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FUNGOS
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Já foram considerados plantas primitivas, sem clorofila; evidências moleculares recentes sugerem que os fungos estão mais relacionados com os animais do que com as plantas.
 
O número total de espécies é estimado em um milhão e quinhentos mil, fazendo com que formem o segundo maior grupo de organismos, somente superado pelos insetos.
 
O maior organismo vivo na Terra, hoje, é um indivíduo de Armillaria ostoyae, um fungo decompositor de raiz, que ocupa mais de 800 hectares de floresta nos Estados Unidos.
 
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IMPORTÂNCIA ECOLÓGICA
Junto com as bactérias heterotróficas, são os principais decompositores da biosfera.
 
Estima-se que, em média, os 20 cm superiores de solo fértil podem conter quase 5 toneladas de fungos e bactérias por hectare. Cerca de 500 espécies de fungos são marinhas.
Possuem enzimas poderosas que quebram as moléculas orgânicas, incluindo lignina e celulose. Alguns produzem substâncias tóxicas (micotoxinas).
 
Atacam tecidos, tintas, papelão, couros, ceras, combustíveis, petróleo, madeira, papéis, isolamentos de cabos e fios, filmes fotográficos, lentes de equipamentos ópticos.
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IMPORTÂNCIA ECONÔMICA
Muitos atacam organismos vivos; são os principais causadores de doenças em plantas e podem causar sérias doenças no homem e em animais domésticos (ex: Pneumocystis carinii, causador da pneumonia; Candida, causador de infecções).
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Outros possuem elevado valor comercial:
As leveduras são utilizadas pelos vinicultores como fonte de etanol, pelos panificadores como fonte de dióxido de carbono e pelos cervejeiros como fonte de ambas as substâncias.
Muitas linhagens úteis foram desenvolvidas por cruzamento e seleção; técnicas de engenharia genética estão sendo usadas, acrescentando genes benéficos de outros organismos para melhorar o desempenho dessas linhagens.
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Alguns sabores dos vinhos provêm diretamente das uvas, mas a maioria é resultado da ação direta das leveduras.
A maioria das leveduras importantes para a produção de vinho, cidra, saquê e cerveja, são linhagens de Saccharomyces cerevisae. Muitas cervejas amargas, por exemplo, são feitas com S. carlsbergensis.
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Outros fungos conferem sabor e aroma distintos em diferentes tipos de queijos. Certas espécies de Penicillium dão aos queijos a aparência, sabor, odor e textura altamente apreciados pelos gourmets.
 
Os queijos Roquefort, Danish Blue, Stilton e Gorgonzola são todos curados por Penicillium roqueforti. Outra espécie, Penicillium camemberti, dá aos queijos Camembert e Brie suas qualidades especiais.
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A pasta de soja (missô) é produzida pela fermentação da soja com Aspergillus orysae e o molho da soja (shoyu), por fermentação dos grãos com uma mistura de A. orysae e A. soyae, bem como bactérias produtoras de ácido lático.
 
Aspergillus orysae também é importante nos passos inciais de fermentação do saquê, a tradicional bebida alcoólica do Japão; Saccharomyces cerevisae é importante no processo final.
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Tuber melanosporum é uma trufa comestível altamente apreciada. As trufas são micorrízicas, principalmente associadas a carvalhos e aveleiros, procuradas por cães e porcos especialmente treinados. Os porcos usados são fêmas porque as trufas exalam um composto químico semelhante ao feromônio produzido pelo macho.
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Recentemente, trufas foram cultivadas comercialmente em pequena escala, por meio da inoculação de seus esporos em raízes de plantas jovens.
 
Dezenas de tipos diferentes de cogumelos são ingeridos regularmente pelo homem e alguns deles são cultivados comercialmente.
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Muitos antibióticos – incluindo a penicilina – são produzidos por fungos.
O fungo da podridão branca, Phanerochaete chrysosporium, que sobrevive decompondo madeira, tem papel efetivo na degradação de compostos orgânicos tóxicos, podendo ser utilizado em programas de “limpeza” do meio ambiente.
A ciclosporina, extraída de um fungo habitante do solo (Tolypocladium inflatum) suprime as reações imunológicas a órgãos transplantados.
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RELAÇÕES SIMBIÓTICAS
Micorrizas: associações de fungos filamentosos com raízes de plantas vasculares.
 
Líquens: associações entre fungos e células de algas ou cianobactérias.
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Fungos endófitos: vivem dentro de folhas e caules de plantas; podem produzir metabólitos secundários que protegem os hospedeiros contra patógenos, ataque de insetos e herbivoria.
 
“Jardins de fungos”: associações com formigas; as formigas suprem o fungo com pedaços de folhas e gotas que excretam e se alimentam das partes em crescimento do fungo, mantendo-o em seu ninho.
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CARACTERÍSTICAS GERAIS
A maioria dos fungos é filamentosa. Os filamentos dos fungos são chamados hifas, e o conjunto de hifas, micélio.
As hifas da maioria das espécies são divididas por paredes transversais, chamadas septos (hifas septadas). Em outras espécies, os septos ocorrem somente na base de estruturas reprodutivas (esporângios e gametângios)  hifas asseptadas (cenocíticas). Os septos são geralmente perfurados por um poro central.
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Sua parede celular é formada por quitina.
 Principal polissacarídeo de reserva: glicogênio.
Os fungos são heterótrofos: sapróbios, parasitas ou simbiontes mutualistas; leveduras obtêm energia através da fermentação, produzindo álcool etílico a partir da glicose.
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REPRODUÇÃO
Formação de esporos imóveis sexuados ou assexuados.
Reprodução assexuada: esporos produzidos em esporângios (estruturas em forma de saco) ou células conidiogênicas (conídios). Há fragmentação de hifas em todos os fungos.
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Reprodução sexuada: plasmogamia, cariogamia e meiose. 
A plasmogamia (fusão de protoplastos) precede a cariogamia (fusão de núcleos). Em algumas espécies, os 2 núcleos haplóides não se fundem por um tempo, formando um dicário (“dois núcleos”). 
A reprodução sexuada resulta na formação de esporos especializados (zigósporos, ascósporos e basidiósporos).

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