proíbem o uso desse artifício, e a luz costuma ser bastante precária. O que fazer nesses casos? Em teatros e museus é preciso ter alternativas ao flash para que a foto não trema (Fonte da imagem: Ana Nemes) Existem diversos recursos que o fotógrafo pode utilizar, dependendo das circunstâncias e da quantidade de luz existente no local. Apoio, ISO e lentes são algumas das opções, porém antes de saber como se beneficiar desses artifícios, é preciso entender por que utilizar o flash é, muitas vezes, uma escolha errada. Quando o flash é um problema Fora o uso em teatros e museus, que é realmente proibido, existe casos nos quais fotografar com flash pode deixar a foto mais escura, ou pode tirar a atmosfera que se pretendia dar ao retrato. Por exemplo, uma fotografia noturna de um local com neblina, sem flash, fica com um ar misterioso, mas com o flash, é apenas uma imagem noturna. Em retratos com vários elementos, o flash pode "chapar" o modelo na frente, escondendo o fundo. Em retratos, o flash pode tirar a atmosfera que o fotógrafo quer passar para a imagem (Fonte da imagem: Ana Nemes) Outro problema são as imagens de paisagem. Utilizar o flash à noite em um ambiente muito grande, ou para fotografar uma paisagem, não é a melhor das ideias. O flash só é bom para os casos em que o objeto principal está em primeiro plano e o fundo não importa, pois ele vai iluminar tudo o que estiver em primeiro plano e isso fará com que o fundo não apareça. Logo, uma foto de paisagem noturna ficará escura se o flash for utilizado. Parece contraditório isso, mas é só pensar que o alcance do flash, principalmente dos que são embutidos na câmera, é muito curto. Quando a câmera bate uma foto com flash, os controles de velocidade e abertura são definidos para um ambiente com muita luz, já que, teoricamente, o flash dá conta de iluminar tudo. Portanto, o que não é iluminado pelo flash (geralmente isso acontece com o que está ao fundo) fica realmente mais escuro do que se a foto fosse feita sem flash, já que, dessa forma, os controles estariam ajustados para captar mais luz. Como tirar fotos nítidas com pouca iluminação O problema de não se utilizar o flash é o risco de tremer a imagem, já que o tempo de exposição é maior. Como já foi dito anteriormente, a velocidade mínima do obturador para que a fotografia fique nítida é aproximadamente 1/30 de segundo, e muitas vezes é preciso baixar esse valor ainda mais. Existem algumas opções para contornar isso, e nós veremos três delas: apoio, ISO e lentes. Utilize um apoio firme A primeira alternativa que se deve pensar ao fotografar algo com pouca luz é o apoio. Isso não quer dizer que você precisa de um tripé ou monopé, já que é possível utilizar qualquer superfície plana que seja firme. Em alguns casos, como lightpainting e outros tipos de fotografia de longa exposição, o apoio de um tripé, monopé ou superfície é o único recurso que o fotografo possui para que a foto fique nítida. Em lightpaintings, o apoio é essencial (Fonte da imagem: Ana Nemes) Em outras ocasiões, porém, o apoio não precisa ser algo externo. Existe uma maneira de segurar a câmera que dificulta que ela trema. Em vez de esticar os braços para segurar a câmera, procure deixá-los bem rentes ao corpo, com os cotovelos apoiados na cintura. Abra levemente as pernas, pois isso realmente ajuda no equilíbrio. Se você puder se apoiar em uma parede ou muro, melhor ainda. Essa técnica pode não ser infalível, mas ajuda muito! Configure o ISO Como nós falamos neste artigo, o ISO é uma ferramenta que serve para configurar a sensibilidade do sensor à luz. Quanto maior o seu valor, mais luz o sensor pode captar em menos tempo. Isso quer dizer que em ambientes mais escuros, se você utilizar um ISO maior, pode diminuir o tempo de disparo. Para retratos, ajuste o ISO para que o modelo não precise ficar estático durante tanto tempo que ele acabe se mexendo (Fonte da imagem: Ana Nemes) Então você pode estar se perguntando por que as pessoas simplesmente não utilizam o maior ISO sempre, já que ele tem resultados bastante expressivos nessa diminuição do tempo. O problema é que, para o sensor ficar mais sensível à absorção de luz, ele precisa abrir mão da sua qualidade máxima. Isto é, quanto maior o ISO, menor a qualidade da foto. Essa qualidade nada tem a ver com o número de megapixels ou com o tamanho da fotografia. O ISO afeta o detalhamento da imagem e quanto maior o seu valor, mais pontos granulados irão aparecer na foto. Isso é bem perceptível nas áreas mais escuras, que ficam cheias de pontinhos, chamados de “grãos”. Veja a diferença nasimagens a seguir: Com o aumento do ISO, a imagem perde o detalhamento e apresenta granulação (Fonte da imagem: Ana Nemes) É possível posteriormente diminuir esse ruído causado pelo ISO muito alto, porém, ele não vai sumir completamente. Para que o ISO seja usado efetivamente, então, é preciso pesar e ver se vale a pena perder um pouco de qualidade. Normalmente, definindo o valor para esse parâmetro em 400 ou 800 é o suficiente para que a qualidade não seja totalmente comprometida e a foto não fique tremida. As câmeras mais modernas possuem muito menos discrepância de qualidade para os diferentes valores de ISO, portanto você pode utilizar essa configuração sem peso na consciência. Sempre teste a sua câmera antes, no entanto, para não se decepcionar com o resultado posteriormente. Utilize uma lente “clara” Essa denominação é um pouco controversa, já que, essencialmente, ela está errada. Não existe uma lente “clara” ou “escura”, porém acostumou-se a falar dessa forma. Na realidade, o equipamento “claro” não é nada mais do que uma lente cujo diafragma possui uma maior abertura. A abertura do diafragma é o que define uma lente "clara" e uma lente "escura" (Fonte da imagem: Mohylek) Como nós já vimos anteriormente, quanto mais aberto o diafragma estiver, mais luz passa por ele em menos tempo, e a velocidade de disparo pode ser maior. O problema é que as lentes normais de uma câmera não permitem uma abertura muito grande, o que limita o ajuste do diafragma. Isso é medido em números F, e quanto menor o número, maior é a abertura máxima possível. Portanto, uma lente f/1.8 é bem mais “clara” do que uma lente f/3.5, já que a sua abertura máxima é maior. Um conjunto 18-55mm, aquele que normalmente vem com as câmeras dSLR, tem a abertura variando entre f/3.5 e f/5.6 (quanto maior a aproximação, menor a abertura máxima, por isso a variação), e não é, portanto, considerado como uma lente clara. O problema é que quanto maior for a abertura máxima, muito maior será o preço. Uma lente 18-55mm f/3.5-5.6 da Nikkor (fabricante das lentes da Nikon) custa aproximadamente 500 reais, se estiver nova. Já uma lente 17-55mm f/2.8, da mesma marca, custa em média 4.500 reais. Esse aumento considerável leva os fotógrafos a, muitas vezes, desanimarem de comprar um equipamento mais “claro”. Lentes são equipamentos caros, porém o investimento pode valer a pena (Fonte da imagem: divulgação/Nikon) É preciso pesar, no entanto, se isso não pode ser um bom investimento futuro. A agilidade que uma lente mais “clara” proporciona pode permitir que o fotógrafo consiga trabalhos melhores, compensando o valor pago. Para usuários de câmeras compactas, a troca de lentes é inviável, porém em alguns modelos, ainda é possível ajustar a abertura do diafragma. Em situações com pouca luz, utilize essa configuração manual para tentar ganhar em velocidade. Se necessário, use a compensação de exposição como um suporte adicional. Fotografia: como desenhar com a luz A técnica do lightpainting oferece opções criativas mesmo em condições muitas vezes ruins para fotografar. O lightpainting (pintura com a luz, em tradução livre) é uma técnica que tem – de certa forma – mais em comum com o desenho do que com a fotografia propriamente dita. Em um quarto escuro, ou ao ar livre durante a noite, o lightpainter usa fontes de luz portáteis – lanternas, chamas e LEDs, por exemplo – para desenhar no ar, e o sensor da câmera registra todos os movimentos. A imagem em si não é exatamente uma foto, mas um misto entre captura fotográfica e pintura. Para entender melhor, há algum tempo você viu aqui no Baixaki um tutorial sobre fotografia noturna em que se comentava sobre longa exposição. Foram mostradas duas imagens exibindo o movimento de fontes de luz como efeitos da fotografia como um todo. As luzes dos carros e dos malabares formam rastros sobre o cenário, linhas coloridas que complementam o resto da imagem. No lighpainting, por outro lado, o cenário – na maior parte das vezes – é secundário às luzes, tornando as linhas e o efeito ótico muito mais importantes para a composição como um todo. A luz como tinta Existem infinitas possibilidade de utilizar fontes de luz como ferramenta para o lightpainting. Porém a primeira escolha necessária para explorar essas opções é justamente qual fonte utilizar: lanternas, celulares e isqueiros são apenas as possibilidades mais óbvias e de fácil obtenção. Além da escolha da fonte, a técnica permite a exploração dos modificadores de luz – como papel celofane para colorir uma lanterna, por exemplo – para aumentar ainda mais o impacto dos efeitos na imagem final. A foto acima, por exemplo, foi feita utilizando um celular e um aplicativo que permite selecionar a cor da tela a cada instante. Nos ombros de gigantes A primeira imagem de lightpainting reconhecida na historia é obra de Man Ray, artista multimídia americano que, em 1935, gerou a obra “Space Writing” (escrita espacial). Outro nome famoso que também experimentou a pintura luminosa usando pequenas lanternas em um quarto escuro foi o pintor espanhol Pablo Picasso, que dizia estar “desenhando com a luz”. Fonte das imagens: Man Ray - San Francisco Museum of Modern Art / Picasso - Gjon Miller/VP Photo Gallery Ao lado da obra de Man Ray você pode conferir o resultado mais famoso do espanhol: a imagem “Picasso desenha um centauro no ar”. Como proceder? Quem decidir se aventurar com o lightpainting deve ter em mente que a prática é a maneira mais garantida de se obter boas imagens. Testar diferentes desenhos, fontes de luz e ambientes é essencial para encontrar a melhor forma de explorar a criatividade com a lanterna em punho. O equipamento fotográfico A técnica de pintura com a luz exige equipamento um pouco mais avançado. Câmeras com capacidade de longa exposição são essenciais, já que o desenho não é feito em frações de segundo. Assim, os modos de exposição de vários segundos ou mesmo o “Bulb” (quando a câmera mantém a exposição enquanto o disparador não for solto) facilitam muito a vida do pintor de luz. Dois acessórios também são grandes aliados do lightpainter: o tripé e o disparador remoto. O primeiro tem função de manter a câmera estática e na posição correta durante todo o tempo de exposição, enquanto o disparador – por cabo ou infravermelho – ajuda a diminuir vibrações na câmera e facilita realizar imagens mesmo quando se está sozinho. Fonte da imagem: Ana Nemes Outro ajuste manual extremamente recomendado é o de abertura. Como esse valor influencia na profundidade de campo, e no escuro realizar o foco é muito difícil, escolher o espaço aberto no diafragma da câmera pode garantir a obtenção do resultado esperado (ou acabar com uma imagem). Se as linhas que você quer devem ser finas e precisas, regule a abertura para valores altos (f/16 ou mais), obtendo assim profundidade de campo suficiente para manter o foco em distâncias variadas da câmera. Já se brilhos difusos e borrões de luz completam melhor a pintura desejada, valores de abertura mais baixos (f/4 ou menores) são mais indicados. Lembre-se de que aberturas de menor valor significam maior entrada de luz na câmera e, portanto, influenciam também no tempo de exposição. As fontes luminosas Velas, lanternas, e até mesmo o celular, como já foi citado anteriormente, podem ser utilizados como ferramentas para o lightpainting. Independente da iluminação utilizada, é importante prestar atenção a dois fatores antes de começar a desenhar: o tamanho e a cor da luz. Para se obter desenhos finos, com detalhes e linhas precisas, o ideal é utilizar fontes de luz pequenas e estáveis, como pequenas lanternas com LEDs únicos. Por outro lado, se a instabilidadedo traço pode acrescentar emoção e movimento ao desenho, fontes como velas e isqueiros – ou mesmo tochas, se disponíveis e seguras – merecem uma chance em frente à câmera. Quando a luz for proveniente de fogo, não há muito o que se possa fazer a respeito da coloração, já que tons vermelhos, laranjas e amarelos sempre serão predominantes. Porém, no caso de fontes de luz elétrica – LEDs, celulares e lâmpadas –, é possível explorar diferentes cores de acordo com o tema da imagem planejada. Para isso, celofane ou outros plásticos coloridos, papéis variados, tecidos ou mesmo o corpo podem servir como modificadores, alterando a cor ou a intensidade da luz. A foto acima, por exemplo, foi realizada com uma lanterna dotada de nove LEDs brancos um e um corpo plástico azul. Colocando a mão sobre a saída da luz, obteve-se as tonalidades vermelhas, enquanto o plástico é responsável pela maioria dos traços. Os riscos brancos são derivados de momentos em que os LEDs ficaram expostos à câmera. Nada impede que diferentes fontes luminosas sejam usadas em uma mesma imagem. A criatividade e a sensação que se pretende incluir no desenho é que devem forçar a escolha da natureza, quantidade e da coloração da luz. O resultado Quanto mais claro estiver o resultado na imaginação do lightpainter, maior a probabilidade da imagem sair como esperada. Planejamento, treino e paciência podem, muitas vezes, servir como garantia de que a pintura luminosa atinja os objetivos definidos pelo seu criador. Fonte da imagem: Ana Nemes Resumindo o processo Atendendo a pedidos, o Baixaki preparou uma lista mais rápida para a compreensão de como fazer imagens de lightpainting: 1. Em um ambiente escuro – uma sala com as luzes apagadas ou durante a noite em qualquer outro lugar – coloque a câmera no tripé ou outra superfície estável; 2. Regule a câmera para longa exposição (10 ou mais segundos, e se sua cÂmera parmitir, o modo "bulb"); 3. Inicie a exposição e realize o desenho desejado em frente à câmera com a fonte luminosa escolhida; 4. Quando o tempo de exposição terminar, ou o desenho for realizado, confira na câmera se a imagem foi realmente captada. 5. Repita até obter o resultado desejado. ..... Seja um desenho específico ou um amontoado aparentemente aleatório de riscos, o lightpainting sempre será de maior qualidade quando não for feito “na louca”. Escolher bem as fontes de luz, determinar movimentos e configurar corretamente a captura permitem ao fotógrafo-pintor-desenhista a condição ideal para se expressar com a técnica. Um excelente exemplo disso você pode conferir neste site do grupo alemão “Light Art Performance Photography” (fotografia performática de arte luminosa). O grupo é um coletivo artístico que cria – através do lightpainting – cenas dignas de filmes de ficção científica e de fantasia, usando várias fontes de luz diferentes e muita criatividade. Inspire-se! Como fotografar céus estrelados Você sabia que é possível fotografar planetas, constelações e até um "braço" da Via Láctea com equipamentos que você pode ter em casa? Veja um tutorial de como capturar as melhores fotos do céu! Veja dicas de como conseguir capturar as estrelas no céu com o máximo do seu brilho! (Fonte da imagem: Ben Canales) Um grande desafio para fotógrafos iniciantes é capturar boas imagens do céu à noite, já que para isso é preciso um conhecimento técnico de configurações como ISO, exposição e abertura. Porém, esse desafio aumenta ainda mais quando o objetivo da fotografia é destacar as estrelas de uma forma especial, criando o que alguns profissionais da área têm chamado de “astrofotografia”. Esse nome geralmente era usado para descrever tanto as imagens tiradas no espaço por satélites, quanto fotos batidas em terra por câmeras adaptadas com equipamentos de observação espacial, porém, mais recentemente, o conceito foi expandido. Atualmente, não é preciso um equipamento muito avançado para capturar uma imagem de um braço da Via Láctea, por exemplo, e isso pode ser mais fácil do que parece. É possível fotografar a Via Láctea com câmeras semiprofissionais, sem precisar de lentes especiais (Fonte da imagem: Ben Canales) Para fazer isso, é preciso um conjunto de fatores como local e condições meteorológicas, além de uma boa dose de paciência, mas os resultados valem a pena. Os equipamentos necessários são um tripé, se possível um controle de disparo remoto (contudo, isso não é obrigatório) e uma câmera que tenha ajustes manuais de ISO, exposição, abertura e foco. Se você possuir uma máquina dSLR e várias lentes à disposição, prefira as grande e médias angulares, entre 10 e 20 mm. Passo 1 - A escolha do local e da data Apesar de ser possível fotografar algumas estrelas no quintal de casa, se você quiser realmente capturar uma imagem que mostre o céu como ele é de verdade, é preciso se distanciar da cidade, já que a luz das casas e postes nos impede de enxergar isso. Quanto mais afastado e escuro o local for, melhor, mas é preciso tomar cuidados com a segurança também! Escolha um local já conhecido e que tenha uma vista ampla, como um campo aberto ou um lugar alto, por exemplo, o topo de uma montanha. Se for preciso, acampe por lá durante a noite para conseguir imagens de diferentes momentos da madrugada. Veja também se as cidades em volta não iluminam demais o horizonte, pois isso pode prejudicar as imagens. Se for preciso, aponte a câmera para um ponto no qual não existam cidades ou fontes de luz ao longe. Evite o brilho das cidades próximas e, em último caso, abrace isso como parte da paisagem (Fonte da imagem:Ben Canales) Tão importante quanto escolher um bom local é decidir a data da captura, pois se você quiser fazer isso em um dia nublado, por exemplo, não será possível enxergar muito, já que as nuvens ficarão na frente das estrelas. O ideal é um céu aberto, portanto olhe a previsão meteorológica para a região antes de sair de casa. Não desanime se você precisar mudar de planos de última hora, pois é melhor adiar a sessão de fotos do que se frustrar com o resultado. Outro detalhe importantíssimo, e que é preciso observar, é a fase da Lua. Se você quiser fotografias melhores, priorize as noites de Lua nova, minguante ou crescente, quando ela está menos brilhante. A Lua cheia ilumina muito o céu e isso faz com que o seu brilho atrapalhe a captura de imagens das estrelas. Tenha isso em mente ao escolher a data da sua saída fotográfica! Esse brilho não é o sol, e sim a iluminação de uma cidade combinada com as nuvens, que agem como difusores de luz no céu (Fonte da imagem: Ben Canales) Passo 2 - Reconhecimento do céu Você escolheu um local sem iluminação artificial próxima, plano e alto, em um dia que o céu está sem nuvens, mas chegando lá não conseguiu ver as estrelas, como é possível ver nas fotografias. Não se desespere, isso é normal! O olho humano não consegue enxergar o céu como em imagens de longa exposição, então precisamos de uma ajudinha da tecnologia para reconhecer o céu à nossa volta e saber para onde apontar as lentes. Existem dois meios de fazer isso, e é recomendado fazer os dois. O primeiro é estudar um pouco a região antes de sair de casa, para saber o que é possível enxergar no céu naquele ponto. Sites com mapas das estrelas podem ajudar, e um conhecimento básico de astronomia é de grande utilidade. Com um conhecimento básico de astronomia, é possível conseguir boas imagens como essa! (Fonte da imagem:Brett Sargeant) Já no local, você pode usar um aplicativo no seu telefone para conseguir ver o que pode ser fotografado de especial na região. Se você tem um iPhone ouiPad, use o Star Walk, e se você possui um Android, pode usar o Google Sky Map. Aponte o seu telefone para o céu e os dois aplicativos mostram informações sobre o que você está vendo! Depois de fazer isso, é a hora de testar o enquadramento com a câmera, usando-a como um “olho avançado” para fazer a observação. Tire fotografias de teste, mudando o ângulo e a posição da câmera para tentar achar uma boa composição. Não se preocupe tanto com o resultado agora, essas fotos são apenas uma prévia. Não se preocupe com a qualidade das imagens ainda, só é preciso encontrar o enquadramento correto (Fonte da imagem: Ben Canales) Os ajustes da câmera nessa hora devem priorizar a entrada de luz, portanto coloque o ISO no máximo, abra o diafragma o quanto puder e escolha a maior exposição antes do modo Bulb. Coloque a máquina no tripé e escolha o foco manual ajustado para o infinito (se isso não funcionar, aproxime o foco lentamente até achar o ponto certo). Uma dica é usar o temporizador com 2 ou 10 segundos (de acordo com a possibilidade da sua câmera) para que, quando você aperte o disparador, o leve movimento que isso gera não afete a foto. Com o controle remoto isso não é necessário, pois nem é preciso encostar na máquina para disparar a foto. Veja as imagens de teste e escolha uma posição no céu que mostre o máximo possível de estrelas e fuja do brilho das cidades por perto (a menos que isso faça parte da composição). Ajuste o alinhamento do tripé para deixar o horizonte reto e agora você está pronto para a captura das imagens. Não se apresse nesse segundo passo, teste todas as possibilidades antes de continuar. Passo 3 - Tudo pronto para fotografar Resultados assim são obtidos com muitas tentativas e treino! (Fonte da imagem: Ben Canales) Você está no local ideal, com um céu limpo e um bom enquadramento. Mais da metade do trabalho já foi feito, agora é só não perder o foco (ou a paciência) na reta final. Antes de continuar, configure a sua câmera para o modo RAW, se isso for possível, para que você tenha uma imagem totalmente editável posteriormente. Se a sua câmera não possui essa opção, escolha a maior qualidade e tamanho possíveis. As configurações da câmera não variam tanto dos disparos de teste para esse. A abertura continua sendo a máxima possível e não é necessário mexer no foco. O balanço de cores pode ser ajustado para o modo semimanual, aquele que você escolhe um dos ajustes pré-programados. Normalmente, o modo "daylight" (esse nome não é fixo, cada câmera tem uma nomenclatura), aquele que possui o ícone de um sol, deve funcionar bem. Você pode usar elementos da paisagem para compor a cena criativamente, como esse celeiro foi usado (Fonte da imagem: Doug Klembara) O ISO deve ser diminuído do que foi usado nos testes, para evitar uma fotografia muito pixelada ou clara demais. Escolha um valor entre 2000 e 4000, se a noite estiver totalmente escura, ou procure um valor menor (acima de 800, no entanto) se houver iluminação suficiente. Como você vai tirar mais do que uma foto, experimente valores diferentes para variar. O ajuste mais importante agora é a abertura, pois isso define que tipo de foto noturna você vai obter. Como você sabe a Terra não está parada e isso faz com que, para nós, as estrelas pareçam estar se movendo. Se a exposição for muito longa, esse movimento vai ser aparente nas imagens, portanto é preciso calcular o tempo máximo através de uma conta simples. Com exposições muito longas, as estrelas fazem um trajeto no céu e parecem estar caindo (Fonte da imagem: Ben Canales) Você precisa pegar o valor da distância focal usada e dividir o número 600 por ele. Por exemplo, se você estiver usando a lente em 20 mm, faça 600/20 e o tempo resultante será 30 segundos. Quanto menor o valor da distância focal, mais tempo de exposição máxima você terá e, por consequência, poderá usar um ISO menor, aumentando a qualidade da fotografia. O único problema é a distorção característica das lentes grande angular, portanto tente usar o valor mínimo de 10 mm (máximo de tempo = 60 segundos). Se você não possui um disparador remoto, trabalhar com exposições maiores do que 30 segundos é inviável, tendo em vista que você teria que ficar segurando o botão no modo Bulb e isso provocaria movimento na foto. Com um controle remoto, é possível trabalhar com valores altos e conseguir resultados incríveis, inclusive do movimento das estrelas. E lembre-se: quanto maior o tempo, menor o ISO. Faça testes e encontre o balanço ideal! Esse tutorial foi baseado nas dicas de como fotografar o céu estrelado feitas por Ben Canales, fotógrafo especializado nesse tipo de captura de imagem e ganhador de um prêmio de fotografia da National Geographic em 2011. Para conhecer melhor o trabalho dele, acesse o seu flickr e o seu site, no qual você encontra mais dicas como essas e muitas fotografias inspiradoras. Fotografia: como fotografar seus pratos favoritos Quer divulgar as delícias que faz na cozinha? Anote estas dicas do Baixaki para tirar boas fotos de seus pratos e deixá-los ainda mais apetitosos! Se você adora inventar novas receitas ou criar pratos bonitos, cheios de enfeites e detalhes, provavelmente também gosta de registrar o que produziu. No entanto, fotografar alimentos pode ser uma tarefa um pouco mais complexa do que parece. Mas não se preocupe! Selecionamos algumas dicas que podem ajudar você a fotografar as delícias da cozinha de maneira simples, mas com um resultado muito bom. E nada de câmeras profissionais e luzes de estúdio! É possível ter uma boa foto com a sua pequena câmera compacta. Prepare o prato e o cenário! Qual parte fotografar? Antes de sair fotografando, vamos lembrar que para cada tipo de comida existe uma foto que é mais apropriada. Por exemplo: se você fez um bolo não decorado – como uma Nega Maluca – o ideal é fotografar apenas um pedaço do bolo, pois assim é possível ver mais detalhes da cobertura, do recheio e da massa. No caso de doces, tortas e bolos enfeitados –como os de casamento – uma foto que mostre o produto final inteiro é interessante e chama bastante atenção. Mas e um prato de comida? O famoso “arroz, feijão, bife e batatas-fritas”? Para refeições completas o ideal é produzir o prato, fazendo com que a disposição dos alimentos fique bonita e elegante. Escolha um local bem iluminado Depois de definir qual será o assunto da foto – se pedaços, alimentos separados, ou um prato super enfeitado – escolha o local para fotografar. Em fotos de alimentos, em especial com câmeras compactas, o ideal é não fazer uso do flash. Como a iluminação do flash de câmeras simples não possui regulagem há uma grande chance de que a imagem fique chapada, perdendo o contraste. Além disso, o fundo pode ficar escuro, escondendo boa parte dos detalhes. A diferença entre a imagem sem e com flash. Portanto, prefira fotografar de dia e utilize luz natural, vinda de uma janela ou fotografe do lado de fora da casa. É possível sim fazer uma boa foto de alimentos utilizando o flash, mas isso requer um pouco mais de conhecimento técnico sobre a câmera e sobre fotografia. Uma dica bacana é produzir o reflexo da luz. Caso você utilize a luz vinda da janela, por exemplo, um lado do prato pode ficar na sombra. Para resolver isto, utilize um papel branco ou pedaço de isopor para refletir a luz de volta no alimento, como no exemplo ao lado. O cenário também é importante! Outro detalhe que faz toda a diferença entre uma foto de boa ou má qualidade é o cenário. Pensando em uma fonte de luz natural, é possível escolher um local bem iluminado de sua cozinha, ou uma mesa,com uma toalha bonita. Perceba que muitos detalhes ao fundo da fotografia – como uma toalha super estampada – podem tirar atenção do foco principal que é o alimento. Uma outra dica é utilizar uma cartolina para produzir um fundo infinito. Você coloca o papel apoiado na mesa e cola uma parte na parede, para reproduzir um efeito como na foto abaixo: Composição da foto Para uma foto bonita, todo detalhe é importante! Por esta razão, pense bem no ângulo que vai fotografar. É interessante não deixar espaços em branco, preenchendo a foto com a imagem do alimento. No caso de um prato produzido, é possível fotografar ele inteiro ou selecionar pequenos detalhes para os quais deseja chamar atenção. Se você quer fotografar um docinho, por exemplo, pode fazer uma boa foto com vários doces e preencher a imagem, ao invés de fotografar só um. Pratos, travessas ou pedaços de comida muitos grandes são mais difíceis de fotografar e, principalmente, de captar detalhes. Se você optar pela simplicidade e por pratos menores, a chance de sucesso é maior. Fotografe a vontade! Esperamos que estas dicas ajudem a registrar suas pequenas obras de arte na cozinha. E se você tem uma ótima receita, não esqueça de compartilhar enviando para o Tudo Gostoso. E com belas fotos! Fotografia: como tirar fotos de paisagens Fotografar paisagens e lugares abertos é um desafio, e é preciso saber alguns truques para conseguir imagens mais chamativas. Aprenda algumas dicas para deixar as suas paisagens muito mais bonitas! Quem nunca se decepcionou ao ver uma fotografia mediana de um lugar que parecia tão lindo ao vivo? Isso acontece bastante, principalmente por que a beleza de uma paisagem é muito difícil de ser passada para uma imagem estática, já que ela envolve muito mais do que apenas o visual bonito. Porém, algumas técnicas simples podem ajudar na hora de escolher como fazer a fotografia. O que faz uma fotografia de paisagem se destacar? (Fonte da imagem: Cuba Gallery) Dentre vários fatores que determinam se uma foto é boa ou não, para a fotografia de paisagens existem três deles que são essenciais: um bom enquadramento, o fator surpresa e um tratamento final que valorize mais a imagem. Recortando a paisagem Um dos principais motivos por que as imagens de paisagem não ficam tão bonitas como quando são vistas pessoalmente é que, quando recortamos a vista dentro de uma fotografia, limitamos o olhar das pessoas para uma parte apenas do que estávamos vendo. É por isso que saber escolher bem os pontos de recorte é essencial. Lembre-se sempre da regra dos terços quando for fotografar uma paisagem, isso ajuda na hora de escolher o que fotografar, qual enquadramento fazer e o que deixar de fora. Veja se você quer mostrar mais o céu ou não, incline a câmera, experimente novos pontos de vista. Não pense na paisagem como você está vendo, pois na câmera ela ficará bem diferente. Uma dica é observar a paisagem diretamente no visor, para que se tenha uma ideia mais clara de como o resultado final ficará. Uma fotografia de paisagem simples não tem muitos atrativos e, por isso, ela deve conter algo que chame a atenção. O enquadramento ajuda nisso, já que ele indica o que é importante e o que vale a pena ser olhado. Relembre um pouco da regra dos terços neste artigo e veja como usar as linhas retas e curvas ao seu favor para enriquecer as suas imagens. Use as curvas da paisagem a seu favor (Fonte da imagem: Cuba Gallery) Uma dica: para saber quanto do céu você vai pegar, leve em conta dois fatores, as nuvens e a proposta. Um céu com nuvens grandes e aparentes ganha destaque posteriormente na hora da edição final e não deixa a imagem “lavada”. Porém, em alguns casos, o céu completamente limpo pode ficar bom, dependendo da proposta. Em uma imagem desértica, por exemplo, ele passa a ideia de infinito, o que pode contribuir com o propósito da foto. Surpreenda o olhar Esse passo é, sem dúvidas, o mais importante. É o elemento surpresa que vai impactar e chamar a atenção de quem for ver a sua fotografia. Não existe uma lista com objetos e efeitos que você deve usar para causar isso, mas é só pensar que algo na imagem precisa surpreender. O contraste das flores com a neve ao fundo pode ser considerado um elemento de destaque (Fonte da imagem: Cuba Gallery) O seu elemento surpresa pode ser uma iluminação pouco usual, a neblina, uma onda no mar, linhas retas ou curvas, um objeto ou planta diferenciado, o arranjo das nuvens no céu, uma coloração impactante, um lens flare etc... Não importa o que for, a atenção precisa ser capturada para que a fotografia se torne chamativa. Você pode utilizar a regra dos terços e o enquadramento para capturar esse elemento de destaque e deixá-lo mais visível, além do que, ele não precisa ser nada palpável. O que não pode acontecer é a fotografia ficar monótona, lavada. Na hora que você está vendo, é possível ver detalhes, árvores interessantes, cores diferentes, mas a câmera tende na “chapar” isso tudo, esconder os menores detalhes e unificar as cores. Use a luz natural para transformar paisagens simples e imagens chamativas (Fonte da imagem: Cuba Gallery) Não quer dizer que você não possa bater uma fotografia simples, mas se a paisagem não possuir muitos atrativos, tente arrumar isso com o enquadramento e com o ângulo de visão. Outro fator importantíssimo é o horário. As melhores fotos de paisagem são feitas não quando o sol está alto, mas nos extremos do dia. Desse modo, acorde cedo, explore o ambiente, caminhe bastante para descobrir os melhores pontos de vista e algumas surpresas no caminho. É claro que é possível fotografar uma paisagem que você está vendo pela primeira vez, mas quanto mais familiarizado você estiver com o ambiente, melhor você poderá capturá-lo. O elemento surpresa do qual nós tanto falamos aqui pode ser, inclusive, uma alteração na profundidade de campo. Se engana quem acha que fotografias de paisagem precisam ter uma profundidade de campo enorme. Brinque com a profundidade de campo para criar imagens incríveis (Fonte da imagem: Cuba Gallery) É claro que isso não é tão perceptível como em uma foto macro, mas é possível brincar com esse efeito, sim. Mexa manualmente nos valores da abertura do diafragma para desfocar levemente o fundo ou os elementos mais próximos da foto. O toque final Existem dois ajustes que podem fazer toda a diferença em uma fotografia de paisagem: as cores seletivas e os níveis. Neste artigo nós falamos um pouco sobre as duas ferramentas, porém existem muitas possibilidades que podem ser exploradas além do que foi comentado, principalmente no ajuste de cores. Ferramenta de cores seletivas (Fonte da imagem: Baixaki) Abra a imagem no Photoshop e vá em Image > Adjustments > Selective Colors. Essa ferramenta é ótima, pois ela mexe separadamente com cada canal de cores da foto. Isto é, você tem muito mais controle sobre cada parte da imagem, sem precisar alterar a sua coloração por inteiro. Escolha um canal entre os nove disponíveis: “Reds” (vermelhos), “Yellows” (amarelos), “Greens” (verdes), “Cyans” (cianos, os azuis mais claros), “Blues” (azuis mais escuros e fechados), “Magentas” (tons de rosa), “Whites” (brancos, as áreas claras da foto), “Neutrals” (tons neutros) e “Blacks” (pretos, as áreas mais escuras da foto). Os seis primeiros canais mexem apenas nas partes da foto que contêm as suas cores. Você pode então balancear cada tom, adicionando mais amarelo ou ciano, ou retirando esses tons, por exemplo. Brinque um pouco com a ferramenta para entender como a alteração tem efeito. Resumidamente, funciona assim: cada canal de cor da foto possui em si todas as outras cores e cabe a você escolher a quantidade de cada
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