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05 Legislação e Ética na Administração Pública

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SUMÁRIO
LEGISLAÇÃO E ÉTICA NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
ÉTICA E FUNÇÃO PÚBLICA .............................................................................................................................2
ÉTICA NO SETOR PÚBLICO. DECRETO N. 1.171/1994 (CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO 
SERVIDOR PÚBLICO CIVIL DO PODER EXECUTIVO FEDERAL) .....................................................................2
REGIME JURÍDICO DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS DA UNIÃO (LEI N. 8.112/1990). DISPOSIÇÕES 
PRELIMINARES: DO PROVIMENTO, VACÂNCIA, REMOÇÃO, REDISTRIBUIÇÃO E SUBSTITUIÇÃO. 
ESTÁGIO PROBATÓRIO. DIREITOS E VANTAGENS. REGIME DISCIPLINAR, DEVERES E PROIBIÇÕES, 
ACUMULAÇÃO, RESPONSABILIDADE E PENALIDADES .................................................................................7
LEI N. 8.429/1992. DISPOSIÇÕES GERAIS. ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA..............................41
PROCESSO ADMINISTRATIVO (LEI N. 9.784/1999): CONCEITO, PRINCÍPIOS, FASES E MODALIDADES .....49
ESTATUTO E REGIMENTO GERAL DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA (DISPONÍVEL EM 
HTTP://WWW.UNB.BR/UNB/TRANSPARENCIA/DOWNLOADS/REGIMENTO_ESTATUTO_UNB.PDF) .........59
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que é moral. Assim, é diminuída a margem para que cada 
um determine o que é, e o que não é moral, o que acabaria 
por acarretar na total relativização das regras (cada um tem 
as suas e faz o que bem entender). Trata-se de um consenso 
mínimo, de um conjunto central de valores, indispensável 
à sociedade democrática, orientando nossas escolhas e 
decisões.
Uma ação é certa ou errada em função de suas 
consequências ou resultados provocados, avaliados segundo 
um determinado padrão de valor. A resposta à questão “o 
que eu devo fazer?” é definida em função do cálculo das 
consequências.
É necessário destacar que a ética não estabelece 
mandamentos, uma vez que não existem regras definiti-
vamente estabelecidas ou absolutas, mas sim um “eterno 
pensar, refletir, construir”. O pensamento ético se desen-
volve em princípios, haja vista o caráter abstrato dos valo-
res em questão.
As pessoas não nascem boas ou ruins. É a sociedade 
que educa moralmente seus membros através de influência 
da família, da escola, dos meios de comunicação e do conví-
vio com outras pessoas. 
Ética e Democracia: Exercício da Cidadania
A democracia é um regime político e também um modo 
de sociabilidade, tendo como pressupostos a justiça, a igual-
dade e a equidade, regulando as relações sociais e permi-
tindo a expressão das diferenças e conflitos, logo, pertence 
ao núcleo moral central da sociedade. 
Com a democracia, deve-se levar em conta a liberdade, 
a tolerância, o diferente e a sabedoria de conviver com as difi-
culdades. Essa valorização da liberdade, ao contrário do que 
se possa pensar, não colide com a presença de um conjunto 
central de valores, mas sim garante a possibilidade da liber-
dade humana, estabelecendo limites para que todos possam 
fazer uso da mesma, de forma a mantê-la.
A cidadania, por sua vez, vai além da conquista de igual-
dade de direitos e deveres a todos os seres humanos, rela-
cionando-se com uma vida digna para todos os cidadãos. A 
ideia de cidadania está adstrita a um conjunto de direitos e 
deveres que permite aos cidadãos participar da vida política 
e da vida pública, como por exemplo, a possibilidade de votar 
e ser votado, participar ativamente na elaboração das leis e 
exercer funções públicas. 
Entretanto, para que o modelo de democracia seja justo 
e almeje a liberdade individual e coletiva, é necessário que a 
igualdade e a equidade sejam complementares, ou seja, que a 
equidade venha a estabelecer um princípio da diferença dentro 
da igualdade. Se pensarmos em democracia, sem levar em 
consideração as desigualdades existentes, acabamos por 
destruir a liberdade. 
Portanto, uma lei somente poderá ser considerada justa 
quando, além de reconhecer que todos são considerados iguais 
perante ela, considerar as possíveis diferenças relacionadas 
a seu cumprimento ou sua violação. 
Ética e Função Pública
Os agentes públicos, em sua atuação, agem em nome 
do Estado. Todos os desvios de sua conduta ética, direta 
ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO
CONSIDERAÇÕES GERAIS
A ética é disciplina tradicional da filosofia, também 
conhecida por filosofia moral, que estabelece princípios de 
como o ser humano deve agir.
Outras definições:
• É um padrão aplicável a um grupo bem definido, 
o qual nos permite avaliar agentes e suas ações.
• Pensamento reflexivo sobre os valores e as 
normas que regem as condutas humanas.
• Conjunto de princípios e normas que um grupo 
estabelece para o seu exercício profissional, 
como, por exemplo, os Códigos de Ética dos 
advogados, médicos, psicólogos, etc.
Ética e Moral
A palavra ética tem origem grega ethos, que significa o 
modo de ser, o caráter. A moral, por sua vez, vem do latim 
mos, significando costume. A moral e a ética não nascem 
com o homem, mas sim são adquiridas por ele com o hábito. 
Pode-se concluir então que, ética e moral tem origem nas 
relações coletivas dos seres humanos nas sociedades onde 
nascem e vivem. É justamente na vida social e comunitária 
que o homem se reconhece e se realiza como um ser moral 
e ético.
Apesar de serem muitas vezes usadas como sinôni-
mos, alguns estudiosos fazem uma distinção entre essas 
duas palavras: Moral, como sendo um conjunto de normas, 
princípios, preceitos, costumes e valores que norteiam o 
comportamento do indivíduo no seu grupo social, e ética 
como algo filosófico e científico, que tem como objeto o com-
portamento moral, tentando perceber, fazer compreender, 
demonstrar e criticar a moral de uma sociedade.
A ética e a moral dizem respeito ao modo de agir perante 
o outro. No Brasil, a ideia de moral ganha força na própria 
Constituição que traz, ao longo de seu texto, alguns elementos 
que identificam questões éticas e morais, como por exemplo, 
em seu art. 5º, onde estabelece o repúdio ao racismo, ou até 
mesmo em seu art. 1º, em que estabelece como fundamento 
da República Federativa do Brasil a dignidade da pessoa 
humana, segundo o qual todo ser humano, sem distinção, 
merece tratamento digno correspondente a um valor moral. 
A moralidade humana deve ser enfocada no contexto 
histórico-social. As decisões, escolhas, ações e comporta-
mentos fazem surgir os problemas morais do cotidiano, pois 
necessitam de um julgamento de valor do que é justo ou 
injusto, bom ou mau, certo ou errado, pela moral da época.
Valores e Princípios
Um valor é, genericamente, tudo aquilo que afirmamos 
merecer ser desejado. Dá um caráter positivo a algo que o 
possui.
Os valores são eleitos pela própria sociedade, sendo 
necessários ao convívio entre seus membros e limitando a 
discricionariedade que cada indivíduo tem de determinar o 
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ou indiretamente, abalam a confiança que toda a sociedade 
deposita na Administração Pública, sendo fator de desmo-
ralização do serviço público e acarretando a insatisfação de 
todos os que pagam seus tributos.
A imagem e a reputação do administrador deve ser pre-
servada e sua conduta deve sempre estar de acordo com os 
padrões éticos. As autoridades de nível superior hierárquico 
deverão ser exemplo para toda a Administração Pública, 
para que assim a sociedade possa confiar na integridade e 
legalidade do processo decisório governamental.
Ética no Setor Público
O serviço público envolve a confiança do público, sendo 
assim, seu padrão ético, em grande parte, de sua própria 
natureza.
No intuito de desenvolver o pensamento ético entre os 
seus servidores, a Administração, nos últimos anos, instituiu 
vários Códigos de Ética de observância obrigatória por todosos seus agentes, no sentido de criar uma consciência ética 
comum em todo o serviço público.
A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência 
dos princípios morais devem nortear o servidor público, seja 
no exercício do cargo ou função, ou fora dele, uma vez que 
irá refletir o exercício da vocação do próprio poder estatal. 
Os atos, comportamentos e atitudes do servidor público 
devem ser conduzidos a preservação da honra e da tradição 
dos serviços públicos. O servidor público jamais poderá des-
prezar o elemento ético de sua conduta. Assim, não terá que 
decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o 
conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, 
mas principalmente entre o honesto e o desonesto. 
O agente público deve ser probo, reto, leal e justo, 
demonstrando toda a integridade do seu caráter, e 
sempre buscando melhor e a mais vantajosa opção para 
o bem comum.
DECRETO N. 1.171, DE 22 DE JUNHO DE 1994
Aprova o Código de Ética Profis-
sional do Servidor Público Civil do 
Poder Executivo Federal.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribui-
ções que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, e ainda tendo 
em vista o disposto no art. 37 da Constituição, bem como 
nos arts. 116 e 117 da Lei n. 8.112, de 11 de dezembro de 
1990, e nos arts. 10, 11 e 12 da Lei n. 8.429, de 2 de junho 
de 1992,
DECRETA:
Art. 1º Fica aprovado o Código de Ética Profissional do 
Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, que com 
este baixa.
Art. 2º Os órgãos e entidades da Administração Pública 
Federal direta e indireta implementarão, em sessenta dias, 
as providências necessárias à plena vigência do Código 
de Ética, inclusive mediante a Constituição da respectiva 
Comissão de Ética, integrada por três servidores ou empre-
gados titulares de cargo efetivo ou emprego permanente.
Parágrafo único. A constituição da Comissão de Ética 
será comunicada à Secretaria da Administração Federal da 
Presidência da República, com a indicação dos respectivos 
membros titulares e suplentes.
Art. 3º Este decreto entra em vigor na data de sua 
publicação.
ANEXO
CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR PÚBLICO 
CIVIL DO PODER EXECUTIVO FEDERAL
CAPÍTULO I
Seção I 
Das Regras Deontológicas
 
I – A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a cons-
ciência dos princípios morais são primados maiores que 
devem nortear o servidor público, seja no exercício do cargo 
ou função, ou fora dele, já que refletirá o exercício da voca-
ção do próprio poder estatal. Seus atos, comportamentos e 
atitudes serão direcionados para a preservação da honra e 
da tradição dos serviços públicos.
II – O servidor público não poderá jamais desprezar o 
elemento ético de sua conduta. Assim, não terá que decidir 
somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o con-
veniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas 
principalmente entre o honesto e o desonesto, consoante 
as regras contidas no art. 37, caput, e §4º, da Constituição 
Federal.
III – A moralidade da Administração Pública não se limita 
à distinção entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da 
ideia de que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entre 
a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor público, 
é que poderá consolidar a moralidade do ato administrativo.
IV – A remuneração do servidor público é custeada 
pelos tributos pagos direta ou indiretamente por todos, até 
por ele próprio, e por isso se exige, como contrapartida, que 
a moralidade administrativa se integre no Direito, como ele-
mento indissociável de sua aplicação e de sua finalidade, 
erigindo-se, como consequência, em fator de legalidade.
V – O trabalho desenvolvido pelo servidor público 
perante a comunidade deve ser entendido como acréscimo 
ao seu próprio bem-estar, já que, como cidadão, integrante 
da sociedade, o êxito desse trabalho pode ser considerado 
como seu maior patrimônio.
VI – A função pública deve ser tida como exercício pro-
fissional e, portanto, se integra na vida particular de cada 
servidor público. Assim, os fatos e atos verificados na con-
duta do dia a dia em sua vida privada poderão acrescer ou 
diminuir o seu bom conceito na vida funcional.
VII – Salvo os casos de segurança nacional, investiga-
ções policiais ou interesse superior do Estado e da Adminis-
tração Pública, a serem preservados em processo previa-
mente declarado sigiloso, nos termos da lei, a publicidade de 
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qualquer ato administrativo constitui requisito de eficácia e 
moralidade, ensejando sua omissão comprometimento ético 
contra o bem comum, imputável a quem a negar.
VIII – Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor 
não pode omiti-la ou falseá-la, ainda que contrária aos inte-
resses da própria pessoa interessada ou da Administração 
Pública. Nenhum Estado pode crescer ou estabilizar-se 
sobre o poder corruptivo do hábito do erro, da opressão ou 
da mentira, que sempre aniquilam até mesmo a dignidade 
humana quanto mais a de uma Nação.
IX – A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo 
dedicados ao serviço público caracterizam o esforço pela 
disciplina. Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos 
direta ou indiretamente significa causar-lhe dano moral. Da 
mesma forma, causar dano a qualquer bem pertencente ao 
patrimônio público, deteriorando-o, por descuido ou má von-
tade, não constitui apenas uma ofensa ao equipamento e às 
instalações ou ao Estado, mas a todos os homens de boa 
vontade que dedicaram sua inteligência, seu tempo, suas 
esperanças e seus esforços para construí-los.
X – Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera 
de solução que compete ao setor em que exerça suas fun-
ções, permitindo a formação de longas filas, ou qualquer 
outra espécie de atraso na prestação do serviço, não carac-
teriza apenas atitude contra a ética ou ato de desumani-
dade, mas principalmente grave dano moral aos usuários 
dos serviços públicos.
XI – O servidor deve prestar toda a sua atenção às 
ordens legais de seus superiores, velando atentamente por 
seu cumprimento, e, assim, evitando a conduta negligente. 
Os repetidos erros, o descaso e o acúmulo de desvios tor-
nam-se, às vezes, difíceis de corrigir e caracterizam até 
mesmo imprudência no desempenho da função pública.
XII – Toda ausência injustificada do servidor de seu 
local de trabalho é fator de desmoralização do serviço 
público, o que quase sempre conduz à desordem nas rela-
ções humanas.
XIII – O servidor que trabalha em harmonia com a 
estrutura organizacional, respeitando seus colegas e cada 
concidadão, colabora e de todos pode receber colaboração, 
pois sua atividade pública é a grande oportunidade para o 
crescimento e o engrandecimento da Nação.
Seção II 
Dos Principais Deveres do Servidor Público
XIV – São deveres fundamentais do servidor público:
a) desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo, 
função ou emprego público de que seja titular;
b) exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e 
rendimento, pondo fim ou procurando prioritariamente resol-
ver situações procrastinatórias, principalmente diante de 
filas ou de qualquer outra espécie de atraso na prestação 
dos serviços pelo setor em que exerça suas atribuições, com 
o fim de evitar dano moral ao usuário;
c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a 
integridade do seu caráter, escolhendo sempre, quando esti-
ver diante de duas opções, a melhor e a mais vantajosa para 
o bem comum;
d) jamais retardar qualquer prestação de contas, con-
dição essencial da gestão dos bens, direitos e serviços da 
coletividade a seu cargo;
e) tratar cuidadosamente os usuários dos serviços 
aperfeiçoando o processo de comunicação e contato com 
o público;
f) ter consciência de que seu trabalho é regido por prin-
cípios éticos que se materializamna adequada prestação 
dos serviços públicos;
g) ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e aten-
ção, respeitando a capacidade e as limitações individuais de 
todos os usuários do serviço público, sem qualquer espécie 
de preconceito ou distinção de raça, sexo, nacionalidade, 
cor, idade, religião, cunho político e posição social, abs-
tendo-se, dessa forma, de causar-lhes dano moral;
h) ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor 
de representar contra qualquer comprometimento indevido 
da estrutura em que se funda o Poder Estatal;
i) resistir a todas as pressões de superiores hierárquicos, 
de contratantes, interessados e outros que visem obter quais-
quer favores, benesses ou vantagens indevidas em decorrên-
cia de ações imorais, ilegais ou aéticas e denunciá-las;
j) zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigên-
cias específicas da defesa da vida e da segurança coletiva;
l) ser assíduo e frequente ao serviço, na certeza de que 
sua ausência provoca danos ao trabalho ordenado, refle-
tindo negativamente em todo o sistema;
m) comunicar imediatamente a seus superiores todo e 
qualquer ato ou fato contrário ao interesse público, exigindo 
as providências cabíveis;
n) manter limpo e em perfeita ordem o local de trabalho, 
seguindo os métodos mais adequados à sua organização e 
distribuição;
o) participar dos movimentos e estudos que se relacio-
nem com a melhoria do exercício de suas funções, tendo por 
escopo a realização do bem comum;
p) apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequa-
das ao exercício da função;
q) manter-se atualizado com as instruções, as normas 
de serviço e a legislação pertinentes ao órgão onde exerce 
suas funções;
r) cumprir, de acordo com as normas do serviço e as 
instruções superiores, as tarefas de seu cargo ou função, 
tanto quanto possível, com critério, segurança e rapidez, 
mantendo tudo sempre em boa ordem.
s) facilitar a fiscalização de todos atos ou serviços por 
quem de direito;
t) exercer com estrita moderação as prerrogativas 
funcionais que lhe sejam atribuídas, abstendo-se de fazê-
-lo contrariamente aos legítimos interesses dos usuários do 
serviço público e dos jurisdicionados administrativos;
u) abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, 
poder ou autoridade com finalidade estranha ao interesse 
público, mesmo que observando as formalidades legais e 
não cometendo qualquer violação expressa à lei;
v) divulgar e informar a todos os integrantes da sua 
classe sobre a existência deste Código de Ética, estimulando 
o seu integral cumprimento.
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Seção III 
Das Vedações ao Servidor Público
XV – E vedado ao servidor público;
a) o uso do cargo ou função, facilidades, amizades, 
tempo, posição e influências, para obter qualquer favoreci-
mento, para si ou para outrem;
b) prejudicar deliberadamente a reputação de outros 
servidores ou de cidadãos que deles dependam;
c) ser, em função de seu espírito de solidariedade, coni-
vente com erro ou infração a este Código de Ética ou ao 
Código de Ética de sua profissão;
d) usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o 
exercício regular de direito por qualquer pessoa, causando-
-lhe dano moral ou material;
e) deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao 
seu alcance ou do seu conhecimento para atendimento do 
seu mister;
f) permitir que perseguições, simpatias, antipatias, 
caprichos, paixões ou interesses de ordem pessoal interfi-
ram no trato com o público, com os jurisdicionados admi-
nistrativos ou com colegas hierarquicamente superiores ou 
inferiores;
g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qual-
quer tipo de ajuda financeira, gratificação, prêmio, comissão, 
doação ou vantagem de qualquer espécie, para si, familiares 
ou qualquer pessoa, para o cumprimento da sua missão ou 
para influenciar outro servidor para o mesmo fim;
h) alterar ou deturpar o teor de documentos que deva 
encaminhar para providências;
i) iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite 
do atendimento em serviços públicos;
j) desviar servidor público para atendimento a interesse 
particular;
l) retirar da repartição pública, sem estar legalmente 
autorizado, qualquer documento, livro ou bem pertencente 
ao patrimônio público;
m) fazer uso de informações privilegiadas obtidas no 
âmbito interno de seu serviço, em benefício próprio, de 
parentes, de amigos ou de terceiros;
n) apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele 
habitualmente;
o) dar o seu concurso a qualquer instituição que atente 
contra a moral, a honestidade ou a dignidade da pessoa 
humana;
p) exercer atividade profissional aética ou ligar o seu 
nome a empreendimentos de cunho duvidoso.
CAPÍTULO II 
DAS COMISSÕES DE ÉTICA
XVI – Em todos os órgãos e entidades da Administra-
ção Pública Federal direta, indireta autárquica e fundacional, 
ou em qualquer órgão ou entidade que exerça atribuições 
delegadas pelo poder público, deverá ser criada uma Comis-
são de Ética, encarregada de orientar e aconselhar sobre a 
ética profissional do servidor, no tratamento com as pessoas 
e com o patrimônio público, competindo-lhe conhecer con-
cretamente de imputação ou de procedimento susceptível 
de censura.
XVII – (Revogado pelo Decreto n. 6.029, de 2007)
XVIII – À Comissão de Ética incumbe fornecer, aos 
organismos encarregados da execução do quadro de car-
reira dos servidores, os registros sobre sua conduta ética, 
para o efeito de instruir e fundamentar promoções e para 
todos os demais procedimentos próprios da carreira do ser-
vidor público.
XIX – (Revogado pelo Decreto n. 6.029, de 2007)
XX – (Revogado pelo Decreto n. 6.029, de 2007)
XXI – (Revogado pelo Decreto n. 6.029, de 2007)
XXII – A pena aplicável ao servidor público pela Comis-
são de Ética é a de censura e sua fundamentação constará 
do respectivo parecer, assinado por todos os seus integran-
tes, com ciência do faltoso.
XXIII – (Revogado pelo Decreto n. 6.029, de 2007)
XXIV – Para fins de apuração do comprometimento 
ético, entende-se por servidor público todo aquele que, por 
força de lei, contrato ou de qualquer ato jurídico, preste ser-
viços de natureza permanente, temporária ou excepcional, 
ainda que sem retribuição financeira, desde que ligado direta 
ou indiretamente a qualquer órgão do poder estatal, como as 
autarquias, as fundações públicas, as entidades paraesta-
tais, as empresas públicas e as sociedades de economia 
mista, ou em qualquer setor onde prevaleça o interesse do 
Estado.
XXV – (Revogado pelo Decreto n. 6.029, de 2007)
.
E X E R C Í C I O S
Julgue os itens a seguir, acerca do Código de Ética 
Profissional do Servidor Público Civil do Poder Execu-
tivo Federal.
1. É dever do servidor público ter respeito à hierarquia, 
razão pela qual ele não deve representar contra seus 
superiores mesmo em situação em que estes compro-
metam a estrutura em que se funda o poder estatal.
2. É dever do servidor tratar cuidadosamente os usuários 
dos serviços, aperfeiçoando o processo de comunica-
ção e contato com o público.
3. A Administração Pública Federal indireta não está 
obrigada a criar comissão de ética profissional do 
servidor; por outro lado, todos os órgãos e entidades da 
administração pública federal direta estão obrigados 
a criar tal comissão.
4. As penas aplicáveis ao servidor público por comissão 
de ética são as mesmas que qualquer comissão de 
processo administrativo disciplinar pode sugerir, ou 
seja, advertência, suspensão e demissão.
5. Para fins de apuração do comprometimento ético, enten-
de-se por servidor público todo aquele que, por força de 
lei, contrato ou de qualquer ato jurídico, preste serviços 
de natureza permanente, temporária ouexcepcional, 
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ainda que sem retribuição financeira, desde que ligado 
direta ou indiretamente a qualquer órgão do poder estatal, 
como as autarquias, as fundações públicas, as entidades 
paraestatais, as empresas públicas e as sociedades de 
economia mista, ou em qualquer setor onde prevaleça o 
interesse do Estado.
6. Não apenas a preocupação acerca do legal e do ilegal, 
do justo e do injusto, do conveniente e do inconvenien-
te deve nortear as decisões do servidor público, mas, 
principalmente, a preocupação com o honesto e o de-
sonesto, de acordo com os parâmetros constitucionais.
7. Salvo os casos de segurança nacional, investigações 
policiais ou interesse superior do Estado e da admi-
nistração pública, a serem preservados em processo 
previamente declarado sigiloso, nos termos da lei, a pu-
blicidade de qualquer ato administrativo constitui regra 
que deve ser seguida, sob pena de comprometimento 
ético contra o bem comum.
8. A função pública deve ser tida como exercício profissio-
nal e, portanto, os fatos e atos verificados na conduta 
do dia a dia do servidor, em sua vida privada, não po-
derão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida 
funcional.
9. Em todos os órgãos e entidades da Administração Pú-
blica Federal direta, indireta autárquica e fundacional, 
ou em qualquer órgão ou entidade que exerça atribui-
ções delegadas pelo poder público, deverá ser criada 
uma comissão de ética, que pode instaurar procedi-
mento do qual, ao seu fim, pode resultar pena de cen-
sura ou suspensão.
10. Considera-se a função pública como integrada à vida 
particular do servidor, devido ao seu caráter de exercício 
profissional.
11. A conivência com o erro no serviço público é possível 
em situações em que o espírito de solidariedade entre 
os colegas deva prevalecer.
12. A participação do servidor público em estudos que vi-
sem à melhoria dos serviços prestados tem como obje-
tivo prioritário o seu aperfeiçoamento profissional.
13. É condição indispensável para o exercício da função 
pública o respeito à hierarquia, em qualquer circuns-
tância.
14. É vedado ao servidor público sugerir qualquer tipo de 
prêmio para o cumprimento da sua missão.
15. O trabalho do servidor público segue princípios éticos, 
assim, a eficácia na prestação dos serviços seria a ma-
terialização desses princípios.
16. Embora contrário aos interesses da gestão pública, o 
servidor não poderá usar de falsidade na relação com 
o usuário.
17. O servidor público, no exercício de suas funções, deve 
decidir sobre o que é oportuno e o que é inoportuno, 
mas, em relação ao que é honesto ou não, deve ser 
consoante à cultura do ambiente em que atua.
18. A conduta do servidor público, ao equilibrar a legali-
dade e a finalidade do ato administrativo, consolida a 
moralidade na Administração Pública.
19. Causar danos por descuido a bens do patrimônio pú-
blico não constitui uma ofensa ao Estado, mas aos que 
construíram esses bens.
20. José, chefe de uma repartição, utilizando-se das suas 
prerrogativas e com o objetivo de tornar pública todas 
as benfeitorias, obras e serviços realizados por ele no 
órgão, lançou uma campanha publicitária para promo-
ver-se, nessa circunstância José agiu de acordo com a 
ética no serviço público.
21. É assegurado o acesso dos usuários a registros ad-
ministrativos e a informações sobre atos de governo.
22. O servidor deve atender com presteza o público em 
geral, prestando todas as informações requeridas.
23. A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciên-
cia dos princípios morais são primados maiores que 
devem nortear o servidor público, somente no exercí-
cio do cargo ou função pública, no âmbito profissional.
24. A moralidade da Administração Pública deve ser pau-
tada na distinção entre o bem e o mal.
25. O servidor que não tem uma conduta moral na sua 
vida particular, porém é um excelente profissional den-
tro do serviço cumpre com a ética no serviço público, 
já que o essencial é exercer com zelo e dedicação as 
atribuições do cargo, sempre com vistas a atender o 
fim público.
26. A publicidade de todo e qualquer ato administrativo 
constitui requisito de eficácia e moralidade, sendo que 
sua omissão enseja comprometimento ético contra o 
bem comum, imputável a quem negar.
27. O servidor público que permite a formação de longas 
filas na repartição está atentando contra a moral e a 
ética no serviço público.
28. É dever fundamental do servidor público participar dos 
movimentos e estudos que se relacionem com a me-
lhoria do exercício de suas funções, tendo por escopo 
a realização do bem comum.
29. É dever do servidor público abster-se, de forma abso-
luta, de exercer sua função, poder ou autoridade com 
finalidade estranha ao interesse público, mesmo que 
observando as formalidades legais e não cometendo 
qualquer violação expressa à lei.
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30. Não constitui ato imoral ao serviço público o servidor 
que embriaga-se habitualmente fora do serviço.
31. Tadeu, funcionário de um órgão de atendimento ao 
público, exerce suas atribuições com agilidade e cor-
reção e procura prioritariamente atender aqueles usu-
ários mais necessitados, conforme a sua avaliação. 
Nessa situação Tadeu apresenta comportamento anti-
ético, pois privilegia uns em detrimento de outros.
32. Márcio, servidor público, na certeza de que sua ausên-
cia provoca danos ao trabalho e reflete negativamen-
te em todo o sistema do órgão, é assíduo, pontual e 
produtivo. Nessa situação, Márcio apresenta conduta 
ética adequada ao serviço público.
33. Francisco, no exercício de cargo público, presenciou 
fraude praticada por seu chefe imediato no ambiente or-
ganizacional. Nessa situação, por ter consciência de que 
seu trabalho é regido por princípios éticos, Francisco 
agiu corretamente ao delatar seu chefe aos superiores.
34. Adriana, competente nos aspectos técnicos e compor-
tamentais, frequentemente utiliza as prerrogativas de 
seu cargo público em razão de interesses pessoais. 
Nessa situação, Adriana faz uso dos direitos do funcio-
nalismo público e age eticamente.
35. Lucas é servidor público do setor de atendimento do 
poder judiciário. Ele tem muitos afazeres e, por isso, 
deixa os clientes à espera de atendimento enquanto 
resolve os problemas internos do setor. Nessa situa-
ção, o comportamento dele caracteriza conduta con-
trária à ética no serviço público.
36. Uma das formas de se avaliar se é ético um comporta-
mento profissional é verificar como o servidor contribui 
para que a população tenha uma visão positiva a respei-
to da organização.
37. O servidor público deve abster-se de exercer sua fun-
ção, poder, ou autoridade com finalidade estranha ao 
interesse público, mesmo não cometendo qualquer vio-
lação expressa à lei.
38. A cortesia no atendimento de qualquer usuário do ser-
viço público é fundamental para o desenvolvimento 
profissional do serviço dentro da instituição.
39. O servidor público pode retirar da repartição documento 
pertencente ao patrimônio público, sem prévia autorização 
da autoridade competente, se exercer cargo de confiança 
ou função à qual esse documento esteja relacionado.
40. O respeito à hierarquia e a disciplina não impede que o 
servidor público represente contra ato que caracterize 
omissão ou abuso de poder, ainda que esse ato tenha 
emanado de superior hierárquico.
41. A adequada prestação dos serviços públicos está re-
lacionada à questões de ordem técnica, sem, neces-
sariamente caracterizar-se por uma atitude ética no 
trabalho.
42. Sueli, servidora pública, apresenta um bom desem-
penho e tem boas relações interpessoais no trabalho. 
Devido aseus vínculos de amizade no ambiente de 
trabalho, Sueli, algumas vezes, acoberta irregularida-
des, de diversas naturezas, praticadas pelos seus co-
legas. Nessa situação, a conduta de Sueli é antiética, 
pois privilegia aspectos pessoais em detrimento de 
aspectos profissionais e da ética no serviço público.
43. Ricardo, servidor público, enquanto participava da 
preparação de um edital de licitação para contrata-
ção de fornecimento de refeições para o órgão em 
que trabalha, antecipou algumas das regras que 
iriam fazer parte do edital para Carlos, dono de uma 
empresa de fornecimento de marmitas, famosa pela 
qualidade e os ótimos preços dos seus produtos, 
a fim de que esse pudesse adequar alguns proce-
dimentos de sua empresa ao edital. A iniciativa de 
Ricardo deveu-se somente ao fato de ele conhecer 
bem os produtos da empresa de Carlos, não lhe tra-
zendo qualquer vantagem pecuniária. Nessa situa-
ção, é correto afirmar que Ricardo agiu em prol do 
interesse coletivo e que não fere a ética no serviço 
público.
44. Marcos é servidor público e para aumentar sua ren-
da, comercializa, em seu ambiente de trabalho, mas 
fora do horário normal de expediente, cópias de CDs e 
DVDs. Nessa situação, a conduta de Cláudio não pode 
ser considerada imprópria ao serviço público, pois en-
volve uma atividade que não guarda relação direta 
com as atribuições do cargo.
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LEI N. 8.112 DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990
REGIME JURÍDICO DOS SERVIDORES PÚBLICOS
Âmbito de aplicação da Lei n. 8112/1990
A Lei n. 8.112 de 11 de dezembro de 1990 aplica-se aos 
servidores públicos civis da União – Administração Direta, 
autarquias e fundações públicas federais.
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Ressalte-se que a lei nº. 8.112/90 não se aplica aos 
empregados públicos, aos contratos temporários, aos milita-
res, aos agentes políticos (pois são regidos pela CF), e aos 
servidores dos Estados, DF e Municípios (pois possuem seu 
próprio estatuto).
IMPORTANTE
A Constituição de 1988 estabeleceu no caput do artigo 39 que 
os servidores públicos deveriam ser regidos por um regime 
jurídico único. A Emenda Constitucional n. 19 de 1998 extinguiu 
essa obrigatoriedade, permitindo que a Administração Pública 
escolha entre o vínculo estatutário ou contratual. Em 2 de 
agosto de 2007, o Plenário do Supremo Tribunal Federal deferiu 
cautelar na ADIN n. 2.135, para declarar inconstitucional a nova 
redação dada pela EC n. 19/1998 ao caput do art. 39 da CF. 
Com isso, voltou a vigorar o conhecido regime jurídico único, 
passando a vigorar o antigo texto do caput do artigo 39, qual 
seja:
A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios 
instituirão, no âmbito de sua competência, regime 
jurídico único e planos de carreira para os servidores 
da administração pública direta, das autarquias e das 
fundações públicas.
CARGO, EMPREGO E FUNÇÃO PÚBLICOS
Cargo público
Cargo Público é o conjunto de atribuições e responsa-
bilidades previstas na estrutura organizacional que devem 
ser cometidas a um servidor.
• São criados e extintos por lei.
• Podem ser de caráter efetivo, exigindo-se aprova-
ção prévia em concurso público; ou em comissão, 
declarados por lei de livre nomeação e exoneração.
• É exclusivo ao servidor estatutário, regido pela Lei 
n. 8.112 de 11 de dezembro de 1990.
• Quando um cargo ocupado for extinto, seu atual 
ocupante, se não for estável, será exonerado. Se o 
ocupante do cargo for estável, este será posto em 
disponibilidade com remuneração proporcional ao 
tempo de serviço.
Emprego Público
Empregos públicos são preenchidos por agentes 
contratados para desempenhar atividades, sob regime tra-
balhista.
• Seu provimento exige concurso público.
• Os empregados públicos são regidos pela Consolida-
ção de Leis Trabalhistas – CLT.
Função Pública
Função Pública: qualquer pessoa que realiza uma ati-
vidade do Estado exerce uma função pública.
• Quem exerce um cargo público desempenha uma 
função pública.
• Poderá existir função sem cargo ou emprego (con-
trato temporário).
• As funções de confiança, criadas por lei, são plexos 
unitários de atribuições correspondentes a encar-
gos de direção, chefia ou assessoramento, exer-
cidas por titular de cargo efetivo da confiança da 
autoridade que as preenche. Os ocupantes desta 
função submetem-se ao regime de integral dedica-
ção ao serviço. (CF/1988, artigo 37, inciso V).
PROVIMENTO, VACÂNCIA, REMOÇÃO, REDISTRIBUIÇÃO E 
SUBSTITUIÇÃO
Provimento
Provimento é o ato administrativo pelo qual se preen-
che o cargo vago com designação do seu titular.
• Ocorrerá mediante ato da autoridade competente 
de cada Poder.
• Formas de provimento:
 – Originário: independe de vínculo anterior entre 
a Administração e o agente. A única forma de 
provimento originário é a nomeação, seja para 
cargos efetivos ou em comissão.
 – Derivado: depende de vínculo anterior entre 
a Administração e o nomeado. O provimento 
derivado dá continuidade à relação jurídica já 
existente entre a Administração e o provido. As 
formas de provimento derivado são: promoção, 
aproveitamento, reintegração, readaptação, 
reversão e recondução.
Provimento Originário
Nomeação
Nomeação é um ato administrativo que formaliza o pro-
vimento originário, seja para cargos de provimento efetivo 
ou para cargos em comissão.
• Para cargo efetivo, deverá ser precedida de prévia 
habilitação em concurso público de provas ou 
provas e títulos.
• Deverá ocorrer dentro do prazo de validade do con-
curso público.
IMPORTANTE
A aprovação em concurso público, dentro do número de vagas 
previstas no edital, gera direito subjetivo à nomeação dentro 
do prazo de validade do certame, segundo entendimento do STF 
e do STJ.
Jurisprudência: “RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPERCUS-
SÃO GERAL. CONCURSO PÚBLICO. PREVISÃO DE VAGAS EM 
EDITAL. DIREITO À NOMEAÇÃO DOS CANDIDATOS APROVA-
DOS.
I. DIREITO À NOMEAÇÃO. CANDIDATO APROVADO DENTRO 
DO NÚMERO DE VAGAS PREVISTAS NO EDITAL. Dentro do 
prazo de validade do concurso, a Administração poderá escolher o 
momento no qual se realizará a nomeação, mas não poderá dispor 
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sobre a própria nomeação, a qual, de acordo com o edital, passa 
a constituir um direito do concursando aprovado e, dessa forma, 
um dever imposto ao poder público. Uma vez publicado o edital do 
concurso com número específico de vagas, o ato da Administração 
que declara os candidatos aprovados no certame cria um dever 
de nomeação para a própria Administração e, portanto, um direito 
à nomeação titularizado pelo candidato aprovado dentro desse 
número de vagas.
II. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. PRINCÍPIO DA SEGURANÇA 
JURÍDICA. BOA-FÉ. PROTEÇÃO À CONFIANÇA. O dever de 
boa-fé da Administração Pública exige o respeito incondicional às 
regras do edital, inclusive quanto à previsão das vagas do concurso 
público. Isso igualmente decorre de um necessário e incondicional 
respeito à segurança jurídica como princípio do Estado de Direito. 
Tem-se, aqui, o princípio da segurança jurídica como princípio de 
proteção à confiança. Quando a Administração tornapúblico um 
edital de concurso, convocando todos os cidadãos a participarem 
de seleção para o preenchimento de determinadas vagas no serviço 
público, ela impreterivelmente gera uma expectativa quanto ao seu 
comportamento segundo as regras previstas nesse edital. Aqueles 
cidadãos que decidem se inscrever e participar do certame público 
depositam sua confiança no Estado administrador, que deve atuar 
de forma responsável quanto às normas do edital e observar o prin-
cípio da segurança jurídica como guia de comportamento. Isso quer 
dizer, em outros termos, que o comportamento da Administração 
Pública no decorrer do concurso público deve se pautar pela boa-fé, 
tanto no sentido objetivo quanto no aspecto subjetivo de respeito à 
confiança nela depositada por todos os cidadãos.
III. SITUAÇÕES EXCEPCIONAIS. NECESSIDADE DE MOTIVA-
ÇÃO. CONTROLE PELO PODER JUDICIÁRIO. Quando se afirma 
que a Administração Pública tem a obrigação de nomear os apro-
vados dentro do número de vagas previsto no edital, deve-se levar 
em consideração a possibilidade de situações excepcionalíssimas 
que justifiquem soluções diferenciadas, devidamente motivadas de 
acordo com o interesse público. Não se pode ignorar que determina-
das situações excepcionais podem exigir a recusa da Administração 
Pública de nomear novos servidores. Para justificar o excepcionalís-
simo não cumprimento do dever de nomeação por parte da Adminis-
tração Pública, é necessário que a situação justificadora seja dotada 
das seguintes características:
a) Superveniência: os eventuais fatos ensejadores de uma situação 
excepcional devem ser necessariamente posteriores à publicação 
do edital do certame público;
b) Imprevisibilidade: a situação deve ser determinada por circunstân-
cias extraordinárias, imprevisíveis à época da publicação do edital;
c) Gravidade: os acontecimentos extraordinários e imprevisíveis 
devem ser extremamente graves, implicando onerosidade exces-
siva, dificuldade ou mesmo impossibilidade de cumprimento efetivo 
das regras do edital;
d) Necessidade: a solução drástica e excepcional de não cumpri-
mento do dever de nomeação deve ser extremamente necessá-
ria, de forma que a Administração somente pode adotar tal medida 
quando absolutamente não existirem outros meios menos gravosos 
para lidar com a situação excepcional e imprevisível. De toda forma, 
a recusa de nomear candidato aprovado dentro do número de vagas 
deve ser devidamente motivada e, dessa forma, passível de con-
trole pelo Poder Judiciário. 
IV. FORÇA NORMATIVA DO PRINCÍPIO DO CONCURSO PÚBLICO. 
Esse entendimento, na medida em que atesta a existência de um 
direito subjetivo à nomeação, reconhece e preserva da melhor forma 
a força normativa do princípio do concurso público, que vincula dire-
tamente a Administração. É preciso reconhecer que a efetividade da 
exigência constitucional do concurso público, como uma incomensu-
rável conquista da cidadania no Brasil, permanece condicionada à 
observância, pelo Poder Público, de normas de organização e pro-
cedimento e, principalmente, de garantias fundamentais que possi-
bilitem o seu pleno exercício pelos cidadãos. O reconhecimento de 
um direito subjetivo à nomeação deve passar a impor limites à atu-
ação da Administração Pública e dela exigir o estrito cumprimento 
das normas que regem os certames, com especial observância dos 
deveres de boa-fé e incondicional respeito à confiança dos cidadãos. 
O princípio constitucional do concurso público é fortalecido quando 
o Poder Público assegura e observa as garantias fundamentais que 
viabilizam a efetividade desse princípio. Ao lado das garantias de 
publicidade, isonomia, transparência, impessoalidade, entre outras, 
o direito à nomeação representa também uma garantia fundamental 
da plena efetividade do princípio do concurso público.
V. NEGADO PROVIMENTO AO RECURSO EXTRAORDINÁRIO”.
(RE 598099, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Tribunal Pleno, 
julgado em 10/08/2011, REPERCUSSÃO GERAL – MÉRITO DJe-
189 DIVULG 30-09-2011 PUBLIC 03-10-2011 EMENT VOL-02599-
03 PP-00314)
Concurso Público
Concurso público é um método administrativo por meio 
do qual a Administração Pública seleciona candidatos aos 
cargos e empregos públicos, obedecendo aos princípios da 
isonomia, moralidade e eficiência.
O inciso II do artigo 37 da Constituição Federal, dispõe 
que:
a investidura em cargo ou emprego público depen-
de de aprovação prévia em concurso público de 
provas ou de provas e títulos, de acordo com a na-
tureza e a complexidade do cargo ou emprego, na 
forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações 
para cargo em comissão declarado em lei de livre 
nomeação e exoneração.
O artigo 11 da Lei n. 8.112/1990 dispõe que:
O concurso será de provas ou de provas e títulos, 
podendo ser realizado em duas etapas, conforme 
dispuserem a lei e o regulamento do respectivo plano 
de carreira, condicionada a inscrição do candidato ao 
pagamento do valor fixado no edital, quando indispen-
sável ao seu custeio, e ressalvadas as hipóteses de 
isenção nele expressamente previstas.
O prazo de validade do concurso público será de até 
dois anos, prorrogável uma única vez, por igual período.
• O prazo será contado a partir da homologação pela 
autoridade competente.
• Homologação do concurso público é ato vinculado 
no qual a Administração verifica os aspectos da 
legalidade.
• O prazo de validade e as condições da realização 
do concurso público serão fixados em edital, o qual 
será publicado no Diário Oficial da União e em jornal 
de grande circulação.
IMPORTANTE
A Lei n. 8.112/1990 estabelece que não se abrirá novo concurso 
enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior com 
prazo de validade não expirado. O inciso IV do artigo 37 da 
Constituição, não proíbe a abertura de novo certame, mesmo 
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havendo concurso dentro do prazo de validade, desde que os 
aprovados anteriormente tenham prioridade, conforme a ordem 
de classificação.
Deficiente
Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o 
direito de se inscrever em concurso público para provimento 
de cargos cujas atribuições sejam compatíveis com a defici-
ência de que são portadoras.
Para essas pessoas serão reservadas até 20% das 
vagas oferecidas no concurso.
IMPORTANTE
A Constituição Federal dispõe que a lei reservará percentual 
dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de 
deficiência, não declinando, porém, qual o percentual a ser 
observado. Ressalte-se que o percentual de até 20% foi definido 
pela Lei n. 8.112/1990.
Posse
A posse é um ato bilateral, pois depende da manifes-
tação da vontade do nomeado declarando a aceitação do 
cargo.
• A investidura no cargo ocorrerá com a posse. Como 
requisitos básicos para a posse em cargo público a 
Lei n. 8.112/1990 enumera os seguintes:
• A nacionalidade brasileira;
Segundo a Constituição, o estrangeiro poderá ocu-
par cargo público na forma da lei, ou seja, a lei de-
verá prever expressamente que determinado cargo 
público pode ser ocupado por estrangeiro.
• O gozo dos direitos políticos;
• A quitação com as obrigações militares e eleitorais;
• O nível de escolaridade exigido para o exercício do 
cargo;
• A idade mínima de dezoito anos;
• Aptidão física e mental.
É válido ressaltar que as atribuições do cargo po-
dem justificar a exigência de outros requisitos es-
tabelecidos em lei, como por exemplo, carteira de 
motorista.
• A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, 
no qual deverão constar as atribuições, os deveres, 
as responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo 
ocupado.
• A posse deverá ocorrer no prazo de 30 (trinta) dias, 
contados da publicação do ato de provimento.
Se a posse não ocorrer no prazo previsto, 30 (trinta) 
dias, o ato de provimento será tornado sem efeito.• A posse poderá ocorrer mediante procuração espe-
cífica.
• No ato da posse, o servidor apresentará declaração 
de bens e valores que constituem seu patrimônio 
e declaração quanto ao exercício ou não de outro 
cargo, emprego ou função pública.
• A posse em cargo público dependerá de prévia ins-
peção médica oficial.
A posse em cargo público de provimento efetivo é um 
direito subjetivo do nomeado, não podendo a nomeação ser 
desfeita por livre vontade da Administração.
O prazo para investidura no cargo será contado do tér-
mino do impedimento, na hipótese de o servidor, na data da 
nomeação, estar usufruindo de:
• Licenças:
 – por motivo de doença em pessoa da família;
 – por convocação do serviço militar;
 – para capacitação;
 – gestante, adotante e paternidade;
 – para tratar da própria saúde até o limite de 24 
(vinte e quatro) meses;
 – por motivo de acidente em serviço ou doença 
profissional.
• Afastamentos:
 – por férias;
 – para participação em programa de treinamento 
regularmente instituído;
 – para integrar júri e outros serviços obrigatórios 
por lei;
 – por deslocamento para nova sede de que trata o 
artigo 18 da Lei n. 8.112/1990;
 – para participar de competição desportiva nacio-
nal ou convocação para integrar representação 
desportiva nacional, no país e no exterior, con-
forme disposto em lei específica.
Exercício
Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do 
cargo público ou da função de confiança.
• O prazo para o servidor empossado em cargo 
público entrar em exercício é de 15 (quinze) dias, 
contados da data da posse. Se o servidor não entrar 
em exercício no prazo previsto, será ele exonerado 
do cargo.
• É válido lembrar que o servidor somente fará jus às 
vantagens pecuniárias partir do exercício.
• A autoridade competente do órgão ou entidade para 
onde for nomeado ou designado o servidor compete 
dar-lhe exercício.
• O início do exercício de função de confiança coin-
cidirá com a data de publicação do ato de designa-
ção, salvo quando o servidor estiver em licença ou 
afastado por qualquer outro motivo legal, hipótese 
em que recairá no primeiro dia útil após o término 
do impedimento, que não poderá exceder a 30 dias 
da publicação.
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QUADRO RESUMO
30 dias
nomeação posse exercício
15 dias
sem efeito
foi nomeado não toma posse
exonerado
toma posse não entra em exercício
Estágio Probatório
Ao entrar em exercício, segundo expresso na Lei n. 
8.112/1990, o servidor nomeado para cargo de provimento 
efetivo ficará sujeito a estágio probatório por período de 24 
(vinte e quatro) meses, durante o qual a sua aptidão e capa-
cidade serão objetos de avaliação para o desempenho do 
cargo, observados os seguintes fatores:
• Assiduidade;
• Disciplina;
• Capacidade de iniciativa;
• Produtividade;
• Responsabilidade.
IMPORTANTE
Segundo decisão tanto do STF quanto do STJ, o prazo do estágio 
probatório será semelhante ao da estabilidade, ou seja, 3 anos.
Jurisprudência: “Embargos de declaração em agravo regimental 
em agravo de instrumento. 2. Vinculação entre o instituto da esta-
bilidade, definida no art. 41 da Constituição Federal, e o do está-
gio probatório. 3. Aplicação de prazo comum de três anos a ambos 
os institutos. 4. Precedentes. 5. Embargos de declaração acolhidos 
com efeitos infringentes”.
(AI 754802 AgR-ED, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Segunda 
Turma, julgado em 07/06/2011, DJe-118 DIVULG 20-06-2011 
PUBLIC 21-06-2011 EMENT VOL-02548-02 PP-00357 RT v. 100, 
n. 911, 2011, p. 462-465)
• Quatro meses antes de findo o período do estágio probatório, a 
avaliação do desempenho do servidor será submetida à homolo-
gação da autoridade competente. Essa avaliação será realizada 
por comissão constituída para essa finalidade.
• O servidor não aprovado no estágio probatório será exonerado 
ou, se estável, reconduzido ao cargo anteriormente ocupado.
• O servidor em estágio probatório poderá exercer quaisquer 
cargos de provimento em comissão ou funções de direção, 
chefia ou assessoramento no órgão ou entidade de lotação.
• O servidor em estágio probatório somente poderá ser cedido a 
outro órgão ou entidade para ocupar cargos de Natureza Espe-
cial, cargos de provimento em comissão do Grupo-Direção e 
Assessoramento Superiores – DAS, de níveis 6, 5 e 4, ou equi-
valentes.
Ao servidor em estágio probatório somente poderão ser 
concedidas:
• as licenças:
 – por motivo de doença em pessoa da família;
 – por motivo de afastamento do cônjuge ou com-
panheiro;
 – para o serviço militar; e
 – para atividade política.
• os afastamentos:
 – para exercício de mandato eletivo;
 – para estudo ou missão no exterior;
 – para servir organismo internacional que o Brasil 
participe; e
 – para curso de formação decorrente de aprova-
ção em concurso para outro cargo na Adminis-
tração Pública Federal.
O estágio probatório ficará suspenso durante:
• as licenças:
 – por motivo de doença em pessoa da família;
 – por motivo de afastamento do cônjuge ou com-
panheiro; e
 – para atividade política.
• os afastamentos:
 – para servir organismo internacional que o Brasil 
participe; e
 – para curso de formação decorrente de aprova-
ção em concurso para outro cargo na Adminis-
tração Pública Federal.
• Nesses casos – licenças e afastamentos – o está-
gio probatório será retomado a partir do término do 
impedimento.
Estabilidade
A estabilidade é uma garantia constitucional deferida 
aos ocupantes de cargo efetivo.
• Para adquirir estabilidade será necessário:
 – Aprovação em concurso público para cargo efe-
tivo;
 – Aprovação no estágio probatório;
 – Aprovação em avaliação especial de desempe-
nho realizada por comissão instituída para essa 
finalidade;
 – Três anos de efetivo exercício.
• A estabilidade diz respeito ao serviço público e 
não ao cargo. Já o estágio probatório refere-se ao 
cargo, assim, a cada novo cargo efetivo, o servidor 
está sujeito a um novo estágio.
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• O servidor estável aprovado em novo concurso 
público não perderá a estabilidade desde que conti-
nue na mesma esfera. Como, por exemplo, um ser-
vidor efetivo estável que trabalhe no Ministério da 
Saúde, uma vez aprovado em concurso do Tribunal 
de Contas da União – TCU continuará estável no 
âmbito da União; se reprovado no estágio probató-
rio, será reconduzido ao Ministério da Saúde.
• Situação diversa seria do servidor estável no âmbito 
da União que seja aprovado em concurso no estado 
de São Paulo. Nesse caso, por mudar de esfera, 
esse servidor perderá a estabilidade junto à União. 
Assim, se reprovado em estágio probatório no novo 
cargo que exerce no estado de São Paulo, não 
poderá ser reconduzido ao cargo de origem.
• Hipóteses de perda da estabilidade:
 – em virtude de sentença judicial transitada em 
julgado;
 – mediante processo administrativo em que lhe 
seja assegurada ampla defesa;
 – mediante procedimento de avaliação periódica 
de desempenho, na forma da lei complementar, 
assegurada a ampla defesa;
 – por excesso de despesa com pessoal.
• É importanteestabelecer a diferença entre efetivi-
dade e estabilidade. Efetividade é atributo do cargo 
desde o instante da nomeação; estabilidade é a 
integração ao serviço público após três anos.
PROVIMENTO DERIVADO
Promoção
Promoção é o movimento ascendente dentro da 
mesma carreira, com acréscimo de vencimentos e respon-
sabilidades (movimento vertical – cargo em carreira previsto 
em lei).
Atualmente, é requisito para promoção, a participação 
em cursos de formação e aperfeiçoamento.
Readaptação
Readaptação é a investidura do servidor em cargo de 
atribuições e responsabilidades semelhantes compatíveis 
com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física 
ou mental.
• Se julgado incapaz para o serviço público, o rea-
daptando será aposentado.
 – A readaptação será efetivada em cargo de atri-
buições afins, respeitada a habilitação exigida, 
nível de escolaridade e equivalência de venci-
mentos.
 – Na hipótese de inexistência de cargo vago, o 
servidor exercerá suas atribuições como exce-
dente, até a ocorrência de vaga.
Reversão
Reversão é retorno do aposentado a ativa podendo 
ocorrer de duas formas distintas:
• Verificação de insubsistência dos motivos que leva-
ram a invalidez
 – Essa hipótese ocorre quando uma junta médica 
oficial declara superados os motivos de aposen-
tadoria do servidor por invalidez.
 – É um ato vinculado, pois a Administração, nesse 
caso, deve reverter o aposentado.
 – Inexistindo vaga o servidor atuará como exce-
dente.
• No interesse da Administração.
 – Nesse caso, a reversão decorre do pedido do 
servidor que, aposentado voluntariamente, pre-
tende voltar ao serviço ativo na condição de ser-
vidor ocupante do mesmo cargo efetivo no qual 
se deu a aposentadoria.
 – Essa forma de reversão depende do interesse 
da Administração, sendo, portanto, um ato 
discricionário.
• São requisitos para a reversão no interesse da 
Administração:
 – solicitação do servidor;
 – o servidor ter se aposentado voluntariamente;
 – o servidor ter sido estável quando em atividade;
 – o servidor contar menos de 70 (setenta) anos;
 – o servidor estar aposentado a menos de 5 
(cinco) anos da data de solicitação de reversão;
 – existência de cargo vago.
Aproveitamento
Aproveitamento é o retorno ao serviço público do servi-
dor que estava em disponibilidade em razão da extinção do 
cargo ou declaração de sua desnecessidade. Ou, ainda, em 
virtude de reingresso do servidor ilegalmente desligado de 
seu cargo, quando não for possível reconduzir o atual ocu-
pante ao antigo posto ou aproveitá-lo em outro cargo.
O aproveitamento do servidor deve ocorrer em cargo 
de atribuições e vencimentos compatíveis com o anterior-
mente ocupado.
Reintegração
A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no 
cargo anteriormente ocupado ou no cargo resultante de sua 
transformação. Ocorrerá quando invalidada a sua demissão 
por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de 
todas as vantagens.
Na hipótese de o cargo encontrar-se provido por servi-
dor estável, este será:
• reconduzido ao cargo de origem, sem direito à inde-
nização;
• aproveitado em outro cargo;
• posto em disponibilidade, com remuneração pro-
porcional ao tempo de serviço.
Recondução
Recondução é o retorno do servidor estável ao seu 
cargo de origem por inabilitação no estágio probatório rela-
tivo a outro cargo ou reintegração do anterior ocupante.
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• Encontrando-se provido o cargo de origem, o servi-
dor será aproveitado em outro cargo.
IMPORTANTE
Há uma hipótese em que o servidor estável poderá pedir sua 
recondução: o servidor é aprovado em outro concurso público, 
dentro da mesma esfera, desiste do novo cargo e pede para ser 
reconduzido ao cargo de origem, desde que o faça no período 
do estágio probatório.
Vacância
Vacância é a situação decorrente de um ato adminis-
trativo ou de um evento natural por meio do qual ocorre a 
desocupação do cargo público, tornando-o vago.
São formas de vacância:
• Exoneração;
• Demissão;
• Promoção;
• Readaptação;
• Aposentadoria;
• Posse em outro cargo inacumulável;
• Falecimento.
• 
Destaca-se que:
• Exoneração é ato administrativo que desliga o ser-
vidor do serviço público encerrando vínculo funcio-
nal. Não tem caráter punitivo.
• Demissão é ato administrativo que desliga o servi-
dor ativo ocupante de cargo efetivo como forma de 
punição por falta grave.
• A promoção e a readaptação são formas simultâ-
neas de provimento e vacância, segundo expressa-
mente consignado na Lei n. 8.112/1990.
Remoção
A remoção é o deslocamento do servidor, a pedido 
ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem 
mudança de sede.
• Entende-se por modalidades de remoção:
 – de ofício, no interesse da Administração;
 – a pedido, a critério da Administração;
 – a pedido, para outra localidade, independente-
mente do interesse da Administração.
A remoção pode dar-se a pedido ou de ofício – por 
atuação exclusiva da Administração Pública, em casos de 
interesse público.
• No caso de remoção de ofício, se o servidor passar 
a ter exercício em nova sede, em caráter perma-
nente, fará jus, a título de indenização, à ajuda de 
custo.
A modalidade de remoção a pedido, para outra loca-
lidade, independentemente do interesse da Administra-
ção, ocorrerá nos seguintes casos:
• para o servidor acompanhar cônjuge ou compa-
nheiro, também servidor público civil ou militar, de 
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios, que foi deslocado 
no interesse da Administração;
• por motivo de saúde do servidor, cônjuge, compa-
nheiro ou dependente que viva às suas expensas 
e conste do seu assentamento funcional, condicio-
nada à comprovação por junta médica oficial;
• em virtude de processo seletivo promovido, na hipó-
tese em que o número de interessados for superior 
ao número de vagas, de acordo com normas prees-
tabelecidas pelo órgão ou entidade em que aqueles 
estejam lotados.
A remoção não é forma de provimento ou vacância, pois 
quem se desloca é o servidor dentre de um mesmo órgão ou 
entidade. Ressalte-se que, o provimento e a vacância ocor-
rem no cargo.
Redistribuição
Redistribuição é o deslocamento do cargo de pro-
vimento efetivo para outro órgão ou entidade do mesmo 
Poder, independentemente do cargo estar ocupado ou vago, 
com prévia apreciação do órgão central do SIPEC, observa-
dos os seguintes preceitos:
• Interesse da administração;
• Equivalência de vencimentos;
• Manutenção da essência das atribuições do cargo;
• Vinculação entre os graus de responsabilidade e 
complexidade das atividades;
• Mesmo nível de escolaridade, especialidade ou 
habilitação profissional;
• Compatibilidade entre as atribuições do cargo e as 
finalidades institucionais do órgão ou entidade.
A redistribuição é de cargos ocupados ou vagos; se 
estiver ocupado, o servidor deverá acompanhar o cargo, 
ou seja, para onde o cargo for redistribuído seu ocupante o 
acompanhará.
• A diferença entre a remoção e a redistribuição é que 
nesta há o deslocamento do cargo de um órgão ou 
entidade para outro; enquanto naquela, há o des-
locamento do servidor dentro do mesmo órgão ou 
entidade.
Substituição
Os servidores investidos em cargo ou função de dire-
ção ou chefia e os ocupantes de cargo de Natureza Especial 
terão substitutos indicados no regimento interno.No caso de 
omissão, os substitutos serão previamente designados pelo 
dirigente máximo do órgão ou entidade.
• O substituto assumirá automática e cumulativa-
mente, sem prejuízo do cargo que ocupa, o exer-
cício do cargo ou função de direção ou chefia e 
os de Natureza Especial, nos afastamentos, impe-
dimentos legais ou regulamentares do titular e na 
vacância do cargo, hipóteses em que deverá optar 
pela remuneração de um deles durante o respectivo 
período.
• Segundo consignado na Lei n. 8.112/1990,
O substituto fará jus à retribuição pelo exercício do 
cargo ou função de direção ou chefia ou de cargo de 
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Comentário do texto
nullprovimento e vacância, null
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Natureza Especial, nos casos dos afastamentos ou 
impedimentos legais do titular, superiores a trinta 
dias consecutivos, paga na proporção dos dias de 
efetiva substituição, que excederem o referido pe-
ríodo.
• Nesse caso, o substituto somente receberia se a 
substituição fosse superior a 30 (trinta) dias conse-
cutivos e na proporção dos dias de efetiva substi-
tuição, que excederem o referido período. Porém, 
a Resolução n. 307, de 05 de março de 2003, do 
Conselho da Justiça Federal, bem como o Ofício 
Circular n. 1, de 28 de janeiro de 2005, da Secre-
taria de Recursos Humanos do Ministério do Pla-
nejamento, determinaram que o substituto fará jus 
a remuneração do substituído desde o primeiro 
dia de efetiva substituição.
DIREITOS E VANTAGENS
VENCIMENTO
O vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício 
de cargo público, com valor fixado em lei.
REMUNERAÇÃO
Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido 
das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei.
• Nenhum desconto incidirá sobre a remuneração, 
salvo por imposição legal ou mandado judicial. É 
possível, mediante autorização do servidor, haver 
descontos em favor de terceiros.
• O vencimento, a remuneração e o provento não 
serão objeto de arresto, sequestro ou penhora, 
exceto nos casos de prestação de alimentos, resul-
tante de decisão judicial.
• O servidor perderá a remuneração:
 – do total do dia em que faltar ao serviço sem 
motivo justificado;
 – da parcela diária de atrasos salvo na hipótese 
de compensação, segundo as regras estabele-
cidas pela chefia;
 – no caso de dano ao erário (patrimônio público), 
a Administração descontará do servidor o per-
centual mínimo de 10% de sua remuneração 
mensal, após conceder ao agente o direito de 
defesa.
IMPORTANTE
A Lei n. 11.784 de 2008 incluiu o §5º ao art. 41 da Lei 
n. 8.112/1990, qual seja: “Nenhum servidor receberá 
remuneração inferior ao salário mínimo.” Observa-se que a 
remuneração do servidor é que não poderá ser inferior ao salário 
mínimo, e não o vencimento.
Provento
Provento é a remuneração percebida pelo aposentado 
ou pensionista.
Vantagens
Conforme o artigo 49 da Lei n. 8.112/1990, poderão ser 
pagas ao servidor, além do vencimento, as seguintes van-
tagens:
• Indenizações,
• Gratificações, e
• Adicionais.
IMPORTANTE
Para efeito de concessão de quaisquer outros acréscimos 
pecuniários ulteriores, as vantagens pecuniárias não serão 
computadas nem acumuladas sob o mesmo título ou idêntico 
fundamento.
INDENIZAÇÕES
As indenizações têm por finalidade compensar os 
gastos eventuais que o servidor foi obrigado a fazer para o 
exercício de sua atividade.
• Nunca se incorporam à remuneração para qualquer 
efeito.
• Não tem caráter salarial.
• Constituem espécies de indenização: ajuda de 
custo, diárias, transporte e auxílio-moradia.
Ajuda de custo
A ajuda de custo destina-se a compensar as despe-
sas de instalação do servidor que, no interesse do serviço, 
passar a ter exercício em nova sede, com mudança de domi-
cílio em caráter permanente.
• No caso de o cônjuge ou companheiro, também 
servidor, que vier a ter exercício na mesma sede, é 
vedado o duplo pagamento da indenização.
• A ajuda de custo é calculada sobre a remuneração 
do servidor, conforme dispuser regulamento, não 
podendo exceder a importância correspondente a 
três meses.
• As despesas de transporte do servidor e de sua 
família, que compreendem passagem, bagagem e 
bens pessoais, serão custeadas pela Administra-
ção.
• No caso de o servidor falecer na nova sede, à sua 
família são assegurados ajuda de custo e trans-
porte para a localidade de origem, dentro do prazo 
de um ano, a contar do óbito.
• Na hipótese de o servidor afastar-se do cargo ou 
reassumi-lo em virtude de mandado eletivo não 
perceberá a ajuda de custo.
• Àquele que, não sendo servidor da União, for 
nomeado para cargo em comissão, com mudança 
de domicílio, perceberá, a titulo de indenização, 
ajuda de custo.
• Caso o servidor, injustificadamente, não se apre-
sente na nova sede no prazo de 30 (trinta) dias, 
ficará obrigado a restituir a ajuda de custo.
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Diária
A diária será devida ao servidor que se afastar da sede 
a serviço, em caráter eventual ou transitório, para outro 
ponto do território nacional ou para o exterior.
• As diárias têm por finalidade indenizar as despesas 
extraordinárias que o servidor tiver com pousada, 
alimentação e locomoção urbana, sendo concedi-
das por dia de afastamento.
• Na hipótese de o deslocamento do servidor não 
exigir pernoite fora da sede, ou quando a União 
custear, de uma outra forma, as despesas extraor-
dinárias cobertas por diárias, o servidor perceberá 
a metade da diária.
• Não fará jus a diárias, na hipótese de o servidor 
deslocar-se:
 – Dentro da mesma região metropolitana, aglo-
meração urbana ou microrregião, constituídas 
por municípios limítrofes e regularmente insti-
tuídas;
 – Para áreas de controle integrado mantidas com 
países limítrofes, cuja jurisdição e competência 
dos órgãos, entidades e servidores brasileiros 
considera-se estendida;
 – Na hipótese de o deslocamento da sede consti-
tuir exigência permanente do cargo.
• O servidor que receber diárias e não se afastar da 
sede, por qualquer motivo, fica obrigado a restituí-
-las integralmente, no prazo de 5 (cinco) dias.
IMPORTANTE
Ressalte-se que para pagamento da diária o deslocamento 
do servidor, no interesse do serviço, deve ser eventual ou 
transitório. Para o pagamento de ajuda de custo a mudança 
de domicílio do servidor, determinada de ofício, deve ser em 
caráter permanente.
Transporte
A indenização transporte é devida ao servidor que rea-
lizar despesas, por força das atribuições próprias do cargo, 
utilizando meio próprio de locomoção para a execução de 
serviços externos, conforme se dispuser em regulamento.
Auxílio-moradia
O auxílio-moradia consiste em ressarcir as despesas 
comprovadamente realizadas pelo servidor com aluguel de 
moradia ou com meio de hospedagem administrado por 
empresa hoteleira.
O servidor receberá a indenização no prazo de um mês 
após a comprovação da despesa.
Para ter direito ao auxílio-moradia, deverão ser atendi-
dos os seguintes requisitos:
• não existir imóvel funcional disponível para uso pelo 
servidor;
• o cônjuge ou companheiro do servidor não ocupar 
imóvel funcional;• nos doze meses que antecederem sua nomeação, 
o servidor ou seu cônjuge ou companheiro não seja 
ou tenha sido proprietário, promitente comprador, 
cessionário ou promitente cessionário de imóvel no 
Município onde for exercer o cargo, incluída a hipó-
tese de lote edificado sem averbação de constru-
ção;
• nenhuma outra pessoa que residir com o servidor 
receba o auxílio-moradia;
• o servidor ter se mudado do local de residência para 
ocupar cargo em comissão ou função de confiança 
do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores 
– DAS, níveis 4, 5 e 6, de Natureza Especial, de 
Ministro de Estado ou equivalentes;
• o Município onde o servidor assumir o cargo em 
comissão ou função de confiança não se enqua-
drar nas hipóteses do §3º do artigo 58 da Lei n. 
8.112/1990, em relação ao local de residência ou 
domicílio do servidor;
• o servidor não ter sido domiciliado ou residido no 
Município onde for exercer o cargo em comissão 
ou função de confiança nos últimos doze meses. 
Nessa situação, desconsidera-se prazo inferior a 60 
(sessenta) dias dentro desse período.
• o deslocamento não ter sido por força de alteração 
de lotação ou nomeação para cargo efetivo;
• o deslocamento ter ocorrido após 30 de junho de 
2006.
 – O auxílio-moradia não será concedido por prazo 
superior a 8 (oito) anos dentro de cada período 
de 12 (doze) anos. Transcorrido o prazo de 8 
(oito) anos dentro de cada período de 12 (doze) 
anos, o pagamento somente será retomado se 
observados, além do disposto no caput do artigo 
60-C, os requisitos do caput do art. 60-B da Lei 
n. 8.112/1990, não se aplicando, no caso, o 
parágrafo único do citado art. 60-B.
 – O valor mensal do auxílio-moradia é limitado 
a 25% do valor do cargo em comissão, função 
comissionada ou cargo de Ministro de Estado 
ocupado.
 - O valor do auxílio-moradia não poderá supe-
rar 25% (vinte e cinco por cento) da remune-
ração de Ministro de Estado.
 - Independentemente do valor do cargo em 
comissão ou função comissionada, fica 
garantido a todos os que preencherem os 
requisitos o ressarcimento até o valor de R$ 
1.800,00 (um mil e oitocentos reais).
 – O auxílio-moradia continuará sendo pago por 
um mês, nos casos de falecimento ou exonera-
ção do servidor, colocação de imóvel funcional 
à sua disposição ou na hipótese de aquisição 
de imóvel.
DAS GRATIFICAÇÕES
As gratificações têm o objetivo de retribuir o servidor pelo 
exercício de alguma atividade.
• Da retribuição pelo exercício de Função de 
Direção, Chefia ou Assessoramento: o servi-
dor público que ocupar cargo efetivo, investido em 
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função de direção, chefia ou assessoramento, em 
cargo de natureza especial ou em cargo de provi-
mento em comissão, fará jus a uma retribuição pelo 
seu exercício pelo fato de ter maiores responsabili-
dades na sua função pública.
• Gratificação Natalina: corresponde a 1/12 (um 
doze avos) da remuneração calculada sobre o valor 
da remuneração a que o servidor fizer jus no mês 
de dezembro, por mês de exercício no respectivo 
ano. Para fins desta gratificação, a fração igual ou 
superior a 15 (quinze) dias será considerada como 
mês integral. Tal retribuição será paga até o dia 20 
(vinte) do mês de dezembro de cada ano. O servi-
dor exonerado perceberá sua gratificação natalina, 
proporcionalmente aos meses de exercício, calcu-
lada sobre a remuneração do mês da exoneração.
• Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso: 
é devida ao servidor que, em caráter eventual:
 – I – atuar como instrutor em curso de formação, 
de desenvolvimento ou de treinamento regu-
larmente instituído no âmbito da administração 
pública federal;
 - Nessa situação, o valor máximo da hora 
trabalhada corresponderá ao percentual de 
2,2%, incidente sobre o maior vencimento 
básico da administração pública federal.
 – II – participar de banca examinadora ou de 
comissão para exames orais, para análise curri-
cular, para correção de provas discursivas, para 
elaboração de questões de provas ou para jul-
gamento de recursos intentados por candidatos;
 - Nessa situação, o valor máximo da hora 
trabalhada corresponderá ao percentual de 
2,2%, incidente sobre o maior vencimento 
básico da administração pública federal.
 – III – participar da logística de preparação e de 
realização de concurso público envolvendo ativi-
dades de planejamento, coordenação, supervi-
são, execução e avaliação de resultado, quando 
tais atividades não estiverem incluídas entre as 
suas atribuições permanentes;
 - Nessa situação, o valor máximo da hora 
trabalhada corresponderá ao percentual de 
1,2%, incidente sobre o maior vencimento 
básico da administração pública federal.
 – IV – participar da aplicação, fiscalizar ou ava-
liar provas de exame vestibular ou de concurso 
público ou supervisionar essas atividades.
 - Nessa situação, o valor máximo da hora 
trabalhada corresponderá ao percentual de 
1,2%, incidente sobre o maior vencimento 
básico da administração pública federal.
 – O valor da gratificação será calculado em horas. 
Para este fim, serão observadas a natureza e a 
complexidade da atividade exercida.
 – A retribuição não poderá exceder ao equiva-
lente a 120 (cento e vinte) horas de trabalho 
anuais. Em situação excepcional, devidamente 
justificada e previamente aprovada, a auto-
ridade máxima do órgão ou entidade poderá 
autorizar o acréscimo de até 120 (cento e vinte) 
horas de trabalho anuais.
 – A Gratificação por Encargo de Curso ou Con-
curso não se incorpora ao vencimento ou salá-
rio do servidor para qualquer efeito. Também 
não poderá ser utilizada como base de cálculo 
para quaisquer outras vantagens, inclusive para 
fins de cálculo dos proventos da aposentadoria 
e das pensões.
 – Somente será devida a Gratificação por 
Encargo de Curso ou Concurso se as ativida-
des referidas forem exercidas sem prejuízo das 
atribuições do cargo de que o servidor for titular. 
Quando tais atividades forem desempenhadas 
durante a jornada de trabalho, a carga horária 
deverá ser compensada.
DOS ADICIONAIS
São acréscimos na remuneração do servidor decorren-
tes de condições ou situações especiais de trabalho
• Adicional por Tempo de serviço: FOI REVO-
GADO. Os servidores que até o dia 8 de março de 
1999 completaram quinquênios fazem jus à per-
cepção dos respectivos adicionais que já estão 
incorporados a suas remunerações.
• Adicionais de Insalubridade, Periculosidade e Ativi-
dade Penosa:
O adicional de insalubridade é devido aos servidores 
que trabalham com habitualidade em locais insalubres ou 
em contato permanente com substancias tóxicas ou radio-
ativas.
O adicional de periculosidade é devido aos servido-
res que trabalham com habitualidade em locais que ofere-
çam risco à vida.
O adicional de atividade penosa é devido aos ser-
vidores que trabalham em zonas de fronteira ou em loca-
lidades cujas condições de vida o justifiquem, nos termos, 
condições e limites fixados em regulamento.
• O servidor que fizer jus aos adicionais de insalubri-
dade e de periculosidade não poderá percebê-los 
cumulativamente, devendo optar por um deles.
• O direito ao adicional de insalubridade ou pericu-
losidade cessa quando não mais existirem as con-
dições ou os riscos que deram causa a sua con-
cessão.
• Adicional por Serviço Extraordinário: o serviço 
extraordinário será remunerado com acréscimo de 
50% em relação à hora normal de trabalho. Este 
serviço somente será permitido para atender à 
situações excepcionais e temporárias, observado 
o limite máximo de 2 (duas) horas por jornada. A 
jornada de trabalho dos servidores será fixada de 
acordo com as atribuições pertinentes aos respecti-
vos cargos, respeitada

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