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- 1 - ________________________________________________________________________________________ Produtos Eletrônicos Metaltex Ltda. Rua José Rafaelli, 221 – CEP: 04763-280 – São Paulo – SP engenharia@metaltex.com.br - http://www.metaltex.com.br CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS CLP - I Curso Básico: Programação - FP Séries ________________________________________________________________________________________ - 2 - ________________________________________________________________________________________ Produtos Eletrônicos Metaltex Ltda. Rua José Rafaelli, 221 – CEP: 04763-280 – São Paulo – SP engenharia@metaltex.com.br - http://www.metaltex.com.br 1 ÍNDICE 1 ÍNDICE...................................................................................................................................................................... 2 2 HISTÓRICO ............................................................................................................................................................. 6 3 INTRODUÇÃO......................................................................................................................................................... 7 4 CONCEITOS FUNDAMENTAIS........................................................................................................................... 8 4.1 CONCEITOS DE HARDWARE ........................................................................................................................ 9 4.1.1 Processamento de Hardware:................................................................................................................... 10 4.1.2 Características de Hardware: .................................................................................................................. 10 4.2 ARQUITETURA DE HARDWARE ................................................................................................................ 11 4.2.1 Unidade ou Módulo de Entradas:............................................................................................................. 11 4.2.1.1 Unidade de Entradas Digitais:.................................................................................................................................11 4.2.1.2 Unidade de Entradas Analógicas: ...........................................................................................................................14 • 0 a 20 mA; .....................................................................................................................................................................14 • 4 a 20 mA; .....................................................................................................................................................................14 • 0 a 10 VDC;....................................................................................................................................................................14 • 5 a 10 VDC;....................................................................................................................................................................14 • (-10) a (+10) VDC.........................................................................................................................................................14 • (-100) a (+100) mV ......................................................................................................................................................14 4.2.1.3 Unidade de Leitura de Temperatura:.......................................................................................................................15 4.2.2 Unidade ou Módulos de Saídas: ............................................................................................................... 15 4.2.2.1 Unidade de Saídas Digitais: ....................................................................................................................................15 • Lâmpadas;......................................................................................................................................................................15 • Sirenes e Buzzers; .........................................................................................................................................................15 • Relés e Acopladores; ....................................................................................................................................................15 4.2.2.2 Unidade de Saída Analógica:..................................................................................................................................18 • 0 a 20 mA; .....................................................................................................................................................................18 • 4 a 20 mA; .....................................................................................................................................................................18 • (-10) a (+10) VDC.........................................................................................................................................................18 4.2.3 Unidade de Processamento: ..................................................................................................................... 20 4.2.3.1 Arquitetura das Memórias Internas:........................................................................................................................20 4.2.3.2 Watchdog Timer: ....................................................................................................................................................20 4.2.3.3 Interface ou Plataforma de Programação: ...............................................................................................................21 4.2.4 Interface Homem Máquina: ...................................................................................................................... 21 4.3 COMUNICAÇÃO DE DADOS........................................................................................................................ 22 4.3.1 Canais de Comunicação:.......................................................................................................................... 22 4.3.2 Taxa de Transferência: ............................................................................................................................. 22 4.3.3 Interfaces Seriais: ..................................................................................................................................... 23 4.3.4 Protocolos de Comunicação:.................................................................................................................... 24 4.3.5 Características dos Protocolos:................................................................................................................ 25 4.4 CONCEITOS DE SOFTWARE........................................................................................................................ 26 4.4.1 Sistemas Numéricos:................................................................................................................................. 26 4.4.1.1 Sistema Numérico Binário:.....................................................................................................................................27 4.4.1.2 Sistema Numérico Octal: ........................................................................................................................................27 4.4.1.3 Sistema Numérico Decimal: ...................................................................................................................................28 4.4.1.4 Sistema Numérico Hexadecimal:............................................................................................................................284.4.1.5 Resumo: ..................................................................................................................................................................29 4.4.2 Conceitos Lógicos: ................................................................................................................................... 30 4.4.2.1 Bit: ..........................................................................................................................................................................30 4.4.2.2 Nibble: ....................................................................................................................................................................31 4.4.2.3 Byte: .......................................................................................................................................................................32 4.4.2.4 Word:......................................................................................................................................................................33 4.4.2.5 Double Word: .........................................................................................................................................................34 Curso Básico: Programação - FP Séries ________________________________________________________________________________________ - 3 - ________________________________________________________________________________________ Produtos Eletrônicos Metaltex Ltda. Rua José Rafaelli, 221 – CEP: 04763-280 – São Paulo – SP engenharia@metaltex.com.br - http://www.metaltex.com.br 5 HADWARE E SOFTWARE PANASONIC ......................................................................................................... 35 5.1 CONHECENDO O HARDWARE PANASONIC ............................................................................................ 36 • FPe Séries; .....................................................................................................................................................................36 • FP0 Séries; .....................................................................................................................................................................36 • FP0R Séries; ...................................................................................................................................................................36 • FPSigma Séries;.............................................................................................................................................................36 • FPX Séries; .....................................................................................................................................................................36 • FP2 Séries; .....................................................................................................................................................................36 5.1.1 FPe Series ................................................................................................................................................. 36 5.1.2 FP0 Series................................................................................................................................................. 39 5.1.3 FP0R Series .............................................................................................................................................. 44 5.1.4 FPSIGMA Series....................................................................................................................................... 46 5.1.5 FPX Series ................................................................................................................................................ 48 5.1.6 FP2 Series................................................................................................................................................. 50 5.1.7 Expansões para FP0 e FPG (Sigma):....................................................................................................... 52 5.1.8 Capacidade de Armazenamento – Posições de Memória:........................................................................ 52 5.1.8.1 Capacidade de Armazenamento - FPe Series ! .......................................................................................................53 5.1.8.2 Capacidade de Armazenamento – FP0 Series !.......................................................................................................54 5.1.8.3 Capacidade de Armazenamento – FP0R Series ! ....................................................................................................55 5.1.8.4 Capacidade de Armazenamento – FPG (Sigma) Series ! ........................................................................................56 5.1.8.5 Capacidade de Armazenamento – FPX Series !......................................................................................................57 5.2 CONHECENDO O SOFTWARE PANASONIC.............................................................................................. 58 5.2.1 Formataçãode dados: ............................................................................................................................... 59 5.2.2 Endereçamento do CLP Panasonic: ......................................................................................................... 59 5.2.3 Entradas e Saídas do CLP Panasonic: ..................................................................................................... 60 5.2.4 Plataforma de Programação FPWin GR:................................................................................................. 65 5.3 INSTRUÇÕES DE PROGRAMAÇÃO............................................................................................................ 70 5.3.1 Instruções Básicas de Sequência: ............................................................................................................. 70 5.3.1.1 ST (Start) ................................................................................................................................................................70 5.3.1.2 ST/ (Start Not) ........................................................................................................................................................70 5.3.1.3 OT (Out) .................................................................................................................................................................70 5.3.1.4 (Not) / .....................................................................................................................................................................71 5.3.1.5 AN (And)................................................................................................................................................................71 5.3.1.6 AN/ (And Not)........................................................................................................................................................71 5.3.1.7 OR (Or)...................................................................................................................................................................71 5.3.1.8 OR/ (Or Not)...........................................................................................................................................................71 5.3.1.9 SET (Set) ................................................................................................................................................................72 5.3.1.10 ST (Reset)...........................................................................................................................................................72 5.3.1.11 DF (Leading edge differential) ...........................................................................................................................725.3.1.12 DF/ (Trailing edge differential) ..........................................................................................................................72 5.3.2 TEMPORIZADORES:............................................................................................................................... 72 5.3.2.1 TMX .......................................................................................................................................................................73 5.3.2.2 TMY .......................................................................................................................................................................73 5.3.2.3 TMR .......................................................................................................................................................................73 5.3.2.4 TML........................................................................................................................................................................74 5.3.3 CONTADORES:........................................................................................................................................ 74 5.3.3.1 F118 (UDC) - Contador UP/DOWN.......................................................................................................................75 5.3.4 Instruções de Comparação por Bloco: ..................................................................................................... 76 5.3.5 Instruções de Transferência de Dados: .................................................................................................... 77 5.3.5.1 F0 => (MV) 16-BIT data move ..............................................................................................................................77 5.3.5.2 F1 => (DMV) 32-BIT data move............................................................................................................................78 5.3.5.3 F2 => (MV/) 16-BIT data invert and move.............................................................................................................78 5.3.5.4 F3 => (DMV/) 32-BIT data invert and move..........................................................................................................78 5.3.5.5 F5 => (BTM) BIT data move..................................................................................................................................79 5.3.5.6 F6 => (DGT) Hexadecimal digit move...................................................................................................................79 5.3.5.7 F10 => (BKMV) Block move.................................................................................................................................80 5.3.5.8 F11 => (COPY) Block copy ...................................................................................................................................80 5.3.5.9 F15 => (XCH) 16-BIT data exchange ....................................................................................................................81 5.3.5.10 F16 => (DXCH) 32-BIT data exchange .............................................................................................................81 5.3.5.11 F17 => (SWAP) Higher/lower byte in 16-BIT data exchange ...........................................................................82 Curso Básico: Programação - FP Séries ________________________________________________________________________________________ - 4 - ________________________________________________________________________________________ Produtos Eletrônicos Metaltex Ltda. Rua José Rafaelli, 221 – CEP: 04763-280 – São Paulo – SP engenharia@metaltex.com.br - http://www.metaltex.com.br 5.3.6 Instruções Aritméticas Binárias: .............................................................................................................. 82 5.3.6.1 F20 => (+) 16-BIT data Addition ...........................................................................................................................82 5.3.6.2 F21 => (D+) 32-BIT data Addition.........................................................................................................................83 5.3.6.3 F22 => (+) 16-BIT data Addition ...........................................................................................................................83 5.3.6.4 F23 => (D+) 32-BIT data Addition.........................................................................................................................83 5.3.6.5 F25 => (-) 16-BIT data Subtraction ........................................................................................................................84 5.3.6.6 F26 => (D-) 16-BIT data Subtraction .....................................................................................................................84 5.3.6.7 F27 => (-) 16-BIT data Subtraction ........................................................................................................................85 5.3.6.8 F28 => (D-) 32-BIT data Subtraction .....................................................................................................................85 5.3.6.9 F30 => (*) 16-BIT data Multiplication ...................................................................................................................85 5.3.6.10 F31 => (D*) 32-BIT data Multiplication............................................................................................................86 5.3.6.11 F32 => (%) 16-BIT data Division ......................................................................................................................86 5.3.6.12 F33 => (D%) 32-BIT data Division ...................................................................................................................87 5.3.6.13 F35 => (+1) 16-BIT data Increment ...................................................................................................................87 5.3.6.14 F36 => (D+1) 32-BIT data Increment ................................................................................................................88 5.3.6.15 F37 => (-1) 16-BIT data Decrement...................................................................................................................88 5.3.6.16 F38 => (D-1) 32-BIT data Decrement................................................................................................................88 5.3.7 Instruções Aritméticas BCD: .................................................................................................................... 89 5.3.7.1 F40 => (B+) 4-DIGIT BCD data Addition .............................................................................................................89 5.3.7.2 F41 => (DB+) 8-DIGIT BCD data Addition ..........................................................................................................89 5.3.7.3 F42 => (B+) 4-DIGIT BCD data Addition .............................................................................................................90 5.3.7.4 F43 => (DB+) 8-DIGIT BCD data Addition ..........................................................................................................90 5.3.7.5 F45 => (B-) 4-DIGIT BCD data Subtraction..........................................................................................................91 5.3.7.6 F46 => (DB-) 8-DIGIT BCD data Subtraction .......................................................................................................91 5.3.7.7 F47 => (B-) 4-DIGIT BCD data Subtraction..........................................................................................................92 5.3.7.8 F48 => (DB-) 8-DIGIT BCD data Subtraction .......................................................................................................925.3.7.9 F50 => (B*) 4-DIGIT BCD data Multiplication.....................................................................................................93 5.3.7.10 F52 => (B%) 4-DIGIT BCD data Division ........................................................................................................93 5.3.7.11 F55 => (B+1) 4-DIGIT BCD data Increment.....................................................................................................94 5.3.7.12 F56 => (DB+1) 8-DIGIT BCD data Increment ..................................................................................................94 5.3.7.13 F57 => (DB-1) 4-DIGIT BCD data Decrement..................................................................................................94 5.3.7.14 F58 – (DB+1) 8-DIGIT BCD data Decrement ...................................................................................................95 5.3.8 Instruções de Comparação de Dados:...................................................................................................... 95 5.3.8.1 F60 => (CMP) 16-BIT data compare......................................................................................................................95 5.3.8.2 F61 => (CMP) 32-BIT data compare......................................................................................................................96 5.3.8.3 F62 => (WIN) 16-BIT data band compare..............................................................................................................97 5.3.8.4 F63 => (DWIN) 16-BIT data band compare...........................................................................................................98 5.3.9 Instruções de Operação Lógicas: ............................................................................................................. 99 5.3.9.1 F65 => (WAN) 16-BIT data AND..........................................................................................................................99 5.3.9.2 F66 => (WOR) 16-BIT data OR.............................................................................................................................99 5.3.9.3 F67 => (XOR) 16-BIT data exclusive OR............................................................................................................100 5.3.9.4 F68 => (XNR) 16-BIT data exclusive NOR .........................................................................................................100 5.3.10 Instruções de Conversão de Dados: ....................................................................................................... 101 5.3.10.1 F80 => (BCD) 16-BIT data => 4-DIGIT BCD data .........................................................................................101 5.3.10.2 F81 => (BIN) 4-DIGIT BCD data => 16-BIT data .........................................................................................101 5.3.10.3 F82 => (DBCD) 32-BIT data => 8-DIGIT BCD data ......................................................................................101 5.3.10.4 F83 => (DBIN) 8-DIGIT BCD data => 32-BIT data ......................................................................................102 5.3.10.5 F84 => (INV) 16-BIT data invert .....................................................................................................................102 5.3.10.6 F85 => (NEG) 16-BIT data two’s complement................................................................................................103 5.3.10.7 F86 => (DNEG) 32-BIT data two’s complement .............................................................................................103 5.3.10.8 F87 => (ABS) 16-BIT data absolute ................................................................................................................103 5.3.10.9 F88 => (DABS) 32-BIT data absolute..............................................................................................................104 5.3.10.10 F89 => (EXT) 16-BIT data sign extension.......................................................................................................104 5.3.10.11 F90 => (DECO) Decode...................................................................................................................................104 5.3.10.12 F91 => (SEGT) 16-BIT data 7-Segment decode ..............................................................................................106 5.3.10.13 F92 => (ENCO) Encode...................................................................................................................................108 5.3.10.14 F93 => (UNIT) 16-BIT data combine ..............................................................................................................110 5.3.10.15 F94 => (DIST) 16-BIT data distribute..............................................................................................................111 5.3.10.16 F96 => (SRC) Table data search ......................................................................................................................111 Curso Básico: Programação - FP Séries ________________________________________________________________________________________ - 5 - ________________________________________________________________________________________ Produtos Eletrônicos Metaltex Ltda. Rua José Rafaelli, 221 – CEP: 04763-280 – São Paulo – SP engenharia@metaltex.com.br - http://www.metaltex.com.br 5.3.11 Instruções de Deslocamento de Dados:.................................................................................................. 113 5.3.11.1 F100 => (SHR) Right shift of 16-BITdata in bit units......................................................................................113 5.3.11.2 F101 => (SHL) Left shift of 16-BIT data in bit units .......................................................................................113 5.3.11.3 F105 => (BSR) Right shift of one hexadecimal digit (4-BITS)........................................................................114 5.3.11.4 F106 => (BSL) Left shift of one hexadecimal digit (4-BITS) ..........................................................................115 5.3.11.5 F110 => (WSHR) Right shift of one word digit (16-BITS)..............................................................................116 5.3.11.6 F111 => (WSHL) Left shift of one word digit (16-BITS)................................................................................117 5.3.11.7 F112 => (WBSR) Right shift of one hexadecimal digit ...................................................................................118 5.3.11.8 F113 => (WBSL) Leftt shift of one hexadecimal digit.....................................................................................118 5.3.12 Instruções de Rotação de Dados: ........................................................................................................... 120 5.3.12.1 F120 => (ROR) 16-BIT data right rotate..........................................................................................................120 5.3.12.2 F121 => (ROL) 16-BIT data left rotate ............................................................................................................121 5.3.12.3 F122 => (RCR) 16-BIT data right rotate with carry flag data ..........................................................................122 5.3.12.4 F123 => (RCL) 16-BIT data left rotate with carry flag data.............................................................................123 5.3.13 Instruções de Manipulação de Dados (BIT):.......................................................................................... 124 5.3.13.1 F130 => (BTS) 16-BIT data bit set ..................................................................................................................124 5.3.13.2F131 => (BTR) 16-BIT data bit reset ...............................................................................................................124 5.3.13.3 F132 => (BTI) 16-BIT data bit invert...............................................................................................................125 5.3.13.4 F133 => (BTT) 16-BIT data test ......................................................................................................................126 5.3.13.5 F135 => (BCU) Number of ON bits in 16-BIT data ........................................................................................127 5.3.13.6 F136 => (DBCU) Number of ON bits in 32-BIT data......................................................................................127 5.4 RELÉS INTERNOS ESPECIAIS ................................................................................................................... 129 6 EXERCÍCIOS....................................................................................................................................................... 130 6.1 EXERCÍCIOS BÁSICOS DE FIXAÇÃO....................................................................................................... 130 6.1.1 Exercícios Referente a Instruções Básicas de Controle.......................................................................... 130 6.1.1.1 NA e Bobina Simples (OUT) ! .............................................................................................................................130 6.1.1.2 NF e Bobina Simples (OUT) ! ..............................................................................................................................131 6.1.1.3 NA e Bobina Simples (OUT) ! .............................................................................................................................131 6.1.1.4 NA – NF e Função de Pulso (DF) !.......................................................................................................................132 6.1.1.5 Flip-Flop !.............................................................................................................................................................132 6.1.1.6 Contador Decrescente – Auto reset ! ....................................................................................................................133 6.1.2 Exercícios Referente a Instruções de Dados........................................................................................... 134 6.1.2.1 Sequenciador Decrescente – Auto Reset ! ............................................................................................................134 6.1.2.2 Navegador Crescente/Decrescente ! .....................................................................................................................135 6.2 EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES........................................................................................................... 136 6.2.1 Exercícios de Aprendizagem................................................................................................................... 136 6.2.1.1 Acionamento e Partida de Motores na Config. Estrela - Triângulo ! ....................................................................136 6.2.1.2 Semáforo – Cruzamento de duas vias em mão única !..........................................................................................137 6.3 REVISÃO E AGRADECIMENTOS .............................................................................................................. 138 Curso Básico: Programação - FP Séries ________________________________________________________________________________________ - 6 - ________________________________________________________________________________________ Produtos Eletrônicos Metaltex Ltda. Rua José Rafaelli, 221 – CEP: 04763-280 – São Paulo – SP engenharia@metaltex.com.br - http://www.metaltex.com.br 2 HISTÓRICO Os Controladores Lógicos Programáveis foram desenvolvidos no final dos anos 60, com a finalidade de substituir painéis de relés em controles baseados em lógicas combinacional/seqüencial, em linhas de montagem nas indústrias de manufatura, principalmente automobilística, sendo progressivamente adotados pelas indústrias de processos. O critério do projeto para o primeiro controlador foi especificado em 1968 por uma divisão da General Motors Corporation. O objetivo inicial era eliminar o alto custo associado com os sistemas controlados a relés. As especificações iniciais requeriam um sistema de estado sólido com a flexibilidade do computador, capaz de suportar o ambiente industrial, ser facilmente programado e reprogramado, manutenção fácil e por último facilmente expansível e utilizável. Já os painéis de controle a relés necessitavam modificações na fiação, o que muitas vezes era inviável, tornando-se mais barato simplesmente substituir todo painel por um novo. Portanto, os CLP's permitiram transferir as modificações de hardware para modificações no software. Pelo fato de substituírem os painéis de relés no controle discreto, foram chamados de Controladores Lógicos Programáveis - CLP (Programmable Logic Controllers - PLC). Com o sucesso de uso de CLP's na indústria, a demanda por novas funções e maior capacidade aumentou consideravelmente. Os equipamentos cresceram em poder de processamento, número de entradas e saídas (I/O), e novas funções. Entretanto, estes controladores ainda usavam lógica discreta e só eram utilizadas na indústria, pois seus custos tornaram inviáveis em outras aplicações (automação predial, por exemplo). A partir de 1970, com o advento da tecnologia de microprocessadores, os controladores passaram ter uma grande capacidade de processamento e alta flexibilidade de programação e expansão. Entre outras características citamos: realizar operações aritméticas com ponto decimal flutuante, manusear dados e se comunicar com computadores. Desta forma, os CP's atuais podem atuar tanto em controle discreto como automação de manufatura, onde as máquinas apresentam ações automáticas e podem atuar em controle contínuo, como: processos químicos e siderúrgicos, com características primordialmente analógicas. Portanto atualmente, os controladores são bem mais complexos e não executam somente lógica do tipo E e OU, motivo pelo qual passaram a ser chamados apenas de Controladores Programáveis - CP's. O sistema utilizado para programar o controlador era um dispositivo dedicado e acondicionado em uma maleta portátil, chamada de maleta de programação, de forma que podia ser levada para "campo" a fim de alterar dados e realizar pequenas modificações no programa. O sistema de memória do controlador não permitia facilidades de programação por utilizar memórias do tipo EPROM. Inovações no hardware e software entre 1975 e 1979 proporcionaram ao controlador maior flexibilidade e capacidade de processamento, isto significou aumento na capacidade de memória e de entradas/saídas remotas, controle analógico, controle de posicionamento, comunicações, etc. A expansão de memória permitiu um programa de aplicação maior e uma maior quantidade de dados de forma que os programas de controle não ficassem restritos à lógica e sequenciamento, mas também realizassem aquisição e manipulação de dados. Com o desenvolvimento do controle analógico, o controlador programável preencheu o "gap" entre controle discreto e controle contínuo. Os custos com fiação foram reduzidos significativamente com a capacidade do controlador de comunicar- se com subsistemas de entrada/saída localizados em pontos remotos, distante da unidade central de processamento e perto do equipamento a ser controlado. Ao invés de trazer centenas de fios para o armário do CP, os sinais dos subsistemaspodem ser multiplexados e transmitidos por um único par de fios trançados. Esta técnica permitiu a reestruturação de grandes sistemas em pequenos subsistemas melhorando a confiabilidade, manutenção e partida gradual do sub-sistema de controle principal. Atualmente, existem vários tipos de controladores, desde pequena capacidade até os mais sofisticados, realizando operações que antes eram consideradas específicas para computadores. A evolução do hardware conduziu a melhorias significativas nas características do controlador. Existe hoje uma forte tendência à utilização de pequenos controladores programáveis, controlando processos independentes e comunicando-se com outros controladores e com sistemas supervisórios. Assim, é possível descentralizar o controle industrial, evitando que uma pane interrompa toda a planta. Curso Básico: Programação - FP Séries ________________________________________________________________________________________ - 7 - ________________________________________________________________________________________ Produtos Eletrônicos Metaltex Ltda. Rua José Rafaelli, 221 – CEP: 04763-280 – São Paulo – SP engenharia@metaltex.com.br - http://www.metaltex.com.br 3 INTRODUÇÃO Os CLP´s (Controladores Lógicos Programáveis) são equipamentos eletro-eletrônicos normalmente baseados em microprocessadores, que usam uma memória programável para armazenamento de instruções com funções de: lógica, sequenciamento, temporização, contagem, controle PID, intertravamentos, operações aritméticas, etc., destinados a comandar e monitorar máquinas ou processos industriais através de módulos de entradas/saídas analógicos ou digitais. Um controlador programável difere de equipamentos convencionais para controles industriais pela programabilidade e pelo modo seqüencial de execução das instruções. O software desenvolvido pelo fabricante, também caracteriza uma diferença fundamental. Este software realiza funções de acesso ao hardware, diagnósticos, comunicações, históricos e determina o funcionamento do controlador em um modo de operação dedicado (ciclo de varredura) e totalmente transparente para o usuário. A segunda distinção é que os CP's foram especificamente projetados para operar em ambientes industriais. Um CP pode operar em áreas com quantidades substanciais de ruídos elétricos, interferências eletromagnéticas, vibrações mecânicas, temperaturas elevadas e condições de umidade adversas, conforme especificação de cada fabricante. Temos abaixo, uma ilustração, exemplificando alguns modelos ou famílias de PLC's da Panasonic: Curso Básico: Programação - FP Séries ________________________________________________________________________________________ - 8 - ________________________________________________________________________________________ Produtos Eletrônicos Metaltex Ltda. Rua José Rafaelli, 221 – CEP: 04763-280 – São Paulo – SP engenharia@metaltex.com.br - http://www.metaltex.com.br 4 CONCEITOS FUNDAMENTAIS A definição implica na existência de uma máquina que lê instruções. O termo "instruções" indica a intenção de enviar à máquina algo que esta possa entender, e que tem por meta instruí-la, orientá-la ou comandá-la a realizar algo. Podemos então inferir que qualquer conjunto de instruções legíveis por máquina, qualquer que seja a máquina, quaisquer quem sejam as instruções, podem constituir parte do que chamamos de programa, sendo caracterizado como item essencial integrado ao sistema de controle. Considerando o fato de que toda máquina inventada pelo ser humano possui uma linguagem artificial com a qual nos comunicamos com a máquina, considerando ainda que esta linguagem é composta por cadeias de símbolos que formam sentenças, então qualquer sentença numa linguagem artificial pode constituir parte do que chamamos de programa. • Seus Componentes: Esta é uma parte recursiva da definição. Um programa é composto por componentes, ou seja, instruções de comando, ou instruções, no que implica em dizer que um programa podem ser constituído também, por outros programas menores ou sub-rotinas. • Sistema de Dados: Um programa pode conter dados, o que significa que um programa não é composto apenas por instruções. A existência de dados em um programa está compatível com a definição do Modelo Computacional, onde um programa armazenado na memória é formado por instruções e dados. • Conteúdo Audiovisual (tal como imagens, texto, gravações ou figuras): Este aspecto extrapola o modelo de Modelo Computacional, a medida que torna explícito o fato de que um programa pode ser algo maior do que o que é armazenado na memória no momento de sua execução. Em outras palavras, qualquer material escrito, impresso, apresentável em qualquer mídia de comunicação, de natureza textual, gráfica, audível, visual etc, pode pertencer ou ser parte de um programa, constituindo assim, um dos itens fundamentais constituintes do sistema de controle. • Materiais Licenciados Relacionados: Do ponto de vista de natureza física dos materiais que compõem um programa, este aspecto veicula a mesma essência de generalidade do item anterior, mas torna explícito o fato de que cada uma das partes do programa está relacionada à existência de produtos ou itens que são criados e pertencem a organizações, e que portanto estão sujeitos às regras de comercialização, distribuição e/ou uso. Para maior aprofundamento, veja a discussão sobre Licença de Uso de Software Do exposto acima podemos inferir que um programa é um artefato complexo, que envolve uma grande quantidade de aspectos distintos, como: • Habilidade de comunicação com máquinas e dispositivos (através das instruções e dados) e seres humanos (através de dados manipulados pela máquina e mídias externas à máquina); • Organização em uma estrutura hierárquica, baseada na concepção da necessidade de uma plataforma de sistema operacional (através de seus componentes); • Sujeição a regras comerciais explícitas, pois foi criado por organizações humanas que detém controle sobre sua existência e uso através de uma licença; Curso Básico: Programação - FP Séries ________________________________________________________________________________________ - 9 - ________________________________________________________________________________________ Produtos Eletrônicos Metaltex Ltda. Rua José Rafaelli, 221 – CEP: 04763-280 – São Paulo – SP engenharia@metaltex.com.br - http://www.metaltex.com.br 4.1 CONCEITOS DE HARDWARE Quando energizamos o controlador lógico programável as seguintes operações são executadas: • Teste de leitura/escrita da memória RAM; • Limpeza das memórias imagens de entrada e saída; • Teste de executabilidade do programa de usuário; • Execução de rotinas de inicialização; • Limpeza de registros auxiliares de trabalho, limpeza de display, preparação de teclado. Após estas "Condições de Inicialização" a UCP (unidade central de processamento) passa a fazer uma varredura constante, ou seja, rotinas repetitivas em um "loop" fechado. Essa seqüência de atividades definidas e controladas pelo programa ocorre em um ciclo, chamado de Varredura ou Scan, conforme descrito abaixo: A primeira etapa da varredura é verificar os dados das entradas, transferindo-os para uma memória imagem. Memória imagem é um espelho do estado das entradas e saídas, esta memória será consultada pelo CLP no decorrer do processamento do programa de usuário. Ela recebe em cada endereço correspondente a uma entrada o seu estado ligado/desligado no caso de entradas digitais, ou um valor numérico no caso de entradas analógicas. Uma vez gravados os dados das entradas na respectiva memória imagem, inicia-se a execução do programa de acordocom as instruções definidas pelo usuário. Durante o processamento do programa, o CLP armazena os dados na memória imagem das saídas. Por fim o CLP transfere esses dados para as saídas físicas, desta forma o ciclo termina e a varredura é reiniciada. A figura abaixo, ilustra o processamento cíclico: Curso Básico: Programação - FP Séries ________________________________________________________________________________________ - 10 - ________________________________________________________________________________________ Produtos Eletrônicos Metaltex Ltda. Rua José Rafaelli, 221 – CEP: 04763-280 – São Paulo – SP engenharia@metaltex.com.br - http://www.metaltex.com.br 4.1.1 Processamento de Hardware: O tempo necessário para executar uma varredura varia de controlador para controlador e depende de muitos fatores como: tamanho do programa, instruções programadas, etc. O tempo de varredura é uma consideração importante na seleção do controlador. Este indica a rapidez com que o controlador pode reagir às entradas de campo e resolver a lógica de controle. Este ciclo que tem seu período variável é mostrado na ilustração a seguir: 4.1.2 Características de Hardware: Algumas das principais características de um controlador lógico programável são: ■ Programabilidade; ■ Alta confiabilidade; ■ Imunidade a ruídos; ■ Isolação óptica de entradas e saídas; ■ Detecção de falhas; ■ Repetibilidade; ■ Modularidade; ■ Start-up rápido; ■ Operação em condições ambientais severas; ■ Acesso Remoto; ■ Intervenção Remota; ■ Integração Corporativa; Aquisição das Entradas Processamento Atualização das Saídas Curso Básico: Programação - FP Séries ________________________________________________________________________________________ - 11 - ________________________________________________________________________________________ Produtos Eletrônicos Metaltex Ltda. Rua José Rafaelli, 221 – CEP: 04763-280 – São Paulo – SP engenharia@metaltex.com.br - http://www.metaltex.com.br 4.2 ARQUITETURA DE HARDWARE As unidades básicas dos controladores em geral são compostas por: • Unidades de entrada; • Unidades de saída; • Unidade de processamento; • Unidade de armazenamento; • Unidade da fonte de alimentação; Conforme nos mostra a ilustração a seguir, temos um panorama estrutural referente a arquitetura de hardware, relacionando as unidades básicas constituintes de um controlador programável: 4.2.1 Unidade ou Módulo de Entradas: As unidades de entrada fornecem as conexões entre os dispositivos de campo e a unidade central de processamento. Estas interfaces podem ter um ou mais canais de aquisição de dados que codificam sinais analógicos ou digitais de entrada de diversos níveis de tensão (alternada ou contínua), provenientes de sensores analógicos, push-buttons, e de outros tipos de transdutores, cujos sinais sejam em tensão ou correntes. 4.2.1.1 Unidade de Entradas Digitais: Entre os diversos tipos de transdutores digitais, podemos citar alguns exemplos: • Botões de comando e sinalização; • Chaves de fim de curso; • Sensores de proximidade; • Termostatos e pressostatos; • Sensores magnéticos de posição; Curso Básico: Programação - FP Séries ________________________________________________________________________________________ - 12 - ________________________________________________________________________________________ Produtos Eletrônicos Metaltex Ltda. Rua José Rafaelli, 221 – CEP: 04763-280 – São Paulo – SP engenharia@metaltex.com.br - http://www.metaltex.com.br A comutação de uma unidade de entrada do controlador programável, pode ser realizada em corrente contínua ou em corrente alternada, dependendo das características do hardware. As interfaces de entradas discretas detectam e convertem sinais de comutação de entrada em níveis lógicos de tensão usados no Controlador Programável. Essas características limitam a interface a sinais do tipo ON/OFF (ligado/desligado). O circuito de entrada é composto por duas seções principais: entradas de estados e interface, sendo que essas são normalmente desacopladas eletricamente por um circuito isolador. A seção de entrada de estados basicamente realiza a função de conversão da tensão da entrada (110 Vca, 220 Vca) para um nível DC compatível com a interface. Quando um sinal válido é detectado, o circuito isolador gera um sinal na seção lógica (interface), o qual fica disponível para o processador através do seu barramento de dados. Tipos de entradas digitais em corrente contínua (VCC): • ENTRADA TIPO NPN; A comutação é executada quando o dispositivo externo aplica o pólo negativo da fonte na entrada digital. A figura abaixo exemplifica um circuito de entrada digital tipo NPN. Curso Básico: Programação - FP Séries ________________________________________________________________________________________ - 13 - ________________________________________________________________________________________ Produtos Eletrônicos Metaltex Ltda. Rua José Rafaelli, 221 – CEP: 04763-280 – São Paulo – SP engenharia@metaltex.com.br - http://www.metaltex.com.br • ENTRADA TIPO PNP; A comutação é executada quando o dispositivo externo aplica o pólo positivo da fonte na entrada digital. A figura abaixo exemplifica um circuito de entrada digital tipo PNP. Tipos de entradas digitais em corrente alternada (VCA): • ENTRADA EM CORRENTE ALTERNADA: A comutação é executada quando o dispositivo externo aplica tensão alternada compatível a entrada digital do controlador. Convencionalmente, as entradas dos CLP não possuem compatibilidade com sinais em corrente alternada. Exceto, em casos, onde o módulo é especificado para esta finalizalidade, absorvendo assim, níveis de tensão na entrada digital em corrente alternada. Curso Básico: Programação - FP Séries ________________________________________________________________________________________ - 14 - ________________________________________________________________________________________ Produtos Eletrônicos Metaltex Ltda. Rua José Rafaelli, 221 – CEP: 04763-280 – São Paulo – SP engenharia@metaltex.com.br - http://www.metaltex.com.br 4.2.1.2 Unidade de Entradas Analógicas: A interface de entrada analógica contém os circuitos necessários para receber sinais analógicos de tensão ou corrente dos dispositivos de campo. A tensão ou a corrente de entrada é convertida para um código digital proporcional ao valor analógico, através de um conversor analógico digital (A/D). Este código digital é armazenado na memória imagem do controlador como um registro. A resolução das entradas analógicas é uma informação importante, pois de acordo com o número de bits do conversor A/D é que se define a menor parcela que pode ser lida. Ou seja, uma entrada com um maior número de bits permitirá uma melhor representação da grandeza analógica. Os conversores A/D normalmente são de 10 ou 12bits; As faixas de valores de tensão e corrente para entradas analógicas mais utilizadas na indústria são: • 0 a 20 mA; • 4 a 20 mA; • 0 a 10 VDC; • 5 a 10 VDC; • (-10) a (+10) VDC • (-100) a (+100) mV Seguem alguns tipos de transdutores que necessitam fazer a conversão de curso, deslocamento, pesagem, pressão, e outras grandesas físicas envolvendo assim, alguns dos principais dispositivos ou módulos compatíveis e fabricados para esta finalidade e que por sua vez, proporcionam valores analógios compatíveis procedentes dos processos industriais a serem controlados,conforme exemplos: • Transdutores de pressão; • Transdutores de umidade; • Régua potenciométrica; • Sensores de vazão; • Sensores de nível; • Células de carga; Curso Básico: Programação - FP Séries ________________________________________________________________________________________ - 15 - ________________________________________________________________________________________ Produtos Eletrônicos Metaltex Ltda. Rua José Rafaelli, 221 – CEP: 04763-280 – São Paulo – SP engenharia@metaltex.com.br - http://www.metaltex.com.br 4.2.1.3 Unidade de Leitura de Temperatura: Os módulos de leitura de temperatura, são específicos quanto ao transdutor que será utilizado: PT100 ou Termopar. A operação desta interface é similar à entrada analógica com exceção de que os sinais dos termopares são de pequena amplitude. Estes sinais de pequena amplitude são filtrados, amplificados e digitalizados por um conversor, e então enviados para o processador e disponibilizados para a utilização no programa de usuário. Um primeiro exemplo de aplicação é o módulo compatível com sinais analógicos dos respectivos termopares tipo K, J, T ou R fornecendo a própria compensação de junta fria internamente, nas faixas de temperatura entre (-100 a 1500) graus celcius. Um segundo exemplo é o módulo que possibilita a conexão de termoresistências PT-100, que devido à característica passiva do sensor no circuito do módulo, existe uma fonte constante de 1mA que excita as as termoresistências e, portanto as tensões resultantes são sinais de baixo nível. 4.2.2 Unidade ou Módulos de Saídas: As unidades de saída fornecem as conexões entre os dispositivos de campo e a unidade central de processamento. Estas interfaces podem ter um ou mais canais, fornecendo sinais digitais ou analógicos devidamente amplificados para energizar os elementos de operação e sinalização de atuadores diversos, que se caracterizam pelo tipo (CA ou CC, NPN ou PNP) e pelos diversos níveis de tensão e potência. 4.2.2.1 Unidade de Saídas Digitais: As interfaces de saída discretas convertem sinais lógicos usados no Controlador Programável em sinais capazes de energizar atuadores. O controle da saída é limitado a dispositivos que somente requerem comutação em dois estados, tais como ON/OFF (ligado/desligado). O circuito de saída é composto por duas seções principais: saídas e interface, sendo que essas são normalmente desacopladas eletricamente por um circuito isolador. Durante uma operação normal, o processador envia para o circuito lógico o estado da saída de acordo com a lógica programada, normalmente sinalizadas por led´s. Entre os diversos tipos de atuadores, podemos citar alguns exemplos: • Contatores; • Solenóides; • Lâmpadas; • Sirenes e Buzzers; • Relés e Acopladores; A comutação executada por uma unidade, módulo ou expansão de saída pode ser efetuada através de transistores (em corrente contínua), e através de TRIAC's (em corrente alternada) ou através de relés (corrente contínua ou alternada). Curso Básico: Programação - FP Séries ________________________________________________________________________________________ - 16 - ________________________________________________________________________________________ Produtos Eletrônicos Metaltex Ltda. Rua José Rafaelli, 221 – CEP: 04763-280 – São Paulo – SP engenharia@metaltex.com.br - http://www.metaltex.com.br Tipos de saídas digitais em corrente contínua (VCC): • SAÍDA TIPO NPN: Quando o fluxo de corrente ocorre da saída para o potencial negativo da fonte de alimentação de 24 Vcc; (carga ligada entre o potencial positivo e a saída), conforme exemplo a seguir. Abaixo temos uma ilustração o circuito de uma saída digital tipo NPN. • SAIDA TIPO PNP: Quando o fluxo de corrente ocorre da saída para o potencial positivo da fonte de alimentação de 24 Vcc; (carga ligada entre o potencial negativo e a saída), conforme exemplo a seguir. Abaixo temos uma ilustração o circuito de uma saída digital tipo PNP. Curso Básico: Programação - FP Séries ________________________________________________________________________________________ - 17 - ________________________________________________________________________________________ Produtos Eletrônicos Metaltex Ltda. Rua José Rafaelli, 221 – CEP: 04763-280 – São Paulo – SP engenharia@metaltex.com.br - http://www.metaltex.com.br • SAÍDA A RELÉ: Diferentemente das demais configurações de saídas a transistor apresentadas até o momento, o acoplamento de saída a relé em um CLP, possui características peculiares, trazendo algumas vantagens e desvantagens com relação as demais configurações. O grande empasse neste caso, está associado a velocidade de comutação da carga, na qual possui severas restrições no tempo de chaveamento, dependendo assim de uma estágio mecânico da bobina do relé utilizado. Em contra-partida, temos como grande vantagem, um isolamento referente ao circuíto assim chaveado, bem como a capacidade de comutação, relativamente superior ! • SAÍDA EM CORRENTE ALTERNADA: Alguns tipos de saídas digitais em corrente alternada (VCA), possuem outras características, incluindo faixas de alimentações compreendidas entre tensões de 100 VCA a 240 VCA; Assim podemos apresentar alguns modelos diferenciados de circuítos de sáida: • VARISTOR => Protege contra o surto e oscilações de sobre-tensão; • TRIAC => Isolado do sistema por um acoplamento óptico; • RC => Protege contra disparos indevidos e faiscamento; Curso Básico: Programação - FP Séries ________________________________________________________________________________________ - 18 - ________________________________________________________________________________________ Produtos Eletrônicos Metaltex Ltda. Rua José Rafaelli, 221 – CEP: 04763-280 – São Paulo – SP engenharia@metaltex.com.br - http://www.metaltex.com.br O exemplo abaixo representa o circuito de uma saída digital em corrente alternada. 4.2.2.2 Unidade de Saída Analógica: Entre os diversos tipos de atuadores e aplicações compatíveis, podemos citar: • Inversores de freqüência; • Válvula proporcional de vazão; • Referência de velocidade para servo-acionamento em modo torque; • Referência de velocidade para servo-acionamento em modo velocidade; As faixas de valores de tensão e corrente para saídas analógicas mais utilizadas na indústria são: • 0 a 20 mA; • 4 a 20 mA; • (-10) a (+10) VDC Curso Básico: Programação - FP Séries ________________________________________________________________________________________ - 19 - ________________________________________________________________________________________ Produtos Eletrônicos Metaltex Ltda. Rua José Rafaelli, 221 – CEP: 04763-280 – São Paulo – SP engenharia@metaltex.com.br - http://www.metaltex.com.br Curso Básico: Programação - FP Séries ________________________________________________________________________________________ - 20 - ________________________________________________________________________________________ Produtos Eletrônicos Metaltex Ltda. Rua José Rafaelli, 221 – CEP: 04763-280 – São Paulo – SP engenharia@metaltex.com.br - http://www.metaltex.com.br 4.2.3 Unidade de Processamento: A unidade de processamento é a responsável pelo gerenciamento e processamento das informações do sistema e, é composta pelo microprocessador ou microcontrolador, memória de programa básico, memória de dados, memória de programa de usuário, interface de programação e interface homem- máquina. O módulo de processamento monitora os sinaisde entrada do controlador programável e os combina de acordo com as instruções existentes na memória de programa de usuário, executando operações lógicas, operações de temporização, contagem e seqüenciamento para a seguir liberar os sinais apropriados para as saídas e assim comandar os dispositivos de controle. 4.2.3.1 Arquitetura das Memórias Internas: • MEMÓRIA BÁSICA OU F IRMWARE: A Memória básica contém um conjunto de programas armazenados permanentemente, com o objetivo de controlar e supervisionar as atividades do sistema. Tais como: comunicação com os dispositivos externos, execução do ciclo de varredura, diagnósticos e outras atividades. Esta memória é usualmente chamada de firmware, para expressar o conjunto de software e hardware necessário para o funcionamento do Controlador Programável. Esta memória é programada pelo fabricante, ou seja, é uma memória que não pode ser alterada pelo usuário. As memórias básicas são memórias não voláteis do tipo ROM, EPROM ou FLASH- EPROM. • MEMÓRIA DE DADOS: Nesta memória são armazenados todos os dados de controle do sistema, tais como: estados das entradas e saídas, valores de preset de contadores e temporizadores, etc. É uma tabela de valores manipuláveis. As memórias de dados podem ser memórias voláteis ou não voláteis, sendo respectivamente do tipo, RAM ou NVRAM. • MEMÓRIA DE USUÁRIO: Se trata de uma memória destinada ao armazenamento das instruções de programação, ou seja, o programa de usuário. As memórias de usuário podem ser memórias voláteis ou não voláteis, sendo respectivamente do tipo, RAM; NVRAM ou FLASH-EPROM. 4.2.3.2 Watchdog Timer: Alguns tipos de controladores programáveis possuem internamente à unidade de processamento, um circuito "WATCHDOG TIMER". Este circuito consiste de um temporizador com uma base de tempo fornecida pelo microprocessador, cujo propósito é monitorar o tempo de execução da varredura. Caso exceda este tempo, o "WATCHDOG TIMER" irá detectar esta condição, providenciando então o desligamento das saídas do sistema para evitar operações indesejadas e a reinicialização CPU. Curso Básico: Programação - FP Séries ________________________________________________________________________________________ - 21 - ________________________________________________________________________________________ Produtos Eletrônicos Metaltex Ltda. Rua José Rafaelli, 221 – CEP: 04763-280 – São Paulo – SP engenharia@metaltex.com.br - http://www.metaltex.com.br 4.2.3.3 Interface ou Plataforma de Programação: Esta interface permite a programação da memória de usuário através do uso de software específico para desenvolvimento do programa de usuário, sendo executado em um microcomputador compatível com o padrão IBM-PC (na versão desktop ou laptop, para programação em campo), permitindo a edição, monitoração e documentação dos programas. Além disso, o terminal de programação permite, muitas vezes, monitorar o programa aplicativo, ou seja, visualizar em tempo real o programa sendo executado. 4.2.4 Interface Homem Máquina: Estas interfaces permitem a interação imediata do usuário ou operador com a máquina ou processo a ser controlado, possibilitando a visualização ou alteração das variáveis e parâmetros desses sistemas. As formas mais usuais e comuns de encontrarmos esses tipos de dispositivos disponíveis atualmente são: • Frontais de teclado e display de cristal líquido (LCD); • Vácuo fluorescente (VFD); Curso Básico: Programação - FP Séries ________________________________________________________________________________________ - 22 - ________________________________________________________________________________________ Produtos Eletrônicos Metaltex Ltda. Rua José Rafaelli, 221 – CEP: 04763-280 – São Paulo – SP engenharia@metaltex.com.br - http://www.metaltex.com.br 4.3 COMUNICAÇÃO DE DADOS Para tornar equipamentos diferentes compatíveis entre si, vários padrões de nível físico foram desenvolvidos. Os mais usuais são: RS-232 e RS-485. RS é uma abreviação de "Recommended Standard", ela relata uma padronização de uma interface comum para comunicação de dados entre equipamentos, criados pela "Eletronic Industries Association" (EIA). Os padrões RS-232 e RS-485 definem características mecânicas, elétricas, funcionais e procedurais para ativar, manter e desativar conexões físicas que se destinam a transmitir bits entre dois dispositivos. • Características mecânicas: definem o tamanho e a forma dos conectores, pinos, cabos, etc., que compõem um circuito de transmissão. • Características elétricas: especificam os valores dos sinais elétricos (níveis de voltageme corrente) usados para representar bits, o tempo entre mudanças desses valores etc. Determinam também as taxas de transmissão e distâncias que podem ser atingidas. • Características procedurais: especificam combinações e seqüências de sinais que devem ocorrer para que uma interface do nível físico cumpra o seu papel de receber e transmitir bits. 4.3.1 Canais de Comunicação: Um canal de comunicação é um caminho sobre o qual a informação pode trafegar. Os canais podem ser classificados da seguinte forma: • Canal simplex: canal no qual a direção de transmissão é inalterada. Ou seja, quase todos os procedimentos de transmissão fluem através de um telegrama. • Canal half-duplex: é um canal físico simples no qual a direção pode ser revertida. As mensagens podem fluir nas duas direções, mas nunca ao mesmo tempo. • Canal full-duplex: permite que mensagens sejam trocadas simultaneamente em ambas as direções. Pode ser visto como dois canais simplex, um canal direto e um canal reverso. 4.3.2 Taxa de Transferência: A taxa de transferência refere-se à velocidade com que os dados são enviados através de um canal e é medido em transições elétricas por segundo. Na norma EIA, ocorre uma transição de sinal por bit e a taxa de transferência e a taxa de bit (bit rate) são idênticas. Outro conceito é a eficiência do canal de comunicação que é definido como o n° de bits de informação utilizável (dados) enviados através do canal por segundo. Ele não inclui bits de sincronismo, formatação, e detecção de erro que podem ser adicionados à informação antes da mensagem ser transmitida. Curso Básico: Programação - FP Séries ________________________________________________________________________________________ - 23 - ________________________________________________________________________________________ Produtos Eletrônicos Metaltex Ltda. Rua José Rafaelli, 221 – CEP: 04763-280 – São Paulo – SP engenharia@metaltex.com.br - http://www.metaltex.com.br 4.3.3 Interfaces Seriais: Comunicação Serial RS232 TiTiTiTipo de Redepo de Redepo de Redepo de Rede Ponto a ponto DistDistDistDistâââância Mncia Mncia Mncia Mááááximaximaximaxima 15m MMMMááááxima Taxa de Transmissxima Taxa de Transmissxima Taxa de Transmissxima Taxa de Transmissããããoooo 20kbps nível lógico 0 (+5V à +15V) NNNNíííível Elvel Elvel Elvel Eléééétricotricotricotrico nível lógico 1 (-5V à -15V) ConectoresConectoresConectoresConectores DB25 (por norma) DB9 (usual) Canal de comunicaCanal de comunicaCanal de comunicaCanal de comunicaçãçãçãçãoooo full-duplex (podendo ser utilizado como um canal half-duplex) Figura - Tabela de especificações da Comunicação Serial RS232 Comunicação Serial RS485 Tipo de RedeTipo de RedeTipo de RedeTipo de Rede multi-ponto (até 32 transmissores ou receptores) DistDistDistDistâââância Mncia Mncia Mncia Mááááximaximaximaxima1200m MMMMááááxima Taxa de Transmissxima Taxa de Transmissxima Taxa de Transmissxima Taxa de Transmissããããoooo 10 Mbps ConectoConectoConectoConectoresresresres não definido Canal de comunicaCanal de comunicaCanal de comunicaCanal de comunicaçãçãçãçãoooo half-duplex Figura - Tabela de especificações da Comunicação Serial RS485 Curso Básico: Programação - FP Séries ________________________________________________________________________________________ - 24 - ________________________________________________________________________________________ Produtos Eletrônicos Metaltex Ltda. Rua José Rafaelli, 221 – CEP: 04763-280 – São Paulo – SP engenharia@metaltex.com.br - http://www.metaltex.com.br 4.3.4 Protocolos de Comunicação: Protocolo de comunicação é um conjunto de regras que definem a forma como os dispositivos devem se comunicar. Existem protocolos que definem desde as características físicas de interligações entre dispositivos, até como deve ocorrer o gerenciamento das mensagens. • Nível de Planta: no nível da planta temos a supervisão e gerenciamento de todo processo que normalmente ocorre através de um software supervisório. De uma forma resumida, as ações associadas a este nível são: Supervisão; Comando; Planejamento; Banco de Dados. Podemos citar como exemplo deste nível as redes: Profinet, Ethernet/IP e Fieldbus Foundation HSE. • Nível de Controle: este nível permite o controle sobre as ações do nível de campo em função das definições e comandos dados pelo nível da planta. De uma forma resumida, as ações associadas a este nível são: Controle em tempo real; Segurança; Interfaceamento; Podemos citar como exemplo deste nível as redes Profibus FMS, Modbus, e etc. • Nível de Campo: As redes que fazem parte deste nível constituem a base na hierarquia da comunicação industrial. Através deste nível torna-se possível a aquisição e atuação direta dos dados de chão de fábrica como valor de pressão, status de um motor, ligamento e desligamento de uma válvula, etc. De uma forma resumida, as ações associadas a este nível são: Aquisição das variáveis; Atuação sobre equipamentos. Podemos citar como exemplo deste nível as redes Profibus DP e PA, AS-Interface, Interbus, Devicenet, Fieldbus Foundation H1. Figura 21 - Níveis de Rede Curso Básico: Programação - FP Séries ________________________________________________________________________________________ - 25 - ________________________________________________________________________________________ Produtos Eletrônicos Metaltex Ltda. Rua José Rafaelli, 221 – CEP: 04763-280 – São Paulo – SP engenharia@metaltex.com.br - http://www.metaltex.com.br 4.3.5 Características dos Protocolos: Abaixo estão relacionadas as principais diferenças entre os protocolos existentes: Figura 23 - Tabela de diferenças entre diversos protocolos de comunicação Características APR03M Profibus DP Devicenet Ethernet Modbus Desenvolvedor Atos Profibus ODVA ODVA Modicon Velocidade 2 Mbit/s 12 Mbit/s 500 kbit/s 100 Mbit/s 19,2 kbit/s Modo de Comunicação Produtor Consumidor Origem Destino Produtor Consumidor Servidor Cliente Origem Destino 1200m (RS-485) e 1900m (10 Km com 500 m (125kb) 100m 1200m Distância máxima 4 km (fibra óptica) repetidor) N°. De nós sem repetidores 32 32 62 400 por segmento 02 (RS-232) 10 (RS-422) 32 (RS-485) Gerenciamento da rede Multi-mestre Multi- mestre Mestre- escravo Multi-mestre NA: Colisão CSMA CD Mestre- escravo Especificação do cabo Par trançado Par trançado 4 fios Coaxial ou 4 fios trançados RS-232 RS-485 RS-422 Configuração dos dispositivos via rede Sim Não Não Sim Manual Ferramentas de gerenciamento Sim Sim Sim Não Não Permite colisão Sim Não Sim Sim Não Permite comunicação por eventos Sim Não Sim Sim Não Auto-configuração básica Sim Não Não Não Não Integração com outras redes Sim Sim Sim Não Sim Quantidade de dispositivos compatíveis no mercado Baixo Alto Alto Baixo Alto "Troca a quente" Sim Sim Sim Sim Não Curso Básico: Programação - FP Séries ________________________________________________________________________________________ - 26 - ________________________________________________________________________________________ Produtos Eletrônicos Metaltex Ltda. Rua José Rafaelli, 221 – CEP: 04763-280 – São Paulo – SP engenharia@metaltex.com.br - http://www.metaltex.com.br 4.4 CONCEITOS DE SOFTWARE 4.4.1 Sistemas Numéricos: Sistema numérico posicional é o nome dado a propriedade de um número variar o seu valor dependendo da posição em que ocupa dentro de uma ordem de valores. Como exemplo, podemos considerar o número 101. O número 1 não representa 1, mas sua posição representa 100 e é diferente do último 1 que representa apenas 1 unidade. Assim podemos considerar que no sistema decimal o valor de cada símbolo depende de sua posição. Ainda que aparentemente isto pareça trivial, ver-se-á que este conceito é de extrema importancia em outros sistemas numéricos posicionais. A base de um sistema numérico é a quantidade de algarismos utilizados para sua representação. Em nossa atual sociedade a base mais utilizada é a base 10 (decimal) onde contamos com 10 algarismos para representação numérica - 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9. Porém existem outras bases de numeração como a base 12, base 60, base 2 (binária) e base 16 (hexadecimal). Temos que uma base b possuirá b algarismos, variando entre 0 e (b-1). Curso Básico: Programação - FP Séries ________________________________________________________________________________________ - 27 - ________________________________________________________________________________________ Produtos Eletrônicos Metaltex Ltda. Rua José Rafaelli, 221 – CEP: 04763-280 – São Paulo – SP engenharia@metaltex.com.br - http://www.metaltex.com.br 4.4.1.1 Sistema Numérico Binário: O sistema binário é um sistema de numeração posicional em que todas as quantidades se representam utilizando como base o número dois, com o que se dispõe das cifras: zero e um (0 e 1). Os computadores digitais trabalham internamente com dois níveis de tensão, pelo que o seu sistema de numeração natural é o sistema binário (aceso, apagado). Com efeito, num sistema simples como este é possível simplificar o cálculo, com o auxílio da lógica booleana. Em computação, chama-se um dígito binário (0 ou 1) de bit, que vem do inglês Binary Digit. Um agrupamento de 8 bits corresponde a um byte (Binary Term). Um agrupamento de 4 bits é chamado de nibble. O sistema binário é base para a Álgebra booleana (de George Boole - matemático inglês), que permite fazer operações lógicas e aritméticas usando-se apenas dois dígitos ou dois estados (sim e não, falso e verdadeiro, tudo ou nada, 1 ou 0, ligado e desligado). Toda eletrônica digital e computação está baseada nesse sistema binário e na lógica de Boole, que permite representar por circuitos eletrônicos digitais (portas lógicas) os números, caracteres, realizar operações lógicas e aritméticas. Os programas de computadores são codificados sob forma binária e armazenados nas mídias (memórias, discos, etc) sob esse formato. Dado um número N, binário, para expressá-lo em decimal, deve-se escrever cada número que o compõe (bit), multiplicado pela base do sistema (base = 2), elevado à posição que ocupa. Uma posição à esquerda da vírgula representa uma potência positiva e à direita uma potência negativa. A soma de cada multiplicação de cada dígito binário
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