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PORTUGUÊS INSTRUMENTAL II

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09/11/2017 EPS: Alunos
http://simulado.estacio.br/alunos/ 1/2
1a Questão (Ref.: 201609197761) Fórum de Dúvidas (0) Saiba (0)
Não se pode dizer com correção:
O pressuposto não é objeto de discussão.
Pode-se discutir, negar, não aceitar o posto, o conteúdo explicitado, mas não o pressuposto, pois equivale a
desqualificar o enunciador e a impedir o prosseguimento do discurso.
 Mesmo que o enunciatário recuse o pressuposto, o discurso pode prosseguir e cria-se uma situação
polêmica.
Ao pressupor um conteúdo, o enunciador determina sua aceitação como condição de manutenção do
"diálogo", atingindo, portanto, o direito de fala do enunciatário e estabelecendo os limites do que pode ou
não ser dito para que o discurso continue.
O conteúdo pressuposto garante ao discurso a coerência, assegura-lhe redundância, enquanto o progresso
discursivo se faz no nível do conteúdo posto.
 
 2a Questão (Ref.: 201609183645) Fórum de Dúvidas (0) Saiba (0)
CATAR FEIJÃO
 Catar feijão se limita com escrever:
jogam-se os grãos na água do alguidar
e as palavras na da folha de papel;
e depois, joga-se fora o que boiar.
Certo, toda palavra boiará no papel,
água congelada, por chumbo seu verbo:
pois para catar esse feijão, soprar nele,
e jogar fora o leve e oco, palha e eco.
 (...)
NETO, João Cabral de Melo. A educação pela pedra e depois. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997.
Após a leitura do fragmento do poema Catar feijão de João Cabral de Melo, assinale a única interpretação
INACEITÁVEL em relação ao texto lido.
 Observa-se que o poema Catar feijão apresenta a função metalinguística da linguagem, pois nele o eu
lírico reflete sobre o ato de escrever, para ressaltar as semelhanças e diferenças entre essas duas ações.
 Levando-se em conta nosso conhecimento de mundo, boiar quer dizer flutuar/nadar, e apenas um leitor
atento perceberia que boiar está sendo empregado, no quarto verso, como uma metáfora, uma vez que
palavras não podem boiar, a não ser no nível figurativo. O poeta fez uma comparação: os grãos boiam na
água, e as palavras boiam no papel.
 
 É possível considerar que boiará no papel está sendo empregado como sendo uma alusão ao fato de
que, ao serem escritas num papel, as palavras não mais poderão, em princípio, ser retiradas dali, a não ser
por um princípio de seleção consciente por parte do poeta. Ou seja, enquanto os grãos indesejáveis boiam
visivelmente, as palavras supérfluas ou desnecessárias precisam ser sentidas como tal e eliminadas do
texto.
 No poema Catar feijão, passamos a refletir sobre a força que as palavras exercem sobre nossos
pensamentos, emoções, enfim, sobre nossas vidas. Daí, a escolha das palavras não ser fruto apenas de
inspiração, mas sim de um árduo trabalho. Contudo não há a comparação metafórica catar feijão e
escrever como intenção primeira para ressaltar as semelhanças e diferenças entre essas duas ações.
 No poema de João Cabral, o poeta utilizou-se da linguagem conotativa, ou seja, a metafórica, aquela
empregada no sentido figurado da língua, ao aproximar, e depois limitar, duas ações bastante corriqueiras
na vida de muitas pessoas, que são catar feijão e escrever .
 
 3a Questão (Ref.: 201609197762) Fórum de Dúvidas (0) Saiba (0)
09/11/2017 EPS: Alunos
http://simulado.estacio.br/alunos/ 2/2
(ENADE, 2011) Leia o texto que segue:
 
Retrato de uma princesa desconhecida
 Para que ela tivesse um pescoço tão fino
 Para que os seus pulsos tivessem um quebrar de caule
 Para que os seus olhos fossem tão frontais e limpos
 Para que a sua espinha fosse tão direita
 E ela usasse a cabeça tão erguida
 Com uma tão simples claridade sobre a testa
 Foram necessárias sucessivas gerações de escravos
 De corpo dobrado e grossas mãos pacientes
 Servindo sucessivas gerações de príncipes
 Ainda um pouco toscos e grosseiros
 Ávidos cruéis e fraudulentos
 Foi um imenso desperdiçar de gente
 Para que ela fosse aquela perfeição
 Solitária exilada sem destino
 ANDRESEN, S. M. B. Dual. Lisboa: Caminho, 2004. p. 73.
No poema, a autora sugere que:
O exílio e a solidão são os responsáveis pela manutenção do corpo esbelto da princesa.
 O trabalho compulsório de escravos proporcionou privilégios aos príncipes.
As príncipes e as princesas são naturalmente belos.
Os príncipes generosos cultivavam a beleza da princesa.
A beleza da princesa é desperdiçada pela miscigenação racial.
 
 4a Questão (Ref.: 201609183568) Fórum de Dúvidas (0) Saiba (0)
Retrato
Cecília Meireles
Eu não tinha este rosto de hoje,
Assim calmo, assim triste, assim magro,
Nem estes olhos tão vazios,
Nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
Tão paradas e frias e mortas;
Eu não tinha este coração
Que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
Tão simples, tão certa, tão fácil:
¿ Em que espelho ficou perdida
A minha face?
 Na leitura do poema Retrato, de Cecília Meireles podemos extrair o seguinte tema:
 
 A consciência súbita sobre o envelhecimento.
A revolta diante do espelho.
A decepção por encontrar-se já fragilizada.
A recordação de uma época de juventude.
A falta de alternativa em face ao envelhecimento.

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