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Os Constituintes do Campo Ético - O Sujeito - Os Valores - Os fins e os meios morais A Existência ética – II: os constituintes do campo ético. Para que haja conduta ética é preciso que exista: O agente consciente e livre (sujeito ou pessoa moral); Os valores e obrigações que formam o conteúdo das condutas morais, ou seja, as virtudes ou as condutas de ações conforme ao bem. * Do sujeito ou agente moral: características. Ser consciente de si e dos outros, isto é, ser capaz de reflexão e de reconhecer a existência dos outros como sujeitos éticos iguais a si; Ser dotado de vontade, isto é: a) de capacidade para controlar e orientar desejos, impulsos, tendências, paixões, sentimentos, para que estejam em conformidade com as normas e os valores ou as virtudes reconhecidas pela consciência moral; b) de capacidade para deliberar e decidir entre várias alternativas possíveis. * Continuação... Ser responsável, isto é, reconhecer-se como autor da ação, avaliar os efeitos e as conseqüências dela sobre si e sobre os outros, assumi-la, bem como às suas conseqüências, respondendo por elas; Ser livre, isto é ser capaz de oferecer-se como causa interna de seus sentimentos, atitudes e ações por não estar submetido a poderes externos que o forcem e o constranjam a sentir, a querer e a fazer alguma coisa. A liberdade não é tanto o poder de escolher entre os vários possíveis, mas o poder para autodeterminar-se, dando a si mesmo as regras de conduta. * Que é ser responsável? É aquele que responde pelos seus atos, isto é, a pessoa consciente e livre assume a autoria do seu ato, reconhecendo-o como seu e respondendo pelas conseqüências dele. * O Que é liberdade? É a capacidade para autodeterminar-se , o que leva a ética a fazer uma distinção entre passividade e atividade. Passivo – é aquele que se deixa governar e arrastar por seus impulsos, inclinações e paixões, pelas circunstâncias, pela boa ou má sorte, pela opinião alheia, pelo medo dos outros, pela vontade de um outro, não exercendo sua própria consciência, vontade e liberdade. * Diferença entre autonomia e heteronomia Autônomo = é aquele que tem o poder para dar a si mesmo a regra, a norma, a lei e goza de autonomia ou liberdade; Heterônomo = aquele que não tem a capacidade de autonomia, isto é, de autodeterminar-se, e recebe de um outro a norma, a regra ou a lei. * Diferença entre desejo e vontade. O Desejo não resulta da escolha, por surgir em nós com a força dos instintos, isto é toda sua força de realização. A Vontade consiste no poder de parada que exercemos diante do desejo. É fundado na razão na capacidade de crítica racional. * O que é virtude? Na moral, a virtude é a força com a qual nos aplicamos ao dever e o realizamos. É a permanente disposição para querer o bem, o que supõe a coragem de assumir os valores escolhidos e enfrentar os obstáculos que dificultam a ação. * O que é o dever? O comportamento moral, por ser consciente, livre e responsável, é também obrigatório, cria um dever. Mas a natureza dessa obrigação não está na exterioridade. É moral, porque deriva do próprio sujeito que se impõe a necessidade do cumprimento da norma. * As três grandes questões da vida ética: A vida ética nos coloca diante de três grandes questões: Quero? Devo? Posso? Por que há coisas que queremos mas não devemos. Há coisas que devemos mas não queremos e há coisas que podemos mas não devemos. Mas se devemos e podemos então façamos. “Se está em suas mãos o poder de fazer o que deve ser feito, então faça.” Cícero. * Os meios e os fins Além do sujeito ou pessoa moral e dos valores ou fins morais, o campo ético é constituído dos meios para que o sujeito realize os fins. Na ética, fins éticos exigem meios éticos. Aí não vale a máxima de que os “fins justificam os meios.” (Dinâmica). * Fim da apresentação Material organizado pela Profa. Ms. Ana Maria Brito Sanches. Material consultado e de apoio. - CHAUÍ, M. Convite à Filosofia, 2006, pp. 308-10; - ARRUDA, M.L.A. (et all). Filosofando: introdução à Filosofia, 303-5.
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