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Virgínia Leone Bicudo: pioneirismo na psicanálise

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FACULDADE ANHANGUERA DE GUARULHOS
CURSO DE PSICOLOGIA
Isabella Cristina Oliveira
Rayanneffer Oliveira Santos
VIRGINIA LEONE BICUDO
GUARULHOS - SP
2017
Isabella Cristina Oliveira – RA: 5939519321
Rayanneffer Oliveira Santos – RA: 1843888100
VIRGINIA LEONE BICUDO
Trabalho apresentado à Faculdade Anhanguera de Guarulhos como requisito parcial para obtenção referente a nota B2 da disciplina de História da Psicologia. 
Professora: Samanta Cunha
Guarulhos – SP
2017
História.
Virgínia Leone Bicudo foi a primeira mulher a praticar análise na América Latina. Paulistana, viveu de 1915 a 2003, e obrou uma história repleta de pioneirismos, vitórias, sucessos, preconceito e dor.
Foi socióloga e uma marcante psicanalista brasileira – a primeira não médica a tornar-se psicanalista. - Se transformou em uma referência nos connhecimentos raciais. 
Virgínia se interessou bastante por sociologia e deu inicio ao seu curso de ciências sociais na Escola Livre de Sociologia e Política, em 1936. 
Em 1939, teve proximidade com a psicanalista alemã Adelheid Koch, que veio para o Brasil com o começo da 2ª Guerra Mundial. Por meio dela inicia seu fascínio pela psicanálise, logo depois se desenvolveu pela criação e convívio com o médico e psicanalista Durval Marcondes. No começo da década de 1940, Bicudo e Marcondes estabeleceram uma união na Escola Livre de Sociologia e Política, junto com um oferecimento das matérias higiene mental e psicanálise, que se tornou um considerável modo na propagação da psicanálise no Brasil. 
Em 1942, Virgínia começou seu o mestrado, conquistou a oportunidade de misturar suas preferências por sociologia e por psicanálise ao discutir e estudar a questão racial e as questões presentes junto de brancos e negros. Sua dissertação de mestrado, nomeada Atitudes Raciais de pretos e mulatos em São Paulo, foi a primeira defendida no Brasil sobre o assunto.
Em 1945, tornou-se professora da matéria de higiene mental da Faculdade de Higiene e Saúde Pública da Universidade de São Paulo. 
Em 1949, Virgínia foi requisitada com o intuito de constituir ao grupo de trabalho do Projeto UNESCO em São Paulo, que intencionava desempenhar inúmeras pesquisas a respeito das às relações raciais. 
Prossegue por alguns anos, de uma maneira simultânea, as carreiras de socióloga e de psicanalista. Virgínia Bicudo deu continuidade ao seu trabalho de propagação e institucionalização da psicanálise no Brasil. Juntando-se ao sucessivo proveito na propagação de atividades das instituições científicas com participação dos meios de comunicação, Virgínia, possuía uma enorme aptidão para se comunicar e se expressava com amor o que acreditava, se dedicou a propagar seus saberes para que pudesse ajudar os pais e educadores a compreender as necessidades emocionais das crianças em seu progresso, por meio de um programa de rádio. Com o mesmo propósito publica textos no jornal Folha da Manhã. Em 1955, baseados nessa experiência surge seu livro, Nosso mundo mental. 
Em 1954, Virgínia foi contratada pelo Departamento de Psicologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP. 
Em 1955 deu inicio a um período de estudos psicanalíticos em Londres. Virgínia teve contatos e estudou com os analistas mais significativos da época: Melanie Klein, Ernest Jones, Winnicott, Bion e Anna Freud entre outros. Inclusive no decorrer da sua temporada londrina, não fez com que ela reduzisse seu vigor em difundir a psicanálise: apresentou para o Brasil, inúmeras palestras. Continuou estudando na Inglaterra até o fim de 1959 e depois retornou ao Brasil. Depois de sua volta, retoma sua prática clínica.
O espírito pioneiro se mostrou mais uma vez, depois de dez anos de prática clínica em São Paulo. Virgínia embarca no projeto de Brasília e passa a fazer conexão por mais de 20 anos através de duas cidades, trabalhando em São Paulo e, simetricamente, dando aulas na Universidade Nacional de Brasília onde, com demais companheiros paulistas, cria a sede de Brasília do Instituto de Psicanálise da SBPSB, que mais tarde tornou-se a Sociedade de Psicanálise de Brasília. 
Virginia parou de trabalhar em Brasília apenas em 1993. 
Deu continuidade ao seu trabalho clínico até o ano 2000. Faleceu em 2003, pouco antes de completar 93 anos de idade. 
Virginia expressou em uma entrevista que se uniu primeiro da sociologia e depois da psicanálise, com o objetivo de entender sua dor particular, consequência do preconceito que teve que aguentar desde que era menina, perante sua origem e sua cor.
Psicanalista e socióloga reconhecida, Virgínia Leone Bicudo tornou-se uma referência nos estudos raciais e também por ser a primeira pesquisadora e professora negra a ocupar um lugar de destaque na divulgação e construção da psicanálise no Brasil.

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