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RESUMO DE CONSTITUCIONAL 2- (PODER LEGISLATIVO )

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DIREITO CONSTITUCIONAL 
II 
PODER LEGISLATIVO 
SEPARAÇÃO DE PODERES 
-Ideia central: 
descentralização de poder 
pulverização do poder 
oposição ao Estado absolutista 
base do poder pela vontade soberana do povo 
-Técnica criada para garantia dos direitos fundamentais 
-Pedra de toque da democracia liberal 
-Crítica: mecanismo criado com lastro nas ideias liberais, 
portanto para manutenção do poder da elite econômica do 
momento – Eros Grau 
-Hoje: necessidade de releitura da separação de poderes no 
Estado Contemporâneo – Bruce Ackerman 
 
 -Teórico referencial: Montesquieu 
 -Obra: O Espírito das Leis 
 -Plano dogmático original: 
 Declaração EUA 1776 
 Declaração francesa 1789 
 -Plano dogmático brasileiro: 
 Artigo 2º CF/88 – separação dos poderes INDEPENDENTES e 
HARMÔNICOS 
 -Não há exatamente uma separação de poderes, mas sim uma 
separação de funções 
 -Como? Pois o poder é SOBERANO, assim, não aceita divisão 
 -A separação não é rígida, ela é preponderante, 
ou seja, não há uma função exclusiva, pois do 
contrário se tem ditadura de cada poder 
 -Montesquieu traça uma crítica às formas de 
governo postas até o momento, para dizer que não 
basta identificar a base do poder, é preciso 
impedir que ele se torne ilegítimo, pois a partir das 
revoluções liberais a fonte do poder é a vontade 
soberana do povo 
 -Ao lado da separação dos poderes ele cria o sistema 
de freios e contrapesos, chamado pelos americanos de 
doutrina CHECKS AND BALANCES, com lastro no 
raciocínio de que somente o poder pode conter o 
próprio poder 
 -A partir de então o princípio da separação dos 
poderes torna-se um dogma constitucional para os 
Estados da modernidade 
 -Corolário da separação dos poderes é o princípio da 
legalidade 
 -A separação dos poderes para nós é estudada 
primeiramente em uma dimensão vertical 
(federalismo), e agora em uma dimensão horizontal 
(Legislativo, Executivo e Judiciário), nesta ordem por 
uma questão de justificativa histórica, pois houve 
uma homenagem à atividade do Legislador, em 
razão do princípio da legalidade para equação 
de estabilidade, bem como proteção do 
PATRIMÔNIO 
INTRODUÇÃO AO PODER 
LEGISLATIVO 
 PODER LEGISLATIVO DA UNIÃO É EXERCIDO PELO 
CONGRESSO NACIONAL 
 
 CONGRESSO NACIONAL 
 
CÂMARA DOS DEPUTADOS 
SENADO FEDERAL 
ORGANIZAÇÃO DO PODER LEGISLATIVO 
 -Essa estrutura decorre da característica da federação, 
BICAMERALISMO, onde o Poder Legislativo federal 
(Congresso Nacional) fica dividido em duas casas, uma 
para representação do povo (Câmara dos Deputados) e 
uma para representação dos estados-membros e do distrito 
federal (Senado Federal) 
 -Inspiração no federalismo EUA, lembrando que o município 
passou a ser ente federativo a partir de 1988, portanto 
revela-se em peculiaridade do federalismo brasileiro, 
porém, não possui representatividade no Poder Legislativo 
federal 
ORGANIZAÇÃO DO PODER LEGISLATIVO 
 -Plano dogmático para organização do 
Poder Legislativo: 
 Congresso Nacional: artigo 44 CF/88 
 Câmara dos Deputados: artigo 45 CF/88 
 Senado Federal: artigo 46 CF/88 
 Regra de quórum: artigo 47 CF/88 
 
CÂMARA DOS DEPUTADOS 
 -Sistema proporcional em cada estado e DF 
 -Limite: mínimo de 8 e máximo de 70 
 -Quociente eleitoral e quociente partidário 
 -Territórios federais: 4 deputados federais 
 -Mandato de 4 anos, correspondente o 
período da legislatura federal 
 -Suplência dos Deputados Federais 
 
 -A composição da Câmara dos Deputados é feita pelo 
sistema proporcional, isso significa que referida 
composição se dará proporcionalmente ao quantitativo 
da população de cada estado ou DF, porém, sempre 
deverá ser respeitado o número mínimo de 8 e máximo 
de 70 
 -Artigo 45, caput e §1º da CF/88 
 -Hoje o total é de 513 Deputados Federais 
 -Lei Complementar estabelecerá, com base no censo (LC 
nº 78 de 1993) 
 ACRE 8 PERNAMBUCO 25 
 ALAGOAS 9 PIAUÍ 10 
 AMAZONAS 8 PARANÁ 30 
 AMAPÁ 8 RIO DE JANEIRO 46 
 BAHIA 39 RIO GRANDE DO NORTE 8 
 CEARÁ 22 RONDÔNIA 8 
 DISTRITO FEDERAL 8 RORAIMA 8 
 ESPÍRITO SANTO 10 RIO GRANDE DO SUL 31 
 GOIÁS 17 SANTA CATARINA 16 
 MARANHÃO 18 SERGIPE 8 
 MINAS GERAIS 53 SÃO PAULO 70 
 MATO GROSSO DO SUL 8 TOCANTINS 8 
 PARÁ 17 PARAÍBA 12 
 -Quanto mais populoso o estado, maior será o número de vagas 
para Deputado Federal do estado 
 -Porém, só isso não explica o sistema proporcional, é preciso 
entender o que significa quociente eleitoral e quociente 
partidário (lei 9.504/97) 
 -Quociente (resultado de uma divisão) eleitoral= identifico o 
número total dos votos válidos de todos os partidos (votos que 
não foram em branco e nem nulos/lembrar que computam os 
votos feitos de forma direta nos candidatos e os feitos só na 
legenda dos partidos ) em uma eleição e divido pelo número de 
vagas existente para Deputado Federal naquele estado 
 -Exemplo: estado-membro A tem direito a 10 vagas e 
teve 1.000 votos válidos (lembrando que aqui se somam 
os votos diretos nos candidatos e ainda os votos feitos só 
na legenda), portanto divido os votos válidos (1.000) 
pelo número de vagas para DF naquele estado 
(10/número este que TSE determinou), assim, terei o 
resultado de 100, este é o QE. QE=100 
 -E daí? 
 -Só terá direito a vaga de DF, o DF ou a legenda do 
partido que tenha alcançado o mínimo de 100 votos 
 -É preciso ainda calcular o QP, para saber qual 
será o número de candidatos por partido que terá 
direito dentre as vagas existentes 
 -QP= identifico o número total de votos válidos que 
determinado partido teve e divido esse número 
pelo QE, ou seja, por exemplo, vamos pensar que o 
PT tenha tido dentre os seus votos válidos o 
quantitativo de 700, divido 700 por 100 que é o 
QE, portanto terei o resultado de 7 
 -Assim, 7 será o número de vagas que o PT terá 
direito de colocar como Deputados Federais 
 -Faço todas essas contas para saber quantos 
deputados federais serão eleitos por cada partido, 
esse sistema existe para priorizar a proteção, a voz 
das minorias dentro de uma democracia plural 
(regime de governo) com um presidencialismo de 
coalizão com vários partidos (sistema de governo) 
 -Os territórios terão sempre o número de 4 
deputados federais – artigo 45, §2º CF/88 
 -O mandato dos deputados federais é de 4 anos, 
que corresponde ao período de uma legislatura – 
artigo 44, parágrafo único CF/88 
 -Suplência dos Deputados Federais seguirá a 
ordem estabelecida para cada partido a partir do 
QP (quociente partidário) 
SENADO FEDERAL 
 -Sistema majoritário 
 -Mandato de 8 anos 
 -Cada estado elege 3 Senadores 
 -Renovação de 4 em 4 anos, 
alternadamente sempre por 1/3 e 2/3 
 -Suplência dos Senadores Federais 
 -Sistema majoritário significa que quem fizer mais 
votos é eleito, conforme o artigo 46, caput CF/88 
 -O mandato será sempre de 8 anos e cada estado 
possui 3 vagas de Senadores (artigo 46, §1º 
CF/88), essa diferença com relação aos DF 
justifica-se em razão do federalismo como forma 
de Estado, pois como o Senado representa os 
estados, é necessário um equilíbrio entre os entes 
federativos 
 -Senado possui a composição de 81 Senadores 
 -PORÉM, mesmo o mandato sendo de 8 anos, a sua 
renovação se dará sempre de 4 em 4 anos, MAS, de 
forma alternada de 1/3 (1 senador) e 2/3 (2 
senadores) – artigo 46, §2º CF/88 
 -A suplência dos Senadores se dá por chapa, poisquando o candidato se inscreve para o pleito ele 
indica o 1º e o 2º suplentes, portanto a suplência é por 
indicação do candidato ou do partido – artigo 46, §3º 
CF/88 
QUADRO COMPARATIVO ENTRE CÂMARA DOS 
DEPUTADOS E SENADO FEDERAL 
Câmara dos Deputados Senado Federal 
 
-Representantes do povo -Representantes dos estados/DF 
-Sistema proporcional -Sistema majoritário 
-513 membros -81 membros 
-Mandato de 4 anos -Mandato de 8 anos 
-Renovação a cada 4 anos -Renovação a cada 4 anos 
 por 1/3 e 2/3 
-Idade mínima 21 anos -Idade mínima 35 anos 
(artigo 14, §3º CF/88) (artigo 14, §3º CF/88) 
 
 
 
REGRA DO ARTIGO 47 CF/88 
 -O artigo 47 da CF/88 estabelece a REGRA para 
o procedimento ordinário do processo legislativo 
(comum, padrão) 
 -Estabelece como se darão as deliberações das 
casas legislativas e de suas comissões 
 -Quórum de instalação – maioria absoluta 
 -Quórum de votação – maioria relativa (simples) 
 
 -Maioria absoluta: 50% até o próximo número 
inteiro do total dos membros 
 -Maioria relativa: 50% até o próximo número 
inteiro do total dos presentes 
 -Antes de iniciada a sessão o Presidente da Mesa 
realiza a “chamada” (eletrônica) dos 
parlamentares para identificar se há quórum 
suficiente para instalação da sessão para votação 
FUNCIONAMENTO PARLAMENTAR 
 1. Legislatura 
 2. Sessão legislativa 
 -Sessão legislativa ordinária 
 -Sessão legislativa preparatória 
 -Sessão legislativa extraordinária 
 -Sessão legislativa unicameral 
 -Sessão legislativa bicameral 
 -Sessão legislativa conjunta 
3. Mesas: conceito e composição 
4. Comissões 
5. Função legislativa típica e atípica 
1. LEGISLATURA 
 -LEGISLATURA: 
 
 -Conforme a regra do artigo 44, parágrafo único 
CF/88 – é o período de 4 anos que corresponde 
ao período do mandato dos deputados federais 
2. SESSÃO LEGISLATIVA 
 -SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA: 
 -Conforme a regra do artigo 57, caput CF/88 é o 
período de trabalho do Congresso Nacional que 
compreendido entre: 
 -02 de fevereiro até 17 de julho e 
 -1º de agosto até 22 de dezembro 
 ATENÇÃO: o período que não está compreendido 
neste prazo é RECESSO DO CONGRESSO 
NACIONAL 
2. SESSÃO LEGISLATIVA 
 -SESSÃO CONJUNTA: 
 -Conforme o artigo 57, §3º CF/88, são situações 
nas quais as duas casas legislativas se reunirão 
para discussão, deliberação, mas sua votação será 
feita de forma separada 
 -Inaugurar sessão legislativa, elaborar regimento 
comum, receber compromisso de posse do PR e 
VICE-PR, derrubar veto do PR 
 -SESSÃO LEGISLATIVA PREPARATÓRIA: 
 -Conforme a regra do artigo 57, §4º CF/88, de 4 
em 4 anos, ou seja, no primeiro ano de cada 
legislatura, quando da posse dos membros do CN, 
as casas legislativas se reunirão no dia 1º de 
fevereiro. 
 -A sessão legislativa preparatória se destina à 
posse dos membros do Congresso Nacional e 
eleição das Mesas 
 
 
 -SESSÃO LEGISLATIVA EXTRAORDINÁRIA: 
 -Conforme o artigo 57, §6º CF/88, sessão legislativa extraordinária 
são as sessões legislativas que ocorrerem fora do período da 
sessão ordinária 
 -Intervenção federal, estado de defesa, estado de sítio, 
compromisso de posse do PR e do VICE-PR, urgência ou interesse 
público (ATENTAR AQUI SITUAÇÕES QUE SÃO CLÁUSULAS 
ABERTAS – CANAL PARA RAZÕES DE ESTADO) 
 -É vedada a remuneração para o parlamentar que comparece à 
sessão extraordinária e nessa sessão somente se delibera acerca 
da matéria sobre a qual se deu a convocação – artigo 57, §7º 
CF/88 
 -Se existir Medida Provisória em vigência que 
pende de conversão em lei, e ocorrer a convocação 
de sessão extraordinária, a MP deverá ser votada 
na sessão convocada extraordinariamente – artigo 
57, §8º CF/88 
 -Exemplo: PR edita MP em 20.12.14, em 23.12.14 
o CN entra em recesso, mas em 15.01.15 houve 
convocação extraordinária, a MP que estava com 
prazo para conversão em lei suspenso, em razão 
do recesso, agora deverá ser votada 
 -Medida Provisória é exercício de função atípica 
do PR, onde ocorre verdadeiro ato de legislar, 
porém, este tema será objeto de quando 
enfrentarmos a temática sobre processo legislativo 
 
 -Disposição dogmática: artigo 62 CF/88 
 -SESSÃO UNICAMERAL: 
 -Conforme o artigo 3º do ADCT, a sessão unicameral se 
destina para a revisão constitucional, onde a finalidade é 
atualização da Constituição 
 -Poder Constituinte Derivado Revisor 
 -Reunião para votação de uma casa só (ATENTAR A 
VOTAÇÃO É CONJUNTA, perfazendo o total de 594 
congressistas) 
 -Exceção ao BICAMERALISMO, característica do 
federalismo 
 -SESSÃO BICAMERAL: 
 -Regra do Poder Legislativo, característica do 
federalismo 
 -É a situação em que uma casa aprecia um projeto 
de lei para depois ocorrer a revisão pela outra 
casa 
 -Dinâmica própria do processo legislativo no 
federalismo 
 -MESA DO CONGRESSO NACIONAL: 
 
 -Conforme o artigo 57, §4º CF/88 no dia da 
sessão preparatória, que se destina à posse dos 
membros das casas do legislativo, se realizará a 
eleição de suas respectivas Mesas, cujo o mandato 
será de 2 anos, proibida a recondução no mesmo 
cargo na eleição imediatamente subsequente 
3. MESAS: conceito 
As Mesas são órgãos diretivos que 
organizam todo o trabalho 
executado nas casas legislativas 
COMPOSIÇÃO DAS MESAS 
 -COMPOSIÇÃO DA MESA DE QUALQUER DAS 
CASAS LEGISLATIVAS: 
 -Presidente 
 -1º Vice-Presidente 
 -2º Vice-Presidente 
 -1º Secretário 
 -2º Secretário 
 -3º Secretário 
 -4º Secretário 
 -COMPOSIÇÃO DA MESA DO CONGRESSO 
NACIONAL: 
 -Para a composição da Mesa do Congresso 
Nacional deverá ser seguida a ordem disposta no 
artigo 57, §5º CF/88 
 -O Presidente do Senado preside a Mesa do CN, e 
os demais cargos serão exercidos alternadamente , 
pelos ocupantes de cargos equivalentes na CD e no 
SF 
 -COMPOSIÇÃO DA MESA DO CN: 
 -Presidente (Presidente do Senado) 
 -1º Vice-Presidente (1º Vice da CD) 
 -2º Vice-Presidente (2º Vice do SF) 
 -1º Secretário (1º Secretário da CD) 
 -2º Secretário (2º Secretário do SF) 
 -3º Secretário (3º Secretário da CD) 
 -4º Secretário (4º Secretário do SF) 
 
 
 -ATENÇÃO: o Presidente da Câmara dos 
Deputados nunca será Presidente do Congresso 
Nacional, conforme a regra do artigo 57, §5º 
CF/88, pois o Presidente do CN sempre será o 
Presidente do Senado Federal 
4. COMISSÕES 
CONCEITO 
-As comissões são órgãos destinados ao auxílio da atividade parlamentar 
-São órgãos constituídos em cada casa legislativa, composto de número 
restrito de seus membros, encarregados de estudar e examinar as 
proposições legislativas e apresentar pareceres 
-O artigo 58 da CF/88 permite que as comissões sejam PERMANENTES ou 
TEMPORÁRIAS 
-O artigo 58, §1º CF/88 determinada que as comissões sejam um espelho 
proporcional do que é a composição do Senado Federal, da Câmara dos 
Deputados e do Congresso Nacional 
 
 
 
 
COMISSÕES PERMANENTES 
 -COMISSÕES PERMANENTES: 
 -São aquelas integradas definitivamente na 
estrutura de funcionamento das casas legislativas 
 -As comissões permanentes serão temáticas 
conforme o artigo 58, §2º CF/88 
 -Cada uma delas realizará todo o seu trabalho a 
partir da temática que compõe sua finalidade 
Exemplos de comissões 
permanentes temáticas no SF 
 -Comissãode Assuntos Econômicos 
 -Comissão de Assuntos Sociais 
 -Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania 
 -Comissão de Educação 
 -Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização 
e Controle 
 -Comissão de Direitos Humanos 
 -Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional 
 -Comissão de Serviços e Infraestrutura 
 -Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo 
 -Comissão de Agricultura e Reforma Agrária 
Exemplos de comissões 
permanentes na CD 
 -Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural 
 -Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional 
 -Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática 
 -Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania 
 -Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio 
 -Comissão de Desenvolvimento Urbano 
 -Comissão de Direitos Humanos e Minorias 
 -Comissão de Finanças e Tributação 
 -Comissão de Fiscalização Financeira e Controle 
 -Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável 
 -Comissão de Minas e Energia 
 -Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional 
 -Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado 
 -Comissão de Seguridade Social e Família 
 -Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público 
 -Comissão de Turismo e Desporto 
 -Comissão de Viação e Transportes 
 
 
COMISSÕES TEMPORÁRIAS 
 -São as comissões especiais que são criadas 
para que seja apreciada uma matéria 
específica em um determinado período 
 -Essas comissões serão extintas após 
cumprida a finalidade de suas criações ou 
com o término da legislatura 
 -Exemplos: Comissão Especial sobre 
Reforma Política 
 
COMISSÕES PARLAMENTARES DE 
INQUÉRITO - CPI 
 CONCEITO: 
 -CPI é comissão temporária destinada a investigar 
fato certo e determinado 
 -O Legislativo exerce por meio da CPI sua função 
típica de controle, de fiscalização da 
Administração, ou seja, sobre o Poder Público 
 -Verdadeiro mecanismo do sistema de freios e 
contrapesos 
ARTIGO 58, §3º CF/88 
 -Poderes próprios de investigação das 
autoridades judiciais 
 -Requerimento de 1/3 dos membros 
 -Fato determinado 
 -Prazo certo 
 -Conclusões encaminhadas para o MP 
para responsabilidade civil ou criminal 
FATO DETERMINADO 
 -Fato determinado para os regimentos internos das 
Casas legislativas significa um acontecimento de 
relevante interesse para a vida pública e para a 
ordem constitucional, legal, econômica e social do 
País (cláusulas abertas) 
 -Portanto CPI não poderá analisar fato 
exclusivamente privado ou de caráter pessoal 
 -O poder de investigar da CPI não pode ser aplicado 
como sendo um fim em si mesmo 
PRAZO CERTO 
 -CONCEITO: CPI é comissão temporária, portanto 
deverá ocorrer em um prazo certo (determinado), 
entende-se por prazo certo: 
 -PRAZO CERTO PARA A CÂMARA DOS 
DEPUTADOS: 
 O regimento interno determina o prazo de 120, 
prorrogável por mais 60, se autorizado pelo 
plenário, e ainda poderá atuar durante o recesso 
parlamentar se for para se dar a conclusão dos 
trabalhos 
 
 -PRAZO CERTO PARA O SENADO FEDERAL: 
 
 O regimento interno do SF não determina um prazo 
certo como o da CD, mas impõe que cada CPI deve 
ter seus trabalhos concluídos ainda dentro do 
período da legislatura em que ela foi criada, ou 
seja, 4 anos (artigo 44, parágrafo único CF/88) 
PODERES DA CPI 
 -Poderes próprios de investigação das 
autoridades judiciais 
 -O Legislativo realiza por meio da CPI 
verdadeira investigação que se materializa em 
inquérito parlamentar 
 -Para essa investigação possui poderes 
próprios das autoridades judiciais, portanto 
possuem juízo de instrução para determinar as 
diligências necessárias 
 
A CPI PODE FAZER 
 -Conforme já decidiu o STF a CPI pode determinar, 
desde que por decisão fundamentada com a devida 
motivação 
 -quebra de sigilo fiscal 
 -quebra de sigilo bancário 
 -quebra de sigilo de dados, inclusive telefônicos 
 -intimar autoridades, testemunhas, indiciados para 
prestar depoimento, inclusive sob condução 
 -prender em flagrante 
A CPI NÃO PODE FAZER 
 -Existem algumas questões que compõem o que a 
doutrina chama de “reserva constitucional de 
jurisdição”, ou seja, mesmo a CPI tendo poder de 
investigação próprio das autoridades judiciais, 
algumas providências que tocam a determinados 
assuntos, por serem muito caros à proteção das 
liberdades dos cidadãos no Estado Democrático de 
Direito, apenas poderão ser realizados nas 
atividades que envolvem a CPI se autorizados pelo 
Judiciário 
ATOS PROTEGIDOS PELA RESERVA 
CONSTITUCIONAL DE JURISDIÇÃO 
 -Busca e apreensão domiciliar – art. 5º, XI CF 
 -Quebra de sigilo das comunicações telefônicas 
(interceptação telefônica) – art. 5º XII CF 
 -Determinação de prisão que não seja em 
flagrante 
 -Bloqueio de bens – poder geral de cautela do 
magistrado 
CPI NÃO PODERÁ FAZER NEM COM 
AUTORIZAÇÃO JUDICIAL 
 
 -Ajuizar ação penal e civil 
 
 -Determinar condenação penal ou civil 
 
 -Impedir assistência jurídica 
 
5. FUNÇÕES LEGISLATIVAS 
 -Funções típicas e atípicas: 
 
 -Funções típicas: 
 -fazer leis 
 -fiscalização político-administrativa (CPI – artigo 58, §3º 
CF/88) 
 -fiscalização das contas públicas (contábil, financeira, 
orçamentária, operacional e patrimonial) (artigos 70 e 71 
CF/88) 
 
 -Função atípica: 
 -julgar chefe do executivo em crime de responsabilidade 
 -conforme artigos 51, I; 52, I; 52, parágrafo único; 85 (lei nº. 
1.079/50) e 86 da CF/88 
ESTATUTO DOS CONGRESSISTAS 
 -São regras instituidoras de prerrogativas dos 
parlamentares 
 -Destinam-se a garantir independência funcional 
e liberdade de atuação no exercício de suas 
funções 
 -A necessidade de se garantir a atividade 
parlamentar a partir do estabelecimento das 
prerrogativas existe para garantir a instituição do 
Poder Legislativo 
 
IMUNIDADES PARLAMENTARES 
-1)Imunidade material 
(real/substantiva/inviolabilidade) – esta possui 
natureza civil e penal 
 
-2) Imunidade formal (adjetiva) – esta possui natureza 
penal 
 -A) Prerrogativa de foro 
 -B) Prisão 
 -C) Processual 
IMUNIDADE MATERIAL 
 -A imunidade material está disposta no artigo 53, 
caput CF/88 
 -Esta imunidade refere-se à uma excludente de 
ilicitude, de modo a alcançar o âmbito penal e civil de 
responsabilização 
 -Imunidade por opiniões, palavras e votos proferidos 
no exercício da função parlamentar ou decorrência 
dela 
 -Alcança atos praticados dentro e fora do recinto da 
Casa legislativa 
 -Vigora da posse até o término do mandato 
IMUNIDADE FORMAL 
 -PRERROGATIVA DE FORO (FORO PRIVILEGIADO) 
 -Artigo 53, §1º CF/88 
 -Vigência: da diplomação até o término do mandato 
 -Inclui-se a prática de qualquer crime para conhecimento, 
processamento e julgamento pelo STF 
 -Aplica-se a regra da atualidade do mandato 
PONTO DE ATENÇÃO 
 -Súmula 394 do STF: “Cometido o crime durante o 
exercício funcional, prevalece a competência 
especial por prerrogativa de função (STF), ainda 
que o inquérito ou a ação penal sejam iniciados 
após a cassação daquele exercício.” 
 -Ou seja, mesmo após o término do mandato do 
parlamentar prevalecia ainda o STF como o foro 
competente para julgamento da ação penal 
 -Súmula 394 STF – 03.04.64 
 -Cancelamento da súmula – 25.08.99 
 -Lei nº. 10.628/2002 – resgatou a súmula 
394 -ADI 2797 – inconstitucionalidade da lei 
10.628/2002 – julgamento 15.09.2005 
 -Hoje: após encerrado o mandato, remetem-
se os autos ao 1º grau de jurisdição 
 -PRISÃO 
 -Artigo 53, §2º CF/88 
 -Vigência: da diplomação até o término do mandato 
 -Diplomação é atestado emitido pela Justiça Eleitoral 
que garante a regular eleição do candidato 
 -Regra: parlamentar não será preso 
 -Exceção: prisão em flagrante por crime inafiançável 
 
 -No caso da prisão em flagrante do 
parlamentar por crime inafiançável os 
autos do flagrante serão remetidos em 
24h à sua Casa legislativa respectiva, 
que por maioria absoluta resolverá pela 
prisão, ou seja, pela sua manutenção ou 
pelo relaxamento 
 -Ou seja, é a Casa do parlamentar que 
decide se ele fica preso ou não 
PONTO DE ATENÇÃO 
 -PRISÃO POR SENTENÇA JUDICIAL CONDENATÓRIA 
TRANSITADA EM JULGADO 
 - O STF tem admitido a prisão para efeito de 
execução da decisão judicial condenatória transitada 
em julgado, mesmo que ainda não tenha ocorrido a 
perda do mandato 
 -A perda do mandato por sentença judicial 
condenatória transitada em julgado está disposta no 
artigo 55, §2º CF/88 (combinar com art. 55, VI CF) 
 -PROCESSUAL (trâmite do processo penal) 
 -Artigo 53, §3º ao §5º CF/88 
 -Vigência: da diplomação até o término do mandato 
 -Esta imunidade refere-se a crime cometido após a 
diplomação 
 -Recebida a denúncia o STF dá ciência à Casa 
legislativa 
 -A imunidade não se refere à autorização prévia da 
Casa para iniciar o processo judicial – EC 35/2001 
 
 A imunidade refere-se à sustação do processo 
 -Após a ciência, por iniciativa do partido político 
com representação na Casa, esta decidirá, por 
maioria absoluta, se sustará ou não o andamento 
da ação penal 
 -Artigo 53, §4º CF/88 – apreciação pela Casa no 
prazo improrrogável de 45 dias 
 -Artigo 53, § 5º CF/88 - a sustação do processo 
suspende a prescrição, enquanto durar o mandato 
OUTRAS GARANTIAS PARLAMENTARES 
 -Artigo 53, §6º CF/88 – sigilo de fonte 
 -Artigo 53, §7º CF/88 – incorporação às 
Forças Armadas 
 -Artigo 53, §8º CF/88 – suspensão das 
imunidades durante a vigência do estado 
de sítio 
ÚLTIMAS QUESTÕES SOBRE IMUNIDADES 
 -As imunidades são irrenunciáveis (não podem ser 
renunciadas pelo parlamentar) em razão de que 
elas existem não para a proteção da pessoa do 
parlamentar, mas para a proteção do exercício da 
função parlamentar, pois é uma forma de proteção 
da Instituição do Legislativo 
 -As imunidades não são estendidas aos suplentes, 
ou seja, não são enquanto suplentes, mas estes 
gozarão das imunidades no caso de tomar posse 
do cargo 
PERDA DO MANDATO 
 -O artigo 55 CF/88 dispõe das situações em que 
os parlamentares perderão o mandato 
 -Em regra elas são dividas em duas situações: 
 -CASSAÇÃO: artigo 55, §2º CF/88 (deliberação por maioria absoluta da 
Casa) 
 -Artigo 55, I CF/88 
 -Artigo 55, II CF/88 
 -Artigo 55, VI CF/88 
 -EXTINÇÃO: artigo 55, §3º CF/88 (mero ato declaratório da Mesa) 
 -Artigo 55, III CF/88 
 -Artigo 55, IV CF/88 
 -Artigo 55, V CF/88 
 
CASSAÇÃO DO MANDATO 
 -A cassação se dará pelo artigo 55, §2º CF/88 
 -Ocorrerá por provocação da Mesa ou partido político representado no 
CN 
 -Ocorrerá por deliberação da maioria absoluta dos membros da Casa 
 -Será assegurada a ampla defesa ao parlamentar 
 -Antes da EC nº. 76/2013 a deliberação era por voto secreto 
 -Após a EC nº. 76/2013 a deliberação é por voto aberto (público) 
 -Ocorrerá nos seguintes casos: 
 -Artigo 55, I CF/88 – por inobservância de qualquer regra do artigo 54 
CF/88 
 -Artigo 55, II CF/88 – por procedimento incompatível com o decoro 
parlamentar 
 -Artigo 55, VI CF/88 – por condenação criminal em sentença com trânsito 
em julgado 
 
EXTINÇÃO DO MANDATO 
 -A extinção se dará pelo artigo 55, §3º CF/88 
 -Ocorrerá a extinção por ato declaratório da Mesa da Casa, que poderá ser 
de ofício ou por provocação de qualquer um dos membros ou de partido com 
representação no CN 
 -Será assegurada a ampla defesa ao parlamentar 
 -Ocorrerá nos seguintes casos: 
 Artigo 55, III CF/88 – deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à 
terça parte das sessões ordinárias da Casa a que pertencer, exceto se for caso 
de licença ou missão pela Casa autorizada 
 Artigo 55, IV CF/88 – perder ou tiver suspensos os direitos políticos 
 Artigo 55, V CF/88 – por decisão da Justiça Eleitoral 
 
 
 
 
HIPÓTESES EM QUE NÃO HAVERÁ PERDA DO 
MANDATO DO PARLAMENTAR 
 -Os casos em que não haverá a perda do mandato do 
parlamentar estão consignados no artigo 56 CF/88: 
 - I - investido no cargo de Ministro de Estado, Governador de Território, Secretário 
de Estado, do Distrito Federal, de Território, de Prefeitura de Capital ou chefe de 
missão diplomática temporária; 
 II - licenciado pela respectiva Casa por motivo de doença, ou para tratar, sem 
remuneração, de interesse particular, desde que, neste caso, o afastamento não 
ultrapasse cento e vinte dias por sessão legislativa. 
 § 1º - O suplente será convocado nos casos de vaga, de investidura em funções 
previstas neste artigo ou de licença superior a cento e vinte dias. 
 § 2º - Ocorrendo vaga e não havendo suplente, far-se-á eleição para preenchê-la 
se faltarem mais de quinze meses para o término do mandato 
 § 3º - Na hipótese do inciso I, o Deputado ou Senador poderá optar pela 
remuneração do mandato. 
 
 
PODER LEGISLATIVO ESTADUAL 
 -Unicameralismo 
 
 -Artigo 27, caput CF/88 – número de deputados 
estaduais 
 
 -Estatuto do Congressista – 27, §1º CF/88 
 
PODER LEGISLATIVO DISTRITAL 
 -Unicameralismo 
 
 -Número de deputados e Estatuto dos 
Congressistas: Artigo 32, §3º CF/88 determina 
que seja aplicado aos deputados distritais e à 
Câmara Legislativa o disposto no artigo 27 da 
CF/88 
 
 
PODER LEGISLATIVO MUNICIPAL 
 -Unicameralismo 
 
 - Número de vereadores: O artigo 29, IV CF/88 
determina o número de vereadores que as 
Câmaras Municipais terão (9 até 55) 
 
 -Estatuto dos Congressistas: artigo VIII CF/88, ou 
seja, somente imunidade material

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