Buscar

Arquitetura Moderna AV1

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 32 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 32 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 32 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ARQUITETURA MODERNA
Os principais arquitetos influenciadores são eles: 
Louis Sullivan; Frank Lloyd Wright; Mies van der Rohe; e Le Corbusier.
Louis Sullivan
Louis Sullivan formou-se no Massachusetts Instituto of Technology e na Escola de Belas Artes de Paris. Neste tempo, trabalhou com Frank Furness, onde teve contato com seu estilo orientalizado, que o influenciou fortemente em seus ornamentos, e com LeBaron Jenney, com quem, em 1873, trabalhou em seu escritório passou a se ater mais às “funções suprimidas” da arquitetura. Já em 1887, com 30 anos, Sullivan se mostra muito impressionado pelo magazine Marshall,Field & Co de Richardson,inaugurado em 1887,e então decide sua vocação artística.
Em 1879 começa a trabalhar com Dankmar Adler, de quem viria a ser sócio e parceiro até 1895. Desde este período, Sullivan já estava convicto em fazer uma arquitetura completamente diferente de seus contemporâneos, com exceção de Richardson e Root. Sullivan os criticava, tendendo a se distinguir destes e a criar um estilo pessoal alternativo, ilustrando suas intenções através de suas obras construídas e escritos teóricos. Por isso ele é considerado entre Richardson e Wright, todos artistas de vanguarda que buscavam realizar uma arte verdadeiramente americana.
As ambições de Sullivan já são vistas em seus primeiros trabalhos, como o Rotschild Building de 1881, com muita decoração em ferro gusa e pedra esculpida.
Em 1886, Adler e Sullivan recebem o projeto do Auditorium, um conjunto de edifícios que marca o início do desenvolvimento do Loop e sua tendência de abrigar não só escritórios, como hotéis e apartamentos. Este complexo abrigava, além do auditório, um conjunto de escritórios e um amplo hotel. Esta obra mostra sua forte influência vinda da integridade do projeto do Marshall,Field & Co. de Richardson. No Auditorium, ele e Adler empregam alvenaria tradicional, completada por ferro, onde as aberturas externas são organizadas em malha. Na fachada, a decoração quase não aparece e a organização da perspectiva do edifício é obtida pela disposição das massas e materiais. Os exteriores do Auditorium marcam a luta de Sullivan para conciliar a alvenaria com as possibilidades internas permitidas pela trama estrutural. No Auditorium, a atenuação vertical e a pequena profundidade dos principais fustes de colunas e pilastras antecipavam as soluções dos arranha-céus de Sullivan.
A partir de 1890, Sullivan utiliza seus princípios de composição nos arranha-céus, em que acreditava que a função deveria ter uma identidade na forma. Enquanto Richardson acentuava suas fachadas grandiosas e lisas com abertura de janelas e arcos redondos,Sullivan,em seu artigo The Tall Office Bulding Artistically Considered, as obras de edifícios de escritórios deveriam seguir três funções: os primeiros pavimentos estavam destinados às moradias e ao acesso aos pisos superiores; acima destes, um número indefinido de pavimentos-tipo de escritório, com um quadriculado uniforme de janelas e pilares constituindo a fachada; e o piso superior, que abriga a parte técnica do edifício, destaca-se como um sótão de encerramento do edifício. Assim, os arranha-céus adotavam o ideal típico de base, fuste e capitel das colunas clássicas. Nasce assim, o Verticalismo, típico dos arranha-céus de Sullivan. Para Sullivan, o arranha-céu era o produto inevitável de forças sociais e tecnológicas
Sullivan acreditava que a composição em perspectiva era natural e harmonizável com a função do edifício. Ele pensa em uma arquitetura regulada pelas necessidades objetivas, em que a sua própria fantasia apenas acentuava os caracteres fundamentais do edifício. Contudo, ele destaca que sua descrição teórica lhe permite uma expressão arquitetônica inédita, enquanto que o ritmo indefinido dos pavimentos-tipo não é compatível com a composição base-zona intermediária-sótão.
Na obra do magazine Carson,Pirie & Scott,Sullivan atinge o máximo de suas capacidades. A trama arquitetônica recebeu uma ênfase horizontal, com variações nas alturas dos pavimentos, dando vitalidade à forma geral. Apesar de seu caráter complexo, este edifício mantém uma grande força expressiva, com seu interior com grandes áreas livres e sua fachada com as grandes “janelas de Chicago”.Curiosamente, esta obra como um todo apresenta mais as características das obras da Escola de Chicago, do que o estilo pessoal de Sullivan, tradicionalmente vertical.
Sullivan recorria a certas formas monumentais, principalmente em mausoléus, com grande utilização de pedra em composições assimétricas. Já em construções urbanas, combinava formas clássicas com pedra, enquanto misturava estilo Gótico com tábuas em construções rurais.
A linguagem arquitetônica de Sullivan é muito variável entre uma obra e outra, podendo ser melhor entendida em seus ensaios teóricos. Por isso, esta diferença entre a teoria e a pratica pode ter sido uma das razões de seu fracasso profissional, principalmente após o fim da parceria com Adler e o fim das obras do magazine Carson, Prie & Scott
Louis Sullivan influenciou toda sua geração seguinte de arquitetos do Meio-Oeste, em que Frank Lloyd Wright destacava-se.
Algumas das Obras:
National Farmer’s Bank of the Owatonna
Wainwright Building
Carson, Pirie, Scott and Company Building
Frank Lloyd Wright
	
Considerado um dos arquitetos mais importantes do século 20, Frank Lloyd Wright foi a figura mestra da arquitetura orgânica. Wright acreditava que a arquitetura não era só uma questão de habilidade e criatividade, mas deveria transmitir felicidade. Filho de uma professora e de um pai músico e pastor, começou a trabalhar para o reitor do departamento de engenharia da universidade de Winsconsin, onde cursou dois semestres de engenharia civil. Foi assistente de projetos do arquiteto Joseph Lyman Silsbee e supervisionou a construção de uma capela. Viveu em Madson dos 11 aos 20 anos, quando foi para Chicago. Em 1888 conseguiu emprego de projetista na Adler & Sullivan onde trabalhou por seis anos com Louis Sullivan, da Escola de Chicago, um dos pioneiros em arranha-céus. Aos 22 anos, casou-se com Catherine Tobin, com quem teve seis filhos, e construiu uma casa no subúrbio de Chicago, que ficou conhecida como Casa e Estúdio de Frank Lloyd Wright.
Wright defendia que o projeto deve ser individual, de acordo com a localização e finalidade. Dizia que "a forma e a função são uma só". Seus principais trabalhos foram a casa Kaufmann ou Casa da Cascata, considerada a residência moderna mais famosa do mundo. Também fez a sede do Museu Guggenhein em Nova York. Frank Lloyd Wright visitou o Brasil em 1931, com sua companheira Olgivana, com quem se casara em 1928. Permanece três semanas no Rio de Janeiro e publicou, em diversos jornais cariocas, artigos em prol da nova arquitetura.
Algumas das obras:
 Casa de Cascata
 Prince Tower
Frank Lloyd Wright Home and Studio
Le Corbusier
Charles-Edouard Jeanneret-Gris, mais conhecido pelo pseudónimo de Le Corbusier (La Chaux-de-Fonds, 6 de Outubro de 1887 — Roquebrune-Cap-Martin, 27 de Agosto de 1965), foi um arquiteto, urbanista,escultor e pintor de origem suíça e naturalizado francês em 1930. É considerado, juntamente com Frank Lloyd Wright, Louis Sullivan , Mies van der Rohe , um dos mais importantes arquitetos do século XX. Conhecido por ter sido o criador da Unité d'Habitation, conceito sobre o qual começou a trabalhar na década de 1920. 
Le Corbusier é o sobrenome profissional de Charles Edouard Jeanneret-Gris, considerado a figura mais importante da arquitetura moderna. Estudou artes e ofícios em sua cidade natal, na Suíça, e depois estagiou por dois anos no estúdio parisiense de Auguste Perret, na França. Viajou para a Alemanha onde colaborou com nomes famosos da arquitetura naquele país, como Peter Behrens. Le Corbusier foi para Atenas estudar o Partenon e outros edifícios da Grécia antiga. Ficou impressionado com o uso da razão áurea pelos gregos clássicos. O livro "Vers une Architecture"mostra uma nova forma da arquitetura baseada em muitos edifícios antigos que incorporam a razão áurea, uma proporção matemática considerada harmônica e agradável à visão. Para o arquiteto, o tamanho padrão do homem era 1,83m. Baseado nisso, em números do matemático Fibonacci (1170-1250) e na razão áurea dos gregos antigos, criou uma série de medidas proporcionais, o Modulor, que dividia o corpo humano de forma harmônica e equilibrada. Baseava-se nisso para orientar os seus projetos e suas pinturas. Tinha 35 anos quando se associou a seu primo, o engenheiro Pierre Jeanneret, em Paris. Foi quando adotou de vez o pseudônimo profissional de Le Corbusier (o corvo, adaptado do sobrenome de sua bisavó Lecorbésier). Embora sua principal carreira tenha sido a de arquiteto, também foi competente na pintura e na teoria artística. Como pintor, ajudou a fundar o movimento purista, uma corrente derivada do cubismo, nos anos 1920. Na revista francesa "L'Esprit Nouveau" (O espírito novo), publicou numerosos artigos com suas teorias arquitetônicas. Uma de suas principais contribuições, afora o repúdio a estilos de época, foi o entendimento da casa como uma máquina de habitar (machine à habiter), em concordância com os avanços industriais. Sua principal preocupação era a funcionalidade. As edificações eram projetadas para serem usadas. Definiu a arquitetura como o jogo correto e magnífico dos volumes sob a luz, fundamentada na utilização dos novos materiais: concreto armado, vidro plano em grandes dimensões e outros produtos artificiais.
Uma de suas preocupações constantes foi a necessidade de uma nova planificação urbana, mais adequada à vida moderna. Suas ideias tiveram grande repercussão no urbanismo do século 20. Foi o autor do Plano Obus, para reurbanizar Argel, capital da Argélia, e de todo o planejamento urbano de Chandigarh, cidade construída na Índia para ser a capital do Punjab. O edifício sede das nações Unidas (ONU), em Nova York, foi desenhado por Le Corbusier, pelo brasileiro Oscar Niemeyer e pelo inglês Sir Howard Robertson, em 1947.Aos 78 anos, Le Corbusier morreu afogado no mar Mediterrâneo. Oito anos antes, havia feito o projeto de seu túmulo, que foi construído imediatamente após a sua morte.
Algumas das Obras Importantes:
 
Villa Roche
Villa Savoye
Convento Saint e Maria de La Tourette
Mies van der Rohe
Nascido em Aachen, na fronteira alemã com a Holanda, em 27 de março de 1886, é o próprio Mies van der Rohe quem dá a chave para a compreensão de sua arquitetura ao comentar, num artigo publicado em 1961, a influência que as construções de sua cidade natal, a antiga capital do Sacro Império Romano Germânico, exerceram na sua obra. Ludwig Mies (o sobrenome da mãe, van der Rohe, foi incluído por ele mais tarde) frequentou a escola da catedral católica construída por Carlos Magno e ajudou o pai na empresa de cantaria que possuía. Tendo passado sua infância e adolescência entre lápides e igrejas medievais, sua formação não foi acadêmica, mas de natureza prática e religiosa.
Os primeiros anos
Nietzsche havia decretado a morte de Deus e os homens estavam entregues ao seu destino. “Sou a hora, e a hora é de assombros e toda ela escombros dela”: as palavras de Fernando Pessoa não poderiam definir melhor a crise de valores em que se encontrava a Europa entre o final do século 19 e o início do século 20. Esse era o contexto cultural que Mies encontrou em Berlim em 1905, quando foi trabalhar no escritório do arquiteto Bruno Paul. Dois anos mais tarde, um professor de filosofia, completamente idealista, queria que sua casa fosse construída por um arquiteto jovem. Paul indicou Mies, que aos 21 anos projetou e construiu a residência de Alois Riehl, um dos principais filósofos berlinenses do início do século 20.
O projeto de Riehl lhe abriu as portas da sociedade berlinense, pondo-o em contato com intelectuais e possibilitando a ele trabalhar com Peter Behrens, para quem os outros pais do movimento modernista da arquitetura, Le Corbusier e Walter Gropius, também trabalharam entre 1907 e 1910.
Behrens e Berlage
Behrens incorporou os fundamentos de um novo estilo, baseado na síntese da vida e da arte, no espetáculo arquitetônico e na recepção estilizada da Antiguidade clássica. Ele distanciou-se do traço sinuoso do Art Nouveau, sendo precursor de um estilo baseado na linha reta. Entretanto, a acídia de Mies van der Rohe não combinava com um possível formalismo de Behrens, e Mies procurou a influência de um outro precursor do movimento modernista, o arquiteto holandês Hendrik Berlage, com quem se encontrou em Amsterdã em 1912. Os princípios de Berlage baseavam-se no neoplatonismo da Idade Média, na filosofia de Santo Agostinho, cuja frase “a beleza é o brilho da verdade” tornou-se praticamente um axioma para Mies. Seguindo os passos do mestre Berlage, a lei universal não era mais a verdade histórica, mas a procura da essência, da verdade da construção. Foi por essa busca constante da essência construtiva, da precisão do detalhe, que Walter Gropius apelidou Mies de “o solitário caçador da verdade”.
Desmaterialização da arquitetura
A aplicação da procura da essência na arquitetura tem como consequência sua desmaterialização. A arquitetura de Mies tornou-se somente estrutura e membrana externa ou, como ele mesmo falava, uma arquitetura de “pele e osso”. A perfeição técnica dos detalhes viria apenas a apoiar esse sentimento de vazio do espaço, que segundo Mies, deveria ser preenchido pela vida.
Os projetos de Mies são, às vezes, completamente ideais, somente espaço, como seus arranha-céus de vidro de 1922 ou a residência Farnsworth, nos EUA, de 1950. Em outros, matéria e espaço interagem num jogo constante, como na residência Tugendhat de 1931, patrimônio histórico da humanidade, na cidade tcheca de Brno.
Mies estava no auge de sua carreira na Alemanha, quando foi convidado para projetar o pavilhão alemão para a Feira Mundial de Barcelona em 1929, hoje ícone da modernidade. Em 1930, ele assumiu a direção da Bauhaus, em Dessau.
O nazismo no poder e a emigração para os EUA
Em abril de 1932, os nazistas fecharam a Bauhaus. Mies a transferiu para um galpão industrial em Berlim-Steglitz. Em julho de 1933, ela foi novamente fechada pelos nazistas, que a consideravam “bolchevismo cultural”. Mies não se considerava uma pessoa politizada. É interessante seu comentário sobre um colega que havia trabalhado para os nazistas: ”Não o desprezo por ser nazista, mas por ser mau arquiteto”. Os anos de 1930 não foram fáceis para Mies, que não conseguia construir e vivia dos móveis que havia projetado. Emigrou para os EUA em 1938, aceitando o convite para dirigir o departamento de arquitetura do Instituto de Tecnologia de Illinois, em Chicago, cujo campus também projetou. Na posse, foi saudado por Frank Lloyd Wright, que anos mais tarde o acusaria de haver fundado um novo classicismo nos Estados Unidos. E, de fato, com exceção da residência projetada para a senhora Farnsworth, em 1950, que lhe valeu um processo e, em época de caça às bruxas, a acusação de ser obra de comunista, Mies deu um caráter bastante clássico à sua arquitetura nos Estados Unidos.
Sua obra tornou-se mais estática, sem o jogo de diferenças que enriquecia a sua arquitetura anterior. Terminada em 1969, ano da morte de Mies, a Neue Nationalgalerie (figura abaixo) de Berlim, seu único projeto construído na Alemanha após a Segunda Guerra, comprova este classicismo, embora apresente a mesma conquista espacial de seus projetos anteriores, principal característica da obra de Mies van der Rohe.
Neue Nationalgalerie
Algumas das Obras mais importantes:
Pavilhão de Barcelona
Edifício Lei Weiss
	
	Crown Hall - uma das obras de Van der Rohe e escolhida para o doodle
	
	 Também designer, Van der Rohe foi o criador da Poltrona Barcelona
La opera de Oslo
Obras inspiradas nas arquiteturas de Mies van der Rohe
A Arquitetura Modernista.
O movimento “Arts & Crafts”.
Em 1861 WilliamMorris funda em Londres, com um grupo de artistas e arquitetos, a sociedade “Morris & Co.” destinada à construção e fabricação de objetos artísticos e de usos correntes. Dita sociedade foi o ponto de partida de um movimento de propósitos mais ambiciosos que culminou vinte e sete anos mais tarde com a construção, por C. R. Ashbee, da “Arts & Crafts Society” (“Sociedade de Artes e Ofícios”).
Morris lutou pela perfeição e originalidad das obras de artesanato e indiretamente pela arquitetura. Como modelo tomou o artesanato da idade média. Sua luta ia dirigida contra a decadência que supunha a produção industrial, de menor valor que a manual, e contra os objetos fabricados em série pelas máquinas que por causa de seu preço mais baixo, conquistaram o mundo, substituindo a beleza e a verdade pela falsidade e o engano.
Mas a produção industrial não era um feito com que pudesse ser desconhecido em 1888, ano no que se funda a “Arts & Crafts Society”. Assim o entendeu Ashbee e aceitou, pelo menos, a teoria do trabalho em comum. Com ela introduziu o método do desenho industrial, que desde a construção do palácio de Cristal corresponde à era do maquinismo.
Do espírito que contribui a “Arts & Crafts Society” deriva um novo tipo de arquitetura, o modernismo, apoiado em um sentido decorativo da construção, que rompe com a estética do século XIX, mudando totalmente a arte própria do mesmo.
O Modernismo.
O Modernismo difundiu-se entre os anos 1890 e 1910 por toda Europa. Serám anos de transição entre o fechamento dos historicismos e o início das vanguardas. Anos de intensa atividade econômica unida a uma mudança de idéias. Na cada país recebeu um nome diferente: “Art Noveau” na Bélgica e França; “Modern Style” na Inglaterra; “Jugendstil” na Alemanha; etc. Também se lhe chamou estilo 1900.
Surgiu em luta contra a a cada vez mais poderosa industrialización que se via como uma forçadeshumanizadora, e pela vontade de criar em frente à falta de estilo do século XIX, um estilo novo. Considerou-se o modernismo como “um movimento romântico, individualista e antihistórico”. Apesar de ter sua origem na pintura, as melhores realizações do modernismo obtiveram-se em arquitetura e nas artes decorativas.
As formas tipicamente modernistas fogem do ângulo reto e utilizam, em mudança, o arabesco e as linhassinuosas, ondulantes e asimétricas da natureza. Assim chegam a um preciosicismo e a uma artificialidade grande requinte. Em todas as obras abertamente modernistas o arquiteto renuncia expressamente a imitar os estilos anteriores, introduzindo uma construção baseada no ornamento.
Os arquitetos modernistas utilizam todos os materiais de construção conhecidos, desde a pedra lavrada e a terra cozida até o ferro e o vidro. As combinações que se fazem entre ditos materiais não obedecem nunca a regras gerais fixadas de antemão, senão a particulares fins que a cada arquiteto pretende obter.
A elaboração dos diferentes materiais é cuidada com soma atenção, segundo os princípios tradicionais mais estritos a fim de conseguir determinadas texturas e qualidades. Pelo geral, o arquiteto desta época é um homem com amplos conhecimentos técnicos desde o ponto de vista artesão e que recusa de plano toda falsificação na preparação dos elementos primários que vão intervir na obra. Será o eixo, quem desenhasse-o tudo a demais dos edifícios e as moradas: móveis, objetos menores, vestidos, calçado, etc.
Junto aos materiais mais clássicos como a madeira e posteriormente o ferro, aplicam outros que tiveram prestígio em determinadas épocas, como a cerâmica, a porcelana, o varro cozido, os escayolados árabes, etc.
A primeira obra mais significativa deste movimento será a Casa Tassel, de Víctor Orta, construída em Bruxelas. O arquiteto desenhasse-a com uma grande atividade formal e ideológica. Víctor Orta se considerará o fundador do modernismo na Europa, influenciado por muitos arquitetos anteriores.
A Escola de Chicago:
Em realidade, o racionalismo origina-se antes em Estados unidos que na Europa, ao desenvolver a chamada Escola de Chicago uma nova tarefa arquitetônica de grande cidade: o edifício de grande altura destinado a armazéns comerciais ou escritórios, ou arranha-céus.
A figura mais importante da Escola de Chicago, como arquiteto e como teórico, foi Luis Sullivan (1856-1924). A fórmula na que resumia seu modo de entender a arquitetura, “a forma deve seguir à função”,constitui um ponto de referência de toda a arquitetura racionalista.
Sullivan opôs-se à arquitetura que enmascaraba as fachadas com elementos estilísticos assimilados superficialmente. Estas fachadas de efeito decorativo não guardavam um autêntico relacionamento com o interior do edifício e de fato negavam sua concepção. Para Sullivan o exterior do edifício deve formar com seu interior uma unidade indivisible, de maneira que apareça uma pura aplicação. A cada edifício tem de representar um todo orgânico, inconfundível, ao que nada pode ser acrescentado ou suprimir, e a cada uma de suas partes deve refletir as funções que lhe correspondem.
Cabe ressaltar como obras importantes deste grupo de arquitetos o Monadnock Building, construído, entre 1889-91 por Daniel Hudson Burnharm e John Wellborn Root, em compacta alvenaria. No edifício prevê-se já um novo critério construtivo que passou a ser o do clássico arranha-céu americano. Outra obra dos mesmos arquitetos é o Reliance Building, uma torre de cristal de treze andares a base de um esqueleto de aço. Henry Hobson Richardson com a singela monumentalidad dos grandes armazéns Marshall Field, de pesada alvenaria, marca um novo rumo na arquitetura. Também é destacável o Auditorium Building ou os Armazéns Carson, ambos desenhados por Sullivan em Chicago.
Na Europa não se teve ao princípio em conta a evolução da arquitetura norte-americana. Adolf Loosparece haver sido o único arquiteto que, no final de século, teve conhecimento disso por haver permanecido três anos nos Estados Unidos. E em sua rejeição de toda forma ornamental, exposta em seu trabalho “Enfeito e crime” que publica em 1908, vai bem mais longe que Sullivan.
ARQUITETURA NO SÉCULO XX
O Racionalismo.
Durante o século XIX a arquitetura divide-se em duas correntes: a arquitetura de estilos que prevalece como a propriamente representativa e a arquitetura que, motivada pelo aparecimento e crescimento da grande indústria, desenvolvem os engenheiros. Enquanto a arquitetura acadêmica (neoclasicismo, neogótico, etc.) recreia-se em estilos anteriores, a arquitetura do maquinismo aplica, como dissemos antes, materiais como o ferro e o vidro e consegue as máximas realizações no domínio da nave industrial e no monumento arquitetônico.
Para 1890 o modernismo efetuou a primeira tentativa de ruptura com os estilos do passado. Mas ao fundar a renovação o ornamento e, conforme aos princípios do movimento “Arts & Crafts”, em oposição com a industrialização, cedo produziu-se cansaço e seu sucesso durou pouco tempo. O novo estilo foi o que, aproveitando os achados estruturais da arquitetura do maquinismo, se enfrentou com o problema de desenvolver uma nova beleza da forma que se adaptasse às condições materiais e construtivas. O racionalismo atingiu sua maturidade nos anos anteriores à segunda guerra mundial.
Caraterísticas do racionalismo:
A adoção de estruturas de aço ou de concreto e paredes ligeiras, muitas vezes simples superfícies de cristal.
A ausência de ornamentação.
Um estreito relacionamento entre a forma e a função.
O emprego das novas técnicas.
A intenção social.
Influência das artes plásticas:
O Racionalismo está estreitamente unido com as artes plásticas, especialmente com a pintura. Todos os movimentos que desde princípios de século se irão acontecendo na pintura, deixarão sua influência no trabalho dos arquitetos que, em muitos casos, seguirão os princípios daquela. Influem sobretudo os seguintes movimentos:
O Cubismo, que trata de representar os objetos em todos seus aspetos desde todos os pontos de vista possíveis e reduzidos a seus componentes geométricosmais simples.
O Futurismo, que trata de conseguir um dinamismo plástico; pretende-se captar o movimento dos modelos na cada uma de suas situações e todas simultâneas ante o espetador.
O Expressionismo, que busca uma forte valoração da forma e a cor, tendente à consecução de um naturalismo de força vital.
O Neoplasticismo, que reduz a pintura a sua mais elementar expressão: retângulos de cores primários charutos conjugados (vermelho, azul e amarelo).
Primeiros Arquitetos:
Peter Behrens, arquiteto e desenhador alemão. Nasceu em Hamburgo em 1868 e faleceu em 1940. Foi um dos primeiros expoentes do racionalismo, se encontra no movimento alemão denominado “Werkbund”, cuja orientação geral tende a uma fusão dos princípios do “Arts & Crafts” com as novas inovações mecânicas, fruto do emprego dos novos materiais e suas condições técnicas.
Iniciou sua carreira como grafista, dentro da corrente Art Nouveau, a partir de 1900 começou a praticar também a arquitetura. Behrens evoluiu muito cedo para um estilo geométrico e austero, que com o tempo se imporia como o arquétipo da arquitetura industrial.
Foi contratado pela empresa AEG, empresa para a que desenhou uma grande quantidade de produtos, como projetista, construtor e desenhador dos produtos que fabrica a casa, em 1909 constrói para ela a famosa fábrica de turbinas de Berlim. Os materiais que emprega para sua construção, ferro e vidro, não eram novos, embora pela primeira vez foram utilizados aqui de maneira apropriada a sua função e à estrutura do conjunto, com o que se elevaram a categoria artística. Na Höchster Farbwerke, próxima a Frankfurt, construída em tijolo, acercou-se à corrente expresionista, embora foi menos radical no uso dos materiais.
Em seu estudo trabalharam três jovens que mais tarde se converteram nos maestros do movimento moderno: Walter Gropius, Ludwig Mies Vão der Rohe e Lhe Corbusier.
Adolf Loos, arquiteto austríaco nascido em Brno em 1870 e falecido em 1933 em Viena, foi um dos primeiros arquitetos que se rebelaram contra as tendências decorativas do modernismo. Recebeu a influência racionalista da escola de Chicago e reagiu contra a superficialidad do estilo Art Nouveau, de moda em sua época. Sua forte crítica ficou plasmada no conhecido ensaio Ornamento e delito (1908) e na Casa Steiner (Viena, 1910), um edifício cúbico liso, despojado de tudo enfeito, que foi uma das primeiras moradas construídas em concreto armado. Nega radicalmente todo decorativismo: “a beleza deve ser conseguida por médio de um jogo harmônico de superfícies e volumes”. Esta economia de meios é o expoente de uma maturidade expressiva que despreza os elementos ornamentales superpostos, não essenciais. A consecução de beleza deve ser conseguida a partir dos elementos básicos e indispensáveis da construção, todo quanto se acrescente não tem razão de ser e indica incapacidade.
Propugna uma arquitetura simples baseada em planos, combinados de tal modo que determinem um espaço enquadrado entre eles, mas não fechado, senão em contato com a natureza. O volume do edifício não se enfrenta ao espaço exterior, senão só a estrutura.
As idéias radicais de Louis tiveram uma importante influência entre os arquitetos vanguardistas da seguinte geração, sobretudo na Áustria e Alemanha.
Le Corbusier, utiliza-se a pedra, a madeira e o cimento, e com estes materiais levantam-se casas e palácios: isto é construção. O talento trabalha, Vers une architecture, 1923.
Em 1907 vai ter contato com Hoffmann em Viena, depois passará ao estudo de Garnier, onde conhece a cidade industrial. Estará também muito tempo colaborando com Perret, aproximadamente ano e médio, lhe transmitirá seus conhecimentos sobre o concreto armado e as técnicas para sua utilização em estruturas. Em 1910 entrará em contato com Peter Behrens, com o que aprenderá qualidades artísticas. Fez várias viagens, o que lhe contribuirá novos conhecimentos sobre diversos tipos de arquitetura. Sua viagem à Toscana dá-lhe conhecimentos medievais e pelo Mediterrâneo, com o que aprenderá da arquitetura tradicional branca, com luminosidade.
Lhe Corbusier resume sua arquitetura em cinco pontos:
1.- A planta livre, reivindica a independência entre estrutura, fechamento e a distribuição interna da casa, solicitando para a planta seu caráter de obra de arte.
2.- A fachada livre, reivindica a fachada como obra de arte, como uma tela ou um quadro que lhe permita trabalhar com liberdade.
3.- As janelas em longitude, substitui as janelas tradicionais por este tipo de janelas que percorrem longitudinalmente toda a fachada da casa, poderá dobrar as janelas nos cantos. Deixa o fechamento como isolante. Tudo isto será um fator importante já que lhe mudasse a iluminação a suas casas.
4.- O edifício sobre uma estrutura de pilotis. Localizasse a casa sobre pequenos pilares redondos, dando local à ausência do zócalo.
5.- A esplanada jardim, a utilizará em todas suas obras como parte da casa. VAI ser um espaço no que localizará elementos figurativos de maquinistas, que recordam aos temas da produção industrial.
Uma de suas principais contribuições, aparte da rejeição aos estilos historicistas partilhado com outros arquitetos e teóricos do movimento moderno, é o entendimento da casa como uma máquina de habitar (machine à habiter), de acordo com os avanços industriais que incorporavam os automóveis, os grandes transatlânticos e os novos aeroplanos. Definiu a arquitetura como "o jogo correto e magnífico dos volumes baixo a luz", fundamentada na utilização lógica dos novos materiais: concreto armado, vidro plano em grandes dimensões e outros produtos artificiais. Uma de suas preocupações constantes foi a necessidade de um novo planejamento urbano, adequada às necessidades da vida moderna. Durante a década de 1920 propôs numerosos projetos urbanísticos e residenciais, mas só pôde construir uma série de vilas unifamiliares próximas a Paris.
Para Lhe Corbusier, arquitetura e urbanismo eram o mesmo. O urbanismo produz-se com o ordenamento, classificação e repetição de peças arquitetônicas. Usando estes conceitos criará uma cidade de três milhões de habitantes. Destaca o centro formado por arranha-céu, os arredores por áreas residenciais. O mais destacado é a figura geométrica formada no centro pelos quatro arranha-céus centrais, um espaço vazio, centro simbólico da cidade contemporânea.
Seus escritos mais importantes recolhem-se em vários livros, entre os que destacam Vers une architecture(Para uma arquitetura, 1927), A maison dê hommes (A casa dos homens, 1942) e Quand lhes cathédralesétaient blanches (Quando as catedrais eram brancas, 1947).
Auguste Perret, arquiteto francês que nasceu em Bruxelas em 1874 e faleceu em 1954, em Paris. Iniciou a construção de edifícios mediante estruturas de concreto armado, como mostra o edifício de moradas darue Franklin (1902-1903) em Paris, a primeira obra residencial construída neste material. Perret sempre tentou mostrar de uma forma expressiva a estrutura de seus edifícios. Destacará por sua inovação no uso do concreto armado, o usará de muito diversas formas, o que implicará uma nova arquitetura: otimizará e desenhará os esqueletos ou retículos gerando novas possibilidades formais e construtivas. Desenvolve uma nova linguagem chegando a realizar grandes aposta. Com o tempo, seus projetos evoluíram para o estudo das proporções clássicas, mais relacionadas com seus antecessores, como se observa na igreja deNotre Me dá du Raincy (1923). Após a guerra mundial realizou a reconstrução de cidades inteiras.
Arquitetura de entre guerras.
Cinco grupos de artistas, surgidos a raiz da primeira guerra mundial, influiriam decisivamente na arquitetura que se ia desenvolver durante os anos precedentes à segunda guerra mundial: construtivismo, De Stijl, futurismo, expressionismo e Bauhaus.
O Construtivismo:
Começou em Moscou pouco depois da primeira guerra mundial e teve sua origem nas obras e teorias dos irmãos escultores Naum Gabo e Antoine Prevsner. Ambos lançaram em 1920 um Manifesto realista no qualexplicavam as ideias do construtivismo. A este movimento aderiram-se outros artistas russos como Vladimir Tatlin, Kasimir Malevitch e O Lissitzky.
O construtivismo renunciava à estética da massa, substituindo-a pela estética de linhas e planos. Afetava a todas as artes plásticas, mas partindo sobretudo da escultura.
Este movimento foi repetidamente relacionado com o cubismo. Também a arte construtivista apresentava relacionamentos simples de formas geométricas, às quais podem ser reduzidas todas as formas naturais, segundo o enunciado do pintor Cazánne de que, na natureza, todo se aproxima à esfera, ao cone ou ao cilindro.
Na arquitetura, o construtivismo pode ser considerado como uma parte do funcionalismo que abandonou a decoração ciñéndose à construção e no que o efeito estético vem dado somente pelo relacionamento massa-espaço.
Em 1922 teve local uma Internacional constructivista levada a termo pelo Lissitzky e o holandês Theo vãoDoesburg, que proclamaria a importância da máquina na estrutura da construção.
Podem ser citado como exemplos do constructivismo o projeto de monumento que Vladimir Tatlinapresentou em Moscou para a III Internacional; o croqui para o edifício do jornal Prawda , em Leningrado(1923), pelos irmãos Alexander e Vladimir Vesmin; ou o projeto Estiranubes do Lissitzky e Mart Stam.
Cabe citar também as arquiteturas suprematistas do pintor Kasimir Malevich, construções de madeira plástico-arquitetônicas, com as quais seu autor forma singelos cubos. Malevich dava o nome de suprematismo à arte da pura abstração.
De Stijl:
O grupo holandês De Stijl, que editava uma revista do mesmo nome, se formou em 1917, em Leiden. Pertenciam a ele pintores, arquitetos, escultores e desenhadores de objetos industriais.
O “dar forma”, princípio condutor do Stijl, estava dominado pelo neoplasticismo dos pintores Mondrian e Theo vão Doesburg e significava a total ruptura com a tradição.
Na arquitetura predomina a linha reta e embora a base do edifício é o cubo, trata de imaginar-se as paredes interiores de separação prolongadas no exterior, recusando-se toda delimitação das fachadas interiores, posteriores e laterais. As três cores primários, vermelho, azul e amarelo devem cobrir toda a diversidade de formas, se acrescentando, como cores de contrate, alvo, negro e cinza. O corpo do edifício é aberto, já não está rodeado de um muro, senão articulado pela forma e diferenciado pela cor.
Exemplos característicos da arquitetura do Stijl é a casa Schöeder, desenhada em Utrech (1924) por GerritThomas Rietvela e o café De Unie, em Rotterdam, construído por Jacobus Oud em 1924-25 e destruído no bombardeio de 1940.
Caraterísticas:
Chegar à abstração mediante a articulação da linha horizontal com a vertical, o ângulo reto e as três cores primários.
Teve uma influência de F. L. Wright.
Futurismo: Pertence ao grupo das vanguardas. Começou em 1909 sendo um movimento poético ou literário que passou a ser pictórico ou escultórico para finalmente acabar sendo um movimento arquitetônico.
O poeta Marinetti escreveu um primeiro manifesto socialista, embora terminou sendo fascista. Assinalava dois aspetos importantes:
Eliminar o tradicional na cultura (o clássico).
Impulsionar os valores de um ambiente mecanizado.
O manifesto da pintura e a escultura proclama o dinamismo como um dos elementos baseie na composição. Na arquitetura, o arquiteto que o impulsiona será Antonio de Sant'Elia.
Antonio de Sant'Elia, arquiteto futurista italiano cuja obra, sobretudo após sua prematura morte, exerceu uma influência importante na evolução da arquitetura moderna. Nasceu em Como o 30 de abril de 1888. Estudou em Milão e Bolonha e em 1912 voltou a Milão para abrir seu próprio estudo. Acometeu muitos poucos encargos, e os que chegou a completar foram mais tarde demolidos ou transformados. Em 1914 expôs muitos de seus desenhos arquitetônicos, reunidos baixo o título Città Nuova (Nova cidade) e uniu-se ao movimento futurista liderado pelo poeta Filippo Tommaso Marinetti. Desde sua militância escreveu dois ensaios teóricos: Mesagio (Mensagem, 1914) e o Manifesto dell'architettura futurista (Manifesto da arquitetura futurista), elaborado junto de Marinetti e Carlo Carrà. Ao desencadear-se a I Guerra Mundial sealistó no exército italiano e perdeu a vida o 10 de outubro de 1916 em uma ação militar cerca deMontefalcone. Em seus projetos recolheu a influência da Secessão vienesa —em especial a de OttoWagner—, e a dos arranha-céus estadounidenses, mas em qualquer caso sempre recusou a tradição clássica europeia. Seus desenhos mostram edifícios marcadamente verticais, em ocasiões com elevadores (elevadores) exteriores e surcados por ruas ou avenidas elevadas. Estes projetos utópicos, bem como seus exhortaciones sobre o uso dos novos materiais industriais, fazem com que seja considerado como um dos pioneiros do movimento moderno na arquitetura.
A ciência, a técnica e as possibilidades da eletricidade farão possíveis novos edifícios. Não terá catedrais ou academias por pôr um exemplo, senão que os grandes edifícios serão estações de ferrovia, portos. Se construirá uma grande cidade com imensos astilleros ou outros edifícios de grande atividade, dinâmicos. O edifício será como uma grande máquina construída com concreto, ferro e vidro. Será uma arquitetura sem ornamentos, nem talhados ou pintados. A beleza recairá sobre a simplicidade formal. Os edifícios se construirão a diferentes níveis, e com corpos cilíndricos ou prismas e planos inclinados.
Expressionismo:
Em 1914, Paul Scheerbart publica sua obra “Glassarchitectur” (arquitetura de cristal), devido à precisada mudança funcional, mas sobretudo estético. Scheerbart pensava que a arquitetura de cristal nos introduziria em uma nova cultura que melhoraria a atual, realizaria mudanças como a construção de casas com muros de cristal para mudar o caráter fechado das habitações e deixar passar a luz em sua totalidade, e assim poder observar o maravilhoso mundo de cores.
Bruno Taut, em 1914, construiu a “Casa de Cristal”, inspirada por Scheerbart. Tudo nela estava destinado a uma função didática, de tal forma que quando se estava nela se iniciava uma viagem de conhecimento e transformação das pessoas, as apurando.
No final de 1916, Taut organizou uma correspondência epistolar entre artistas e arquitetos, nela se expunham as visões pessoais em desenhos e comentários. Isto constituiu um desenvolvimento do expressionismo, pelo que passaram todos os arquitetos alguma vez em sua carreira.
Mas o expressionismo não chega só com o cristal, há outros arquitetos cuja arquitetura mantém relacionamento com a natureza. Mendelsohn, um destes treze componentes, usou a língua gemex pensionista com uma visão mediadora para a nova era maquinista, mas terminou contrastando o velho com o novo, o que lhe produziu um efeito de choque, e nesta direção se foi esquecendo do mundo mecânico.
A Bauhaus:
Bauhaus é o nome de uma escola de desenho, arquitetura e indústria, fundada em 1919 em Weimar (Alemanha) pelo arquiteto Walter Gropius, transladada a Dessau em 1925 e dissolvida em Berlim em 1933. Pode ser dito que o espírito e os ensinos desta instituição se estenderam por todo mundo.
Criação e história da Bauhaus:
1ª fase) 1922. Consolida-se como escola de artistas e arquitetos. Foi uma época caraterizada pela adoção de toda a linguagem de De Stijl, teve uma incidência importante em Vão Deosburg.
2ª fase) 1924. Reconhecida internacionalmente embora vai ter ataques políticos, tanto da direita como da esquerda.
3º fase) 1925. Translada-se a Dessau e constrói-se um novo edifício desenhado por Gropius. Esta seria uma época de grande produção.
4º fase) 1928. Walter Gropius deixa ao Bauhaus após nove anos, seu seguinte diretor será Hannes Meyer, que estará na escola até 1931, seu último diretor será Mies Vão der Rohe.
Gropius sustentava que o artista e o arquiteto deviam ser também artesãos. Segundo ele, um edifício terminado tem de ser o resultado do labor conjunto dos artistas e artesãos, a cada umdos quais contribuirá seu trabalho. Gropius propugnava o trabalho em equipe para a construção, o mobiliário, a cerâmica e para todas as demais artes relacionadas com a arquitetura. Também a formação industrial entrava no plano de ensino da Bauhaus. Gropius não era inimigo do emprego das máquinas, senão que as subordinava à ação criadora do artista.
Conseguiu reunir um professorado magnifico, que atingiu um grande sucesso em sua missão. Formavam-no pintores, escultores, decoradores, arquitetos, etc.
Como arquitetos a assinalar da escola, devemos citar aos que foram dois de seus diretores: WalterGropius e Mies Vão der Rohe.
Walter Gropius, nasceu em Berlim em 1883 e faleceu em 1969 em Boston. Estudou arquitetura nas universidades de Munich e Berlim-Carlottenburg. Entre 1907 e 1910 trabalhou no estudo do arquiteto Peter Behrens. Em 1911 uniu-se ao Deutscher Werkbund, instituição criada para coordenar o trabalho dos desenhadores com a produção industrial. Após a I Guerra Mundial dirigiu duas escolas de arte emWeimar, até que as transformou, em 1919, na nova Bauhaus. Suas principais hipóteses, que faziam parte dos princípios ideológicos desta escola, foram a economia expressiva e a adequação aos meios produtivos para todas as formas de desenho, uma espécie de união entre a arte e a engenharia. Estes conceitos também se plasmam em seus edifícios, que exerceram uma enorme influência na arquitetura moderna. Gropius abandonou seu cargo como diretor da Bauhaus em 1928 e continuou sua carreira como arquiteto. Sua oposição ao partido nazista obrigou-lhe a abandonar a Alemanha em 1934, e após passar vários anos em Grã-Bretanha emigrou a Estados Unidos para dar classes na Universidade de Harvard.
Para ele, o importante era a formulação de uma nova linguagem como um novo método, não podem ser dados soluções preparadas, senão métodos para resolver os problemas passo a passo. Isto é, a arquitetura não é um problema exclusivo de formas, o importante é o método, através dele, se consegue a forma.
Ludwig Mies Vão der Rohe, (1886-1969), arquiteto alemão nacionalizado esta olindense, um dos maestros mais importantes da arquitetura moderna e com toda probabilidade o máximo expoente do século XX na construção de aço e vidro.
A arquitetura de Mies caracteriza-se por uma singeleza essencialista e pela sinceridade expressiva de seus elementos estruturais. Embora não foi o único que interveio nestes movimentos, seu racionalismo e seu posterior funcionalismo se converteram em modelos para o resto dos profissionais do século. Sua influência poderia ser resumida em uma frase que ele mesmo ditou, e se converteu no paradigma ideológico da arquitetura do movimento moderno: "menos é mais". Sua obra destaca-se pela composição rigidamente geométrica e a ausência total de elementos ornamentares, mas sua poética radica na #sutil mestria das proporções e na elegância extraordinária dos materiais (em ocasiões empregou mármore, ónice, travestindo, aço cromado, bronze ou madeiras nobres), arrematados sempre com grande precisão nos detalhes. Suas primeiras obras já mostram o caminho que continuaria durante o resto de sua carreira. Entre os projetos não construídos mais emblemáticos estão uma coleção de arranha-céu de aço e vidro, que se converteram no símbolo da nova arquitetura. No final da década de 1920 acometeu duas de suas obras mestres mais representativas: o pavilhão alemão para a Exposição Universal de Barcelona de 1929 e a casa Tugendhat (1930) em Brno. Em ambos edifícios utilizou uma estrutura de pequenos pilares metálicos cruciformes que libertavam a área da planta, composta por espaços que fluem entre ligeiros painéis de ónice, mármore ou madeira de ébano, delimitados por grandes cristaleras que ocupam toda sua altura. Considera-se um dos maestros mais importantes da arquitetura moderna, junto do suíço-francês Lhe Corbusier e o estadounidense Frank Lloyd Wright. Sua impressão foi especialmente profunda nos Estados Unidos e a maioria dos arranha-céus construídos por todo mundo seguem parcial ou totalmente suas propostas compositivas.
Arquitetura Orgânica.
Em frente ao funcionalismo, arquitetos importantes como Frank Lloyd Wright em Norteamérica, Henry vão de Velde, Eric Mendelshon e Alvar Aalto, em europa, se esforçaram por conseguir uma arquitetura que se parecesse em forma ou caráter a um organismo natural e que tivesse a mesma unidade.
Pese a que o organicismo é uma tendência própria do século XX, já Vasari e Miguel Angel falavam de uma arquitetura de proporções orgânicas com o corpo humano. Os arquitetos modernos concebem a arquitetura orgânica como a fusão das diferentes partes ou elementos de um edifício em um todo orgânico que imita a natureza e se insere nela como parte integrante da mesma.
Nisto insistiu Frank Lloyd Wright: um edifício não deve estar sobre uma colina, senão fazer parte da colina, como se nascesse da terra.
Frank Lloyd Wright, um dos principais maestros da arquitetura do século XX. Nasceu o 8 de junho de 1867 em Richland Center (Wisconsin). Estudou engenharia civil na Universidade de Wisconsin e em 1887 viajou a Chicago para trabalhar como desenhista no estudo de Adler&Sullivan. Um dos sócios desta companhia, Louis Henri Sullivan, exerceu uma importante influência na obra de Wright, que sempre lhe considerou seu maestro. Em 1893 abriu seu próprio estudo de arquitetura em Chicago. Wright acuñó o termo de arquitetura orgânica, cuja idéia central consiste em que a construção deve ser derivada diretamente do meio natural. Desde os inícios de sua carreira recusou os estilos neoclasicistas evictorianos que imperavam no final do século XIX. Sempre se opôs à imposição de qualquer estilo, convencido como estava de que a forma do cada edifício deve estar vinculada a sua função, o meio e os materiais empregados em sua construção. Este último sempre foi um dos aspetos onde demonstrou maior mestria, combinando com inteligência todos os materiais de acordo com suas possibilidades estruturais e estéticas.
Outra de suas contribuições fundamentais à arquitetura moderna foi o domínio da planta livre, com a que obteve impressionantes espaços que fluem de uma estância a outra. Este conceito é evidente nos telefonemas prairie-houses (casas da pradera), entre as que destacam a Martin House em Buffalo (Nova York, 1904), a Coonley House em Riverside (Illinois, 1908) e a Robie House em Chicago (1909).
Wright foi o pioneiro na utilização de novas técnicas construtivas, como os blocos de concreto armado pré-fabricados e as inovações no campo do ar condicionado, a iluminação indireta e os painéis de calefação. OLarkin Building em Buffalo (Nova York), projetado em 1904, foi o primeiro edifício de escritórios em dispor de ar condicionado, janelas duplas, portas vidrieras e móveis metálicos. Entre suas inovações estruturais destaca o sistema antisísmico desenvolvido no enorme Hotel Imperial de Tóquio: para ganhar flexibilidade, empregou uma estrutura de voladizos apoiada em uns alicerces que flutuam sobre um leito de varro. O edifício concluiu-se em 1922 e não sofreu nenhum dano no terrível terremoto do ano seguinte.
Entre 1909 e 1910 se autoexilió na Europa, acossado por problemas pessoais e inimizades profissionais. A seu regresso estabeleceu-se em Taliesin, onde construiu sua própria casa e um estudo-escola inspirado nos relacionamentos mestre-discípulo. Pouco a pouco foi obtendo o merecido reconhecimento internacional, embora os encargos mais importantes demoraram em chegar. Em 1959 concluiu o edifício helicoidal para o Museu Solomon Guggenheim em Nova York.
Entre suas contribuições também destacam seus numerosos escritos, entre os que se incluem AnAutobiography (Autobiografía, 1932, revisada em 1943), An Organic Architecture (Arquitetura orgânica, 1939), e Natural House (Casa natural, 1954). Wright morreu o 9 de abril de 1959 em Phoenix (Arizona).
Alvar Aalto, arquiteto e desenhador finés, um dos mais destacados do século XX, conseguiu dotar ao racionalismo puro, tanto em seus edifícios como em seus móveis, deum encanto e calidez pouco comuns.
Seus primeiros edifícios famosos são os escritórios e imprenta de um jornal em Turku (1927-1930), célebre pelas colunas afiadas que sustentam o teto da sala de imprensa; a biblioteca de Viipuri, que se converteu em exemplo deste tipo de edifícios para a arquitetura moderna; e o sanatorio antituberculoso dePaimio (1929-1933), onde, além dos avanços tecnológicos, os pacientes desfrutam de elementos arquitetônicos como as ensolaradas varandas, abertos para umas magníficas vistas. Para este e para outros muitos edifícios, Aalto e sua primeira mulher, Aino Marsio, desenharam a decoração e os móveis, quase sempre de madeira laminada.
Em 1935 fundaram a empresa Artek, que ainda hoje produz um mobiliário inovador. A reputação internacional de Aalto cresceu com uma série de edifícios anteriores à II Guerra Mundial, todos eles realizados com estruturas de madeira, como o Pavilhão da Finlândia da Exposição Internacional de Paris de 1937 ou a Vila Mairea (1938-1939), construída para um cliente acomodado, em onde ademais consegue, seguindo os princípios da arquitetura racionalista, uma sensação de luxo até então nunca conseguida.
Chegou aos Estados Unidos em 1940 como professor convidado pelo Massachusetts Institute ofTechnology (MIT), e ali permaneceu oito anos, durante os quais projetou a Baker House (1947), uma surpreendente residência cuja planta serpentea junto ao rio Charles.
Aalto regressou a Finlândia em 1948 para dirigir o Escritório de Reconstrução deste país, após a devastação produzida pela II Guerra Mundial. Criou pára Säynätsalo, uma vila isleña, a Prefeitura (1950-1952), de tijolo e madeira, elevado sobre um podium. Dos edifícios de Aalto em Helsinque, o mais impressionante é a Casa da Cultura (1967-1975), situada à orla do lago.
Henry vão de Velde, desenhador e teórico belga. Estreou-se como arquiteto e como desenhador em 1895 quando projetou e construiu uma casa para si mesmo em Uccle, cerca de Bruxelas. Com ela pretendia evidenciar a síntese suprema de todas as artes.
Vão de Velde cria na reforma da sociedade mediante o desenho do meio. Para ele, a casa unifamiliar era o principal veículo social mediante o qual podiam ser transformados gradualmente os valores da sociedade. Embora esforçava-se por conseguir uma cultura da forma que fosse empática e vital, não era consciente, no entanto, da tendência inata de todas as arquiteturas para a abstração. Neste contexto, seu sempiterno respeito pelo Gótico pode ser considerado como nostalgia por uma arquitetura na que a vitalidad imediata da forma-força chegava a ser superada pela sublime abstração estrutural do conjunto.
Fez uma #sutil distinção entre ornamentação e ornamento, afirmando que a primeira, como era aplicada, não tinha relacionamento com o objeto, enquanto o segundo, como vinha determinada funcionalmente, ficava integrado nele.
A conversão apolínea de Vão de Velde coincidiu com o clímax de sua carreira em Weimar, em 1904 foi nomeado professor da recém-criada Escola de Artes e Ofícios, desenho as novas dependências da escola, o núcleo do que catorze anos mais tarde se converteria na Bauhaus de Weimar. No entanto, este momento, o mais triunfal de sua carreira, estava ensombrecido por profundas dúvida interiores com as que começou a questionar a prerrogativa dos artistas para determinar a forma dos objetos.
Sua maior obra foi, quiçá, o admirado teatro da Exposição do Werkbund, última formulação da estética da forma-força de Vão de Velde. Fundindo aos atores com o público e o auditório com a paisagem, apresentava-se como uma singular expressão empática.
Eric Mendelshon, arquiteto alemão cujos desenhos curvilíneos e expressionistas representaram uma alternativa ao estilo funcionalista imperante no século XX. Chamou a atenção em 1918 com uma série de esquemas que contribuíam uma nova maneira de fazer arquitetura. Baseava-se na utilização expressionista desenhos curvos tanto em linhas como em volumes. Tudo isto se comprova no observatório de Einsteinem Potsdam (1921). Durante a década de 1920 uma série de encargos para lojas e cinemas ajudaram-lhe a evoluir e afirmar sua expressão. Estes edifícios mostram a influência que teve Frank Lloyd Wright em sua obra. Fachadas curvas, linhas marcadas e longas janelas panorâmicas horizontais. No pavilhão DaWarr (1935, Bexhill-on-Seja, Inglaterra) inclui uma escada de caracol encerrada em uma torre de cristal. Seu material preferido foi um concreto muito fluído que se ajustava com precisão a seu estilo expressionista
Arquitetura posterior à II Guerra Mundial.
A partir do final da II Guerra Mundial apresentam-se aos arquitetos tarefas de máxima envergadura: a reconstrução das cidades europeias destruídas, a criação de centros urbanos culturais e comerciais nas grandes urbes norte-americanas e a fundação de novas capitais na Ásia (Chandigard) e em América do Sul (Brasília).
A técnica de grandes conjuntos aconteceu à edificação isolada de anos de entre guerras. Esta mudança manifesta-se claramente na interação que começa a dar entre a arquitetura tradicional de edifícios e a arquitetura de comunicações (pontes, autoestradas, aeroportos), com o que o arquiteto passa a atuar no planejamento da paisagem e do espaço.
Põem-se a revisão os princípios desenvolvidos pela arquitetura durante os anos vinte e trinta. Em decorrência deste processo o funcionalismo que se atribuía ao ângulo reto experimenta um considerável retrocesso. A reflexão criadora volta-se a cada vez mais para uma nova interpretação da arquitetura orgânica.
Enquanto Mies vão der Rohe, que em 1937 emigrou a EE.UU., levou o arranha-céu até um nível de requinte estrutural no que se compartilham, dentro de uma solução clássica, a função, a produção tecnicamente padrão e a invenção de formas. Considerações de ordem técnico e prático, como são a produção em série e o crescimento demográfico, aconselham que siga se utilizando a edificação celular, resolvida segundo o sistema rigoroso de verticais e horizontais, naqueles locais onde tenham de se alojar grandes concentrações humanas, isto é, edifícios de escritórios e edifícios de moradas. Como vantagens deste procedimento se assinala um maior número de zonas verdes e de espaço para o tráfico.
Em contraste com a singeleza de formas desta arquitetura utilitária constrói-se uma série de obras monumentais únicas, para cuja realização se recorre a cada vez mais às formas livres, orgânicas e plásticas. Trata-se fundamentalmente de edifícios religiosos, teatros, salas de concertos e instalações esportivas.
Desta época ressaltam quatro grandes arquitetos com seus diferentes estilos e suas maneiras de focar a arquitetura: os Smithon, Aldo Vão Eyck, Rossi e Venturi.
Smithson, Alison e Peter, casal de arquitetos, marido e mulher, primeiros defensores do espírito brutalista. A princípios dos anos 1950 o esteticismo antropológico pôs em contato aos Smithsoncom o fotógrafo Nigel Henderson e com o escultor Eduardo Paolozzi. Nos anos 1951-1954 foram cruciais para sua formação arquitetônica. Já plenamente dedicados a realização da escola palladiana e miesianadesenhada em 1949 pára Hunstanton, em Norfolk, terminada uns cinco anos mais tarde, os Smithsonprolongaram seu sucesso inicial com uma sequência de propostas de concurso sumamente originais, uns projetos que só podem ser vistos como tentativas de inventar uma classe de arquitetura totalmente “diferente”.
O espírito subjacente da sensibilidade brutalista original fez-se público pela primeira vez com a exposição “Paralelo da vida e a arte” instalada em Londres em 1953. Em 1956 desenharam a “Casa do Futuro”, apresentada na Exposição do Lar como casa ideal.
Durante a segunda metade da década dos 50, apartaram-se de sua simpatia inicial pelo estilo de vida do proletariado para aproximar-se mais a uns ideais da classe média que baseavam seu atrativo tanto no consumo ostentoso como na posse generalizada do automóvel. Ao mesmo tempo, seguiam sendo muito pouco otimistas com respeito ao potencial evidente que essa “mobilidade”recém descoberta mostrava para destruir tanto a estrutura como a densidade da cidade tradicional. Em seu estudo de Londres, de 1956, tentaram resolver este dilema projetando a autoestrada elevada como nova solução urbana. Os Smithson estavam nesta época obsedados pela promessa liberalizada a da mobilidade em massa, cuja consecução queriam exaltar com um apropriado enquadramento arquitetônico.
Aldo Vão Eyck, arquiteto que encabeçou junto aos Smithson a geração que no IX CIAM questionou o quarto categorias funcionalistas da Carta de Atenas: morada, trabalho, diversão e circulação. Este grupo buscava os princípios estruturais do crescimento urbano e a seguinte unidade significativa acima da célula familiar.
A carreira de Aldo Vão Eyck esteve dedicada em sua totalidade ao desenvolvimento de uma “forma do local” que resulte apropriada para a segunda metade do século XX. Desde o princípio, Vão Eyck abordou temas que a maioria do Team X preferiria passar por alto, e enquanto o grupo mantinha seu vigor inicial graças a um otimismo ingênuo, Vão Eyck estava animado por um impulso critico que rayaba no pessimismo. Sua preocupação pessoal pelas culturas “primitivas” e pelos aspetos intemporais da forma construída que invariavelmente revelavam tais culturas, datava de princípios dos anos quarenta, de maneira que quando se uniu ao Team X já adotava uma postura singular.
Seu interesse pelo relacionamento interior-exterior e casa-cidade fez-se patente em sua própria obra no final dos anos 50, e de modo particular no lar infantil de Amsterdã/Amsterdã. Nesta escola evidenciou seu conceito de clareza labiríntica mediante uma sequência interligada de unidades familiares abovedadas, unidas todas baixo uma coberta contínua.
Rossi, arquiteto nascido em Milão. Durante a II Guerra Mundial estudo na escola dos pais Somaschi no lago como, e tempo depois no Colégio em Lecco. Depois de terminasse a guerra, rendimento no Politécnico de Milão para receber seu título de Arquiteto em 1959.
Publicou em 1966 um texto singularmente transcendente para o racionalismo L'architettura della città, ressaltava o papel que deviam desempenhar os tipos edificatorios já estabelecidos na determinação da estrutura morfológica da forma humana à medida que está se desenvolve no tempo. Recusava o princípio segundo o qual se supõe que a forma acontece à função. Consciente de que a racionalidade interessada tinha tendência a absorver e distorsionar qualquer gesto cultural significativo, Rossi estruturou sua obra em torno dos elementos tectónicos históricos que podiam recordar e, no entanto, transcender os paradigmas racionais, mas arbitrários da Ilustração: a forma pura propugnada na segunda metade do século XVIII.
Seguindo a tese exposta originalmente por Loos em sua articulo Architektur (1910), Rossi reconhecia que os programas mais modernos eram veículos inadequados para a arquitetura, e para ele isto significava recorrer a uma arquitetura chamada “analógica” cujos referentes e elementos deviam abstrair-se do vernáculo em um sentido o mais amplo possível.
Um acidente automobilístico que sofreu em 1971 lhe mudo a vida quase ao terminar sua juventude e o inspiro a projetar o cemitério de Modena e o cemitério de San Cataldo. Cinco importantes projetos foram completados em 1988 o Palazzo Regionale em Perugia; uma capela funeraria em Giussano construída para a família Molteni; um centro cívico para a cidade de Borgoricco; o Centro Torri Shopping em Parma; casa-a Aurora e os escritórios centrais de GFT. Com a construção destes importantes projetos, Rossiganho clientes em todo mundo, por exemplo construo: Canary Wharf Offices em Londres, uma galeria de arte no Japão, um grande complexo de edifícios em Haia, a restauração de um mosteiro em Sevilla, Espanha, e em seu próprio país um estádio e muitos outros projetos mais. Assim mesmo em 1989 ganhou o concurso para o desenho do Deutsches Historisches Museum in West Berlin. Aldo.
Rossi atingiu um nível de distinção como teórico, escritor, artista, maestro e arquiteto tanto em sua nativa Itália como a nível mundial. Alguns o comparam com Lhe Corbusier, mas todos estão de acordo em que é um “poeta que faz arquitetura”.
Venturi, arquiteto italiano, seguidor do populismo: O reconhecimento da perda da identidade cultural aparecido no rastro do processo de urbanização, retornou com força em meados dos anos sessenta, quando os arquitetos começaram a se dar conta de que o código reducionista da arquitetura contemporânea levava a um empobrecimento do meio urbano.
Com a publicação em 1972 de Learning from Las Vegas, escrito pelo próprio Venturi, Denise SCOTTBrown e Steve Izenour, a evolução sensível e juiciosa de Venturi a respeito das realidades culturais com as que se enfrentava a prática quotidiana, a necessidade de pôr a ordem em frente à desordem e vice-versa, passou da aceitação o mau gosto a seu glorificación. Venturi estava decidido a apresentar Las Vegas como um autêntico arrebato de fantasia popular.
Embora o trabalho em si tratasse da Arquitetura no século XX, como assim mostra seu título, tratando o tema me atrasando em uns anos, para poder explicar e que se compreendesse a evolução da arquitetura neste último século.
No século XIX foi o século da irrupção as máquinas, graças à chegada e utilização de novos materiais como o ferro e o vidro. Unidos a umas novas técnicas de construção e ao aparecimento de uma nova forma de estruturas: o concreto armado, material praticamente indispensável hoje em dia, levaram ao aparecimento de uma nova arquitetura: o Modernismo. Sua principal intenção era romper com a arquitetura do passado e deixar a um lado toda uma série de historicismos que ia surgindo ao longo da história. Surgiu na América com A Escola de Chicago e anos mais tarde apareceu na Europa baixo a corrente do Art Nouveau.
A intenção do modernismo era criar uma nova arquitetura, um novo estilo, que misturasse a utilização de todo tipo de materiais, muito cuidado pelos arquitetos, conseguindo diversas formas e texturas, as linhas ondulantes e assimétricas à natureza, e se baseando na ornamentação e no decoro.
Entrando no século XX, encontramos o Racionalismo, um novo movimento “que recolhe o semeado pelo Modernismo”, utiliza os novos materiais, novas estruturas de aço ou concreto, aparece um novo conceito: a utilidade; os edifícios desenham-se de uma forma concreta dependendo do uso que iam ter. Ao mesmo tempo produz-se uma rejeição à ornamentação, já não é necessária, se construímos um edifício para algo concreto, não é necessário que seja especialmente belo, e ademais um edifício simples também entranha uma beleza singular. Segundo avança-se no mundo da ciência e a técnica, vão-se introduzindo novas técnicas e avanços no mundo da arquitetura, empregam-se novas formas de construir.
Desta época parece-me importante ressaltar a arquitetos da talha de Peter Behrens, fundador daWerkbund alemã, expoente da arquitetura industrial; Adolf Loos, o primeiro arquiteto que tenta romper com o decoro do Modernismo e que influirá em posteriores arquitetos e vanguardas; Lhe Corbusier e seus novos cinco pontos sobre a arquitetura, aspetos totalmente novos e revolucionários que significaram um antes e um depois e que mudaram o conceito de edifício, este foi considerado um dos maestros da arquitetura moderna e Auguste Perret, quem destacará pela utilização do concreto armado e por criar novas formas estruturais.
Após esta entrada arquitetônica no século XX, pareceu-me conveniente fazer uma separação cronológica: durante as duas guerras mundiais por um aparte, e após a II Guerra Mundial por outra. Entre meios aparece na América, uma nova maneira de fazer arquitetura: A Arquitetura Orgânica, encabeçada por Frank Lloyd Wright, projeta uma arquitetura excecional, ao todo harmonia com a natureza. “Se vê uma paisagem totalmente natural no que se encontra uma casa destes maravilhosos arquiteto não te dará conta de sua existência, seria como uma árvore mais, em mudança se a casa fosse de outro estilo, seguramente se veriacomo um pegote”, esse é o resumo e o que pretendia Wright com sua arquitetura. Também aparecem outros arquitetos europeus como Alvar Aalto, Enry vão de Velde ou Eric Mendelshon, que tiveram uma grande influência do “maestro” Wright.
Voltando atrás, na etapa que decorre durante I e a II Guerra Mundial, aparecem uns grupos ou vanguardas que tentam criar novas arquiteturas, estes seriam: o constructivismo russo, o gruponeoplasticista De Stijl, o futurismo, o expressionismo e a escola Bauhaus com Gropius e Mies vão derRohe à cabeça.
Geralmente as vanguardas partiam das artes plásticas, leia-se escultura ou pintura, e utilizavam muito a linha reta e os planos, utilizando diversas formas geométricas, o cubo seria o exemplo mais significativo. Com este estilo partiam o constructivismo, que se relacionou e muito com o cubismo, e o grupo De Stijl. Por outra parte o futurismo queria acabar com todo a anterior, o clássico, para se introduzir mais em uma arquitetura do futuro, valha a redundância. O Expressionismo vê necessário uma mudança funcional, mas sobretudo estético. Para isso, utiliza os muros de cristal, que mudam uma imagem da casa fechada possibilitando a entrada de luz e os espaços abertos em contato com o exterior.
A escola Bauhaus fundada por Gropius, merece-se este ponto e aparte, é a culminação das vanguardas. Sua idéia é criar uma escola no que se ensine a não ser só arquitetos, senão também artesãos da arte, que fabricam todo tipo de objetos para seus edifícios. Reuniu um grande professorado com o que foi possível que saíssem muitos jovens com uma grande aprendizagem a suas costas.
Bibliografia:
“História da Arquitetura”, Enciclopédia CEAC, do encarregado de obra.
Kenneth Frampton, tradução de Jorge Sainz (2000).
“História crítica da Arquitetura Moderna”.
Microsoft “Encarta 97”.
Aponte História da Arquitetura 1, curso 2003-04.
O poder da palavra: www.epdlp.com
Fotos encontradas no buscador Google.
Conclusão: 
Após em meio de tantas guerras. O grande papel que tiveram que aceitar os arquitetos foi a construção ou reconstrução de cidades, se mudo a forma de construir, agora, mas em série, bem como a distribuição e ordenação das cidades, criando uma rede retangular de grandes avenidas e distribuindo a cidade em bairros. Aparece também uma nova função do arquiteto, relacionada com a comunicação e o transporte de pessoas, se criam autoestradas, pontes, portos, aeroportos, etc. Em resumo, cria-se uma cidade nova com rasgos diferentes aos anteriores métodos de focá-las.
	
	
	28

Continue navegando