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Resenha do ultimo capitulo do livro do Milton Santos por uma outra globalização

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SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal.Editora: RECORD.
Maria camila vestemberg
Resenha
Milton começa o tópico: A globalização atual não é irreversível, fazendo uma análise de que para ele a globalização é formada através de ideias previamente estabelecidas, para satisfazer a vontade de uma minoria. Porem ele alega que com a dissolução dessas ideias ao redor do globo este padrão adrede estabelecido, sendo analisado em conjunto ou individualmente na questão de cada país está se tornando cada vez mais inviável.
O autor analisa também que a ideia e dissolução de que a forma de globalização atual não pode ser alterada acaba influenciando o modo de pensar de casa indivíduo, para que uma mudança aconteça se deve pensar em um mundo que pode existir e não somente no mundo que já existe.
Porém para que mudanças ocorram é possível analisar a história do nosso tempo real, e retomar a ideia de uma utopia, que levara ao pensamento dos valores fundamentais para o homem.
Por esse motivo podemos dizer que as possibilidades de futuro são muitos, pois resultam da combinação de várias interações globais, de vários futuros possíveis partindo do pressuposto de que inúmeras realidades poderiam ser construídas analisando diversas realidades de países.
Para Milton o presente está caminhando para um novo futuro a partir de dados do presente como á tendência á mistura generalizada entre povos; urbanização concentrada; o peso da ideologia na construção histórica atual; o empobrecimento relativo das populações e a perda de qualidade de vida das classes médias entre outras.
Um outro fator primordial que colabora para que o mundo globalizado atual não tenha um novo cenário é a centralização do consumo, que tem total relação com a vida atual e reflexo sobre a produção. Porém toda essa centralidade acaba gerando variados fatores que descontrolam a economia como o encarecimento desses produtos, falta de emprego, baixos salários acaba tornando esses produtos fora do alcance das pessoas, ou seja, essas mesmas empresas que centralizam o consumo acabam ficando sem consumidores.
Aos olhos do autor todo esse cenário globalizado, centralizado e de superpotências parece irreversível, mas não é se ocorresse uma descentralização em massa e oportunidades de emprego fossem cedidas as classes vindas “de baixo” como o autor cita, essas mudanças seriam possíveis.
Em contraponto análise atual da contemporânea e rodeada de técnicas para que se tenha cada vez mais agilidade nos produtos e maior lucro consequentemente, e se a técnica é quem domina sem sombra de dúvidas as grandes potências dominadora das mesmas acaba influenciando muito mais em um cenário do que a própria política local.
Porem nunca existiu na história da humanidade em que a vida do homem em seu cotidiano estivesse tão fácil devido a criação dessas novas técnicas, diferente do período imperialista e da industrialização.
A técnica das máquinas exigia investimentos maciços, seguindo-se a massividade e a concentração dos capitais e do próprio sistema técnico. Daí a inflexibilidade física e moral das operações, levando a um uso limitado, direcionado, da inteligência e da criatividade. Já o computador, símbolo das técnicas da informação, reclama capitais fixos relativamente pequenos, enquanto seu uso é mais exigente de inteligência. O investimento necessário pode ser fragmentado e torna-se possível sua adaptação aos mais diversos meios. Pode-se até falar da emergência de um artesanato de novo tipo, servido por velozes instrumentos de produção e de distribuição.
Milton ainda fala que uma relação mais próxima entre as sociedades e a interpretação do que elas precisam torna mais fácil a produção de um novo mundo.
A partir desses efeitos de vizinhança, o indivíduo refortificado pode, num segundo momento, ultrapassar sua busca pelo consumo e entregar-se à busca da cidadania. A primeira supõe uma visão limitada e unidirecionada, enquanto a segunda inclui a elaboração de visões abrangentes e sistêmicas. N o primeiro caso, o que é perseguido é a reconstrução das condições materiais e jurídicas que permitem fortalecer o bem-estar individual (ou familiar) sem, todavia, mostrar preocupação com o fortalecimento da individualidade, enquanto a busca da cidadania apontará para a reforma das práticas e das instituições políticas. 
A partir dessas metamorfoses, pode-se pensar na produção local de um entendimento progressivo do mundo e do lugar, com a produção indígena de imagens, discursos, filosofias, junto 168 MILTON SANTOS à elaboração de um novo ethos e de novas ideologias e novas crenças políticas, amparadas na ressurreição da idéia e da prática da solidariedade. O mundo de hoje também autoriza uma outra percepção da história por meio da contemplação da universalidade empírica constituída com a emergência das novas técnicas planetarizadas e as possibilidades abertas a seu uso. A dialética entre essa universalidade empírica e as particularidades encorajará a superação das práxis invertidas, até agora comandadas pela ideologia dominante, e a possibilidade de ultrapassar o reino da necessidade, abrindo lugar para a utopia e para a esperança. Nas condições históricas do presente, essa nova maneira de enxergar a globalização permitirá distinguir, na totalidade, aquilo que já é dado e existe como um fato consumado, e aquilo que é possível, mas ainda não realizado, vistos um e outro de forma unitária. Lembremo-nos da lição de A. Schmidt (The concept of nature in Marx, 1971) quando dizia que "a realidade é, além disso, tudo aquilo em que ainda não nos tornamos, ou seja, tudo aquilo que a nós mesmos nos projetamos como seres humanos, por intermédio dos mitos, das escolhas, das decisões e das lutas". \ A crise por que passa hoje o sistema, em diferentes países e continentes, põe à mostra não apenas a perversidade, mas também a fraqueza da respectiva construção. Isso, conforme vimos, já está levando ao descrédito dos discursos dominantes, mesmo que outro discurso, de crítica e de proposição, ainda não haja sido elaborado de modo sistêmico. 
Milton ainda fala que a conscientização é individual e descentralizado é formado a partir de cada cidadão em suas particularidades que este sim e somente este é capaz de formar um novo mundo dentro de seu tempo.
Análise das duas resenhas:
A relação entre os dois textos está diretamente relacionada com a globalização e o superpoder das potências e a economia que domina o mundo, porém Costa descreve o cenário atual sem muitas intervenções, já Milton Santos relata esta erqa globalizada como sendo possível um reagrupamento com uma certa interferência das pessoas com o seu modo de pensar dentro deste cenário mundial.
COSTA, Vanderlei.Geografia política e Geopolítica: Tendências e perspectivas atuais. São Paulo. Edusp.
Maria Camila Vestemberg ¹
Resenha 
	O autor começa o sétimo capítulo do livro Geografia política e Geopolítica colocando que as mudanças que acompanham o mundo atual estão sendo acompanhas por inúmeras outras áreas da ciência, não somente pelas ciências sociais, já que toda essa transformação no âmbito da Geopolítica não mais envolve somente uma questão entre território e poder. Toda essa transformação ocorre devido a mundialização das políticas internacionais fenômeno que vem ocorrendo já a algum tempo dentro do cenário global.
	Mesmo autores já tendo trabalhado a mundialização em trabalhos desde o ano de 1904 e 1919 em especial por Mackinder veio a se tornar bem mais relevante depois da segunda guerra mundial com a formação dos blocos econômicos e a integração da política entre os países integrantes.
Costa também analisa a situação após essa nova era de integração global, deixando evidenciado que as transformações que ocorreram no globo vieram dos grandes conglomerados capitalistas e industriais e totalmente a favor do interesse dos mesmos. Com toda essa nova reestruturação houve a aproximação entre a geografia política e a ciência
política.
O uso da frase “mudanças recentes “usada para designar alterações de âmbito global segundo o autor deve vir acompanhada de uma periodização dessa época contemporânea, não bastando assim decretar o fim da ação dos estados nação e decretar o inicio do comando as multinacionais entre outros fatores.
Portando não é por que está ocorrendo mudanças de cenário mundial que todos os lugares vão ter a mesma homogeneidade em relação as novas praticas, gerando um aglomerado de incertezas a serem trabalhados pelos especialistas.
Analizando as novas políticas mundias Johnston chegou a conclusão de que a política estatal é dominada pela economia, ou seja os estados vivem subordinados a cessar as vontades das grandes multinacionais e ficam restritos a cuidados básicos do estado como seguranças da população, este fenômeno se torna ainda mais evidente quando analisamos países periféricos.
Com todo esse cenário de mudanças recorrentes envolta ao meio capitalista Taylor faz uma análise através da matriz espaço – tempo onde parte da base teórica dos ciclos de Kondratieff onde o mundo está sujeito a mudanças divididas em períodos como aconteceu com as revoluções industriais, surgimento da máquina a vapor depois do carvão, eletricidade, petróleo e assim sucessivamente.
Taylor defende que a geografia política deve analisar o território não somente como um espaço para política mas também como as ações econômicas e a forte influencia que ele causa em todo o globo a partir dessas ações, dando devida ênfase as preocupações com a população.
Segundo Costa,Raffestin não tem dúvidas de que os geógrafos confundem território com espaço. Segundo ele somente quando se apropriam de um espaço este se torna um território e ali são demonstradas relações de poder. Toda essa relação entre os atores e o território juntamente com as relações de poder e coletividade criam a territorialidade.
Nos estudos tradicionais raras algumas exceções o que predomina são as relações entre território – estado, na geolítica crítica, ao contrário estão presentes o desequilíbrio e desigualdade dessas interações. Ao contrário das revisões de Taylor e Jhnoston estas relações não permeiam da ótica da economia como ponto central de estudo para as análises, pois o autor analisa que os grupos que reivindicam a autonomia regional vão muito além da atividade econômica e passam para o político e cultural.
Costa conta ainda que foi realizado na região da França um estudo sobre as relações '' político – territorial '' visto que no ano de 1986 o país passou a contar com 22 assembleias regionais, onde as regiões passariam a ter maiores poderes pra suas decisões políticas locais, ao contrário estava acontecendo nos Estados Unidos onde o estado passa a intervir diretamente mas regiões com corte de verbas para programas sociais entre outras funções. Essa nova prerrogativa de federalismo tem ocasionado crises, onde governos estaduais e locais tem buscado soluções alternativas, como a associação entre o poder público e privados, onde estes passam a assumir alguns serviços publicos.
Todas essas mudanças no cenário federalista americano ocorreram após 1980 justamente quando se comemorava o bicentenário da constituição federal, fazendo assim surgir uma contradição entre alguns elementos da constituição e as novas atribuições. Também apontam a crise como derivada de seu título de superpotência e investimento em armamentos e relações com outros países como japão.
Portando pode-se notar que COSTA trás neste capítulo aspectos ainda recentes nos anos 2000 para cá, onde os territórios ainda são submissos a economia de seu mercado, as grandes multinacionais e integralmente ao capitalismo.

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