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técnica fotográfica

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IMAGEM E CONSTRUÇÃO 
SOCIAL 
 
AULA 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof.ª Sionelly Leite da Silva Lucena 
 
 
 
CONVERSA INICIAL 
Hoje, vamos discutir a evolução tecnológica – e social – da fotografia, além de 
alguns princípios técnicos que tornam a captura e o desenho pela luz possível. Para 
isso, você deverá se familiarizar com alguns nomes, como ISO, obturador e diafragma, 
o que chamamos de tríade básica da operação da câmera fotográfica. Sem os ajustes 
corretos desses recursos, sua fotografia poderá ficar superexposta “estourar” – como 
chamamos quando entra luz em excesso no sensor da câmera – ou subexposta – 
escura, ou seja, sem brilho e luz. 
 
Começaremos nossa aula apontando alguns aspectos da trajetória evolutiva da 
captura fotográfica, e os efeitos repercutidos no olhar do século XIX, tendo em vista a 
expansão e massificação do equipamento fotográfico. Em seguida, vamos analisar 
composição, enquadramento, a tríade básica e iluminação básica. Pronto para 
conhecer mais sobre fotografia? 
CONTEXTUALIZANDO 
Fotografia é ponte entre o passado e o presente e, nesse traço de construção, é 
importante o domínio técnico e a consciência das escolhas no momento do click. Os 
fundamentos básicos da fotografia estão baseados no controle da luz que pode ser 
feito por, no mínimo, três ajustes diferentes: ISO, diafragma e obturador – o que 
chamamos de tríade básica da fotografia. Vamos entender como esses processos 
somados são importantes para a construção da fotografia? 
Pesquisa 
Confira os temas que serão tratados nesta aula: 
1. A idade da luz: a história da câmara escura 
2. Técnica fotográfica 1: composição e enquadramento 
3. Técnica fotográfica 2: ISO, obturador e diafragma 
4. Técnica fotográfica 3: foco e white balance 
5. Técnica fotográfica 4: iluminação 
TEMA 1 – A IDADE DA LUZ: A HISTÓRIA DA CÂMARA ESCURA 
Em plena era vitoriana (1838 a 1901), no século da expansão de diversos meios 
e auge das transformações da sociedade, vieram as máquinas a vapor, as estradas de 
ferro, o telégrafo, as comunicações e também nascia a fotografia. O primeiro registro 
fotográfico da história – a primeira fotografia permanente do mundo – foi um registro do 
francês Joseph Nicéphore Niépce (1765 – 1833), em 1826 ou 1827, em uma 
 
 
experiência batizada como heliografia, processo que faz gravação da imagem com a 
luz do sol. 
 
Foram exigidas cerca de oito horas de exposição para fixar a paisagem vista da 
janela da oficina de Niépce, e, como dá para ver na Figura 1, a qualidade era 
baixíssima. 
Figura 1 – Considerada a primeira fotografia da história, imagem fixa em processo de 
heliografia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Crédito: Joseph Nicéphore Niépce/CC/DP. 
Sabemos que a fotografia, como invenção, não teve um único nome, nem surgiu 
do dia para a noite. Ela é uma síntese de descobertas físicas e químicas que vão da 
Antiguidade aos tempos contemporâneos, até a chegada a essa foto de Niépce. 
 
Para citar alguns nomes, temos: 
• Aristóteles (384-322 a.C.), que observou a qualidade de projeção da imagem 
do sol em um eclipse parcial, imagem que se projetava no chão, ao passar 
através de um furo em uma folha de árvore. Isso daria início aos estudos do 
diagrafma, componente importante para captura da luz. Em seus registros, há o 
primeiro apontamento para a câmara escura: uma caixa vedada à luz em que 
ele observou que, se for colocado algum objeto/cena em frente a ela, na parede 
oposta ao furo da caixa, será projetada uma imagem menor e invertida, 
refletindo o objeto. 
 
• Leonardo da Vinci (1452 – 1519) : além do filósofo grego, outro importante 
nome que utilizava a câmara escura para projeção em seus desenhos foi o 
pintor italiano. Há também apontamentos e notas do pintor sobre seus 
experimentos com a câmara escura. 
 
 
Figura 2 – Câmara escura: a imagem é observada menor e invertida 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Crédito: CC/DP. 
• William Henry Fox Talbot (1800 – 1877): em experimentações químicas, na 
tentativa de fixar a imagem, o inglês desenvolveu o sistema positivo e 
negativo da fixação da imagem, batizado de calotipo, o que permitia a 
duplicação da imagem em larga escala. 
Outro grande nome é o do francês Louis Jacques Mandé Daguerre (1781 – 
1851), que batizou sua invenção como daguerreótipo, embora os experimentos 
tivessem sido trabalhados junto a Niépce. Criado em 1837, o daguerreotipo, fabricado 
por Alphonse Giroux, foi o primeiro equipamento fotográfico produzido em escala 
comercial. Apresentado publicamente em 1839, na França, país que havia financiado 
Daguerre em seus experimentos. No mesmo ano, o governo francês declarou o invento 
como domínio público. Com o daguerreótipo, é acelerado o tempo de exposição, 
possibilitando a produção de retratos mais rápidos – antes, pela longa exposição, o 
fotografado precisava ficar imobilizado por minutos, às vezes com a ajuda de um 
aparato de ferro que o prendia na cintura, alinhava o tronco e segurava a cabeça, para 
não “borrar” a foto. 
 
Tudo para a fotografia não sair tremida, devido ao longo tempo de exposição. 
Para que toda essa estrutura não aparecesse, o cenário era disfarçado com cortinas, 
os modelos vestiam roupas volumosas, e outros elementos na composição da foto, 
para remeter à naturalidade. Já os olhos, que não ficam imóveis por muito tempo, 
precisavam ser retocados à mão, normalmente com lápis nanquim. Como os primeiros 
retratistas eram pintores, eles sabiam muito bem o trabalho a ser feito. 
 
No Brasil, o pioneiro da fotografia foi Antoine Hercule Romuald Florence (1804 
– 1879). Em 1832, começou a investigar as possibilidades de fixação da imagem, por 
meio da câmara escura e experiências fotoquímicas, o que dá origem a imagens que 
ele batiza de photographie, em 1833. 
 
 
 
Foi com as objetivas desenvolvidas por Joseph Maximilian Petzval (1807 – 
1891), 16 vezes mais luminosas, que o tempo de exposição cairia de 15 minutos para 
algo em torno de 30 segundos. Com o processo mais rápido, a partir de 1842, foram 
abertos os primeiros estúdios fotográficos especializados em retratos, que foram um 
sucesso. A sociedade posava para ser mostrada em suas organizações sociais e 
políticas, como já aconteciam com as pinturas, só que bem mais rápido do que posar 
para um quadro. Aliás, os primeiros retratos, pagos pela alta classe burguesa da 
França, quase sempre buscavam referências de pose, luz e composição na pintura – 
esta, que marca o início das artes visuais, assim como parte da linguagem da 
fotografia. 
A partir da câmera de filme 35mm (milímetros), lançada em 1888, desenvolvida 
por George Eastman, a fotografia se torna mais acessível, mais barata e de fácil 
manuseio. 
Surge também a fotografia instantânea, lançada em 1948 por Edwin Land. Esse 
tipo de fotografia/câmera ficou conhecida como Polaroid. 
A tecnologia digital, por sua vez, produziu as primeiras imagens em 1965 e foi 
comercializada a partir de 1981, sendo considerado um ponto de ascensão da 
fotografia, estando cada vez mais acessível, ágil e sofisticada. Cada vez menores, os 
equipamentos estão também cada vez mais rápidos, tanto no processo de captura 
quanto no de compartilhamento com outras pessoas. Acessível na palma das mãos, 
nos celulares, smartphones e tablets, o registro fotográfico – do ponto de vista técnico – 
está cada vez mais simples, bastando um toque do indicador na tela do aparelho, e a 
imagem está pronta para ser compartilhada em redes sociais que reúnem milhões de 
pessoas do mundo inteiro. 
Mas é preciso pensar também na evolução do olhar, numa busca pela 
compreensão e apreciação das cenas do mundo. O “velho” álbum fotográfico se 
transforma. Armazenando lembranças, antes, abertas em encontros familiares e/ou 
com amigos mais próximos, que se acomodavam à sala de estar, rodeando as fotos e 
suas respectivas histórias; atualmente, essesregistros vão parar facilmente em 
computadores e outros aparelhos, acessíveis a quase todos que queiram ver e até 
participar de comentários e recados. 
 
Assim, seja um recorte de um fato noticioso, uma contemplação de uma 
paisagem, um registro documental, a fotografia narra uma parte da história e acomoda 
valores, participando da construção social e histórica, mediando conhecimento e 
informação, como também entretenimento e prazer, tragédias e ciência. 
 
 
TEMA 2 – TÉCNICA FOTOGRÁFICA 1: COMPOSIÇÃO E ENQUADRAMENTO 
Um dos atributos da técnica fotográfica é o recorte, ou seja, o espaço que será 
demarcado como a área fotográfica, cobrindo o assunto selecionado para compor a 
imagem. Nessa escolha, há dois aspectos a ser considerados: composição e 
enquadramento. 
 
Vamos começar relembrando esses aspectos, que foram citados nas 
possibilidades técnicas e estéticas da imagem. Relembrando, portanto: 
composição: é a forma como os elementos da imagem são dispostos, 
distribuídos dentro do frame; 
 
enquadramento: é o recorte do quadro, que pode ser na vertical, na 
horizontal ou na diagonal. 
Nas possibilidades de escolhas para esses pontos, a imagem surtirá efeitos 
diversos, já que a imagem tem sua linguagem, recepção, significação, contexto etc., 
que lhe são próprios. Vamos exemplificar isso fazendo algumas análises fotográficas. 
Figura 3 – Exemplo de composição 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Créditos: Orla/Shutterstock. 
Na Figura 3, vemos três velas acesas em um recipiente. O fundo e a superfície 
têm aspecto liso e brilhoso, trazendo o efeito de reflexo de patê de uma das velas. 
Sobre a composição da imagem, pode-se destacar o posicionamento dos elementos, 
que estão mais à direita da imagem; todos estão postos de forma harmônica e sem 
desproporções geométricas ou de textura. O enquadramento foi tomado em linha reta, 
ou seja, em frente aos elementos, na horizontal, para dar uma sensação de 
prolongamento dos objetos, principalmente ao recipiente onde se encontram as velas. 
 
Já na Figura 4, temos um buquê de flores no centro da imagem. A fotografia foi 
tomada, assim como a Figura 3, também na horizontal, dessa vez, aproveitando as 
 
 
laterais do ambiente, com as flores e cores, que se destacam ao contornar a imagem. 
A tomada foi de baixo, com a câmera posicionada quase no chão, para enfatizar o 
elemento principal no primeiro plano. 
Figura 4 – Exemplo de enquadramento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Créditos: Photosite/Shutterstock. 
Uma boa dica para composição e enquadramento é a regra dos terços, que 
consiste em dividir a cena/elementos da imagem em duas linhas horizontais e duas 
linhas verticais. Os quatro pontos de interseção nessas quatro linhas são os pontos 
onde os nossos olhos concentram maior atenção. Em muitos casos, o ideal é manter o 
assunto principal em algum desses pontos, o que chamará mais a atenção, ou seja, 
centralizar o elemento da foto não significa uma foto mais equilibrada. Esse recurso 
não é privilégio das câmeras fotográficas, hoje em dia, celulares vêm com essas linhas 
no visor, para ajudar na hora do clique. Confira a figura 5 a seguir: 
Figura 5 – Exemplo do uso da regra dos terços 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Créditos: Preto Perola/Shutterstock. 
 
 
TEMA 3 – TÉCNICA FOTOGRÁFICA 2: ISO, OBTURADOR E DIAFRAGMA 
Para se trabalhar a técnica fotográfica no modo manual do equipamento, há que 
se entender o que pode ser chamado de tríade básica, que seria o controle de luz 
pelo uso do obturador, do diafragma e do ISO. O controle desses três pontos 
técnicos permite o controle da exposição do sensor/filme à luz, e assim, portanto, a 
quantidade necessária de luz para fixar a imagem na superfície exposta. Se exposta a 
muita luz, dizemos que a fotografia foi superexposta e, caso a exposição à luz seja 
insuficiente, dizemos que a imagem foi subexposta. 
 
 
Subexposta Superexposta 
 
------------------------------------------ Luz ++++++++++++++++++++++++++ 
 
 
Mas para entender o controle e a dosagem de luz necessária para a formação 
da imagem no sensor/filme, partimos, então, para o estudo da tríade básica, que 
equilibra e dosa a luz: 
 
Obturador: é equivalente a uma janela que abre e fecha, a partir do comando 
em que se programa o tempo de abertura dessa janela. Pode-se expor o sensor/filme 
a um tempo mais longo ou mais curto de exposição, alternando a dosagem de luz e a 
velocidade com que o registro será capturado. Junto ao diafragma, o obturador compõe 
os olhos da câmera. Conforme visto nas possibilidades técnicas e estéticas da imagem, 
podemos ter: 
a) velocidade alta, o que congela os elementos que estão em movimento diante 
da câmera; e 
 
b) velocidade baixa, que, por sua vez, borra os elementos que se movem. 
Diafragma: é uma estrutura da lente formada por várias lâminas metálicas que 
regulam a entrada de luz, assim como se comporta a íris do olho humano. A abertura é 
medida em um valor numérico, o f/stop, sempre antecedido por um “f/” (f/2, f/5.6, f/16, 
por exemplo). A abertura se refere à profundidade de campo e à nitidez da imagem, 
no que se concentra a abertura do diagrama, que são hastes que se fecham em 
formato de espiral. Quando se ajusta o f/stop, está se aplicando o tamanho da abertura 
dele, que pode variar entre a abertura máxima, que é 1, e a mínima, que varia de 
equipamento para equipamento, mas geralmente vai de 22 a 44. 
 
 
 
Fonte: <http://www.rupestreweb.info/fotografiaarterupestre.html>. 
ISO: o ISO, antes chamado de ASA, por sua vez, refere-se à sensibilidade da 
exposição do sensor/filme. Quanto maior a sensibilidade, mais luz será recebida pelo 
sensor/filme. Para esse ajuste, é indicado para lugares que possuam pouca 
luminosidade, como algumas ruas à noite, ou ambientes fechados. Já a menor 
sensibilidade é indicada para lugares muito luminosos, ou para que a imagem não 
possua seu “grão” ampliado. 
 
Para entender esses três conceitos técnicos aplicados, vamos analisar as 
imagens a seguir: 
Figura 6 – Exemplo de uso da luz do sol 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Créditos: VRstudio/Shutterstock. 
Na Figura 6, temos uma cena de praia – há identificação pelo mar, pela areia e 
pelo céu. Percebe-se que a imagem foi registrada no pôr do sol, portanto, a luz é quase 
escassa. Para que a foto saia nos ajustes perfeitos (o que é relativo, claro), é 
necessário que a exposição se dê no controle do diafragma e a velocidade mais alta do 
obturador. Aqui, a prioridade técnica foi aplicada no obturador e no diafragma, o que se 
 
 
nota pelas nuvens que não perderam seu formato, e no movimento do mar, congelado, 
com ondas estáticas e nítidas. E mais: houve equilíbrio do diafragma, que está mais 
fechado, como se vê pela profundidade de campo e a não granulação, mostrando que 
o ISO está baixo, ou a câmera não granula em condições altas do ISO. 
Figura 7 – Exemplo de efeito a partir do controle de luz 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Créditos: Kirayonak Yuliya/Shutterstock. 
Já na Figura 7, temos uma cena urbana: dezenas de pessoas andando numa 
rua e no centro da imagem um corredor, ou parte da rua/calçada. A técnica utilizada 
aqui é oposta à da Figura 6. O diafragma está aberto, provocando desfoque em grande 
parte da imagem. Já o obturador está com velocidade alta, garantindo o congelamento 
das pessoas que andam na rua. O ISO não pode ser calculado a olho nu, sem os 
dados da imagem. 
Saiba mais 
Aprenda mais sobre esses assuntos lendo o artigo indicado “A insustentável leveza do 
clique fotográfico”. Acesse o link: 
<http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/discursosfotograficos/article/view 
File/1465/1211>. Acesso em: 11 dez. 2019. 
 
TEMA 4 – TÉCNICA FOTOGRÁFICA 3: FOCO E WHITE BALANCE 
Outros dois pontos importantes da técnica fotográfica são o controle do foco e 
do balanço de branco (white balance). 
 
O ajuste do foco se refere basicamenteà profundidade de campo, ou seja, 
a medida que o foco pode alcançar o objeto, pode ser parcial ou completo. Por 
exemplo, como visto em outra aula, se o fotógrafo quiser restringir o foco a uma 
pequena parte do elemento, ele vai utilizar uma técnica específica para transmitir tal 
sensação, nos ajustes do foco e do diafragma. Observe as seguintes imagens: 
 
 
Figura 8 – Exemplo de pouca prpfundidade de campo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Créditos: Dark Moon Pictures/Shutterstock. 
A captura, sendo registrada com pouca profundidade de campo trará um efeito 
de desfoque, como na Figura 8. 
Figura 9 – Exemplo de muita profundidade de campo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Créditos: Filip Fuxa/Shutterstock. 
Se o fotógrafo quiser capturar um elemento completamente focado, ele deverá 
articular uma grande profundidade de campo. É o caso da Figura 9. 
Figura 10 – Exemplo de pouca profundidade de campo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Créditos: Taras-studio/Shutterstock. 
 
 
Nos retratos, para destacar a pessoa, foque nos olhos e utilize uma grande 
abertura para diminuir a profundidade de campo e obter o efeito “fundo desfocado”, 
como na Figura 10. Note que a pessoa em primeiro plano está nítida na imagem, 
graças ao foco. 
Figura 11 – Exemplo de muita profundidade de campo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Créditos: Gaspar Janos/Shutterstock. 
Para trazer a sensação de profundidade, deve-se optar pelo diafragma mais 
fechado, caso a condição de luz seja favorável, como é o caso da Figura 11. 
Com isso, deve-se compensar a pouca entrada de luz do diafragma com a 
velocidade média de tempo de abertura do obturador, ou ainda da elevação da 
sensibilidade ISO. Lembrando que, é claro, tudo depende da condição de luz do 
ambiente. 
Saiba mais 
Foco infinito: com esse foco, garantimos que todos os elementos da composição da 
imagem fiquem nítidos, a partir de uma distância mínima, indicada no manual do 
equipamento. Recomenda-se o foco infinito para fotografar a lua, fogos de artifício, 
estrelas e outras cenas noturnas difíceis de focar manualmente. 
Já o balanço de branco ou white balance (WB) seria um processo de remoção 
de cores não reais e se refere a um ajuste que a câmera interpreta a luz do 
ambiente. O WB age de modo a tornar brancos os objetos que aparentam ser brancos 
para os nossos olhos, já que eles são muito bem treinados para julgar o que é branco 
em diferentes situações de luz, o que normalmente não acontece nas câmeras digitais. 
O balanço de branco correto deve calcular a "temperatura de cor" de uma fonte de luz. 
 
Para entender esse processo, precisamos analisar as diferentes temperaturas 
(medidas em Kelvin) e cores da luz. Veja na tabela a seguir. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Basicamente, as cores são divididas em frias e quentes, sendo as primeiras 
mais azuladas e as segundas mais puxadas para o vermelho. Quando se fala em 
“bater o branco”, quer dizer que estamos mostrando para a câmera qual é o 
objeto branco naquela cena, para que, com esse cálculo, ela possa dosar as 
demais cores corretamente. Desta maneira, podemos deixar as cores da imagem o 
mais próximo possível do que vemos a olho nu. 
 
Caso se opte pelo balanço de branco automático, a câmera faz esse cálculo 
sozinha. Isso pode ser uma desvantagem quando acaba ocasionando um cálculo 
errado da temperatura da cor, e assim a imagem fica muito amarelada ou muito 
azulada, deixando a imagem muito fria ou muito quente. As cores da imagem podem 
ficar tão diferentes do real que acabarão com, vamos dizer assim, a magia do realismo 
fotográfico. A não ser que a intenção do fotógrafo seja mesmo a de provocar a 
distorção das cores do ambiente. Vamos analisar as imagens a seguir para entender 
esse processo. 
Figura 12 – Fotografia com temperatura quente, mais avermelhada 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Créditos: Canadastock/Shutterstock. 
 
 
Figura 13 – Fotografia com temperatura fria, mais azulada 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Créditos: Vgstockstudio/Shutterstock. 
TEMA 5 – TÉCNICA FOTOGRÁFICA 4: ILUMINAÇÃO 
A luz é a principal fonte de criação técnica da fotografia, pois sem luz não há 
estímulo visual nem fixação da imagem. A iluminação pode evidenciar um elemento, 
destacando-o dos demais, como também pode alterar sua conotação. A princípio, 
quando se pensa na iluminação, a fotografia desperta beleza e realismo quando a luz 
está bem dosada, seja ao conduzir a luz de forma que lembre o objeto/a cena de forma 
natural a olho nu, sem aberrações e efeitos especiais de luz; ou, ao contrário, com uma 
luz especial, diferente, como se fosse um flagrante poético, como na imagem a seguir. 
Figura 14 – Exemplo de fotografia com desfoque em primeiro plano 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Créditos: Nina Buday/Shutterstock. 
Na imagem acima (Figura 14), identificamos o lugar e a cena. Se trata de uma 
mulher em um restaurante, em almoço ou jantar. A luz do lugar é soft, ou seja, é suave, 
sem trazer uma sombra muito dura ou marcante aos elementos de cena ou à 
personagem. A luz parece ser de janela, natural, mas pode ser uma simulação de luz 
de janela, para causar tal sensação, apenas. Todos os elementos estão bem 
iluminados, do guardanapo ao lado inferior esquerdo, ao rosto da personagem, que tem 
 
 
uma sombra mais ao lado esquerdo do rosto (direito da imagem), o que nos leva a crer 
que há luz vindo apenas do lado oposto, o esquerdo. 
 
Ao entrar em cena, a luz conduz a fixação da imagem ao sensor/filme. Como 
visto na aula passada, se dosada excessivamente, a fotografia ficará superexposta e, 
se for escassa, a fotografia estará subexposta. Isso não quer dizer que só exista uma 
única possibilidade de luz para uma cena. Há diferentes formas, gostos e estilos de se 
“fazer a luz”, como diz o jargão fotográfico. 
 
Isso varia do olhar de um profissional para outro. Há quem, inclusive, faça 
trabalhos que revelem um cuidado especial com a luz, como parte de sua linguagem, 
de forma a exaltá-la como elemento diferencial. É o que vemos na figura 15, onde há 
pouca luz, mas o contorno do corpo realça devido ao fundo escuro. 
Figura 15 – Exemplo de fotografia com pouca luz 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Créditos: Aleksander Hunta/Shutterstock. 
A luz pode ser natural, com o sol brilhante, céu limpo; soar diferenças quando o 
sol está alto ou está baixo; a sensível luz do céu, da luz, as estrelas; o aproveitamento 
do céu nublado; as especificidades do nevoeiro, neblina e poeira etc. 
 
A luz pode ser também artificial, com os postes das ruas, a iluminação de 
estádios, casas, hospitais, interiores, elemento de decoração, a luz destaca e faz ver 
no escuro. Evidencia, forma e informa. A luz é a matéria-prima e pode ser usada não 
apenas como fonte de criação, mas também como diferencial criativo. 
Um exemplo do uso de luz artificial são as fotografias em estúdio que permitem 
um maior controle da qualidade, da precisão e duração da luz. Há diversos 
equipamentos e acessórios, entre eles, luzes contínuas e flashes, em diferentes 
 
 
dosagens, possíveis de serem posicionados em diferentes ângulos e medidas, surtindo 
efeitos controláveis e esperados. 
TROCANDO IDEIAS 
Percebeu como a construção fotográfica tem seus caprichos? Não é apenas 
um click, ou um simples recorte tomado no automático. Uma mesma cena pode ser 
revelada de diversas formas, a depender dos ajustes e gosto do fotógrafo, além, é 
claro, das condições de luz do ambiente fotográfico. Agora, que tal testar esses 
ajustes em uma câmera? 
NA PRÁTICA 
Agora que você conhece um pouco mais do funcionamento da câmera, que tal 
fotografar? Busque uma câmera (muitos celulares também permitem tais comandos) 
que permita manuseio em modo manual e faça fotografias do que preferir, buscando 
o ajuste correto e as compensações do ISO, do obturador e do diafragma. 
FINALIZANDO 
Vimos nestaaula que a história da fotografia é longa e possui diversos nomes 
que contribuíram para que conhecêssemos a imagem tal como ela é. 
 
A técnica e sua evolução, por sua vez, trouxeram agilidade do manuseio e 
captura, além do que permitiram que cada vez mais imagens fossem registradas, 
mostrando e revelando recortes do mundo. 
 
 
REFERÊNCIAS 
HEDGECOE, J. O novo manual de fotografia. São Paulo: SENAC, 2005. 
PERSICHETTI, S. Imagens da fotografia brasileira. 2. ed. São Paulo: Estação 
Liberdade: SENAC São Paulo, 2000. v. 1. 
TRIGO, T. Equipamento fotográfico: teoria e prática. São Paulo: SENAC São Paulo, 
2005.

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